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1.0 INTRODUÇÃO
O trabalho apresentado a seguir visa demonstrar a utilização de materiais
naturais para o revestimento e acabamento de todo tipo de construção, seja ela
comercial ou residencial. É importante sabermos e conhecermos novas técnicas de
aplicações para que seus efeitos sejam alcançados tanto esteticamente quanto
confortavelmente. Buscando demonstrar métodos de execução, cuidados na hora
de aplicação e manuseio dos materiais, temos o objetivo de disseminar o
conhecimento adquirido durante as pesquisas e leituras realizadas para a confecção
deste material.
3
2.PEDRAS NATURAIS
As pedras naturais fazem parte do grande leque de materiais e recursos
disponíveis para a construção civil. Seu emprego é utilizado tanto por engenheiros
como por arquitetos, sendo estudados devidamente os seus locais de aplicação e
objetivos a suprirem. Tal material pode ter seu caráter de execução de alvenaria
(vedação de um murro) trazendo um aspecto mais diferenciado que os mesmos de
alvenaria de blocos ou tijolos cerâmicos. Pode ser de caráter decorativo (fachadas
de edificações, soleiras, peitoris) deixando um toque diferenciado das fachadas com
simples pinturas, e ainda de caráter funcional (pisos e bancadas), visando sempre
as propriedades que atendam a necessidade de abrasão do local, analisando
previamente o fluxo ocorrente no ponto aplicado, e proporcionando uma facilidade
de limpeza e praticidade de sua utilização. Quando empregadas as pedras naturais,
algumas propriedades precisam ser levadas em conta na hora da aquisição e
conferencia do material. Elas devem ser homogêneas, não devem estar fissuradas
em hipótese alguma - um teste fácil de ser feito é utilizando um martelo simples e
aplicando um golpe no material - e seu som obrigatoriamente precisa ser claro.
Fendas nas pedras torna-se inviável a sua aplicação, dadas as propriedades de
resistência estando completamente comprometidas causando até mesmo um
aspecto visual não agradável. A sua resistência e porosidade precisam atender as
cargas e locais de aplicação, problemas com rachaduras e umidade precisam ser
pensados antes do inicio dos problemas.
3. REVESTIMENTOS
3.1 REVESTIMENTO RÚSTICO
Segundo Alberto de Campos Borges (1981), a aplicação de pedras naturais
tem o objetivo de causar um efeito de revestimento rústico e é a modalidade mais
econômica possível. Neste tipo de aplicação os blocos são cortados em lajes com
cerca de 6cm de espessura mas com tamanhos variados, eliminando a uniformidade
e lascando as extremidades visando causar um efeito bisotê (cantos chanfrados e
angulados), dado que essas extremidades terão a espessura menor que a parte
central da peça.
4
Imagens 1 e 2: Muros de pedra rústica
Fonte: www.globomidia.com.br
3.1.1. EXECUÇÃO
Para que a execução ocorra de forma correta, o canteiro (executor desta
técnica) procura mesclar os tamanhos de peças assentadas para que o produto final
possua o aspecto visual desejado.
Outra técnica é executar de maneira que o os blocos possuam dimensões
maiores e os poros que ficaram entre as peças sejam preenchidas com recortes
menores de peças. Nestes casos, a técnica utilizada varia mais conforme o gosto do
cliente e não a questão de dificuldade de execução.
Ainda segundo Alberto de Campos Borges (1981), o assentamento ocorre
exatamente sobre os tijolos da alvenaria, com argamassa de cimento e areia (1:3),
ou argamassa mista, cal e areia (1:3) dosada de 100kg de cimento por metro cúbico.
É importante ressaltar que após a colocação da argamassa uma espessura de 8cm
é acrescida à parede, tendo que ser levada em consideração na hora do
dimensionamento de vãos ( entrada de carros). Para que a execução seja de
qualidade, o controle sobre o espaçamento entre as peças deve ser levado em
consideração, quanto menor forem estes vazios melhor será a execução da parede.
Ressaltando que o rejuntamento é executado ao mesmo tempo em que a colocação
dos blocos, sendo assim qualquer rebarba deve ser removida ainda antes da cura,
pois quando seca jamais será removida, dada a alta aderência da pedra.
Um detalhe importante para se tomar cuidado é como será finalizado a parte
superior do muro. Podem ser utilizadas duas técnicas: capeamento e canjiquinha. A
primeira consiste em colocar um bloco na parte superior de modo que duas
pingadeiras sejam criadas, em uma espécie de laje em balanço. Se bem executado,
esteticamente o muro fica com um acabamento de qualidade.
5
3.2 REVESTIMENTO E EXECUÇÃO EM TIJOLINHOS
Este tipo de revestimento ao contrario do rústico possui alto custo e maior
tempo de execução. Isto ocorre devido ao fato de que as peças são colocadas de
forma uniforme. Para que isto ocorra elas são recortadas pelo responsável da
cantaria em duas dimensões constantes, a largura e a altura, tornando apenas o
comprimento inconstante. A altura do bloco pode variar de 2 a 4cm , o ideal e
recomendado é o uso com 2cm , que apresenta um aspecto mais agradável, mas
por outro lado justifica o maior tempo de corte e mão de obra.
A execução ocorre com levantamento das fiadas no sentido horizontal,
utilizando a mesma argamassa citada no item 3.1.1, a diferença, entretanto, é que
neste modo de assentamento a argamassa que faz o papel também de rejunte não
precisa ficar exposta, denominado junta a seco.
Imagens 03 e 04: Tijolinhos
Fonte: www.benedita.olx.pt e www.pedrasrusticas.com
3.3 MOSAICO DE PEDRA
Outra utilização para as pedras naturais são os mosaicos de pedras,
geralmente encontrado em calçadas publicas ou ate mesmo em paredes. Utilizando
o quartzito que possui alta resistência contra intempéries e associada a sua variação
de cores, preta e branca (usualmente), é possível montar imagens do tamanho e
formato desejado. A pedra São Tomé também pode ser utilizada neste tipo de
acabamento.
Imagens 05 e 06: Mosaicos de Pedra
Fonte: www.ama2345decopacabana.wordpress.com e www.wdicas.com
6
4. MÁRMORE E GRANITO
4.1 MÁRMORE
Rocha carbonática de origem sedimentar ou metamórfica, composta de
calcita ou dolomita, com dureza 3. São rochas mais macias devido a pouca ou
inexistência do quartzo, possuem pouca abrasão, sofrendo desgaste mais
facilmente. Possuem baixa resistência a agentes intempéricos, é durável e resiste a
impacto. O mármore aceita todo tipo de tratamento (polimento e restauração), pode
ser limpo com água e sabão neutro. Seu acabamento pode ser liso ou áspero
dependendo do tipo de utilização.
4.1.1 LOCAIS DE APLICAÇÃO
Cozinha: Por ser um material composto de carbonatos seu uso em bancadas em
cozinhas torna-se completamente inviável, visto o fato de que quando o mesmo está
em contato com ácidos provoca manchas na pedra, destruindo esteticamente a
bancada.
Banheiro: Não existe nenhuma restrição quanto ao seu uso em paredes e pisos,
com exceção do piso do boxe que deve ser evitado a sua utilização.
Piso interior: No interior da casa se não houver muito fluxo de pessoas, não existe
restrição nenhuma, apenas deve se tomar o cuidado de que a base tenha uma boa
impermeabilização.
Piso e parede externa: seu uso é completamente não recomendado, devido a sua
fraqueza perante a chuva e por ser um material com pouca abrasividade.
Parede Interna: Seu uso é recomendado, pois possui um peso mais leve que as
demais pedras do mercado.
Imagens 7 e 8: Mármores
Fonte: www.belyeventos.wordpress.com e www.magmastone.com.br
7
4.2.GRANITO
O granito é uma rocha magmática formada de quartzo, feldspato e mica, com
dureza acima de 6 na escala Mohs. Possui alta resistência e boa abrasão. Pode ser
polido, lustrado, apicoado, levigado e flameado, variando conforme a sua utilização.
São encontrados em vários tipos de cores (cinza, azul , preto , amarelo , verde e
vermelho) dependo a predominância dos minerais compostos. Para sua limpeza é
utilizado água e sabão neutro. Qualquer substancia derramada sob a pedra deve ser
removida com pano úmido imediatamente.
4.2.1 LOCAIS DE APLICAÇÃO
Cozinha: Indicado principalmente para bancadas. Os vermelhos e pretos são mais
resistentes que os cinzas.
Banheiro: Indicado principalmente para bancadas. Os vermelhos e pretos são mais
resistentes que os cinzas.
Piso interno: Não há contra indicações, apenas que tenha uma base
impermeabilizada, alguns autores recomendam não utiliza-lo no andar térreo.
Piso Externo: Pode ser utilizado porem seu acabamento precisa ser antiderrapante
por motivos de segurança.
Parede Interna: Não é recomendada devido ao seu peso ser muito elevado.
Parede externa: É aconselhado , porem se em peças muito grandes o uso de inserts
é necessário, tornando uma parede ventilada com ótima aparecencia. Utilizada
muito em fechadas de edificações.
È utilizado em soleiras, peitoris de esquadrias e acabamentos de escadarias.
Imagens 9 e 10: Granito
Fonte: e www.housepreview.wordpress.com
8
Imagens 11 e 12: Granito
Fonte: www.pisodegranito.com e arquitetogratis.blogspot.com
4.3 COLOCAÇÃO EM PISOS E PAREDES (SEM USO DE ANCORAGEM)
A colocação deve ser feita apenas por profissionais qualificados, por isso,
caso o fornecedor não execute a instalação, peça a indicação de colocadores
especializados. Irão precisar de areia, cimento, argamassa colante e todo o material
necessário para reajuste e proteção do piso. Para revestir pisos de cozinhas,
banheiros e lavabos, é importante certificar-se de que o contra piso foi
impermeabilizado e nunca assentar o material úmido, pois dificultará a colocação
das peças e a eliminação de umidades das mesmas.
Antes de assentar as placas, faça uma pré-montagem espalhando as peças
pelo chão, a fim de escolher o posicionamento mais adequado de cada uma
devendo-se seguir o sentido dos veios. Assim, as peças que destoam do conjunto
devem ser colocadas em locais de difícil visualização atrás da porta ou em recortes,
por exemplo. Ao contrário do cimento-cola, produto industrializado comprado pronto,
a argamassa é feita na obra. Antes de fazer a mistura é importante peneirar a areia
para evitar que fragmentos de ferro oxidem as pedras. O cálculo aproximado de
massa por m² é de 12 Kg. Durante o assentamento os dedos da mão são usados
para pressionar a peça e o martelo de borracha é utilizado para realizar as batidas
na peça evitando que a mesma seja danificada com pancadas.
Para que seja seguido um alinhamento perfeito a utilização de linha marcando
a primeira e ultima peça é indispensável, assim como no assentamento de parede a
sua utilização também é de suma importância.Cuidados com o nível das peças é de
extrema importância, podem ocorrer variações milimétricas na mesma peça e esta
diferença precisa ser compensada na argamassa. A mesma deve ser espalhada em
9
formas de tiras e sulcos com o auxilio da desempenadeira dentada para que a
aderência na parte inferior da peça seja a máxima possível, evitando deixar pontos
ocos da peça, por falta de material colante.
Para que o acabamento seja de qualidade, deve-se tomar cuidado com as
rebarbas de argamassa, evitando que a mesma suje a parede deixando um aspecto
desagradável, vista a dificuldade de remoção após a sua cura.
Para o assentamento de mármores ou granitos claros é indispensável o uso
de cimento-cola branco. Sua utilização evita alterações na cor do material colocado
e dá um visual mais bonito. Espere mais um dia para a secagem e efetue a limpeza
com um pano úmido e estopa, em caso de mármores, e palha de aço seca em pisos
de granito. Recomenda-se proteger o piso com lona plástica, plástico bolha ou nata
feita de gesso e estopa.
Nunca rejuntar o material antes de sete dias após o assentamento, pois caso
a pedra tenha absorvido água, esta irá evaporar mais rápido através das arestas das
peças.
Imagens 13 e 14: assentamento de mármore e granito
Fonte: www.construacoes.com
4.4 APLICAÇÃO EM FACHADAS
Para a aplicação em fachadas visando uma maior segurança e qualidade foi
criado na Europa o método de suporte metálico de assentamento, dado o nome de
Inserts Metálicos. As vantagens deste método são a rapidez de execução, qualidade
no prumo, e evita que ocorram manchas oriundas de produtos de assentamento e
maior segurança em termos de fixação e aderência a estrutura a ser revestida.
A aplicação das placas inicia-se com a paginação das peças. A partir desta
paginação são definidos os tipos de inserts metálicos que serão usados na estrutura,
10
é necessário informações como cotas horizontais e verticais, assim como
detalhamento das juntas de placas. Devem ser respeitados distancias de
espaçamentos entre os suportes metálicos (7cm), espessura de ventilação, tamanho
das juntas de dilatação (5mm) e formato de encontro de peças.
Antes de se iniciar a colocação é realizado um levantamento in loco por uma
equipe técnica com as responsabilidades de passar com exatidão as medidas que
servirão de referencia para a colocação dos inserts. Segundo Henrique Hirschfeld
(2000), a utilização de granitos nas fachadas e locais nobres de edifício começou a
ter peso no Brasil a partir de 1990, quando surgiram as fabricas de inserts metálicos
para a fixação das peças. Neste tipo de ferramenta as pedras são apoiadas em
sistema metálico que permite a ventilação atrás da pedra impedindo a concentração
de umidade e ainda atua como isolante acústico e térmico. A utilização destes
inserts elimina a existência da argamassa do processo, tornando o desperdício do
processo praticamente nulo.
Imagem 15: medição antes da colocação
Fonte: www.benedita.olx.pt
4.4.1 INSERTS METALICOS
Os inserts metálicos são peças fabricadas em aço inoxidável AISI-304 que
possuem formas variadas para atender a cada necessidade ou situação de
aplicação de placas de rochas ornamentais. Sendo que a espessura das peças
variam de 2 mm, 3 mm e 4 mm e o diâmetro dos pinos são de 4 mm.
Imagens 16: Inserts Metálicos
Fonte: www.fiec.org.br
11
4.4.2 APLICAÇÃO DOS INSERTS
A forma de aplicação desta ferramenta é muito simples: o operário
primeiramente realiza um furo na estrutura no local já previamente estabelecido que
estará o insert, com uma furadeira manual. O furo possui uma abertura de 10mm
para que os chumbadores possam ser introduzidos. O ideal é que seja respeitado
um afastamento de 8cm, podendo ser corrigido um desprumo de até no máximo
3cm, ou seja, o não cuidado com o prumo na execução da fachada pode tornar este
revestimento com um acabamento muito mal feito. Dependendo se a parede for de
concreto ou alvenaria o chumbador é diferente, sendo para paredes de concreto uso
do parabolt 3/8 e para parede de tijolo maciço usa-se o parabolt 3/8 com camisa.
Esses chumbadores de expansão servem para ancoramento dos inserts metálicos
que serão engastados às placas de granito ou mármore através de furos ou rasgos.
Imagens 17: Chumbador
Fonte: www.fiec.org.br
4.4.3 REJUNTAMENTO
Após o termino de aplicação das placas é necessário realizar o rejuntamento
das mesmas, mais por motivos estéticos, acústicos e térmicos do que técnicos. Por
isso aconselha-se o uso até o segundo pavimento da estrutura, podendo também
ser empregada juntas das viradas e pingadeiras das sacadas. Já nos peitoris o
rejunte normal pode ser usado.
Para se realizar o rejuntamento inicialmente é realizada a limpeza com
escova de aço na parte a ser aplicado o produto, após isso se introduz um cordão de
polietileno (8mm) de contenção, não necessariamente em toda a junta apenas no
encontro de 4 placas ou conforme desejado pelo cliente ou projeto. Em seguida é
colocado uma fita crepe, com boa aderência a placa, ao redor das partes a
receberem o rejunte. Por fim é introduzido o silicone neutro e dado o acabamento
12
com o dedo mesmo para que o produto espalha-se por entre as juntas, retira-se a
fita crepe e está finalizado o processo.
Imagens 18: Rejunte
Fonte: www.blogdotarso.com
4.5 DEFEITOS ENCONTRADOS EM PLACAS DE MÁRMORE E GRANITO
- Superficie rugosa com sulco e variações de espessura de até 5 mm na placa
causadas pela falta de tensionamento nas lâminas ocasionando a flambagem das
mesmas. Para ser prevenido é aconselhado o uso de tensionamento hidráulico e a
solução caso o problema já tenha ocorrido é usar abrasivo grosso por maior tempo
até a superfície ficar lisa.
-No caso de trincas, provavelmente por a rocha ser frágil, blocos fraturados,
transporte ou embalagem inadequados ocasionando fraturas que atingem parte ou
atravessam toda a placa, deve-se usar telas de proteção e ter um controle no
transporte e movimentação para que problemas assim não ocorram.
- Cantos quebrados causado por transporte ou embalagem inadequados deixando
as extremidades das placas quebradas, para se prevenir deve haver um cuidado no
seu manuseio, realizando o mesmo sempre na vertical e apoiando nas arestas da
peça, utilizando sempre que possível, materiais de apoio como papelão ou similares.
- Ferrugem e Manchas avermelhadas causadas por placas com restos de granalha
ou em contato com substâncias contendo ferro e água , ocasionando a oxidação do
ferro ou da granalha e absorção pela rocha, para se prevenir deve ser realizado uma
limpeza profunda em cada placa e impermeabilização das placas no contato com o
ferro e caso o fato já tenha ocorrido o ideal é o uso de produtos especiais para
remoção.
13
Imagens 19 e 20: granito trincado e granito manchado
Fonte: www.blogdotarso.com
4.6 DIFERENÇAS ENTRE MÁRMORE E GRANITO
Mármores são mais leves que os granitos , sua aplicação é de caráter interno
, enquanto o granito pode ser aplicado externamente sem problemas. Aplicação nas
cozinhas é aconselhado apenas para os granitos, pois os mármores mancham com
mais facilidade. O mármore possui uma resistência muito mais baixa e um desgaste
muito mais elevado enquanto o granito por sua vez é mais resistente à absorção da
agua, viabilizando sua utilização em lavanderias. O preço do mármore é de mais
elevado custo, sendo que no meio comercial o granito é mais utilizado.
Para se distinguir um mármore de um granito, dois procedimentos simples
são recomendados: os granitos não são riscados por canivetes, chaves ou pregos, a
exemplo dos mármores, isto deve-se devido a dureza dos materiais em questão.
Outro teste que pode ser realizado utiliza-se reagentes químicos, sendo que os
mármores reagem ao ataque do ácido clorídrico ou muriático, efervescendo tanto
mais intensamente quanto maior o seu teor em calcita.
5.0 PEDRA SÃO TOMÉ
São rochas flexíveis, antiderrapantes, muito absorvente e que não propagam
calor. Indicadas para o revestimento de beiras de piscinas e áreas de lazer, guias de
calçadas, paralelepípedos em ruas, podendo ser usada também em construções
particulares revestindo piso de varandas, pátios e churrasqueiras. A limpeza se faz
com água e sabão, sendo por vezes necessária a contratação de uma empresa
14
especializada para uma limpeza mais profunda com ácido muriático, pois mancha
com facilidade.
5.1 REVESTIMENTO, ESPESSURA E DIMENSÕES
O revestimento com as Pedras São Tomé está em alta na decoração e
avança com força total em ambientes comerciais e residenciais. São usadas em
fachadas, calçamentos e na criação de ambientes internos que acabam ganhando
um toque de harmonia, e possui uma coloração mesclada que vai desde o branco,
passando pelo bege, cinza, rosa e amarelo. Até mesmo alguns tons esverdeados
podem ser observados em algumas peças.
A espessura também é um detalhe a ser observado antes da compra. A pedra
fina tem espessuras de 5mm a 7mm (revestimento de parede) e a pedra normal de
8mm a 20mm (revestimento de piso), e tem as dimensões de: 37 x 37, 18 x 37, 15
x 30 47 x 47 e rodapés.
5.2 EXECUÇÃO DE PISO
Para assentamento do piso em pedra São Tomé deverá ser executado
contrapiso na espessura mínima de 5 cm, no traço 1:5 (1 parte de cimento para 5
partes de areia grossa). Este contrapiso será executado diretamente sobre o solo
onde foi demolido o piso. Após a cura de 1 dia, deverá ser assentado o piso nas
dimensões 20 x 40 cm (a licitante deverá conferir as dimensões “in loco”), nos
padrões do piso remanescente. Após o assentamento do piso a área deverá ficar
interditada por 24 horas e posteriormente o piso deverá ser rejuntado com massa de
areia fina e cimento traço 1:3 (1 parte de cimento para 3 partes de areia).
6.0 BASALTO
Os basaltos são as rochas mais abundantes na crosta terrestre, mais
especificamente na crosta oceânica. Macroscopicamente apresentam cor negra, são
melanocratas, densos, compactos ou ligeiramente vesiculares. Possui textura
afanítica, com frequência porfirítica. Podem ser regulares ou irregulares. Os basaltos
formam estruturas associadas a vulcanismo: escoadas, filões, chaminés, podendo
15
ocorrer fragmentos em depósitos piroclásticos. É de salientar que em certas
ocorrências de basaltos é possível observar um tipo particular de estrutura
conhecida por disjunção prismática ou colunar, caracterizada pela separação da
massa rochosa em ‘prismas’, geralmente pentagonais a hexagonais e
perpendiculares à escoada.
6.1 UTILIZAÇÃO
 No enquadramento de portas e janelas;
 Pavimentações de ruas;
 Na construção de casas;
 Na construção de diques (represas de águas correntes ou reservatórios de água
com comportas);
 Britas para a construção civil;
 Na construção de Mosaico Português: o basalto é quebrado manualmente no
formato de cubos em torno e 4,0cm no mínimo, serão assentados sobre colchão de
cimento e areia no traço 1:6 seco, na espessura de 3,0cm e deverão ser molhados e
apiloados;
Imagem 21: mosaico português
Fonte: www.estanciaimoveis.com.br
6.2 EXECUÇÃO EM PISO
Preparo da base para perfeita aderência da argamassa de assentamento do
piso com o contra piso, faz se necessário as seguintes providências:
• Sobre a base de concreto existente, com idade superior a sete dias, proceder a
uma rigorosa limpeza da superfície, que deve se apresentar áspera isenta de pó,
partículas soltas, graxas, óleo, etc.
16
• Determinados locais poderão necessitar de ações mecânicas como apicoamento,
jateamento, fresamento ou aplicação de produtos especiais a fim de melhorar a
aderência.
• Saturação da base de concreto com água em abundância.
• Ter no mínimo cinco centímetros livre entre a base e o nível do piso acabado.
Traço da argamassa de assentamento - "farofa".
• 01 (uma) parte de cimento.
• 04 (quatro) partes de areia média lavada.
• A adição de água deve ser o mínimo possível.
• Rendimento médio: 17 kg/m²/cm de altura da argamassa de assentamento.
• Consumo médio de materiais considerando argamassa de assentamento com 3,5
cm de altura (altura média praticada):
• Areia média lavada = 47,6 kg/m²
• Cimento cinza CPII E32 = 17 kg/m²
• Nota minha: O consumo de cimento para o assentamento é de 6 sacos de cimento
por m³ de areia.
• Além dos procedimentos básicos para assentamento de piso em geral, destacamos
o seguinte:
• Espalhar a argamassa tipo "farofa" com altura mínima e máxima entre 2,5cm e
4,5cm.
• Sobre a argamassa já espalhada, polvilhar cimento puro para criar uma ponte de
aderência.
• Com auxílio de um regador, espalhar água sobre a argamassa já polvilhada com
cimento e colocar a placa sobre a argamassa.
• As placas devem ser forçadas uma a uma contra a argamassa de assentamento
com auxílio de um martelo de borracha. Certificar-se de que todas as placas foram
batidas o maior número possível de vezes, a fim de garantir perfeita aderência e
nivelamento entre as placas.
• Efetuar a limpeza das juntas para não impedir a penetração do rejunte.
• As juntas devem ter entre 1,5 e 2,0 mm no máximo;
17
Image 22: Piso em basalto
Fonte: www.pt.made-in-china.com
6.3 ASSENTAMENTO DE LAJES (PASSEIOS)
Traço de 1:3 sobre a camada de pó de brita, deverão ser assentadas
uniformemente de forma que fiquem firmes, niveladas e compactadas. O passeio
público deverá ser levemente inclinado (2%) para a direção da rua. Após
assentadas, as lajes deverão ser rejuntadas com argamassa de areia fina de traço
1:3, com alisamento.
Imagem 23: laje de basalto para calçadas
Fonte: www.solostocks.com.br
7.0 ARDÓSIA
Trata-se de uma rocha sílica-argilosa, a qual foi constituída através de
transformação da argila que sofreu sobre forte pressão e temperatura, que se
endureceram em finas camadas. É constituída por mica branca, feldspato, clorita,
quartzo, carbonato e óxido de ferro. Possui algumas propriedades físicas como alta
resistência mecânica, dureza considerada média, resistente a intemperismos, baixa
porosidade, possibilita que a ardósia seja utilizada em diversas áreas da construção
civil. É encontrada em diferentes formas, entre elas: natural(Bruta), polida,
escovada.
18
Imagens 24 e 25: ardósia
Fonte: www.construdeia.com e www.brasil.acambiode.com
7.1 LOCAIS DE UTILIZAÇÃO
Por se tratar de um material resistente e ser um material econômico é bastante
usado na construção civil nas mais diferentes formas. As mais comuns são:
 Revestir paredes (Internas e Externas)
 Pisos (Internos e Externos)
 Tampões de mesas, balcões e pias
 Bancadas para cozinha
 Rodapés
 Telhas
 Móveis em geral
 Divisórias em chiqueiros
7.2 EXECUÇÃO
Em áreas externas, as peças de ardósia devem ser molhadas, devem ser
feitas algumas ranhuras na face da peça para que haja uma melhor aderência e
nivelamento. Na face a ser assentada deve se aplicar argamassa a base de cimento
e adesivo com uso de uma desempenadeira dentada e deixar secar por cerca de
24horas. Onde será colocada a pedra, deve-se executar uma massa mista, cujo
traço é de 1:0,5:5 (cimento, cal hidratada e areia) com espessura de 5cm. Deve ser
molhada a peça e a área em que ela ocupará na massa, assentando peça por peça.
A argamassa de rejuntamento deve ser preparada conforme especificado pelo
fabricante e aplicada com desempenadeira emborrachada. Limpar com esponja
após a argamassa estar completamente seca.
19
Em áreas internas o piso deve estar nivelado e com uma argamassa de
regularização com traço de 1:3, cimento e areia, espessura 2,5cm. Com uma
desempenadeira dentada aplicar argamassa de assentamento feita a base de
cimento e adesivo especial, neste caso não é necessário uso da massa mista.
Considerar uma declividade mínima de 0,5% em direção a ralos ou saídas. A
argamassa de rejuntamento deve ser preparada conforme especificado pelo
fabricante e aplicada com desempenadeira emborrachada. Limpar om esponja após
a argamassa estar completamente seca.
8.0. LÂMINAS DE MADEIRA
As lâminas de madeira usadas em pisos apresentam uma semelhança muito
grande com o carpete de madeira, elas são resistentes à abrasão, porém, seu maior
destaque é a facilidade para realizar a limpeza do mesmo. Sua popularidade esta
em crescimento pelo fato de ser um revestimento com preço mais em conta do que
os pisos de madeira.
A lâmina é constituída de 4 (quatro) camadas, mas composição acaba
variando conforme seu fabricante, segue abaixo a composição comum de uma
lâmina de madeira usada em pisos.
Overlay é uma película que protege o laminado contra arranhões e riscos.
Possui uma alta resistência a abrasão.
Laminado Decorativo da o aspecto de piso de madeira varia entre os modelos
de pisos e pode se impressa ou um filme de madeira.
20
Substrato HDF-H é a parte principal composta geralmente por compensado
de alta resistência, é responsável por resistir aos impactos. É nesta parte do
laminado que ficam os encaixes macho e fêmea que servem para encaixar o piso.
Balanço parte que é responsável por estabilizar o piso e pela resistência da
lâmina à umidade.
8.1. USO E EXECUÇÃO
O primeiro passo para aplicação das lâminas de madeira é conferir se existem
irregularidades no contrapiso, caso existam saliências maiores que 3mm em uma
extensão de 1,5 ou o contrapiso esteja com soltando areia ou quebradiço, deve ser
feita a correção. Deve-se tomar cuidado também com a umidade do local onde será
instalado o laminado, pois não se recomenda instalar as lâminas de madeira em
locais com umidade. Após estas verificações deve ser limpo evitando que tenha
areia, poeira, etc.
Deve ser feito um planejamento verificando as metragens do local de onde
será aplicado o piso, garantindo uma melhor qualidade de instalação, além de tempo
e de material. Antes de iniciar a colocação das lâminas deve ser instalada uma
manta que tem a função de reter umidade e de absorver irregularidades. A manta é
posta no sentido contrário da colocação das lâminas, diretamente no contrapiso sem
deixar espaços vazios e junto as paredes deixar cerca de 1 cm de manta sobrando.
Após a colocação da manta já pode se iniciar a instalação das lâminas,
usando espaçadores no sentido do comprimento da lâmina, entre ela e a parede,
para garantir o espaço de dilatação da madeira, depois instalados os espaçadores
ele é utilizado com travamento do piso. Em pisos colados o espaçador deve ser
retirado após de 12horas e deverá assegurar uma distância de 15 mm entre parede
e piso. Existem pisos laminados com instalação com sistema “click” os quais
possuem encaixes e não utilizasse cola e outros tipo de instalação com colagem dos
encaixes.
O sistema com encaixe click deve encaixar a régua a ser instalada em um
ângulo entre 20º e 30º, introduzindo o encaixe macho na parte fêmea da peça que já
21
havia sido instalada e abaixando a peça até que haja perfeição entre as peças. No
sentido transversal é necessário usar um bloco batente e um martelo para encaixar
as lâminas, com suaves marteladas com o bloco no topo das réguas, fechando os
encaixes do topo das lâminas. Deve ser evitado o desalinhamento e movimentações
das lâminas durante o processo de instalação. Na instalação com colagem dos
encaixes deve se verificar o esquadro e alinhamento e só depois devem ser coladas,
deve-se aplicar cola sempre no encaixe macho da peça em toda extensão de
encaixe. Todas as lâminas devem ser coladas, uma a uma, importante não deixar
pontos sem cola para evitar aberturas, inchamentos e ruídos. A cola que fica na
superfície do piso deve ser limpa em no máximo 10 minutos.
Para finalizar a instalação, muitas vezes é necessário cortar as lâminas da
última fileira, deve se posicionar as lâminas e fazer a marcação do lado do
balanceador e realizar o corte com uma serra. Lembrando sempre de colocar os
espaçadores, a última régua instalada recomenda-se fazer sua colagem
independente do sistema de encaixe. Após todo piso instalado é recomendado uso
de cintas e usar os espaçadores, deixando secar por 12 horas.
Depois de retirar os espaçadores e as lâminas de madeira instaladas pode-se
fazer a instalação dos rodapés e cantoneiras.
9.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A utilização de pedras naturais assim como pisos laminados, para a
construção civil vem ganhando espaço no mercado a cada dia que passa. As
revoluções tecnológicas vêm propiciando o seu uso, tornando-as cada vez mais
úteis e praticas em todo tipo de obra existente.
Quando conhecido suas características, especificidades e maneiras de
manuseio, as pedras tornam-se ferramentas poderosas nas mãos de arquitetos e
engenheiros que podem utilizá-las para suprir deficiências de determinado projeto
que esta sendo executado.
Vale a pena aumentar o nível de pesquisas neste ramo, o desenvolvimento de
melhores técnicas e prováveis argamassas a serem desenvolvidos podem sim
aumentar a sua eficiência, diminuindo o numero de resíduos deixados em obra.

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Trabalho Técnicas Construtivas II parte 02

  • 1. 2 1.0 INTRODUÇÃO O trabalho apresentado a seguir visa demonstrar a utilização de materiais naturais para o revestimento e acabamento de todo tipo de construção, seja ela comercial ou residencial. É importante sabermos e conhecermos novas técnicas de aplicações para que seus efeitos sejam alcançados tanto esteticamente quanto confortavelmente. Buscando demonstrar métodos de execução, cuidados na hora de aplicação e manuseio dos materiais, temos o objetivo de disseminar o conhecimento adquirido durante as pesquisas e leituras realizadas para a confecção deste material.
  • 2. 3 2.PEDRAS NATURAIS As pedras naturais fazem parte do grande leque de materiais e recursos disponíveis para a construção civil. Seu emprego é utilizado tanto por engenheiros como por arquitetos, sendo estudados devidamente os seus locais de aplicação e objetivos a suprirem. Tal material pode ter seu caráter de execução de alvenaria (vedação de um murro) trazendo um aspecto mais diferenciado que os mesmos de alvenaria de blocos ou tijolos cerâmicos. Pode ser de caráter decorativo (fachadas de edificações, soleiras, peitoris) deixando um toque diferenciado das fachadas com simples pinturas, e ainda de caráter funcional (pisos e bancadas), visando sempre as propriedades que atendam a necessidade de abrasão do local, analisando previamente o fluxo ocorrente no ponto aplicado, e proporcionando uma facilidade de limpeza e praticidade de sua utilização. Quando empregadas as pedras naturais, algumas propriedades precisam ser levadas em conta na hora da aquisição e conferencia do material. Elas devem ser homogêneas, não devem estar fissuradas em hipótese alguma - um teste fácil de ser feito é utilizando um martelo simples e aplicando um golpe no material - e seu som obrigatoriamente precisa ser claro. Fendas nas pedras torna-se inviável a sua aplicação, dadas as propriedades de resistência estando completamente comprometidas causando até mesmo um aspecto visual não agradável. A sua resistência e porosidade precisam atender as cargas e locais de aplicação, problemas com rachaduras e umidade precisam ser pensados antes do inicio dos problemas. 3. REVESTIMENTOS 3.1 REVESTIMENTO RÚSTICO Segundo Alberto de Campos Borges (1981), a aplicação de pedras naturais tem o objetivo de causar um efeito de revestimento rústico e é a modalidade mais econômica possível. Neste tipo de aplicação os blocos são cortados em lajes com cerca de 6cm de espessura mas com tamanhos variados, eliminando a uniformidade e lascando as extremidades visando causar um efeito bisotê (cantos chanfrados e angulados), dado que essas extremidades terão a espessura menor que a parte central da peça.
  • 3. 4 Imagens 1 e 2: Muros de pedra rústica Fonte: www.globomidia.com.br 3.1.1. EXECUÇÃO Para que a execução ocorra de forma correta, o canteiro (executor desta técnica) procura mesclar os tamanhos de peças assentadas para que o produto final possua o aspecto visual desejado. Outra técnica é executar de maneira que o os blocos possuam dimensões maiores e os poros que ficaram entre as peças sejam preenchidas com recortes menores de peças. Nestes casos, a técnica utilizada varia mais conforme o gosto do cliente e não a questão de dificuldade de execução. Ainda segundo Alberto de Campos Borges (1981), o assentamento ocorre exatamente sobre os tijolos da alvenaria, com argamassa de cimento e areia (1:3), ou argamassa mista, cal e areia (1:3) dosada de 100kg de cimento por metro cúbico. É importante ressaltar que após a colocação da argamassa uma espessura de 8cm é acrescida à parede, tendo que ser levada em consideração na hora do dimensionamento de vãos ( entrada de carros). Para que a execução seja de qualidade, o controle sobre o espaçamento entre as peças deve ser levado em consideração, quanto menor forem estes vazios melhor será a execução da parede. Ressaltando que o rejuntamento é executado ao mesmo tempo em que a colocação dos blocos, sendo assim qualquer rebarba deve ser removida ainda antes da cura, pois quando seca jamais será removida, dada a alta aderência da pedra. Um detalhe importante para se tomar cuidado é como será finalizado a parte superior do muro. Podem ser utilizadas duas técnicas: capeamento e canjiquinha. A primeira consiste em colocar um bloco na parte superior de modo que duas pingadeiras sejam criadas, em uma espécie de laje em balanço. Se bem executado, esteticamente o muro fica com um acabamento de qualidade.
  • 4. 5 3.2 REVESTIMENTO E EXECUÇÃO EM TIJOLINHOS Este tipo de revestimento ao contrario do rústico possui alto custo e maior tempo de execução. Isto ocorre devido ao fato de que as peças são colocadas de forma uniforme. Para que isto ocorra elas são recortadas pelo responsável da cantaria em duas dimensões constantes, a largura e a altura, tornando apenas o comprimento inconstante. A altura do bloco pode variar de 2 a 4cm , o ideal e recomendado é o uso com 2cm , que apresenta um aspecto mais agradável, mas por outro lado justifica o maior tempo de corte e mão de obra. A execução ocorre com levantamento das fiadas no sentido horizontal, utilizando a mesma argamassa citada no item 3.1.1, a diferença, entretanto, é que neste modo de assentamento a argamassa que faz o papel também de rejunte não precisa ficar exposta, denominado junta a seco. Imagens 03 e 04: Tijolinhos Fonte: www.benedita.olx.pt e www.pedrasrusticas.com 3.3 MOSAICO DE PEDRA Outra utilização para as pedras naturais são os mosaicos de pedras, geralmente encontrado em calçadas publicas ou ate mesmo em paredes. Utilizando o quartzito que possui alta resistência contra intempéries e associada a sua variação de cores, preta e branca (usualmente), é possível montar imagens do tamanho e formato desejado. A pedra São Tomé também pode ser utilizada neste tipo de acabamento. Imagens 05 e 06: Mosaicos de Pedra Fonte: www.ama2345decopacabana.wordpress.com e www.wdicas.com
  • 5. 6 4. MÁRMORE E GRANITO 4.1 MÁRMORE Rocha carbonática de origem sedimentar ou metamórfica, composta de calcita ou dolomita, com dureza 3. São rochas mais macias devido a pouca ou inexistência do quartzo, possuem pouca abrasão, sofrendo desgaste mais facilmente. Possuem baixa resistência a agentes intempéricos, é durável e resiste a impacto. O mármore aceita todo tipo de tratamento (polimento e restauração), pode ser limpo com água e sabão neutro. Seu acabamento pode ser liso ou áspero dependendo do tipo de utilização. 4.1.1 LOCAIS DE APLICAÇÃO Cozinha: Por ser um material composto de carbonatos seu uso em bancadas em cozinhas torna-se completamente inviável, visto o fato de que quando o mesmo está em contato com ácidos provoca manchas na pedra, destruindo esteticamente a bancada. Banheiro: Não existe nenhuma restrição quanto ao seu uso em paredes e pisos, com exceção do piso do boxe que deve ser evitado a sua utilização. Piso interior: No interior da casa se não houver muito fluxo de pessoas, não existe restrição nenhuma, apenas deve se tomar o cuidado de que a base tenha uma boa impermeabilização. Piso e parede externa: seu uso é completamente não recomendado, devido a sua fraqueza perante a chuva e por ser um material com pouca abrasividade. Parede Interna: Seu uso é recomendado, pois possui um peso mais leve que as demais pedras do mercado. Imagens 7 e 8: Mármores Fonte: www.belyeventos.wordpress.com e www.magmastone.com.br
  • 6. 7 4.2.GRANITO O granito é uma rocha magmática formada de quartzo, feldspato e mica, com dureza acima de 6 na escala Mohs. Possui alta resistência e boa abrasão. Pode ser polido, lustrado, apicoado, levigado e flameado, variando conforme a sua utilização. São encontrados em vários tipos de cores (cinza, azul , preto , amarelo , verde e vermelho) dependo a predominância dos minerais compostos. Para sua limpeza é utilizado água e sabão neutro. Qualquer substancia derramada sob a pedra deve ser removida com pano úmido imediatamente. 4.2.1 LOCAIS DE APLICAÇÃO Cozinha: Indicado principalmente para bancadas. Os vermelhos e pretos são mais resistentes que os cinzas. Banheiro: Indicado principalmente para bancadas. Os vermelhos e pretos são mais resistentes que os cinzas. Piso interno: Não há contra indicações, apenas que tenha uma base impermeabilizada, alguns autores recomendam não utiliza-lo no andar térreo. Piso Externo: Pode ser utilizado porem seu acabamento precisa ser antiderrapante por motivos de segurança. Parede Interna: Não é recomendada devido ao seu peso ser muito elevado. Parede externa: É aconselhado , porem se em peças muito grandes o uso de inserts é necessário, tornando uma parede ventilada com ótima aparecencia. Utilizada muito em fechadas de edificações. È utilizado em soleiras, peitoris de esquadrias e acabamentos de escadarias. Imagens 9 e 10: Granito Fonte: e www.housepreview.wordpress.com
  • 7. 8 Imagens 11 e 12: Granito Fonte: www.pisodegranito.com e arquitetogratis.blogspot.com 4.3 COLOCAÇÃO EM PISOS E PAREDES (SEM USO DE ANCORAGEM) A colocação deve ser feita apenas por profissionais qualificados, por isso, caso o fornecedor não execute a instalação, peça a indicação de colocadores especializados. Irão precisar de areia, cimento, argamassa colante e todo o material necessário para reajuste e proteção do piso. Para revestir pisos de cozinhas, banheiros e lavabos, é importante certificar-se de que o contra piso foi impermeabilizado e nunca assentar o material úmido, pois dificultará a colocação das peças e a eliminação de umidades das mesmas. Antes de assentar as placas, faça uma pré-montagem espalhando as peças pelo chão, a fim de escolher o posicionamento mais adequado de cada uma devendo-se seguir o sentido dos veios. Assim, as peças que destoam do conjunto devem ser colocadas em locais de difícil visualização atrás da porta ou em recortes, por exemplo. Ao contrário do cimento-cola, produto industrializado comprado pronto, a argamassa é feita na obra. Antes de fazer a mistura é importante peneirar a areia para evitar que fragmentos de ferro oxidem as pedras. O cálculo aproximado de massa por m² é de 12 Kg. Durante o assentamento os dedos da mão são usados para pressionar a peça e o martelo de borracha é utilizado para realizar as batidas na peça evitando que a mesma seja danificada com pancadas. Para que seja seguido um alinhamento perfeito a utilização de linha marcando a primeira e ultima peça é indispensável, assim como no assentamento de parede a sua utilização também é de suma importância.Cuidados com o nível das peças é de extrema importância, podem ocorrer variações milimétricas na mesma peça e esta diferença precisa ser compensada na argamassa. A mesma deve ser espalhada em
  • 8. 9 formas de tiras e sulcos com o auxilio da desempenadeira dentada para que a aderência na parte inferior da peça seja a máxima possível, evitando deixar pontos ocos da peça, por falta de material colante. Para que o acabamento seja de qualidade, deve-se tomar cuidado com as rebarbas de argamassa, evitando que a mesma suje a parede deixando um aspecto desagradável, vista a dificuldade de remoção após a sua cura. Para o assentamento de mármores ou granitos claros é indispensável o uso de cimento-cola branco. Sua utilização evita alterações na cor do material colocado e dá um visual mais bonito. Espere mais um dia para a secagem e efetue a limpeza com um pano úmido e estopa, em caso de mármores, e palha de aço seca em pisos de granito. Recomenda-se proteger o piso com lona plástica, plástico bolha ou nata feita de gesso e estopa. Nunca rejuntar o material antes de sete dias após o assentamento, pois caso a pedra tenha absorvido água, esta irá evaporar mais rápido através das arestas das peças. Imagens 13 e 14: assentamento de mármore e granito Fonte: www.construacoes.com 4.4 APLICAÇÃO EM FACHADAS Para a aplicação em fachadas visando uma maior segurança e qualidade foi criado na Europa o método de suporte metálico de assentamento, dado o nome de Inserts Metálicos. As vantagens deste método são a rapidez de execução, qualidade no prumo, e evita que ocorram manchas oriundas de produtos de assentamento e maior segurança em termos de fixação e aderência a estrutura a ser revestida. A aplicação das placas inicia-se com a paginação das peças. A partir desta paginação são definidos os tipos de inserts metálicos que serão usados na estrutura,
  • 9. 10 é necessário informações como cotas horizontais e verticais, assim como detalhamento das juntas de placas. Devem ser respeitados distancias de espaçamentos entre os suportes metálicos (7cm), espessura de ventilação, tamanho das juntas de dilatação (5mm) e formato de encontro de peças. Antes de se iniciar a colocação é realizado um levantamento in loco por uma equipe técnica com as responsabilidades de passar com exatidão as medidas que servirão de referencia para a colocação dos inserts. Segundo Henrique Hirschfeld (2000), a utilização de granitos nas fachadas e locais nobres de edifício começou a ter peso no Brasil a partir de 1990, quando surgiram as fabricas de inserts metálicos para a fixação das peças. Neste tipo de ferramenta as pedras são apoiadas em sistema metálico que permite a ventilação atrás da pedra impedindo a concentração de umidade e ainda atua como isolante acústico e térmico. A utilização destes inserts elimina a existência da argamassa do processo, tornando o desperdício do processo praticamente nulo. Imagem 15: medição antes da colocação Fonte: www.benedita.olx.pt 4.4.1 INSERTS METALICOS Os inserts metálicos são peças fabricadas em aço inoxidável AISI-304 que possuem formas variadas para atender a cada necessidade ou situação de aplicação de placas de rochas ornamentais. Sendo que a espessura das peças variam de 2 mm, 3 mm e 4 mm e o diâmetro dos pinos são de 4 mm. Imagens 16: Inserts Metálicos Fonte: www.fiec.org.br
  • 10. 11 4.4.2 APLICAÇÃO DOS INSERTS A forma de aplicação desta ferramenta é muito simples: o operário primeiramente realiza um furo na estrutura no local já previamente estabelecido que estará o insert, com uma furadeira manual. O furo possui uma abertura de 10mm para que os chumbadores possam ser introduzidos. O ideal é que seja respeitado um afastamento de 8cm, podendo ser corrigido um desprumo de até no máximo 3cm, ou seja, o não cuidado com o prumo na execução da fachada pode tornar este revestimento com um acabamento muito mal feito. Dependendo se a parede for de concreto ou alvenaria o chumbador é diferente, sendo para paredes de concreto uso do parabolt 3/8 e para parede de tijolo maciço usa-se o parabolt 3/8 com camisa. Esses chumbadores de expansão servem para ancoramento dos inserts metálicos que serão engastados às placas de granito ou mármore através de furos ou rasgos. Imagens 17: Chumbador Fonte: www.fiec.org.br 4.4.3 REJUNTAMENTO Após o termino de aplicação das placas é necessário realizar o rejuntamento das mesmas, mais por motivos estéticos, acústicos e térmicos do que técnicos. Por isso aconselha-se o uso até o segundo pavimento da estrutura, podendo também ser empregada juntas das viradas e pingadeiras das sacadas. Já nos peitoris o rejunte normal pode ser usado. Para se realizar o rejuntamento inicialmente é realizada a limpeza com escova de aço na parte a ser aplicado o produto, após isso se introduz um cordão de polietileno (8mm) de contenção, não necessariamente em toda a junta apenas no encontro de 4 placas ou conforme desejado pelo cliente ou projeto. Em seguida é colocado uma fita crepe, com boa aderência a placa, ao redor das partes a receberem o rejunte. Por fim é introduzido o silicone neutro e dado o acabamento
  • 11. 12 com o dedo mesmo para que o produto espalha-se por entre as juntas, retira-se a fita crepe e está finalizado o processo. Imagens 18: Rejunte Fonte: www.blogdotarso.com 4.5 DEFEITOS ENCONTRADOS EM PLACAS DE MÁRMORE E GRANITO - Superficie rugosa com sulco e variações de espessura de até 5 mm na placa causadas pela falta de tensionamento nas lâminas ocasionando a flambagem das mesmas. Para ser prevenido é aconselhado o uso de tensionamento hidráulico e a solução caso o problema já tenha ocorrido é usar abrasivo grosso por maior tempo até a superfície ficar lisa. -No caso de trincas, provavelmente por a rocha ser frágil, blocos fraturados, transporte ou embalagem inadequados ocasionando fraturas que atingem parte ou atravessam toda a placa, deve-se usar telas de proteção e ter um controle no transporte e movimentação para que problemas assim não ocorram. - Cantos quebrados causado por transporte ou embalagem inadequados deixando as extremidades das placas quebradas, para se prevenir deve haver um cuidado no seu manuseio, realizando o mesmo sempre na vertical e apoiando nas arestas da peça, utilizando sempre que possível, materiais de apoio como papelão ou similares. - Ferrugem e Manchas avermelhadas causadas por placas com restos de granalha ou em contato com substâncias contendo ferro e água , ocasionando a oxidação do ferro ou da granalha e absorção pela rocha, para se prevenir deve ser realizado uma limpeza profunda em cada placa e impermeabilização das placas no contato com o ferro e caso o fato já tenha ocorrido o ideal é o uso de produtos especiais para remoção.
  • 12. 13 Imagens 19 e 20: granito trincado e granito manchado Fonte: www.blogdotarso.com 4.6 DIFERENÇAS ENTRE MÁRMORE E GRANITO Mármores são mais leves que os granitos , sua aplicação é de caráter interno , enquanto o granito pode ser aplicado externamente sem problemas. Aplicação nas cozinhas é aconselhado apenas para os granitos, pois os mármores mancham com mais facilidade. O mármore possui uma resistência muito mais baixa e um desgaste muito mais elevado enquanto o granito por sua vez é mais resistente à absorção da agua, viabilizando sua utilização em lavanderias. O preço do mármore é de mais elevado custo, sendo que no meio comercial o granito é mais utilizado. Para se distinguir um mármore de um granito, dois procedimentos simples são recomendados: os granitos não são riscados por canivetes, chaves ou pregos, a exemplo dos mármores, isto deve-se devido a dureza dos materiais em questão. Outro teste que pode ser realizado utiliza-se reagentes químicos, sendo que os mármores reagem ao ataque do ácido clorídrico ou muriático, efervescendo tanto mais intensamente quanto maior o seu teor em calcita. 5.0 PEDRA SÃO TOMÉ São rochas flexíveis, antiderrapantes, muito absorvente e que não propagam calor. Indicadas para o revestimento de beiras de piscinas e áreas de lazer, guias de calçadas, paralelepípedos em ruas, podendo ser usada também em construções particulares revestindo piso de varandas, pátios e churrasqueiras. A limpeza se faz com água e sabão, sendo por vezes necessária a contratação de uma empresa
  • 13. 14 especializada para uma limpeza mais profunda com ácido muriático, pois mancha com facilidade. 5.1 REVESTIMENTO, ESPESSURA E DIMENSÕES O revestimento com as Pedras São Tomé está em alta na decoração e avança com força total em ambientes comerciais e residenciais. São usadas em fachadas, calçamentos e na criação de ambientes internos que acabam ganhando um toque de harmonia, e possui uma coloração mesclada que vai desde o branco, passando pelo bege, cinza, rosa e amarelo. Até mesmo alguns tons esverdeados podem ser observados em algumas peças. A espessura também é um detalhe a ser observado antes da compra. A pedra fina tem espessuras de 5mm a 7mm (revestimento de parede) e a pedra normal de 8mm a 20mm (revestimento de piso), e tem as dimensões de: 37 x 37, 18 x 37, 15 x 30 47 x 47 e rodapés. 5.2 EXECUÇÃO DE PISO Para assentamento do piso em pedra São Tomé deverá ser executado contrapiso na espessura mínima de 5 cm, no traço 1:5 (1 parte de cimento para 5 partes de areia grossa). Este contrapiso será executado diretamente sobre o solo onde foi demolido o piso. Após a cura de 1 dia, deverá ser assentado o piso nas dimensões 20 x 40 cm (a licitante deverá conferir as dimensões “in loco”), nos padrões do piso remanescente. Após o assentamento do piso a área deverá ficar interditada por 24 horas e posteriormente o piso deverá ser rejuntado com massa de areia fina e cimento traço 1:3 (1 parte de cimento para 3 partes de areia). 6.0 BASALTO Os basaltos são as rochas mais abundantes na crosta terrestre, mais especificamente na crosta oceânica. Macroscopicamente apresentam cor negra, são melanocratas, densos, compactos ou ligeiramente vesiculares. Possui textura afanítica, com frequência porfirítica. Podem ser regulares ou irregulares. Os basaltos formam estruturas associadas a vulcanismo: escoadas, filões, chaminés, podendo
  • 14. 15 ocorrer fragmentos em depósitos piroclásticos. É de salientar que em certas ocorrências de basaltos é possível observar um tipo particular de estrutura conhecida por disjunção prismática ou colunar, caracterizada pela separação da massa rochosa em ‘prismas’, geralmente pentagonais a hexagonais e perpendiculares à escoada. 6.1 UTILIZAÇÃO  No enquadramento de portas e janelas;  Pavimentações de ruas;  Na construção de casas;  Na construção de diques (represas de águas correntes ou reservatórios de água com comportas);  Britas para a construção civil;  Na construção de Mosaico Português: o basalto é quebrado manualmente no formato de cubos em torno e 4,0cm no mínimo, serão assentados sobre colchão de cimento e areia no traço 1:6 seco, na espessura de 3,0cm e deverão ser molhados e apiloados; Imagem 21: mosaico português Fonte: www.estanciaimoveis.com.br 6.2 EXECUÇÃO EM PISO Preparo da base para perfeita aderência da argamassa de assentamento do piso com o contra piso, faz se necessário as seguintes providências: • Sobre a base de concreto existente, com idade superior a sete dias, proceder a uma rigorosa limpeza da superfície, que deve se apresentar áspera isenta de pó, partículas soltas, graxas, óleo, etc.
  • 15. 16 • Determinados locais poderão necessitar de ações mecânicas como apicoamento, jateamento, fresamento ou aplicação de produtos especiais a fim de melhorar a aderência. • Saturação da base de concreto com água em abundância. • Ter no mínimo cinco centímetros livre entre a base e o nível do piso acabado. Traço da argamassa de assentamento - "farofa". • 01 (uma) parte de cimento. • 04 (quatro) partes de areia média lavada. • A adição de água deve ser o mínimo possível. • Rendimento médio: 17 kg/m²/cm de altura da argamassa de assentamento. • Consumo médio de materiais considerando argamassa de assentamento com 3,5 cm de altura (altura média praticada): • Areia média lavada = 47,6 kg/m² • Cimento cinza CPII E32 = 17 kg/m² • Nota minha: O consumo de cimento para o assentamento é de 6 sacos de cimento por m³ de areia. • Além dos procedimentos básicos para assentamento de piso em geral, destacamos o seguinte: • Espalhar a argamassa tipo "farofa" com altura mínima e máxima entre 2,5cm e 4,5cm. • Sobre a argamassa já espalhada, polvilhar cimento puro para criar uma ponte de aderência. • Com auxílio de um regador, espalhar água sobre a argamassa já polvilhada com cimento e colocar a placa sobre a argamassa. • As placas devem ser forçadas uma a uma contra a argamassa de assentamento com auxílio de um martelo de borracha. Certificar-se de que todas as placas foram batidas o maior número possível de vezes, a fim de garantir perfeita aderência e nivelamento entre as placas. • Efetuar a limpeza das juntas para não impedir a penetração do rejunte. • As juntas devem ter entre 1,5 e 2,0 mm no máximo;
  • 16. 17 Image 22: Piso em basalto Fonte: www.pt.made-in-china.com 6.3 ASSENTAMENTO DE LAJES (PASSEIOS) Traço de 1:3 sobre a camada de pó de brita, deverão ser assentadas uniformemente de forma que fiquem firmes, niveladas e compactadas. O passeio público deverá ser levemente inclinado (2%) para a direção da rua. Após assentadas, as lajes deverão ser rejuntadas com argamassa de areia fina de traço 1:3, com alisamento. Imagem 23: laje de basalto para calçadas Fonte: www.solostocks.com.br 7.0 ARDÓSIA Trata-se de uma rocha sílica-argilosa, a qual foi constituída através de transformação da argila que sofreu sobre forte pressão e temperatura, que se endureceram em finas camadas. É constituída por mica branca, feldspato, clorita, quartzo, carbonato e óxido de ferro. Possui algumas propriedades físicas como alta resistência mecânica, dureza considerada média, resistente a intemperismos, baixa porosidade, possibilita que a ardósia seja utilizada em diversas áreas da construção civil. É encontrada em diferentes formas, entre elas: natural(Bruta), polida, escovada.
  • 17. 18 Imagens 24 e 25: ardósia Fonte: www.construdeia.com e www.brasil.acambiode.com 7.1 LOCAIS DE UTILIZAÇÃO Por se tratar de um material resistente e ser um material econômico é bastante usado na construção civil nas mais diferentes formas. As mais comuns são:  Revestir paredes (Internas e Externas)  Pisos (Internos e Externos)  Tampões de mesas, balcões e pias  Bancadas para cozinha  Rodapés  Telhas  Móveis em geral  Divisórias em chiqueiros 7.2 EXECUÇÃO Em áreas externas, as peças de ardósia devem ser molhadas, devem ser feitas algumas ranhuras na face da peça para que haja uma melhor aderência e nivelamento. Na face a ser assentada deve se aplicar argamassa a base de cimento e adesivo com uso de uma desempenadeira dentada e deixar secar por cerca de 24horas. Onde será colocada a pedra, deve-se executar uma massa mista, cujo traço é de 1:0,5:5 (cimento, cal hidratada e areia) com espessura de 5cm. Deve ser molhada a peça e a área em que ela ocupará na massa, assentando peça por peça. A argamassa de rejuntamento deve ser preparada conforme especificado pelo fabricante e aplicada com desempenadeira emborrachada. Limpar com esponja após a argamassa estar completamente seca.
  • 18. 19 Em áreas internas o piso deve estar nivelado e com uma argamassa de regularização com traço de 1:3, cimento e areia, espessura 2,5cm. Com uma desempenadeira dentada aplicar argamassa de assentamento feita a base de cimento e adesivo especial, neste caso não é necessário uso da massa mista. Considerar uma declividade mínima de 0,5% em direção a ralos ou saídas. A argamassa de rejuntamento deve ser preparada conforme especificado pelo fabricante e aplicada com desempenadeira emborrachada. Limpar om esponja após a argamassa estar completamente seca. 8.0. LÂMINAS DE MADEIRA As lâminas de madeira usadas em pisos apresentam uma semelhança muito grande com o carpete de madeira, elas são resistentes à abrasão, porém, seu maior destaque é a facilidade para realizar a limpeza do mesmo. Sua popularidade esta em crescimento pelo fato de ser um revestimento com preço mais em conta do que os pisos de madeira. A lâmina é constituída de 4 (quatro) camadas, mas composição acaba variando conforme seu fabricante, segue abaixo a composição comum de uma lâmina de madeira usada em pisos. Overlay é uma película que protege o laminado contra arranhões e riscos. Possui uma alta resistência a abrasão. Laminado Decorativo da o aspecto de piso de madeira varia entre os modelos de pisos e pode se impressa ou um filme de madeira.
  • 19. 20 Substrato HDF-H é a parte principal composta geralmente por compensado de alta resistência, é responsável por resistir aos impactos. É nesta parte do laminado que ficam os encaixes macho e fêmea que servem para encaixar o piso. Balanço parte que é responsável por estabilizar o piso e pela resistência da lâmina à umidade. 8.1. USO E EXECUÇÃO O primeiro passo para aplicação das lâminas de madeira é conferir se existem irregularidades no contrapiso, caso existam saliências maiores que 3mm em uma extensão de 1,5 ou o contrapiso esteja com soltando areia ou quebradiço, deve ser feita a correção. Deve-se tomar cuidado também com a umidade do local onde será instalado o laminado, pois não se recomenda instalar as lâminas de madeira em locais com umidade. Após estas verificações deve ser limpo evitando que tenha areia, poeira, etc. Deve ser feito um planejamento verificando as metragens do local de onde será aplicado o piso, garantindo uma melhor qualidade de instalação, além de tempo e de material. Antes de iniciar a colocação das lâminas deve ser instalada uma manta que tem a função de reter umidade e de absorver irregularidades. A manta é posta no sentido contrário da colocação das lâminas, diretamente no contrapiso sem deixar espaços vazios e junto as paredes deixar cerca de 1 cm de manta sobrando. Após a colocação da manta já pode se iniciar a instalação das lâminas, usando espaçadores no sentido do comprimento da lâmina, entre ela e a parede, para garantir o espaço de dilatação da madeira, depois instalados os espaçadores ele é utilizado com travamento do piso. Em pisos colados o espaçador deve ser retirado após de 12horas e deverá assegurar uma distância de 15 mm entre parede e piso. Existem pisos laminados com instalação com sistema “click” os quais possuem encaixes e não utilizasse cola e outros tipo de instalação com colagem dos encaixes. O sistema com encaixe click deve encaixar a régua a ser instalada em um ângulo entre 20º e 30º, introduzindo o encaixe macho na parte fêmea da peça que já
  • 20. 21 havia sido instalada e abaixando a peça até que haja perfeição entre as peças. No sentido transversal é necessário usar um bloco batente e um martelo para encaixar as lâminas, com suaves marteladas com o bloco no topo das réguas, fechando os encaixes do topo das lâminas. Deve ser evitado o desalinhamento e movimentações das lâminas durante o processo de instalação. Na instalação com colagem dos encaixes deve se verificar o esquadro e alinhamento e só depois devem ser coladas, deve-se aplicar cola sempre no encaixe macho da peça em toda extensão de encaixe. Todas as lâminas devem ser coladas, uma a uma, importante não deixar pontos sem cola para evitar aberturas, inchamentos e ruídos. A cola que fica na superfície do piso deve ser limpa em no máximo 10 minutos. Para finalizar a instalação, muitas vezes é necessário cortar as lâminas da última fileira, deve se posicionar as lâminas e fazer a marcação do lado do balanceador e realizar o corte com uma serra. Lembrando sempre de colocar os espaçadores, a última régua instalada recomenda-se fazer sua colagem independente do sistema de encaixe. Após todo piso instalado é recomendado uso de cintas e usar os espaçadores, deixando secar por 12 horas. Depois de retirar os espaçadores e as lâminas de madeira instaladas pode-se fazer a instalação dos rodapés e cantoneiras. 9.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS A utilização de pedras naturais assim como pisos laminados, para a construção civil vem ganhando espaço no mercado a cada dia que passa. As revoluções tecnológicas vêm propiciando o seu uso, tornando-as cada vez mais úteis e praticas em todo tipo de obra existente. Quando conhecido suas características, especificidades e maneiras de manuseio, as pedras tornam-se ferramentas poderosas nas mãos de arquitetos e engenheiros que podem utilizá-las para suprir deficiências de determinado projeto que esta sendo executado. Vale a pena aumentar o nível de pesquisas neste ramo, o desenvolvimento de melhores técnicas e prováveis argamassas a serem desenvolvidos podem sim aumentar a sua eficiência, diminuindo o numero de resíduos deixados em obra.