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Alunas: Bárbara e Gabriela Marquetti
Professor: Marcelo AZ Orates
Turma:202

A corte de Maria Antonieta e Luís XVI foi marcada pela
ostentação e o luxo. A moda da época nos dá pistas dos desmandos
na nobreza: saias enormes, joias caríssimas, uma infinidade de
sapatos, tecidos finos e importados, penteados inacreditavelmente
armados, e perucas, sempre polvilhadas com farinha de trigo.
A revolução trouxe modificações na indumentária, rejeitando
tudo o que lembrasse a monarquia e a nobreza. Os poderosos
optaram por adotar trajes mais simples, sem ostentação e bem
diferentes do que se usava até então. A inspiração era a cultura
greco-romana. Neste contexto, surge o vestido tipo Império, que
aposentou – não por muito tempo – a tradicional figura de mulher
composta por corpete justo e saias volumosas.
Roupas da Família Real

A suposta simplicidade dos primeiros tempos, contudo, foi
substituída aos poucos por um luxo tão desmedido quanto o que Maria
Antonieta e Luís XVI ostentavam. Com a ascensão de Napoleão
Bonaparte, primeiro como cônsul e depois como imperador (1804), e de
sua mulher Josefine, os desmandos da aristocracia retornaram. E até de
maneira mais agressiva, já que a corte que transpirava ares de novo-
rico, como diziam as más línguas da época. A imperatriz adorava
lançar moda, como fazia a rainha Maria Antonieta.

Os vestidos Império usados por Josefine, de tecidos finos e
transparentes, mangas bufantes, tornaram-se coqueluche em quase
toda Europa - as damas aderiram até na Inglaterra, inimiga feroz
da França na época. Para proteger do frio, redingotes no estilo dos
militares, capas e xales. E dá-lhe brocados, rendas, telas de ouro e
prata, damascos, veludos, sedas e musselinas. E ainda muitas
plumas, joias enormes, sapatos rebuscados, luvas, chapéus. A
moda é mesmo surpreendente e possui uma incoerência intrínseca
em seus domínios: os franceses cobriram de luxo o que deveria ser
simples e despretensioso.
Portugal, sempre conservador, demorou mais para aderir às
mudanças no vestuário pós-revolução. Napoleão Bonaparte foi
responsável pela mudança da Corte lusitana para o Brasil, já que o
príncipe regente veio se refugiar na Colônia justamente para escapar à
sanha conquistadora do imperador da França. Pressionado pela
Inglaterra, D. João tomou a decisão ousada de cruzar o Atlântico e
fixar-se no Rio de Janeiro. Não é que política e moda formaram uma
teia complexa naqueles tempos? Fugindo de um ataque do exército
francês, a Corte portuguesa acabou possibilitando o reinado absoluto
das modas francesas no Brasil. Muitos franceses puderam se se
estabelecer aqui e logo impuseram um outro tipo de dominação: o
comércio de roupas e adereços femininos se tornou território exclusivo
deles.


Os brasões da Sala de Sintra
O rei Dom Manoel I, o Venturoso (1495 a 1521), foi quem fez
reunir pelo reino de Portugal todos os brasões, insígnias e letreiros,
para acabar com o livre arbítrio no uso das armas e concessão de
brasões. Com este material, transcrito e falado, planejou fazer um
livro onde fossem pintados os brasões. Consta que existiram três
livros de brasões, dos quais restaram apenas dois. O Livro Antigo
dos Reis d`Armas, escrito por António Godinho, escrivão da
Câmara Real, teria desaparecido quando um terremoto destruiu o
Cartório da Nobreza. Restaram o Livro do Armeiro-Mor, datado
de 15 de agosto de 1509, escrito por João Rodrigues, Rei de Armas
de Portugal e o Livro da Torre do Tombo, escrito pelo Bacharel
Antonio Rodrigues, também Rei de Armas de Portugal.
Sala Sintra

Após a conclusão da obra o rei mandou pintar o teto de um
palacete, localizado no Paço de Sintra, com os brasões das 72
principais famílias lusas da época, ilustres em honra, história e
bens. A execução ocorreu entre os anos de 1515 e 1520 e todos os
brasões estão assentes no ventre de veados, sobre cujas cabeças
repousa o timbre de cada família. No centro do teto da sala, que
mede 14 por 13 metros, encontram-se as armas do rei, circundadas
por seis brasões portugueses representando sua descendência
masculina (os príncipes) e dois brasões em lisonja representando
sua descendência feminina (as princesas).

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Moda Régio Francês

  • 1. Alunas: Bárbara e Gabriela Marquetti Professor: Marcelo AZ Orates Turma:202
  • 2.  A corte de Maria Antonieta e Luís XVI foi marcada pela ostentação e o luxo. A moda da época nos dá pistas dos desmandos na nobreza: saias enormes, joias caríssimas, uma infinidade de sapatos, tecidos finos e importados, penteados inacreditavelmente armados, e perucas, sempre polvilhadas com farinha de trigo. A revolução trouxe modificações na indumentária, rejeitando tudo o que lembrasse a monarquia e a nobreza. Os poderosos optaram por adotar trajes mais simples, sem ostentação e bem diferentes do que se usava até então. A inspiração era a cultura greco-romana. Neste contexto, surge o vestido tipo Império, que aposentou – não por muito tempo – a tradicional figura de mulher composta por corpete justo e saias volumosas. Roupas da Família Real
  • 3.  A suposta simplicidade dos primeiros tempos, contudo, foi substituída aos poucos por um luxo tão desmedido quanto o que Maria Antonieta e Luís XVI ostentavam. Com a ascensão de Napoleão Bonaparte, primeiro como cônsul e depois como imperador (1804), e de sua mulher Josefine, os desmandos da aristocracia retornaram. E até de maneira mais agressiva, já que a corte que transpirava ares de novo- rico, como diziam as más línguas da época. A imperatriz adorava lançar moda, como fazia a rainha Maria Antonieta.
  • 4.  Os vestidos Império usados por Josefine, de tecidos finos e transparentes, mangas bufantes, tornaram-se coqueluche em quase toda Europa - as damas aderiram até na Inglaterra, inimiga feroz da França na época. Para proteger do frio, redingotes no estilo dos militares, capas e xales. E dá-lhe brocados, rendas, telas de ouro e prata, damascos, veludos, sedas e musselinas. E ainda muitas plumas, joias enormes, sapatos rebuscados, luvas, chapéus. A moda é mesmo surpreendente e possui uma incoerência intrínseca em seus domínios: os franceses cobriram de luxo o que deveria ser simples e despretensioso.
  • 5. Portugal, sempre conservador, demorou mais para aderir às mudanças no vestuário pós-revolução. Napoleão Bonaparte foi responsável pela mudança da Corte lusitana para o Brasil, já que o príncipe regente veio se refugiar na Colônia justamente para escapar à sanha conquistadora do imperador da França. Pressionado pela Inglaterra, D. João tomou a decisão ousada de cruzar o Atlântico e fixar-se no Rio de Janeiro. Não é que política e moda formaram uma teia complexa naqueles tempos? Fugindo de um ataque do exército francês, a Corte portuguesa acabou possibilitando o reinado absoluto das modas francesas no Brasil. Muitos franceses puderam se se estabelecer aqui e logo impuseram um outro tipo de dominação: o comércio de roupas e adereços femininos se tornou território exclusivo deles.
  • 6.
  • 7.  Os brasões da Sala de Sintra O rei Dom Manoel I, o Venturoso (1495 a 1521), foi quem fez reunir pelo reino de Portugal todos os brasões, insígnias e letreiros, para acabar com o livre arbítrio no uso das armas e concessão de brasões. Com este material, transcrito e falado, planejou fazer um livro onde fossem pintados os brasões. Consta que existiram três livros de brasões, dos quais restaram apenas dois. O Livro Antigo dos Reis d`Armas, escrito por António Godinho, escrivão da Câmara Real, teria desaparecido quando um terremoto destruiu o Cartório da Nobreza. Restaram o Livro do Armeiro-Mor, datado de 15 de agosto de 1509, escrito por João Rodrigues, Rei de Armas de Portugal e o Livro da Torre do Tombo, escrito pelo Bacharel Antonio Rodrigues, também Rei de Armas de Portugal. Sala Sintra
  • 8.  Após a conclusão da obra o rei mandou pintar o teto de um palacete, localizado no Paço de Sintra, com os brasões das 72 principais famílias lusas da época, ilustres em honra, história e bens. A execução ocorreu entre os anos de 1515 e 1520 e todos os brasões estão assentes no ventre de veados, sobre cujas cabeças repousa o timbre de cada família. No centro do teto da sala, que mede 14 por 13 metros, encontram-se as armas do rei, circundadas por seis brasões portugueses representando sua descendência masculina (os príncipes) e dois brasões em lisonja representando sua descendência feminina (as princesas).
  • 9.
  • 10.