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O Governo Collor e Itamar Franco
- As eleições de 1989 e a manipulação da mídia - O Plano Collor e o confisco da poupança - A abertura econômica (Neoliberalismo) - Corrupção e os protestos dos "Caras    Pintadas"  - O Impeachment- Geral do Gov. Itamar- A estabilização da economia- Indicadores sociais do Gov. Itamar
As eleições de 1989.
As eleições de 1989 foi a primeira logo após o regime militar em que os brasileiros tiveram aptos a escolherem quem queriam como presidente da república. Por serem relativamente novos, os partidos políticos estavam pouco mobilizados e vinte e duas candidaturas à presidência foram lançadas. Essa quantidade expressiva de candidatos mantém o recorde de eleição presidencial com mais candidatos. Foi também a primeira eleição na qual uma mulher disputou o posto mais elevado da República – Lívia Maria do Partido Nacionalista (PN)
Como nenhum candidato obteve a maioria absoluta dos votos válidos, isto é, excluídos os brancos e nulos, a eleição foi realizada em dois turnos, conforme a então nova lei previa. O dois principais candidatos à presidência eram Luís Inácio Lula da Silva, do PT, e Fernando Collor de Mello, do hoje extinto partido PRN. José Paulo Bisol aparecia como vice de Lula, e Itamar Franco de Collor. Como nenhum dos candidatos conseguiu uma maioria significativa dos votos, a eleição obteve dois turnos, como previsto na lei. O Primeiro turno aconteceu no dia 15 de novembro de 1989.  O segundo, no dia 17 de dezembro do mesmo ano.
Lula x Collor
O perfil dos candidatos COLLOR -Na área econômica, o programa de Collor era explicitamente de tendência Neoliberal e previa uma extensa reforma no estado, além de privatizações de empresas estatais e abertura da economia à competição internacional.  Lula - Lula era representante das forças políticas de esquerda, recebeu apoio dos movimentos populares e sindicais. Defendeu um programa de mudanças na estrutura socioeconômica do país a fim de implementar um modelo socialista.
Durante sua campanha, Collor ficou conhecido como o “Caçador de marajás”, tudo isso porque passou para a população a imagem de um político que lutava incessantemente contra a corrupção. Contra políticos e servidores públicos que recebiam salários extremamente altos.
Essa foi uma eleição que entrou pra história da política brasileira. Lula e Collor tiveram um duelo de arrepiar.  Mas, também foi uma eleição que ficou marcada acima de tudo, pela manipulação feita pela Rede Globo!  Hoje, isso é visto por muitos com muita clareza, mas, naquela época, ninguém viu.. A maioria se deixou levar!   Vamos entender melhor o que aconteceu...Na semana no último turno,  um debate foi transmitido pelas principais emissoras de tv da época: Globo, Sbt, Bandeirantes e Manchete. No dia seguinte, o Jornal Hoje exibiu um pequeno resumo do debate.
A noite, o Jornal Nacional editou e exibiu um compacto de 6 minutos do debate. O que chamou mais atenção, é que o resumo do jornal nacional era completamente diferente do resumo exibido no jornal hoje. Nele, claramente, Collor foi beneficiado. Collor sabia falar bem, diferente de Lula. No mesmo dia, o jornal nacional mostrou também, uma pesquisa telefônica, e nela, Collor aparecia como o mais  preparado para governar o Brasil. Ele estava na frente de Lula em todos os quesitos. Um detalhe: A agência responsável por essa pesquisa, era a mesma responsável pela imagem eleitoral de Collor.. Coincidência, não?
É importante ressaltar que, a diferença entre eles estava diminuindo cada vez mais. Na semana do debate, a diferença era de 1%,  logo após o ‘’compacto’’ do jornal nacional, a diferença aumentou para 4%.  Essa manipulação está em evidência no documentário “Muito além do cidadão Kane” , produzido em 1993 pela BBC de Londres.
Collor, o presidente da Globo.
Como já era esperado, Collor vence as eleições de 1989 com 49, 94% dos votos. Sua posse foi no dia 15 de março de 1990.
O PLANO COLLOR Plano Collor - A inflação em um ano de março de 1989 a março de 1990 chegou a 4.853%, e no governo anterior teve vários planos fracassados de conter a inflação. Depois de sua posse, Collor anuncia um pacote econômico no dia 15 de março de 1990, o Plano Brasil Novo. Esse plano tinha como objetivo por fim a crise, ajustar a economia e elevar o país do terceiro para o Primeiro Mundo. O cruzado novo é substituído pelo "cruzeiro", bloqueia por 18 meses os saldos das contas correntes, cadernetas de poupança e demais investimentos superiores a Cr$ 50.000,00. Os preços foram tabelados e depois liberados gradualmente. Os salários foram pré-fixados e depois negociados entre patrões e empregados. Os impostos e tarifas aumentaram e foram criados outros tributos, são suspensos os incentivos fiscais não garantidos pela Constituição. É Anunciado corte nos gastos públicos, também se reduz a máquina do Estado com a demissão de funcionários e privatização de empresas estatais. O plano também prevê a abertura do mercado interno, com a redução gradativa das alíquotas de importação.
Zélia Cardoso de Mello, ex-ministra da Fazenda, anuncia o confisco das poupanças no governo Collor.
O que foi o confisco das poupanças? Uma tentativa sem sucesso de conter a hiperinflação resultou numa das intervenções mais radicais na economia do país. Um dia depois de tomar posse, o então presidente Fernando Collor de Mello e a ministra da Economia, Zélia Cardoso de Mello, anunciaram o confisco de parte das contas correntes e da poupança dos brasileiros.  A medida passou para a história como a principal novidade do Plano Collor. Oficialmente chamado de Plano Brasil Novo, o pacote econômico acabou reduzido, na memória brasileira, ao bloqueio do dinheiro da população. Em muitos casos, economias ao longo de uma vida ficaram congeladas no Banco Central. Com o Plano Collor, 80% de todos os depósitos das contas correntes, das cadernetas de poupança e do overnight acima de 50 mil cruzados novos foram congelados por 18 meses. O governo prometeu corrigir o dinheiro pela inflação da época, mas na prática apenas metade dos recursos foi devolvida. Convertidos aos valores atuais, os 50 mil cruzados novos corresponderiam a R$ 5.588, corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A ABERTURA ECONÔMICA (NEOLIBERARISMO) Sem dúvida alguma, Collor foi o primeiro e é o principal responsável por “rolado a bola” do neoliberalismo em nosso país. Foi ele quem combateu leis nacionalistas que controlavam os negócios das empresas estrangeiras no Brasil e quem iniciou um programa consistente de venda das empresas estatais. Ao se recusar a pagar aposentadorias melhores, Collor também mostrava seu empenho em adotar a idéia neoliberal de cortar brutalmente os gastos do governo com programas sociais. Tudo isso, dizia ele, faria o Brasil entrar no Primeiro Mundo. Enquanto o país esperava para entrar no Primeiro Mundo, Collor tratou ele mesmo de ir para lá fazer umas comprinhas no seu estilo de consumidor yuppie: gravatas Hermès, uísque Logan 12 anos, malas Louis Vuitton. O governo mandou liberar as importações, abaixando as tarifas alfandegárias: foi a partir de Collor que o país foi invadido pelos produtos estrangeiros, de eletrodomésticos a queijos franceses, de quinquilharias coreanas a vinhos alemães.
O presidente era um Indiana Jones tupiniquim. Adorava a imagem de esportista, de atleta que tudo pode. Parecia que todos os problemas seriam facilmente resolvidos porque o homem do Planalto possuía a sutileza de um lutador de caratê e a inteligência de um fanático por jet-ski. O segredo para disparar a economia era o mesmo usado para acelerar uma moto Kawasaki 1000. Enquanto isso, o povo competindo na raia, na modalidade “disputa por uma migalha de comida”. Quando Zélia pegou “emprestado” o dinheiro das poupanças, ela tinha em mente duas coisas. Primeiramente, o governo estaria com dinheiro em caixa, não precisando emitir papel-moeda para cobrir seus gastos. Depois, as pessoas, sem a grana da poupança, deixariam de comprar. Como as vendas cairiam, a tendência seria a queda dos preços. As duas coisas ajudariam a abaixar a inflação. Acontece que deu tudo errado. Caindo as vendas, claro, os empresários trataram de diminuir a produção. Com isso, as pessoas eram despedidas. Recessão e desemprego.
Então, valia o velho esquema brasileiro para lucrar, na base do aumento frenético dos preços. O Brasil mergulhava em uma das piores crises econômicas de sua história. A inflação ultrapassou os 20% mensais e a recessão (diminuição das atividades econômicas) fez o país regredir. A Associação Brasileira de Supermercados constatou a diminuição de 15% no consumo de arroz e feijão: trocando em miúdos, o povo comia menos. Nas grandes cidades, milhares de maltrapilhos, vítimas do desemprego, passaram a morar nas caladas. No Brasil de Collor, com o salário mínimo mais baixo do que o do Paraguai, morar em barraco passou a ser sonho de consumo. Após descobrirem o romance de Zélia com o ministro da justiça, Sr. Bernardo Cabral,  Zélia acabou sendo demitida. No seu lugar, assumiu o embaixador Marcílio Marques Moreira. Diplomata de carreira, renegociou a dívida externa, ganhando elogio dos americanos. É como a raposa que aplaude o bom comportamento das galinhas. Enquanto isso, a economia brasileira ia caindo do poleiro.
O Impeachment
O que foi O Impeachment?  O Impeachment é um processo político, não criminal, que tem por objetivo apenas afastar o presidente da república ou qualquer outra pessoa do executivo sem que por isso ele seja condenado penalmente. Em setembro de 1992, estudantes e universitários, vestidos e pintados com as cores da bandeira, foram para as ruas protestar e pedir o impeachment (afastamento da presidência) de Collor. Eles ficaram conhecidos como "geração cara-pintada". Sua gestão foi marcada por uma série de escândalos e suspeitas de corrupção. As denúncias ganharam força em abril de 1992, quando Pedro Collor, irmão do presidente, revelou a existência do "esquema PC", de tráfico de influência e irregularidades financeiras, organizado por Paulo César Faria, ex-tesoureiro da campanha.
Pressionada pelas manifestações públicas, a Câmara autorizou a abertura do processo de impeachment por 441 votos a 38. Houve uma abstenção e 23 ausências. Em 2 de outubro, Collor foi afastado temporariamente da presidência. Collor renunciou ao cargo de presidente em 29 de dezembro de 1992, pouco antes de ser condenado pelo Senado por crime de responsabilidade. Em seu lugar assumiu o então vice-presidente, Itamar Franco.O impeachment interrompeu o primeiro governo eleito diretamente após 29 anos e marcou ainda o cenário político mundial, já que Collor foi o primeiro presidente na América Latina a ser destituído do cargo por este processo. Ele teve ainda seus direitos políticos cassados, tornando-se inelegível por oito anos
O Governo Itamar Franco (1992-1994) Itamar assume a presidência formalmente no dia 29 de dezembro. O Brasil estava no meio de uma grave crise econômica, com a inflação chegando a 1100% em 1992, e alcançado mais de 2700% no ano seguinte (a maior da historia do Brasil). Itamar trocou de ministros da economia várias vezes, até que Fernando Henrique Cardoso assumisse o Ministério da Fazenda.
Na área política, o governo aplicou o dispositivo constitucional que previa a realização de um plebiscito em que os eleitores brasileiros deveriam decidir qual o regime político (monarquia ou república) e qual a forma de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) o Brasil deveria adotar. A consulta popular ocorreu em abril de 1993, e o resultado das urnas confirmou a preferência da população pela permanência da república presidencialista.Ainda na área política, sob incentivo do Governo Federal, foi criada uma CPI para investigar denúncias de corrupção envolvendo irregularidades no orçamento da União. A CPI desvelou esquema de corrupção que ficou conhecido como o caso dos "anões do orçamento", uma referência a parlamentares, ministros e ex-ministros e governadores estaduais.Durante os trabalhos da CPI, o país ficou ameaçado de paralisia do processo legislativo. Houve até mesmo rumores de conspirações militares diante da crise parlamentar.
O Plebiscito  Em Abril de 1993, cumprindo com o previsto na Constituição, o governo realiza um plebiscito para a escolha da forma e do sistema de governo no Brasil. Quase 30% dos votantes, não compareceram ao plebiscito ou anularam o voto. Dos que comparecem às urnas, 66% votaram a favor da república, contra 10% favoráveis à monarquia. O presidencialismo recebeu cerca de 55% dos votos, ao passo que o parlamentarismo obteve 25% dos votos. Em função dos resultados, foi mantido o regime republicano e presidencialista.
O Plano Real
Plano Real No campo econômico, o governo enfrentou sérias dificuldades. A falta de resultados na política de combate à inflação agravou o desequilíbrio do governo e abalou o prestígio do próprio Presidente da República. Os ministros da Economia sucederam-se, até que o chanceler Fernando Henrique Cardoso é nomeado para o cargo. No final de 1993, ele anunciou seu plano de estabilização econômica, o Plano Real, a ser implantado ao longo de 1994.  O governo Itamar Franco sofreu as consequências das investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Congresso Nacional, entre 1993 e 1994, em função de denúncias de irregularidades na elaboração do Orçamento da União.  A CPI do Orçamento provou o envolvimento de ministros, de parlamentares e de altos funcionários num amplo esquema de manipulação do Orçamento. Confirmou-se o desvio sistemático de verbas para empreiteiras, entidades filantrópicas fantasmas, apadrinhados políticos, etc.
Dos dezoito deputados acusados, apenas seis tiveram seus mandatos cassados, perdendo os direitos políticos até 2001. Outros quatro renunciaram e oito foram absolvidos.  A autoridade do Presidente, contudo, não foi abalada pelos resultados das investigações. No final de seu mandato, Itamar Franco apóia a candidatura do ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, à Presidência da República.
A estabilização da economia  Suas consequências:   -   A queda vertiginosa da inflação,  -   A ampliação do poder de compra da população -  O remodelamento dos setores econômicos nacionais.  ,[object Object]
Com o fim da inflação a economia brasileira voltou a crescer, obrigando o Ministro da Fazenda a optar por uma política de restrição á expansão da moeda e do credito, de forma a garantir que o Brasil possa registrar taxas de crescimento econômico auto-sustentável, viabilizando a retomada do crescimento com distribuição da renda.,[object Object]
Thays, Emilly, Camila, Pedro H, Rodrigo e Fabiano.  G5 - 3m3

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O governo Collor e Itamar Franco

  • 1. O Governo Collor e Itamar Franco
  • 2. - As eleições de 1989 e a manipulação da mídia - O Plano Collor e o confisco da poupança - A abertura econômica (Neoliberalismo) - Corrupção e os protestos dos "Caras Pintadas" - O Impeachment- Geral do Gov. Itamar- A estabilização da economia- Indicadores sociais do Gov. Itamar
  • 4. As eleições de 1989 foi a primeira logo após o regime militar em que os brasileiros tiveram aptos a escolherem quem queriam como presidente da república. Por serem relativamente novos, os partidos políticos estavam pouco mobilizados e vinte e duas candidaturas à presidência foram lançadas. Essa quantidade expressiva de candidatos mantém o recorde de eleição presidencial com mais candidatos. Foi também a primeira eleição na qual uma mulher disputou o posto mais elevado da República – Lívia Maria do Partido Nacionalista (PN)
  • 5. Como nenhum candidato obteve a maioria absoluta dos votos válidos, isto é, excluídos os brancos e nulos, a eleição foi realizada em dois turnos, conforme a então nova lei previa. O dois principais candidatos à presidência eram Luís Inácio Lula da Silva, do PT, e Fernando Collor de Mello, do hoje extinto partido PRN. José Paulo Bisol aparecia como vice de Lula, e Itamar Franco de Collor. Como nenhum dos candidatos conseguiu uma maioria significativa dos votos, a eleição obteve dois turnos, como previsto na lei. O Primeiro turno aconteceu no dia 15 de novembro de 1989. O segundo, no dia 17 de dezembro do mesmo ano.
  • 7. O perfil dos candidatos COLLOR -Na área econômica, o programa de Collor era explicitamente de tendência Neoliberal e previa uma extensa reforma no estado, além de privatizações de empresas estatais e abertura da economia à competição internacional. Lula - Lula era representante das forças políticas de esquerda, recebeu apoio dos movimentos populares e sindicais. Defendeu um programa de mudanças na estrutura socioeconômica do país a fim de implementar um modelo socialista.
  • 8. Durante sua campanha, Collor ficou conhecido como o “Caçador de marajás”, tudo isso porque passou para a população a imagem de um político que lutava incessantemente contra a corrupção. Contra políticos e servidores públicos que recebiam salários extremamente altos.
  • 9. Essa foi uma eleição que entrou pra história da política brasileira. Lula e Collor tiveram um duelo de arrepiar. Mas, também foi uma eleição que ficou marcada acima de tudo, pela manipulação feita pela Rede Globo! Hoje, isso é visto por muitos com muita clareza, mas, naquela época, ninguém viu.. A maioria se deixou levar! Vamos entender melhor o que aconteceu...Na semana no último turno, um debate foi transmitido pelas principais emissoras de tv da época: Globo, Sbt, Bandeirantes e Manchete. No dia seguinte, o Jornal Hoje exibiu um pequeno resumo do debate.
  • 10. A noite, o Jornal Nacional editou e exibiu um compacto de 6 minutos do debate. O que chamou mais atenção, é que o resumo do jornal nacional era completamente diferente do resumo exibido no jornal hoje. Nele, claramente, Collor foi beneficiado. Collor sabia falar bem, diferente de Lula. No mesmo dia, o jornal nacional mostrou também, uma pesquisa telefônica, e nela, Collor aparecia como o mais preparado para governar o Brasil. Ele estava na frente de Lula em todos os quesitos. Um detalhe: A agência responsável por essa pesquisa, era a mesma responsável pela imagem eleitoral de Collor.. Coincidência, não?
  • 11. É importante ressaltar que, a diferença entre eles estava diminuindo cada vez mais. Na semana do debate, a diferença era de 1%, logo após o ‘’compacto’’ do jornal nacional, a diferença aumentou para 4%. Essa manipulação está em evidência no documentário “Muito além do cidadão Kane” , produzido em 1993 pela BBC de Londres.
  • 12. Collor, o presidente da Globo.
  • 13. Como já era esperado, Collor vence as eleições de 1989 com 49, 94% dos votos. Sua posse foi no dia 15 de março de 1990.
  • 14. O PLANO COLLOR Plano Collor - A inflação em um ano de março de 1989 a março de 1990 chegou a 4.853%, e no governo anterior teve vários planos fracassados de conter a inflação. Depois de sua posse, Collor anuncia um pacote econômico no dia 15 de março de 1990, o Plano Brasil Novo. Esse plano tinha como objetivo por fim a crise, ajustar a economia e elevar o país do terceiro para o Primeiro Mundo. O cruzado novo é substituído pelo "cruzeiro", bloqueia por 18 meses os saldos das contas correntes, cadernetas de poupança e demais investimentos superiores a Cr$ 50.000,00. Os preços foram tabelados e depois liberados gradualmente. Os salários foram pré-fixados e depois negociados entre patrões e empregados. Os impostos e tarifas aumentaram e foram criados outros tributos, são suspensos os incentivos fiscais não garantidos pela Constituição. É Anunciado corte nos gastos públicos, também se reduz a máquina do Estado com a demissão de funcionários e privatização de empresas estatais. O plano também prevê a abertura do mercado interno, com a redução gradativa das alíquotas de importação.
  • 15. Zélia Cardoso de Mello, ex-ministra da Fazenda, anuncia o confisco das poupanças no governo Collor.
  • 16. O que foi o confisco das poupanças? Uma tentativa sem sucesso de conter a hiperinflação resultou numa das intervenções mais radicais na economia do país. Um dia depois de tomar posse, o então presidente Fernando Collor de Mello e a ministra da Economia, Zélia Cardoso de Mello, anunciaram o confisco de parte das contas correntes e da poupança dos brasileiros. A medida passou para a história como a principal novidade do Plano Collor. Oficialmente chamado de Plano Brasil Novo, o pacote econômico acabou reduzido, na memória brasileira, ao bloqueio do dinheiro da população. Em muitos casos, economias ao longo de uma vida ficaram congeladas no Banco Central. Com o Plano Collor, 80% de todos os depósitos das contas correntes, das cadernetas de poupança e do overnight acima de 50 mil cruzados novos foram congelados por 18 meses. O governo prometeu corrigir o dinheiro pela inflação da época, mas na prática apenas metade dos recursos foi devolvida. Convertidos aos valores atuais, os 50 mil cruzados novos corresponderiam a R$ 5.588, corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
  • 17. A ABERTURA ECONÔMICA (NEOLIBERARISMO) Sem dúvida alguma, Collor foi o primeiro e é o principal responsável por “rolado a bola” do neoliberalismo em nosso país. Foi ele quem combateu leis nacionalistas que controlavam os negócios das empresas estrangeiras no Brasil e quem iniciou um programa consistente de venda das empresas estatais. Ao se recusar a pagar aposentadorias melhores, Collor também mostrava seu empenho em adotar a idéia neoliberal de cortar brutalmente os gastos do governo com programas sociais. Tudo isso, dizia ele, faria o Brasil entrar no Primeiro Mundo. Enquanto o país esperava para entrar no Primeiro Mundo, Collor tratou ele mesmo de ir para lá fazer umas comprinhas no seu estilo de consumidor yuppie: gravatas Hermès, uísque Logan 12 anos, malas Louis Vuitton. O governo mandou liberar as importações, abaixando as tarifas alfandegárias: foi a partir de Collor que o país foi invadido pelos produtos estrangeiros, de eletrodomésticos a queijos franceses, de quinquilharias coreanas a vinhos alemães.
  • 18. O presidente era um Indiana Jones tupiniquim. Adorava a imagem de esportista, de atleta que tudo pode. Parecia que todos os problemas seriam facilmente resolvidos porque o homem do Planalto possuía a sutileza de um lutador de caratê e a inteligência de um fanático por jet-ski. O segredo para disparar a economia era o mesmo usado para acelerar uma moto Kawasaki 1000. Enquanto isso, o povo competindo na raia, na modalidade “disputa por uma migalha de comida”. Quando Zélia pegou “emprestado” o dinheiro das poupanças, ela tinha em mente duas coisas. Primeiramente, o governo estaria com dinheiro em caixa, não precisando emitir papel-moeda para cobrir seus gastos. Depois, as pessoas, sem a grana da poupança, deixariam de comprar. Como as vendas cairiam, a tendência seria a queda dos preços. As duas coisas ajudariam a abaixar a inflação. Acontece que deu tudo errado. Caindo as vendas, claro, os empresários trataram de diminuir a produção. Com isso, as pessoas eram despedidas. Recessão e desemprego.
  • 19. Então, valia o velho esquema brasileiro para lucrar, na base do aumento frenético dos preços. O Brasil mergulhava em uma das piores crises econômicas de sua história. A inflação ultrapassou os 20% mensais e a recessão (diminuição das atividades econômicas) fez o país regredir. A Associação Brasileira de Supermercados constatou a diminuição de 15% no consumo de arroz e feijão: trocando em miúdos, o povo comia menos. Nas grandes cidades, milhares de maltrapilhos, vítimas do desemprego, passaram a morar nas caladas. No Brasil de Collor, com o salário mínimo mais baixo do que o do Paraguai, morar em barraco passou a ser sonho de consumo. Após descobrirem o romance de Zélia com o ministro da justiça, Sr. Bernardo Cabral, Zélia acabou sendo demitida. No seu lugar, assumiu o embaixador Marcílio Marques Moreira. Diplomata de carreira, renegociou a dívida externa, ganhando elogio dos americanos. É como a raposa que aplaude o bom comportamento das galinhas. Enquanto isso, a economia brasileira ia caindo do poleiro.
  • 21. O que foi O Impeachment? O Impeachment é um processo político, não criminal, que tem por objetivo apenas afastar o presidente da república ou qualquer outra pessoa do executivo sem que por isso ele seja condenado penalmente. Em setembro de 1992, estudantes e universitários, vestidos e pintados com as cores da bandeira, foram para as ruas protestar e pedir o impeachment (afastamento da presidência) de Collor. Eles ficaram conhecidos como "geração cara-pintada". Sua gestão foi marcada por uma série de escândalos e suspeitas de corrupção. As denúncias ganharam força em abril de 1992, quando Pedro Collor, irmão do presidente, revelou a existência do "esquema PC", de tráfico de influência e irregularidades financeiras, organizado por Paulo César Faria, ex-tesoureiro da campanha.
  • 22. Pressionada pelas manifestações públicas, a Câmara autorizou a abertura do processo de impeachment por 441 votos a 38. Houve uma abstenção e 23 ausências. Em 2 de outubro, Collor foi afastado temporariamente da presidência. Collor renunciou ao cargo de presidente em 29 de dezembro de 1992, pouco antes de ser condenado pelo Senado por crime de responsabilidade. Em seu lugar assumiu o então vice-presidente, Itamar Franco.O impeachment interrompeu o primeiro governo eleito diretamente após 29 anos e marcou ainda o cenário político mundial, já que Collor foi o primeiro presidente na América Latina a ser destituído do cargo por este processo. Ele teve ainda seus direitos políticos cassados, tornando-se inelegível por oito anos
  • 23. O Governo Itamar Franco (1992-1994) Itamar assume a presidência formalmente no dia 29 de dezembro. O Brasil estava no meio de uma grave crise econômica, com a inflação chegando a 1100% em 1992, e alcançado mais de 2700% no ano seguinte (a maior da historia do Brasil). Itamar trocou de ministros da economia várias vezes, até que Fernando Henrique Cardoso assumisse o Ministério da Fazenda.
  • 24. Na área política, o governo aplicou o dispositivo constitucional que previa a realização de um plebiscito em que os eleitores brasileiros deveriam decidir qual o regime político (monarquia ou república) e qual a forma de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) o Brasil deveria adotar. A consulta popular ocorreu em abril de 1993, e o resultado das urnas confirmou a preferência da população pela permanência da república presidencialista.Ainda na área política, sob incentivo do Governo Federal, foi criada uma CPI para investigar denúncias de corrupção envolvendo irregularidades no orçamento da União. A CPI desvelou esquema de corrupção que ficou conhecido como o caso dos "anões do orçamento", uma referência a parlamentares, ministros e ex-ministros e governadores estaduais.Durante os trabalhos da CPI, o país ficou ameaçado de paralisia do processo legislativo. Houve até mesmo rumores de conspirações militares diante da crise parlamentar.
  • 25. O Plebiscito Em Abril de 1993, cumprindo com o previsto na Constituição, o governo realiza um plebiscito para a escolha da forma e do sistema de governo no Brasil. Quase 30% dos votantes, não compareceram ao plebiscito ou anularam o voto. Dos que comparecem às urnas, 66% votaram a favor da república, contra 10% favoráveis à monarquia. O presidencialismo recebeu cerca de 55% dos votos, ao passo que o parlamentarismo obteve 25% dos votos. Em função dos resultados, foi mantido o regime republicano e presidencialista.
  • 27. Plano Real No campo econômico, o governo enfrentou sérias dificuldades. A falta de resultados na política de combate à inflação agravou o desequilíbrio do governo e abalou o prestígio do próprio Presidente da República. Os ministros da Economia sucederam-se, até que o chanceler Fernando Henrique Cardoso é nomeado para o cargo. No final de 1993, ele anunciou seu plano de estabilização econômica, o Plano Real, a ser implantado ao longo de 1994. O governo Itamar Franco sofreu as consequências das investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Congresso Nacional, entre 1993 e 1994, em função de denúncias de irregularidades na elaboração do Orçamento da União. A CPI do Orçamento provou o envolvimento de ministros, de parlamentares e de altos funcionários num amplo esquema de manipulação do Orçamento. Confirmou-se o desvio sistemático de verbas para empreiteiras, entidades filantrópicas fantasmas, apadrinhados políticos, etc.
  • 28. Dos dezoito deputados acusados, apenas seis tiveram seus mandatos cassados, perdendo os direitos políticos até 2001. Outros quatro renunciaram e oito foram absolvidos. A autoridade do Presidente, contudo, não foi abalada pelos resultados das investigações. No final de seu mandato, Itamar Franco apóia a candidatura do ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, à Presidência da República.
  • 29.
  • 30.
  • 31. Thays, Emilly, Camila, Pedro H, Rodrigo e Fabiano. G5 - 3m3