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   Daynara Rayelle
   Teresa Oliveira
   Tatiany Fernandes
   Emanuelle Mayara
   Idener Chagas
   Michelle Souza
   Viviane Moura
   Natália
Central de Material Esterilizado
                   CME

Unidade de apoio a todos os serviços assistenciais e de
diagnóstico que necessitem de artigos odonto-médico-
hospitalares para a prestação da assistência a seus clientes.

Centralização: equipamentos de esterilização em área comum (
gastos com manutenção e compra), padronização de
procedimentos.
Legislação:
RDC nº 307 de 14/11/02 – ANVISA – Dispõe sobre regulamento
técnico, planejamento, programação, elaboração e avaliação de
projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.

RDC nº 50 de 21/02/02 – ANVISA Dispõe sobre regulamento técnico,
planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos
físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.

RDC nº 306 de 07/12/04 – ANVISA Gerenciamento de Resíduos de
serviços de saúde.

Portaria nº 482 de 16/04/99 – Dispõe sobre uso e instalação de ETO.

RDC nº 30 de 15/02/06 – registro, rotulagem e re- processamento de
produtos médicos, e dá outras providências.
Portaria nº 15 de 23/08/88 – Dispõe de regulamento para
registro de produtos saneantes domissanitarios e afins, com
ação antimicrobiana.
 Resolução SS – nº 374 de 15/12/95 – Dispõe sobre
procedimentos em CME.
 Resolução SS – nº 392 de 29/06/94 - Dispõe sobre
procedimentos em CME.
 Lei nº 6514 de 22/12/77 – Dispõe sobre segurança no trabalho.
Portaria nº 3214 de 08/06/78 - Dispõe sobre segurança no
trabalho.
 Portaria nº 2616 de 12/05/98 – Dispõe sobre Diretrizes e
Normas para prevenção e controle das infecções hospitalares.
 RDC nº 48 de 02/06/00 – Roteiro de Inspeção do PCIH –
ANVISA
Roteiro de Inspeção – INAISS - ANVISA
Classificação dos materiais

Material crítico
entra em contato com
vasos sanguíneos ou tecidos   Esterilização
livres de microorganismos
Ex: instrumental

Material semi-crítico
entra em contato com
mucosa ou pele não            Desinfecção
íntegra. Ex: inaladores


 Material não crítico
 entra em contato com         Limpeza
 pele íntegra. Ex: comadre
Processo de remoção mecânica das sujidades, realizado com água,
sabão ou detergente, de forma manual ou automatizada .O principal
fator que reduz até 4 log de organismos contaminantes. Quanto mais
limpo estiver o artigo, menores as chances de falhas na esterilização.




 Finalidade:
  Remoção da sujidade
  Remoção ou redução de microorganismos
  Remoção ou redução de substâncias pirogênicas
Uso de EPIs :
-   é imprescindível o uso correto dos EPIs para o desenvolvimento das
    técnicas de limpeza e desinfecção. São eles: aventais impermeáveis,
    luvas anti-derrapantes de cano longo, óculos de proteção, máscaras.




                                      FACE




                                      CORPO



                                      MÃOS
O que precisa?
Pia exclusiva com cuba funda (preferencialmente).
Bancada para apoio, deve ser lavável.
Cuba plástica para colocar a solução de limpeza(água e sabão ou solução
enzimática).
Escovas e/ou esponjas para a limpeza dos artigos.
Falso tecido descartável ou tecido(deve ser lavado após o uso, e ser
exclusivo) para enxugar os artigos.
A limpeza e secagem do artigo é obrigatória antes da desinfecção ou
esterilização.
Após o procedimento os utensílios devem ser limpos (cuba, escovas, etc),
pode fazer a desinfecção com Hipoclorito de sódio 0,5 – 1%.
Definir qual procedimento o artigo vai se submetido: desinfecção ou
esterilização.
(Resol SS374/95 manual MS /94)
Tipos de Limpeza
 MANUAL
 É realizada manualmente por meio de ação física, sendo utilizado
 água, detergente, escovas de cerdas macias.

AUTOMÁTICA
É realizada por máquinas automatizadas, que removem a sujidade por meio
de ação física e química .
LAVADORA ULTRA-SÔNICA - ação combinada da energia mecânica
(vibração sonora), térmica (temperatura entre 50º e 55ºC) e química
(detergentes).
LAVADORA DESCONTAMINADORA – jatos de água associadas a
detergentes, com ação de braços rotativos e bicos direcionados sob pressão.
LAVADORA TERMO-DESINFECTADORA -                     jatos de água e
turbilhonamento, associados a ação de detergentes. A desinfecção se dá por
meio de ação térmica ou termoquímica.
LAVADORA ESTERILIZADORA – realiza ciclos de pré-limpeza, limpeza
com detergente, enxágüe e esterilização.
Manual

       detergente
        (enzimático)
       escovas
       jatos de água
       água quente



E.P.I. – luvas grossas, avental impermeável, óculos e máscara
Limpeza
Manual
Automatizada

       equipamentos
        específicos
           (lavadoras)
        detergente enzimático
        temperatura



E.P.I. – luvas grossas, avental impermeável, óculos e máscara
Limpeza
Automatizada
Desinfecção:
É um processo que destrói microrganismos, patogênicos ou não,
dos artigos, com exceção de esporos bacterianos, por meios
físicos ou químicos.


Níveis de desinfecção:

Alto nível: destrói todos os microrganismos com exceção a alto
número de esporos => Glutaraldeído 2% - 20 – 30 minutos.
Indicação: área hospitalar preferencialmente.
Médio nível: elimina bactérias vegetativas, a maioria dos vírus,
fungos e micobactérias =>Hipoclorito de sódio 1% - 30 minutos.
Indicação: para UBS, creche, asilos,casa de repouso.
Baixo nível: elimina a maioria das bactérias, alguns vírus e
fungos, mas não elimina micobactérias =>Hipoclorito de sódio
0,025%
Indicação:nutrição.
Desinfecção


PROCESSOS QUÍMICOS
glutaraldeído 2%, ácido peracético,
compostos fenólicos, cloro, álcool 70%




PROCESSOS FÍSICOS
pasteurizadora e lavadoras
termodesinfetadoras
Desinfecção química
               ESPOROS BACTERIANOS
MAIOR             Bacillus subtillis
RESISTÊNCIA                                   Alto Nível

                  MICOBACTÉRIAS              aldeídos e ácido peracético


              VÍRUS PEQUENOS OU        NÃO    Nível Intermediário
                      LIPÍDICOS
                      poliovírus             álcool, hipoclorito de sódio a 1%,
                                             cloro orgânico, fenol sintético
                        FUNGOS
                      Candida spp


               BACTÉRIAS VEGETATIVAS           Baixo Nível
               Pseudomonas aeruginosa
                                             quaternário de amônio
MENOR             VÍRUS MÉDIOS OU            e hipoclorito de sódio 0,2%
RESISTÊNCIA            LIPÍDICOS
                    vírus HBV, HIV
Desinfetantes
     Glutaraldeído
   Desinfetante de alto nível - concentração 2%
   Período de exposição – 20 a 30 minutos
   Enxágüe abundante após imersão do material
   Utilização de EPI

Vantagem: não produz corrosão de instrumentais,
 não altera componentes de borracha ou plástico
Desvantagem: impregna matéria orgânica e pode ser
 retido por materiais porosos. Irritante de vias
 aéreas, ocular e cutânea.
Desinfetantes
     Ácido peracético
   Desinfetante de alto nível - concentração de 0,2%
   Período de exposição – 5 a 10 minutos (seguir
    orientação do fabricante)
   Utilização de EPI

Vantagem: pouco tóxico (água, ácido acético e
 oxigênio). É efetivo na presença de matéria
 orgânica
Desvantagem: é instável quando diluído, corrosivo
 para metais (aço, bronze, latão, ferro galvanizado)
Desinfetantes
     Compostos fenólicos
   Desinfetante de nível médio ou intermediário -
    concentração de 2 a 5%
   Período de exposição – 20 a 30 minutos
   Utilização de EPI

Vantagem: pouco afetados por matéria orgânica
Desvantagem: impregnam materiais porosos não
 sendo indicados para artigos que entrem em
 contato com o trato respiratório (borracha, látex).
 Contra indicados para uso em berços e
 incubadoras.
Desinfetantes
     Compostos clorados
   Variadas concentrações
   Forma líquida (hipoclorito de sódio)
   Forma sólida (hipoclorito de cálcio)
   Utilização de EPI

Vantagem: baixo custo, ação rápida, baixa
 toxicidade
Desvantagem: difícil de ser validado, corrosivo para
 metais, inativado na presença de matéria orgânica,
 odor forte, irritante de mucosa.
Desinfetantes
     Álcool
   Desinfetante de nível intermediário – álcool etílico
    a 70%
   Utilizado para artigos e superfícies por meio de
    fricção (repetir a operação 3 vezes)

Vantagem: ação rápida, fácil uso, baixo custo,
 compatível com metais.
Desvantagem: dilata e enrijece borracha e plástico,
 opacifica acrílico, danifica lentes e materiais com
 verniz, inflamável
Desinfetantes
     Quaternário de amônio
   Desinfetante de baixo nível
   Concentração da fórmula – depende do fabricante
   Utilizados em superfícies, paredes e mobiliários

Vantagem: baixa toxicidade
Desvantagem: podem causar irritação na pele.
 Podem danificar borrachas sintéticas, cimento e
 alumínio.
Desinfetantes
     Seleção dos desinfetantes

   Amplo espectro de ação antimicrobiana
   Não ser corrosivo para metais
   Não danificar artigos ou acessórios de borracha,
    plástico ou equipamentos óticos
   Sofrer pouca interferência de matéria orgânica
   Possuir baixa toxicidade
   Ser inodoro ou ter odor agradável
   Ser compatível com sabões e detergentes
   Ser estável quando concentrado ou diluído
Desinfecção química

    Toxicidade
      (EPI)                            Concentração




  Odor
                 Desinfetantes
                                              Corrosão
Tempo de
exposição
                   Custo x Benefício
Processos físicos

       Pasteurização
    Desinfecção de alto nível – água 75ºC por 30 minutos
    Utilizada para artigos de terapia respiratória.
    Necessita secagem, pode causar queimaduras



     Lavadora termodesinfetadora
    • Lavam e fazem desinfecção de alto nível – 60 a 95ºC
    • Utilizada para artigos de terapia respiratória, acessórios de
      respiradores, comadres, papagaios, cubas.
Termodesinfecção
Embalagem
Deve permitir a esterilização do artigo, mantendo a sua esterilidade
  até a utilização.


Requisitos:
 Ser permeável ao ar para permitir sua
  saída e entrada do agente esterilizante
 Ser permeável ao agente esterilizante,
  mesmo em cobertura dupla
 Permitir sua secagem, bem como a do
  seu conteúdo
 Ser uma barreira efetiva à passagem de
  microorganismos
Embalagem

      Ideal

•   visibilidade do conteúdo
•   indicador químico
•   selagem segura
•   indicação para abertura
•   lote de fabricação
•   tamanhos variados
•   registro MS
   Esterilização de artigos em unidades de saúde – 2ª ed.rev.e
    ampl. – São Paulo: Associação paulista de Estudos e Controle
    de Infecção Hospitalar, 2003

   Graziano KU. Processos de limpeza e desinfecção de artigos
    odonto-médico-hospitalares e cuidados com o ambiente
    cirúrgico. In: Rubia Aparecida Lacerda. Controle de infecção
    em centro cirúrgico: fatos, mitos e controvérsias. São Paulo:
    Atheneu, 2003.

   Aula Prof. REUTONE FERNANDES PRAZERES

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  • 3. Central de Material Esterilizado CME Unidade de apoio a todos os serviços assistenciais e de diagnóstico que necessitem de artigos odonto-médico- hospitalares para a prestação da assistência a seus clientes. Centralização: equipamentos de esterilização em área comum ( gastos com manutenção e compra), padronização de procedimentos.
  • 4. Legislação: RDC nº 307 de 14/11/02 – ANVISA – Dispõe sobre regulamento técnico, planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. RDC nº 50 de 21/02/02 – ANVISA Dispõe sobre regulamento técnico, planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. RDC nº 306 de 07/12/04 – ANVISA Gerenciamento de Resíduos de serviços de saúde. Portaria nº 482 de 16/04/99 – Dispõe sobre uso e instalação de ETO. RDC nº 30 de 15/02/06 – registro, rotulagem e re- processamento de produtos médicos, e dá outras providências.
  • 5. Portaria nº 15 de 23/08/88 – Dispõe de regulamento para registro de produtos saneantes domissanitarios e afins, com ação antimicrobiana.  Resolução SS – nº 374 de 15/12/95 – Dispõe sobre procedimentos em CME.  Resolução SS – nº 392 de 29/06/94 - Dispõe sobre procedimentos em CME.  Lei nº 6514 de 22/12/77 – Dispõe sobre segurança no trabalho. Portaria nº 3214 de 08/06/78 - Dispõe sobre segurança no trabalho.  Portaria nº 2616 de 12/05/98 – Dispõe sobre Diretrizes e Normas para prevenção e controle das infecções hospitalares.  RDC nº 48 de 02/06/00 – Roteiro de Inspeção do PCIH – ANVISA Roteiro de Inspeção – INAISS - ANVISA
  • 6. Classificação dos materiais Material crítico entra em contato com vasos sanguíneos ou tecidos Esterilização livres de microorganismos Ex: instrumental Material semi-crítico entra em contato com mucosa ou pele não Desinfecção íntegra. Ex: inaladores Material não crítico entra em contato com Limpeza pele íntegra. Ex: comadre
  • 7. Processo de remoção mecânica das sujidades, realizado com água, sabão ou detergente, de forma manual ou automatizada .O principal fator que reduz até 4 log de organismos contaminantes. Quanto mais limpo estiver o artigo, menores as chances de falhas na esterilização. Finalidade:  Remoção da sujidade  Remoção ou redução de microorganismos  Remoção ou redução de substâncias pirogênicas
  • 8. Uso de EPIs : - é imprescindível o uso correto dos EPIs para o desenvolvimento das técnicas de limpeza e desinfecção. São eles: aventais impermeáveis, luvas anti-derrapantes de cano longo, óculos de proteção, máscaras. FACE CORPO MÃOS
  • 9. O que precisa? Pia exclusiva com cuba funda (preferencialmente). Bancada para apoio, deve ser lavável. Cuba plástica para colocar a solução de limpeza(água e sabão ou solução enzimática). Escovas e/ou esponjas para a limpeza dos artigos. Falso tecido descartável ou tecido(deve ser lavado após o uso, e ser exclusivo) para enxugar os artigos. A limpeza e secagem do artigo é obrigatória antes da desinfecção ou esterilização. Após o procedimento os utensílios devem ser limpos (cuba, escovas, etc), pode fazer a desinfecção com Hipoclorito de sódio 0,5 – 1%. Definir qual procedimento o artigo vai se submetido: desinfecção ou esterilização. (Resol SS374/95 manual MS /94)
  • 10. Tipos de Limpeza MANUAL É realizada manualmente por meio de ação física, sendo utilizado água, detergente, escovas de cerdas macias. AUTOMÁTICA É realizada por máquinas automatizadas, que removem a sujidade por meio de ação física e química . LAVADORA ULTRA-SÔNICA - ação combinada da energia mecânica (vibração sonora), térmica (temperatura entre 50º e 55ºC) e química (detergentes). LAVADORA DESCONTAMINADORA – jatos de água associadas a detergentes, com ação de braços rotativos e bicos direcionados sob pressão. LAVADORA TERMO-DESINFECTADORA - jatos de água e turbilhonamento, associados a ação de detergentes. A desinfecção se dá por meio de ação térmica ou termoquímica. LAVADORA ESTERILIZADORA – realiza ciclos de pré-limpeza, limpeza com detergente, enxágüe e esterilização.
  • 11. Manual  detergente (enzimático)  escovas  jatos de água  água quente E.P.I. – luvas grossas, avental impermeável, óculos e máscara
  • 13. Automatizada  equipamentos específicos (lavadoras)  detergente enzimático  temperatura E.P.I. – luvas grossas, avental impermeável, óculos e máscara
  • 15. Desinfecção: É um processo que destrói microrganismos, patogênicos ou não, dos artigos, com exceção de esporos bacterianos, por meios físicos ou químicos. Níveis de desinfecção: Alto nível: destrói todos os microrganismos com exceção a alto número de esporos => Glutaraldeído 2% - 20 – 30 minutos. Indicação: área hospitalar preferencialmente. Médio nível: elimina bactérias vegetativas, a maioria dos vírus, fungos e micobactérias =>Hipoclorito de sódio 1% - 30 minutos. Indicação: para UBS, creche, asilos,casa de repouso. Baixo nível: elimina a maioria das bactérias, alguns vírus e fungos, mas não elimina micobactérias =>Hipoclorito de sódio 0,025% Indicação:nutrição.
  • 16. Desinfecção PROCESSOS QUÍMICOS glutaraldeído 2%, ácido peracético, compostos fenólicos, cloro, álcool 70% PROCESSOS FÍSICOS pasteurizadora e lavadoras termodesinfetadoras
  • 17. Desinfecção química ESPOROS BACTERIANOS MAIOR Bacillus subtillis RESISTÊNCIA Alto Nível MICOBACTÉRIAS aldeídos e ácido peracético VÍRUS PEQUENOS OU NÃO Nível Intermediário LIPÍDICOS poliovírus álcool, hipoclorito de sódio a 1%, cloro orgânico, fenol sintético FUNGOS Candida spp BACTÉRIAS VEGETATIVAS Baixo Nível Pseudomonas aeruginosa quaternário de amônio MENOR VÍRUS MÉDIOS OU e hipoclorito de sódio 0,2% RESISTÊNCIA LIPÍDICOS vírus HBV, HIV
  • 18. Desinfetantes Glutaraldeído  Desinfetante de alto nível - concentração 2%  Período de exposição – 20 a 30 minutos  Enxágüe abundante após imersão do material  Utilização de EPI Vantagem: não produz corrosão de instrumentais, não altera componentes de borracha ou plástico Desvantagem: impregna matéria orgânica e pode ser retido por materiais porosos. Irritante de vias aéreas, ocular e cutânea.
  • 19. Desinfetantes Ácido peracético  Desinfetante de alto nível - concentração de 0,2%  Período de exposição – 5 a 10 minutos (seguir orientação do fabricante)  Utilização de EPI Vantagem: pouco tóxico (água, ácido acético e oxigênio). É efetivo na presença de matéria orgânica Desvantagem: é instável quando diluído, corrosivo para metais (aço, bronze, latão, ferro galvanizado)
  • 20. Desinfetantes Compostos fenólicos  Desinfetante de nível médio ou intermediário - concentração de 2 a 5%  Período de exposição – 20 a 30 minutos  Utilização de EPI Vantagem: pouco afetados por matéria orgânica Desvantagem: impregnam materiais porosos não sendo indicados para artigos que entrem em contato com o trato respiratório (borracha, látex). Contra indicados para uso em berços e incubadoras.
  • 21. Desinfetantes Compostos clorados  Variadas concentrações  Forma líquida (hipoclorito de sódio)  Forma sólida (hipoclorito de cálcio)  Utilização de EPI Vantagem: baixo custo, ação rápida, baixa toxicidade Desvantagem: difícil de ser validado, corrosivo para metais, inativado na presença de matéria orgânica, odor forte, irritante de mucosa.
  • 22. Desinfetantes Álcool  Desinfetante de nível intermediário – álcool etílico a 70%  Utilizado para artigos e superfícies por meio de fricção (repetir a operação 3 vezes) Vantagem: ação rápida, fácil uso, baixo custo, compatível com metais. Desvantagem: dilata e enrijece borracha e plástico, opacifica acrílico, danifica lentes e materiais com verniz, inflamável
  • 23. Desinfetantes Quaternário de amônio  Desinfetante de baixo nível  Concentração da fórmula – depende do fabricante  Utilizados em superfícies, paredes e mobiliários Vantagem: baixa toxicidade Desvantagem: podem causar irritação na pele. Podem danificar borrachas sintéticas, cimento e alumínio.
  • 24. Desinfetantes Seleção dos desinfetantes  Amplo espectro de ação antimicrobiana  Não ser corrosivo para metais  Não danificar artigos ou acessórios de borracha, plástico ou equipamentos óticos  Sofrer pouca interferência de matéria orgânica  Possuir baixa toxicidade  Ser inodoro ou ter odor agradável  Ser compatível com sabões e detergentes  Ser estável quando concentrado ou diluído
  • 25. Desinfecção química Toxicidade (EPI) Concentração Odor Desinfetantes Corrosão Tempo de exposição Custo x Benefício
  • 26. Processos físicos Pasteurização  Desinfecção de alto nível – água 75ºC por 30 minutos  Utilizada para artigos de terapia respiratória.  Necessita secagem, pode causar queimaduras Lavadora termodesinfetadora • Lavam e fazem desinfecção de alto nível – 60 a 95ºC • Utilizada para artigos de terapia respiratória, acessórios de respiradores, comadres, papagaios, cubas.
  • 28. Embalagem Deve permitir a esterilização do artigo, mantendo a sua esterilidade até a utilização. Requisitos:  Ser permeável ao ar para permitir sua saída e entrada do agente esterilizante  Ser permeável ao agente esterilizante, mesmo em cobertura dupla  Permitir sua secagem, bem como a do seu conteúdo  Ser uma barreira efetiva à passagem de microorganismos
  • 29. Embalagem Ideal • visibilidade do conteúdo • indicador químico • selagem segura • indicação para abertura • lote de fabricação • tamanhos variados • registro MS
  • 30. Esterilização de artigos em unidades de saúde – 2ª ed.rev.e ampl. – São Paulo: Associação paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar, 2003  Graziano KU. Processos de limpeza e desinfecção de artigos odonto-médico-hospitalares e cuidados com o ambiente cirúrgico. In: Rubia Aparecida Lacerda. Controle de infecção em centro cirúrgico: fatos, mitos e controvérsias. São Paulo: Atheneu, 2003.  Aula Prof. REUTONE FERNANDES PRAZERES