1. Apresentação do
Modelo de Auto-Avaliação das
Bibliotecas Escolares
Workshop formativo
(Realizado no âmbito da Acção de Formação Práticas e Modelos de Auto-Avaliação
das Bibliotecas Escolares – Turma 7 - DREN)
2. Papel das Bibliotecas Escolares
no século XXI?
Pista de reflexão:
Qual o papel das Bibliotecas nos nossos dias,
particularmente no contexto de um mundo
educativo que cada vez mais confia em fontes de
informação digital diversas, complexas e por vezes
contraditórias?
(Todd , 2008)
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3. Pertinência da existência de um Modelo de
Avaliação para as bibliotecas escolares
A avaliação permite validar :
o que fazemos,
como fazemos,
onde estamos,
até onde queremos ir,
as mais-valias que acrescentamos.
O que verdadeiramente interessa e justifica a acção e a existência da
biblioteca escolar não são os processos, as acções e intenções que
colocamos no seu funcionamento ou os processos implicados, mas
sim o resultado.
In: Texto da Sessão
8/11/2009 Teresa Maia 3
4. O Modelo enquanto instrumento pedagógico e
de melhoria de melhoria
O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares pode
ser encarado como:
instrumento pedagógico e de melhoria contínua;
meio de aferir a eficácia dos serviços, identificando pontos
fortes e pontos fracos;
meio de aferir o impacto da BE no funcionamento da
escola nos processos de ensino e aprendizagem;
instrumento orientador na mudança de práticas,
promovendo a qualidade.
8/11/2009 Teresa Maia 4
5. Conceitos implicados no MABE
Valor – experiência e benefício que se tira das coisas.
Auto-avaliação - processo que permite analisar, regular, gerir e
promover uma melhoria contínua.
A escola deverá encarar este processo como uma necessidade própria e não como algo
imposto do exterior.
In: Modelo de Auto-Avaliação (2008) Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares p. 2
In: Auto- Avaliaç
Evidence-Based practice - desenvolvimento de práticas
sistemáticas de recolha de evidências, que permitam informar a
prática diária ou recolher informação sobre determinada questão
chave.
EBP combines professional wisdom, reflective experience, and understanding of students’
needs with the judicious use of research-derived evidence to make decisions about how the
school library can best meet the instructional goals of the school.
(Todd , 2008)
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6. Conceitos implicados no MABE
Construtivismo – o aluno é actor e construtor do seu conhecimento.
Inquiry based Learning –conhecimento baseia-se no constante
questionamento e na inquirição.
Modificação global das estruturas sociais – o surgimento e
desenvolvimento de novos meios de disponibilização de informação
levaram ao surgimento de novas literacias e à necessidade da
aprendizagem ao longo da vida.
Práticas de pesquisa-acção – permitem estabelecer a relação
entre os processos e o impacto ou valor que originam.
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7. Organização estrutural e funcional:
Domínios/subdomínios
Os domínios seleccionados representam as áreas essenciais para que a Biblioteca escolar
cumpra, de forma efectiva, os pressupostos e objectivos que suportam a sua acção no
processo educativo.
In: Modelo de Auto-Avaliação (2008) Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares p. 3
In: Auto- Avaliaç
Domínios/Subdomínios
A. Apoio ao B. Leitura e Literacia C. Projectos, Parcerias D. Gestão da BE
Desenvolvimento e Actividades Livres e
Curricular de Abertura à
Comunidade
A1. Articulação curricular
Articulaç C1. Apoio a Actividades D1. Articulação da BE com
Articulaç
da BE com as Estruturas Livres, Extra-Curriculares
Extra- a Escola/ Agrupamento.
Pedagógicas e os
Pedagó e de Enriquecimento Acesso e serviços
serviç
Docentes Curricular prestados pela BE
A2. Desenvolvimento da C2. Projectos e Parcerias D2. Condições humanas e
Condiç
Literacia da Informação
Informaç materiais para a prestação
prestaç
dos serviços.
serviç
D3. Gestão da Colecção
Colecç
In: Apresentação_reuniao_BEs_DRE
8/11/2009 Teresa Maia 7
8. Organização estrutural e funcional
Cada domínio/subdomínio é apresentado num quadro que
inclui um conjunto de indicadores temáticos (primeira
coluna) que se concretizam em diversos factores críticos
de sucesso. (…) Para cada indicador são igualmente
apontados possíveis instrumentos para a recolha de
evidências que irão suportar a avaliação. Finalmente, o
quadro apresenta, também para cada indicador, exemplos
de acções de melhoria, ou seja sugestões de acções a
implementar no caso de ser necessário melhorar o
desempenho da BE em campos específicos.
In: Modelo de Auto-Avaliação (2008) Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares pp. 3-4
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9. Indicadores, Factores Críticos, Evidências
Exemplo:
Acções para
Acç
Indicadores Factores Críticos de Sucesso
Crí Recolha de Evidências
melhoria/Exemplos
A.1.1. Cooperação
Cooperaç •A BE colabora com os Departamentos •Planificações
Planificaç dos •Promover a participação periódica
participaç perió
da BE com os Curriculares/Grupos Disciplinares no sentido Departamentos da BE nas reuniões de planificação
planificaç
órgãos de conhecer os diferentes currículos e
currí Curriculares/Grupos Disciplinares dos diferentes orgãos pedagógicos
pedagó
pedagógicos de
pedagó programas de estudo e de se integrar nas •Planificações dos Conselhos de
Planificaç da Escola/Agrupamento.
gestão intermédia
intermé suas planificações.
planificaç Docentes/Ano/Núcleo
Docentes/Ano/Nú •Organizar acções informais de
acç
da •A BE colabora com os Conselhos de •Projectos Curriculares das formação sobre a BE junto dos
formaç
escola/agrupament Docentes/Ano/Núcleo e/ou Turma com o
Docentes/Ano/Nú Turmas docentes.
o. objectivo de conhecer os diferentes projectos •Registos de reuniões/contactos •Melhorar a comunicação entre a
comunicaç
curriculares das turmas e de se envolver no BE e os órgãos pedagógicos da
pedagó
planeamento das respectivas actividades, Escola/Agrupamento no sentido de
estratégias e recursos.
estraté facilitar a actualização e adequação
actualizaç adequaç
•A utilização da BE é rentabilizada pelos
utilizaç dos recursos às necessidades.
docentes no âmbito da actividade lectiva. •Apresentar aos docentes
sugestões de trabalho conjunto em
torno do tratamento de diferentes
unidades de ensino ou temas.
•Promover a integração de novos
integraç
docentes no trabalho da BE.
In: Apresentação_reuniao_BEs_DRE
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10. Instrumentos de recolha de evidências
Documentos que regulam a actividade do Agrupamento e
da BE;
Registos diversos (actas, relatórios, etc);
Materiais produzidos pela BE ou em colaboração;
Estatísticas;
Trabalhos realizados por alunos;
Registos de observação, questionários, entrevistas.
By using and comparing data from a number of sources, you can develop stronger
claims about your practice’s impact and outcomes.
(Todd , 2008)
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11. Perfis de Desempenho e descritores
A avaliação vai articular-se em cada domínio com aquilo que se espera da BE nessa área, ou
seja, com os perfis de desempenho.
Nível Descrição
4 A BE é bastante forte neste domínio. O trabalho desenvolvido é de grande
qualidade e com um impacto bastante positivo.
3 A BE desenvolve um trabalho de qualidade neste domínio mas ainda é
possível melhorar alguns aspectos.
2 A BE começou a desenvolver trabalho neste domínio, sendo necessário
melhorar o desempenho para que o seu impacto seja mais efectivo.
1 A BE desenvolve pouco ou nenhum trabalho neste domínio, o seu impacto é
bastante reduzido, sendo necessário intervir com urgência.
In: Modelo de Auto-Avaliação (2008) Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares pp.5- 6
A identificação do nível a que situa a BE em cada um dos domínios é feita comparando os
resultados da análise com os descritores apresentados neste modelo, para caracterizar cada
um dos níveis.
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12. Exemplo:
Níveis A.1. Articulação Curricular da BE com as Estruturas Pedagógicas e os Docentes
Articulaç Pedagó
4 •A BE desenvolve um trabalho sistemático de cooperação com todos os órgãos pedagógicos de gestão intermédia da escola/agrupamento:
sistemá cooperaç pedagó intermé
Excelente Departamentos/Grupos disciplinares; Conselhos de Docentes/de Ano ou de Turma..
•A BE colabora activamente com todos os docentes responsáveis pelas novas áreas curriculares não disciplinares: Áreas de Projecto; Estudo Acompanhado/
responsá
Apoio ao Estudo e Formação Cívica.
Formaç Cí
•A BE assegura uma importante actividade de suporte junto dos docentes responsáveis pelos Apoios Educativos.
docentes responsá
•A BE está plenamente integrada, através da disponibilização permanente de espaços, recursos e actividades, no Plano de Ocupação dos Tempos Escolares.
está atravé disponibilizaç espaç Ocupaç
•A BE apoia eficazmente a maioria dos docentes na concretização das actividades curriculares desenvolvidas no seu espaço ou tendo por base os seus recursos.
concretizaç espaç
•A ocupação e utilização de recursos da BE são fortemente rentabilizadas pelos docentes no âmbito da actividade lectiva.
ocupaç utilizaç docentes
•A BE produz e difunde uma série de bons materiais de apoio para as diferentes actividades.
sé
3 • A BE articula com alguma regularidade com diversos órgãos pedagógicos de gestão intermédia da escola/agrupamento, com destaque dos Departamentos/
pedagó intermé
Bom Conselhos de Docentes.
•A BE apoia os docentes responsáveis pelas novas áreas curriculares não disciplinares, sobretudo ao nível das Áreas de Projecto.
responsá ní
•A BE apoia com alguma consistência os docentes responsáveis pelos Apoios Educativos.
responsá
•A BE integra o Plano de Ocupação Plena dos Tempos Escolares, dando resposta sempre que solicitada às necessidades da escola para actividades de
Ocupaç solicitada
substituição na biblioteca.
substituiç
•A BE colabora com uma parte significativa dos docentes na concretização das actividades curriculares desenvolvidas no seu espaço.
concretizaç espaç
•A ocupação e utilização de recursos da BE são bem rentabilizadas pelos docentes no âmbito da actividade lectiva.
ocupaç utilizaç âmbito
•A BE produz e difunde alguns materiais de apoio para as diferentes actividades.
diferentes
2 •A BE coopera com alguns Departamentos ou participa nos Conselhos de Docentes/de Ano mas os reflexos deste trabalho nas práticas estão ainda aquém
prá aqué
Satisfatório
Satisfató do pretendido numa parte das turmas
•A BE apoia os docentes responsáveis pelas novas áreas curriculares não disciplinares.
responsá
•A BE apoia, na medida da sua disponibilidade, os docentes responsáveis pelos Apoios Educativos.
respons
•A BE apoia o Plano de Ocupação Plena dos Tempos Escolares, dando pontualmente resposta em actividades de substituição na biblioteca.
Ocupaç actividades substituiç
•A BE colabora com alguns docentes na concretização das actividades curriculares desenvolvidas no seu espaço.
concretizaç espaç
•A ocupação e utilização de recursos da BE são razoavelmente rentabilizadas pelos docentes no âmbito da actividade lectiva.
ocupaç utilizaç docentes
•A BE produz alguns materiais de apoio para certas actividades.
1 •A BE só coopera pontualmente com alguns órgãos pedagógicos de gestão intermédia da escola/agrupamento.
só pedagó intermé
Fraco •A BE não costuma apoiar os docentes responsáveis pelas novas áreas curriculares não disciplinares.
responsá
(A precisar de •A BE não desenvolve nenhum tipo de trabalho com os docentes responsáveis pelos Apoios Educativos.
responsá
desenvolvimen-
desenvolvimen- •A BE não integra o Plano de Ocupação Plena dos Tempos Escolares.
Ocupaç
to urgente) •A BE colabora pouco com os docentes na concretização das actividades curriculares.
concretizaç
•A ocupação e utilização de recursos da BE não são minimamente rentabilizadas pelos docentes no âmbito da actividade lectiva.
ocupaç utilizaç docentes
•A BE não produz materiais de apoio.
In: Apresentação_reuniao_BEs_DRE
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13. Integração/ Aplicação à realidade do
agrupamento/ biblioteca escolar
Resultados da reflexão em grupo
Oportunidades Constrangimentos
8/11/2009 Teresa Maia 13
14. Gestão participada das mudanças
Níveis de participação da escola
O desempenho da BE depende da acção de vários agentes e não apenas do
coordenador ou da equipa, pelo que a avaliação da BE engloba toda a escola.
The library isn't the personal domain of the school librarian—it belongs to everyone in the school community.
(Eisenberg, 2002)
É necessário o envolvimento e empenhamento de todos no processo de avaliação da
BE: Direcção, Conselho Pedagógico e outras estruturas pedagógicas, professores,
alunos, pais.
Much more can be accomplished when you have the support of the entire school community.
(Eisenberg, 2002)
A avaliação da BE deve ser englobada no processo de avaliação do Agrupamento e
deve articular-se com as finalidades e objectivos do Projecto Educativo.
A informação obtida no processo de avaliação deve ser difundida (através da
divulgação do Relatório de Auto-avaliação) como forma de validar os processos e as
acções desenvolvidos e como impulsionadora dos serviços e da educação dos
públicos para o papel da BE.
8/11/2009 Teresa Maia 14
15. Gestão participada das mudanças
Níveis de participação da escola
A avaliação não é um fim, mas antes um processo que implica
mudanças de prática.
In: Modelo de Auto-Avaliação (2008) Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares p. 6
A auto-avaliação deverá contribuir fomentar a reflexão construtiva e
contribuir para a procura da melhoria; em suma, influencia os
processos de planificação e gestão, obrigando a:
decidir as melhorias,
estabelecer e coordenar políticas,
seleccionar o rumo estratégico a adoptar,
identificar oportunidades e constrangimentos e definir fins e objectivos
diagnosticar áreas em que a BE pode adquirir vantagens competitivas,
proceder à recolha sistemática de informação e a metodologias de controlo.
8/11/2009 Teresa Maia 15
16. Conclusão
The future is about:
action, not position;
it is about evidence, not advocacy,
and at the heart of this is inquiry-based learning for
knowledge construction
(Todd, 2001)
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