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A Questão Metropolitana: Inventário de Planos de
        Transporte Coletivo em São Paulo



                Tácito Pio da Silveira
motivação da pesquisa

• “Não temos um plano de transporte.”
• “A área de planejamento não faz planos.”

• “Problemas urbanos ocorrem por falta de
  planejamento.”
• “A cidade de São Paulo é caótica porquê não
  teve planejamento.”
mídia: conformismo e desconhecimento


  “Em São Paulo não há planejamento,
nem execução rigorosa dos projetos, nem
manutenção do que já foi feito.”



     As tragédias anunciadas do Rio Tietê in: Carta Maior – Maio 2011
Um plano bem sucedido: a ocupação total da várzea do Rio Tietê.
objetivos e limitações

Estudar o conjunto histórico de planos = os
  antecedentes.
• Investigar a origem do senso comum      ou
                                         [LEVITT]

  dessas “verdades”.  [VILLAÇA]


• Determinar as razões = uma hipótese para a
  não aplicação.

• Uma análise restrita aos planos setoriais de um
  período no âmbito metropolitano.
considerações

• O município SP precisa de um plano de
  transporte que seja parte de um plano
  metropolitano.

• Se planos são necessários, então quais são os
  problemas?
tags
nuvem de termos
convergências para um plano de transporte
             metropolitano:

•   melhor distribuição dos usos do solo;
•   acessibilidade territorial mais homogênea;
•   melhor condição de mobilidade;
•   configuração de uma rede;
•   aumento da produtividade com investimento em
    infraestrutura.
lista de planos do estudo
1926 - PLANO DA LIGHT                  1985 - PMTT
1930 - PLANO DE AVENIDAS               1988 - PLANO DIRETOR
1939 - CETC                            1993 - PMTI
1956 - ANTE-PROJÉTO DE UM SISTEMA DE   1993 - PLANO METROPOLITANO DA GRANDE SÃO
        TRANSPORTE RÁPIDO                      PAULO
1958 - SAGMACS                         1995 - PITU
1966 - GEM                             1999 - PITU 2020
1967 - GEGRAN                          1999 - PDDT
1967 - PUB                             1999 - TRANSPORTE METROPOLITANO
1968 - HMD                             2002 - PLANO DE MODERNIZAÇÃO DA MALHA DA
1970 - PMDI                                    CPTM
1971 - PDDI                            2002 - PDE
1976 - SISTRAN                         2003 - PLANO MUNICIPAL DE CIRCULAÇÃO VIÁRIA E
1976 - PIT                                     DE TRANSPORTES
1978 - PITERP                          2004 - SÃO PAULO INTERLIGADO
1982 - PDDI II                         2005 - PITU 2025
1983 - PMT                             2006 - CDTI
1983 - PAI                             2006 - REDE ESSENCIAL
1985 - PMTC                            2010 - PCM
função de um plano de transporte

• “resolver a crise no sistema de
  transporte de transporte coletivo”
1) Se não há uma crise não há necessidade de
   elaborar um plano.
2) Se todo plano é uma resposta a uma crise,
   então, vivemos em uma...
                Crise permanente.
crise = cotidiano = crise
lista de planos do estudo

      19xx – em azul planos de transporte
      19xx – em verde planos urbanísticos
      19xx – em vermelho grupos gestores ou
        grupos de estudo


• divididos segundo critério histórico ou
econômico a ser proposto
planos do estudo – 1926 a 2010

1926 - PLANO DA LIGHT
1930 - PLANO DE AVENIDAS
1939 - CETC: Comissão de Estudos de Transporte Coletivo
1956 - ANTE-PROJÉTO DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE RÁPIDO
1958 - SAGMACS: Sociedade para Análise Gráfica e Mecanográfica Aplicada aos
    Complexos Sociais
1966 - GEM: Grupo Executivo Metropolitano
1967 - GEGRAN: Grupo Executivo da Grande São Paulo
1967 - PUB: Plano Urbanístico Básico
1968 - CONSÓRCIO HMD: Hochtief, Montreal e Deconsult
1970 - PMDI: Plano Metropolitano de Desenvolvimento Integrado
planos do estudo – 1926 a 2010
1971 - PDDI: Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado
1976 - SISTRAN
1976 - PIT: Plano Integrado de Transporte
1978 - PITERP: Plano Integrado de Terminais de Passageiros
1982 - PDDI II: Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado II
1983 - PMT: Plano Metropolitano de Transporte
1983 - PAI: Plano de Ação Imediata
1985 - PMTC: Plano Municipal de Transporte Coletivo
1985 - PMTT: Plano Municipal de Transporte e Tráfego
1988 - PLANO DIRETOR DE SÃO PAULO
1993 - PMTI: Plano Metropolitano de Transporte Integrado
1993 - PLANO METROPOLITANO DA GRANDE SÃO PAULO
1995 - PITU: Plano Integrado de Transporte Urbano
planos do estudo – 1926 a 2010
1999 - PITU 2020: Plano Integrado de Transporte Urbano 2020
1999 - PDDT: Plano Diretor de Desenvolvimento de Transporte
1999 - TRANSPORTE METROPOLITANO
2002 - PLANO DE MODERNIZAÇÃO DA MALHA DA CPTM
2002 - PDE: Plano Diretor Estratégico
2003 - PLANO MUNICIPAL DE CIRCULAÇÃO VIÁRIA E DE TRANSPORTES
2004 - PLANO SÃO PAULO INTERLIGADO
2005 - PITU 2025: Plano Integrado de Transporte Urbano 2025
2006 - CDTI: Comitê Diretor de Transporte Integrado
2006 - REDE ESSENCIAL
2010 - PCM: Plano de Corredores Metropolitanos
PLANO DA LIGHT DE SÃO
PAULO
(1926)


O plano da companhia canadense
Light and Power Company Limited
(Cia. Light) consistia em uma
proposta de rede de bondes,
parte em superfície e parte
subterrânea, destinada a atender
ao núcleo histórico da cidade em
algumas das principais avenidas.
Entrementes, a empresa
canadense pretendia ainda,
transformar seu contrato de
exclusividade com a Prefeitura de
São Paulo para englobar todo o
transporte por ônibus e, assim,
eliminar a concorrência a seus
sistemas.
PLANO DE AVENIDAS DE
PRESTES MAIA
(1930)

Ao contrário daquele
entendimento mais comum, o
Plano de Avenidas não se tratou
meramente de um plano para o
sistema viário, mas de um plano
urbano abrangente, com
preocupações também com o
sistema de transporte mais
adequado para São Paulo.
PLANO DE AVENIDAS DE
PRESTES MAIA
(1930)

O plano se destaca pela análise da
estrutura da cidade, pelas
soluções formais propostas e
sugere uma intervenção urbana
radical, apoiada na concepção e
ampliação de um sistema viário
de bom padrão, considerado
então como a base necessária
para a implantação de uma
infraestrutura de transporte
coletivo sobre trilhos.
ESTUDO DO CETC: COMISSÃO DE
ESTUDOS DE TRANSPORTE
COLETIVO (1939)

Criada pelo prefeito Prestes Maia
durante sua primeira gestão (1938 a
1945) a CETC foi designada para a
realização de um levantamento geral
das condições do transporte coletivo
público na capital, realizando algumas
das primeiras pesquisas mais
abrangentes sobre deslocamentos e os
meios de transportes utilizados. O
levantamento incluiu pesquisas do
tipo sobe-e-desce e pesquisas de
lotação por faixa horária. As
informações levantadas foram
cotejadas com os dados demográficos
disponíveis à época, e serviram de
base para alterações na política de
transporte. Antes da gestão de Prestes
Maia a Cia. Light já havia manifestado
(1937) a intenção de não renovar a
concessão do serviço de transporte
por bondes após o término do
contrato em 1941.
ANTE-PROJÉTO DE UM SISTEMA
DE TRANSPORTE RÁPIDO
(1956)

Plano realizado pela Comissão do
Metropolitano. Esta comissão foi
nomeada por uma portaria
municipal em 1955, depois de
reuniões entre a Prefeitura e a
Companhia Municipal de
Transporte Coletivo (CMTC) que
concluíram: “(...) ser necessário o
estabelecimento de diretrizes
gerais para o transporte coletivo e
em especial para um sistema
metropolitano ou de trânsito
rápido ”METRÔ “a ser previsto e
gradualmente construído (...)”.
Prestes Maia foi o relator da
comissão e reiterou, 25 anos após
o Plano de Avenidas, a necessidade
de construção de uma rede de
transporte coletivo de alta
capacidade, desta feita composta
por uma rede estrutural com 100
km de metrô, divididos em três
linhas.
SAGMACS: SOCIEDADE PARA
ANÁLISE GRÁFICA E
MECONOGRÁFICA APLICADA AOS
COMPLEXOS SOCIAIS (1958)

A SAGMACS foi um grupo de trabalho
formado pelo Padre Lebret, que
produziu um documento essencial
para o diagnóstico das condições
urbanas da época, apoiado em
análises de base racionalista e
quantitativa chamado: Estrutura
Urbana da Aglomeração Paulista –
documento de ampla influência
posterior cuja análise, entretanto, não
consegue dar conta das razões do
acelerado processo de urbanização
paulista, e propõe como solução a
‘necessidade’ de contenção do
crescimento da cidade.
GEM: GRUPO EXECUTIVO
METROPOLITANO
(1966)

Criado pelo prefeito Faria Lima o
GEM elaborou o primeiro plano
básico para uma rede estrutural
de metrô. Este grupo foi o
responsável pela realização da
primeira pesquisa do tipo origem
e destino (OD/1967). O GEM
tornou-se, então, a gênese do que
viria a ser a Companhia do
Metropolitano de São Paulo
(Metrô), criada em 1968,
coincidentemente, o ano que
marca o fim dos serviços de
bondes elétricos em São Paulo.
GEGRAN: GRUPO EXECUTIVO DA
GRANDE SÃO PAULO
(1967)

O Cons. de Desenvolvimento da
Grande São Paulo, acompanhado
por seu órgão executivo, o
GEGRAN foram formados após a
concepção institucional das
regiões metropolitanas no país,
sendo os órgãos responsáveis
pelo planejamento integrado da
RMSP, reunindo sob sua
coordenação os diversos planos
oriundos da máquina
administrativa estadual e
municipal, além de realizarem um
completo e profícuo
levantamento aerofotogramétrico
em São Paulo.
PUP: PLANO URBANÍSTICO
BÁSICO
(1967)

O PUP teve seus estudos
contratados pelo Grupo Executivo
de Planejamento do município de
São Paulo (GEP), órgão criado por
decreto municipal. Assim como
no posterior PMDI (ver adiante)
elabora as principais concepções
de ordenação espacial da
aglomeração paulista dentro de
uma nova ordem institucional. O
plano PUB se preocupava,
fundamentalmente, em
direcionar e dar forma ao
crescimento urbano e suprir a
cidade de infraestruturas e
serviços adequados a suas
demandas, colocando 1990 como
o ano-meta.
CONSÓRCIO HMD: HOCHTIEF,
MONTREAL E DECONSULT
(1968)

O plano para o Metrô de São
Paulo foi desenvolvido pelo
consórcio HMD, que venceu uma
licitação internacional organizada
pelo GEM. O HMD faz ampla
análise da situação do transporte
urbano e propõe uma Rede
Básica para o metrô. A proposta
contempla uma rede composta
por cinco linhas com extensão de
63 km, além de uma expansão
posterior de aproximadamente
200 km. Extensão que seria
atendida apenas no ano de 2010.
PLANO SISTRAN
(1976)


Estudo do Sistema de Transporte
Urbano de Passageiros da RMSP.
Foi um plano para a reorganização
geral do sistema de transporte
coletivo por ônibus implantado na
gestão de Olavo Setúbal. A
reorganização teria como base a
implantação de uma ampla rede
de linhas estruturais de trólebus,
que previa o uso de ônibus do
tipo Padron ou articulados em
corredores exclusivos.
PIT: PLANO INTEGRADO
DE TRANSPORTE
(1976)

O Plano Integrado de Transportes
foi formulado em conjunto pela
Secretaria Municipal de
Transportes (SMT), CMTC,
Departamento do Sistema Viário
(DSV), e Metrô. O PIT foi o
primeiro plano específico de
transporte coletivo elaborado
após a inauguração do Metrô e,
sob a influência desse novo modo
de transporte operando na
cidade, preconiza a necessidade
de integração física, operacional e
tarifária de todo o sistema (todos
os modos).
PITERP: PLANO INTEGRADO DE
TERMINAIS DE PASSAGEIROS
(1978 ren. 2003)

Elaborado pela Cia. do Metrô em
conjunto com o Departamento
Nacional de Estradas de Rodagem
(DNER), o PITERP pretendia
definir a pré-localização e o pré-
dimensionamento de terminais
rodoviários de passageiros
metropolitanos em um horizonte
de dez anos. Dos terminais
rodoviários “previstos” o Tietê já
estava pronto, sendo que
posteriormente foram
inaugurados os terminais
Jabaquara (1988) e Barra Funda
(1989), no limite da vigência do
prazo para todos os cinco
terminais previstos.
PDDI II: PLANO DIRETOR
DE DESENVOLVIMENTO
INTEGRADO
(1982)
Plano Diretor de
Desenvolvimento Integrado II –
Uma revisão das diretrizes do
primeiro PDDI, o plano de 1982
faz uma análise clássica do
crescimento da cidade
procurando propor seu
direcionamento através do
fortalecimento de sub-centros,
chamados de pólos de
desenvolvimento e da proposição
de vetores de urbanização para os   Acervo Thomas Correa
anos posteriores.
PMTC: PLANO MUNICIPAL DE
TRANSPORTE COLETIVO
(1985)

Plano que antecede a um plano
de maior escopo (PMTT) ambos
concebidos durante a gestão
Covas. O plano foi elaborado em
um período de intervenção da
Prefeitura de São Paulo nas
empresas prestadoras do serviço
de transporte, que praticavam
locaute. O plano apostava no
fortalecimento da CMTC como
operadora, retomando a
concepção de uma rede de
corredores de trólebus
acompanhada por grande
número de terminais. Propunha
uma reorganização da própria
CMTC, centralizando suas
atividades de gestão e operação.
PMTT: PLANO MUNICIPAL DE
TRANSPORTE E TRÁFEGO
(1985)

Amplo trabalho elaborado pela
Secretaria Mun. de Transportes
da Prefeitura do Município. É
Um plano voltado ao
ordenamento completo do
tráfego e do transporte coletivo
sobre pneus, notadamente com
uso de trólebus, além de
transporte público por táxis,
transporte de carga, segurança,
planejamento e operação do
sistema viário. Plano de largo
escopo técnico com diversos
sub-planos de curto e médio
prazo.
PMTI: PLANO METROPOLITANO DE
TRANSPORTE INTEGRADO (1993)


Plano elaborado pela STM a partir
de uma síntese das políticas e
projetos existentes. O plano
abrange toda a RMSP e trata a
aglomeração urbana como uma
única “cidade”, sobre a qual
deveria haver uma visão integrada.
O plano não se coloca como um
plano nos moldes tradicionais, mas
como uma ferramenta de
planejamento que se propõe a
extrapolar as tendências históricas
– utilizando para isso a formação
de uma “visão da cidade” –
tornando-se um plano
efetivamente propositivo, que
atinja os objetivos almejados. Para
tanto o plano utiliza métodos de
análise e simulação do modelo
Transporte Estratégico e Regional
(START).
PLANO METROPOLITANO DA
GRANDE SÃO PAULO
(1993)

Plano para o horizonte (1993/2010)
elaborado pela equipe de Jorge
Wilhein na EMPLASA. O plano
propunha uma série de ações e
diretrizes de desenvolvimento,
político econômico, físico-
territoriais, infraestrutura, serviços
e equipamentos institucionais. Foi
um dos primeiros planos a colocar
com muita clareza os objetivos de
um desenvolvimento sustentável,
além de tocar na questão da
globalização. O plano trabalhava
com dois cenários: um conservador
(tendencial) e um inovador que
incorporava as diretrizes propostas.
PITU: PLANO INTEGRADO DE
TRANSPORTE URBANO (1995)


Plano que procura recolocar o
planejamento integrado dos
transportes metropolitanos. O
plano surge no contexto do
neoliberal do período, em que
foram praticadas várias formas de
privatização e parcerias em
setores de infraestrutura. No caso
dos transportes isso representou,
no Estado de São Paulo, a fusão
da CBTU com a FEPASA para a
criação da CPTM. Começam aqui
os projetos de modernização dos
trens metropolitanos e a
tentativa (ainda em andamento)
de implantação do “padrão
metrô” em toda a rede
metropolitana de trens.
PITU 2020: PLANO INTEGRADO DE
TRANSPORTE URBANO
(1999)

O PITU 2020 se propunha a ser um
plano metropolitano para um
horizonte de 20 anos. Procurava
englobar um novo método de
planejamento que se tornasse um
efetivo instrumento de apoio à
tomada de decisões políticas.
Apoiava-se em ideário emergente
ligado aos “novos” conceitos
ambientais, apresentados como um
grupo de cinco objetivos a serem
perseguidos. A futura metrópole
deveria ser: competitiva, saudável,
equilibrada, responsável e cidadã. O
PITU 2020 previa uma ampla rede
de transporte coletivo baseada na
alta capacidade (sobre trilhos), com
pouca ênfase nos elementos de
transporte de média e baixa
capacidade.
PDDT: PLANO DIRETOR DE
DESENVOLVIMENTO DOS
TRANSPORTES
(1999)
O plano desenvolvido pela
Secretaria dos Transportes (ST) do
Governo do Estado de São Paulo
(GESP). Coloca uma abordagem
metodológica em que os
objetivos a serem alcançados são:
qualidade, desenvolvimento
sustentável, competitividade e
factibilidade. O plano coloca duas
fases principais: identificação de
gargalos e elaboração de plano
estratégico. O plano propõe um
ciclo de planejamento entendido
como processo permanente de
planejamento PDDT-Vivo.
TRANSPORTE METROPOLITANO
(1999)


Plano de transporte desenvolvido
pela Empresa Metropolitana de
Transportes Urbanos de São Paulo
S. A. (EMTU) que delineia as ações
do GESP. Plano bastante completo
que propõe um conjunto de linhas
metropolitanas de ônibus (entre as
cidades da RMSP) com foco na
cidade de São Paulo, além de uma
ampla proposta de ampliação de
terminais existentes e construção
de novos terminais de
transferência.
PDE: PLANO DIRETOR
ESTRATÉGICO
(2002)

Lei Municipal nº. 13.430 de 13 de
setembro de 2002. O Plano Diretor da
cidade, em vigor, faz um apanhado de
todas as propostas de transporte
coletivo das diversas instâncias e níveis
do poder executivo e apresenta-as na
forma de uma proposta consolidada
para uma rede de transporte coletivo,
contando com uma rede de alta
capacidade de trens e metrô (rede
futura) e uma extensa rede de média
capacidade em corredores de
transporte – sem a especificação de
tecnologia a ser utilizada. Os
horizontes adotados para o PDE eram
2012 e 2016 e havia uma revisão
agendada para o ano de 2007 que
ainda se encontra em tramitação no
Poder Legislativo municipal.
PLANO DE MODERNIZAÇÃO DA
MALHA DA CPTM
(2002)

Chamado de Plano Funcional, o plano
da CPTM tanto incorpora as diversas
medidas de modernização da malha,
que já estavam em curso no ano de
sua publicação, como consolida uma
série de novas proposições
complementares. Consta neste plano a
chamada Integração Centro que
propunha a integração física das linhas
A, B, D e E (atuais linhas Rubi,
Diamante, Turquesa e Esmeralda) em
todas as estações centrais (Barra
Funda, Luz, Brás e a nova estação Bom
Retiro). A proposta previa para 2010,
para o chamado trecho central, um
intervalo médio de 1,5 min., sendo
que para cumprir esta meta todas as
linhas teriam que estar com intervalo
médio de 3 min. neste mesmo
horizonte.
PLANO MUNICIPAL DE
CIRCULAÇÃO VIÁRIA E DE
TRANSPORTES
(2003)
Elaborado para o cumprimento de
uma exigência do PDE 2002 o PMCVT
tem uma formatação que se
assemelha ao PDE. Embora tendo sido
publicado no Diário Oficial do
Município (DOM) em duas ocasiões o
texto não tem força de Lei. Sua
publicação, entretanto, o torna a
manifestação pública das diretrizes de
transporte da Prefeitura da Cidade de
São Paulo, o que lhe confere o status
de ser a mais recente posição oficial
sobre a política de transportes. O
plano tem elaboração
predominantemente conceitual e
define os princípios, objetivos e
diretrizes da política de transporte do
Executivo
SÃO PAULO INTERLIGADO
(2004)

Plano elaborado pela SPTrans e
SMT, que resume uma série de
ações que já haviam sido tomadas
pela Secretaria e pela SPTrans,
tais como: difusão da bilhetagem
eletrônica pela cidade,
implantação de sistemas de
monitoramento e controle,
contrato de financiamento com o
BNDES, inauguração de novos
terminais de integração,
construção dos mais recentes
corredores de ônibus, assinatura
de novos contratos de prestação
de serviço com empresas
concessionárias e cooperativas de
permissionários, renovação da
frota de ônibus, entre outras.
PITU 2025: PLANO INTEGRADO DE
TRANSPORTE URBANO
(2005)

A atualização do plano anterior (PITU
2020) foi além de uma mera revisão
de aspectos marginais decorrentes de
alterações na previsão de demanda.
Tratou-se de uma completa revisão
das diretrizes gerais de transporte
coletivo de alta capacidade. Essa
revisão mostra um novo desenho da
rede de metrô concentrada no
Centro Expandido que
posteriormente será detalhada no
plano da Rede Essencial do Metrô. O
plano adota uma nova metodologia
de trabalho com o uso de um novo
método que, em tese, consegue
simular o comportamento da
demanda projetada e sua
interferência na composição dos
preços (valor) do solo no futuro, e
vice-versa, até atingir um ponto de
equilíbrio.
REDE ESSENCIAL
(2006)

O desenho da rede do Metrô,
passou por várias alterações ao
longo de sua história. A Rede
Essencial é a penúltima alteração
publicada e representa uma
alteração de rumo daquilo que
estava previsto pela STM no PITU
2020. A diferença pode ser
observada na dimensão da rede
proposta que, nesta versão,
torna-se menos abrangente e
mais adensada, reduzindo a
quilometragem total em um
desenho mais concentrado no
Centro Expandido. Esta mudança
de rumo apóia-se na ampliação
da capacidade da CPTM, na base
conceitual presente no PITU 2025
e na expectativa de baixo
crescimento econômico.
PCM: PLANO DE CORREDORES
METROPOLITANOS
(2010)


O plano de corredores
metropolitanos é a última
versão disponível da rede
futura da EMTU. Representa
uma simplificação da rede
proposta no plano de 1999,
reduzindo a quilometragem
total e o número de terminais
novos ou reformados. Tem foco
maior na viabilização de obras
mais “fáceis” de serem
realizadas.
conclusões para discussão:
• Prestes Maia não cometeu um “pecado original”;
• o conjunto dos planos formou seu próprio arcabouço
  técnico/científico e construiu boa parte do pensamento nessa
  área de conhecimento;
• superação do racionalismo e retomada não “autoritária” mas
  criação do mito da gestão democrática;
• sucessivas mudanças na rede futura do Metrô
   – sem orçamento para obras / desenho “fixo”
   – com orçamento disponível / desenho “móvel”
• a cidade é um fato econômico e social dinâmico, mas nem tanto...
Tácito Pio da Silveira
tacito.silveira@sptrans.com.br / tel.: (11) 3396-7897




      São Paulo Transporte S. A.
 Superintendência de Planejamento de Transporte
           Rua Boa Vista 236 – 5º andar
               São Paulo, SP, Brasil

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  • 1. A Questão Metropolitana: Inventário de Planos de Transporte Coletivo em São Paulo Tácito Pio da Silveira
  • 2. motivação da pesquisa • “Não temos um plano de transporte.” • “A área de planejamento não faz planos.” • “Problemas urbanos ocorrem por falta de planejamento.” • “A cidade de São Paulo é caótica porquê não teve planejamento.”
  • 3. mídia: conformismo e desconhecimento “Em São Paulo não há planejamento, nem execução rigorosa dos projetos, nem manutenção do que já foi feito.” As tragédias anunciadas do Rio Tietê in: Carta Maior – Maio 2011
  • 4.
  • 5. Um plano bem sucedido: a ocupação total da várzea do Rio Tietê.
  • 6.
  • 7. objetivos e limitações Estudar o conjunto histórico de planos = os antecedentes. • Investigar a origem do senso comum ou [LEVITT] dessas “verdades”. [VILLAÇA] • Determinar as razões = uma hipótese para a não aplicação. • Uma análise restrita aos planos setoriais de um período no âmbito metropolitano.
  • 8. considerações • O município SP precisa de um plano de transporte que seja parte de um plano metropolitano. • Se planos são necessários, então quais são os problemas?
  • 11. convergências para um plano de transporte metropolitano: • melhor distribuição dos usos do solo; • acessibilidade territorial mais homogênea; • melhor condição de mobilidade; • configuração de uma rede; • aumento da produtividade com investimento em infraestrutura.
  • 12. lista de planos do estudo 1926 - PLANO DA LIGHT 1985 - PMTT 1930 - PLANO DE AVENIDAS 1988 - PLANO DIRETOR 1939 - CETC 1993 - PMTI 1956 - ANTE-PROJÉTO DE UM SISTEMA DE 1993 - PLANO METROPOLITANO DA GRANDE SÃO TRANSPORTE RÁPIDO PAULO 1958 - SAGMACS 1995 - PITU 1966 - GEM 1999 - PITU 2020 1967 - GEGRAN 1999 - PDDT 1967 - PUB 1999 - TRANSPORTE METROPOLITANO 1968 - HMD 2002 - PLANO DE MODERNIZAÇÃO DA MALHA DA 1970 - PMDI CPTM 1971 - PDDI 2002 - PDE 1976 - SISTRAN 2003 - PLANO MUNICIPAL DE CIRCULAÇÃO VIÁRIA E 1976 - PIT DE TRANSPORTES 1978 - PITERP 2004 - SÃO PAULO INTERLIGADO 1982 - PDDI II 2005 - PITU 2025 1983 - PMT 2006 - CDTI 1983 - PAI 2006 - REDE ESSENCIAL 1985 - PMTC 2010 - PCM
  • 13. função de um plano de transporte • “resolver a crise no sistema de transporte de transporte coletivo” 1) Se não há uma crise não há necessidade de elaborar um plano. 2) Se todo plano é uma resposta a uma crise, então, vivemos em uma... Crise permanente.
  • 14. crise = cotidiano = crise
  • 15. lista de planos do estudo 19xx – em azul planos de transporte 19xx – em verde planos urbanísticos 19xx – em vermelho grupos gestores ou grupos de estudo • divididos segundo critério histórico ou econômico a ser proposto
  • 16. planos do estudo – 1926 a 2010 1926 - PLANO DA LIGHT 1930 - PLANO DE AVENIDAS 1939 - CETC: Comissão de Estudos de Transporte Coletivo 1956 - ANTE-PROJÉTO DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE RÁPIDO 1958 - SAGMACS: Sociedade para Análise Gráfica e Mecanográfica Aplicada aos Complexos Sociais 1966 - GEM: Grupo Executivo Metropolitano 1967 - GEGRAN: Grupo Executivo da Grande São Paulo 1967 - PUB: Plano Urbanístico Básico 1968 - CONSÓRCIO HMD: Hochtief, Montreal e Deconsult 1970 - PMDI: Plano Metropolitano de Desenvolvimento Integrado
  • 17. planos do estudo – 1926 a 2010 1971 - PDDI: Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado 1976 - SISTRAN 1976 - PIT: Plano Integrado de Transporte 1978 - PITERP: Plano Integrado de Terminais de Passageiros 1982 - PDDI II: Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado II 1983 - PMT: Plano Metropolitano de Transporte 1983 - PAI: Plano de Ação Imediata 1985 - PMTC: Plano Municipal de Transporte Coletivo 1985 - PMTT: Plano Municipal de Transporte e Tráfego 1988 - PLANO DIRETOR DE SÃO PAULO 1993 - PMTI: Plano Metropolitano de Transporte Integrado 1993 - PLANO METROPOLITANO DA GRANDE SÃO PAULO 1995 - PITU: Plano Integrado de Transporte Urbano
  • 18. planos do estudo – 1926 a 2010 1999 - PITU 2020: Plano Integrado de Transporte Urbano 2020 1999 - PDDT: Plano Diretor de Desenvolvimento de Transporte 1999 - TRANSPORTE METROPOLITANO 2002 - PLANO DE MODERNIZAÇÃO DA MALHA DA CPTM 2002 - PDE: Plano Diretor Estratégico 2003 - PLANO MUNICIPAL DE CIRCULAÇÃO VIÁRIA E DE TRANSPORTES 2004 - PLANO SÃO PAULO INTERLIGADO 2005 - PITU 2025: Plano Integrado de Transporte Urbano 2025 2006 - CDTI: Comitê Diretor de Transporte Integrado 2006 - REDE ESSENCIAL 2010 - PCM: Plano de Corredores Metropolitanos
  • 19. PLANO DA LIGHT DE SÃO PAULO (1926) O plano da companhia canadense Light and Power Company Limited (Cia. Light) consistia em uma proposta de rede de bondes, parte em superfície e parte subterrânea, destinada a atender ao núcleo histórico da cidade em algumas das principais avenidas. Entrementes, a empresa canadense pretendia ainda, transformar seu contrato de exclusividade com a Prefeitura de São Paulo para englobar todo o transporte por ônibus e, assim, eliminar a concorrência a seus sistemas.
  • 20. PLANO DE AVENIDAS DE PRESTES MAIA (1930) Ao contrário daquele entendimento mais comum, o Plano de Avenidas não se tratou meramente de um plano para o sistema viário, mas de um plano urbano abrangente, com preocupações também com o sistema de transporte mais adequado para São Paulo.
  • 21. PLANO DE AVENIDAS DE PRESTES MAIA (1930) O plano se destaca pela análise da estrutura da cidade, pelas soluções formais propostas e sugere uma intervenção urbana radical, apoiada na concepção e ampliação de um sistema viário de bom padrão, considerado então como a base necessária para a implantação de uma infraestrutura de transporte coletivo sobre trilhos.
  • 22. ESTUDO DO CETC: COMISSÃO DE ESTUDOS DE TRANSPORTE COLETIVO (1939) Criada pelo prefeito Prestes Maia durante sua primeira gestão (1938 a 1945) a CETC foi designada para a realização de um levantamento geral das condições do transporte coletivo público na capital, realizando algumas das primeiras pesquisas mais abrangentes sobre deslocamentos e os meios de transportes utilizados. O levantamento incluiu pesquisas do tipo sobe-e-desce e pesquisas de lotação por faixa horária. As informações levantadas foram cotejadas com os dados demográficos disponíveis à época, e serviram de base para alterações na política de transporte. Antes da gestão de Prestes Maia a Cia. Light já havia manifestado (1937) a intenção de não renovar a concessão do serviço de transporte por bondes após o término do contrato em 1941.
  • 23. ANTE-PROJÉTO DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE RÁPIDO (1956) Plano realizado pela Comissão do Metropolitano. Esta comissão foi nomeada por uma portaria municipal em 1955, depois de reuniões entre a Prefeitura e a Companhia Municipal de Transporte Coletivo (CMTC) que concluíram: “(...) ser necessário o estabelecimento de diretrizes gerais para o transporte coletivo e em especial para um sistema metropolitano ou de trânsito rápido ”METRÔ “a ser previsto e gradualmente construído (...)”. Prestes Maia foi o relator da comissão e reiterou, 25 anos após o Plano de Avenidas, a necessidade de construção de uma rede de transporte coletivo de alta capacidade, desta feita composta por uma rede estrutural com 100 km de metrô, divididos em três linhas.
  • 24. SAGMACS: SOCIEDADE PARA ANÁLISE GRÁFICA E MECONOGRÁFICA APLICADA AOS COMPLEXOS SOCIAIS (1958) A SAGMACS foi um grupo de trabalho formado pelo Padre Lebret, que produziu um documento essencial para o diagnóstico das condições urbanas da época, apoiado em análises de base racionalista e quantitativa chamado: Estrutura Urbana da Aglomeração Paulista – documento de ampla influência posterior cuja análise, entretanto, não consegue dar conta das razões do acelerado processo de urbanização paulista, e propõe como solução a ‘necessidade’ de contenção do crescimento da cidade.
  • 25. GEM: GRUPO EXECUTIVO METROPOLITANO (1966) Criado pelo prefeito Faria Lima o GEM elaborou o primeiro plano básico para uma rede estrutural de metrô. Este grupo foi o responsável pela realização da primeira pesquisa do tipo origem e destino (OD/1967). O GEM tornou-se, então, a gênese do que viria a ser a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), criada em 1968, coincidentemente, o ano que marca o fim dos serviços de bondes elétricos em São Paulo.
  • 26. GEGRAN: GRUPO EXECUTIVO DA GRANDE SÃO PAULO (1967) O Cons. de Desenvolvimento da Grande São Paulo, acompanhado por seu órgão executivo, o GEGRAN foram formados após a concepção institucional das regiões metropolitanas no país, sendo os órgãos responsáveis pelo planejamento integrado da RMSP, reunindo sob sua coordenação os diversos planos oriundos da máquina administrativa estadual e municipal, além de realizarem um completo e profícuo levantamento aerofotogramétrico em São Paulo.
  • 27. PUP: PLANO URBANÍSTICO BÁSICO (1967) O PUP teve seus estudos contratados pelo Grupo Executivo de Planejamento do município de São Paulo (GEP), órgão criado por decreto municipal. Assim como no posterior PMDI (ver adiante) elabora as principais concepções de ordenação espacial da aglomeração paulista dentro de uma nova ordem institucional. O plano PUB se preocupava, fundamentalmente, em direcionar e dar forma ao crescimento urbano e suprir a cidade de infraestruturas e serviços adequados a suas demandas, colocando 1990 como o ano-meta.
  • 28. CONSÓRCIO HMD: HOCHTIEF, MONTREAL E DECONSULT (1968) O plano para o Metrô de São Paulo foi desenvolvido pelo consórcio HMD, que venceu uma licitação internacional organizada pelo GEM. O HMD faz ampla análise da situação do transporte urbano e propõe uma Rede Básica para o metrô. A proposta contempla uma rede composta por cinco linhas com extensão de 63 km, além de uma expansão posterior de aproximadamente 200 km. Extensão que seria atendida apenas no ano de 2010.
  • 29. PLANO SISTRAN (1976) Estudo do Sistema de Transporte Urbano de Passageiros da RMSP. Foi um plano para a reorganização geral do sistema de transporte coletivo por ônibus implantado na gestão de Olavo Setúbal. A reorganização teria como base a implantação de uma ampla rede de linhas estruturais de trólebus, que previa o uso de ônibus do tipo Padron ou articulados em corredores exclusivos.
  • 30. PIT: PLANO INTEGRADO DE TRANSPORTE (1976) O Plano Integrado de Transportes foi formulado em conjunto pela Secretaria Municipal de Transportes (SMT), CMTC, Departamento do Sistema Viário (DSV), e Metrô. O PIT foi o primeiro plano específico de transporte coletivo elaborado após a inauguração do Metrô e, sob a influência desse novo modo de transporte operando na cidade, preconiza a necessidade de integração física, operacional e tarifária de todo o sistema (todos os modos).
  • 31. PITERP: PLANO INTEGRADO DE TERMINAIS DE PASSAGEIROS (1978 ren. 2003) Elaborado pela Cia. do Metrô em conjunto com o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), o PITERP pretendia definir a pré-localização e o pré- dimensionamento de terminais rodoviários de passageiros metropolitanos em um horizonte de dez anos. Dos terminais rodoviários “previstos” o Tietê já estava pronto, sendo que posteriormente foram inaugurados os terminais Jabaquara (1988) e Barra Funda (1989), no limite da vigência do prazo para todos os cinco terminais previstos.
  • 32. PDDI II: PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO (1982) Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado II – Uma revisão das diretrizes do primeiro PDDI, o plano de 1982 faz uma análise clássica do crescimento da cidade procurando propor seu direcionamento através do fortalecimento de sub-centros, chamados de pólos de desenvolvimento e da proposição de vetores de urbanização para os Acervo Thomas Correa anos posteriores.
  • 33. PMTC: PLANO MUNICIPAL DE TRANSPORTE COLETIVO (1985) Plano que antecede a um plano de maior escopo (PMTT) ambos concebidos durante a gestão Covas. O plano foi elaborado em um período de intervenção da Prefeitura de São Paulo nas empresas prestadoras do serviço de transporte, que praticavam locaute. O plano apostava no fortalecimento da CMTC como operadora, retomando a concepção de uma rede de corredores de trólebus acompanhada por grande número de terminais. Propunha uma reorganização da própria CMTC, centralizando suas atividades de gestão e operação.
  • 34. PMTT: PLANO MUNICIPAL DE TRANSPORTE E TRÁFEGO (1985) Amplo trabalho elaborado pela Secretaria Mun. de Transportes da Prefeitura do Município. É Um plano voltado ao ordenamento completo do tráfego e do transporte coletivo sobre pneus, notadamente com uso de trólebus, além de transporte público por táxis, transporte de carga, segurança, planejamento e operação do sistema viário. Plano de largo escopo técnico com diversos sub-planos de curto e médio prazo.
  • 35. PMTI: PLANO METROPOLITANO DE TRANSPORTE INTEGRADO (1993) Plano elaborado pela STM a partir de uma síntese das políticas e projetos existentes. O plano abrange toda a RMSP e trata a aglomeração urbana como uma única “cidade”, sobre a qual deveria haver uma visão integrada. O plano não se coloca como um plano nos moldes tradicionais, mas como uma ferramenta de planejamento que se propõe a extrapolar as tendências históricas – utilizando para isso a formação de uma “visão da cidade” – tornando-se um plano efetivamente propositivo, que atinja os objetivos almejados. Para tanto o plano utiliza métodos de análise e simulação do modelo Transporte Estratégico e Regional (START).
  • 36. PLANO METROPOLITANO DA GRANDE SÃO PAULO (1993) Plano para o horizonte (1993/2010) elaborado pela equipe de Jorge Wilhein na EMPLASA. O plano propunha uma série de ações e diretrizes de desenvolvimento, político econômico, físico- territoriais, infraestrutura, serviços e equipamentos institucionais. Foi um dos primeiros planos a colocar com muita clareza os objetivos de um desenvolvimento sustentável, além de tocar na questão da globalização. O plano trabalhava com dois cenários: um conservador (tendencial) e um inovador que incorporava as diretrizes propostas.
  • 37. PITU: PLANO INTEGRADO DE TRANSPORTE URBANO (1995) Plano que procura recolocar o planejamento integrado dos transportes metropolitanos. O plano surge no contexto do neoliberal do período, em que foram praticadas várias formas de privatização e parcerias em setores de infraestrutura. No caso dos transportes isso representou, no Estado de São Paulo, a fusão da CBTU com a FEPASA para a criação da CPTM. Começam aqui os projetos de modernização dos trens metropolitanos e a tentativa (ainda em andamento) de implantação do “padrão metrô” em toda a rede metropolitana de trens.
  • 38. PITU 2020: PLANO INTEGRADO DE TRANSPORTE URBANO (1999) O PITU 2020 se propunha a ser um plano metropolitano para um horizonte de 20 anos. Procurava englobar um novo método de planejamento que se tornasse um efetivo instrumento de apoio à tomada de decisões políticas. Apoiava-se em ideário emergente ligado aos “novos” conceitos ambientais, apresentados como um grupo de cinco objetivos a serem perseguidos. A futura metrópole deveria ser: competitiva, saudável, equilibrada, responsável e cidadã. O PITU 2020 previa uma ampla rede de transporte coletivo baseada na alta capacidade (sobre trilhos), com pouca ênfase nos elementos de transporte de média e baixa capacidade.
  • 39. PDDT: PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO DOS TRANSPORTES (1999) O plano desenvolvido pela Secretaria dos Transportes (ST) do Governo do Estado de São Paulo (GESP). Coloca uma abordagem metodológica em que os objetivos a serem alcançados são: qualidade, desenvolvimento sustentável, competitividade e factibilidade. O plano coloca duas fases principais: identificação de gargalos e elaboração de plano estratégico. O plano propõe um ciclo de planejamento entendido como processo permanente de planejamento PDDT-Vivo.
  • 40. TRANSPORTE METROPOLITANO (1999) Plano de transporte desenvolvido pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo S. A. (EMTU) que delineia as ações do GESP. Plano bastante completo que propõe um conjunto de linhas metropolitanas de ônibus (entre as cidades da RMSP) com foco na cidade de São Paulo, além de uma ampla proposta de ampliação de terminais existentes e construção de novos terminais de transferência.
  • 41. PDE: PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO (2002) Lei Municipal nº. 13.430 de 13 de setembro de 2002. O Plano Diretor da cidade, em vigor, faz um apanhado de todas as propostas de transporte coletivo das diversas instâncias e níveis do poder executivo e apresenta-as na forma de uma proposta consolidada para uma rede de transporte coletivo, contando com uma rede de alta capacidade de trens e metrô (rede futura) e uma extensa rede de média capacidade em corredores de transporte – sem a especificação de tecnologia a ser utilizada. Os horizontes adotados para o PDE eram 2012 e 2016 e havia uma revisão agendada para o ano de 2007 que ainda se encontra em tramitação no Poder Legislativo municipal.
  • 42. PLANO DE MODERNIZAÇÃO DA MALHA DA CPTM (2002) Chamado de Plano Funcional, o plano da CPTM tanto incorpora as diversas medidas de modernização da malha, que já estavam em curso no ano de sua publicação, como consolida uma série de novas proposições complementares. Consta neste plano a chamada Integração Centro que propunha a integração física das linhas A, B, D e E (atuais linhas Rubi, Diamante, Turquesa e Esmeralda) em todas as estações centrais (Barra Funda, Luz, Brás e a nova estação Bom Retiro). A proposta previa para 2010, para o chamado trecho central, um intervalo médio de 1,5 min., sendo que para cumprir esta meta todas as linhas teriam que estar com intervalo médio de 3 min. neste mesmo horizonte.
  • 43. PLANO MUNICIPAL DE CIRCULAÇÃO VIÁRIA E DE TRANSPORTES (2003) Elaborado para o cumprimento de uma exigência do PDE 2002 o PMCVT tem uma formatação que se assemelha ao PDE. Embora tendo sido publicado no Diário Oficial do Município (DOM) em duas ocasiões o texto não tem força de Lei. Sua publicação, entretanto, o torna a manifestação pública das diretrizes de transporte da Prefeitura da Cidade de São Paulo, o que lhe confere o status de ser a mais recente posição oficial sobre a política de transportes. O plano tem elaboração predominantemente conceitual e define os princípios, objetivos e diretrizes da política de transporte do Executivo
  • 44. SÃO PAULO INTERLIGADO (2004) Plano elaborado pela SPTrans e SMT, que resume uma série de ações que já haviam sido tomadas pela Secretaria e pela SPTrans, tais como: difusão da bilhetagem eletrônica pela cidade, implantação de sistemas de monitoramento e controle, contrato de financiamento com o BNDES, inauguração de novos terminais de integração, construção dos mais recentes corredores de ônibus, assinatura de novos contratos de prestação de serviço com empresas concessionárias e cooperativas de permissionários, renovação da frota de ônibus, entre outras.
  • 45. PITU 2025: PLANO INTEGRADO DE TRANSPORTE URBANO (2005) A atualização do plano anterior (PITU 2020) foi além de uma mera revisão de aspectos marginais decorrentes de alterações na previsão de demanda. Tratou-se de uma completa revisão das diretrizes gerais de transporte coletivo de alta capacidade. Essa revisão mostra um novo desenho da rede de metrô concentrada no Centro Expandido que posteriormente será detalhada no plano da Rede Essencial do Metrô. O plano adota uma nova metodologia de trabalho com o uso de um novo método que, em tese, consegue simular o comportamento da demanda projetada e sua interferência na composição dos preços (valor) do solo no futuro, e vice-versa, até atingir um ponto de equilíbrio.
  • 46. REDE ESSENCIAL (2006) O desenho da rede do Metrô, passou por várias alterações ao longo de sua história. A Rede Essencial é a penúltima alteração publicada e representa uma alteração de rumo daquilo que estava previsto pela STM no PITU 2020. A diferença pode ser observada na dimensão da rede proposta que, nesta versão, torna-se menos abrangente e mais adensada, reduzindo a quilometragem total em um desenho mais concentrado no Centro Expandido. Esta mudança de rumo apóia-se na ampliação da capacidade da CPTM, na base conceitual presente no PITU 2025 e na expectativa de baixo crescimento econômico.
  • 47. PCM: PLANO DE CORREDORES METROPOLITANOS (2010) O plano de corredores metropolitanos é a última versão disponível da rede futura da EMTU. Representa uma simplificação da rede proposta no plano de 1999, reduzindo a quilometragem total e o número de terminais novos ou reformados. Tem foco maior na viabilização de obras mais “fáceis” de serem realizadas.
  • 48. conclusões para discussão: • Prestes Maia não cometeu um “pecado original”; • o conjunto dos planos formou seu próprio arcabouço técnico/científico e construiu boa parte do pensamento nessa área de conhecimento; • superação do racionalismo e retomada não “autoritária” mas criação do mito da gestão democrática; • sucessivas mudanças na rede futura do Metrô – sem orçamento para obras / desenho “fixo” – com orçamento disponível / desenho “móvel” • a cidade é um fato econômico e social dinâmico, mas nem tanto...
  • 49. Tácito Pio da Silveira tacito.silveira@sptrans.com.br / tel.: (11) 3396-7897 São Paulo Transporte S. A. Superintendência de Planejamento de Transporte Rua Boa Vista 236 – 5º andar São Paulo, SP, Brasil