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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS
FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS




       ALESSANDRA APARECIDA DANTE
             ISABELA TEIXEIRA
       JESSICA NATALIA DE S. MARTINS




ASPECTOS FARMACOGENÉTICOS RELACIONADOS À
                DEPRESSÃO




              FERNANDÓPOLIS
                   2012
ALESSANDRA APARECIDA DANTE
               ISABELA TEIXEIRA
         JESSICA NATALIA DE S. MARTINS




ASPECTOS FARMACOGENÉTICOS RELACIONADOS À
                 DEPRESSÃO




                 Trabalho de conclusão de curso apresentado à Banca
                 Examinadora do Curso de Graduação em Farmácia
                 da Fundação Educacional de Fernandópolis como
                 exigência parcial para obtenção do título de bacharel
                 em farmácia.


                 Orientador: Prof. Dr. Marcos de Lucca Junior




    FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS
              FERNANDÓPOLIS – SP
                       2012
ALESSANDRA APARECIDA DANTE
                                ISABELA TEIXEIRA
                          JESSICA NATALIA DE S. MARTINS




      ASPECTOS FARMACOGENÉTICOS RELACIONADOS À
                                   DEPRESSÃO




                                   Trabalho de conclusão de curso aprovado como
                                   requisito parcial para obtenção do título de bacharel
                                   em farmácia.

                                   Aprovado em: 28 de novembro de 2012.




         Banca examinadora                      Assinatura                Conceito
Prof. Dr. Marcos de Lucca Junior
(Orientador)
Prof. Dr. Anisio Storti
(Avaliador 1)
Profa. Rosana Matsumi Kagesawa
Motta (Avaliadora 2)




                           Prof. Dr. Marcos de Lucca Junior
                            Presidente da Banca Examinadora
A Deus que nos protegeu com sua luz e carinho
sendo nosso maior alicerce, não apenas olhando
por nós, mas sim, sempre caminhando ao nosso
lado, concedendo força para cada dia superamos
os obstáculos que na vida encontrarmos. Aos
nossos pais e familiares, ao meu irmão e meu
namorado, fonte de amor eterno, pelo sacrifício e
valores transmitidos no decorrer de nossa
existência,    por  nos     proporcionando      a
oportunidade de ter uma formação profissional,
mas agora, veem com alivio e felicidade o final
desta nossa etapa.

                           Alessandra Aparecida


Dedico este trabalho de conclusão de curso
primeiramente a Deus que me deu forças para
que eu conseguisse realizá-lo, agradeço ao meu
pai e em especial a minha mãe que teve
paciência, dedicação, compreensão e que
enfrentou comigo todos esses anos do curso,
agradeço aos meus irmãos pelo apoio e
entusiasmo que dedicaram a mim, agradeço ao
meu namorado e amigos que torceram de forma
direta ou indireta pela minha vitória, deixo aqui o
meu muito obrigada!

                                  Isabela Teixeira


Dedico este trabalho a minha mãe, ao meu pai,
aos meus irmãos e ao meu namorado que me
apoiaram, incentivaram e sonharam junto comigo
com a realização desse curso. Aos meus amigos
da faculdade, e fora dela e a todas as pessoas que
para eu alcançar meus objetivos, tiveram que se
sacrificar em busca de um ideal comum. Aos
professores que me ensinaram, com prazer e
dedicação, parte do que sei, e o mais importante
me ensinou a aprender sozinha.

                                   Jéssica Natalia
AGRADECIMENTOS


           A realização de um trabalho nunca se dá individualmente, sempre há pessoas
prestativas e queridas para nos ajudarem, seja fornecendo materiais, dando sugestões e
orientações, ou dirigindo-nos apenas uma palavra de carinho quando estamos cansadas.
           Por isso agradeço o nosso orientador, Prof. Dr. Marcos de Lucca Junior, que
com muito carinho e paciência nos orientou para conclusão deste trabalho, que nos
acolheu, nos orientou e ofereceu apoio incentivo e sabedoria, por acreditar em nosso
potencial e compreender as nossas dificuldades e sempre com seu jeito amoroso e
simpática de ser; não sabemos de que maneira recompensar e chegamos à conclusão de
que a única forma de agradecê-lo seria como colegas de profissão exercer nossas
diretrizes e ensinamentos. Nosso agradecimento, muito obrigado pelos conhecimentos
transmitidos, que Deus abençoe você, sempre.
           Agradecemos a Banca Examinadora que se prontificam a estar nesse dia tão
importante em nossas vidas, e aos nossos decentes que contribuíram para o nosso
conhecimento a amadurecimento durante esta longa jornada.
           Enfim, agradecemos a todos que direta ou indiretamente contribuíram a nossa
vitória.
“Você pode sonhar, criar, desenhar e
construir o lugar mais maravilhoso do
mundo... Mas é necessário ter pessoas para
transformar seu sonho em realidade...”.

                              Walt Disney
RESUMO



       O trabalho mostra uma revisão bibliográfica, com objetivo avaliar as evidências
sobre a depressão e abordamos uma revisão dos Antidepressivos e do Farmacogenético,
com um enfoque na terapia medicamentosa. Após a análise das informações verificou-
se que os fármacos contribuem com cerca de 60 a 65% no tratamento da depressão que
podem estar relacionadas a múltiplos fatores, incluindo o estado de saúde, interferência
e características genéticas além da idade, o sexo, a etnia e os fármacos ditos. Os
antidepressivos aumentam os neurotransmissores, dopamina, serotonina e noradrenalina
no SNC, através da inibição da recaptação Noradrenalina e Serotonina, de drogas que
inibem as monoaminooxidase que é a enzima responsável pela inativação destes
neurotransmissores. A maioria dos componentes são metabolizados pelo sistema
CYP450, destacando-se os alelos CYP2D6, CYP2C9 e CYP2C19, que possuem amplo
polimorfismo genético. Esse polimorfismo, produz atividades metabolizadoras lentas,
rápidas e ultrarrápidas e essas atividades estão relacionadas com o metabolismo do
próprio indivíduo, propiciando respostas diferentes que podem levar a efeitos adversos
até mesmo uma toxicidade.


Palavras-chave: Depressão, Farmacogenética e Neurotransmissores.
ABSTRACT



       The work shows a bibliographic, with object to evaluate the evidence on
depression and approach a review of Antidepressants and pharmacogenetic, with a focus
on drug therapy. After analyzing the information it has been found that drugs contribute
about 60 to 65% in treating depression that may be related to multiple factors, including
health status, interference and genetic characteristics beyond age, gender, ethnicity, and
the drugs themselves. Antidepressants increase the neurotransmitters, dopamine,
serotonin and noradrenaline in the central nervous system by inhibiting reuptake of
noradrenaline and serotonin, drugs which inhibit monoamine oxidase is the enzyme
responsible for inactivation of these neurotransmitters. The most components are
metabolized by the CYP450 system, highlighting the alleles CYP2D6, CYP2C9 and
CYP2C19, which have extensive genetic polymorphism. This polymorphism produces
slow, fast and ultrarrápidas metabolizing activities and these activities are related to the
metabolism of the individual, providing different responses that can lead to adverse
effects even a toxicity.


Keywords: Depression, pharmacogenetics and Neurotransmitter
LISTA DE FIGURAS OU GRÁFICOS


Figura 1 – A) Neurônio normal e B) Neurônio com depressão.............................21
Figura 2 – Administração do medicamento...........................................................23
Figura 3 – O metabolismo das drogas....................................................................25
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS


AA – Antidepressivos Atípico
ADR – Reação Adversa ao Medicamento
ADT – Antidepressivos Tricíclicos
ANASE – Inibidor seletivo de recaptação a Noradrenalina
CYP – Citocromo P450
DA – Dopamina
EM – Metabolizador normal
IM – Metabolizador intermediário
IMAO – Inibidores da Monoaminaoxidase
IRND - Inibidores da Recaptação de Noradrenalina e Dopamina
IRSN – Inibidores de Recaptação de Serotonina e Noradrenalina
ISR – Inibem de Recapturem a Serotonina
ISRN – Inibidores da Enzima Monoaminaoxidase
ISRS – Inibidores de Recaptação da Serotonina.
5HT – 5-hidroxitriptamina
LCR – Líquido Cefalorraquidiano
MAO – Monoaminaoxidase
Pb – Pares de base
PM – Metabolizador lento
SNC – Sistema Nervoso Central
SNP – Polimorfismo de Base única
TOC – Transtorno obsessivo compulsivo
NA – Noradrenalina
UM – Metabolizador Ultrarrápido
SUMÁRIO


INTRODUÇÃO........................................................................................................           11

1 OBJETIVOS..........................................................................................................        13

2 METODOLOGIA.................................................................................................               14

3 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO...................................................................                                 15

3.1 Depressão.............................................................................................................   15

3.1.1 Tipo de depressão...........................................................................................           17

3.1.2 Subtipos depressão.........................................................................................            18

3.1.3 Depressão: Fatores genéticos e ambientais....................................................                          19

3.2 Neurofisiologia de depressão............................................................................                 20

3.3 Metabolismo de fármacos.................................................................................                 22

3.4 Farmacogenética...............................................................................................           24

3.5 Farmacoterapia da depressão............................................................................                  27

3.6 Poliformismo farmacogenético da depressão....................................................                            29

4. CONCLUSÃO....................................................................................................             33

REFERÊNCIAS........................................................................................................          35
11



                                 INTRODUÇÃO



         A depressão consiste de doença crônica, recorrente e promove, que está
associada a incapacitação funcional, e compromete o bem estar e a saúde física dos
afetados(CORREA, et. al. 2006; GONÇALVES e MACHADO, 2007).
         Nem sempre a depressão é diagnosticada e/ou tratada especificamente de
acordo com cada caso. Na maioria das vezes, os tratamentos causam reações adversas,
ou não respondem como o esperado diante das estratégias terapêuticas adotadas
(VALLADA, 1999).
         Em alguns casos as reações adversas podem levar a gastos com hospitalização,
e algumas vezes levar a óbito. Os efeitos colaterais e fármacos podem, inclusive,
adicionar gravidade à doença. Fatores que incrementam essa questão podem estar
ligados condição clínica, a interação entre indivíduo e ambiente e até mesmo em relação
à composição genética do individuo (COFRE et. al., 2006).
         Assim, são muito importes os estudos para aprofundar o conhecimento sobre
causas e efeitos colaterais dessas medicações; e a partir daí desenvolver fármacos
específicos para os pacientes, de acordo com a sua composição genética e fatores
ambientais (CORREA et. al., 2006).
         O estudo da farmacogenética, por avaliar a resposta dos indivíduos em reação
ao metabolismo de xenobióticos, contribui de modo substancial para a análise das
terapias farmacológicas no tratamento da depressão (VALLADA, 1999; COFRE et. al.,
2006; CORREA et. al., 2006).
         Dentro desse contexto, a farmacoterapia tradicional que visa o tratamento
sintomático, tem-se mostrado, em alguns casos, ineficazes. De acordo com (COFRE; et.
al., 2006, p. 88).


                            Atualmente a prescrição de medicamentos é feita
                            essencialmente com base no diagnóstico e em eventuais
                            comorbidades que levem o clínico a dar preferência a um
                            ou outro medicamento em função de potenciais efeitos
                            adversos ou de alguma peculiaridade do paciente
                            relacionado especialmente à idade, função hepática e/ou
                            renal, gestação ou lactação. Mesmo as tentativas de
                            individualização da terapêutica, ao se considerar o
                            paciente como um todo, não se costuma levar em conta as
12



                             diferenças interindividuais relacionadas a fatores genéticos
                             que podem interferir tanto na eficácia quanto na toxidade
                             dos fármacos. Estima se que somente um terço dos
                             indivíduos obtém benefícios terapêuticos a partir de
                             medicamentos prescritos, enquanto em dois terços, o
                             medicamento não atua como esperado ou é pouco
                             tolerado.


        Por esse motivo, o objetivo desse trabalho, de verificar a utilização de
fármacos, seus efeitos e eficácia no tratamento da depressão. Serão também analisadas
as questões relacionadas aos ajustes na farmacoterapia.
13



1. OBJETIVOS


       O presente trabalho tem como objetivos:


  I.   Apresentar o mecanismo patológico da depressão;
 II.   Levantar dados sobre o polimorfismo genético nos loci envolvidos no
       metabolismo dos fármacos voltados para o tratamento da depressão;
III.   Analisar e classificar os fármacos utilizados no tratamento da depressão.
14



2. MATERIAL E METODOS


A metodologia utilizada foi de revisão de literatura, como uma forma de pesquisa
qualitativa e utilizou-se busca eletrônica nas bases de dados: MEDLINE, LILACS,
SCIELO e livros especializados.
15



3.     DESENVOLVIMENTO



3.1. Depressão




        A depressão é uma doença que vem sendo muito discutida ultimamente. É uma
doença afetiva, na qual ocorrem alterações psíquicas e orgânicas, afetando área física,
pensamentos e emoções, que interferem não apenas no indivíduo, mas influenciam a
vida das pessoas ao seu redor (GONÇALES e MACHADO, 2007).
        Depressão vem do latim: DE (baixar) e PREMERE (pressionar), isto é,
deprimir que, literalmente significa "pressão baixa". É um estado psíquico que não pode
ser confundido com a tristeza, pois, é um estado de tristeza que não passa e que afeta as
pessoas emocional, profissional e socialmente (PARANHOS e WERLANG, 2009).
        Esta doença vem se destacando, e hoje é o 4º distúrbio psiquiátrico mais
frequente no Brasil. Dos “entendedores deste mal, se destaca Hipócrates, conhecido
como o ‘‘pai” da medicina, e na opinião dele, a ''melancolia'' como era chamada na
época, estava relacionada a fatores ambientais e internos (SILVA, 2006; PARANHOS e
WERLANG, 2009).
        Ainda, segundo Hipócrates, o equilíbrio ou desequilíbrio do corpo estava
ligado a quatro humores corporais (sangue, fleuma ou pituíta, bílis amarela e bílis
negra), no qual afeta a saúde, ele dizia que o que levava o ser humano ao estado de
melancolia era secretar mais bílis negra, isso escurecia o humor e o alterava
(GONÇALES e MACHADO, 2007; SILVA, 2009).
         A depressão não é aquela tristeza eventual e nem um estado que atinge por
vontade própria muitas vezes causa alteração na realização de atividades cotidianas
(AUDI e PUSSI, 2000).
        Na maioria das vezes o diagnóstico da depressão é complexo, pois os sintomas
podem ser confundidos com tristeza, apatia, preguiça, muitas vezes até como
irresponsabilidade. Quando são casos crônicos são confundidos com fraqueza ou até a
falta de caráter (MORENO et. al., 1999).
        Fisiologicamente falando, a depressão é quando o cérebro diminui a produção
de serotonina, que é responsável pela sensação de bem estar ao ser humano. Quando o
16



cérebro diminui a produção de serotonina há a sensação de tristeza persistente,
pessimismo, sono em excesso ou falta dele, pensamentos suicidas, sensação de vazio,
entre outros (PORTO, 1999; ANDRADE e SILVA, 2008).
         A depressão pode ser classificada em vários tipos, podendo ser “Primária”:
quando não tem causa; “Secundária”: causada por medicamentos ou causas físicas;
“Genética”: com o aparecimento em pessoas da mesma família; “Unipolar”: quando não
está ligado com episódio de mania; Leve ou grave: perante o grau de sintomas (PORTO,
1999).
17



3.1.1. De acordo com Porto 1999, os tipos de depressão são:



            Depressão reativa ou secundária


            Correspondem a 60% das depressões, e surge por causa de perdas ou stress
excessivo, doença física, exposição a toxina, uso de ou um abuso de medicamento;


            Depressão menor ou distimia


            Manifesta-se por síndrome depressiva, caracterizada pela convivência em
sociedade, mas sem sentir prazer com isso. É classificada como uma desordem
depressiva crônica e dura pelo menos dois anos em adultos;


            Depressão maior ou unipolar


            Correspondem a 25% das depressões, não está relacionada a com stress,
doenças psíquicas ou orgânicas. Ocorre, então, com pessoas que são geneticamente pré-
dispostas à depressão. Os sintomas são intensos e, se não tratados, pode haver o risco de
suicídio.


            Depressão bipolar ou psicose maníaco-depressiva


            Correspondem a 10% das depressões classificadas como desordem endógena.
São alterações intensas de humor, ora alto - maníaco, ora baixo - depressivo. Os
afetados podem apresentar: comportamento eufórico, agressivo, fala sem pausa, uso de
drogas para dormir, etc.;
18



3.1.2. De acordo com Porto 1999, os subtipos de depressão são:



         Depressão melancólica ou endógena


        Sintomas piores de manhã. É uma forma grave, caracterizada pela perda de
prazer, a pessoa não consegue se alegrar mesmo com incentivo;


         Depressão atípica
        A pessoa consegue se alegrar apenas com incentivos bons, apresenta aumento
de apetite e sono normal, medo de agir inadequadamente na frente das pessoas e
ansiedade;


         Depressão sazonal
        Está relacionada com as estações do ano, pois, algumas pesquisas mostram que
é causada por desequilíbrio biológico, alguns exemplos são: aumento de hormônios que
regulam o sono, em especial a melatonina. Também tem o fator da serotonina que é
mais produzida quando a pessoa está sob a luz;


         Depressão com sintomas psicóticos


        O afetado apresenta alucinações e delírios, é de caráter severo, porém raro;


        Depressão pós-parto


        Acontece normalmente quatro semanas após o parto devido às diferenças
hormonais e mudanças na vida das mulheres, tomando todo seu tempo e energias. Isso
também pode ser desencadeado devido a antecedentes genéticos.


        Assim após avaliação psiquiátrica, os especialistas procuram indicar melhores
tratamentos, portanto, sabem-se que existem medicamentos (antidepressivos),
psicoterapias e demais acompanhamentos, que ajudam a maior parte a amenizar os
sintomas das pessoas (AUDI e PUSSI, 2000).
19



3.1.3 Depressão: fatores genéticos e ambientais



        As causas da depressão são das mais variadas, estas são então determinados
por fatores sociais e psicológicos, incluindo eventos estressantes, como também
problemas financeiros, discórdia, brigas, separações conjugais e morte de um ente
querido. Assim, também como existe a predisposição genética hereditária, no quais
fatores sociais e ate mesmo psicológicos podem ser determinantes para o
desenvolvimento da depressão (SILVA, 2006; AGMONT, 2011).
        Pesquisas demonstraram o que a depressão é hereditária, pois filhos adultos de
pais que iniciaram o tratamento para a depressão apresentaram maior probabilidade de
manifestar sintomas depressivos. A depressão em um membro da família aumenta a
probabilidade de quadra depressiva em parente próximo ou até mesmo de segundo grau
(ANDRADE e SILVA, 2008; AGMONT, 2011).
        Nota-se que existe um conjunto de evidências indicando a existência de fatores
genéticos na suscetibilidade para as doenças afetivas. Os dados disponíveis na literatura
não identificam os genes de vulnerabilidade, porém, os pesquisadores acreditam que
isso será possível em um futuro próximo. Isso poderá abrir o caminho para tratamentos
individualizados e com maior taxa de êxito na resposta terapêutica (ANDRADE e
SILVA, 2008).
        Muitos defeitos de nascimento, como a fenda labial e/ou palatina, bem como distúrbios da
idade adulta, incluindo doenças cardíacas e diabetes, distúrbios psiquiátricos, câncer,
hipertensão e obesidade, pertencem à categoria distúrbios genéticos multifatoriais (AUDI e
PUSSI, 2000; MOURA e REYES, 2002).
        Esses distúrbios são caracterizados pela combinação do gene com o ambiente e
podem ser classificado sem: qualitativa e quantitativas. Alguns distúrbios apresentam
características quantitativas ou de variação continua, que se distribuem de maneira
contínua sobre a população, pois um traço pode aumentar ou diminuir a deficiência de
um gene sobre a população (LEMES e TRINDADE, 2009).
        Essas reações podem, também, ser qualitativas ou distintas, ter ou não ter a
característica doada pela outra pessoa. É neste traço que esta associado à depressão
(THOMPSON et. al., 2002).
20



3.2.     Neurofisiologia da Depressão



          A neuroquímica é uma área que vem recebendo destaque nas pesquisas sobre a
fisiopatologia da depressão, porem deu-se após o inicio desenvolvimento dos
mecanismos de ação dos antidepressivos. Assim, a partir da observação de que as
hipóteses eram limitadas na sua própria capacidade de explicar a fisiopatologia, foram
propostas hipóteses mais complexas; que dão ênfase às alterações em diversos sistemas
de neurotransmissão e as adaptações celulares (e até moleculares) aos respectivos
medicamentos antidepressivos (VALLADA e LAFER, 1999).
          Os neurotransmissores são moléculas pequenas que na sua maioria são
derivados de precursores de proteína, eles são encontrados geralmente em vesículas pré-
sinápticas neuronais. Os neurotransmissores são liberados na fenda sináptica e captados
por terminais pós-sinápticos (por meio de receptores localizados na membrana pós-
sináptica) quando a passagem do impulso nervoso de uma célula para a outra, o que
chamamos de transmissão sináptica. De acordo com a propriedade funcional dos
neurotransmissores e do terminal pós-sináptico, os neurotransmissores são conhecidos
por promoverem resposta excitatória ou inibitória entre neurônios que se comunicam
por sinapses químicas (SILVA, 2006; ANDRADE e SILVA, 2008). (Figura 1A).
          Assim, sabe-se que a deficiência de noradrenalina e/ou serotonina, assim
também de seus metabólitos no líquido cefalorraquidiano (LCR), sendo no sangue ou na
urina, nunca foi consistentemente demonstrada em pacientes depressivos (BALLONE,
2007).
21



Figura 1. A - Em situação normal, sem Depressão, o número de neurorreceptores no
neurônio 2 (pós-sináptico) é normal. B - Na Depressão, na medida em que escasseiam
os neurotransmissores, aumentam os neurorreceptores.




Fonte: Ballone, 2007.




        Vários neurotransmissores (5HD, noradrenalina (NA), Dopamina (DA),
GABA,
        (Acetilcolina) e neuropeptídios (Somatostatina, Vasopressina, Colecistocinina,
Opióides, endógenos, etc.); continuam se relacionando atualmente de forma direta ou
indireta em transtornos afetivos (ANDRADE e SILVA, 2008; SAÚDE, 2012).
        O quadro depressivo consequentemente vem dos neurotransmissores, mas não
somente disto; a patologia acontece por meio do hipofuncionamento desses neurônios. É
por isso que essa patologia pode ser caracterizada como uma fisiopatologia multifatorial
(SILVA, 2006; BALLONE, 2007). (Figura 1).
        Portanto uma hipótese não muito considerável, é que os neurotransmissores
noradrenérgicos e a serotonina, tenham sido pendentes, e deixado o sistema
neurotransmissão em contato com os neurorreceptores, os quais fornecem essa atividade
(MOURA e REYES, 2002; COSTA et. al., 2006; BALLONE, 2007).
        Sabe-se, portanto, que os neurotransmissores têm duas funções: de receber a
mensagem e depois traduzi-las, assim, há uma ação excitatória ou inibitória causada
neurotransmissora, de acordo com o tipo de neurorreceptor (TOMPSOM, 2002;
ANDRADE e SILVA, 2008).
22



3.3.       Metabolismo de Fármacos
           Sabe se que nossos tecidos são diariamente expostos a xenobióticos, que
   consistem de substâncias estranhas que não são encontrados em nosso corpo de forma
   natural. Assim os fármacos são em sua maioria, xenobióticos que são utilizados para
   modular certas funções corporais com fins terapêuticos. É relevante relembrar que os
   fármacos, quando penetram no organismo são modificados por uma imensa variedade
   de enzimas, podendo alterar o composto, tornando-o benéfico, prejudicial ou até mesmo
   insuficiente (COSTA et. al., 2006).
           A maioria dos fármacos administrados oralmente é absorvida por difusão
   passiva, sendo que as absorções são realizadas pelo tubo gastrintestinal e sua
   concentração sanguínea depende de vários fatores. Os processos pelos quais os
   fármacos são alterados por reações bioquímicas no corpo são denominados de
   metabolismo ou biotransformação dos fármacos. Assim, o trajeto dos fármacos no
   organismo    é   composto    por   três   fases:   biofarmacêutica,   farmacocinética    e
   farmacodinâmica (THOMPSON, 2002; ANDRADE e SILVA, 2008). (Figura 2).
           Na fase biofarmacêutica, são definidos todos os processos que ocorrem com o
   medicamento a partir da sua administração, inclusive as etapas de liberação e dissolução
   do princípio ativo. Pode-se dizer que esta fase permite que o fármaco fique disponível
   para a absorção (MOURA e REYES, 2002).
           Já na fase da farmacocinética, estão incluídos os processos nos quais o próprio
   organismo vai interferir sobre o fármaco. Nesta fase o metabolismo ocorre em dois tipos
   de reações básicas, conhecidas como fase I e fase II, sendo que a primeira vai incluir as
   reações bioquímicas, como oxidação, redução e hidrólise, e elas direcionam a
   modificação nas moléculas dos fármacos. A fase II corresponde à conjugação dos
   grupos funcionais dos fármacos a moléculas endógenas. Por meio de reações que são
   catalisadas por enzimas e/ou sistemas enzimáticos, principalmente no fígado. O sistema
   de catálise deste metabolismo oxidativo, depende principalmente da ação do citocromo
   P450 (MOURA e REYES, 2002, COSTA et. al., 2006).
23



Figura 2 – Fases de absorção de um fármaco.




Fonte: MOURA e REYES, 2002.




        E por último a fase da farmacodinâmica, que é responsável pelas interações
moleculares, que vão regular o reconhecimento molecular de um determinado fármaco
pelo receptor, a partir daí o resultado desta respectiva interação é que vai produzir o
efeito terapêutico, sendo esta uma resposta variável (MOURA e REYES, 2002).
        Alguns aspectos genéticos podem afetar o metabolismo dos fármacos. Em
particular, as diferenças observadas nas ações de fármacos entre etnicidades têm sido
atribuídas a polimorfismos em genes específicos. Por exemplo, a 2D6 do P450 é
funcionalmente inativa em 8% dos caucasianos, porém em apenas 1% dos asiáticos.
Além disso, os afro-americanos exibem uma alta frequência de um alelo 2D6 do P450,
que codifica uma enzima com atividade diminuída. Essas observações são clinicamente
relevantes, visto que a 2D6 do P450 é responsável pelo metabolismo oxidativo de cerca
de 20% dos fármacos — incluindo muitos antagonistas e antidepressivos tricíclicos — e
pela conversão da codeína em morfina (ANDRADE e SILVA, 2008)
24



3.4.    Farmacogenética

        As variadas respostas a tratamentos diversos, normalmente são decorrentes
devido diversos fatores dentre eles: doenças, diferença na farmacocinética e
farmacodinâmica dos medicamentos, incluindo-se também aspectos ambientais e
genéticos (COSTA et. al., 2006).
        Os fatores genéticos na maioria das vezes são responsáveis pela variabilidade
da resposta a determinados medicamentos, fazendo com que seja alterado efeito
terapêutico, gerando assim benefícios para alguns pacientes, ineficácia ou efeitos
adversos para outros, com uma mesma dose de medicação (ANDRADE e SILVA, 2008;
LEMOS e TRINDADE, 2009).
        É visível que nos seres humanos o metabolismo pode sofrer interferências
diretas ou até indiretas, quando ocorre a administração passiva ou até ativa que são
formadas por compostos químicos que podem trazer alterações fisiológicas sendo
benéficas ao próprio organismo, sendo conhecido como “efeito farmacológico”, ou
ainda podendo também causar distúrbios funcionais conhecidos como,” efeito tóxico”
(LEMOS e TRINDADE, 2009).
        Simplificadamente, uma mutação          gênica ocorre     em   decorrência   de
substituições em pares de bases. Tais substituições originam mutações pontuais. Como
consequência da substituição de um par de bases, a sequência de aminoácidos de uma
proteína pode ser alterada. Caso essa mudança altere a atividade bioquímica da proteína,
poderá interferir no fenótipo (GOMES e PONTES, 2004).
        Sempre que as bases forem adicionadas ou deletadas, ocorre uma mudança da
matriz de leitura, alterando a composição aminoácidos e das proteínas. Por outro lado,
devido redundância ter mais do código genético, nem toda a alteração de pares de base
levam a um aminoácido alterando na proteína (OSORIO e ROBINSON, 2001;
THONPSON et. al., 2002).
        Sabe-se que indivíduos tratados com variados medicamentos muitas vezes
apresentam certa variabilidade em relação à resposta terapêutica e susceptibilidade em
relação à toxicidade, é nesse aspecto que se destaca o uso da Farmacogenética que se
caracteriza pelo estudo e exploração de diferenças genéticas dentre vários indivíduos, e
que conduz a respostas variadas aos diversos medicamentos (COSTA et. al., 2006).
        A Farmacogenética moderna tem suas origens na década de 1950, e a partir daí
tem evoluído muito, objetivando a prescrição do medicamento na dose correta para cada
25



paciente, tem como base os fatores genéticos. O estudo da Farmacogenética pode
fornecer várias contribuições, dentre elas, a realização de testes variados com
populações para caracterização genética, trazendo maior sucesso em testes de novos
medicamentos e reavaliar a medicamentos em determinados grupos de indivíduos
geneticamente variados. Já existem algumas técnicas que são mais rápidas que
identificam certas variantes nas respectivas enzimas CYP2D6 e CYP2C19 que foram
aprovados pelo FDA nos Estados Unidos em 2005 (COSTA et. al., 2006; VILLAGRA
et. al., 2011).
         Dentre   os   aspectos   citados   acima   em   relação   à   contribuição   da
Farmacogenética, com objetivo da personalização terapêutica, busca-se identificar genes
que podem levar à predisposição a doenças; respostas modulares aos medicamentos e
genes que podem afetar a farmacocinética e farmacodinâmica dos medicamentos e que
podem estar associados a determinadas reações adversas para alguns medicamentos
(COSTAS et. al., 2009).
         O perfil metabólico de cada indivíduo é resultado do campo polimorfismo,
sendo caracterizado por metabolizadores lentos, intermediários e rápidos. (AUDI e
PUSSI, 2000; COSTA et. al., 2006).
26



Figura 3 – Essa ilustração mostra diferentes reações da mesma dosagem de um fármaco,
metabolizadores, por deficiência ou deleção não deixa alguns fármacos realizarem sua
metabolização, este são metabolizados lentos, os intermediários é quando a pessoa
consegue alcançar seu propósito e os rápidos ou ultrarrápidos, são genes que codificam
as enzimas, muito rápido.




Fonte: Oliveira, et. al., 2010.




         Essa divisão ocorre da seguinte maneira: quando os metabolizadores são
lentos, os indivíduos apresentam diminuição ou ausência da determinada enzima
metabolizadora, que decorre da deleção ou a instabilidade do gene. Já os intermediários,
destacam se por ter um metabolismo “normal”, que é a maioria dos indivíduos. Quanto
aos rápidos, estes decorrem do aumento no processo de produção da enzima
metabolizadora, que está associado com várias duplicações do gene que vai codificar a
enzima (VALLADA et. al., 2004; COSTA et. al., 2006; SUAREZ-KURTZ, 2010).
         Se a alteração na sequencia de aminoácidos na proteína não afeta o
funcionamento da molécula e não prejudicar o organismo, de modo geral ela passa
despercebida (ANDRADE e SILVA, 2008; KUMAR et. al., 2008).
27



3.5.   Farmacoterapia da Depressão




        Antidepressivos são mais utilizados no controle da depressão e de vários dos
distúrbios de ansiedade. Inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRS) tem
capacidade de inibir as enzimas de metabolização hepática, interferindo com as
concentrações plasmáticas de seus substratos. Devido aos efeitos inibitórios sobre várias
enzimas do sistema citocromo P450, podem induzir inteirações farmacocinéticas
clinicamente relevantes. Antidepressivos são comumente empregados em associação
com antipsicóticos (SAÚDE, 2012).
        Os níveis dos neurotransmissores aumentam três horas depois que são
administrados os antidepressivos, mas a melhora da depressão só acontecem mesmo de
2 semanas depois, esses fármacos produz em altas propriedades desinibidoras,
ansiolítico e ação antidepressora (SILVA, 2006).
        Os antidepressivos são classificados em: antidepressivos tricíclicos (ADT),
inibidores manoaminoxidase (IMAO), inibidores seletivos de recapitação da serotonina
(ISRS), inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN), antidepressivos
noradrenérgicos e serotonérgico específico (ANASE), inibidor seletivo da recaptação de
noradrenalina (ISRN) e inibidores da recaptação de noradrenalina e dopamina (IRND)
que também são conhecidos como antidepressivos atípicos (AA) (MOREIRA, 2004;
ANDRADE e SILVA, 2008).
        Os ADT são amplamente utilizados, pois apresentam ação prolongada com
metabólitos ativos. Os efeitos adversos podem ser sedação, hipotensão postural, boca
seca, visão turva, convulsões, insônia e agitação. São indicados para tratamento dos
estados depressivos (AUDI e PUSSI, 2000; ANDRADE e SILVA, 2008).
        Esses fármacos atuam na recaptação de serotonina ou do norepinefrina e por
causa dos efeitos adversos, impedem uma dosagem mais alta (VALLADA et. ali, 2004;
SILVA, 2006).
        Os antidepressivos são subdivididos em: Aminos Secundários: Nortriptilina e
Desipramina; Aminas Tercearias: Imipramina, Amitriplina e Clomipramina tem duração
de 1 a 3 dias, com boa ação terapêutica (VALLADA et. al., 2004).
        Os inibidores da captação de serotonina (5HT) são: Citalopram, Fluoxetina,
Nefazodina, Sertralina. Já, os inibidores seletivos de recaptação da serotonina têm
28



resposta terapêutica tão boa quanto os tricíclicos, porém com bem menos efeitos
adversos. Normalmente inibem a recaptação de serotonina pelos neurônios pré-
sinápticos (AUDI e PUSSI, 2000; ANDRADE e SILVA, 2008). Essas drogas do ISR e
antidepressivos atípicos trazem consigo uma série de vantagens, entretanto, podem
manifestar efeitos colaterais cardiovasculares ou anticolinérgicos (BALLONE, 2004;
SILVA, 2006).
        Os principais inibidores de recaptação de serotonina (ISR) são gerações
subsequentes exemplo: Fluraxamina, Sertralina, Paroxetina, Fluoxetina, no qual são
indicados para: transtornos depressivos, transtornos obsessivo compulsivo (TOC),
transtornos do pânico, transtornos fóbico-ansioso, neuropatia diabética, dor de cabeça
tensional crônica e transtornos alimentares (VALLADA et. al., 2004; SILVA, 2006).
        Já os inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN), dopamina,
como por exemplo, a Denlavoxicina e Mirtrazapina, também costumam reduzir a
sensibilidade dos receptores beta-adrernérgicos, aumento a transmissão noradrenérgica
através dos receptores do sistema nervoso central (SNC) são indicados para indivíduos
com crises depressivas de gral variável e transtorno obsessivo compulsivo (TOC)
(ANDRADE e SILVA, 2008).
        E os antidepressivos típicos, são bupropiona, que exercem como a recaptação
na serotonina, a norepinefrina e a nefrazodona, assim como bloqueia a recaptação da
serotonina e inibe os receptores 5-HT2. E por fim a mirtapina, que bloqueia
seletivamente os receptores 2-adrenérgicos e muda a transmissão da noradrenérgico
como também serotonérgico (VALLADA, et. al., 2004). Esse tem sido um bom
tratamento para transtorno do pânico, bulimia, e TOC, e em segundo plano ele também
pode agir em algumas síndromes de dor (BALLONE, 2004).
        A maioria dos fármacos antidepressivos é administrada pela manhã, para não
interferir no sono, mas mesmo assim, alguns pacientes podem ter sedação, e isso ocorre
principalmente com os fármacos paroxetina, fluvoramina e mirtazapina (VALLADA,
1999; AUDI E PUSSI, 2000). Para pacientes que vão começar o tratamento e para
idosos, uma recomendação é iniciais com doses baixas, 10 a 20mg por dia e em dias
alternados (ANDRADE e SILVA, 2008).
        A maioria dos inibidores de recaptação de serotonina (IRS) é tomada em dose
única, já fármacos como o bupropriom, tomam-se três doses diárias, e o nefazodona e
venlafaxina, em duas doses diárias, intercaladas (HIRATA et. al., 2006; LEMOS e
TRINDADE, 2009).
29



3.6.        Poliformismo Farmacogenético da Depressão



             O receptor serotonérgico, subtipo 2 A (5HT-2A), é o que se deve, sendo mais
   estudados em relação e associação entre psicofármacos e respostas terapêuticas. Assim
   os efeitos de algumas variantes sobre a resposta terapêutica reforçam que hipótese de
   que a variação genética de receptores cerebrais que vão influenciar também na resposta
   clinica do fármaco (VALLADA, 1999; ANDRADE e SILVA, 2008).
             De acordo com variabilidade genética citada anteriormente, separa a população
   em três grupos, sendo eles: metabolizadores lentos, normais ou rápidos e os
   metabolizadores ultrarrápidos, porém apresentam diferentes perfis metabólicos, assim
   ocorre a ausência de resposta terapêutica, ou reações adversas quando são utilizados
   determinadas doses de medicamentos e a partir daí são administrados e respondem de
   acordo com o perfil metabólico individual ( AUDI e PUSSI, 2000; COSTA et. al.,
   2006).
             É necessário destacar também que a resposta pode ser diferente diante do
   antidepressivo utilizado, pois segundo vários estudos muitos dos mesmos apresentam
   efeitos adversos e até intoxicação, muitas vezes não respondem ao tratamento. Assim
   existem estudos que tentam identificar as bases hereditárias que formam as variadas
   formas de respostas de cada indivíduo (AUDI e PUSSI, 2000).
             Sabe se que os antidepressivos são substratos, enzimático citocromo P450, que
   são codificados por diferentes alelos. Assim as isoformas CYP2C19, CYP3A4 e
   CYP1A2 mediam a desmetilação de antidepressivos tricíclicos (que metabolizam
   aminas terciárias como) imipramina e amitriptilina para aminas secundárias, já a
   isoforma CYP2D6 (hidroxilase de sebrisoquina) é a principal que é envolvida na
   hidroxilação de tricíclicos, sendo que ela metaboliza cerca de 50 drogas, dentre elas
   desatacam antidepressivos (ex. imipramina, amitriptilina, paroxetina, venlafaxina),
   antipsicóticos (tioridazina, clorpromazina, risperidona) e antiarrítmicos (flecaimida)
   (VALLADA, 1999; AUDI e PUSSI, 2000; VILLAGRA et. al., 2011).
             Antidepressivos são lipofílicos e estão sujeitos à ação de várias enzimas,
   destacando as da família P- 450 (CYP); dentre os genes mais importantes na Psiquiatria
   estão CYP3A4; CYP2D6; CYP2C19; CYP1A2 e CYP2C9, no qual o CYP2D6 é o que
   mais se destaca, no qual já foram encontradas cerca de 90 variações, porém é importante
30



levar em consideração que de todas essas variações apenas algumas tem relevância
clínica (ANDRADE e SILVA, 2008; LEMOS e TRINDADE, 2009).
        O gene codifica a enzimas CYP2D6, é o mais estudado e sabe-se que cerca de
25% dos fármacos, sejam metabolizados por esta enzima, em especial os
antidepressivos (PRADO, 2009).
        O gene CYP2D6 está no cromossomo 22q13. 1 e tem 4.378 pb (pares de base),
este é um gene polimórfico, e por isso tantas variações já foram encontrados. Essas
variações alélicas podem ocorrer alterações por pontuais, deleção ou inserções, deleção
ou multiplicação por genes inteiros, e a resposta terapêutica vai depender do
medicamento envolvido e do poliformismo alélico envolvido (AUDI e PUSSI 2000;
ANDRADE e SILVA, 2008).
        O alelo CYP2D6 abrange desde a não existência de um gene como também
abrange genes ultrarrápidos, de acordo com atividade enzimática. Pode-se encontrar de
quatro tipos diferentes: PMs, IMs, EMs e UMs, que correspondem às variações alélicas
associadas a ausência, redução, normal e aumento da atividade enzimática (VALLADA
et. al., 2002; VILLAGRA et. al., 2011).
        O EMs é um fenótipo normal, indivíduos do PMs, são pessoas de metabolizam
seus fármacos muito mais devagar, o fenótipo IMs tem uma taxa entre o meio devagar
e normal, e o UMs metabolizam seus fármacos muito rápido (AUDI e PUSSI, 2000;
LEMOS e TRINDADE, 2009).
        O alelo 2D6*10 leva a uma troca de aminoácido, tendo assim uma proteína
instável, o que leva a ter uma atividade reduzida. Além desse temos alelos não
funcionais que são o 2D6*4 e *5. No entanto temos genes mais representativos que são
*10, o *17 e o *41, são alelos IMs, (AUDI e PUSSI 2000; PRADA, 2009; HELSBY e
BURNS, 2012).
        Muitas vezes os portadores de UMs, podem seus remédios ou passarem direto
no fígado ou então reações toxicas por ter que usar um pró-farmaco, e isso pode estar
relacionado com a etnia. Na Europa há um alto índice de fenótipos PM, cerca de 8%.
Em caucasianos, suíços e britânicos apresentam-se entre 8,9 e 10% aproximadamente.
Asiáticos, chineses e japoneses tem na população um índice bem pequeno, 0 a 1%,
população africana, o índice é bem variado, 0 a 19%, e em hispânicos o índice é de 2,2 a
6,6% (PRADA, 2009).
        Em estudos no Japão, foram analisados pacientes, que tomaram o
antidepressivo paroxetina por duas semanas, com doses de 10 a 40mg diárias, para estes
31



pacientes foram encontrados os alelos *1, *2, *5, *10 e *41 e a determinação de
proteínas. Este estudo mostrou que os diferentes genótipos mostram ampla variação dos
níveis plasmáticos do antidepressivo durante o período analisado (AUDI e PUSSI,
2000; LEMES e TRINDADE, 2009).
         Em outra análise foi estudada a venlafaxina, que inibi a recaptação de
noradrenalina, serotonina e dopamina, que sofre a ação da CYP2C19 que gera
metabolitos inativos. Os resultados mostraram que o genótipo 2CD6 gera o fenótipo
com UMs, que mostra uma grade concentração de plasmáticas de ODV, quando
comparados com indivíduos EMs, PMs e IMs. (MORENO et. al., 1999; PRADO,
2009).
         O gene 2C19, produz uma enzima que está ligada ao metabolismo de cerca de
10% dos fármacos. Essa enzima também age sobre à farmacocinética dos
antidepressivos tricíclicos, aminaptrilina, nortiptilina, e clomipramina e os SSRI e
sertralina e citalopram. O que possui 90.209 pares de base e fica no cromossomo 10
sendo que, até o momento foram descobertas 21 variações alélicas. Os subtratos da
enzima são bases fracas ou amidas (VALLADA, 1999; SILVA, 2006).
         A 2C19*2 é um alelo que teve sua variação SNP (poliformismo de nucleotídeo
único), o que faz com que a proteína não exerça sua função, o 2C19*3 também
apresenta diferença SNP, que gera um stop códon prematuro, e os dois apresentam a
ausência de uma proteína, ou seja, da atividade enzimática, e os indivíduos PM tem
ausência de duas variações no 2C19 (AUDI e PUSSI, 2000; COFRE, et. al., 2006).
         O genótipo 2C19*17 mostrou aumento na transcrição. Estudos mostraram que
homozigotos, com alelo 2C19*17, que utilizam o antidepressivo escitalopram, necessita
tomar uma dose 50% mais alta, do que EMs (PRADO, 2009; LEMOS e TRINDADE,
2009).
         Dentre esses, usaram a amitriptilina um antidepressivo, e esses observaram que
seus efeitos adversos, ele vem associado ao genótipo CYP2C19 (PRADO, 2008;
HELSBY e BURNS, 2012).
         O gene CYP2C9 faz o metabolismo no fígado, é mapeado no cromossomo 10,
tem 50.346 pares de bases, mais somente cerca de 29 houve alguma variação na
população (PRADO, 2009). Está ligado a cerca de 10% do metabolismo dos fármacos e
esta enzima esta envolvida no metabolismo de substâncias endógenas (COSTA, et. al.,
2006; LEMES e TRINDADE, 2009).
         Podem ser destacados outros alelos como CYP2D6*3A, CYP2D6*4B,
32



CYP2D6*5, que se relacionam com fenótipos de indivíduos metabolizadores lentos, já o
alelo CYP2D6*2, é o oposto relaciona com fenótipo de metabolizadores mais rápidos,
porém a resposta e frequência que esses fenótipos ocorrem variam muito entre etnias
distintas, enfim a maior importância clínica de CYP2D6 se deve à maior probabilidade
de reações adversas entre pessoas com metabolizadores lentos, e já nos ultrarrápidos a
farmacoterapia é ineficaz (AUDI e PUSSI, 2000; ANDRADE e SILVA; 2008).
        Quando o fármaco é administrado, a conversão dele para outros produtos
dentro do corpo são conhecidas como “biotransformações”, são influenciadas pela
concentração do substrato, PH e temperatura. Assim as ações metabólicas durante esse
processamento são denominadas como fase l (via assintético) e reações de fase ll (via
sintética) (GOLDSTEIN, 2001; LEMOS e TRINDADE, 2009).
        Portanto, nota se que os fatores genéticos influenciam decisivamente na
resposta terapêutica a vários fármacos antidepressivos, assim fica claro que muitos
casos de resistência ao tratamento podem ser resolvidos e até explicado pela
farmacogenética, mas é importante deixar bem claro que é necessário ainda vários
estudos para entendimento da própria neurobiologia da depressão, auxiliando no manejo
da dosagem e personalização da escolha das medicações (AUDI e PUSSI; 2000;
VALLADA et. al., 2004).
33



4. CONSIDERAÇÕES FINAIS



           Observa se que um dos pontos relevantes para um bom manejo de dosagens e a
  específica personalização da escolha das medicações direcionadas ao tratamento da
  Depressão, é o real conhecimento da variabilidade em certos genes envolvidos no
  metabolismo dos antidepressivos ou até mesmo nos genes codificadores de
  determinadas proteínas que são relacionadas aos seus respectivos sítios de ação
  (ANDRADE e SILVA, 2008; LEMOS e TRINDADE, 2009).
           Com relação ao que foi mencionado no decorrer deste trabalho sobre a
  variabilidade existente em CYP2D6, dentre várias fontes pesquisadas é visível a real
  discussão sobre as técnicas de fenotipagem ou genotipagem, em qual delas poderia
  fornecer melhor resultado no tratamento da respectiva patologia em destaque (AUDI e
  PUSSI, 2000; ANDRADE e SILVA, 2008; VILLAGRA et. al., 2011).
           Outro aspecto que não deixa de ser relevante e que podem influenciar no
  desempenho da medicação utilizada, é também os fatores externos, destacando hábitos
  de vida e até da alimentação do indivíduo, levando em conta até a utilização de outros
  medicamentos para demais tratamentos, observando a predição do status metabólico
  para o fármaco em questão (ANDRADE e SILVA, 2008).
           Nota se que a resposta ao tratamento de fármacos, principalmente os inibidores
  de serotonina vai depender especificamente de genes codificantes de determinadas
  proteínas envolvidas com o papel da serotonina no cérebro. Verifica se a necessidade de
  mais pesquisas e estudos para real utilização dentro da prática clínica, determinando
  quantidade adequada e específica do fármaco de forma individualizada a cada paciente,
  ou seja, da individualização da terapêutica (GOLDSTEIN, 2001; ANDRADE e SILVA,
  2008).
           Nota se que começa a existir avanço sim nos estudos relacionados a genética,
  pois permitem assim definirem e conhecerem diversas variantes genéticas, podendo
  assim facilitar a replicação de dados, gerando como consequência aumento da
  associação, mostrando que a evolução dos estudos da farmacogenética depende também
  do crescimento , do conhecimento da          fisiopatologia dos próprios transtornos
  psiquiátricos. Destaca se que países em desenvolvimento, inclusive no Brasil, são quase
  inexistentes, onde verifica se que há oportunidades importantes para esse estudo com
34



variedades de grupos étnicos humanos, verificando a variação na apresentação dos
próprios transtornos psiquiátricos e a partir daí especificar sim melhor tratamento
(COFRE et. al., 2006; KURTZ et. al., 2010).
        De Acordo com os fatos mencionados acima nota se a carência de estudos
prospectivos que chegam a confirmar a influência de genes que já são relacionados à
resposta terapêutica a determinadas medicações, e ainda é visível a carência de estudos
de farmacogenética em variados grupos populacionais, como brasileiros (ANDRADE e
SILVA, 2008).
35



                                 REFERÊNCIAS


AGMONT,            G.     Depressão        herebitario.       Disponivel        em:
<www.vittamia.com.br/2011/06/depressão-hereditaria>. Jun/2011, Acesso em: 28 de
outubro de 2012.


ANDRADE, F. M.; SILVA, D.K. Farmacogenética de inibidores seletivos de
recaptação de serotonina: uma revisão. 2008, Disponível em: <http//www.
scielo.br/scielo.php?pid=S0101-81082008000200004&script=sci_arttext>. Acesso em:
05 de abril de 2012.

AUDI, E. A. ; PUSSI, F. D. Farmacogenética dos antidepressivos. 2000, Disponível
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  • 2. ALESSANDRA APARECIDA DANTE ISABELA TEIXEIRA JESSICA NATALIA DE S. MARTINS ASPECTOS FARMACOGENÉTICOS RELACIONADOS À DEPRESSÃO Trabalho de conclusão de curso apresentado à Banca Examinadora do Curso de Graduação em Farmácia da Fundação Educacional de Fernandópolis como exigência parcial para obtenção do título de bacharel em farmácia. Orientador: Prof. Dr. Marcos de Lucca Junior FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FERNANDÓPOLIS – SP 2012
  • 3. ALESSANDRA APARECIDA DANTE ISABELA TEIXEIRA JESSICA NATALIA DE S. MARTINS ASPECTOS FARMACOGENÉTICOS RELACIONADOS À DEPRESSÃO Trabalho de conclusão de curso aprovado como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em farmácia. Aprovado em: 28 de novembro de 2012. Banca examinadora Assinatura Conceito Prof. Dr. Marcos de Lucca Junior (Orientador) Prof. Dr. Anisio Storti (Avaliador 1) Profa. Rosana Matsumi Kagesawa Motta (Avaliadora 2) Prof. Dr. Marcos de Lucca Junior Presidente da Banca Examinadora
  • 4. A Deus que nos protegeu com sua luz e carinho sendo nosso maior alicerce, não apenas olhando por nós, mas sim, sempre caminhando ao nosso lado, concedendo força para cada dia superamos os obstáculos que na vida encontrarmos. Aos nossos pais e familiares, ao meu irmão e meu namorado, fonte de amor eterno, pelo sacrifício e valores transmitidos no decorrer de nossa existência, por nos proporcionando a oportunidade de ter uma formação profissional, mas agora, veem com alivio e felicidade o final desta nossa etapa. Alessandra Aparecida Dedico este trabalho de conclusão de curso primeiramente a Deus que me deu forças para que eu conseguisse realizá-lo, agradeço ao meu pai e em especial a minha mãe que teve paciência, dedicação, compreensão e que enfrentou comigo todos esses anos do curso, agradeço aos meus irmãos pelo apoio e entusiasmo que dedicaram a mim, agradeço ao meu namorado e amigos que torceram de forma direta ou indireta pela minha vitória, deixo aqui o meu muito obrigada! Isabela Teixeira Dedico este trabalho a minha mãe, ao meu pai, aos meus irmãos e ao meu namorado que me apoiaram, incentivaram e sonharam junto comigo com a realização desse curso. Aos meus amigos da faculdade, e fora dela e a todas as pessoas que para eu alcançar meus objetivos, tiveram que se sacrificar em busca de um ideal comum. Aos professores que me ensinaram, com prazer e dedicação, parte do que sei, e o mais importante me ensinou a aprender sozinha. Jéssica Natalia
  • 5. AGRADECIMENTOS A realização de um trabalho nunca se dá individualmente, sempre há pessoas prestativas e queridas para nos ajudarem, seja fornecendo materiais, dando sugestões e orientações, ou dirigindo-nos apenas uma palavra de carinho quando estamos cansadas. Por isso agradeço o nosso orientador, Prof. Dr. Marcos de Lucca Junior, que com muito carinho e paciência nos orientou para conclusão deste trabalho, que nos acolheu, nos orientou e ofereceu apoio incentivo e sabedoria, por acreditar em nosso potencial e compreender as nossas dificuldades e sempre com seu jeito amoroso e simpática de ser; não sabemos de que maneira recompensar e chegamos à conclusão de que a única forma de agradecê-lo seria como colegas de profissão exercer nossas diretrizes e ensinamentos. Nosso agradecimento, muito obrigado pelos conhecimentos transmitidos, que Deus abençoe você, sempre. Agradecemos a Banca Examinadora que se prontificam a estar nesse dia tão importante em nossas vidas, e aos nossos decentes que contribuíram para o nosso conhecimento a amadurecimento durante esta longa jornada. Enfim, agradecemos a todos que direta ou indiretamente contribuíram a nossa vitória.
  • 6. “Você pode sonhar, criar, desenhar e construir o lugar mais maravilhoso do mundo... Mas é necessário ter pessoas para transformar seu sonho em realidade...”. Walt Disney
  • 7. RESUMO O trabalho mostra uma revisão bibliográfica, com objetivo avaliar as evidências sobre a depressão e abordamos uma revisão dos Antidepressivos e do Farmacogenético, com um enfoque na terapia medicamentosa. Após a análise das informações verificou- se que os fármacos contribuem com cerca de 60 a 65% no tratamento da depressão que podem estar relacionadas a múltiplos fatores, incluindo o estado de saúde, interferência e características genéticas além da idade, o sexo, a etnia e os fármacos ditos. Os antidepressivos aumentam os neurotransmissores, dopamina, serotonina e noradrenalina no SNC, através da inibição da recaptação Noradrenalina e Serotonina, de drogas que inibem as monoaminooxidase que é a enzima responsável pela inativação destes neurotransmissores. A maioria dos componentes são metabolizados pelo sistema CYP450, destacando-se os alelos CYP2D6, CYP2C9 e CYP2C19, que possuem amplo polimorfismo genético. Esse polimorfismo, produz atividades metabolizadoras lentas, rápidas e ultrarrápidas e essas atividades estão relacionadas com o metabolismo do próprio indivíduo, propiciando respostas diferentes que podem levar a efeitos adversos até mesmo uma toxicidade. Palavras-chave: Depressão, Farmacogenética e Neurotransmissores.
  • 8. ABSTRACT The work shows a bibliographic, with object to evaluate the evidence on depression and approach a review of Antidepressants and pharmacogenetic, with a focus on drug therapy. After analyzing the information it has been found that drugs contribute about 60 to 65% in treating depression that may be related to multiple factors, including health status, interference and genetic characteristics beyond age, gender, ethnicity, and the drugs themselves. Antidepressants increase the neurotransmitters, dopamine, serotonin and noradrenaline in the central nervous system by inhibiting reuptake of noradrenaline and serotonin, drugs which inhibit monoamine oxidase is the enzyme responsible for inactivation of these neurotransmitters. The most components are metabolized by the CYP450 system, highlighting the alleles CYP2D6, CYP2C9 and CYP2C19, which have extensive genetic polymorphism. This polymorphism produces slow, fast and ultrarrápidas metabolizing activities and these activities are related to the metabolism of the individual, providing different responses that can lead to adverse effects even a toxicity. Keywords: Depression, pharmacogenetics and Neurotransmitter
  • 9. LISTA DE FIGURAS OU GRÁFICOS Figura 1 – A) Neurônio normal e B) Neurônio com depressão.............................21 Figura 2 – Administração do medicamento...........................................................23 Figura 3 – O metabolismo das drogas....................................................................25
  • 10. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AA – Antidepressivos Atípico ADR – Reação Adversa ao Medicamento ADT – Antidepressivos Tricíclicos ANASE – Inibidor seletivo de recaptação a Noradrenalina CYP – Citocromo P450 DA – Dopamina EM – Metabolizador normal IM – Metabolizador intermediário IMAO – Inibidores da Monoaminaoxidase IRND - Inibidores da Recaptação de Noradrenalina e Dopamina IRSN – Inibidores de Recaptação de Serotonina e Noradrenalina ISR – Inibem de Recapturem a Serotonina ISRN – Inibidores da Enzima Monoaminaoxidase ISRS – Inibidores de Recaptação da Serotonina. 5HT – 5-hidroxitriptamina LCR – Líquido Cefalorraquidiano MAO – Monoaminaoxidase Pb – Pares de base PM – Metabolizador lento SNC – Sistema Nervoso Central SNP – Polimorfismo de Base única TOC – Transtorno obsessivo compulsivo NA – Noradrenalina UM – Metabolizador Ultrarrápido
  • 11. SUMÁRIO INTRODUÇÃO........................................................................................................ 11 1 OBJETIVOS.......................................................................................................... 13 2 METODOLOGIA................................................................................................. 14 3 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO................................................................... 15 3.1 Depressão............................................................................................................. 15 3.1.1 Tipo de depressão........................................................................................... 17 3.1.2 Subtipos depressão......................................................................................... 18 3.1.3 Depressão: Fatores genéticos e ambientais.................................................... 19 3.2 Neurofisiologia de depressão............................................................................ 20 3.3 Metabolismo de fármacos................................................................................. 22 3.4 Farmacogenética............................................................................................... 24 3.5 Farmacoterapia da depressão............................................................................ 27 3.6 Poliformismo farmacogenético da depressão.................................................... 29 4. CONCLUSÃO.................................................................................................... 33 REFERÊNCIAS........................................................................................................ 35
  • 12. 11 INTRODUÇÃO A depressão consiste de doença crônica, recorrente e promove, que está associada a incapacitação funcional, e compromete o bem estar e a saúde física dos afetados(CORREA, et. al. 2006; GONÇALVES e MACHADO, 2007). Nem sempre a depressão é diagnosticada e/ou tratada especificamente de acordo com cada caso. Na maioria das vezes, os tratamentos causam reações adversas, ou não respondem como o esperado diante das estratégias terapêuticas adotadas (VALLADA, 1999). Em alguns casos as reações adversas podem levar a gastos com hospitalização, e algumas vezes levar a óbito. Os efeitos colaterais e fármacos podem, inclusive, adicionar gravidade à doença. Fatores que incrementam essa questão podem estar ligados condição clínica, a interação entre indivíduo e ambiente e até mesmo em relação à composição genética do individuo (COFRE et. al., 2006). Assim, são muito importes os estudos para aprofundar o conhecimento sobre causas e efeitos colaterais dessas medicações; e a partir daí desenvolver fármacos específicos para os pacientes, de acordo com a sua composição genética e fatores ambientais (CORREA et. al., 2006). O estudo da farmacogenética, por avaliar a resposta dos indivíduos em reação ao metabolismo de xenobióticos, contribui de modo substancial para a análise das terapias farmacológicas no tratamento da depressão (VALLADA, 1999; COFRE et. al., 2006; CORREA et. al., 2006). Dentro desse contexto, a farmacoterapia tradicional que visa o tratamento sintomático, tem-se mostrado, em alguns casos, ineficazes. De acordo com (COFRE; et. al., 2006, p. 88). Atualmente a prescrição de medicamentos é feita essencialmente com base no diagnóstico e em eventuais comorbidades que levem o clínico a dar preferência a um ou outro medicamento em função de potenciais efeitos adversos ou de alguma peculiaridade do paciente relacionado especialmente à idade, função hepática e/ou renal, gestação ou lactação. Mesmo as tentativas de individualização da terapêutica, ao se considerar o paciente como um todo, não se costuma levar em conta as
  • 13. 12 diferenças interindividuais relacionadas a fatores genéticos que podem interferir tanto na eficácia quanto na toxidade dos fármacos. Estima se que somente um terço dos indivíduos obtém benefícios terapêuticos a partir de medicamentos prescritos, enquanto em dois terços, o medicamento não atua como esperado ou é pouco tolerado. Por esse motivo, o objetivo desse trabalho, de verificar a utilização de fármacos, seus efeitos e eficácia no tratamento da depressão. Serão também analisadas as questões relacionadas aos ajustes na farmacoterapia.
  • 14. 13 1. OBJETIVOS O presente trabalho tem como objetivos: I. Apresentar o mecanismo patológico da depressão; II. Levantar dados sobre o polimorfismo genético nos loci envolvidos no metabolismo dos fármacos voltados para o tratamento da depressão; III. Analisar e classificar os fármacos utilizados no tratamento da depressão.
  • 15. 14 2. MATERIAL E METODOS A metodologia utilizada foi de revisão de literatura, como uma forma de pesquisa qualitativa e utilizou-se busca eletrônica nas bases de dados: MEDLINE, LILACS, SCIELO e livros especializados.
  • 16. 15 3. DESENVOLVIMENTO 3.1. Depressão A depressão é uma doença que vem sendo muito discutida ultimamente. É uma doença afetiva, na qual ocorrem alterações psíquicas e orgânicas, afetando área física, pensamentos e emoções, que interferem não apenas no indivíduo, mas influenciam a vida das pessoas ao seu redor (GONÇALES e MACHADO, 2007). Depressão vem do latim: DE (baixar) e PREMERE (pressionar), isto é, deprimir que, literalmente significa "pressão baixa". É um estado psíquico que não pode ser confundido com a tristeza, pois, é um estado de tristeza que não passa e que afeta as pessoas emocional, profissional e socialmente (PARANHOS e WERLANG, 2009). Esta doença vem se destacando, e hoje é o 4º distúrbio psiquiátrico mais frequente no Brasil. Dos “entendedores deste mal, se destaca Hipócrates, conhecido como o ‘‘pai” da medicina, e na opinião dele, a ''melancolia'' como era chamada na época, estava relacionada a fatores ambientais e internos (SILVA, 2006; PARANHOS e WERLANG, 2009). Ainda, segundo Hipócrates, o equilíbrio ou desequilíbrio do corpo estava ligado a quatro humores corporais (sangue, fleuma ou pituíta, bílis amarela e bílis negra), no qual afeta a saúde, ele dizia que o que levava o ser humano ao estado de melancolia era secretar mais bílis negra, isso escurecia o humor e o alterava (GONÇALES e MACHADO, 2007; SILVA, 2009). A depressão não é aquela tristeza eventual e nem um estado que atinge por vontade própria muitas vezes causa alteração na realização de atividades cotidianas (AUDI e PUSSI, 2000). Na maioria das vezes o diagnóstico da depressão é complexo, pois os sintomas podem ser confundidos com tristeza, apatia, preguiça, muitas vezes até como irresponsabilidade. Quando são casos crônicos são confundidos com fraqueza ou até a falta de caráter (MORENO et. al., 1999). Fisiologicamente falando, a depressão é quando o cérebro diminui a produção de serotonina, que é responsável pela sensação de bem estar ao ser humano. Quando o
  • 17. 16 cérebro diminui a produção de serotonina há a sensação de tristeza persistente, pessimismo, sono em excesso ou falta dele, pensamentos suicidas, sensação de vazio, entre outros (PORTO, 1999; ANDRADE e SILVA, 2008). A depressão pode ser classificada em vários tipos, podendo ser “Primária”: quando não tem causa; “Secundária”: causada por medicamentos ou causas físicas; “Genética”: com o aparecimento em pessoas da mesma família; “Unipolar”: quando não está ligado com episódio de mania; Leve ou grave: perante o grau de sintomas (PORTO, 1999).
  • 18. 17 3.1.1. De acordo com Porto 1999, os tipos de depressão são: Depressão reativa ou secundária Correspondem a 60% das depressões, e surge por causa de perdas ou stress excessivo, doença física, exposição a toxina, uso de ou um abuso de medicamento; Depressão menor ou distimia Manifesta-se por síndrome depressiva, caracterizada pela convivência em sociedade, mas sem sentir prazer com isso. É classificada como uma desordem depressiva crônica e dura pelo menos dois anos em adultos; Depressão maior ou unipolar Correspondem a 25% das depressões, não está relacionada a com stress, doenças psíquicas ou orgânicas. Ocorre, então, com pessoas que são geneticamente pré- dispostas à depressão. Os sintomas são intensos e, se não tratados, pode haver o risco de suicídio. Depressão bipolar ou psicose maníaco-depressiva Correspondem a 10% das depressões classificadas como desordem endógena. São alterações intensas de humor, ora alto - maníaco, ora baixo - depressivo. Os afetados podem apresentar: comportamento eufórico, agressivo, fala sem pausa, uso de drogas para dormir, etc.;
  • 19. 18 3.1.2. De acordo com Porto 1999, os subtipos de depressão são:  Depressão melancólica ou endógena Sintomas piores de manhã. É uma forma grave, caracterizada pela perda de prazer, a pessoa não consegue se alegrar mesmo com incentivo;  Depressão atípica A pessoa consegue se alegrar apenas com incentivos bons, apresenta aumento de apetite e sono normal, medo de agir inadequadamente na frente das pessoas e ansiedade;  Depressão sazonal Está relacionada com as estações do ano, pois, algumas pesquisas mostram que é causada por desequilíbrio biológico, alguns exemplos são: aumento de hormônios que regulam o sono, em especial a melatonina. Também tem o fator da serotonina que é mais produzida quando a pessoa está sob a luz;  Depressão com sintomas psicóticos O afetado apresenta alucinações e delírios, é de caráter severo, porém raro; Depressão pós-parto Acontece normalmente quatro semanas após o parto devido às diferenças hormonais e mudanças na vida das mulheres, tomando todo seu tempo e energias. Isso também pode ser desencadeado devido a antecedentes genéticos. Assim após avaliação psiquiátrica, os especialistas procuram indicar melhores tratamentos, portanto, sabem-se que existem medicamentos (antidepressivos), psicoterapias e demais acompanhamentos, que ajudam a maior parte a amenizar os sintomas das pessoas (AUDI e PUSSI, 2000).
  • 20. 19 3.1.3 Depressão: fatores genéticos e ambientais As causas da depressão são das mais variadas, estas são então determinados por fatores sociais e psicológicos, incluindo eventos estressantes, como também problemas financeiros, discórdia, brigas, separações conjugais e morte de um ente querido. Assim, também como existe a predisposição genética hereditária, no quais fatores sociais e ate mesmo psicológicos podem ser determinantes para o desenvolvimento da depressão (SILVA, 2006; AGMONT, 2011). Pesquisas demonstraram o que a depressão é hereditária, pois filhos adultos de pais que iniciaram o tratamento para a depressão apresentaram maior probabilidade de manifestar sintomas depressivos. A depressão em um membro da família aumenta a probabilidade de quadra depressiva em parente próximo ou até mesmo de segundo grau (ANDRADE e SILVA, 2008; AGMONT, 2011). Nota-se que existe um conjunto de evidências indicando a existência de fatores genéticos na suscetibilidade para as doenças afetivas. Os dados disponíveis na literatura não identificam os genes de vulnerabilidade, porém, os pesquisadores acreditam que isso será possível em um futuro próximo. Isso poderá abrir o caminho para tratamentos individualizados e com maior taxa de êxito na resposta terapêutica (ANDRADE e SILVA, 2008). Muitos defeitos de nascimento, como a fenda labial e/ou palatina, bem como distúrbios da idade adulta, incluindo doenças cardíacas e diabetes, distúrbios psiquiátricos, câncer, hipertensão e obesidade, pertencem à categoria distúrbios genéticos multifatoriais (AUDI e PUSSI, 2000; MOURA e REYES, 2002). Esses distúrbios são caracterizados pela combinação do gene com o ambiente e podem ser classificado sem: qualitativa e quantitativas. Alguns distúrbios apresentam características quantitativas ou de variação continua, que se distribuem de maneira contínua sobre a população, pois um traço pode aumentar ou diminuir a deficiência de um gene sobre a população (LEMES e TRINDADE, 2009). Essas reações podem, também, ser qualitativas ou distintas, ter ou não ter a característica doada pela outra pessoa. É neste traço que esta associado à depressão (THOMPSON et. al., 2002).
  • 21. 20 3.2. Neurofisiologia da Depressão A neuroquímica é uma área que vem recebendo destaque nas pesquisas sobre a fisiopatologia da depressão, porem deu-se após o inicio desenvolvimento dos mecanismos de ação dos antidepressivos. Assim, a partir da observação de que as hipóteses eram limitadas na sua própria capacidade de explicar a fisiopatologia, foram propostas hipóteses mais complexas; que dão ênfase às alterações em diversos sistemas de neurotransmissão e as adaptações celulares (e até moleculares) aos respectivos medicamentos antidepressivos (VALLADA e LAFER, 1999). Os neurotransmissores são moléculas pequenas que na sua maioria são derivados de precursores de proteína, eles são encontrados geralmente em vesículas pré- sinápticas neuronais. Os neurotransmissores são liberados na fenda sináptica e captados por terminais pós-sinápticos (por meio de receptores localizados na membrana pós- sináptica) quando a passagem do impulso nervoso de uma célula para a outra, o que chamamos de transmissão sináptica. De acordo com a propriedade funcional dos neurotransmissores e do terminal pós-sináptico, os neurotransmissores são conhecidos por promoverem resposta excitatória ou inibitória entre neurônios que se comunicam por sinapses químicas (SILVA, 2006; ANDRADE e SILVA, 2008). (Figura 1A). Assim, sabe-se que a deficiência de noradrenalina e/ou serotonina, assim também de seus metabólitos no líquido cefalorraquidiano (LCR), sendo no sangue ou na urina, nunca foi consistentemente demonstrada em pacientes depressivos (BALLONE, 2007).
  • 22. 21 Figura 1. A - Em situação normal, sem Depressão, o número de neurorreceptores no neurônio 2 (pós-sináptico) é normal. B - Na Depressão, na medida em que escasseiam os neurotransmissores, aumentam os neurorreceptores. Fonte: Ballone, 2007. Vários neurotransmissores (5HD, noradrenalina (NA), Dopamina (DA), GABA, (Acetilcolina) e neuropeptídios (Somatostatina, Vasopressina, Colecistocinina, Opióides, endógenos, etc.); continuam se relacionando atualmente de forma direta ou indireta em transtornos afetivos (ANDRADE e SILVA, 2008; SAÚDE, 2012). O quadro depressivo consequentemente vem dos neurotransmissores, mas não somente disto; a patologia acontece por meio do hipofuncionamento desses neurônios. É por isso que essa patologia pode ser caracterizada como uma fisiopatologia multifatorial (SILVA, 2006; BALLONE, 2007). (Figura 1). Portanto uma hipótese não muito considerável, é que os neurotransmissores noradrenérgicos e a serotonina, tenham sido pendentes, e deixado o sistema neurotransmissão em contato com os neurorreceptores, os quais fornecem essa atividade (MOURA e REYES, 2002; COSTA et. al., 2006; BALLONE, 2007). Sabe-se, portanto, que os neurotransmissores têm duas funções: de receber a mensagem e depois traduzi-las, assim, há uma ação excitatória ou inibitória causada neurotransmissora, de acordo com o tipo de neurorreceptor (TOMPSOM, 2002; ANDRADE e SILVA, 2008).
  • 23. 22 3.3. Metabolismo de Fármacos Sabe se que nossos tecidos são diariamente expostos a xenobióticos, que consistem de substâncias estranhas que não são encontrados em nosso corpo de forma natural. Assim os fármacos são em sua maioria, xenobióticos que são utilizados para modular certas funções corporais com fins terapêuticos. É relevante relembrar que os fármacos, quando penetram no organismo são modificados por uma imensa variedade de enzimas, podendo alterar o composto, tornando-o benéfico, prejudicial ou até mesmo insuficiente (COSTA et. al., 2006). A maioria dos fármacos administrados oralmente é absorvida por difusão passiva, sendo que as absorções são realizadas pelo tubo gastrintestinal e sua concentração sanguínea depende de vários fatores. Os processos pelos quais os fármacos são alterados por reações bioquímicas no corpo são denominados de metabolismo ou biotransformação dos fármacos. Assim, o trajeto dos fármacos no organismo é composto por três fases: biofarmacêutica, farmacocinética e farmacodinâmica (THOMPSON, 2002; ANDRADE e SILVA, 2008). (Figura 2). Na fase biofarmacêutica, são definidos todos os processos que ocorrem com o medicamento a partir da sua administração, inclusive as etapas de liberação e dissolução do princípio ativo. Pode-se dizer que esta fase permite que o fármaco fique disponível para a absorção (MOURA e REYES, 2002). Já na fase da farmacocinética, estão incluídos os processos nos quais o próprio organismo vai interferir sobre o fármaco. Nesta fase o metabolismo ocorre em dois tipos de reações básicas, conhecidas como fase I e fase II, sendo que a primeira vai incluir as reações bioquímicas, como oxidação, redução e hidrólise, e elas direcionam a modificação nas moléculas dos fármacos. A fase II corresponde à conjugação dos grupos funcionais dos fármacos a moléculas endógenas. Por meio de reações que são catalisadas por enzimas e/ou sistemas enzimáticos, principalmente no fígado. O sistema de catálise deste metabolismo oxidativo, depende principalmente da ação do citocromo P450 (MOURA e REYES, 2002, COSTA et. al., 2006).
  • 24. 23 Figura 2 – Fases de absorção de um fármaco. Fonte: MOURA e REYES, 2002. E por último a fase da farmacodinâmica, que é responsável pelas interações moleculares, que vão regular o reconhecimento molecular de um determinado fármaco pelo receptor, a partir daí o resultado desta respectiva interação é que vai produzir o efeito terapêutico, sendo esta uma resposta variável (MOURA e REYES, 2002). Alguns aspectos genéticos podem afetar o metabolismo dos fármacos. Em particular, as diferenças observadas nas ações de fármacos entre etnicidades têm sido atribuídas a polimorfismos em genes específicos. Por exemplo, a 2D6 do P450 é funcionalmente inativa em 8% dos caucasianos, porém em apenas 1% dos asiáticos. Além disso, os afro-americanos exibem uma alta frequência de um alelo 2D6 do P450, que codifica uma enzima com atividade diminuída. Essas observações são clinicamente relevantes, visto que a 2D6 do P450 é responsável pelo metabolismo oxidativo de cerca de 20% dos fármacos — incluindo muitos antagonistas e antidepressivos tricíclicos — e pela conversão da codeína em morfina (ANDRADE e SILVA, 2008)
  • 25. 24 3.4. Farmacogenética As variadas respostas a tratamentos diversos, normalmente são decorrentes devido diversos fatores dentre eles: doenças, diferença na farmacocinética e farmacodinâmica dos medicamentos, incluindo-se também aspectos ambientais e genéticos (COSTA et. al., 2006). Os fatores genéticos na maioria das vezes são responsáveis pela variabilidade da resposta a determinados medicamentos, fazendo com que seja alterado efeito terapêutico, gerando assim benefícios para alguns pacientes, ineficácia ou efeitos adversos para outros, com uma mesma dose de medicação (ANDRADE e SILVA, 2008; LEMOS e TRINDADE, 2009). É visível que nos seres humanos o metabolismo pode sofrer interferências diretas ou até indiretas, quando ocorre a administração passiva ou até ativa que são formadas por compostos químicos que podem trazer alterações fisiológicas sendo benéficas ao próprio organismo, sendo conhecido como “efeito farmacológico”, ou ainda podendo também causar distúrbios funcionais conhecidos como,” efeito tóxico” (LEMOS e TRINDADE, 2009). Simplificadamente, uma mutação gênica ocorre em decorrência de substituições em pares de bases. Tais substituições originam mutações pontuais. Como consequência da substituição de um par de bases, a sequência de aminoácidos de uma proteína pode ser alterada. Caso essa mudança altere a atividade bioquímica da proteína, poderá interferir no fenótipo (GOMES e PONTES, 2004). Sempre que as bases forem adicionadas ou deletadas, ocorre uma mudança da matriz de leitura, alterando a composição aminoácidos e das proteínas. Por outro lado, devido redundância ter mais do código genético, nem toda a alteração de pares de base levam a um aminoácido alterando na proteína (OSORIO e ROBINSON, 2001; THONPSON et. al., 2002). Sabe-se que indivíduos tratados com variados medicamentos muitas vezes apresentam certa variabilidade em relação à resposta terapêutica e susceptibilidade em relação à toxicidade, é nesse aspecto que se destaca o uso da Farmacogenética que se caracteriza pelo estudo e exploração de diferenças genéticas dentre vários indivíduos, e que conduz a respostas variadas aos diversos medicamentos (COSTA et. al., 2006). A Farmacogenética moderna tem suas origens na década de 1950, e a partir daí tem evoluído muito, objetivando a prescrição do medicamento na dose correta para cada
  • 26. 25 paciente, tem como base os fatores genéticos. O estudo da Farmacogenética pode fornecer várias contribuições, dentre elas, a realização de testes variados com populações para caracterização genética, trazendo maior sucesso em testes de novos medicamentos e reavaliar a medicamentos em determinados grupos de indivíduos geneticamente variados. Já existem algumas técnicas que são mais rápidas que identificam certas variantes nas respectivas enzimas CYP2D6 e CYP2C19 que foram aprovados pelo FDA nos Estados Unidos em 2005 (COSTA et. al., 2006; VILLAGRA et. al., 2011). Dentre os aspectos citados acima em relação à contribuição da Farmacogenética, com objetivo da personalização terapêutica, busca-se identificar genes que podem levar à predisposição a doenças; respostas modulares aos medicamentos e genes que podem afetar a farmacocinética e farmacodinâmica dos medicamentos e que podem estar associados a determinadas reações adversas para alguns medicamentos (COSTAS et. al., 2009). O perfil metabólico de cada indivíduo é resultado do campo polimorfismo, sendo caracterizado por metabolizadores lentos, intermediários e rápidos. (AUDI e PUSSI, 2000; COSTA et. al., 2006).
  • 27. 26 Figura 3 – Essa ilustração mostra diferentes reações da mesma dosagem de um fármaco, metabolizadores, por deficiência ou deleção não deixa alguns fármacos realizarem sua metabolização, este são metabolizados lentos, os intermediários é quando a pessoa consegue alcançar seu propósito e os rápidos ou ultrarrápidos, são genes que codificam as enzimas, muito rápido. Fonte: Oliveira, et. al., 2010. Essa divisão ocorre da seguinte maneira: quando os metabolizadores são lentos, os indivíduos apresentam diminuição ou ausência da determinada enzima metabolizadora, que decorre da deleção ou a instabilidade do gene. Já os intermediários, destacam se por ter um metabolismo “normal”, que é a maioria dos indivíduos. Quanto aos rápidos, estes decorrem do aumento no processo de produção da enzima metabolizadora, que está associado com várias duplicações do gene que vai codificar a enzima (VALLADA et. al., 2004; COSTA et. al., 2006; SUAREZ-KURTZ, 2010). Se a alteração na sequencia de aminoácidos na proteína não afeta o funcionamento da molécula e não prejudicar o organismo, de modo geral ela passa despercebida (ANDRADE e SILVA, 2008; KUMAR et. al., 2008).
  • 28. 27 3.5. Farmacoterapia da Depressão Antidepressivos são mais utilizados no controle da depressão e de vários dos distúrbios de ansiedade. Inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRS) tem capacidade de inibir as enzimas de metabolização hepática, interferindo com as concentrações plasmáticas de seus substratos. Devido aos efeitos inibitórios sobre várias enzimas do sistema citocromo P450, podem induzir inteirações farmacocinéticas clinicamente relevantes. Antidepressivos são comumente empregados em associação com antipsicóticos (SAÚDE, 2012). Os níveis dos neurotransmissores aumentam três horas depois que são administrados os antidepressivos, mas a melhora da depressão só acontecem mesmo de 2 semanas depois, esses fármacos produz em altas propriedades desinibidoras, ansiolítico e ação antidepressora (SILVA, 2006). Os antidepressivos são classificados em: antidepressivos tricíclicos (ADT), inibidores manoaminoxidase (IMAO), inibidores seletivos de recapitação da serotonina (ISRS), inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN), antidepressivos noradrenérgicos e serotonérgico específico (ANASE), inibidor seletivo da recaptação de noradrenalina (ISRN) e inibidores da recaptação de noradrenalina e dopamina (IRND) que também são conhecidos como antidepressivos atípicos (AA) (MOREIRA, 2004; ANDRADE e SILVA, 2008). Os ADT são amplamente utilizados, pois apresentam ação prolongada com metabólitos ativos. Os efeitos adversos podem ser sedação, hipotensão postural, boca seca, visão turva, convulsões, insônia e agitação. São indicados para tratamento dos estados depressivos (AUDI e PUSSI, 2000; ANDRADE e SILVA, 2008). Esses fármacos atuam na recaptação de serotonina ou do norepinefrina e por causa dos efeitos adversos, impedem uma dosagem mais alta (VALLADA et. ali, 2004; SILVA, 2006). Os antidepressivos são subdivididos em: Aminos Secundários: Nortriptilina e Desipramina; Aminas Tercearias: Imipramina, Amitriplina e Clomipramina tem duração de 1 a 3 dias, com boa ação terapêutica (VALLADA et. al., 2004). Os inibidores da captação de serotonina (5HT) são: Citalopram, Fluoxetina, Nefazodina, Sertralina. Já, os inibidores seletivos de recaptação da serotonina têm
  • 29. 28 resposta terapêutica tão boa quanto os tricíclicos, porém com bem menos efeitos adversos. Normalmente inibem a recaptação de serotonina pelos neurônios pré- sinápticos (AUDI e PUSSI, 2000; ANDRADE e SILVA, 2008). Essas drogas do ISR e antidepressivos atípicos trazem consigo uma série de vantagens, entretanto, podem manifestar efeitos colaterais cardiovasculares ou anticolinérgicos (BALLONE, 2004; SILVA, 2006). Os principais inibidores de recaptação de serotonina (ISR) são gerações subsequentes exemplo: Fluraxamina, Sertralina, Paroxetina, Fluoxetina, no qual são indicados para: transtornos depressivos, transtornos obsessivo compulsivo (TOC), transtornos do pânico, transtornos fóbico-ansioso, neuropatia diabética, dor de cabeça tensional crônica e transtornos alimentares (VALLADA et. al., 2004; SILVA, 2006). Já os inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN), dopamina, como por exemplo, a Denlavoxicina e Mirtrazapina, também costumam reduzir a sensibilidade dos receptores beta-adrernérgicos, aumento a transmissão noradrenérgica através dos receptores do sistema nervoso central (SNC) são indicados para indivíduos com crises depressivas de gral variável e transtorno obsessivo compulsivo (TOC) (ANDRADE e SILVA, 2008). E os antidepressivos típicos, são bupropiona, que exercem como a recaptação na serotonina, a norepinefrina e a nefrazodona, assim como bloqueia a recaptação da serotonina e inibe os receptores 5-HT2. E por fim a mirtapina, que bloqueia seletivamente os receptores 2-adrenérgicos e muda a transmissão da noradrenérgico como também serotonérgico (VALLADA, et. al., 2004). Esse tem sido um bom tratamento para transtorno do pânico, bulimia, e TOC, e em segundo plano ele também pode agir em algumas síndromes de dor (BALLONE, 2004). A maioria dos fármacos antidepressivos é administrada pela manhã, para não interferir no sono, mas mesmo assim, alguns pacientes podem ter sedação, e isso ocorre principalmente com os fármacos paroxetina, fluvoramina e mirtazapina (VALLADA, 1999; AUDI E PUSSI, 2000). Para pacientes que vão começar o tratamento e para idosos, uma recomendação é iniciais com doses baixas, 10 a 20mg por dia e em dias alternados (ANDRADE e SILVA, 2008). A maioria dos inibidores de recaptação de serotonina (IRS) é tomada em dose única, já fármacos como o bupropriom, tomam-se três doses diárias, e o nefazodona e venlafaxina, em duas doses diárias, intercaladas (HIRATA et. al., 2006; LEMOS e TRINDADE, 2009).
  • 30. 29 3.6. Poliformismo Farmacogenético da Depressão O receptor serotonérgico, subtipo 2 A (5HT-2A), é o que se deve, sendo mais estudados em relação e associação entre psicofármacos e respostas terapêuticas. Assim os efeitos de algumas variantes sobre a resposta terapêutica reforçam que hipótese de que a variação genética de receptores cerebrais que vão influenciar também na resposta clinica do fármaco (VALLADA, 1999; ANDRADE e SILVA, 2008). De acordo com variabilidade genética citada anteriormente, separa a população em três grupos, sendo eles: metabolizadores lentos, normais ou rápidos e os metabolizadores ultrarrápidos, porém apresentam diferentes perfis metabólicos, assim ocorre a ausência de resposta terapêutica, ou reações adversas quando são utilizados determinadas doses de medicamentos e a partir daí são administrados e respondem de acordo com o perfil metabólico individual ( AUDI e PUSSI, 2000; COSTA et. al., 2006). É necessário destacar também que a resposta pode ser diferente diante do antidepressivo utilizado, pois segundo vários estudos muitos dos mesmos apresentam efeitos adversos e até intoxicação, muitas vezes não respondem ao tratamento. Assim existem estudos que tentam identificar as bases hereditárias que formam as variadas formas de respostas de cada indivíduo (AUDI e PUSSI, 2000). Sabe se que os antidepressivos são substratos, enzimático citocromo P450, que são codificados por diferentes alelos. Assim as isoformas CYP2C19, CYP3A4 e CYP1A2 mediam a desmetilação de antidepressivos tricíclicos (que metabolizam aminas terciárias como) imipramina e amitriptilina para aminas secundárias, já a isoforma CYP2D6 (hidroxilase de sebrisoquina) é a principal que é envolvida na hidroxilação de tricíclicos, sendo que ela metaboliza cerca de 50 drogas, dentre elas desatacam antidepressivos (ex. imipramina, amitriptilina, paroxetina, venlafaxina), antipsicóticos (tioridazina, clorpromazina, risperidona) e antiarrítmicos (flecaimida) (VALLADA, 1999; AUDI e PUSSI, 2000; VILLAGRA et. al., 2011). Antidepressivos são lipofílicos e estão sujeitos à ação de várias enzimas, destacando as da família P- 450 (CYP); dentre os genes mais importantes na Psiquiatria estão CYP3A4; CYP2D6; CYP2C19; CYP1A2 e CYP2C9, no qual o CYP2D6 é o que mais se destaca, no qual já foram encontradas cerca de 90 variações, porém é importante
  • 31. 30 levar em consideração que de todas essas variações apenas algumas tem relevância clínica (ANDRADE e SILVA, 2008; LEMOS e TRINDADE, 2009). O gene codifica a enzimas CYP2D6, é o mais estudado e sabe-se que cerca de 25% dos fármacos, sejam metabolizados por esta enzima, em especial os antidepressivos (PRADO, 2009). O gene CYP2D6 está no cromossomo 22q13. 1 e tem 4.378 pb (pares de base), este é um gene polimórfico, e por isso tantas variações já foram encontrados. Essas variações alélicas podem ocorrer alterações por pontuais, deleção ou inserções, deleção ou multiplicação por genes inteiros, e a resposta terapêutica vai depender do medicamento envolvido e do poliformismo alélico envolvido (AUDI e PUSSI 2000; ANDRADE e SILVA, 2008). O alelo CYP2D6 abrange desde a não existência de um gene como também abrange genes ultrarrápidos, de acordo com atividade enzimática. Pode-se encontrar de quatro tipos diferentes: PMs, IMs, EMs e UMs, que correspondem às variações alélicas associadas a ausência, redução, normal e aumento da atividade enzimática (VALLADA et. al., 2002; VILLAGRA et. al., 2011). O EMs é um fenótipo normal, indivíduos do PMs, são pessoas de metabolizam seus fármacos muito mais devagar, o fenótipo IMs tem uma taxa entre o meio devagar e normal, e o UMs metabolizam seus fármacos muito rápido (AUDI e PUSSI, 2000; LEMOS e TRINDADE, 2009). O alelo 2D6*10 leva a uma troca de aminoácido, tendo assim uma proteína instável, o que leva a ter uma atividade reduzida. Além desse temos alelos não funcionais que são o 2D6*4 e *5. No entanto temos genes mais representativos que são *10, o *17 e o *41, são alelos IMs, (AUDI e PUSSI 2000; PRADA, 2009; HELSBY e BURNS, 2012). Muitas vezes os portadores de UMs, podem seus remédios ou passarem direto no fígado ou então reações toxicas por ter que usar um pró-farmaco, e isso pode estar relacionado com a etnia. Na Europa há um alto índice de fenótipos PM, cerca de 8%. Em caucasianos, suíços e britânicos apresentam-se entre 8,9 e 10% aproximadamente. Asiáticos, chineses e japoneses tem na população um índice bem pequeno, 0 a 1%, população africana, o índice é bem variado, 0 a 19%, e em hispânicos o índice é de 2,2 a 6,6% (PRADA, 2009). Em estudos no Japão, foram analisados pacientes, que tomaram o antidepressivo paroxetina por duas semanas, com doses de 10 a 40mg diárias, para estes
  • 32. 31 pacientes foram encontrados os alelos *1, *2, *5, *10 e *41 e a determinação de proteínas. Este estudo mostrou que os diferentes genótipos mostram ampla variação dos níveis plasmáticos do antidepressivo durante o período analisado (AUDI e PUSSI, 2000; LEMES e TRINDADE, 2009). Em outra análise foi estudada a venlafaxina, que inibi a recaptação de noradrenalina, serotonina e dopamina, que sofre a ação da CYP2C19 que gera metabolitos inativos. Os resultados mostraram que o genótipo 2CD6 gera o fenótipo com UMs, que mostra uma grade concentração de plasmáticas de ODV, quando comparados com indivíduos EMs, PMs e IMs. (MORENO et. al., 1999; PRADO, 2009). O gene 2C19, produz uma enzima que está ligada ao metabolismo de cerca de 10% dos fármacos. Essa enzima também age sobre à farmacocinética dos antidepressivos tricíclicos, aminaptrilina, nortiptilina, e clomipramina e os SSRI e sertralina e citalopram. O que possui 90.209 pares de base e fica no cromossomo 10 sendo que, até o momento foram descobertas 21 variações alélicas. Os subtratos da enzima são bases fracas ou amidas (VALLADA, 1999; SILVA, 2006). A 2C19*2 é um alelo que teve sua variação SNP (poliformismo de nucleotídeo único), o que faz com que a proteína não exerça sua função, o 2C19*3 também apresenta diferença SNP, que gera um stop códon prematuro, e os dois apresentam a ausência de uma proteína, ou seja, da atividade enzimática, e os indivíduos PM tem ausência de duas variações no 2C19 (AUDI e PUSSI, 2000; COFRE, et. al., 2006). O genótipo 2C19*17 mostrou aumento na transcrição. Estudos mostraram que homozigotos, com alelo 2C19*17, que utilizam o antidepressivo escitalopram, necessita tomar uma dose 50% mais alta, do que EMs (PRADO, 2009; LEMOS e TRINDADE, 2009). Dentre esses, usaram a amitriptilina um antidepressivo, e esses observaram que seus efeitos adversos, ele vem associado ao genótipo CYP2C19 (PRADO, 2008; HELSBY e BURNS, 2012). O gene CYP2C9 faz o metabolismo no fígado, é mapeado no cromossomo 10, tem 50.346 pares de bases, mais somente cerca de 29 houve alguma variação na população (PRADO, 2009). Está ligado a cerca de 10% do metabolismo dos fármacos e esta enzima esta envolvida no metabolismo de substâncias endógenas (COSTA, et. al., 2006; LEMES e TRINDADE, 2009). Podem ser destacados outros alelos como CYP2D6*3A, CYP2D6*4B,
  • 33. 32 CYP2D6*5, que se relacionam com fenótipos de indivíduos metabolizadores lentos, já o alelo CYP2D6*2, é o oposto relaciona com fenótipo de metabolizadores mais rápidos, porém a resposta e frequência que esses fenótipos ocorrem variam muito entre etnias distintas, enfim a maior importância clínica de CYP2D6 se deve à maior probabilidade de reações adversas entre pessoas com metabolizadores lentos, e já nos ultrarrápidos a farmacoterapia é ineficaz (AUDI e PUSSI, 2000; ANDRADE e SILVA; 2008). Quando o fármaco é administrado, a conversão dele para outros produtos dentro do corpo são conhecidas como “biotransformações”, são influenciadas pela concentração do substrato, PH e temperatura. Assim as ações metabólicas durante esse processamento são denominadas como fase l (via assintético) e reações de fase ll (via sintética) (GOLDSTEIN, 2001; LEMOS e TRINDADE, 2009). Portanto, nota se que os fatores genéticos influenciam decisivamente na resposta terapêutica a vários fármacos antidepressivos, assim fica claro que muitos casos de resistência ao tratamento podem ser resolvidos e até explicado pela farmacogenética, mas é importante deixar bem claro que é necessário ainda vários estudos para entendimento da própria neurobiologia da depressão, auxiliando no manejo da dosagem e personalização da escolha das medicações (AUDI e PUSSI; 2000; VALLADA et. al., 2004).
  • 34. 33 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Observa se que um dos pontos relevantes para um bom manejo de dosagens e a específica personalização da escolha das medicações direcionadas ao tratamento da Depressão, é o real conhecimento da variabilidade em certos genes envolvidos no metabolismo dos antidepressivos ou até mesmo nos genes codificadores de determinadas proteínas que são relacionadas aos seus respectivos sítios de ação (ANDRADE e SILVA, 2008; LEMOS e TRINDADE, 2009). Com relação ao que foi mencionado no decorrer deste trabalho sobre a variabilidade existente em CYP2D6, dentre várias fontes pesquisadas é visível a real discussão sobre as técnicas de fenotipagem ou genotipagem, em qual delas poderia fornecer melhor resultado no tratamento da respectiva patologia em destaque (AUDI e PUSSI, 2000; ANDRADE e SILVA, 2008; VILLAGRA et. al., 2011). Outro aspecto que não deixa de ser relevante e que podem influenciar no desempenho da medicação utilizada, é também os fatores externos, destacando hábitos de vida e até da alimentação do indivíduo, levando em conta até a utilização de outros medicamentos para demais tratamentos, observando a predição do status metabólico para o fármaco em questão (ANDRADE e SILVA, 2008). Nota se que a resposta ao tratamento de fármacos, principalmente os inibidores de serotonina vai depender especificamente de genes codificantes de determinadas proteínas envolvidas com o papel da serotonina no cérebro. Verifica se a necessidade de mais pesquisas e estudos para real utilização dentro da prática clínica, determinando quantidade adequada e específica do fármaco de forma individualizada a cada paciente, ou seja, da individualização da terapêutica (GOLDSTEIN, 2001; ANDRADE e SILVA, 2008). Nota se que começa a existir avanço sim nos estudos relacionados a genética, pois permitem assim definirem e conhecerem diversas variantes genéticas, podendo assim facilitar a replicação de dados, gerando como consequência aumento da associação, mostrando que a evolução dos estudos da farmacogenética depende também do crescimento , do conhecimento da fisiopatologia dos próprios transtornos psiquiátricos. Destaca se que países em desenvolvimento, inclusive no Brasil, são quase inexistentes, onde verifica se que há oportunidades importantes para esse estudo com
  • 35. 34 variedades de grupos étnicos humanos, verificando a variação na apresentação dos próprios transtornos psiquiátricos e a partir daí especificar sim melhor tratamento (COFRE et. al., 2006; KURTZ et. al., 2010). De Acordo com os fatos mencionados acima nota se a carência de estudos prospectivos que chegam a confirmar a influência de genes que já são relacionados à resposta terapêutica a determinadas medicações, e ainda é visível a carência de estudos de farmacogenética em variados grupos populacionais, como brasileiros (ANDRADE e SILVA, 2008).
  • 36. 35 REFERÊNCIAS AGMONT, G. Depressão herebitario. Disponivel em: <www.vittamia.com.br/2011/06/depressão-hereditaria>. Jun/2011, Acesso em: 28 de outubro de 2012. ANDRADE, F. M.; SILVA, D.K. Farmacogenética de inibidores seletivos de recaptação de serotonina: uma revisão. 2008, Disponível em: <http//www. scielo.br/scielo.php?pid=S0101-81082008000200004&script=sci_arttext>. Acesso em: 05 de abril de 2012. AUDI, E. A. ; PUSSI, F. D. Farmacogenética dos antidepressivos. 2000, Disponível em <http//revistas.unipar.br/saude/article/viewFile/1006/869>. Acesso em: 06 de maio de 2012. BALLONE, G.J. Fisiopatologia da depressão, 2007, Disponível em: <http.www.psiqweb.med.br/ > Acesso em: 24 de outubro de 2012. COFRE, J.; FALKENBERG; FONTANA,V.; PEDRINI, F.; PUHL. A. C.; O conceito de gene está em crise. A farmacogenética e farmacodinâmica também? Biotemas, v.19, n.3, p. 87-96, set. 2006. CORREA, H.; MARCO, L.; MIRANDA, D. M.; SILVA, M. A. R. Psicofarmacogenética. Medicina (Ribeirão Preto) v.39, n.4, p. 570 – 76, 2006. COSTA, D. C. S.; METZGER, I. F.; SANTOS, J.E.T. Farmacogenética: princípios, aplicações e perspectivas. 2006. Disponível em: <http// WWW. .fmrp.usp.br/revista/2006/vol39n4/1_farmacogenetica_principios_aplicacoes_perspec.p df> . Acesso em: 06 de maio de 2012. GOLDSTEIN; J.A.; Clinical relevance of genetic polymorphisms in the human CYP2C subfamily. 2001, pg. 249 – 255. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2014584/pdf/bcp0052-0349.pdf> acessado em: 20 de novembro de 2012. GOMES; G.G.; PONTES; L.F.S.; Genética medica. 3. ed. Rio de Janeiro – RJ, pg. 1 – 415. Elsevier, 2004. GONÇALVES; MACHADO. Depressão, o mal do século, de que século? 2007 Disponível em:< www.facenf.uerj.br/v. 15 n2 a 22.pdf>. Acesso em 05/abr./2012 HELSBY; N.A.; BURNS; K.E.; Molecular mechanisms of genetic variation and transcriptional regulation of CYP2C19. 2012, vol. 03, ar. 206, Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3467616/pdf/> acessado em: 20 de novembro de 2012.
  • 37. 36 HIRATA; M.H; TAVARES; V.; HIRATA; R.D.C.; Da biologia molecular à medicina: métodos comumente utilizados em farmacogenética. 2006, Ribeirão Preto – SP pg. 522 – 534. KUMAR; V.; BRUNDAGE; R.; OETTING; W.S.; LEPPIK; L.E.; TRACY; T.S.;Differential Genotype Dependent Inhibition of CYP2C9 in Humans. 2008, pg. 1242–1248. Disponivel em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2435413/pdf/nihms-45017>.pdf acessado em: 20 de novembro de 2012. LEMOS; A. J. G.; TRINDADE; E.J. Interferências no efeito farmacológico mediada pelas biotransformações dos citocromos P450. 2009, Disponível em <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAQHIAD/citocromo-p450>. Acesso em: 10/jun./2012. MOURA, M.R.L.; REYES, F.G.R.; Interação fármaco nutriente: uma revisão. Rev. Nutri. V. 15 n. 2, Campinas, maio/agost. 2002. MOREIRA; J.M.S.; Farmacologia. 5 ed., Rio de Janeiro – RJ, Elsevier, 2004. MORENO, R.A.; MORENO, D.H.; SOARES, M.B.M. Farmacologia de antidepressivos Rev. Bras. psiqui., v. 21 p. 23 – 40, São Paulo – SP, 1999. OSORIO; M.R.B; ROBINSON; W.M.; Genética humana. 2 ed., São Paulo – SP, Artmed, p: 15 – 456, 2001. SAUDE; M. Uso racional de medicamentos: temos relacionados, Brasília – DF p. 5 – 154, 2012. SILVA; P, Farmacologia. 7 ed., Rio de Janeiro – RJ, Guanabara Koogan, 2006. SUAREZ-KURTZ, G.; Pharmacogenetics in the Brazilian population. 2010, vol. 01, ar. 118. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3153000/pdf/fphar-01-00118.pdf> Acessado em: 20 de novembro de 2012. PARANHOS; M. E.; WERLANG; B. G.; Diagnóstico e intensidade da depressão. 2009, Santa Cruz do Sul – RS, pg. 111 – 125. Disponível em <http://online.unisc.br/seer/index.php/barbaroi/article/viewFile/1089/907> Acessado em: 11/11/2012 as 22:12hs PRADA; C.M.; Desenvolvimento do metabolito para a determinação dos genótipos principais dos genes CYP2D6, CYP2C19 e CYPC9: aplicação na farmecogenêtica. 2009, São Paulo – SP, pg. 19 – 141.
  • 38. 37 PORTO, J. A. D. Conceito e diagnóstico. Rev. Bras. Psiquiatr. V.21, p 6-11, maio de 1999. THOMPSOM, NUSSBAUM, R.L.; MCLNNES, R.R.; Genética médica. 6 ed. Rio de Janeiro – RJ , Guanabara Koogan S.A., 2002. VALLADA, H. P. V. Psicofarmacogenética: uma nova abordagem terapêutica. Rev. Bras. Psiquiatr. USP – Genética – v.21- out. 1999. VALLADA, H.P.V.; LAFER, B. Genetica e fisiopatologia dos transtornos depressivos. Rev. Bras. Psiquiatr. V.121 n.1 São Paulo, p. 15 – 415 , 1999. VALLADA, H. P. V.; LIMA, I. V. M.; SOUGEY, E. B. Farmacogenética do tratamento da depressão: busca de marcadores moleculares de boa resposta aos antidepressivos. 2004, Disponível em: <http//www. scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-60832004000100007>. Acesso em: 22 de junho de 2012. VILLAGRA; D.; GOETHE; J.; SCHWARTZ; H.; SZARE; B.; KOCHERLA; M.; GOROWSKI; K.; WINDEMUTH; A.; RUAÑO; G.; Novel drug metabolism indices for pharmacogenetic functional status based on combinatory genotyping of CYP2C9, CYP2C19 and CYP2D6 genes. 2011, pg. 427–438. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3225004/pdf/nihms327201.pdf> acessado em: 20 de novembro de 2012.