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(NO ÂMBITO DO CURSO MOOC INTRODUÇÃO E ACESSO ÀS TECNOLOGIAS)
MÓDULO 2
Atividade individual
Susana Cruz
Atividade selecionada: 2– Selecione um software
livre […] , explore um demo/tutorial e explique como poderia ser
utilizado em benefício de qualquer um dos seus alunos com NEE ou
pessoa que conheça com alguma incapacidade.
 Foi analisado o AraWord
 Ferramentas utilizadas: Screen Capture (para a captação de imagens
do ecrã), Microsoft Powerpoint (para construção da apresentação) e o
Slideshare (para divulgação)
Objetivos:
1- Permite a construção e adaptação
de materiais e recursos pedagógicos
2- Promove a comunicação
funcional (leitura e escrita)
3- Facilita o acesso à literacia
4- Permite desenvolver a autonomia
Araword
Pontos fortes Pontos fracos
 Melhorias na qualidade de
vida e na autonomia
 Facilita a comunicação
(aumentativa e/ou
alternativa)
 Recorre a texto e a
pictogramas
 Facilita a aquisição das
competências de leitura e
escrita
 Permite a edição e criação de
símbolos adequados à criança
 Impossibilidade de impressão
(é necessário utilizar uma
ferramenta adicional, como o
Paint, para editar e imprimir
os documentos criados)
ARAWORD
Pontos fortes (cont.)
Possibilidade de:
a) selecionar uma de
várias imagens para o
mesmo conceito
b) compor/ decompor
palavras
c) alterar o nome de
uma dada imagem
a)
b)
c)
Pontos fortes (cont.)
 Possibilidade de criar
quadros de
comunicação através do
AraBoard (AraBoard
Constructor e AraBoard
Player) – recurso aos
mesmos símbolos que
se utilizam no AraWord.
Apresentação de um caso fictício: Joana
 Joana
 8 anos de idade
 3.º ano de escolaridade
 Problemática: paralisia
cerebral
 Capacidade de
aprendizagem satisfatória
Família estruturada e
economicamente estável
 Acesso às TIC enquanto instrumento facilitador da
comunicação, da aprendizagem e da autonomia.
 Acesso a equipamentos eletrónicos como
promotores das relações interpessoais, da inclusão e
como forma de acesso ao entretenimento.
Como pode o Araword ajudar a Joana?
Com o Araword, a Joana terá acesso a todo um
conjunto de potencialidades da leitura e da escrita. A
Joana, apesar das suas dificuldades motoras que
impedem a produção da linguagem oral, pode ler e
escrever. A Joana pode participar na leitura
enquanto leitora-ouvinte ou como leitora
independente. Pode também participar na
exploração dos contos, ou até produzi-los
autonomamente.
Histórias adaptadas: um exemplo de atividade
para a Joana
Reflexão final
AraWord
+
AraBoard
 Após a exploração deste recurso, fiquei agradavelmente
surpreendida ao saber que até eu posso construir histórias
adaptadas. Esta possibilidade, mesmo assim, deve ser
analisada com prudência, para que os seus resultados sejam
os melhores. Por muito à-vontade que nos sintamos face ao
Araword, há que ter em conta as capacidades de
comunicação da criança, pois implementar o Araword
enquanto comunicação alternativa é diferente de
implementá-lo como comunicação aumentativa.
 É necessário ter o cuidado de selecionar antecipadamente os
símbolos, para que se utilize apenas um símbolo para cada
conceito, a menos que se trate de uma criança com um bom
potencial cognitivo. É também essencial que se selecionem os
símbolos mais adequados ao modelo que a criança possui e à
sua capacidade intelectual. Potencia-se assim um conjunto de
aprendizagens a partir de histórias adaptadas. Imagino esta
estratégia a ser utilizada, por exemplo, na interpretação de
histórias contadas oralmente, na qual a criança constrói as
suas respostas recorrendo a estes símbolos. Imagino também
o Araword a ser utilizado em momentos de escrita de
pequenas frases por parte de crianças que eventualmente
apresentem uma capacidade cognitiva superior. Num estádio
mais avançado, a criança pode até redigir as suas próprias
histórias, com base em experiências de leitura anteriores e
nas próprias experiências de vida.
Reflexão final
AraWord
+
AraBoard
 Falando do Araword e das suas potencialidades educativas e
comunicativas, reconheço igualmente as vantagens do Araboard,
concebido a pensar numa grande variedade de públicos. A
possibilidade de construir pranchas (ou tabuleiros) de
comunicação personalizados e adequados não só às
características como também às necessidades de cada aluno torna
possível aquilo que muitas das vezes nos parece difícil de alcançar
– a autonomia. Se, por um lado, o uso do Araboard permite à
criança responder a questões que lhe são colocadas, por outro,
com os quadros de comunicação, podem ser-lhe dadas as
ferramentas necessárias para efetuar pedidos simples ou,
eventualmente, iniciar e manter um tópico de conversa, ainda que
com limitações, em parte devido à quantidade de símbolos
disponíveis por prancha. A estas vantagens acresce ainda a
possibilidade destes quadros serem construídos em suporte
papel, o que colmata as dificuldades de ordem financeira para
quem não dispõe de equipamentos tecnológicos como um tablet.
 O Araboard está acessível a qualquer um de nós e, perante a falta
de recursos tecnológicos, podemos construir tabelas de
comunicação utilizando materiais de uso comum como papel,
cartão e cola, depois de terem sido impressos os símbolos
adequados. A criança não é, então, privada do recurso ao
Araboard.
Reflexão final
AraWord
+
AraBoard
 O Araboard Constructor está então acessível a todos
os agentes implicados no processo educativo da
criança, ao mesmo tempo que o Araboard Player
deve implica a sua utilização em suportes
tecnológicos, ou em versão papel, como foi referido
anteriormente.
 Congratulo, desde já, quem concebeu este recurso e o
tornou acessível sem custos. Na minha opinião, é aqui
que assenta o conceito INCLUSÃO, pois o Araboard
pode abranger todas as faixas etárias, todas as
condições socioeconómicas e diferentes perfis de
funcionalidade. Para mim, deve ser dado o mérito a
um recurso que pode, efetivamente, ser utilizado por
toda a gente e mudar a vida que quem a ele recorre.
 Apesar destas vantagens, e tendo em conta todas as
possibilidades que o Araboard nos oferece, a
utilização deste recurso implica uma reflexão prévia
sobre as seguintes questões: a) Que capacidades de
comunicação tem esta criança: recetiva ou
expressiva?; b) Que objetivos pretendemos
desenvolver com o Araboard?; c) Em que contextos
utilizar: casa, escola, contextos sociais…?
Reflexão final
AraWord
+
AraBoard
 Respondidas estas questões, recomendo que sejam
selecionados os símbolos mais adequados ao perfil de
funcionalidade da criança. Sugiro inclusivamente que, do
ponto de vista da continuidade e da complementaridade,
tanto no Araword como no Araboard seja utilizado
apenas um e o mesmo símbolo para cada conceito, ou
seja, o símbolo que usamos numa aplicação seria o
mesmo que aplicaríamos na outra. Evitamos assim a
sobrecarga para a criança, ao mesmo tempo que se
estimula a memória, sobretudo a memória icónica de
cada um dos símbolos.
 Selecionados os símbolos adequados – tanto no
Araboard Constructor como no Player -, está aberto o
caminho para a estimulação da autonomia, da
comunicação, da interação e da funcionalidade.
 Quando a criança fica familiarizada com o Araword,
abre-se-lhe todo o mundo da leitura e da escrita,
valorizando-se a vertente académica. Quando
familiarizada com o Araboard Player, seja em formato
tecnológico ou construído em papel, a criança adquire e
desenvolve competências essenciais como a comunicação
recetiva e expressiva, a autonomia pessoal, social e
escolar ou a relação interpessoal.
Reflexão final
AraWord
+
AraBoard
 Sabemos que, para uma criança não-verbal, o uso do
Araboard pode fazer a diferença. Deste modo, deixa de ser
necessário “adivinhar” aquilo que a criança pretende
transmitir e as respostas dadas deixam de ser apenas através
do Sim ou Não, muitas vezes associados a um gesto específico
da cabeça, da mão ou do pé. Abre-se toda uma possibilidade
de comunicação e relação interpessoal. A criança passa de
sujeito passivo a sujeito ativo, capaz de se expressar – quer
utilize estes recursos como comunicação aumentativa quer
alternativa. O importante neste caso é que, se forem
fornecidas pranchas com alguma variedade de vocabulário, a
criança desenvolve o seu potencial – comunicativo, cognitivo
e social. Há apenas que dar as ferramentas necessárias.
 Estes três recursos têm ainda a possibilidade de serem usados
simultaneamente em casa e na escola, já que contrariam a
crença de que o uso destas tecnologias é exclusiva das escolas
e de técnicos especializados. Se for tido em conta que a cada
conceito deve sempre o mesmo símbolo, tanto a família como
a escola podem e devem colaborar na implementação destas
ferramentas. Assim será possível otimizar o seu potencial.
Susana Cruz, 2014

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Módulo 2 - Susana Cruz

  • 1. (NO ÂMBITO DO CURSO MOOC INTRODUÇÃO E ACESSO ÀS TECNOLOGIAS) MÓDULO 2 Atividade individual Susana Cruz
  • 2. Atividade selecionada: 2– Selecione um software livre […] , explore um demo/tutorial e explique como poderia ser utilizado em benefício de qualquer um dos seus alunos com NEE ou pessoa que conheça com alguma incapacidade.  Foi analisado o AraWord  Ferramentas utilizadas: Screen Capture (para a captação de imagens do ecrã), Microsoft Powerpoint (para construção da apresentação) e o Slideshare (para divulgação)
  • 3. Objetivos: 1- Permite a construção e adaptação de materiais e recursos pedagógicos 2- Promove a comunicação funcional (leitura e escrita) 3- Facilita o acesso à literacia 4- Permite desenvolver a autonomia Araword
  • 4. Pontos fortes Pontos fracos  Melhorias na qualidade de vida e na autonomia  Facilita a comunicação (aumentativa e/ou alternativa)  Recorre a texto e a pictogramas  Facilita a aquisição das competências de leitura e escrita  Permite a edição e criação de símbolos adequados à criança  Impossibilidade de impressão (é necessário utilizar uma ferramenta adicional, como o Paint, para editar e imprimir os documentos criados) ARAWORD
  • 5. Pontos fortes (cont.) Possibilidade de: a) selecionar uma de várias imagens para o mesmo conceito b) compor/ decompor palavras c) alterar o nome de uma dada imagem a) b) c)
  • 6. Pontos fortes (cont.)  Possibilidade de criar quadros de comunicação através do AraBoard (AraBoard Constructor e AraBoard Player) – recurso aos mesmos símbolos que se utilizam no AraWord.
  • 7. Apresentação de um caso fictício: Joana  Joana  8 anos de idade  3.º ano de escolaridade  Problemática: paralisia cerebral  Capacidade de aprendizagem satisfatória Família estruturada e economicamente estável
  • 8.  Acesso às TIC enquanto instrumento facilitador da comunicação, da aprendizagem e da autonomia.  Acesso a equipamentos eletrónicos como promotores das relações interpessoais, da inclusão e como forma de acesso ao entretenimento.
  • 9. Como pode o Araword ajudar a Joana? Com o Araword, a Joana terá acesso a todo um conjunto de potencialidades da leitura e da escrita. A Joana, apesar das suas dificuldades motoras que impedem a produção da linguagem oral, pode ler e escrever. A Joana pode participar na leitura enquanto leitora-ouvinte ou como leitora independente. Pode também participar na exploração dos contos, ou até produzi-los autonomamente.
  • 10. Histórias adaptadas: um exemplo de atividade para a Joana
  • 11. Reflexão final AraWord + AraBoard  Após a exploração deste recurso, fiquei agradavelmente surpreendida ao saber que até eu posso construir histórias adaptadas. Esta possibilidade, mesmo assim, deve ser analisada com prudência, para que os seus resultados sejam os melhores. Por muito à-vontade que nos sintamos face ao Araword, há que ter em conta as capacidades de comunicação da criança, pois implementar o Araword enquanto comunicação alternativa é diferente de implementá-lo como comunicação aumentativa.  É necessário ter o cuidado de selecionar antecipadamente os símbolos, para que se utilize apenas um símbolo para cada conceito, a menos que se trate de uma criança com um bom potencial cognitivo. É também essencial que se selecionem os símbolos mais adequados ao modelo que a criança possui e à sua capacidade intelectual. Potencia-se assim um conjunto de aprendizagens a partir de histórias adaptadas. Imagino esta estratégia a ser utilizada, por exemplo, na interpretação de histórias contadas oralmente, na qual a criança constrói as suas respostas recorrendo a estes símbolos. Imagino também o Araword a ser utilizado em momentos de escrita de pequenas frases por parte de crianças que eventualmente apresentem uma capacidade cognitiva superior. Num estádio mais avançado, a criança pode até redigir as suas próprias histórias, com base em experiências de leitura anteriores e nas próprias experiências de vida.
  • 12. Reflexão final AraWord + AraBoard  Falando do Araword e das suas potencialidades educativas e comunicativas, reconheço igualmente as vantagens do Araboard, concebido a pensar numa grande variedade de públicos. A possibilidade de construir pranchas (ou tabuleiros) de comunicação personalizados e adequados não só às características como também às necessidades de cada aluno torna possível aquilo que muitas das vezes nos parece difícil de alcançar – a autonomia. Se, por um lado, o uso do Araboard permite à criança responder a questões que lhe são colocadas, por outro, com os quadros de comunicação, podem ser-lhe dadas as ferramentas necessárias para efetuar pedidos simples ou, eventualmente, iniciar e manter um tópico de conversa, ainda que com limitações, em parte devido à quantidade de símbolos disponíveis por prancha. A estas vantagens acresce ainda a possibilidade destes quadros serem construídos em suporte papel, o que colmata as dificuldades de ordem financeira para quem não dispõe de equipamentos tecnológicos como um tablet.  O Araboard está acessível a qualquer um de nós e, perante a falta de recursos tecnológicos, podemos construir tabelas de comunicação utilizando materiais de uso comum como papel, cartão e cola, depois de terem sido impressos os símbolos adequados. A criança não é, então, privada do recurso ao Araboard.
  • 13. Reflexão final AraWord + AraBoard  O Araboard Constructor está então acessível a todos os agentes implicados no processo educativo da criança, ao mesmo tempo que o Araboard Player deve implica a sua utilização em suportes tecnológicos, ou em versão papel, como foi referido anteriormente.  Congratulo, desde já, quem concebeu este recurso e o tornou acessível sem custos. Na minha opinião, é aqui que assenta o conceito INCLUSÃO, pois o Araboard pode abranger todas as faixas etárias, todas as condições socioeconómicas e diferentes perfis de funcionalidade. Para mim, deve ser dado o mérito a um recurso que pode, efetivamente, ser utilizado por toda a gente e mudar a vida que quem a ele recorre.  Apesar destas vantagens, e tendo em conta todas as possibilidades que o Araboard nos oferece, a utilização deste recurso implica uma reflexão prévia sobre as seguintes questões: a) Que capacidades de comunicação tem esta criança: recetiva ou expressiva?; b) Que objetivos pretendemos desenvolver com o Araboard?; c) Em que contextos utilizar: casa, escola, contextos sociais…?
  • 14. Reflexão final AraWord + AraBoard  Respondidas estas questões, recomendo que sejam selecionados os símbolos mais adequados ao perfil de funcionalidade da criança. Sugiro inclusivamente que, do ponto de vista da continuidade e da complementaridade, tanto no Araword como no Araboard seja utilizado apenas um e o mesmo símbolo para cada conceito, ou seja, o símbolo que usamos numa aplicação seria o mesmo que aplicaríamos na outra. Evitamos assim a sobrecarga para a criança, ao mesmo tempo que se estimula a memória, sobretudo a memória icónica de cada um dos símbolos.  Selecionados os símbolos adequados – tanto no Araboard Constructor como no Player -, está aberto o caminho para a estimulação da autonomia, da comunicação, da interação e da funcionalidade.  Quando a criança fica familiarizada com o Araword, abre-se-lhe todo o mundo da leitura e da escrita, valorizando-se a vertente académica. Quando familiarizada com o Araboard Player, seja em formato tecnológico ou construído em papel, a criança adquire e desenvolve competências essenciais como a comunicação recetiva e expressiva, a autonomia pessoal, social e escolar ou a relação interpessoal.
  • 15. Reflexão final AraWord + AraBoard  Sabemos que, para uma criança não-verbal, o uso do Araboard pode fazer a diferença. Deste modo, deixa de ser necessário “adivinhar” aquilo que a criança pretende transmitir e as respostas dadas deixam de ser apenas através do Sim ou Não, muitas vezes associados a um gesto específico da cabeça, da mão ou do pé. Abre-se toda uma possibilidade de comunicação e relação interpessoal. A criança passa de sujeito passivo a sujeito ativo, capaz de se expressar – quer utilize estes recursos como comunicação aumentativa quer alternativa. O importante neste caso é que, se forem fornecidas pranchas com alguma variedade de vocabulário, a criança desenvolve o seu potencial – comunicativo, cognitivo e social. Há apenas que dar as ferramentas necessárias.  Estes três recursos têm ainda a possibilidade de serem usados simultaneamente em casa e na escola, já que contrariam a crença de que o uso destas tecnologias é exclusiva das escolas e de técnicos especializados. Se for tido em conta que a cada conceito deve sempre o mesmo símbolo, tanto a família como a escola podem e devem colaborar na implementação destas ferramentas. Assim será possível otimizar o seu potencial.