Este estudo avaliou a qualidade de vida e incidência de depressão em idosas que frequentam grupos de terceira idade em Uruguaiana-RS. 42 idosas com idade média de 71,3 anos participaram e foram avaliadas cognitivamente, para depressão e qualidade de vida. Os resultados mostraram que a participação nos grupos, lazer e convívio social contribuem para uma melhor qualidade de vida e menor incidência de depressão entre as idosas.
Qualidade de vida e incidencia de depressão em idosas
1. QUALIDADE DE VIDA E
INCIDENCIA DE DEPRESSÃO EM
IDOSAS QUE FREQUENTAM
GRUPOS DE 3º IDADE
2. OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida e incidências de
depressão em idosas dos grupos da 3º idade de Uruguaiana –
RS.
Participaram 42 idosas, com idade média de 71,3 anos com
tempo médio de participação no grupo de 3,6 anos
Foram submetidas a avaliações da cognição (MEEM Mini
Exame do Estado Mental), presença de depressão (EGD-30 –
Escala Geriátrica de Depressão) e Qualidade de Vida (SF36) e
também entrevistas.
Estima-se que no Brasil até 2025, este estará num ranking do
6º pais com maior número de idosos.
3. Fatores que influenciarão ao envelhecimento com
qualidade de vida:
Genéticos
Habitacionais
Educacionais
Culturais
Hábitos alimentares
Trabalho
Atividade físicas
a construção de uma imagem mais positiva do envelhecimento
(Fator crucial)
4. Outros fatores:
O apoio e suporte dos entes queridos auxiliam para
uma certa confiança do idoso o que irá promover
neste idoso uma nova autoestima influenciando sua
qualidade de vida.
As políticas públicas também dever exercer seu
papel, construindo espaços apropriados com
ambientes onde possam desfrutar
do lazer e interagir com outras
pessoas e trocas de experiências
5. Instrumentos de avaliação:
MEEM – dividido em 5 sessões (orientação, memória imediata, atenção e cálculo, evocação e
linguagem), permite avaliação global da cognição do idoso. Onde o escore máximo permitido
é de 30 pontos, sendo o idoso classificado de acordo com sua escolaridade.
EGU-30 – Muito utilizado para o rastreamento da depressão em idoso. Sendo um instrumento
simples que permite essa utilização até mesmo com doentes, pois contem 30 itens e as
perguntas tem sim e não como opção de resposta. Escores acima de 10 estão relacionados a
depressão, sendo de 11 a 19 considerado o idoso como moderadamente deprimido, e escore
entre 20 a 30 gravemente deprimido.
SF 36 – questionário que avalia a percepção de uma doença no ponto de vista da própria
pessoa. Avalia aspectos de qualidade de vida diretamente relacionados a saúde do indivíduo,
composto por 36 perguntas, organizado em 8 dimensões de saúde: capacidade funcional,
aspecto físico, dor, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e
saúde mental.
Entrevistas em profundidade: entrevista semiestruturada contendo 6 questões abertas, que
foram construídas de acordo com os objetivos do estudo
6. Resultados
Com base nas entrevistas semiestruturadas, após a leitura e categorização ficou
clara, na fala das idosas, a predominância de qualidade de vida relacionado aos
hábitos alimentares saudáveis e a prática de atividade física. Muitos relataram além
disso, que a participação no grupo de 3ª idade e o lazer são fatores que
influenciam em sua qualidade de vida, diminuindo também a incidência de
depressão, e a ideia de estar próximo aos familiares e ter fé em deus contribuíram
para uma vida saudável.
verificou-se que a incidência de depressão e defict cognitivo entre as idosas foi
baixa, o que está relacionado com suas participações nestes grupos.
7. O processo de envelhecimento apesar de ser um processo de ordem natural na vida
do ser humano, ainda é atribuído a fatores negativos e preconceitos. Porém, esse
estudo mostrou ser possível envelhecer com qualidade de vida e autonomia. Os
grupos de 3ª idade mostrou ser um espaço de lazer e descontração, onde por meio
da música, dança, atividades recreativas proporcionam o convívio social, e o
sentimento de autonomia, elevando assim a autoestima das idosas, e que muito
contribui para uma baixa incidência de depressão e uma alternativa para a
manutenção das funções cognitivas, tendo assim uma grande melhora na qualidade
de vida dessas idosas.