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UNIMES VIRTUAL 
Aula: 06 
Temática: A leitura e a produção de texto 
no curso universitário 
Como vimos em nossa primeira aula, a leitura é um processo 
que envolve decodificação de signos e atribuição de senti-dos. 
Quando nos aproximamos de um texto, não vamos até 
ele “em estado puro”, pois já carregamos conosco outras experiências de 
leitura e de mundo. E ao nos afastarmos dele, após a leitura, também não 
somos mais os mesmos, já que adquirimos novas e variadas experiências 
(de informativas a simbólicas, por exemplo). 
Os objetivos de nossas leituras variam muito: lemos por puro prazer, por 
“obrigação”, por necessidade. E, de acordo com o objetivo dessa ativida-de, 
será nosso procedimento de leitura. Considerarei, aqui, que o objetivo 
da leitura em um curso universitário é a aquisição de conhecimento, isto 
é, mesmo que se trate de uma leitura prazerosa, supõe-se que ela seja, 
acima de tudo, produtiva. Para isso, há alguns procedimentos recomendá-veis, 
dos mais simples aos mais complexos, que listo abaixo: 
• observação cuidadosa do material: capa, orelha, folha de rosto, ficha 
catalográfica, sumário ou índice, divisão (partes, capítulos, títulos, sub-títulos), 
ilustrações, referências bibliográficas, presença de gráficos, de 
anexos e de glossários; 
• consultas, se necessário, a dicionários ou a outras obras que esclare-çam 
passagens ou termos específicos de difícil compreensão; 
• releitura de trechos mais complexos ou mais importantes para o objetivo 
específico da leitura; 
• reconhecimento de palavras-chave, idéias principais, exemplificações 
esclarecedoras, passagens mais importantes; 
• relacionamento e integração do que foi reconhecido como importante 
para alcançar o objetivo da leitura; 
• relacionamento do conhecimento recém-adquirido com o conhecimento 
anterior; 
• elaboração (por meio das palavras-chave e das idéias principais) de 
esquemas, frases esquemáticas, paráfrases e/ou de resumos. 
26 LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO
UNIMES VIRTUAL 
Após a leitura atenta de um texto, percebemos que há, nele, 
algumas palavras em torno das quais as outras se organizam 
para que ele tenha sentido e o leitor perceba as informações 
mais importantes que o autor quis registrar e transmitir. 
A essas palavras, dá-se o nome de palavras-chave. Elas constituem o 
alicerce do texto e podem aparecer de formas diversas: repetidas, modifi-cadas, 
retomadas por sinônimos. 
Depois de encontrá-las, é sempre produtivo tentar usá-las, seja em esque-mas, 
em pequenas frases ou em resumos. Com isso, podemos perceber 
o nosso entendimento do que foi lido e a nossa capacidade de registrar 
e transmitir o conhecimento adquirido por meio da leitura. Esse procedi-mento 
traz outra vantagem: o enriquecimento de nosso vocabulário. E é 
bom lembrar que, na universidade, é necessário, realmente, sentirmo-nos 
à vontade com o vocabulário específico da área que estamos cursando. 
O esquema é uma anotação de leitura feita por meio das 
palavras-chave, com o auxílio de flechas, chaves e outros 
sinais, usando-se, às vezes, cores variadas; enfim, cada lei-tor 
tem um modo muito particular de elaborar esquemas, tanto que, em 
geral, outras pessoas não conseguem decifrá-los. Eles são úteis, também, 
para anotações de aulas. 
O resumo nada mais é do que um esquema estruturado em orações com-pletas, 
com sujeito, verbo e complemento, isto é, essas orações devem 
ter sentido completo. É, portanto, uma síntese organizada, com o máximo 
de objetividade possível, a partir das idéias principais contidas no texto ou 
daquelas que mais nos interessam no momento. O resultado é um texto 
conciso e seletivo. 
No resumo, muitas vezes chegamos a copiar expressões e pequenos tre-chos, 
anotando a página em que aparecem. Tais cuidados são necessários 
especialmente quando pretendemos fazer, mais tarde, algum trabalho es-crito 
a partir dessa leitura – poderemos usar, então, trechos selecionados 
como uma citação que abone ou justifique algo que dissermos. Creio que 
nem preciso dizer da honestidade de registrarmos a fonte. Após a elabo-ração 
do resumo, o leitor pode – e deve – redigir, sinteticamente, suas 
impressões sobre o texto lido, a importância dele para futuros estudos. 
Outro procedimento interessante é a elaboração de uma pa-ráfrase 
do texto lido. Esse tipo de anotação consiste em 
registrarmos as principais idéias do texto de um modo mais 
simples, usando o nosso próprio vocabulário. A paráfrase é uma boa es-tratégia 
nas seguintes situações: o texto é o primeiro contato com um 
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO 27
UNIMES VIRTUAL 
assunto totalmente novo para nós; o texto lido é muito complexo; a lingua-gem 
do autor é prolixa. Como no resumo, podemos, ao final, redigir nossa 
avaliação do material. 
Os procedimentos acima são muito comuns quando estudamos e devem 
fazer parte da rotina dos universitários. Mas há, ainda, outros tipos de 
texto que produzimos a partir de uma ou várias leituras. O principal e mais 
comum é a resenha crítica. 
De certa forma, a resenha crítica pressupõe, assim como o resumo, uma 
etapa de anotações e de sínteses para que, em seguida, seu autor possa 
apresentar, como diz o professor Salvatore D`Onofrio: “considerações crí-ticas 
sobre o trabalho científico ou artístico, analisando sua estrutura e sua 
importância, não fugindo da responsabilidade de apontar também defeitos 
graves, se for o caso” . 
Podemos perceber, por essas explicações, que a resenha requer um tra-balho 
analítico-crítico mais apurado. Assim, uma resenha crítica costuma 
conter: 
• referências bibliográficas (título, subtítulo, edição, editora, data, número 
de páginas); 
• apresentação do(s) autor(es) (dados biográficos relevantes, formação, 
atividades); 
• apresentação e discussão das principais idéias presentes na obra (tema, 
opiniões, teorias, conhecimentos prévios necessários, conclusões, meto-dologia 
utilizada); 
• informações acerca da estrutura (partes, capítulos, tópicos); 
• considerações sobre a linguagem (precisão, clareza, concisão, prolixida-de, 
vocabulário); 
• indicações sobre o público a que se destina. 
Percebe-se, portanto, que esse tipo de trabalho prevê uma 
leitura atenta e minuciosa da obra a ser resenhada, a ela-boração 
de um resumo que apresente realmente as idéias 
mais importantes do livro, sua abrangência, assim como os objetivos do 
autor, para que o leitor da resenha possa ter uma idéia clara do que pode 
encontrar nessa obra se resolver lê-la. 
Salvatore D`Onofrio. Metodologia do trabalho intelectual. 2ª ed. S.P.: Atlas, 2000, 
p.75. 
28 LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO
UNIMES VIRTUAL 
Como trabalho acadêmico, a resenha é um exercício de compreensão e 
de crítica, servindo, ainda, para desenvolver a capacidade de expressão 
dos estudantes, já que ela, além de bem estruturada, segundo as normas 
do trabalho científico e acadêmico, deve ser bem redigida, evitando-se 
construções da oralidade e empregando-se um vocabulário adequado e 
preciso. 
Como já disse anteriormente, os procedimentos e tipos de textos acima co-mentados 
fazem parte da rotina dos estudantes universitários. Há outros, 
entretanto, que são de maior fôlego, como as monografias apresentadas 
ao final de “cursos monográficos”, isto é, que fazem um recorte bastante 
específico dentro de determinada disciplina, e os trabalhos de conclusão 
de curso, para os quais converge todo o conhecimento adquirido ao longo 
de um bacharelado ou de uma licenciatura. No entanto, não irei comentá-los 
aqui, pois costumam ser tratados pormenorizadamente, e com muito 
mais propriedade pelos professores de Metodologia do Trabalho Científico 
(ou qualquer outro título que se dê à disciplina que trata deles). 
De qualquer forma, vale lembrar que, da leitura à redação, 
há todo um trabalho de reflexão e de trato com as palavras 
ao qual precisamos nos dedicar a fim de que possamos de-senvolver, 
cada vez mais, nossas habilidades de leitura e de redação. 
Só mais um, e importante, lembrete: todos esses procedi-mentos 
revelam o que vimos na aula anterior: a intertextua-lidade 
está presente em vários tipos de texto, inclusive nos 
acadêmicos, dos mais simples aos mais trabalhados. Que você saiba fazer 
dela uma estratégia de enriquecimento! 
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO 29

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Leitura e produção texto universitário

  • 1. UNIMES VIRTUAL Aula: 06 Temática: A leitura e a produção de texto no curso universitário Como vimos em nossa primeira aula, a leitura é um processo que envolve decodificação de signos e atribuição de senti-dos. Quando nos aproximamos de um texto, não vamos até ele “em estado puro”, pois já carregamos conosco outras experiências de leitura e de mundo. E ao nos afastarmos dele, após a leitura, também não somos mais os mesmos, já que adquirimos novas e variadas experiências (de informativas a simbólicas, por exemplo). Os objetivos de nossas leituras variam muito: lemos por puro prazer, por “obrigação”, por necessidade. E, de acordo com o objetivo dessa ativida-de, será nosso procedimento de leitura. Considerarei, aqui, que o objetivo da leitura em um curso universitário é a aquisição de conhecimento, isto é, mesmo que se trate de uma leitura prazerosa, supõe-se que ela seja, acima de tudo, produtiva. Para isso, há alguns procedimentos recomendá-veis, dos mais simples aos mais complexos, que listo abaixo: • observação cuidadosa do material: capa, orelha, folha de rosto, ficha catalográfica, sumário ou índice, divisão (partes, capítulos, títulos, sub-títulos), ilustrações, referências bibliográficas, presença de gráficos, de anexos e de glossários; • consultas, se necessário, a dicionários ou a outras obras que esclare-çam passagens ou termos específicos de difícil compreensão; • releitura de trechos mais complexos ou mais importantes para o objetivo específico da leitura; • reconhecimento de palavras-chave, idéias principais, exemplificações esclarecedoras, passagens mais importantes; • relacionamento e integração do que foi reconhecido como importante para alcançar o objetivo da leitura; • relacionamento do conhecimento recém-adquirido com o conhecimento anterior; • elaboração (por meio das palavras-chave e das idéias principais) de esquemas, frases esquemáticas, paráfrases e/ou de resumos. 26 LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO
  • 2. UNIMES VIRTUAL Após a leitura atenta de um texto, percebemos que há, nele, algumas palavras em torno das quais as outras se organizam para que ele tenha sentido e o leitor perceba as informações mais importantes que o autor quis registrar e transmitir. A essas palavras, dá-se o nome de palavras-chave. Elas constituem o alicerce do texto e podem aparecer de formas diversas: repetidas, modifi-cadas, retomadas por sinônimos. Depois de encontrá-las, é sempre produtivo tentar usá-las, seja em esque-mas, em pequenas frases ou em resumos. Com isso, podemos perceber o nosso entendimento do que foi lido e a nossa capacidade de registrar e transmitir o conhecimento adquirido por meio da leitura. Esse procedi-mento traz outra vantagem: o enriquecimento de nosso vocabulário. E é bom lembrar que, na universidade, é necessário, realmente, sentirmo-nos à vontade com o vocabulário específico da área que estamos cursando. O esquema é uma anotação de leitura feita por meio das palavras-chave, com o auxílio de flechas, chaves e outros sinais, usando-se, às vezes, cores variadas; enfim, cada lei-tor tem um modo muito particular de elaborar esquemas, tanto que, em geral, outras pessoas não conseguem decifrá-los. Eles são úteis, também, para anotações de aulas. O resumo nada mais é do que um esquema estruturado em orações com-pletas, com sujeito, verbo e complemento, isto é, essas orações devem ter sentido completo. É, portanto, uma síntese organizada, com o máximo de objetividade possível, a partir das idéias principais contidas no texto ou daquelas que mais nos interessam no momento. O resultado é um texto conciso e seletivo. No resumo, muitas vezes chegamos a copiar expressões e pequenos tre-chos, anotando a página em que aparecem. Tais cuidados são necessários especialmente quando pretendemos fazer, mais tarde, algum trabalho es-crito a partir dessa leitura – poderemos usar, então, trechos selecionados como uma citação que abone ou justifique algo que dissermos. Creio que nem preciso dizer da honestidade de registrarmos a fonte. Após a elabo-ração do resumo, o leitor pode – e deve – redigir, sinteticamente, suas impressões sobre o texto lido, a importância dele para futuros estudos. Outro procedimento interessante é a elaboração de uma pa-ráfrase do texto lido. Esse tipo de anotação consiste em registrarmos as principais idéias do texto de um modo mais simples, usando o nosso próprio vocabulário. A paráfrase é uma boa es-tratégia nas seguintes situações: o texto é o primeiro contato com um LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO 27
  • 3. UNIMES VIRTUAL assunto totalmente novo para nós; o texto lido é muito complexo; a lingua-gem do autor é prolixa. Como no resumo, podemos, ao final, redigir nossa avaliação do material. Os procedimentos acima são muito comuns quando estudamos e devem fazer parte da rotina dos universitários. Mas há, ainda, outros tipos de texto que produzimos a partir de uma ou várias leituras. O principal e mais comum é a resenha crítica. De certa forma, a resenha crítica pressupõe, assim como o resumo, uma etapa de anotações e de sínteses para que, em seguida, seu autor possa apresentar, como diz o professor Salvatore D`Onofrio: “considerações crí-ticas sobre o trabalho científico ou artístico, analisando sua estrutura e sua importância, não fugindo da responsabilidade de apontar também defeitos graves, se for o caso” . Podemos perceber, por essas explicações, que a resenha requer um tra-balho analítico-crítico mais apurado. Assim, uma resenha crítica costuma conter: • referências bibliográficas (título, subtítulo, edição, editora, data, número de páginas); • apresentação do(s) autor(es) (dados biográficos relevantes, formação, atividades); • apresentação e discussão das principais idéias presentes na obra (tema, opiniões, teorias, conhecimentos prévios necessários, conclusões, meto-dologia utilizada); • informações acerca da estrutura (partes, capítulos, tópicos); • considerações sobre a linguagem (precisão, clareza, concisão, prolixida-de, vocabulário); • indicações sobre o público a que se destina. Percebe-se, portanto, que esse tipo de trabalho prevê uma leitura atenta e minuciosa da obra a ser resenhada, a ela-boração de um resumo que apresente realmente as idéias mais importantes do livro, sua abrangência, assim como os objetivos do autor, para que o leitor da resenha possa ter uma idéia clara do que pode encontrar nessa obra se resolver lê-la. Salvatore D`Onofrio. Metodologia do trabalho intelectual. 2ª ed. S.P.: Atlas, 2000, p.75. 28 LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO
  • 4. UNIMES VIRTUAL Como trabalho acadêmico, a resenha é um exercício de compreensão e de crítica, servindo, ainda, para desenvolver a capacidade de expressão dos estudantes, já que ela, além de bem estruturada, segundo as normas do trabalho científico e acadêmico, deve ser bem redigida, evitando-se construções da oralidade e empregando-se um vocabulário adequado e preciso. Como já disse anteriormente, os procedimentos e tipos de textos acima co-mentados fazem parte da rotina dos estudantes universitários. Há outros, entretanto, que são de maior fôlego, como as monografias apresentadas ao final de “cursos monográficos”, isto é, que fazem um recorte bastante específico dentro de determinada disciplina, e os trabalhos de conclusão de curso, para os quais converge todo o conhecimento adquirido ao longo de um bacharelado ou de uma licenciatura. No entanto, não irei comentá-los aqui, pois costumam ser tratados pormenorizadamente, e com muito mais propriedade pelos professores de Metodologia do Trabalho Científico (ou qualquer outro título que se dê à disciplina que trata deles). De qualquer forma, vale lembrar que, da leitura à redação, há todo um trabalho de reflexão e de trato com as palavras ao qual precisamos nos dedicar a fim de que possamos de-senvolver, cada vez mais, nossas habilidades de leitura e de redação. Só mais um, e importante, lembrete: todos esses procedi-mentos revelam o que vimos na aula anterior: a intertextua-lidade está presente em vários tipos de texto, inclusive nos acadêmicos, dos mais simples aos mais trabalhados. Que você saiba fazer dela uma estratégia de enriquecimento! LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO 29