Mais de 450 mil servidores públicos federais estão em greve em 20 estados brasileiros para pressionar o governo federal a negociar reivindicações salariais e por melhores condições de trabalho. A greve afeta diversos órgãos e instituições federais e levou ao cancelamento das matrículas do Sisu (Sistema de Seleção Unificada) em 48 universidades federais.
Servidores federais em greve criticam 'morosidade' do governo para negociar
1. COMITÊ DE GREVE 2012
COMISSÃO DE COMUNICAÇÃO
MAIS DE 450 MIL SERVIDORES PÚBLICOS ESTÃO EM GREVE
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Estado do Rio de Janeiro
(SINTRASEF), na sexta-feira (29), havia pelo menos 450 mil servidores públicos federais em greve no País.
A Secretaria do Patrimônio da União do Rio de Janeiro iniciou greve na quarta-feira (27) e o Museu do Índio
também aderiu ao “estado de greve”.
No Distrito Federal, várias categorias do serviço público estão paralisadas, incluindo aí os servidores da
Presidência da Funasa, que decidiram por unanimidade aderir ao movimento.
No Acre, servidores do Incra e Funai também vão cruzar os braços. São 20 estados de todo o País com registros
de paralisações.
O Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais aprovou a realização de um acampamento na
Esplanada dos Ministérios, em Brasília, entre os dias 16 e 20 de julho.
No dia 18 de julho está prevista a realização de uma marcha à Brasília, para cobrar do governo a resposta das
pautas protocoladas. Durante todos os dias, conforme informações do Sintrasef, haverá atividades políticas na
Esplanada.
E no dia 20 acontece uma Plenária Unificada de Avaliação com todas as entidades que estão com categorias em
greve. Até sexta-feira (29), o sindicato havia registrado treze órgãos federais, que compõe o movimento paredista
nacional, em greve.
O Ministério da Agricultura, chama seus trabalhadores para participarem das assembleias diárias e, por meio da
Associação (ASA) convocam também os aposentados e pensionistas para apoiar a paralisação.
http://www.sinditest.org.br/portal/geral/mais-de-450-mil-servidores-publicos-estao-em-greve/
SERVIDORES FEDERAIS EM GREVE CRITICAM 'MOROSIDADE' DO GOVERNO PARA NEGOCIAR
Esta semana, adesão à greve deve chegar a dez ministérios. Já resposta do governo federal segue lenta, dizem
sindicalistas (Foto: CUT-DF/Divulgação)
São Paulo – Servidores federais levaram carroças para a Esplanada dos Ministérios, hoje (3) pela manhã, em
Brasília, para criticar a “morosidade” do governo federal em negociar com os trabalhadores, em greve há 16 dias.
Cerca de 2 mil servidores participaram da manifestação, de acordo com o secretário-geral do Sindicato dos
Servidores Públicos Federal (Sindsef), Oton Pereira Neves. Nova negociação está marcada para a quinta-feira (5),
no Ministério do Planejamento.
Segundo o sindicalista, a pauta de reivindicações foi entregue à ministra do Planejamento Miriam Belchior em
janeiro, mas até o momento “nenhuma linha de proposta foi formulada pelo governo”. Para o presidente da CUT
do Distrito Federal, Rodrigo Britto, as carroças demonstram a “lentidão do governo em lidar com os servidores”,
conforme nota da central.
Durante o protesto, representantes dos comandos de greve foram recebidos pelo secretário-geral da Presidência,
ministro Gilberto Carvalho. De acordo com Neves, o ministro prometeu aos servidores em greve “conversar com a
presidenta Dilma Rousseff para antecipar a proposta do governo”. O documento seria apresentado no próximo dia
31, mas com o compromisso do ministro a expectativa é de que ocorra antes.
Para o sindicalista, apesar da dificuldade em negociar, os servidores federais realizam a maior greve dos últimos
19 anos. “Construímos unidade entre os servidores”, afirmou. Até o final da semana, Neves calcula que já haverá
dez ministérios em greve. Participam do movimento, que começou em 18 de junho, os servidores dos ministérios
da Saúde, do Trabalho, da Previdência, da Integração Nacional, da Justiça e do Desenvolvimento Agrário.
Hoje, os trabalhadores do Ministério do Planejamento também pararam as atividades. Ainda devem parar esta
semana os ministérios dos Transportes, das Comunicações e do Desenvolvimento e Indústria e Comércio.
Também pararam as atividades os servidores do Hospital das Forças Armadas (HFA), a Funasa Presidência, do
2. Incra, da Funai, da Funasa Campos e do Arquivo Nacional.
Além de reajuste salarial, os servidores públicos federais de diversos setores cobram a reestruturação das
carreiras antes da realização de novos concursos públicos e protestam contra a Medida Provisória 568, de 2012,
em tramitação no Congresso Nacional, que propõe mudança no cálculo dos adicionais de insalubridade e de
periculosidade, além de alterar a carga horária de médicos e outras categorias que possuem jornada estabelecida
em lei. A categoria reclama ainda a falta de definição de uma data-base.
http://www.redebrasilatual.com.br/temas/trabalho/2012/07/servidores-federais-em-greve-criticam-morosidade-de-
governo-federal-para-negociar-com-trabalhadores
GREVE DAS FEDERAIS SUSPENDE MATRÍCULAS DO SISU
O sindicato dos técnicos decidiu pelo boicote, que atinge 48 instituições; prazo para inscrição termina no dia 9
30 de junho de 2012
PAULO SALDAÑA - O Estado de S.Paulo
A greve nas instituições federais de ensino, que já dura mais de 40 dias, atinge agora os estudantes aprovados no
Sistema de Seleção Unificada (Sisu). As matrículas, cujo prazo começou ontem, foram canceladas pela Federação
dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra). A entidade representa os
servidores técnicos das universidades e institutos. A suspensão atinge 48 instituições.
São os técnicos que, em geral, realizam os processos de matrícula. Os servidores aderiram no último dia 11 à
greve iniciada pelos professores em 17 de maio.
O prazo de matrícula vai até o dia 9 de julho, de acordo com o novo cronograma divulgado pelo Ministério da
Educação (MEC) na segunda-feira passada. Por causa da greve, a pasta deu mais sete dias para os alunos
efetuarem as inscrições nas instituições - antes, o prazo acabaria no dia 2 de julho. O MEC recomenda que os
estudantes procurem informações sobre pré-matrícula pela internet e a entrega de documentos pelo correio.
Mesmo com a ordem da central sindical, a situação era diferente em cada instituição. A Universidade Federal do
Ceará (UFC) e o Instituto Federal de Educação do Ceará (IFCE), por exemplo, já haviam suspendido as
matrículas na manhã de ontem. Poucos candidatos compareceram aos câmpus.
A UFC e o IFCE estão entre as que mais oferecem vagas nesse processo seletivo: 1.637 e 1.225,
respectivamente. Em nota, a pró-reitoria de graduação informou que os estudantes selecionados poderiam ficar
tranquilos, pois as vagas estão garantidas.
Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que tem a maior oferta de vagas do Sisu do meio do ano
(3.659), não houve problemas. A instituição adota desde o ano passado um sistema de pré-matrícula pela internet.
A entrega dos documentos ocorrerá mais para frente. Nas Universidade Federais de Ouro Preto e Fluminense, os
procedimentos foram normais.
Negociação. Segundo a Fasubra, o boicote à matrícula foi decido após "várias tentativas de negociação com o
governo, sem sucesso". Em nota publicada no site, o sindicato afirmou que ficará "com as matrículas e as demais
atividades paralisadas por tempo indeterminado, até o governo abrir uma mesa de negociação com a categoria".
As negociações com os grevistas estão sendo tocada pelo Ministério do Planejamento, que tem a
responsabilidade de apresentar uma proposta de plano de carreira - principal reivindicação dos grevistas. Havia
uma reunião marcada para o dia 19 entre o ministério e os sindicatos, mas a pasta desmarcou o encontro e não
há previsão para nova data.
O Estado apurou que integrantes do Ministério do Planejamento entendem que o governo ainda têm tempo. A
avaliação é que a greve ficará esfriada neste mês por conta das férias de meio de ano. / COLABORARAM
HELOISA ARUTH STURM, MARCELO PORTELA e LAURIBERTO BRAGA
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,greve-das-federais-suspende-matriculas-do-sisu-,893712,0.htm
MEC ORIENTA UNIVERSIDADES EM GREVE A FAZER MATRÍCULA DO SISU VIA INTERNET
MINISTRO DA EDUCAÇÃO ACREDITA QUE INICIATIVA PERMITE 'SUPERAR EVENTUAIS DIFICULDADES
QUE POSSAM EXISTIR'
3. Agência Brasil
O Ministério da Educação (MEC) está orientando as universidades com problema na matrícula do Sistema de
Seleção Unificada (Sisu) por causa da greve dos servidores a fazer o procedimento via internet. O ministro da
Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta terça-feira, 3 que, até o momento, não há necessidade de se prorrogar
o prazo de matrículas, que termina na segunda-feira, 9.
Na semana passada, o comando de greve dos técnicos administrativos das universidades e institutos federais, em
greve há quase um mês, decidiu orientar os funcionários a suspender as matrículas do Sisu. De acordo com o
MEC, entretanto, os problemas foram pontuais e não houve interrupção do processo de inscrição no sistema
seletivo.
O Sisu unifica a oferta de vagas em universidades públicas, permitindo que sejam disputadas pelos estudantes a
partir da nota obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Nesta edição, 642 mil candidatos participaram
da disputa de cerca de 30 mil vagas.
Oferecer a matrícula via internet para os estudantes aprovados foi a solução encontrada pela Universidade
Federal do Ceará (UFC). Os candidatos devem acessar o site da instituição para ter acesso à ferramenta de
matrícula online. A iniciativa permitiu dar andamento às matrículas do Sisu na instituição, suspensas na semana
passada por servidores em greve.
O MEC não tem um levantamento de quais universidades estão oferecendo aos estudantes a opção de matrícula
via internet, mas Mercadante disse que a alternativa permite “superar eventuais dificuldades que possam existir".
O uso da internet para manter o atendimento aos estudantes, apesar da greve, não significa desinteresse em
negociar com os grevistas, segundo o ministro. “É evidente que o MEC tem todo o interesse que se encontre uma
solução [para a greve] quanto mais breve melhor”, disse.
Além dos servidores, os professores das universidades federais também estão parados, mas iniciaram o
movimento grevista desde maio. As duas categorias aguardam reunião com o Ministério do Planejamento para
que sejam apresentadas propostas que atendam às reivindicações de cada uma delas.
A matrícula do Sisu para os aprovados em primeira chamada começou na última sexta-feira, 29 e segue até 9 de
julho. Após o fim do prazo, será convocada uma segunda chamada, marcada inicialmente para 13 de julho.
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,mec-orienta-universidades-em-greve-a-fazer-matricula-do-sisu-via-
internet,895280,0.htm
SERVIDORES DO ITAMARATY SUSPENDEM GREVE DEPOIS DE 14 DIAS DE PARALISAÇÃO, SINDICATO
INFORMOU QUE OS FUNCIONÁRIOS VOLTARÃO AO TRABALHO NA TERÇA-FEIRA
Os servidores do Itamaraty decidiram suspender a greve iniciada em 18 de junho. A decisão foi comunicada na
tarde desta segunda-feira, 2, pelo Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores
(SindItamaraty) e pela Associação Nacional dos Oficiais de Chancelaria do Serviço Exterior Brasileiro (ASOF). O
retorno dos servidores ao trabalho está marcado para a manhã desta terça-feira, 3. Foram 14 dias de greve.
Veja também:
link Greve de funcionários do Itamaraty atinge 125 postos brasileiros no exterior
A categoria agora entra em "estado de alerta" e continuará a negociar com o Ministério do Planejamento. Serão
realizadas assembleias regulares, sendo que a próxima reunião está marcada para a próxima sexta-feira, às 15h.
Em nota divulgada na semana passada, o SindItamaraty argumentou que as reivindicações incluem adequar os
vencimentos das carreiras do Serviço Exterior Brasileiro (SEB) a outras carreiras típicas de Estado.
O texto destaca que o objetivo do movimento é elevar a remuneração de diplomatas para o grau mais elevado das
carreiras típicas de Estado, como os delegados da Polícia Federal; adequar o vencimento de assistentes de
chancelaria ao nível dos agentes de inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); e a de oficiais de
chancelaria ao mesmo patamar dos oficiais técnicos de inteligência da Abin.
O SindItamaraty e a ASOF informaram que foi realizada nesta segunda uma assembleia, com transmissão ao vivo,
pela internet, com a participação de servidores lotados em postos no exterior, quando houve a decisão por
suspender a greve. O sindicato estima que a paralisação tenha envolvido 75% da categoria, atingindo 130 postos
de representação do Ministério das Relações Exteriores no Brasil e no Exterior.
4. Fora do País, a greve afetou postos como os de Moscou, Paris, Buenos Aires, Frankfurt, Nova York, Cairo, Teerã,
Lisboa, Zurique, Bogotá, Damasco, Estocolmo e Pequim.
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,servidores-do-itamaraty-suspendem-greve,894749,0.htm
APÓS EXPLOSÃO, UFPR FECHA LABORATÓRIOS DO CURSO DE FARMÁCIA
Fonte: UOL Educação
O prédio que abriga os 25 laboratórios do curso de farmácia da UFPR (Universidade Federal do Paraná) teve de
ser fechado nesta segunda-feira (2) para que a Polícia Federal realizasse uma perícia para apurar as causas da
explosão seguida de incêndio que em cerca de dez minutos destruiu uma das unidades, no sábado (30).
Apesar de o resultado da perícia ainda não ter sido divulgado, o chefe do Departamento de Farmácia da UFPR,
professor Carlos Eduardo Rocha Garcia, afirma que é provável que o incêndio que destruiu o Laboratório de
Farmacognosia, que pesquisava plantas medicinais, tenha sido causado por uma falha no sistema elétrico.
Ainda que nenhuma outra sala tenha sido atingida pelo fogo, um cano do sistema hidráulico do prédio rompeu-se
com o calor da chamas, e a água invadiu outros laboratórios. “Hoje [segunda] tivemos de fechar todos por conta
da perícia e do cheiro forte que ainda permanece do incêndio. Nesta terça vamos avaliar se podemos abrir as
demais unidades”, disse Garcia.
Como a UFPR é uma das instituições federais de ensino superior em greve, apenas professores e alunos de
mestrado e doutorado têm frequentado os laboratórios. “E, felizmente, o incêndio aconteceu num sábado, por volta
das 17h, quando não havia ninguém aqui”, lembrou.
Os bombeiros chegaram ao campus Jardim Botânico da UFPR, onde fica o laboratório, cerca de dez minutos após
a explosão, e controlaram rapidamente o incêndio. Ainda assim, as instalações ficaram completamente destruídas.
“É possível que o prejuízo chegue à casa das centenas de milhares de reais. Mas a grande perda é imaterial.
Alguns professores tinham pesquisas em andamento aqui há mais de 30 anos”, lamentou Garcia.
Na sala, que durante o período letivo abriga até 50 alunos, além de plantas medicinais, havia computadores, uma
biblioteca com teses, artigos e livros acadêmicos e computadores. “Muito pouco poderá ser recuperado”, avaliou o
chefe do departamento. Para Garcia, que participa da greve de professores da UFPR, o incêndio serve para
chamar atenção para um dos itens da pauta de reivindicações da categoria.
“O governo federal quer mudar o cálculo do adicional de insalubridade de quem trabalha em locais como esse
laboratório, atribuindo um valor fixo em vez de um percentual sobre o salário. Os médicos devem conseguir mudar
isso, pois quando param paralisam os hospitais públicos. Mas um servidor de laboratório nunca aparece. Mas, se
um local como esse explode como aconteceu aqui no sábado, certamente é insalubre”, argumenta.
http://www.sinditest.org.br/portal/geral/apos-explosao-ufpr-fecha-laboratorios-do-curso-de-farmacia/