O documento discute como o estresse infantil é frequentemente ignorado por pais e educadores, e descreve os diferentes tipos de estresse e seus efeitos nas crianças, incluindo sintomas físicos e comportamentais. Também lista vários fatores estressores comuns para crianças e sugere que pais adotem uma abordagem mais racional ao lidar com situações estressantes.
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
Crianças estressadas
1. CRIANÇAS ESTRESSADAS
Autora da Apostila: Simone Helen Drumond
http://simonehelendrumond.blogspot.com
simone_drumond@hotmail.com
(92) 8808-2372 / 8813-9525
3. CRIANÇAS ESTRESSADAS
O estresse infantil não é levado em consideração por
muitos pais e educadores, julgam tratar-se de algo
fantasioso, porque consideram que o estresse é um
"privilégio" apenas dos adultos.
O estresse é conceitualmente a conseqüência da
adaptação do corpo e mente às mudanças culturais e
sociais seja criança ou adulto.
Existem dois tipos de estresses, embora todos os
indivíduos devam ter uma certa dose de estresse
indispensável para a vida que é denominado de eutresse.
Quando ultrapassa os limites de tolerância do corpo e da
mente a saúde começa a apresentar sinais com a queda de
rendimento e esse é o que se denomina distresse.
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4. CRIANÇAS ESTRESSADAS
A síndrome do estresse se define como a combinação de três
elementos:
1. o ambiente
2. os pensamentos negativos
3. as respostas físicas, que interagem de tal forma que provocam
na pessoa estados de ansiedade, agressividade e depressão
Cientificamente é a reação fisiológica e psicológica de uma pessoa
que se empenha para se adaptar ás pressões internas e externas.
O estresse não é um fenômeno recente e não se limita somente ao
mundo ocidental.
Levando-se em conta que tanto o ocidente como o oriente vivem
sob uma constante tensão gerada pela tecnologia gerando por sua
vez a industria maligna da guerra, do terrorismo e do uso de
drogas quer as ilícitas quer as farmacológicas, na forma de
tranqüilizantes ou de estimulantes, vivendo assim a humanidade
momentos de grande apreensão.
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5. CRIANÇAS ESTRESSADAS
O desenvolvimento de tecnologia alterou radicalmente os hábitos e
as atitudes das pessoas, daí ser necessário ter o conhecimento das
engrenagens que causam o estresse e as ameaças com que nos
deparamos.
O "boom" dos meios de comunicação criou uma "aldeia global",
pois o que acontece nesse minuto aqui no outro segundo já se sabe
acolá, portanto a humanidade vive as 24 horas ligada com o mundo
e os noticiários quase sempre alarmantes com descrições de
quadros que geram inquietude tais como: seqüestros, chacinas,
desastres violentos etc.
Criando como resultado a tensão em
nosso sistema psico-físico que se reverte
em eutresse e posteriormente
em distresse.
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6. CRIANÇAS ESTRESSADAS
As crianças em razão do estresse
que vivem os adultos por
contaminação criam na sua mente
cheia de fantasias um verdadeiro
mar povoado de monstros
ciclópicos.
Por outro lado a aceleração provocada pela tecnologia
provoca os adultos que projetam nas crianças tratamentos
com exigências absurdas transformadas em "pequenos
executivos robotizados", dividindo o seu tempo com cursos
de idiomas, de artes, esportes, tarefas da escola, e acabam
esquecendo pelas grandes "responsabilidades" que lhe são
impostas que também devem brincar.
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7. CRIANÇAS ESTRESSADAS
As doenças, hospitalização, a perda de parentes queridos, a troca constante
de escola e de professores, etc., sem contar os fatores genéticos, que
podem, transformar uma criança estressada num adulto distressado.
Os adultos e particularmente os pais que vivem emaranhados por quadros
de distresse com as frustrações que sofrem ocasionando vetores da
depressão, da agressividade, e da instabilidade nos relacionamentos
sociais.
As dificuldades na aprendizagem, entre outras, e a pior das conseqüências
que o estresse infantil pode acarretar transformando a criança em um ser
fragilizado pelas constantes frustrações a que é submetida.
O estresse físico ou psíquico assume uma característica de contágio,
principalmente quando os adultos se apavoram diante dos acontecimentos
da vida, influenciando enormemente na homeostásia da criança.
Rousseau foi um dos primeiros a criticar os métodos
educacionais de apresentar as matérias
exclusivamente sob uma perspectiva adulta,
refletindo valores e interesses adultos.
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8. CRIANÇAS ESTRESSADAS
A clássica Paidéia, isto é, o valor de transmitir uma herança
cultural-social é boa, mas o processo de aprendizagem precisa
levar em conta as percepções e o estágio de desenvolvimento da
criança.
"A infância tem seu próprio modo de ver, pensar e sentir, e
nada é mais tolo do que tentar substituir o que é deles pelo
que é nosso.“ (Emile Rousseau).
Mais especificamente, observou que as crianças amadureciam em
quatro estágios, e que, assim como cada estágio tem suas
características, deveria também ter um conjunto apropriado de
objetivos educacionais.
Este conceito de infância como uma fase distinta que precede a
vida adulta, acha-se enredado, entrelaçado com os conceitos
modernos de educação universal e pequena família nuclear (mãe,
pai, filhos, não a família extensa de épocas anteriores do final do
século XVIII e início do XIX, apogeu da Revolução Industrial
original).
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9. CRIANÇAS ESTRESSADAS
Aos pais, educadores, e jovens que ao terminarem a
leitura de "crianças estressadas" terão alguns subsídios
para corrigirem as suas falhas que são agentes
estressores, e propiciarão aos seus filhos condições
para que não se tornem adultos infelizes e
sobrecarregados pelo grande mal do século que é o
distresse.
É uma opção a crença em que temos o nosso livre arbítrio com o
direito de sermos exatamente como somos.
É daí é certo dizer: - "Errar é humano mas perdurar no erro é
diabólico"
Parem e pensem!
As crianças e adultos podem mostrar diferentes modos de reagir,
sendo que o estresse desempenha um papel importante nas
causas e na prevalência de problemas emocionais, o que é
também certo nas crianças.
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10. A PERCEPÇÃO DAS CRIANÇAS E OS ESTRESSORES.
Os itens que citaremos a seguir devem ser considerados pontos chaves para a
investigação , na intervenção terapêutica e prevenção. A observação da criança, seja
por um especialista, professor, pais, deve estar orientada por estes pontos de
referencia:
SINTOMAS SIM NÃO Observações sobre este aspecto
A criança acredita que não poderá fazer
face aos agentes estressores?
A criança pensa sobre a possibilidade de
controlar o que lhe acontece?
A criança diante do impacto do estresse
é afetada nas áreas de atuação da
criança tais como desempenho escolar,
relações sociais e familiares, saúde
física, e quais são os mecanismos que a
criança usa para ajustar-se ao estresse?
A criança estressada reage com
comportamentos aleatórios?
A criança está adotando que tipo de
padrão de conduta?
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11. CRIANÇAS ESTRESSADAS
O estresse como estímulo:
SINTOMAS SIM NÃO Observações sobre este aspecto
A monotonia
O isolamento
O trabalho continuado
Sob pressão de tempo
Frio e calor
Troca abrupta de
ambiente
São vetores estressantes cujos efeitos geralmente provocam na criança
reações de adaptação; embora estas reações podem, não ser de fácil
adaptação.
Sob este ponto de vista, se considera o estresse como agente estressor e as
características do ambiente exigem condutas de adaptação, e. podem se
identificar tanto estressores externos conforme vimos acima ou como
estressores internos (impulsos, desejos, etc.).
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12. CRIANÇAS ESTRESSADAS
A criança exibe comportamentos
como resposta que procuram
adaptá-lo ao estressor.
As crianças podem mostrar, diferentes estilos de resposta diante
do estresse, reações que significam o uso de determinados
mecanismos defensivos, inclusive desde a idade pré escolar.
Considerando o aspecto fisiológico, Selye (1974) denominou
Síndrome de Adaptação Geral nas reação fisiológica generalizada
na experiência de estresse.
Efeitos do estresse quando ocorre estados de estresse
prolongados denominado estado de emergência produz uma
resposta complexa denominou Síndrome de Adaptação Geral.
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13. CRIANÇAS ESTRESSADAS
Esta condição prolongada de estresse
provoca danos ao organismo principalmente
por causa da secreção maior dos níveis de
adrenalina e hormônios corticosteroides
secretados pelas glândulas adrenais
também denominadas de supra renais.
Normalmente as células de nosso organismo utilizam 90% de sua
energia em atividades metabólicas para a renovação, reparação e
elaboração de novos tecidos, conhecido como metabolismo
anabólico.
Sob estresse esta operação muda radicalmente isto é através de
atividades dirigidas a renovação, reparação e elaboração de
tecidos o organismo passa a enviar quantidades enormes de
energia aos músculos.
Tal mudança é conhecida como metabolismo catabólico.
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14. CRIANÇAS ESTRESSADAS
As atividades de reparação e criação dos tecidos paralisam e o
organismo começa a desorganizar os tecidos em busca da
energia que tão urgentemente necessita.
Na antigüidade o homem sofria estresse para se defender contra
as hostilidades de animais selvagens, e responder a estados de
emergência que o ameaçavam fisicamente.
Na sociedade atual em lugar dos animais selvagens
que habitavam as selvas as organizações urbanas se
transformaram em selvas de pedra, enfrentando
situações de outro tipo tais como guerras operadas
com alta tecnologia, problemas econômicos, nas
relações sociais, etc. e os mecanismos de desgaste
são os mesmos que os nossos antepassados se
deparavam com os animais selvagens.
O problema permanece porque as mudanças são tão rápidas que
não permitiram uma adaptação ao homem aos mesmos.
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15. CRIANÇAS ESTRESSADAS
O estresse como ameaça percebida: conclui-se que provem
da percepção e avaliação que a pessoa faz da situação,
identificando-a como evento ameaçador para a própria
segurança.
A pessoa avalia e compara
suas próprias capacidades
para fazer frente ao estresse e
a intensidade do estressor,
experimentando reações
conseqüentes dessa
avaliação.
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16. CRIANÇAS ESTRESSADAS
A disparidade entre a ameaça que a pessoa experimenta e a
crença que tem sobre sua capacidade para enfrentá-los, determina
a experiência do estresse.
Crianças que vivem acordando no meio da noite, que estão
sempre irritadas e nervosas, reclamam de dores musculares,
querem faltar as aulas, não conseguem aprender apresentando
dificuldades na escola podem ser sinais de uma criança
estressada.
Uma lista enorme de situações e fatos podem ser fatores
estressores das crianças.
Esta lista inclui mudanças constantes, responsabilidades
em excesso, muitas atividades, brigas ou separação de
pais, problemas na escola, morte na família, exigência ou
rejeição por parte dos colegas, disciplina confusa por
parte dos pais, doenças, hospitalização, troca de
professores ou de escola, mudança de babá, nascimento
de irmão, entre outras
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17. CRIANÇAS ESTRESSADAS
Pais que são professores, executivos, donas
de casa, enfermeiras, médicos, e outras
profissões estressantes que permanecem
saudáveis no relacionamento com seus filhos,
são aquelas que adquirem uma filosofia do
bem viver manejando as situações
estressantes com realidade e dando uma
solução pronta ao caso com uma atitude mais
racional e menos emocional ao caso e não
ficando a remoer os prós e contras que não
levam a resultados positivos e acabam
criando acumulações estressantes que
acabam lavando a pessoa ao distresse
(estresse maligno).
Simone Helen Drumond
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18. Outras dicas para ajudar
seus filhos em diversos
aspectos do seu cotidiano
social e escolar,
você pode encontrar em...
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