O documento descreve os estágios da escrita infantil de acordo com autores como Olga Polido e Luria. São cinco estágios iniciais: 1) rabiscos e atos imitativos; 2) escrita não diferenciada; 3) escrita diferenciada; 4) escrita por imagens (pictográfica); 5) escrita simbólica. Posteriormente, a escrita evolui para os sistemas pictográfico, ideográfico e alfabético. Vygotsky e Luria destacam que a criança desenvolve hab
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
Estágios da escrita infantil
1. ESTÁGIO DA ESCRITA INFANTIL POR SIMONE HELEN DRUMOND ISCHKANIAN
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QUADRO TEÓRICO E ANALÍTICO
Autora: Olga Polido. “A origem da pré-história da escrita infantil”, experiência didático/ pedagógica com crianças entre 4, 5 e 6 anos -
Universidade Estadual de Maringá.
ESTÁGIOS DA ESCRITA
INFANTIL
DESCRIÇÃO E COMENTÁRIOS ACERCA DAS CARACTERÍSTICAS DOS ESTÁGIOS
ESTÁGIO 01
Estágio dos rabiscos/atos
imitativos, primitivos, pré-
culturais e pré- instrumentais.
No entanto, a escrita tem uma longa trajetória que foi se constituindo juntamente com o desenvolvimento dos homens.
Basta observar os desenhos que foram feitos nas paredes das cavernas pelos homens que viveram no período da pré-
história, denominados de pinturas rupestres, que ainda hoje comunicam ao homem, aspectos da vida de seus ancestrais.
(POLIDO p. 1). Nesse sentido o estágio do rabisco infantil é percebido como uma atividade sinestésica, onde a criança
projeta suas construções gráficas de maneira desordenada. O rabisco também é um estágio da Garatujem Desordenada,
que é onde a criança expressa linhas simples, sem planejamentos ou controle das ações. A criança ao rabiscar ultrapassa
os limites de papel e muitas vezes nem olhar para o contexto desenvolvido. Os atos imitativos do rabisco surgem a partir
da Garatuja Ordenada, nesse estágio a criança é capaz de perceber que existe uma relação entre seus movimentos e a
projeção do grafismo. Um foco importante é que por mais que a criança projete traços circulares, longitudinais e troque
de cor nas atividades, ela ainda não consegue relacionar o desenho com a realidade.
O pictograma primitivo pode evoluir, para cada desenho, um significado, o que possibilitou com o tempo a inclusão de
desenhos que tornavam mais clara as mensagens, separando cada elemento de acordo com seu significado e tendo como
referência a estrutura da língua falada. Esta forma de representação começou a ser utilizada por diferentes civilizações
em diferentes épocas. (POLIDO p. 2). Podemos evidenciar os Atos primitivos, pré-culturais e pré-instrumentais, na
Garatujem Nomeada, onde a criança desenha de forma reconhecível e assim, atribui significado as suas produções. Um
outro aspecto relevante aos atos pré-culturais e pré-instrumentais, é a Fase Pré-Esquematica, onde a criança revela as
primeiras tentativas da configuração humana. A criança desenha o que sabe do objeto, ela não revela uma relação
temática entre os objetos desenhados.
ESTÁGIO 02
Estágio da escrita Não
diferenciada.
Nessa fase observam-se rabiscos semelhantes, não-diferenciados, que não tem qualquer significado funcional, puramente
externo e imitativo. Luria (2006) apud Polido.
Luria (2006) apud Polido “afirma que a origem dos processos psíquicos da linguagem escrita inicia-se na pré-história do
desenvolvimento das formas superiores do comportamento infantil. Portanto, segundo o autor, antes mesmo de atingir a
idade escolar, durante a pré-história individual, a criança já desenvolve por si mesma, uma quantia de técnicas primitivas,
igual àquilo que chamamos escrita, até desempenhar funções semelhantes. O autor, conclui que para estudar a pré-
história da escrita e as várias tendências e fatores que a envolvem, a melhor maneira seria descrever esses estágios”. O
estágio da escrita não diferenciada é quando a criança não projeta um grafismo funcional.
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Na escrita não diferenciada “a criança utiliza os rabiscos não para ler, mas, para lembrar-se do que lhe foi dito as
palavras ou frases curtas são registradas com linhas curtas e palavras ou frases longas com um grande número de
rabiscos, rabiscos longos e complicados. Seus rabiscos ainda não constituem uma escrita ou servem de auxílio estável
para a memória, é apenas desenho da frase pronunciada no ritmo do signo gráfico e depois começa a expressar um
conteúdo específico”. Luria 2006 apud (POLIDO p, 13).
ESTÁGIO 03
Estágio da Escrita
Diferenciada
Nesse estágio, a criança substitui a escrita não-diferenciada pela escrita diferenciada, isto significa que ela fez uma
pequena invenção, cujo significado psicológico representa o desenvolvimento de formas complexas de comportamento
cultural, ou seja, ela tenta utilizar as marcas que fez para recordar o que lhe foi ditado. Para observar este estágio, é
preciso introduzir do is fatores que levam a criança da fase não-diferenciada para a atividade gráfica diferenciada:
números e formas. Luria 2006 apud (POLIDO p, 15).
ESTÁGIO 04
Estágio da escrita por Imagens
(pictográfica)
A pictografia é a origem de todas as escritas. Ela é utilizada até os dia atuais, nas sinalizações de designe gráfico nas
ruas, nas escolas e principalmente no contexto da INCLUSÃO. Nas atividades relacionadas aos autistas é conhecida
como as PECS de comunicação. (...) com o desenvolvimento dessa escrita a criança ultrapassa a tendência em retratar o
objeto em sua totalidade. A criança chega à ideia de usar o desenho como meio de recordar, e o fator quantidade e forma
distinta levam a criança à pictografia. Essa fase baseia-se na rica experiência dos desenhos infantis, os quais em si
mesmos, não precisam desempenhar a função de signos mediadores em qualquer processo intelectual. Luria 2006 apud
(POLIDO p, 16).
ESTÁGIO 05
Estágio da escrita Simbólica.
(...) esse estágio a relação da criança com a escrita é puramente externa. A criança escolhe um meio indireto e, em vez de
um todo que ela acha difícil retratar, desenha uma parte qualquer desse todo, o que é mais fácil. Pouco a pouco
desenvolve técnicas diferenciadas para este nível mais alto de desenvolvimento. O momento da passagem da escrita
pictográfica à escrita simbólica é um marco importante no desenvolvimento infantil. A escrita por imagens constitui uma
etapa natural na pré-história da escrita da criança, a qual é, posteriormente, suplantada pela escrita alfabética simbólica.
Luria 2006 apud (POLIDO p, 17).
Autora: Stemmer Márcia Regina Goulart. “A educação infantil e a alfabetização”, da In: _ Quem tem medo de ensinar na educação
Infantil? Em defesa do ato de ensinar (2007).
FASES DA HISTÓRIA
DA ESCRITA
CARACTERÍSTICAS
1.PICTOGRÁFICA O homem primitivo serviu-se de diversos meios de comunicação, no entanto, nenhum deles tinha a finalidade de representar a
língua oral. Eram totalmente independentes da fala. A manifestação mais elaborada desses processos comunicativos foi a
"pictografia", ou melhor, a "escrita pictográfica". Consiste em transmitir uma ideia, um conceito ou um objeto através de um
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desenho (símbolo) figurativo e estilizado. A escrita pictográfica foi a base da escrita cuneiforme e dos hieróglifos, origem de
todas as formas de escrita e, apesar dos "milênios", a pictografia continua a ser utilizada, principalmente na sinalização do
trânsito e de locais públicos, na infografia e em várias representações do design gráfico; pois são autoexplicativas e
universais. (Sergio Ricardo 2007).
2. IDEOGRÁFICA (...) escrita ideográfica são os caracteres chineses e japoneses. Os ideogramas são inscritos, separadamente, num quadrado
imaginário, dispostos em colunas e lidos de cima para baixo a partir da direita. No início, a escrita traduzia somente ideias
(imagens) e não sons. Entretanto, para traduzir ideias abstratas, cuja transcrição gráfica era impossível, os chineses recorreram
aos símbolos (ideogramas) de objetos concretos, correspondente na língua falada, a uma palavra com o mesmo som. Deste
modo, introduziram elementos fonéticos na escrita ideográfica. Na forma tradicional, os caracteres eram traçados a pincel. O
emprego da pena de escrever deu aos signos um aspecto anguloso. Na escrita ideográfica, há a necessidade de um vasto
número de símbolos, posto que a evolução desse sistema ficou sujeita a modificações e adaptações constantes, pois o número
de pensamentos ou ideias que se deseja comunicar é praticamente infinito e tende a aumentar passo a passo com o
desenvolvimento de uma cultura - no período Shang (1766-1122 a.C), havia cerca de 2.500; hoje há aproximadamente 50 mil.
A vantagem do ideograma é que pode ser lido independentemente da língua falada. (Sergio Ricardo 2007).
3. ALFABÉTICA A Escrita Silábica é um sistema onde cada símbolo é a combinação de sons de consonantais e vogais representando uma
sílaba (silabismo). Assim, há um símbolo para o [bê, cê, cá, dê, etc.]. A escrita etíope é uma escrita silábica. Escrita
Alfabética e Fonética é o nosso sistema de escrita. Consiste na representação dos sons de determinada língua pelas letras do
seu alfabeto, mas nem sempre correspondendo exatamente ao som da língua. Assim, podemos dizer que nossa escrita não é
exclusivamente fonética. Escrita Alfabética Fonológica é o sistema de escrita alfabética ideal, em que a cada fonema (som)
corresponderia uma letra. O foneticismo aproxima, portanto, a escrita de sua função natural que é a de representar a língua
falada, oral, verdadeira natureza da linguagem. (Sergio Ricardo 2007).
CONSOLIDAÇÃO/
PROPAGAÇÃO E
CONSOLIDAÇÃO DA
LEITURA E DA ESCRITA
A consolidação da leitura e da escrita é a propagação do letramento, por meio do processo de alfabetização.
O foco é abranger que a assimilação da escrita alfabética institui um método de captação de um código de notação e não a
aquisição de um código. As teorias da psicogênese da escrita são relevantes para compreensão do processo de assimilação do
Sistema de Escrita Alfabética, uma vez, que essa consente e compreende as semelhanças entre acordo fonológica e
alfabetização.
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Autora: Stemmer Márcia Regina Goulart. “A educação infantil e a alfabetização”, da In: _ Quem tem medo de ensinar na educação
Infantil? Em defesa do ato de ensinar (2007).
AFIRMAÇÕES DE VYGOTSKY SOBRE A ESCRITA AFIRMAÇÕES DE LÚRIA SOBRE A ESCRITA
1. Para Vygotsky, o aprendizado da escrita é um processo complexo que é
iniciado para criança “muito antes da primeira vez que o professor coloca
um lápis em sua mão e mostra como formar letras”.(Vygotsky L.S., et al .
1988 p.143. apud Baptista).
1. Percebe-se que o desenvolvimento da linguagem escrita é feito de forma
dialética em que a criança retorna gradativamente ao estágio anterior, mais
sempre, seu nível de desenvolvimento atinge um novo grau de compreensão, e
este desenvolvimento expressa as formas complexas de comportamentos sociais,
que é, segundo Lúria, o mais inestimável instrumento da cultura: “Não é a
compreensão que gera o ato, mais é muito mais o ato que produz a
compreensão” (LURIA, 2001, p.188, apud Baptista)
2. Vygotsky faz importantes críticas à visão, presente na psicologia e na
pedagogia, que considera o aprendizado da escrita apenas como habilidade
motora. Ensina-se as crianças a desenhar letras e construir palavras com
elas, mas não se ensina a linguagem escrita. Enfatiza-se de tal forma a
mecânica de ler o que esta escrito que se acaba obscurecendo a linguagem
escrita como tal.(VIGOTSKI, 1984. p.119. apud Baptista).
2. Os estudos e as experiências de Lúria devem ser profundamente considerados,
pois, a sua contribuição à área pedagógica é de grande valor. Estes estudos e
experiências trazem luz ao analisarmos as crianças que estão aprendendo a
escrita. (BAPTISTA et AL. 2009)
3. De acordo com Vygotsky, “a educação é a influência premeditada,
organizada e prolongada no desenvolvimento de um organismo” (apud
MARTINS, 2006, p. 49). Nesse sentido pensar a educação da criança e do
ser humano de modo mais amplo é pensar num contexto de possibilidades
de interações sociais intersubjetivas estabelecidas ou que se estabelecem
num processo de trocas mediadas pelo conhecimento, pela cultura e pela
história inerentes a todos os seres humanos, pois, como lembra Facci
(2006, p. 138) apud (DRAGO p.49).
3. Segundo os estudos e pesquisas de Lúria, um dos seguidores de Vygosky, a
criança tem uma história, uma origem fora da escola. Esta história de cada
indivíduo tem grande peso no desenvolvimento da escrita, e também, do ser
humano como um todo, pois todos os períodos vivenciados pela criança servirão
de base para formação de um ser que se completa a cada dia. (BAPTISTA et AL.
2009)
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FICHAS DE ANALISE INTERPRETATIVA DO DESENHO INFANTIL
Disponível em: http://simonehelendrumond.blogspot.com.br/2012/01/estudo-das-cores-nos-desenhos.html
O objetivo dessas fichas é permitir que os educadores ou profissionais da saúde, compreendam a projeção infantil para analisar perspectivas educacionais ou
detectar fatores sócio afetivo e/ou emocionais. Desmitificando aspectos do senso comum que por séculos embasam que a criança que tem preferência pela cor
preta em seus desenhos , está com problemas emocionais.
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FICHAS DE ANALISE INTERPRETATIVAS QUANTO A POSIÇÃO DO DESENHO INFANTIL
Disponível em: http://simonehelendrumond.blogspot.com.br/2012/01/posicao-do-desenho-infantil.html
O objetivo dessas fichas é permitir que os educadores ou profissionais da saúde, compreenda coesamente a fase gráfica da criança. Permitindo-lhe fazer uma
analise interpretativa e descritiva significativa sobre o desenvolvimento psicomotor da criança.
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FICHAS DE ANALISE INTERPRETATIVA DO TRAÇADO INFANTIL
Disponível em: http://simonehelendrumond.blogspot.com.br/2012/01/caracteristica-quanto-aos-tracos-do.html
O objetivo dessas fichas é permitir que os educadores ou profissionais da saúde, compreenda coesamente as características quanto ao traçado infantil. Permitindo-
lhe fazer uma analise interpretativa e descritiva significativa sobre o desenvolvimento psicomotor da criança.
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OUTROS PORTFÓLIOS RELACIONADOS AO QUADRO TEORICO E ANALITICO DOS ESTÁGIOS DA ESCRITA INFANTIL
CARACTERISTICAS QUANTO A PRESSÃO DO DESENHO
http://simonehelendrumond.blogspot.com.br/2012/01/caracteristica-quanto-pressao-do.html
DIMENSÃO DO DESENHO INFANTIL
http://simonehelendrumond.blogspot.com.br/2012/01/dimensao-do-desenho-infantil.html
AS GARATUJAS REVELAM O OHAR DA CRIANÇA
http://simonehelendrumond.blogspot.com.br/2012/01/as-garatujas-revelam-o-olhar-da-crianca.html
FASES DO DESENHO INFANTIL
http://simonehelendrumond.blogspot.com.br/2012/01/as-fases-do-desenho-infantil-por-simone.html
COMO INTERPRETAR O DESENHO INFANTIL
http://simonehelendrumond.blogspot.com.br/2012/01/apostila-como-interpretar-o-desenho-das.html
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REFERENCIAS:
BAPTISTA, Ana Carolina Rosendo Gonzalez C. et AL. O processo de aquisição da linguagem escrita: estudos de A. R. Lúria e L. S. Vygotsky.
Disponível em: http://www.scelisul.com.br/cursos/graduacao/pd/artigo4.pdf. Acessado em: 24/09/2013.
DRUMOND, Simone Helen Ischkanian. Fichas de analise interpretativa do traçado infantil. Disponível em:
http://simonehelendrumond.blogspot.com.br/2012/01/caracteristica-quanto-aos-tracos-do.html. Acessado em 25/09/2013.
DRUMOND, Simone Helen Ischkanian. O estudo das cores nos desenhos. Disponível em:
http://simonehelendrumond.blogspot.com.br/2012/01/estudo-das-cores-nos-desenhos.html. Acessado em 25/09/2013.
DRUMOND, Simone Helen Ischkanian. Fichas de analise interpretativas quanto a posição do desenho infantil. Disponível em:
http://simonehelendrumond.blogspot.com.br/2012/01/posicao-do-desenho-infantil.html. Acessado em 25/09/2013
POLIDO, Olga. “A origem da pré-história da escrita infantil”, experiência didático/ pedagógica com crianças entre 4, 5 e 6 anos - Universidade
Estadual de Maringá.
RICARDO, Sérgio. Os sistemas de escritas. Disponível em: http://www.recantodasletras.com.br/gramatica/370335 Acessado em: 23/09/2013.
STEMMER, Márcia Regina Goulart. “A educação infantil e a alfabetização”, da In: _ Quem tem medo de ensinar na educação Infantil? Em defesa
do ato de ensinar (2007).