O documento discute a chegada dos portugueses no Brasil e seu impacto nos povos indígenas e negros, que sofreram exploração e opressão. Também reconhece que, apesar da abolição da escravatura, a opressão racial continua existindo. Finalmente, destaca a exploração contínua do trabalho infantil no Brasil, violando os direitos das crianças.
A chegada dos portugueses por simone helen drumond
1. Investigando o passado,
analisando o presente
e prevendo o futuro
Culminância do
projeto na Festa
Junina do CEST
2. JUSTIFICATIVA
A força propulsora deste trabalho foi o fato de que, nosso livro de História
nos revela, através dos seus mais variados textos que a cada dia, a luta
contra o preconceito, a dominação e a opressão racial e social, necessitam
de maior quantidade de mãos unidas, para que os fatos sejam contados do
ponto de vista real.
Nossos alunos despertaram para a questão da Chegada dos Portugueses
no Brasil e principalmente sobre o descaso que os indígenas e negros
sofreram no contexto de nossa História. Nossos livros revelam um contexto
real da História do Brasil.
Através da pesquisa, nossos educandos concluíram muitos outros livros
falseiam e escondem a verdadeira história, visto que, um povo que
desconhece sua história perde a própria identidade.
3. OBJETIVOS
* Resgatar a memória cultural do povo brasileiro destacando as
várias formas de preconceito e discriminação;
* Refletir e questionar nossa posição na sociedade em relação à
negritude;
* Desenvolver uma consciência ética e crítica ampliando os
horizontes não apenas para esclarecer e interpretar o mundo, mas para
modificá-lo;
* Destacar a beleza indígena e negra tanto cultural, quanto fisicamente.
4. OBJETIVO
Despertar a noção da História real do Brasil, a
igualdade entre as diferentes etnias das
crianças das Turmas do 5º ano A,B,C, anulando
o preconceito e valorizando as contribuições da
herança Africana e indígena para a cultura
brasileira.
5. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO
* Apreciação da beleza do negro através de trabalho
interdisciplinar com músicas ;
•Apresentação de outra versão da abolição segundo
a visão dos alunos do 5º ano A,B,C;
•Estudo sobre a vida de Zumbi dos Palmares ;
•Atividades e pesquisado contidas no livros de
História;
•Reflexão partindo de reportagens, relatos e
novelas;
* interdisciplinando o tema proposto no Livro de
História com as disciplinas de Geografia,
Matemática, Língua Portuguesa e Ciências.
6. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO
*Análise e combate de piadas e
provérbios que envolvem o
indígena e o negro de forma
negativa;
*Exploração e montagem de
cartazes que valorizam o indígena
e negro como membro da
sociedade;
* Momento de socialização
cultural através das diversas
manifestações artísticas;
7. METODOLOGIA
Discussões e debates envolvendo os
temas relacionados à valorização do
indígena e do negro na sociedade;
Dramatizações e produções arte
visuais ;
Atividades interdisciplinares utilizando
músicas e livros de literatura;
Análise e interpretação de diversos
textos;
Atividades sócio-educativo-culturais
envolvendo alunos (Festa Junina 2008
no CEST).
8. RESULTADOS ALCANÇADOS
Mudança de comportamento dos alunos
e expressão de sentimentos que antes
traduziam uma negação da
auto-aceitação e ironia, para sentimentos de
respeito,
auto-respeito, auto-confiança, alegria e
solidariedade.
Este sentimento de auto-aceitação foi
percebido quando os alunos se
descreveram oralmente.
9. TEXTO PRODUZIDO NO DECORRER DOS ESTUDOS DA CHEGADA DOS PORTUGUESES
AUTORAS: CRISTINA MELLO, SIMONE DRUMOND E NAYANA BOUTH
SUPERVISÃO DO TEXTO – COORDENADORA DE LÍNGUA PORTUGUESA MARIA JOSÉ DE MELLO
Com a chegada dos portugueses ao Brasil, uma
nova era de mudanças ocorreram na vida dos povos
indígenas que aqui habitavam: os colonizadores
tomaram conta da terra que até então era deles,
iniciando-se assim um processo de exploração da
cultura e do trabalhado desses nativos, porém esse povo
forte não se curvou diante das imposições do branco.
Nossos irmãos negros, que chegaram ao Brasil nos
porões das embarcações de tráfego negreiro, sofreram
também anos de escravidão. Mas, apesar de pacíficos,
nunca deixaram de lutar honestamente pela liberdade.
Essa liberdade ecoou nos versos de vários poetas e
principalmente de Castro Alves. Enfim, com a assinatura
da Lei Áurea de 1822 , pela princesa Isabel, foi abolida a
escravidão do negro no Brasil. Porém, após mais de dois
séculos de assinatura dessa lei, a escravidão ainda
existe em diversos segmentos da sociedade.
10. A história registra um fato muito mais
chocante, desconhecido por muita gente e que
começou no início da colonização do Brasil e
continua nos dias atuais: a exploração do
trabalho infantil a que chamamos de mão-de-
obra invisível.
Hoje, no Brasil, existem quase oito milhões
de crianças que não têm as mesmas
oportunidades que a maioria, pois trabalham
até 12 horas por dia, debaixo de sol ou chuva.
Algumas delas, com idade média de 4 anos,
costumam trabalhar sem nenhuma proteção
nas lavouras de laranja, nas carvoarias e nos
canaviais. Muitas outras trabalham com suas
famílias nos lixões das cidades. Em Manaus,
podemos ver crianças trabalhando como
vendedoras, engraxastes, flanelinhas,
lavadoras de carros, dentre outras atividades;
muitas vezes obrigados pelos próprios pais. E
não sobra tempo para o essencial: o estudo e o
lazer.
11. Além disso, existem as crianças que são
escravas das pessoas que administram os times de
futebol. Os caçadores de talentos fazem as crianças
treinarem até a exaustão a fim de torná-las grandes
esportivas e, para depois, vendê-las como mercadorias
para clubes nacionais e internacionais.
Hoje, a Constituição Brasileira estabelece Leis
que garantem os direitos e deveres de todos os
cidadãos, independente de raça e credo, porém o Brasil
é um país de contradições, pois não garante na prática
que tais direitos sejam exercidos.
Dentre essas leis há o Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), instituído pela lei nº 8.069, de 13 de
julho de 1990, que garante às crianças e adolescentes
proteção integral e que coíbe o trabalho infantil. É
preciso, pois, uma ação global, em que toda a
sociedade brasileira se envolva a fim de fazer valer
esse estatuto e erradicar de vez a exploração do
trabalho infantil no Brasil e garantir a todas as crianças
os direitos básicos: alimentação, saúde, lazer e
educação. É nosso dever como cidadão e cristãos
mudar o curso dessa história.