Memória e Patrimônio
AS ONDAS DE DESTRUIÇÃO: A EFEMERIDADE DO ARTEFATO TECNOLÓGICO E O DESAFIO DA PRESERVAÇÃO AUDIOVISUAL
BANCA:
Profª. Drª. Leila Beatriz Ribeiro (orientadora) – UNIRIO
Profª. Drª. Carmen Irene Correia de Oliveira – UNIRIO
Profª. Drª. Rosa Inês de Novais Cordeiro – UFF
Prof. Dr. Rafael de Luna Freire - Associação Cultural Tela Brasilis
DIA: 27/04/2012, às 14:00 H
LOCAL: Sala 02 do PPGMS
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Defesa de Dissertação
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UNIRIO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEMÓRIA SOCIAL - PPGMS
MESTRADO EM MEMÓRIA SOCIAL
AS ONDAS DE DESTRUIÇÃO:
A EFEMERIDADE DO ARTEFATO TECNOLÓGICO E
O DESAFIO DA PRESERVAÇÃO AUDIOVISUAL
SILVIA RAMOS GOMES DA COSTA
ORIENTADORA: PROFª DRª LEILA BEATRIZ RIBEIRO
2. OBJETIVOS
Compreender como os artefatos tecnológicos entendidos
como objetos efêmeros — tornam-se (re) apresentações
de algo que está ausente. E tendo em vista as questões
da preservação audiovisual, o intuito é estudar quais
valores lhes são atribuídos, ampliando seu sentido usual
para um significado de referência no próprio fazer
cinematográfico;
Analisar o conceito de artefato tecnológico audiovisual;
Identificar como eles adquirem mais de um significado
dependendo das intermediações sociais de que
participam; e
Relacioná-los as estratégias de apropriação que
justifiquem sua ação de salvaguarda.
4. A TRAJETÓRIA DO ARTEFATO NA HISTÓRIA
DA INDÚSTRIA CINEMATOGRÁFICA:
AS ONDAS DE DESTRUIÇÃO
―... eu gostaria que fosse entendido em que medida a
noção de arquivo cinematográfico é inseparável de uma
prática cotidiana de descarte.‖
(Raymond Borde, 1991)
9. AS ESTRATÉGIAS DE PRESERVAÇÃO: OS
CONSTRUTORES DA MEMÓRIA AUDIOVISUAL
―Como espaço do triunfo do objeto, a coleção pressupõe o
reordenamento do mundo exterior e do próprio tempo.
Isso é feito por práticas, como o arranjo, a associação, a
classificação e a manipulação de objetos, que nos auxiliam
ainda a ter o domínio sobre as coisas que nos cercam.‖
(Leila Beatriz Ribeiro, 2008)
10. NARRATIVAS DE APROPRIAÇÃO
―... essa simples fita de celuloide impresso constitui não
somente um documento histórico, mas uma parcela da
história, e de história que não desapareceu, que não
precisa de um gênio para a ressuscitar‖
(Boleslav Matuszewski, 2001)
―Como os filmes poderiam se tornar algo sério se era para
ser tão efêmero tão carente de orgulho de ancestralidade
ou de tradição?‖
(Iris Barry apud Graham L. Eng-Wilmot, 2008)
―O cinema é arte da destruição das imagens em
movimento.‖
(Paolo Cherchi Usai apud Graham L. Eng-Wilmot, 2008)
11. O DOCUMENTO AUDIOVISUAL
―Os documentos audiovisuais apresentam-se sob diversos
suportes físicos característicos (atuais e obsoletos) cujos
formatos estão profundamente enraizados na consciência
coletiva. O disco de vitrola e a película perfurada
constituem ícones concretos, reconhecíveis e universais,
ainda que também se registrem sons e imagens sobre
suportes cuja identidade visual é menos marcante, a
exemplo das fitas magnéticas e dos discos rígidos de
computador. Em todo caso, as tecnologias associadas a
eles são representadas com a ajuda de ícones visuais
fáceis de reconhecer, como o pavilhão do gramofone, o
auto-falante, a bobina de filme, o projetor e o raio de luz
que ilumina a tela.‖
(Ray Edmondson, 2004)
12. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O cinema é efêmero, não por uma característica
particular, mas porque é uma expressão artística
economicamente e culturamente vinculada a modernidade
e seus desdobramentos. A alegoria das ―ondas de
destruição‖ apontam que nunca existirá um formato
definitivo, ainda que atualmente não possamos imaginá-
lo. O desafio da preservação audiovisual se constitui em
como viabilizar uma apropriação social de tão extenso
patrimônio. A história do cinema, no ponto de vista da sua
produção é tão relevante como as filmografias nacionais
ou de corrente artísticas?
13. REFERÊNCIAS
AMO GARCÍA, Alfonso del. Crisis de conservación.
Oleadas de destrucción. In: FIAT/ IFTA WORLD
CONFERENCE, 2006, Madrid. [Apresentação]. Madrid:
Federação Internacional de Arquivos de Televisão,
2006.
BORDE, Raymond. Los archivos cinematográficos.
Valencia: Filmoteca de la Generalitat Valenciana, 1991.
RIBEIRO, Leila Beatriz. Patrimônio visual: as imagens
como artefatos culturais. In: DODEBEI, Vera; ABREU,
Regina (Org.) E o patrimônio? Rio de Janeiro: Contra
Capa: PPGMS, 2008. p. 59-71.
MATUSZEWSKI, Boleslav. Uma nova fonte histórica.
Tradução: Daniel Caetano. Contracampo, n. 34, 2001.
14. REFERÊNCIAS
ENG-WILMOT, Graham L. The decay of memory and
matter: material transformation in the new artistic
archive. Washington DC: Dissertação (Master of Arts in
Communication, Culture & Technology) – Faculty of the
Graduate School of Arts and Sciences of Georgetown
University, Washington DC, 2008.
EDMONDSON, Ray. Audiovisual archiving:
Philosophy and principles. Tradução: Carlos Roberto de
Souza [No prelo]. Paris: UNESCO, 2004.
UNESCO. Recomendação sobre a salvaguarda e a
conservação das imagens em movimentos. In: CALIL,
Carlos Augusto et. al. Cinemateca imaginária:
cinema & memória. Rio de Janeiro: Embrafilme, 1981.
p. 141-160.
15. A profª. drª. Leila Beatriz Ribeiro,
Aos professores do Programa de Pós-Graduação em
Memória Social, em especial ao coordenador prof. dr.
Francisco Ramos de Farias,
A profª. drª. Camen Irene Correia, profª. drª. Rosa Inês
de Novais e ao dr. Rafael de Luna Freire,
A profª. drª. Anita Leandro,
Ao prof. Hernani Heffner,
Ao Robson Patrocínio e
Ao meus amigos de profissão e linha de pesquisa
A TODOS, O MEU MUITO OBRIGADO.