Este documento fornece informações sobre a região do Algarve em Portugal, incluindo sua história vitivinícola, tipos de vinhos produzidos na região e detalhes sobre alguns produtores específicos. O documento contém (1) uma introdução sobre a história da viticultura no Algarve, (2) uma seção sobre a região em geral e sua importância para a produção de vinho, e (3) detalhes sobre vários vinhos produzidos na região, incluindo Quinta do Francês, Lacóbriga, Her
1. Escola Secundária Soares Basto Oliveira Azeméis
Região do Algarve
Nome: Flávio
Turma e ano: 12 I
Nº8
Professor: Alexandre Silva
Disciplina Tecnologia Alimentar
Ano Lectivo: 2011/2012
Tema: Região do Algarve
2. Indicie
Pág.
Introdução 3
Região do Algarve 45
Tipos de vinhos do Algarve: 6
Quinta do Francês 6
Lacóbriga 7
Lacóbriga 8
Herdade dos Pimentais Reserva 9
Foral de Portimão Reserva 10
Encostas de Odelouca 11
Conclusão 12
3. Introdução
A partir de meados do século XX, foram muitas as vinhas abandonadas e a produção de
vinho na região não tardou a cair em flecha. Algumas adegas cerraram portas e outras
viram as suas produções a diminuir, ou perder as características que haviam dado fama
aos seus vinhos. Em pouco mais de meio século, o Algarve perdia, pois, a imagem de
uma região produtora. A vinha e o vinho pareciam ter, contudo, uma importância
decisiva na história do Algarve. Quase tudo o sugeria, desde a natureza dos solos e o
clima da região às primeiras notícias do contacto com tal bebida, reveladas por vestígios
arqueológicos com mais de dois mil anos. Diversos textos, de várias épocas,
mencionavam, de resto, a fama das suas passas de uva e dos seus vinhos, ou o papel que
eles tinham no trato comercial com outros reinos e com outras gentes. Uma descrição do
Algarve feita no século XVI por um frade agostinho, que viveu alguns anos em Tavira,
permitia conhecer, por outro lado, a existência de tradições culturais próprias, quer no
modo de amanhar as vinhas, quer na maneira de fazer vinho. Até o arranque massivo de
vinhas para dar lugar a inúmeros empreendimentos turísticos, já no século XX, não
deixava de mostrar, também, o lugar que esse cultivo tivera na economia da região.
Como o Algarve perdera essa dimensão vinhateira, foram escassos os estímulos para
que os investigadores se interessassem pelo tema e procurassem os testemunhos dessa
história esquecida. Poucos são, na verdade, os estudos disponíveis. De certa forma, foi a
vontade de resgatar esse silêncio que esteve por detrás da publicação que ora se
apresenta. A lacuna não ficou preenchida, nem tal seria possível sem um trabalho de
investigação mais demorado pelos arquivos e pelas bibliotecas.
Mas aqui se reuniram, pelo menos, os primeiros fragmentos dessa história, que se
procuraram integrar num panorama geral da evolução do cultivo da vinha e da produção
de vinho no território algarvio. A realização deste trabalho também mostra, por outro
lado, que algo mudou nos últimos anos. O desafio partiu de uma recente confraria de
enófilos algarvios, naturalmente interessada na recuperação dos saberes e dos sabores
vinhateiros da região, tendo sido favoravelmente acolhido pela vinha.
4. Região do Algarve
O Algarve da palavra Árabe que significa "o oeste" é a região mais a sul de Portugal
continental. Com uma área de 5,412 km² e uma população de 450 484 habitantes (4,5%
do Continente, 4,3% de Portugal), constitui uma das regiões turísticas mais importantes
de Portugal e da Europa. O seu clima temperado mediterrânico, caracterizado por
Invernos amenos e curtos e Verões longos, quentes e secos, as águas tépidas e calmas
que banham a sua costa sul, as suas paisagens naturais, o património histórico e
etnográfico e a deliciosa e saudável gastronomia são atributos que atraem milhões de
turistas nacionais e estrangeiros todos os anos e que fazem do Algarve uma das regiões
mais desenvolvidas do país. O Algarve é actualmente a terceira região mais rica de
Portugal, a seguir a Lisboa e à Madeira, com um PIB per capita de 86% da média
europeia.
Com uma região vinícola demarcada, de clima tipicamente mediterrâneo, que se utiliza
em castas tradicionais para produzir vinhos de qualidade, com sabor a fruto, baixa
acidez e a que o sol dá uma graduação elevada, os vinhos e aguardentes juntam-se à
tradição gastronómica do Algarve.
A importância da vinha no sul português remonta à presença árabe, época em que esta já
se cultivava e se exportava o saboroso líquido produzido.
Hoje, continuam a produzir-se vinhos de grande qualidade, aproveitando a localização
meridional e a protecção assegurada pela barreira montanhosa de Monchique, contra os
ventos frios do Norte e a exposição em anfiteatro virada ao Sul, que faz com que o
clima seja perfeito para a vinha.
A importância da vinha no sul português remonta à presença árabe, época em que esta já
se cultivava e se exportava o saboroso líquido produzido.
Hoje, continuam a produzir-se vinhos de grande qualidade, aproveitando a localização
meridional e a protecção assegurada pela barreira montanhosa de Monchique, contra os
ventos frios do Norte e a exposição em anfiteatro virada ao Sul, que faz com que o
clima seja perfeito para a vinha.
Os solos são litólicos, não húmidos, de arenitos, grés de Silves ou afins, regossolos
psamfticos, solos mediterrânicos vermelhos ou amarelos de arenitos e de ranas, podzóis
e aluviossolos.
Dada a tipicidade que as condições climatéricas conferem aos vinhos, existem no
Algarve quatro Denominações de Origem Controlada, DOC, Lagos, Portimão, Lagoa e
Tavira, onde nos últimos anos novas marcas de vinho surgiram no mercado, sendo a
mais original a Quinta do Barranco Longo do nosso Confrade Rui Virgínia.
5. A variedade de vinhos é grande, mas para acompanhar os deliciosos pratos algarvios
aconselha-se a Quinta Barranco Longo Reserva, o Foral de Albufeira, ou o Tapada da
Torre.
O Vinho Regional "Algarve" produz-se em toda a Região do Algarve
Para digerir os aperitivos e a doçaria tradicional do sul, a escolha vai para o vinho de
mesa Convento de Agrade.
E se os vinhos, tintos ou brancos, de mesa ou doces, são um contributo essencial para
uma boa refeição, no final deste momento de puro prazer não pode faltar a aguardente
de medronho ou um qualquer licor tradicional feito com frutos e mel.
Monchique é a terra desta aguardente algarvia com um sabor tão especial.
Destilada em alambiques de cobre por métodos ancestrais, é normalmente bebida em
pequenos goles, por homens sentados em volta de uma mesa, como símbolo de convívio
e confraternização.
O Vinho Regional "Algarve" produz-se em toda a Região do Algarve.
Para digerir os aperitivos e a doçaria tradicional do sul, a escolha vai para o vinho de
mesa Convento de Agrade.
E se os vinhos, tintos ou brancos, de mesa ou doces, são um contributo essencial para
uma boa refeição, no final deste momento de puro prazer não pode faltar a aguardente
de medronho ou um qualquer licor tradicional feito com frutos e mel.
Monchique é a terra desta aguardente algarvia com um sabor tão especial. Destilada em
alambiques de cobre por métodos ancestrais, é normalmente bebida em pequenos goles,
por homens sentados em volta de uma mesa, como símbolo de convívio e
confraternização.·
Os licores são o resultado de receitas antigas, que ensinam os mistérios da sua
preparação, em que não falta a afamada aguardente e a que se juntam aromáticas ervas
silvestres como o poejo, a hortelã da ribeira, o funcho, a erva-doce estrelada ou frutos
tão diversos como laranjas, morangos ou amêndoas.
6. Tipos de vinhos do Algarve
Quinta do Francês
O vinho merecedor
Região: Algarve / Lagoa DOC
Classificação: Vinho Regional Algarve
Castas: Trincadeira, Aragonez, Cabernet-Sauvignon e Syrah
Volume: alcoólico 13,5%
Temperatura: a servir 18 ºC
Visual: Cor rubi encorpado. Límpido e brilhante.
Aroma: Frutos vermelhos como a ameixa, a amora e a framboesa. Algum floral a esteva
do Campo. Nariz elegante e charmoso. Bem presente a madeira de carvalho francês
onde estagiou, durante 17 meses, em barricas novas.
Sabor: muito bem arredondado nos seus principais componentes orgânicos (madeira de
carvalho francês, taninos, teor alcoólico e acidez), vinho persistente, dum belo e
prolongado final de boca. Pode beber-se desde já ou guardar-se por mais uns anos.
Vai bem com: Um bom fumeiro de enchidos e presuntos da serra algarvia, confecções
requintadas, bacalhau de salga, pratos regionais à base de carnes de borrego e porco.
Carnes vermelhas, de capoeira, caça de penas e pêlo de confecção bem elaborada, uma
boa tábua de queijos nacionais e estrangeiros.
7. Lacóbriga
Branco | 2006
Vinho para ganhar adeptos
Região: Algarve / Lagos DOC
Classificação: Vinho Regional Algarve
Castas: Moscatel
Volume alcoólico: 12,7%
Temperatura a servir: 8-10 ºC
Visual: Cor citrina com laivos dourados Límpido e brilhantes.
Aroma: Uma aposta ganha: aromas à uva da casta, ligeiramente adocicados, com boa
acidez que ganhou com os cinco meses de estágio em madeira de carvalho já usada
Sabor Elegante de boca, com maturidade mas suave, boa frescura. É um vinho para
ganhar adeptos, com charme e bom final de boca.
Vai bem com: Peixes e mariscos de confecção elaborada, peixes nobres no forno. Não é
totalmente para aperitivo, mas vai muito bem num convívio social, acompanhado de
canapés à base de mariscos e peixes fumados.
8. Lacóbriga
Tinto | 2006
Subtil toque a floral
Região Algarve / Lagos DOC
Classificação Vinho Regional Algarve
Castas Syrah, Trincadeira e Aragonez
Volume alcoólico 13%
Temperatura a servir 18 ºC
Visual Cor de granada.
Aroma A frutos vermelhos e pretos, muito elegante, com subtil toque a floral. Foi
produzido por vinificação de curtimento com total desengace das uvas, técnica aliás
usual. Fermentou em cubas de inox à temperatura de 26 ºC, tendo um estágio repartido
por oito meses na madeira de carvalho americano e três meses no inox.
Sabor Na boca é um arredondado onde imperam os taninos, mas suaves, e a boa acidez.
Estamos na presença dum vinho na plenitude das suas características organolépticas.
Muito bom e persistente é o seu longo final.
Vai bem com: Cozinha tradicional portuguesa, carnes vermelhas, de capoeira, caça de
pêlo e pena de confecções bem elaboradas e uma boa tábua de queijos nacionais e
estrangeiros
9. Herdade dos Pimentais Reserva
Tinto | 2007
O sabor macio e elegante
Região: Algarve / Portimão DOC
Classificação: Vinho Regional Algarve
Castas: Touriga-Nacional e Aragonez
Volume alcoólico: 14%
Temperatura a servir: 18 ºC
Visual: Cor rubi. Límpido e transparente
Aroma: Frutos pretos como amora, framboesa e ameixa. Bem equilibrado no conjunto
dos seus componentes orgânicos, boa estrutura de corpo. Estagiou oito meses em
barricas de carvalho americano e francês.
Sabor: Macio, elegante, algumas nuances abaunilhadas e de especiarias. Taninos
suaves, persistente e com bom final de boca.
Vinho com grande margem de evolução.
Vai bem com: Fumeiro de enchidos e presuntos da serra algarvia. Carnes vermelhas, de
capoeira, caça de penas de confecção medianamente elaborada, pratos à base de carnes
tradicionais da cozinha regional do Algarve e uma boa tábua de queijos nacionais
10. Foral de Portimão Reserva
Tinto | 2007
O tinto dos charutos cubanos
Região: Algarve / Portimão DOC
Castas: Touriga-Nacional, Alicante-Bouschet e Syrah
Volume alcoólico: 13,5%
Temperatura a servir: 18 ºC
Visual: Retinto com laivos de violeta
Aroma: Intenso a frutos bem maduros, como a ameixa vermelha e as amoras silvestres.
Madeira de carvalho americano bem presente.
Sabor: Notas a charutos cubanos, baunilha e algumas especiarias. Vinho encorpado e
bem estruturado, taninos redondos. Muito bom final de boca
Vai bem com: Pratos de bacalhau elaborados. Carnes vermelhas e caça de boa
confecção. Boa degustação com queijos nobres.
Prémios Medalha de Prata no concurso Melhores Vinhos do Algarve” 2008, organizado
pela Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve.
11. Encostas de Odelouca
Rosé | 2008
O destaque do morango
Região: Algarve / Lagoa DOC
Classificação: Vinho Regional Algarve
Castas: Trincadeira 30%, Aragonez 30% e Cabernet-
Sauvignon 40%
Volume alcoólico: 13%
Temperatura a servir: 10-12 ºC
Visual: Cor rosa alambreado: Límpido e brilhante.
Aroma: Rosé exuberante com aromas a frutos vermelhos, dos quais se destaca o
morango. Depois do desengate e da prensagem, o mosto teve uma ligeira maceração
pelicular, após a qual iniciou a fermentação pelo método de sangria de vinhos tintos
durante 12 dias.
Sabor: Muito harmonioso, elegante, complexa. Redondo nos seus principais
componentes orgânicos, de bela cumplicidade com os aromas. Apresenta um longo e
excelente final de boca
Vai bem com: Saladas de frutos do mar com molho cocktail, peixes e mariscos de
confecção elaborada, carnes brancas de churrasco e outros tipos de confecção não muito
elaboradas. Muito bom para um convívio social, acompanhado dum bom sortido de
canapés.
12. Conclusão
Com uma região vinícola demarcada, de clima tipicamente mediterrâneo, que utiliza
castas tradicionais para produzir vinhos de qualidade, com sabor a fruto, baixa acidez e
a que o sol dá uma graduação elevada, os vinhos e aguardentes juntam-se à tradição
gastronómica do Algarve.
A importância da vinha no sul português remonta à presença árabe, época em que esta
já se cultivava e se exportava o saboroso líquido produzido.
Hoje, continuam a produzir-se vinhos de grande qualidade, aproveitando a localização
meridional e a protecção assegurada pela barreira montanhosa de Monchique, contra os
ventos frios do Norte e a exposição em anfiteatro virada ao Sul, que faz com que o
clima seja perfeito para a vinha.
Dada a tipicidade que as condições edafo-climáticas conferem aos vinhos, existem no
Algarve quatro Denominações de Origem Controlada, DOC, Lagos, Portimão, Lagoa e
Tavira, onde nos últimos anos novas marcas de vinho surgiram no mercado, sendo a
mais original a Quinta do Barranco Longo do nosso Confrade Rui Virgínia.
A variedade de vinhos é grande, mas para acompanhar os deliciosos pratos algarvios
aconselha-se o Quinta Barranco Longo Reserva, o Foral de Albufeira, ou o Tapada da
Torre. O Vinho Regional "Algarve" produz-se em toda a Região do Algarve.