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SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES
             E
SERVIÇOS COM ELETRICIDADE
           N R 10




MÓDULO II – PRIMEIROS SOCORROS
SUMÁRIO



1. Introdução
2. Respiração artificial
3. Parada cardíaca
4. Desmaio ou Lipotimia
5. Estado de choque
6. Queimaduras
7. Hemorragias
8. Ferimentos
9. Luxações ou deslocamentos
10. Envenenamento
11. Fraturas
12. Transporte de acidentados
13. Perturbação mental aguda – psicopatia
14. Convulsões por epilepsia
15. Choque elétrico
1. INTRODUÇÃO

É fato bastante conhecido que mais de uma vida se perdeu pela falta dos auxílios imediatos
prestados por um leigo a uma pessoa acidentada, a um doente ou vitima de mal súbito, tendo
como finalidade manter essa vitima com vida, minorar-lhe a dor e evitar complicações do
problema, ate a chegada do medico.

O presente trabalho, “Manual de Primeiros Socorros”, foi elaborado com o propósito de transmitir
os conhecimentos mínimos necessários que servirão de base a um treinamento pratico para
socorros de urgência, em ocasião ou local onde não seja possível contar com a presença do
medico ou assistência especializada, em tempo útil.

Pela sua gentileza, não pretendemos que este manual rivalize com as inúmeras monografias que
versam sobre o assunto, pois sabemos que elas são tecnicamente mais amplas e detalhadas.
Não apresentamos também um tratado de enfermagem; visamos, tão somente, os primeiros
socorros a um acidentado, na sua forma mais elementar e eficiente.


2. RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL

Os pulmões são os órgãos mais importantes do aparelho respiratório, cuja função e garantir a
oxidação dos tecidos que formam o corpo e sem a qual não e possível à vida.

Em tempo muito breve, a falta de respiração provoca a morte, causada por anóxia, isto é, a falta
de oxigênio nas células.

A parada ou impedimentos da respiração originam a asfixia, que pode ter varias causas, sejam
mecânicas, traumáticas, tóxicas ou neurológicas, como afogamento, grandes traumatismo no
tórax, envenenamento por drogas, ação de gases tóxicos, enforcamento e choque elétrico, que
são os tipos mais comuns de acidentes provocadores de asfixia.

A asfixia é caracterizada pela cianose(cor azulada da pele e das mucosas), em seguida
imediatamente pela inconsciência.
Em um acidentado asfixiado, mesmo com parada respiratória completa, a morte não ocorre de
imediato. Se a vitima for socorrida, rápida e convenientemente, pode-se restabelecer sua
respiração, garantindo as trocas gasosas nos pulmões e, assim salvar-lhe a vida.

O estado de imobilidade respiratória, a cianose e a inconsciência, que são três sinais típicos de
asfixia, dão ao acidentado uma aparência de morte que se chama de morte aparente. E a fase
em que, se socorrido , o paciente pode ser salvo.

Ao estado de morte aparente segue-se imediatamente a morte real, quando então o socorro não é
mais eficaz.

Chama-se respiração artificial o processo mecânico empregado para restabelecer a respiração.
É de tal importância esta pratica que deveria ser conhecida por todas as pessoas, principalmente
pelos trabalhadores que assim estarão aptos a socorrer qualquer acidentado em tais
circunstancias.


A respiração artificial deve ser ministrada imediatamente e em todos os casos em que ocorrer
asfixia, mesmo quando houver parada cardíaca que é a fase mais profunda deste tipo de acidente
e, portanto, o sinal mais grave, exigindo atendimento instantâneo.

Devemos saber que, logo no inicio da asfixia, o coração continua batendo. Só num estagio mais
prolongado é que se da parada cardíaca. Portanto, em todos os casos de asfixia, ocorre a parada
respiratória e depois a parada cardíaca. Mesmo quando houver parada cardíaca, deve-se praticar
a respiração artificial o mais cedo possível, pois garantindo a oxigenação pulmonar há grandes
probabilidades de reativação do coração e da respiração.
Por outro lado, não deve interromper a respiração artificial em um acidentado asfixiado até a
constatação da morte real, que deve ser verificada por um médico.

Este aconselhamento é ainda mais importante em acidentes por choque elétricos, casos em que
comumente há parada respiratória e que se constituem nos mais comuns acidentes de trabalho.
Os choques elétricos, mesmo de tensão baixa, como o da rede domestica, provocam
freqüentemente paradas respiratória. Ocorrendo isto, como simples respiração artificial
prolongada pode-se restabelecer a respiração normal.

Nos acidentes por eletricidade, na maioria das vezes, a morte ocorre por asfixia se o eletrocutado
não for atendido a tempo. Daí a importância da pratica da respiração artificial nesses casos.
Todos os trabalhadores devem aprender a técnica da respiração artificial, como ocorre nos paises
mais adiantados, onde todos estão aptos a aplicar os primeiros socorros a um acidentado.

Há vários métodos de respiração artificial, sempre procurando garantir a entra de ar nos pulmões.

Os métodos mais simples e mais empregados são os Sylvester-Brosch e o boca-a-boca. Ambos
são bons e eficazes quando o paciente é atendido rapidamente. Não se deve esperar condução
para levar o acidentado a um centro medico ou esperar que o medico chegue. O atendimento
deve ser feito de imediato, no próprio local do acidente e por qualquer pessoa.

E tão importante a rapidez na pratica da respiração artificial em um acidentado que, se o
atendimento se der nos dois primeiros minutos do choque, as probabilidades de salvamento serão
de 90%; se o acidentado for atendido cinco minutos depois, essas probabilidades cairão para
apenas 25%.

Portanto, a conduta a seguir em casos de asfixia será:

1- Atendimento imediato, no próprio local do acidente, com aplicação de respiração artificial;
2- Respiração artificial continuada e sem interrupção ate o atendimento medico, mesmo que leve
horas.

Uma vez reanimado o paciente, se ocorrer parada cardíaca ou respiratória, que são fenômenos
comuns, principalmente nos intoxicados por gases ou substancias tóxicas, deve-se recomeçar a
respiração artificial.

Quando a pessoa recobrar os sentidos deve-se deixá-la em repouso, aquecê-la e providenciar
socorro médico.

Método Sylvester-Brosch

Em meados do século passado, graças aos estudos sistemáticos no campo da fisiologia, os
pesquisadores determinaram perfeitamente o mecanismo da respiração, abrindo novos horizontes
para a pratica da medicina de urgência.

O método da respiração artificial descrito pelo medico inglês Sylvester Brosch, em 1857, é fruto
dessas pesquisas e tornou-se clássico. É um dos mais antigos na medicina de urgência e consta
das seguintes fases:

1. Deita-se o paciente de costas, com as roupas soltas e o cinto desafivelado;
2. Em seguida, puxam-se os braços para trás, acima da cabeça, um pouco abertos, ate tocarem
no solo;
3. Sem perder tempo, os braços são trazidos para frente, descrevendo um arco de circulo sobre o
corpo, e cruzados sobre o peito da vitima;




4. O socorrista, então, faz pressão vertical, com o seu próprio peso, sobre o tórax do paciente
para que haja esvaziamento dos pulmões;




5. Ritmadamente, inicia-se novo ciclo e outros tantos, até o acidentado demonstrar sinais de
reanimação.
O processo não deve ser muito lento, nunca com menos de dez ciclos por minuto. O movimento
dos braços deve ser bem forcado. Devem tocar o chão quando levantados para trás por sobre a
cabeça, para que se verifique a maior dilatação possível do tórax, e assim se garanta substancial
entrada de ar nos pulmões, esta e a fase de inspiração.

A fase da expiração corresponde sobre a pressão sobre o tórax. Daí chamar-se respiração
artificial porque faz um ciclo completo de respiração, isto é, o enchimento de ar dos pulmões e o
seu esvaziamento.

Método boca-a-boca

E um dos métodos mais antigos e eficazes que se conhece. Como o nome indica, é uma técnica
mais simples que o método Sylvester, necessitando apenas que o socorrista procure encher os
pulmões do acidentado soprando fortemente em sua boca.

No entanto, para que isso aconteça, é necessário garantir a livre entrada de ar no trato
respiratório. Para que haja esse livre curso de ar, coloca-se a cabeça do paciente em posição
adequada, levantando-se o pescoço do acidentado e forçando-se a cabeça em flexão, para trás.




Este cuidado é muito importante, porque, normalmente, quando uma pessoa perde os sentidos, as
mucosas tornam-se flácida, principalmente a língua que recua oprimindo a entrada de ar. Em
seguida, com os polegares abre-se a boca do paciente. Permitindo que a circulação de ar se faça
normalmente.

Para o contato boca-a-boca procede-se da seguinte forma:

1. Conserva-se a cabeça da vitima para trás e, com uma das mãos sob seu pescoço e a outra
sobre a testa, apertam-lhe as narinas para evitar que o ar escape:




2. O socorrista, em seguida, coloque sua boca sobre a boca do paciente, soprando fortemente,
ate notar a expansão do peito do acidentado;
3. O socorrista, então, retira sua boca para que haja a expulsão do ar e assim se esvazie o
pulmão do acidentado.

O processo deve ser repetido tantas vezes quantas necessárias, em ri timo de doze vezes por
minuto.

É uma técnica simples em que o socorrista sente imediatamente se o ar esta entrando nos
pulmões do acidentado ou não, promovendo um bom nível de oxigenação pulmonar. Apresentada,
como desvantagem, ausência de estimulo circulatório pela falta de compressão sobre o tórax.
Alem disso, nos casos de asfixia por gases ou outros tóxicos, não se aconselha usar este método,
pelo perigo de envenenamento do próprio socorrista.

Nos casos de contratura dos músculos maxilares, fenômeno comum nos choque elétrico, o que
torna muito difícil abrir a boca da vitima, e os casos de ferimento nos lábios, pratica-se o método
boca-a-nariz, igual ao método acima descrito, apenas tendo o cuidado de fechar a boca do
paciente quando se pratica o sopro para enchimento dos pulmões.



3. PARADA CARDÍACA


Muitas vezes, a asfixia é acompanhada de parada cardíaca, o que torna o quadro bastante grave,
nestes casos, ao mesmo tempo em que praticamos a respiração artificial, devemos tentar
reanimar os batimentos cardíacos por meio de estímulos, de natureza mecânica, facilmente
aplicado por qualquer pessoa.

A parada cardíaca é de fácil reconhecimento graças a sinais clínicos tais como:

- Inconsciência;
- Ausência de batimentos cardíacos;
- Parada respiratório;
- Extremidades arroxeadas;
- Palidez intensa;
- Dilatação das pupilas

A primeira providencia a ser tomada, antes da chegada do medico, será a massagem cardíaca
externa.

A massagem cardíaca externa consiste na compressão ritmada sobre o tórax do paciente, na área
cardíaca, visando estimular a circulação através do esvaziamento parcial das cavidades do
coração por efeito de pressão mecânica. É uma pratica simples e que traz ótimos resultados.

No método Sylvester-Brosch, de respiração artificial pela compressão do tórax para esvaziamento
dos pulmões, pratica-se, também, o estimulo cardíaco. Mas, no método boca-a-boca, que não é
acompanhado de compressão torácica, deve-se iniciar massagens cardíacas com freqüência de
60 vezes por minuto.
Técnica

1. Deite o paciente de costas, sobre uma superfície dura;
2. Faça pressão sobre o externo, que deste modo comprimira o coração de encontro com o asco
costa e à coluna vertebral;




3. Descomprima rapidamente;
4. Repita a manobra em ritmo de 60 vezes por minuto, ate haver batimentos espontâneos ou ate a
chegada do medico.

4. DESMAIO OU LIPOTIMIA

Desmaio é a perda momentânea dos sentidos e pode ter varias causas.

Choques emotivos, súbitos e inesperados, como presenciar uma hemorragia, ferimentos,
acidente, etc., bem como temor ou nervosismo, são freqüentes causas de Lipotimia. Fome ou
fadiga, originando a queda de taxa de glicose no sangue, também podem ocasionar desmaios.

O desmaio é um dos fenômenos mais comuns que ocorrem com o ser humano, tendo incidência
maior na infância. É a primeira etapa do estado de choque.

O atingido pelo desmaio fica extremamente pálido, o pulso e a respiração tornam-se fracos e um
suor frio e abundante cobre seu corpo.

Tratamento

Quando alguém sente que vai desmaiar, pois a perda de consciência não e instantânea, devera
sentar-se e abaixar imediatamente a cabeça, curvando-se para frente, ate que a cabeça fique
abaixo dos joelhos, e respirar profundamente.




Se o paciente perdeu consciência e caiu, deve –se tomar os seguintes cuidados:

1. Deitá-lo de costas;
2. Desapertar-lhe a roupa;
3. Aplicar panos frios na testa e no rosto, massageando suavemente.


5. ESTADO DE CHOQUE
O estado de choque é um acontecimento muito mais grave que o simples desmaio, se não for
atendido convenientemente, pode causar a morte pela modificação da hemodinâmica cardíaca. É
um estado grave de grande hipotensão, com acentuada baixa de irrigação cerebral em
conseqüência da falta de oxigenação sanguínea. Esta hipotensão causa a anoxia cerebral, isto é
a falta de oxigenação sanguínea no cérebro, alem de outras perturbações fisiológicas que, se não
forem compensadas a tempo, podem causar a morte.

De modo geral, estado de choque é causado sempre que houver dor intensa motivada por:

- Ferimentos graves;
- Traumatismos generalizados;
- Hemorragias internas;
- Queimaduras extensas;
- Esmagamento de membros;
- Choque elétrico;
- Exposição a extremos de calor ou frio;
- Infartos de miocárdio;
- Envenenamentos.

A intoxicação por alimentos, apesar de não causar dor, pode também causar choque pela
modificação eletrolítica do meio interno e pela desidratação. As grandes emoções também podem
provocar um estado de choque;

Os sinais clínicos de um estado de choque são:

- Hipotensão arterial;
- Respiração curta, rápida ou irregular;
- Pulso fraco e rápido;
- Pele fria e pegajosa;
- Suores nas mãos e testa;
- Face pálida e expressão de ansiedade;
- Sensação de frio;
- Náuseas e vômitos;
- inconsciência, na fase mais avançada desse estado;
- tremores generalizados (observados às vezes).


Atendimento

O paciente devera ter atendimento medico. Porém, antes que este chegue, devem-se combater as
causas que levaram ao choque, tomando-se as seguintes precauções:

1- Conservar a vitima deitada;
2- Afrouxar-lhe a roupa, gravata e cinta, a fim de permitir livre respiração;
3- Se houver hemorragia abundante, procurar contê-la;
4- Retirar-lhe a dentadura postiça, caso exista, remover-lhe goma de mascar, alimentos ou
quaisquer objetos existentes na cavidade bucal a fim de evitar que caiam na traquéia;
5- Manter-lhe a respiração;
6- Caso não haja fratura nos membros inferiores, levantar as pernas do acidentado para garantir a
circulação cerebral – para isso, manter a cabeça mais baixa que o tronco;
7- Se o paciente puder engolir, dar-lhe líquidos à vontade( água, chá, café, etc..);
8- Se a vitima vomitar, deve-se virar sua cabeça para o lado;
9- Agasalhar o paciente com cobertores.

Quando houver suspeita de lesão interna ou ferimentos de abdômen, ou quando a vitima estiver
semiconsciente ou inconsciente, não deve dar-lhe líquidos. Bebidas alcoólicas não devem ser
administradas em qualquer hipótese.
6. QUEIMADURAS

Queimadura é a lesão causada por ação de calor ou de outras radiações sobre o organismo. As
queimaduras, alem de provocarem intensa dor local, podem causar choque e levar a vitima a
morte, dependendo do seu estado e da extensão da área atingida.

Os seguintes agentes podem causar queimaduras:

       os líquidos ferventes;
       contato direto com chama;
       sólidos superaquecidos ou incandescentes;
       vapores quentes;
       substancias químicas(ácidos corrosivos, soda caustica, fenol, etc.);
       radiações infravermelhas e ultravioletas naturais(sol) ou de laboratório(aparelhos);
       emanações radiativas;
       eletricidade(pela passagem direta de corrente elétrica pelos tecidos, provocando a
       eletrolise do mesmo e as conseqüente necrose; ou pela ação direta do calor em arco
       voltaico, no acidente comum das aberturas ou fechamentos de chaves elétricas de grande
       potencia).


Classificação

As queimaduras externas podem ser superficiais, quando atingem apenas camadas da
superfície da pele, ou profundas, quando há destruição da pele na área atingida.

A classificação das queimaduras em graus é uma classificação pratica, que indica apenas a
profundidade da lesão.

Queimaduras de todos os graus podem apresentar-se no mesmo paciente.

1ºgrau
Caracteriza-se a lesão superficial da pele, sem formação de bolhas. Forma-se somente eritema,
isto é, vermelhidão. A dor é suportável. É o caso das queimaduras causadas por raios solares e
radioatividade.

2ºgrau
Caracteriza a lesão das camadas mais profundas da pele, com formação de flictenas (bolhas) por
vezes extensas, por desprendimento das camadas superficiais.

3ºgrau
Neste nível, as lesões atingem todas as camadas da pele, tecido celular subcutâneo e, em casos,
os músculos profundos, podendo chegar à carbonização da área atingida.

Observação

A gravidade da queimadura, entretanto, implicando em risco de vida, não esta na profundidade
alcançada, isto é, no grau desta, mas sim na extensão da superfície atingida , dando origem ao
estado de choque pela dor, desequilíbrio eletrolítico do meio interno, desidratação, etc.. .A
possibilidade de lesões renais, que freqüentemente acompanham as queimaduras extensas,
tornam sempre o prognostico mais sombrio.

Classificação em relação à área corporal atingida

Avalia-se aproximadamente a superfície corporal queimada do seguinte modo:
Cabeça = 9% da superfície corporal
                                                   Pescoço = 1%
                                                   Membro superior esquerdo = 9%
                                                   Membro superior direito = 9%
                                                   Tórax e abdômen(frente) = 18%
                                                   Tórax e região lombar(costa) = 18%
                                                   Membro inferior esquerdo = 18%
                                                   Membro inferior direito = 18%




Classificação segundo a extensão

Quanto a extensão superficial atingida, considera-se pequena queimadura a que atinge menos
de 10% da área corporal, e a grande queimadura a que atinge mais de 10% da área corporal.

O procedimento a ser tomado em casos de queimaduras varia em cada caso.

Nas queimaduras térmicas:

      Arranque imediatamente as vestes em chamas, se a peca for tecido leve e de fácil
      remoção, ou procure abafar o fogo, envolvendo a vitima com cobertor , toalha, capa, etc.;
      Deite o acidentado
      Coloque a cabeça e o tórax do acidentado em plano inferior ao do corpo e levante suas
      pernas. Esta manobra evita o choque e é um cuidado que se deve ter;
      Se o paciente estiver consciente, dê-lhe bastante liquido para beber: chá, água,
      refrigerante, etc.;
      Nunca lhe de bebidas alcoólicas;
      Ponha um pano limpo sobre a superfície queimada.

Se as queimaduras ocorrerem por agente químicos:

      Lave a região atingida com bastante água;
      Conduza a assistência como no caso anterior;
      Não aplique ungüentos, graxas, bicarbonato de sódio ou outras substancias;
      Não toque a arear queimada com as mãos;
      Não retire corpos estranhos ou elementos gordurosos das lesões;
      Não fure as bolhas que aparecerem.

Observação
Todas as queimaduras deverão ser examinadas por um medico ou enfermeiro habilitado, com a
máxima brevidade possível, sobretudo nos casos de grandes queimaduras.

Queimaduras nos olhos

Necessitam de assistência imediata. Elas podem ser produzidas por substancias tóxicas ou
irritantes, tais como ácidos, álcalis, etc., ou pelo calor de água quente, vapor, cinzas quentes, pó
explosivo, metal fundido, chama direta, arco voltaico, etc.

O tratamento, em tais casos, deve ser:

1. Lavar bem os olhos com água em abundancia, durante vários minutos;




2. Não esfregar os olhos;
3. Vendar os olhos com gazes ou pano limpo umedecido;
4. Levar o acidentado ao medico imediatamente.

Dentre outras queimaduras provocadas pelo calor, destacam-se a insolação e a internação.

Insolação

É uma perturbação devida à ação direta e prolongada dos raios solares sobre o individuo. É mais
comum nas praias e estações de veraneio, nas quais as pessoas não habituadas ao sol se
expõem, de maneira excessiva, a ação direta dos raios solares, com largas áreas corporais
desabrigadas.

A insolação pode manisfestar-se de duas maneiras. Uma delas, brusca, caracteriza-se por
provocar:

- mal-estar geral;
- falta de ar com sensação de sufocação;
- respiração acelerada e difícil;
- pulso rápido e forte;
- temperatura corporal elevada;
- extremidades arroxeadas;
- inconsciência e palidez.

Outra maneira de se manifestar a insolação é a lenta, que se caracteriza por apresentar:

- mal-estar;
- dor de cabeça;
- náuseas;
- tonturas;
- pele quente e seca;
- pulso rápido;
- temperatura do corpo elevada.
Uma das principais medidas de socorro a serem tomadas em vitimas de insolação de ver o
abaixamento progressivo da temperatura corporal. Enquanto se aguarda o medico, deve-se
proceder da seguinte forma;

       Remover a vitima para lugar fresco e arejado;
       Retirar suas roupas;
       Conservar o acidentado deitado, com a cabeça mais baixa que o corpo;
       Envolver o paciente em panos molhados ou secos de gelo;
       Envolver-lhe a cabeça em toalha molhada ou sacos de gel;
       Remover o paciente para um hospital o mais cedo possível.

A internação é uma perturbação do organismo originada por excessivo calor em lugares não
arejados convenientemente, como em fundições, salas de caldeiras, junto a fornos industriais,
etc.A internação apresenta as seguintes manifestações:

- dor de cabeça e náuseas;
- palidez acentuada;
- sudorese abundante (transpiração excessiva);
- temperatura corporal levemente elevada;
- pulso rápido e fraco;
- câimbras abdominais e nas pernas;
- inconsciência

O atendimento à vitima da internação é o mesmo dispensando nos casos de insolação.




7. HEMORRAGIA

Hemorragia é a perda de sangue por rompimento de um vaso, que tanto pode ser veia ou artéria.
Qualquer hemorragia deve ser controlada imediatamente.

Em um ferimento, empregue compressa limpa de pano, lenço, toalha, etc. coloque a compressa
sobre o ferimento e pressione com firmeza.




Aplique em seguida um tira de pano, atadura, gravata ou cinto para amarrar a compressa e
mantê-la apertada no lugar.
Se o ferimento for pequeno e ao se dispuser imediatamente de um curativo adequado, estanque a
hemorragia com o dedo, comprimindo-o fortemente sobre o corte.

Se o ferimento for em uma artéria ou membro, pressione a artéria acima do ferimento para
interromper a circulação, de preferência apertando-a contra o osso, se o ferimento for no
antebraço, dobre o cotovelo colocando um objeto duro junto à articulação para interromper a
circulação. Quando o ferimento for nos membros inferiores, aperte a virilha o ou a face interna das
coxas no trajeto da artéria femoral.

Dobre o joelho contra a coxa, colocando um objeto duro, que pode ser um chumaço de pano,
junta a cavidade dos joelhos.

Se estas manobras não derem resultado, tanto nos membros superiores quanto nos inferiores,
coloque um torniquete bem acima do ferimento, no braço ou na coxa, principalmente se houver
amputação total ou parcial pelo acidente.

O torniquete é feito com um pano resistente, borracha ou cinto. Para tal, faz-se um nó e se enfia
um pedaço de madeira entre as pontas, aplicando-se também nos para fixá-los.




Em seguida, deve-se torcê-lo até haver pressão suficiente da atadura que interrompa a circulação.




Fixa-se o torniquete com outra atadura, marcando-se o tempo de interrupção da circulação. A
cada 15 min afrouxe-se o torniquete, com cuidado. Se a hemorragia para, deixa-se o torniquete no
lugar, porem frouxo, de forma que possa ser apertado no cão de voltar o sangramento.
Não se deve usar arames ou fios finos.

Se o paciente acusar sede, deve-se dar-lhe liquido para beber, exceto se houver lesão no ventre
ou estiver inconsciente. Para evitar o choque, deve-se agasalhar o ferido e mantê-lo deitado.

Existem vários tipos de hemorragias e cada um exige cuidados especiais.

A hemorragia interna ocorre em ferimentos nos órgãos internos, causados por traumatismos sem
perda externa de sangue. As hemorragias internas são sempre muito graves e seus sinais são:

- pulso fraco;
- suores frios e abundantes;
- palidez intensa;
- mucosas descoradas;
- sede;
- tonturas e vômitos;
- inconsciência

Nestes casos, coloca-se o paciente deitado. A cabeça deve ficar sempre mais baixa que o corpo.
No entanto, se o ferimento for na cabeça, deve-se levantá-la um pouco.

O paciente com hemorragia interna deve receber atendimento medico imediato.

Nos casos de hemorragia nasal deixa-se o paciente sentado, com a cabeça voltada para trás, e
se apertam suas narinas durante alguns minutos. Se a hemorragia continuar, as narinas dever ser
tamponadas com gaza, até que o medico atenda.

A hemoptise, ou hemorragia dos pulmões é sempre grave, tornando-se indispensável o
atendimento médico.

A hemorragia caracteriza-se pelas golfadas de sangue, vermelho e rutilante, que saem pela boca
da vitima após um acesso de tosse. O enfermo deve ser colocado em repouso, com a cabeça
mais baixa que o corpo, até a chegada do medico.

A hematêmese, hemorragia do trato digestivo, também é grave e necessita sempre de cuidados
médicos.

Inicialmente, o paciente apresenta enjôo e vontade de vomitar, e seu vômito, quando vem, tem cor
escura, como de borra de café.

O enfermo deve ficar em repouso, deitado, sem travesseiro, e não deve beber água ou ingerir
remédios. Aplicam-se compressas frias ou saco de elo sobre seu estomago, ate a chegada do
medico.


8. FERIMENTOS

Ferimento e a lesão da pele, com ou sem comprometimento dos tecidos subjacentes. Os
acidentes podem causar tipos diferentes de ferimento no corpo humano e cada um deles exige
tratamento e cuidados especiais.
Em ferimentos superficiais ou profundos e que não apresentem hemorragia abundante,
envolve-se a lesão com pano limpo ou gaze, pressionando-a levemente e conduzindo o paciente
para atendimento medico.




Se houver hemorragia, deve-se proceder de acordo com instruções contidas no capitulo
Hemorragia, e conduzir, também, o paciente ao medico logo que possível.

Não se devem fazer curativos com anti-sépticos.

Os ferimentos na cabeça envolvem-se com pano limpo, em forma de faixa, amarrando-o com
outra faixa ou atadura. O acidentado deve ser mantido em repouso absoluto, recostado, e é
recomendável aplicar-lhe saco de gelo na cabeça.




Se houver sangramento pelo nariz, boca ou ouvidos, a cabeça da vitima deve ser voltada para o
lado de onde provém a hemorragia.

Nunca dê bebidas alcoólicas ao acidentado, que deve ser conduzido imediatamente a um hospital.

Em casos de ferimento profundo do tórax, coloque gaze, algodão ou pano limpo dobrado varias
vezes sobre o ferimento, e aperte-os com firmeza, por meio de uma faixa, pano ou cinta.




Em ferimentos abdominais abertos não se deve tocar nas vísceras expostas(intestinos,
estomago, etc.) e nem recolocar os órgãos na cavidade. Os órgãos devem ser cobertos com pano
limpo, presos com uma faixa, de maneira firme, e não se fazer curativos com anti-sépticos.
Conduza, o mais rapidamente possível, o paciente ao hospital.

Observação

Sempre que o ferimento for produzido por pregos ou chapas enferrujadas, deve-se proceder a
uma cuidadosa limpeza com água oxigenada e providenciar aplicação de soro antitetânico e
vacinação.

Às vezes, o objeto que produziu o ferimento pode ficar cravado nos tecidos. Nestes casos, deve-
se esperar o socorro médico, pois a remoção pode provocar serias lesões em órgãos ou tecidos,
com hemorragias graves e de difícil controle.




9. LUXAÇÕES OU DESLOCAMENTOS

As luxações, ou grandes traumatismos nos membros, bem como as entorses (torceduras),
podem provocar deslocamento dos ossos nas articulações pelos rompimentos dos ligamentos.
Assim , os ossos saem do lugar e os articulados podem ate inverter seu movimento habitual de
flexão. Este fenômeno é chamado de luxação da articulação.

O atendimento ao acidentado nessa situação caracteriza-se fundamentalmente pela imobilização
do membro atingido. Se forem os membros superiores deve-se usar tipóia para apoio do braço,
ate o atendimento medico.
As grandes luxações dos membros inferiores são muito mais graves e exigem sempre assistência
imediata

Observação

Não aplique nada quente na área atingida, pois o calor aumenta o edema e provoca dor.

As entorses ou torceduras são lesões mais leves que as luxações, podendo ser consideradas o
estagio inicial das luxações.

Procede-se ao atendimento de primeiros socorros como no caso das luxações. As lesões são
sempre superficiais e muito menos graves que as anteriores.

Contusões

São ferimentos mais comuns observados em situação de trabalho, e os menos graves. A
contusão , também denominada”pancada”, só é perigosa nos grandes traumatismos, pois pode
produzir lesões internas, com o rompimento de órgãos e hemorragia interna.

As contusões superficiais dos membros caracterizam-se pelo edema (inchação) na parte atingida
e o arroteamento da pele, causado por hemorragia subcutânea.

No atendimento ao contundido:

      se a contusão for nos membros, fazer imobilização para que haja repouso da área
       atingida;
      no momento do acidente, aplicar sacos de gelo na região ou compressas frias, para
       diminuir a dor e o edema;
      consultar o medico, principalmente se a contusão for extensa e se localizar no abdômen,
       tórax ou cabeça.


10. ENVENENAMENTO

Venenos

 São todas as substancias, químicas ou naturais, que postas em contato com o organismo
causam perturbações mais ou menos graves de saúde, podendo ocasionar até a morte. Os
venenos atuam a partir de uma determinada quantidade e agem de acordo com a sua natureza ou
espécie química.
Essas substâncias, chamadas tóxicas, habitualmente penetram no organismo pela boca, mas
também pode ser absorvidas pelas vias respiratórias(pulmões, na respiração), e por via cutânea(
superfície corporal).

Os acidentados por envenenamento apresentam as seguintes características:

- cheiro estranho no hálito, se a substancia ingerida ou inalar for volátil;
- queimaduras das mucosas, podendo mudar a cor dos lábios e da língua;
- dor intensa no trato digestivo superior – boca, esôfago, estomago;
- restos de substancias na boca, evidenciando ter a vitima ingerido algo estranho – pós, folhas
vegetais, etc.;
- salivação abundante;
- náuseas e vômitos, podendo estes ser sanguinolentos;
- dores de cabeça
- sonolência ou inconsciência;
- sinais de estado de choque;
- em casos extremos: parada respiratória e parada cardíaca.

O socorrista deve dispensar a vitima de envenenamento ou intoxicação o seguinte atendimento:

   1. No caso do ambiente estar saturado por gases tóxicos, retirar imediatamente o acidentado
      para lugar arejado;
   2. Limpar a boca e a garganta do paciente, visando a retirada do material tóxico e da
      secreção acumulada;
   3. Se houver parada respiratória ou parada cardíaca, iniciar imediatamente respiração
      artificial pelo método Sylvester e massagem cardíaca associada;
   4. Provocar o vômito, se o veneno foi ingerido fazendo o acidentado beber água morna, ou
      com sabão, ou com sal, ou, então, ou, então tocando levemente a garganta do
      envenenado com um cabo de uma colher ou outro objeto qualquer. Deve-se repetir esta
      manobra varias vezes, até que o liquido vomitado saia limpo;
   5. Fazer, em seguida, a vitima ingerir, se possível, claras de ovos batidas com águas(um litro
      de água para quatro claras) ou suspensão de farinha de trigo ou maisena na proporção de
      quatro colheres de sopa para um litro de água;
   6. Se as vestes estiverem sujas das substancias tóxicas, retirá-las e lavar o acidentado com
      bastante água corrente. Esta pratica é indispensável, sobretudo se o veneno for absorvido
      pela pele;
   7. Remover o mais cedo possível a vitima para o hospital, pois todo envenenado deve ter
      cuidados médicos imediatos, recolhendo o material tóxico, o recipiente com rótulo, etc., a
      fim de entregá-lo ao medico.

O que o socorrista não deve fazer

1. Não provocar vomito se paciente estiver em estaco de inconsciência, em convulsão, ou tiver
ingerido substancias corrosivas e irritantes, tais como:

- soda caustica;
- ácidos de qualquer espécie;
- alvejantes de uso domestico;
- amoníaco
- produtos de petróleo (gasolina, querosene, líquidos de limpeza, etc.);

2. Não dar substâncias oleosas para o paciente beber;
3. Não dar bebidas alcoólicas ao envenenado;
4. Não fazer a vitima caminhas, e nem exercitá-la;
5. Não perder tempo no atendimento, a fim de que o veneno não seja absorvido pelo organismo.

11. FRATURAS
O fenômeno patológico mais comuns nos traumatismos é a ruptura do osso, comumente chamada
fratura.

Há dois tipos de fraturas: fechadas e abertas.

Fraturas fechadas

São aquelas em que o osso quebrado não aparece na superfície, isto é, quando não ocorre a
ruptura das partes moles superficiais, apenas sentindo-se o desnível e o movimento anormal dos
ossos.

Fraturas abertas

Nas fraturas abertas o osso fraturado aparece na superfície corporal, devido aos rompimentos da
carne e da pele.

Existem vários sinais clínicos que caracterizam uma fratura. Podemos citar, por exemplo:

- traumatismo;
- dificuldade ou incapacidade de movimento;
- dor e edema na área atingida;
- posição anormal (desvio do eixo) do membro;
- ao toque, sente-se um crepitar característico, por atrito, dos fragmentos ósseos;
- se a fratura for exposta, há naturalmente o surgimento do osso fraturado rompendo a pele.

No atendimento ao acidentado com fratura fechada;

1. A vitima deve ser movimentada o menos possível;
2. Cobrir a área lesada com pano limpo ou algodão, a fim de evitar lesões em áreas superficiais;
3. Imobilizar o membro com talas ou apoios adequados, como tabua fina, papelão, revistas
dobradas, travesseiros, mantas dobradas, etc..;




4. Amarrar as talas de apoio com ataduras ou tiras de panos , de maneira firma, mas sem apertar.
As talas devem ser amarradas acima e abaixo do local da fratura e acima e abaixo das
articulações próximas a área fraturada.
5. Remova o acidentado para o hospital.

Observação

O socorrista nunca deve tentar recolocar os ossos fraturados no lugar.

Em caso de fratura exposta, o socorrista deve fazer um curativo protetor sobre o ferimento, com
gazes ou pano limpo, a fim de evitar infecções.

Se houver hemorragia abundante, é sinal de que houve, além da fratura, ruptura de vasos. Assim
sendo:
    procure conter a hemorragia, conforme exposto anteriormente;
   imobilize o membro fraturado;
      providencie a remoção do acidentado para o hospital.

A fratura do crânio sempre se reveste de gravidade, necessitando de cuidados médicos
imediatos. Caracteriza-se por:

- lesão no crânio;
- perda de sangue pelo nariz ou pelos ouvidos;
- perda da consciência ou estado semiconsciente;
- náuseas e vômitos imediatos, podendo também aparecer algum tempo depois.

Como atendimento, nesta situação:

       Mantenha o acidentado recostado, procurando o máximo de repouso possível;
       Se houver hemorragia do couro cabeludo, faça curativo envolvendo a cabeça por meio de
       uma faixa ou pano limpo;
       Se houver parada respiratória, inicie a respiração artificial método boca-a-boca;
       Imobilize a cabeça do acidentado, apoiando-se em travesseiro, almofadas, etc.;
       Conduza o paciente ao hospital.

A fratura da coluna vertebral possui as seguintes características:

- lesão traumática na coluna vertebral (espinha dorsal);
- dor local acentuada
- deslocamento de vértebras;
- dormência nos membros;
- paralisia de membros.

No atendimento a vitima deve-se considerar o seguinte:

Não toque nem deixe ninguém mexer no acidentado se houver suspeita de fratura de coluna, até
a chegada do medico;

   1. Observe sua respiração. Se houver para respiratória, inicie respiração artificial pelo método
      boca-a-boca;
   2. Transporte do acidentado deve ser feito com muito cuidado, em maca ou padiola;
   3. Empregue quatro pessoas para levantar o acidentado e levá-lo a maca, movimentando seu
      corpo em um tempo só, como se fosse um bloco maciço, sem lhe torcer a cabeça e os
      membros.

Alem disso, devem ser observados os seguintes cuidados:

   1. Nunca vire o acidentado de lado, procurando melhor sua posição;
   2. Durante o transporte para o hospital, evite paradas bruscas com o veiculo ou movimentos
      súbitos e fortes.

Em casos de fratura da bacia proceda como no caso anterior, tendo o cuidado de amarrar ambas
as pernas da vitima bem juntas, para que o transporte não haja nenhum movimento dos membros
inferiores.

A fratura da clavícula é o traumatismo da parte superior do tórax. Apresenta dor intensa no local
da fratura e o acidentado não pode movimentar o braço do lado atingido.

O socorrista, nesse caso, deve prestar ao paciente o seguinte atendimento:

1. Coloque sob seu braço um pano, dobrando várias vezes, para servir de almofada;
2. Amarre o braço no centro do tórax, do lado ferido, por meio de tiras de pano;
3. Espalme a mão do braço imobilizado contra o peito, do lado são, apoiando o antebraço por
meio de uma tipóia (pano triangular ou tiras de pano);
Conduza o paciente ao médico.

Se a situação for de fratura do úmero proceda como no caso anterior, procurando apoiar a face
externa do braço por meio de uma tala (papelão, revista, etc.) ao longo do braço.

Em caso de fratura do antebraço imobilize o braço por meio de uma tipóia e conduza o paciente
ao médico.

12. TRANSPORTES DE ACIDENTADOS

A remoção ou movimentação de um acidentado deve ser feita com o Maximo cuidado pra não
agravar as lesões existentes.

Antes do transporte do paciente, tome as seguintes providencias;

   1. Controle hemorragias, porque uma hemorragia abundante e a movimentação da vítima
      levam rapidamente ao estado de choque;
   2. Se houver parada respiratória, inicie imediatamente respiração artificial pelo método boca-
      a-boca;
   3. Em caso de parada circulatória, faça massagem cardíaca juntamente com a respiração
      artificial;
   4. Imobilizes as fraturas.

Para condução do paciente, a maca ou padiola é o método clássico, o mais simples e o melhor.




Pode-se improvisar uma padiola razoável amarrando cobertores dobrados em duas varas
resistentes.
Podemos também utilizar uma tabua larga ou conduzir o acidentado nos braços, com o auxilio de
varias pessoas.

O transporte do acidentado sempre devera ser feito com vagar e muito cuidado. Utilizes três ou
quatro pessoas para levantá-lo do chão se o paciente estiver sob suspeita de fratura. Os pés
devem ser amarrados e ele deverá ser levantado em posição horizontal, como um só bloco, e
assim conduzido ate a maca;
Normalmente, podem-se empregar duas pessoas para conduzir uma pessoa inconsciente por
qualquer motivo. Mas nunca se deve conduzir um fraturado inconsciente, pelo perigo dos grandes
movimentos e dos estiramentos de membros, que podem agravar as lesões.

Se o acidentado não puder caminhar, mas se estiver consciente, transporte-o da seguinte
maneira:

- Por meio de “cadeirinha”;
- Por meio de uma cadeira comum;
- Nos braços do próprio socorrista.




O transporte pelas extremidades somente devera ser feito se houver certeza de que o paciente
não tem fratura na coluna, bacia ou extremidades inferiores.




O socorrista deve lembras-se, sempre, dos cuidados a serem tomados na remoção de
acidentados;

1. Movimente a vitima o menos possível;
2. Evite arrancadas bruscas ou freadas súbitas do veiculo durante o transporte;
3. Evite corridas em alta velocidade, pois em baixa velocidade são mais seguras e cômodas para
o paciente;
4. Não interrompa, sob nenhum pretexto, a respiração artificial ou a massagem cardíaca se estas
forem necessárias, mesmo durante o transporte;
5. Sempre que for possível, o transporte de um acidentado grave deve ser acompanhado por
médico.


13. PERTURBAÇÃO MENTAL AGUDA-PSICOPATIA

O doente mental (psicopata), em surto agudo, caracteriza-se pela incoerência de seus atos,
pensamentos e palavras. Percebe-se imediatamente que o enfermo está fora da realidade, pelas
atitudes estranhas que tem, inadequadas para o momento e para o ambiente, apresentando
freqüentemente mania de perseguição e inquietação imotivada que pode chegar à irritabilidade e
à agressão aos circunstantes. A insubordinação em indivíduos cordatos e calmos, e as idéias de
grandeza, de poder, de mando, seguidas às vezes por crises de choro e depressão que podem
chegar ao suicídio, indicam sempre um estado psicótico.
Outras vezes os enfermos, alem das atitudes extravagantes, ouvem vozes que os perseguem em
qualquer momento, impelindo-os a atitudes agressivas, sobretudo com os familiares mais íntimos.

Atendimento

Nessas circunstancias, o paciente deve ser sempre encaminhado a um medico. Antes, porém, de
ser removido deve ser tratado com todo respeito, paciência e compreensão, revelando-se duas
grosserias ou agressões, porque a vitima é um doente e não sabe o que faz, embora manifeste
ates de vontade inteligentemente.

Portanto, não agrida, não retruque, não discuta com o doente e evite tomar atitudes agressivas
com ele. Somente utilize a contenção física se o enfermo estiver na iminência de agredir alguém
ou de causar danos a si próprio. Procure captar sua confiança, concordando superficialmente com
suas idéias. No entanto, seja bastante firme em suas decisões. Tente desviar a atenção do
paciente de tudo aquilo que lhe possa ser prejudicial e procure localizar um familiar ou pessoa
amiga do enfermo para responsabilizar-se por ele.

14. CONVULSÕES POR EPILEPSIA

A convulsão, vulgarmente chamada de “ataque’, é um mal súbito que acomete o paciente de
forma inesperada e em qualquer lugar. Caracteriza-se por contrações violentas e involuntárias de
todo o corpo, de forma mais ou menos rítmica, com perda de consciência i insensibilidade total.
As contrações de inicio do mal, duram cerca de um minuto, segue-se um período de relaxamento
ainda inconsciente, em que o paciente perde o controle dos esfíncteres, urinando ou evacuando
abundantemente na roupa. Uma baba esbranquiçada flui pela boca e pelo nariz.

Este mal, conhecido desde a antiguidade, chama-se epilepsia e, em si, não é moléstia mortal,
mas pode tornar-se muito grave, com o perigo de vida, pela queda súbita provocada pela perda da
consciência se esta ocorrer em situação perigosa, de trabalho. Imagine um trabalhador operando
sobre um andaime, entre maquinas opera trizes perigosas, como serra circular ou desbastadeira,
ou entre fios elétricos de alta tensão: a queda súbita do operador fatalmente causara ferimentos
graves ou até sua morte.

A epilepsia é, portanto, uma das moléstias cujo portador necessita de maior proteção em relação
ao trabalho. Deve ser afastado de toda atividade que lhe possa trazer perigos de ferimentos
graves, ou risco de vida se lhe sobrevier uma convulsão súbita.
Certas profissões, como motorista, aviador, eletricista, armador de formas de concreto, bem como
trabalho com maquinas opera trizes para madeira, ou em andaimes, na construção civil, devem
ser vedadas de epilépticos.

No atendimento ao do ente durante a crise:

       Afaste o paciente de objetos contundentes, deixando-o deitado no chão;
       Afrouxe-lhe roupa, cinto e gravata, para que ele possa respirar livremente.
       Se possível, introduza um chumaço de pano ou gaze entre seus dentes para evitar
       mordidas na língua ou nas mucosas, porem sem forçar a abertura da boca;
       Mantenha o enfermo deitado após a convulsão, para melhor recuperação.

Alem disso, certos cuidados devem ser tomados:

       Não adianta abanar o paciente nem chamá-lo pelo nome procurando acordá-lo;
       Não excite o enfermo por meios de sacudidelas, tapas, etc.
       Não jogue água sobre ele nem lhe esfregue álcool, vinagre, etc.

Observação
A baba abundante que o doente expele não e contagiosa e, portanto não transmite doença. Esse
quadro mórbido não e contagioso, pois a doença é de fundo neurológico e não microbiano. O
portador da epilepsia deve ser examinado por um medico e , se for a primeira vez que o correu a
convulsão, deve ficar sob cuidados médicos permanentes ser submetidos as medias de proteção
no trabalho.

15. CHOQUE ELÉTRICO

A passagem de corrente elétrica pelo corpo humano produz um abalo a que comumente
chamamos de choque. Se a passagem da corrente através do corpo for de ordem muito pequena,
o choque não produz dano, mas se acorrente atingir certo valor poderá causar danos irreparáveis
ou mesmo a morte.

Sabemos que uma corrente de 50mA(miliamperes) causa a morte. Se o fluxo da corrente dor da
ordem de 15 a 20mA, produzira um choque elétrico muito doloroso, parada respiratória e perda de
controle dos músculos, não podendo a pessoa soltar o fio caso o tenho tocado com as mãos. Com
correntes de apenas 1 a 8mA, a sensação do choque é débil e o paciente suporta a corrente.

É interessante observa-se que falamos em mA, não levando em conta a tensão de corrente, isto
é, a voltagem. Mas, como o corpo humano deixa passar certa quantidade de eletricidade,
dependendo da situação em que se encontra em relação ao seu contato com a terra, não importa
propriamente a tensão e sim a amperagem, isto é o fluxo de eletricidade que passa pelo corpo.
Aplicando-se, portanto, a lei de 0hm a passagem da corrente será diretamente proporcional a
tensão da rede e inversamente proporcional a resistência encontrada. Portando, se houver menos
resistência, haverá mais passagem de corrente, o mesmo acontecendo se houver maior tensão.

I=V
  R

I = amperagem – amperes
V = voltagens – volts
R = resistência – ohms

A relação de resistências, conforme a situação, ilustra a lei:

- Metais – têm cerca de 10 a 50 ohms de resistência;
- Corpo humano – ouvido a ouvido – 100ohms;
- Corpo humano – mão á pe – 400 a 600ohms;
- Corpo humano – pele molhada – 1.000ohms.
- Madeira seca – 100.000.000ohms;
- Madeira molhada – 1.000ohms.

Estes números mostram o perigo de se trabalhar ou com os pés úmidos perto de corrente elétrica.

Em resumo, a corrente elétrica pode matar por dois processos: por excesso de voltagem ou por
baixa resistência do corpo. Esta baixa resistência aparece normalmente quando há bom contato
com a terra, pés molhados, roupas encharcadas, mãos nuas, etc.

A gravidade do choque

A gravidade do choque elétrico não é determinada apenas pela voltagem, mas depende de outros
fatores:

- quantidade de corrente que atravessa o corpo;
- caminho da corrente que atravessa o corpo;
- duração do choque.

Características
O acidentado pode apresentar as seguintes características:

a) em choques de pequena amplitude;
- sensação de formigamento;
- contrações musculares fracas.

b) em choques fortes:
- sensação muscular brusca e dolorosa;
- inconsciência;
- dificuldade ou parada respiratória completa;
- parada cardíaca;
- queimadura;
- traumatismo.

No atendimento ao acidentado:

   1. Não toque na vitima antes que ele esteja desligado da corrente elétrica;
   2. Se houver chave de rede, desligue-a imediatamente;
   3. Se não houver chave que possa interromper a corrente ou se esta for de alta tensão,
      procure remover o fio condutor com o auxilio de um bastão bem seco, caibro, cabo de
      vassoura, cabo de borracha, ou outro material isolante. Se houver duvidas quanto à tensão
      da corrente, isole-o do solo, colocando sob seus pés uma tabua seca, cadeira, etc.. Para
      ter mais segurança manipule o fio com o material isolante, de longe;
   4. Inicie imediatamente respiração artificial pelo método boca-a-boca se ocorrer parada
      respiratória, acompanhada de massagem cardíaca se houver comprometimento do ritmo
      cardíaco.

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Segurança e primeiros socorros em instalações elétricas

  • 1. SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE N R 10 MÓDULO II – PRIMEIROS SOCORROS
  • 2. SUMÁRIO 1. Introdução 2. Respiração artificial 3. Parada cardíaca 4. Desmaio ou Lipotimia 5. Estado de choque 6. Queimaduras 7. Hemorragias 8. Ferimentos 9. Luxações ou deslocamentos 10. Envenenamento 11. Fraturas 12. Transporte de acidentados 13. Perturbação mental aguda – psicopatia 14. Convulsões por epilepsia 15. Choque elétrico
  • 3. 1. INTRODUÇÃO É fato bastante conhecido que mais de uma vida se perdeu pela falta dos auxílios imediatos prestados por um leigo a uma pessoa acidentada, a um doente ou vitima de mal súbito, tendo como finalidade manter essa vitima com vida, minorar-lhe a dor e evitar complicações do problema, ate a chegada do medico. O presente trabalho, “Manual de Primeiros Socorros”, foi elaborado com o propósito de transmitir os conhecimentos mínimos necessários que servirão de base a um treinamento pratico para socorros de urgência, em ocasião ou local onde não seja possível contar com a presença do medico ou assistência especializada, em tempo útil. Pela sua gentileza, não pretendemos que este manual rivalize com as inúmeras monografias que versam sobre o assunto, pois sabemos que elas são tecnicamente mais amplas e detalhadas. Não apresentamos também um tratado de enfermagem; visamos, tão somente, os primeiros socorros a um acidentado, na sua forma mais elementar e eficiente. 2. RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL Os pulmões são os órgãos mais importantes do aparelho respiratório, cuja função e garantir a oxidação dos tecidos que formam o corpo e sem a qual não e possível à vida. Em tempo muito breve, a falta de respiração provoca a morte, causada por anóxia, isto é, a falta de oxigênio nas células. A parada ou impedimentos da respiração originam a asfixia, que pode ter varias causas, sejam mecânicas, traumáticas, tóxicas ou neurológicas, como afogamento, grandes traumatismo no tórax, envenenamento por drogas, ação de gases tóxicos, enforcamento e choque elétrico, que são os tipos mais comuns de acidentes provocadores de asfixia. A asfixia é caracterizada pela cianose(cor azulada da pele e das mucosas), em seguida imediatamente pela inconsciência. Em um acidentado asfixiado, mesmo com parada respiratória completa, a morte não ocorre de imediato. Se a vitima for socorrida, rápida e convenientemente, pode-se restabelecer sua respiração, garantindo as trocas gasosas nos pulmões e, assim salvar-lhe a vida. O estado de imobilidade respiratória, a cianose e a inconsciência, que são três sinais típicos de asfixia, dão ao acidentado uma aparência de morte que se chama de morte aparente. E a fase em que, se socorrido , o paciente pode ser salvo. Ao estado de morte aparente segue-se imediatamente a morte real, quando então o socorro não é mais eficaz. Chama-se respiração artificial o processo mecânico empregado para restabelecer a respiração. É de tal importância esta pratica que deveria ser conhecida por todas as pessoas, principalmente pelos trabalhadores que assim estarão aptos a socorrer qualquer acidentado em tais circunstancias. A respiração artificial deve ser ministrada imediatamente e em todos os casos em que ocorrer asfixia, mesmo quando houver parada cardíaca que é a fase mais profunda deste tipo de acidente e, portanto, o sinal mais grave, exigindo atendimento instantâneo. Devemos saber que, logo no inicio da asfixia, o coração continua batendo. Só num estagio mais prolongado é que se da parada cardíaca. Portanto, em todos os casos de asfixia, ocorre a parada respiratória e depois a parada cardíaca. Mesmo quando houver parada cardíaca, deve-se praticar a respiração artificial o mais cedo possível, pois garantindo a oxigenação pulmonar há grandes probabilidades de reativação do coração e da respiração.
  • 4. Por outro lado, não deve interromper a respiração artificial em um acidentado asfixiado até a constatação da morte real, que deve ser verificada por um médico. Este aconselhamento é ainda mais importante em acidentes por choque elétricos, casos em que comumente há parada respiratória e que se constituem nos mais comuns acidentes de trabalho. Os choques elétricos, mesmo de tensão baixa, como o da rede domestica, provocam freqüentemente paradas respiratória. Ocorrendo isto, como simples respiração artificial prolongada pode-se restabelecer a respiração normal. Nos acidentes por eletricidade, na maioria das vezes, a morte ocorre por asfixia se o eletrocutado não for atendido a tempo. Daí a importância da pratica da respiração artificial nesses casos. Todos os trabalhadores devem aprender a técnica da respiração artificial, como ocorre nos paises mais adiantados, onde todos estão aptos a aplicar os primeiros socorros a um acidentado. Há vários métodos de respiração artificial, sempre procurando garantir a entra de ar nos pulmões. Os métodos mais simples e mais empregados são os Sylvester-Brosch e o boca-a-boca. Ambos são bons e eficazes quando o paciente é atendido rapidamente. Não se deve esperar condução para levar o acidentado a um centro medico ou esperar que o medico chegue. O atendimento deve ser feito de imediato, no próprio local do acidente e por qualquer pessoa. E tão importante a rapidez na pratica da respiração artificial em um acidentado que, se o atendimento se der nos dois primeiros minutos do choque, as probabilidades de salvamento serão de 90%; se o acidentado for atendido cinco minutos depois, essas probabilidades cairão para apenas 25%. Portanto, a conduta a seguir em casos de asfixia será: 1- Atendimento imediato, no próprio local do acidente, com aplicação de respiração artificial; 2- Respiração artificial continuada e sem interrupção ate o atendimento medico, mesmo que leve horas. Uma vez reanimado o paciente, se ocorrer parada cardíaca ou respiratória, que são fenômenos comuns, principalmente nos intoxicados por gases ou substancias tóxicas, deve-se recomeçar a respiração artificial. Quando a pessoa recobrar os sentidos deve-se deixá-la em repouso, aquecê-la e providenciar socorro médico. Método Sylvester-Brosch Em meados do século passado, graças aos estudos sistemáticos no campo da fisiologia, os pesquisadores determinaram perfeitamente o mecanismo da respiração, abrindo novos horizontes para a pratica da medicina de urgência. O método da respiração artificial descrito pelo medico inglês Sylvester Brosch, em 1857, é fruto dessas pesquisas e tornou-se clássico. É um dos mais antigos na medicina de urgência e consta das seguintes fases: 1. Deita-se o paciente de costas, com as roupas soltas e o cinto desafivelado; 2. Em seguida, puxam-se os braços para trás, acima da cabeça, um pouco abertos, ate tocarem no solo;
  • 5. 3. Sem perder tempo, os braços são trazidos para frente, descrevendo um arco de circulo sobre o corpo, e cruzados sobre o peito da vitima; 4. O socorrista, então, faz pressão vertical, com o seu próprio peso, sobre o tórax do paciente para que haja esvaziamento dos pulmões; 5. Ritmadamente, inicia-se novo ciclo e outros tantos, até o acidentado demonstrar sinais de reanimação.
  • 6. O processo não deve ser muito lento, nunca com menos de dez ciclos por minuto. O movimento dos braços deve ser bem forcado. Devem tocar o chão quando levantados para trás por sobre a cabeça, para que se verifique a maior dilatação possível do tórax, e assim se garanta substancial entrada de ar nos pulmões, esta e a fase de inspiração. A fase da expiração corresponde sobre a pressão sobre o tórax. Daí chamar-se respiração artificial porque faz um ciclo completo de respiração, isto é, o enchimento de ar dos pulmões e o seu esvaziamento. Método boca-a-boca E um dos métodos mais antigos e eficazes que se conhece. Como o nome indica, é uma técnica mais simples que o método Sylvester, necessitando apenas que o socorrista procure encher os pulmões do acidentado soprando fortemente em sua boca. No entanto, para que isso aconteça, é necessário garantir a livre entrada de ar no trato respiratório. Para que haja esse livre curso de ar, coloca-se a cabeça do paciente em posição adequada, levantando-se o pescoço do acidentado e forçando-se a cabeça em flexão, para trás. Este cuidado é muito importante, porque, normalmente, quando uma pessoa perde os sentidos, as mucosas tornam-se flácida, principalmente a língua que recua oprimindo a entrada de ar. Em seguida, com os polegares abre-se a boca do paciente. Permitindo que a circulação de ar se faça normalmente. Para o contato boca-a-boca procede-se da seguinte forma: 1. Conserva-se a cabeça da vitima para trás e, com uma das mãos sob seu pescoço e a outra sobre a testa, apertam-lhe as narinas para evitar que o ar escape: 2. O socorrista, em seguida, coloque sua boca sobre a boca do paciente, soprando fortemente, ate notar a expansão do peito do acidentado;
  • 7. 3. O socorrista, então, retira sua boca para que haja a expulsão do ar e assim se esvazie o pulmão do acidentado. O processo deve ser repetido tantas vezes quantas necessárias, em ri timo de doze vezes por minuto. É uma técnica simples em que o socorrista sente imediatamente se o ar esta entrando nos pulmões do acidentado ou não, promovendo um bom nível de oxigenação pulmonar. Apresentada, como desvantagem, ausência de estimulo circulatório pela falta de compressão sobre o tórax. Alem disso, nos casos de asfixia por gases ou outros tóxicos, não se aconselha usar este método, pelo perigo de envenenamento do próprio socorrista. Nos casos de contratura dos músculos maxilares, fenômeno comum nos choque elétrico, o que torna muito difícil abrir a boca da vitima, e os casos de ferimento nos lábios, pratica-se o método boca-a-nariz, igual ao método acima descrito, apenas tendo o cuidado de fechar a boca do paciente quando se pratica o sopro para enchimento dos pulmões. 3. PARADA CARDÍACA Muitas vezes, a asfixia é acompanhada de parada cardíaca, o que torna o quadro bastante grave, nestes casos, ao mesmo tempo em que praticamos a respiração artificial, devemos tentar reanimar os batimentos cardíacos por meio de estímulos, de natureza mecânica, facilmente aplicado por qualquer pessoa. A parada cardíaca é de fácil reconhecimento graças a sinais clínicos tais como: - Inconsciência; - Ausência de batimentos cardíacos; - Parada respiratório; - Extremidades arroxeadas; - Palidez intensa; - Dilatação das pupilas A primeira providencia a ser tomada, antes da chegada do medico, será a massagem cardíaca externa. A massagem cardíaca externa consiste na compressão ritmada sobre o tórax do paciente, na área cardíaca, visando estimular a circulação através do esvaziamento parcial das cavidades do coração por efeito de pressão mecânica. É uma pratica simples e que traz ótimos resultados. No método Sylvester-Brosch, de respiração artificial pela compressão do tórax para esvaziamento dos pulmões, pratica-se, também, o estimulo cardíaco. Mas, no método boca-a-boca, que não é acompanhado de compressão torácica, deve-se iniciar massagens cardíacas com freqüência de 60 vezes por minuto.
  • 8. Técnica 1. Deite o paciente de costas, sobre uma superfície dura; 2. Faça pressão sobre o externo, que deste modo comprimira o coração de encontro com o asco costa e à coluna vertebral; 3. Descomprima rapidamente; 4. Repita a manobra em ritmo de 60 vezes por minuto, ate haver batimentos espontâneos ou ate a chegada do medico. 4. DESMAIO OU LIPOTIMIA Desmaio é a perda momentânea dos sentidos e pode ter varias causas. Choques emotivos, súbitos e inesperados, como presenciar uma hemorragia, ferimentos, acidente, etc., bem como temor ou nervosismo, são freqüentes causas de Lipotimia. Fome ou fadiga, originando a queda de taxa de glicose no sangue, também podem ocasionar desmaios. O desmaio é um dos fenômenos mais comuns que ocorrem com o ser humano, tendo incidência maior na infância. É a primeira etapa do estado de choque. O atingido pelo desmaio fica extremamente pálido, o pulso e a respiração tornam-se fracos e um suor frio e abundante cobre seu corpo. Tratamento Quando alguém sente que vai desmaiar, pois a perda de consciência não e instantânea, devera sentar-se e abaixar imediatamente a cabeça, curvando-se para frente, ate que a cabeça fique abaixo dos joelhos, e respirar profundamente. Se o paciente perdeu consciência e caiu, deve –se tomar os seguintes cuidados: 1. Deitá-lo de costas; 2. Desapertar-lhe a roupa; 3. Aplicar panos frios na testa e no rosto, massageando suavemente. 5. ESTADO DE CHOQUE
  • 9. O estado de choque é um acontecimento muito mais grave que o simples desmaio, se não for atendido convenientemente, pode causar a morte pela modificação da hemodinâmica cardíaca. É um estado grave de grande hipotensão, com acentuada baixa de irrigação cerebral em conseqüência da falta de oxigenação sanguínea. Esta hipotensão causa a anoxia cerebral, isto é a falta de oxigenação sanguínea no cérebro, alem de outras perturbações fisiológicas que, se não forem compensadas a tempo, podem causar a morte. De modo geral, estado de choque é causado sempre que houver dor intensa motivada por: - Ferimentos graves; - Traumatismos generalizados; - Hemorragias internas; - Queimaduras extensas; - Esmagamento de membros; - Choque elétrico; - Exposição a extremos de calor ou frio; - Infartos de miocárdio; - Envenenamentos. A intoxicação por alimentos, apesar de não causar dor, pode também causar choque pela modificação eletrolítica do meio interno e pela desidratação. As grandes emoções também podem provocar um estado de choque; Os sinais clínicos de um estado de choque são: - Hipotensão arterial; - Respiração curta, rápida ou irregular; - Pulso fraco e rápido; - Pele fria e pegajosa; - Suores nas mãos e testa; - Face pálida e expressão de ansiedade; - Sensação de frio; - Náuseas e vômitos; - inconsciência, na fase mais avançada desse estado; - tremores generalizados (observados às vezes). Atendimento O paciente devera ter atendimento medico. Porém, antes que este chegue, devem-se combater as causas que levaram ao choque, tomando-se as seguintes precauções: 1- Conservar a vitima deitada; 2- Afrouxar-lhe a roupa, gravata e cinta, a fim de permitir livre respiração; 3- Se houver hemorragia abundante, procurar contê-la; 4- Retirar-lhe a dentadura postiça, caso exista, remover-lhe goma de mascar, alimentos ou quaisquer objetos existentes na cavidade bucal a fim de evitar que caiam na traquéia; 5- Manter-lhe a respiração; 6- Caso não haja fratura nos membros inferiores, levantar as pernas do acidentado para garantir a circulação cerebral – para isso, manter a cabeça mais baixa que o tronco; 7- Se o paciente puder engolir, dar-lhe líquidos à vontade( água, chá, café, etc..); 8- Se a vitima vomitar, deve-se virar sua cabeça para o lado; 9- Agasalhar o paciente com cobertores. Quando houver suspeita de lesão interna ou ferimentos de abdômen, ou quando a vitima estiver semiconsciente ou inconsciente, não deve dar-lhe líquidos. Bebidas alcoólicas não devem ser administradas em qualquer hipótese.
  • 10. 6. QUEIMADURAS Queimadura é a lesão causada por ação de calor ou de outras radiações sobre o organismo. As queimaduras, alem de provocarem intensa dor local, podem causar choque e levar a vitima a morte, dependendo do seu estado e da extensão da área atingida. Os seguintes agentes podem causar queimaduras: os líquidos ferventes; contato direto com chama; sólidos superaquecidos ou incandescentes; vapores quentes; substancias químicas(ácidos corrosivos, soda caustica, fenol, etc.); radiações infravermelhas e ultravioletas naturais(sol) ou de laboratório(aparelhos); emanações radiativas; eletricidade(pela passagem direta de corrente elétrica pelos tecidos, provocando a eletrolise do mesmo e as conseqüente necrose; ou pela ação direta do calor em arco voltaico, no acidente comum das aberturas ou fechamentos de chaves elétricas de grande potencia). Classificação As queimaduras externas podem ser superficiais, quando atingem apenas camadas da superfície da pele, ou profundas, quando há destruição da pele na área atingida. A classificação das queimaduras em graus é uma classificação pratica, que indica apenas a profundidade da lesão. Queimaduras de todos os graus podem apresentar-se no mesmo paciente. 1ºgrau Caracteriza-se a lesão superficial da pele, sem formação de bolhas. Forma-se somente eritema, isto é, vermelhidão. A dor é suportável. É o caso das queimaduras causadas por raios solares e radioatividade. 2ºgrau Caracteriza a lesão das camadas mais profundas da pele, com formação de flictenas (bolhas) por vezes extensas, por desprendimento das camadas superficiais. 3ºgrau Neste nível, as lesões atingem todas as camadas da pele, tecido celular subcutâneo e, em casos, os músculos profundos, podendo chegar à carbonização da área atingida. Observação A gravidade da queimadura, entretanto, implicando em risco de vida, não esta na profundidade alcançada, isto é, no grau desta, mas sim na extensão da superfície atingida , dando origem ao estado de choque pela dor, desequilíbrio eletrolítico do meio interno, desidratação, etc.. .A possibilidade de lesões renais, que freqüentemente acompanham as queimaduras extensas, tornam sempre o prognostico mais sombrio. Classificação em relação à área corporal atingida Avalia-se aproximadamente a superfície corporal queimada do seguinte modo:
  • 11. Cabeça = 9% da superfície corporal Pescoço = 1% Membro superior esquerdo = 9% Membro superior direito = 9% Tórax e abdômen(frente) = 18% Tórax e região lombar(costa) = 18% Membro inferior esquerdo = 18% Membro inferior direito = 18% Classificação segundo a extensão Quanto a extensão superficial atingida, considera-se pequena queimadura a que atinge menos de 10% da área corporal, e a grande queimadura a que atinge mais de 10% da área corporal. O procedimento a ser tomado em casos de queimaduras varia em cada caso. Nas queimaduras térmicas: Arranque imediatamente as vestes em chamas, se a peca for tecido leve e de fácil remoção, ou procure abafar o fogo, envolvendo a vitima com cobertor , toalha, capa, etc.; Deite o acidentado Coloque a cabeça e o tórax do acidentado em plano inferior ao do corpo e levante suas pernas. Esta manobra evita o choque e é um cuidado que se deve ter; Se o paciente estiver consciente, dê-lhe bastante liquido para beber: chá, água, refrigerante, etc.; Nunca lhe de bebidas alcoólicas; Ponha um pano limpo sobre a superfície queimada. Se as queimaduras ocorrerem por agente químicos: Lave a região atingida com bastante água; Conduza a assistência como no caso anterior; Não aplique ungüentos, graxas, bicarbonato de sódio ou outras substancias; Não toque a arear queimada com as mãos; Não retire corpos estranhos ou elementos gordurosos das lesões; Não fure as bolhas que aparecerem. Observação
  • 12. Todas as queimaduras deverão ser examinadas por um medico ou enfermeiro habilitado, com a máxima brevidade possível, sobretudo nos casos de grandes queimaduras. Queimaduras nos olhos Necessitam de assistência imediata. Elas podem ser produzidas por substancias tóxicas ou irritantes, tais como ácidos, álcalis, etc., ou pelo calor de água quente, vapor, cinzas quentes, pó explosivo, metal fundido, chama direta, arco voltaico, etc. O tratamento, em tais casos, deve ser: 1. Lavar bem os olhos com água em abundancia, durante vários minutos; 2. Não esfregar os olhos; 3. Vendar os olhos com gazes ou pano limpo umedecido; 4. Levar o acidentado ao medico imediatamente. Dentre outras queimaduras provocadas pelo calor, destacam-se a insolação e a internação. Insolação É uma perturbação devida à ação direta e prolongada dos raios solares sobre o individuo. É mais comum nas praias e estações de veraneio, nas quais as pessoas não habituadas ao sol se expõem, de maneira excessiva, a ação direta dos raios solares, com largas áreas corporais desabrigadas. A insolação pode manisfestar-se de duas maneiras. Uma delas, brusca, caracteriza-se por provocar: - mal-estar geral; - falta de ar com sensação de sufocação; - respiração acelerada e difícil; - pulso rápido e forte; - temperatura corporal elevada; - extremidades arroxeadas; - inconsciência e palidez. Outra maneira de se manifestar a insolação é a lenta, que se caracteriza por apresentar: - mal-estar; - dor de cabeça; - náuseas; - tonturas; - pele quente e seca; - pulso rápido; - temperatura do corpo elevada.
  • 13. Uma das principais medidas de socorro a serem tomadas em vitimas de insolação de ver o abaixamento progressivo da temperatura corporal. Enquanto se aguarda o medico, deve-se proceder da seguinte forma; Remover a vitima para lugar fresco e arejado; Retirar suas roupas; Conservar o acidentado deitado, com a cabeça mais baixa que o corpo; Envolver o paciente em panos molhados ou secos de gelo; Envolver-lhe a cabeça em toalha molhada ou sacos de gel; Remover o paciente para um hospital o mais cedo possível. A internação é uma perturbação do organismo originada por excessivo calor em lugares não arejados convenientemente, como em fundições, salas de caldeiras, junto a fornos industriais, etc.A internação apresenta as seguintes manifestações: - dor de cabeça e náuseas; - palidez acentuada; - sudorese abundante (transpiração excessiva); - temperatura corporal levemente elevada; - pulso rápido e fraco; - câimbras abdominais e nas pernas; - inconsciência O atendimento à vitima da internação é o mesmo dispensando nos casos de insolação. 7. HEMORRAGIA Hemorragia é a perda de sangue por rompimento de um vaso, que tanto pode ser veia ou artéria. Qualquer hemorragia deve ser controlada imediatamente. Em um ferimento, empregue compressa limpa de pano, lenço, toalha, etc. coloque a compressa sobre o ferimento e pressione com firmeza. Aplique em seguida um tira de pano, atadura, gravata ou cinto para amarrar a compressa e mantê-la apertada no lugar.
  • 14. Se o ferimento for pequeno e ao se dispuser imediatamente de um curativo adequado, estanque a hemorragia com o dedo, comprimindo-o fortemente sobre o corte. Se o ferimento for em uma artéria ou membro, pressione a artéria acima do ferimento para interromper a circulação, de preferência apertando-a contra o osso, se o ferimento for no antebraço, dobre o cotovelo colocando um objeto duro junto à articulação para interromper a circulação. Quando o ferimento for nos membros inferiores, aperte a virilha o ou a face interna das coxas no trajeto da artéria femoral. Dobre o joelho contra a coxa, colocando um objeto duro, que pode ser um chumaço de pano, junta a cavidade dos joelhos. Se estas manobras não derem resultado, tanto nos membros superiores quanto nos inferiores, coloque um torniquete bem acima do ferimento, no braço ou na coxa, principalmente se houver amputação total ou parcial pelo acidente. O torniquete é feito com um pano resistente, borracha ou cinto. Para tal, faz-se um nó e se enfia um pedaço de madeira entre as pontas, aplicando-se também nos para fixá-los. Em seguida, deve-se torcê-lo até haver pressão suficiente da atadura que interrompa a circulação. Fixa-se o torniquete com outra atadura, marcando-se o tempo de interrupção da circulação. A cada 15 min afrouxe-se o torniquete, com cuidado. Se a hemorragia para, deixa-se o torniquete no lugar, porem frouxo, de forma que possa ser apertado no cão de voltar o sangramento.
  • 15. Não se deve usar arames ou fios finos. Se o paciente acusar sede, deve-se dar-lhe liquido para beber, exceto se houver lesão no ventre ou estiver inconsciente. Para evitar o choque, deve-se agasalhar o ferido e mantê-lo deitado. Existem vários tipos de hemorragias e cada um exige cuidados especiais. A hemorragia interna ocorre em ferimentos nos órgãos internos, causados por traumatismos sem perda externa de sangue. As hemorragias internas são sempre muito graves e seus sinais são: - pulso fraco; - suores frios e abundantes; - palidez intensa; - mucosas descoradas; - sede; - tonturas e vômitos; - inconsciência Nestes casos, coloca-se o paciente deitado. A cabeça deve ficar sempre mais baixa que o corpo. No entanto, se o ferimento for na cabeça, deve-se levantá-la um pouco. O paciente com hemorragia interna deve receber atendimento medico imediato. Nos casos de hemorragia nasal deixa-se o paciente sentado, com a cabeça voltada para trás, e se apertam suas narinas durante alguns minutos. Se a hemorragia continuar, as narinas dever ser tamponadas com gaza, até que o medico atenda. A hemoptise, ou hemorragia dos pulmões é sempre grave, tornando-se indispensável o atendimento médico. A hemorragia caracteriza-se pelas golfadas de sangue, vermelho e rutilante, que saem pela boca da vitima após um acesso de tosse. O enfermo deve ser colocado em repouso, com a cabeça mais baixa que o corpo, até a chegada do medico. A hematêmese, hemorragia do trato digestivo, também é grave e necessita sempre de cuidados médicos. Inicialmente, o paciente apresenta enjôo e vontade de vomitar, e seu vômito, quando vem, tem cor escura, como de borra de café. O enfermo deve ficar em repouso, deitado, sem travesseiro, e não deve beber água ou ingerir remédios. Aplicam-se compressas frias ou saco de elo sobre seu estomago, ate a chegada do medico. 8. FERIMENTOS Ferimento e a lesão da pele, com ou sem comprometimento dos tecidos subjacentes. Os acidentes podem causar tipos diferentes de ferimento no corpo humano e cada um deles exige tratamento e cuidados especiais.
  • 16. Em ferimentos superficiais ou profundos e que não apresentem hemorragia abundante, envolve-se a lesão com pano limpo ou gaze, pressionando-a levemente e conduzindo o paciente para atendimento medico. Se houver hemorragia, deve-se proceder de acordo com instruções contidas no capitulo Hemorragia, e conduzir, também, o paciente ao medico logo que possível. Não se devem fazer curativos com anti-sépticos. Os ferimentos na cabeça envolvem-se com pano limpo, em forma de faixa, amarrando-o com outra faixa ou atadura. O acidentado deve ser mantido em repouso absoluto, recostado, e é recomendável aplicar-lhe saco de gelo na cabeça. Se houver sangramento pelo nariz, boca ou ouvidos, a cabeça da vitima deve ser voltada para o lado de onde provém a hemorragia. Nunca dê bebidas alcoólicas ao acidentado, que deve ser conduzido imediatamente a um hospital. Em casos de ferimento profundo do tórax, coloque gaze, algodão ou pano limpo dobrado varias vezes sobre o ferimento, e aperte-os com firmeza, por meio de uma faixa, pano ou cinta. Em ferimentos abdominais abertos não se deve tocar nas vísceras expostas(intestinos, estomago, etc.) e nem recolocar os órgãos na cavidade. Os órgãos devem ser cobertos com pano limpo, presos com uma faixa, de maneira firme, e não se fazer curativos com anti-sépticos.
  • 17. Conduza, o mais rapidamente possível, o paciente ao hospital. Observação Sempre que o ferimento for produzido por pregos ou chapas enferrujadas, deve-se proceder a uma cuidadosa limpeza com água oxigenada e providenciar aplicação de soro antitetânico e vacinação. Às vezes, o objeto que produziu o ferimento pode ficar cravado nos tecidos. Nestes casos, deve- se esperar o socorro médico, pois a remoção pode provocar serias lesões em órgãos ou tecidos, com hemorragias graves e de difícil controle. 9. LUXAÇÕES OU DESLOCAMENTOS As luxações, ou grandes traumatismos nos membros, bem como as entorses (torceduras), podem provocar deslocamento dos ossos nas articulações pelos rompimentos dos ligamentos. Assim , os ossos saem do lugar e os articulados podem ate inverter seu movimento habitual de flexão. Este fenômeno é chamado de luxação da articulação. O atendimento ao acidentado nessa situação caracteriza-se fundamentalmente pela imobilização do membro atingido. Se forem os membros superiores deve-se usar tipóia para apoio do braço, ate o atendimento medico.
  • 18. As grandes luxações dos membros inferiores são muito mais graves e exigem sempre assistência imediata Observação Não aplique nada quente na área atingida, pois o calor aumenta o edema e provoca dor. As entorses ou torceduras são lesões mais leves que as luxações, podendo ser consideradas o estagio inicial das luxações. Procede-se ao atendimento de primeiros socorros como no caso das luxações. As lesões são sempre superficiais e muito menos graves que as anteriores. Contusões São ferimentos mais comuns observados em situação de trabalho, e os menos graves. A contusão , também denominada”pancada”, só é perigosa nos grandes traumatismos, pois pode produzir lesões internas, com o rompimento de órgãos e hemorragia interna. As contusões superficiais dos membros caracterizam-se pelo edema (inchação) na parte atingida e o arroteamento da pele, causado por hemorragia subcutânea. No atendimento ao contundido:  se a contusão for nos membros, fazer imobilização para que haja repouso da área atingida;  no momento do acidente, aplicar sacos de gelo na região ou compressas frias, para diminuir a dor e o edema;  consultar o medico, principalmente se a contusão for extensa e se localizar no abdômen, tórax ou cabeça. 10. ENVENENAMENTO Venenos São todas as substancias, químicas ou naturais, que postas em contato com o organismo causam perturbações mais ou menos graves de saúde, podendo ocasionar até a morte. Os venenos atuam a partir de uma determinada quantidade e agem de acordo com a sua natureza ou espécie química.
  • 19. Essas substâncias, chamadas tóxicas, habitualmente penetram no organismo pela boca, mas também pode ser absorvidas pelas vias respiratórias(pulmões, na respiração), e por via cutânea( superfície corporal). Os acidentados por envenenamento apresentam as seguintes características: - cheiro estranho no hálito, se a substancia ingerida ou inalar for volátil; - queimaduras das mucosas, podendo mudar a cor dos lábios e da língua; - dor intensa no trato digestivo superior – boca, esôfago, estomago; - restos de substancias na boca, evidenciando ter a vitima ingerido algo estranho – pós, folhas vegetais, etc.; - salivação abundante; - náuseas e vômitos, podendo estes ser sanguinolentos; - dores de cabeça - sonolência ou inconsciência; - sinais de estado de choque; - em casos extremos: parada respiratória e parada cardíaca. O socorrista deve dispensar a vitima de envenenamento ou intoxicação o seguinte atendimento: 1. No caso do ambiente estar saturado por gases tóxicos, retirar imediatamente o acidentado para lugar arejado; 2. Limpar a boca e a garganta do paciente, visando a retirada do material tóxico e da secreção acumulada; 3. Se houver parada respiratória ou parada cardíaca, iniciar imediatamente respiração artificial pelo método Sylvester e massagem cardíaca associada; 4. Provocar o vômito, se o veneno foi ingerido fazendo o acidentado beber água morna, ou com sabão, ou com sal, ou, então, ou, então tocando levemente a garganta do envenenado com um cabo de uma colher ou outro objeto qualquer. Deve-se repetir esta manobra varias vezes, até que o liquido vomitado saia limpo; 5. Fazer, em seguida, a vitima ingerir, se possível, claras de ovos batidas com águas(um litro de água para quatro claras) ou suspensão de farinha de trigo ou maisena na proporção de quatro colheres de sopa para um litro de água; 6. Se as vestes estiverem sujas das substancias tóxicas, retirá-las e lavar o acidentado com bastante água corrente. Esta pratica é indispensável, sobretudo se o veneno for absorvido pela pele; 7. Remover o mais cedo possível a vitima para o hospital, pois todo envenenado deve ter cuidados médicos imediatos, recolhendo o material tóxico, o recipiente com rótulo, etc., a fim de entregá-lo ao medico. O que o socorrista não deve fazer 1. Não provocar vomito se paciente estiver em estaco de inconsciência, em convulsão, ou tiver ingerido substancias corrosivas e irritantes, tais como: - soda caustica; - ácidos de qualquer espécie; - alvejantes de uso domestico; - amoníaco - produtos de petróleo (gasolina, querosene, líquidos de limpeza, etc.); 2. Não dar substâncias oleosas para o paciente beber; 3. Não dar bebidas alcoólicas ao envenenado; 4. Não fazer a vitima caminhas, e nem exercitá-la; 5. Não perder tempo no atendimento, a fim de que o veneno não seja absorvido pelo organismo. 11. FRATURAS
  • 20. O fenômeno patológico mais comuns nos traumatismos é a ruptura do osso, comumente chamada fratura. Há dois tipos de fraturas: fechadas e abertas. Fraturas fechadas São aquelas em que o osso quebrado não aparece na superfície, isto é, quando não ocorre a ruptura das partes moles superficiais, apenas sentindo-se o desnível e o movimento anormal dos ossos. Fraturas abertas Nas fraturas abertas o osso fraturado aparece na superfície corporal, devido aos rompimentos da carne e da pele. Existem vários sinais clínicos que caracterizam uma fratura. Podemos citar, por exemplo: - traumatismo; - dificuldade ou incapacidade de movimento; - dor e edema na área atingida; - posição anormal (desvio do eixo) do membro; - ao toque, sente-se um crepitar característico, por atrito, dos fragmentos ósseos; - se a fratura for exposta, há naturalmente o surgimento do osso fraturado rompendo a pele. No atendimento ao acidentado com fratura fechada; 1. A vitima deve ser movimentada o menos possível; 2. Cobrir a área lesada com pano limpo ou algodão, a fim de evitar lesões em áreas superficiais; 3. Imobilizar o membro com talas ou apoios adequados, como tabua fina, papelão, revistas dobradas, travesseiros, mantas dobradas, etc..; 4. Amarrar as talas de apoio com ataduras ou tiras de panos , de maneira firma, mas sem apertar. As talas devem ser amarradas acima e abaixo do local da fratura e acima e abaixo das articulações próximas a área fraturada. 5. Remova o acidentado para o hospital. Observação O socorrista nunca deve tentar recolocar os ossos fraturados no lugar. Em caso de fratura exposta, o socorrista deve fazer um curativo protetor sobre o ferimento, com gazes ou pano limpo, a fim de evitar infecções. Se houver hemorragia abundante, é sinal de que houve, além da fratura, ruptura de vasos. Assim sendo:  procure conter a hemorragia, conforme exposto anteriormente;
  • 21. imobilize o membro fraturado;  providencie a remoção do acidentado para o hospital. A fratura do crânio sempre se reveste de gravidade, necessitando de cuidados médicos imediatos. Caracteriza-se por: - lesão no crânio; - perda de sangue pelo nariz ou pelos ouvidos; - perda da consciência ou estado semiconsciente; - náuseas e vômitos imediatos, podendo também aparecer algum tempo depois. Como atendimento, nesta situação: Mantenha o acidentado recostado, procurando o máximo de repouso possível; Se houver hemorragia do couro cabeludo, faça curativo envolvendo a cabeça por meio de uma faixa ou pano limpo; Se houver parada respiratória, inicie a respiração artificial método boca-a-boca; Imobilize a cabeça do acidentado, apoiando-se em travesseiro, almofadas, etc.; Conduza o paciente ao hospital. A fratura da coluna vertebral possui as seguintes características: - lesão traumática na coluna vertebral (espinha dorsal); - dor local acentuada - deslocamento de vértebras; - dormência nos membros; - paralisia de membros. No atendimento a vitima deve-se considerar o seguinte: Não toque nem deixe ninguém mexer no acidentado se houver suspeita de fratura de coluna, até a chegada do medico; 1. Observe sua respiração. Se houver para respiratória, inicie respiração artificial pelo método boca-a-boca; 2. Transporte do acidentado deve ser feito com muito cuidado, em maca ou padiola; 3. Empregue quatro pessoas para levantar o acidentado e levá-lo a maca, movimentando seu corpo em um tempo só, como se fosse um bloco maciço, sem lhe torcer a cabeça e os membros. Alem disso, devem ser observados os seguintes cuidados: 1. Nunca vire o acidentado de lado, procurando melhor sua posição; 2. Durante o transporte para o hospital, evite paradas bruscas com o veiculo ou movimentos súbitos e fortes. Em casos de fratura da bacia proceda como no caso anterior, tendo o cuidado de amarrar ambas as pernas da vitima bem juntas, para que o transporte não haja nenhum movimento dos membros inferiores. A fratura da clavícula é o traumatismo da parte superior do tórax. Apresenta dor intensa no local da fratura e o acidentado não pode movimentar o braço do lado atingido. O socorrista, nesse caso, deve prestar ao paciente o seguinte atendimento: 1. Coloque sob seu braço um pano, dobrando várias vezes, para servir de almofada; 2. Amarre o braço no centro do tórax, do lado ferido, por meio de tiras de pano; 3. Espalme a mão do braço imobilizado contra o peito, do lado são, apoiando o antebraço por meio de uma tipóia (pano triangular ou tiras de pano);
  • 22. Conduza o paciente ao médico. Se a situação for de fratura do úmero proceda como no caso anterior, procurando apoiar a face externa do braço por meio de uma tala (papelão, revista, etc.) ao longo do braço. Em caso de fratura do antebraço imobilize o braço por meio de uma tipóia e conduza o paciente ao médico. 12. TRANSPORTES DE ACIDENTADOS A remoção ou movimentação de um acidentado deve ser feita com o Maximo cuidado pra não agravar as lesões existentes. Antes do transporte do paciente, tome as seguintes providencias; 1. Controle hemorragias, porque uma hemorragia abundante e a movimentação da vítima levam rapidamente ao estado de choque; 2. Se houver parada respiratória, inicie imediatamente respiração artificial pelo método boca- a-boca; 3. Em caso de parada circulatória, faça massagem cardíaca juntamente com a respiração artificial; 4. Imobilizes as fraturas. Para condução do paciente, a maca ou padiola é o método clássico, o mais simples e o melhor. Pode-se improvisar uma padiola razoável amarrando cobertores dobrados em duas varas resistentes. Podemos também utilizar uma tabua larga ou conduzir o acidentado nos braços, com o auxilio de varias pessoas. O transporte do acidentado sempre devera ser feito com vagar e muito cuidado. Utilizes três ou quatro pessoas para levantá-lo do chão se o paciente estiver sob suspeita de fratura. Os pés devem ser amarrados e ele deverá ser levantado em posição horizontal, como um só bloco, e assim conduzido ate a maca;
  • 23. Normalmente, podem-se empregar duas pessoas para conduzir uma pessoa inconsciente por qualquer motivo. Mas nunca se deve conduzir um fraturado inconsciente, pelo perigo dos grandes movimentos e dos estiramentos de membros, que podem agravar as lesões. Se o acidentado não puder caminhar, mas se estiver consciente, transporte-o da seguinte maneira: - Por meio de “cadeirinha”; - Por meio de uma cadeira comum; - Nos braços do próprio socorrista. O transporte pelas extremidades somente devera ser feito se houver certeza de que o paciente não tem fratura na coluna, bacia ou extremidades inferiores. O socorrista deve lembras-se, sempre, dos cuidados a serem tomados na remoção de acidentados; 1. Movimente a vitima o menos possível; 2. Evite arrancadas bruscas ou freadas súbitas do veiculo durante o transporte; 3. Evite corridas em alta velocidade, pois em baixa velocidade são mais seguras e cômodas para o paciente; 4. Não interrompa, sob nenhum pretexto, a respiração artificial ou a massagem cardíaca se estas forem necessárias, mesmo durante o transporte; 5. Sempre que for possível, o transporte de um acidentado grave deve ser acompanhado por médico. 13. PERTURBAÇÃO MENTAL AGUDA-PSICOPATIA O doente mental (psicopata), em surto agudo, caracteriza-se pela incoerência de seus atos, pensamentos e palavras. Percebe-se imediatamente que o enfermo está fora da realidade, pelas atitudes estranhas que tem, inadequadas para o momento e para o ambiente, apresentando freqüentemente mania de perseguição e inquietação imotivada que pode chegar à irritabilidade e à agressão aos circunstantes. A insubordinação em indivíduos cordatos e calmos, e as idéias de grandeza, de poder, de mando, seguidas às vezes por crises de choro e depressão que podem chegar ao suicídio, indicam sempre um estado psicótico.
  • 24. Outras vezes os enfermos, alem das atitudes extravagantes, ouvem vozes que os perseguem em qualquer momento, impelindo-os a atitudes agressivas, sobretudo com os familiares mais íntimos. Atendimento Nessas circunstancias, o paciente deve ser sempre encaminhado a um medico. Antes, porém, de ser removido deve ser tratado com todo respeito, paciência e compreensão, revelando-se duas grosserias ou agressões, porque a vitima é um doente e não sabe o que faz, embora manifeste ates de vontade inteligentemente. Portanto, não agrida, não retruque, não discuta com o doente e evite tomar atitudes agressivas com ele. Somente utilize a contenção física se o enfermo estiver na iminência de agredir alguém ou de causar danos a si próprio. Procure captar sua confiança, concordando superficialmente com suas idéias. No entanto, seja bastante firme em suas decisões. Tente desviar a atenção do paciente de tudo aquilo que lhe possa ser prejudicial e procure localizar um familiar ou pessoa amiga do enfermo para responsabilizar-se por ele. 14. CONVULSÕES POR EPILEPSIA A convulsão, vulgarmente chamada de “ataque’, é um mal súbito que acomete o paciente de forma inesperada e em qualquer lugar. Caracteriza-se por contrações violentas e involuntárias de todo o corpo, de forma mais ou menos rítmica, com perda de consciência i insensibilidade total. As contrações de inicio do mal, duram cerca de um minuto, segue-se um período de relaxamento ainda inconsciente, em que o paciente perde o controle dos esfíncteres, urinando ou evacuando abundantemente na roupa. Uma baba esbranquiçada flui pela boca e pelo nariz. Este mal, conhecido desde a antiguidade, chama-se epilepsia e, em si, não é moléstia mortal, mas pode tornar-se muito grave, com o perigo de vida, pela queda súbita provocada pela perda da consciência se esta ocorrer em situação perigosa, de trabalho. Imagine um trabalhador operando sobre um andaime, entre maquinas opera trizes perigosas, como serra circular ou desbastadeira, ou entre fios elétricos de alta tensão: a queda súbita do operador fatalmente causara ferimentos graves ou até sua morte. A epilepsia é, portanto, uma das moléstias cujo portador necessita de maior proteção em relação ao trabalho. Deve ser afastado de toda atividade que lhe possa trazer perigos de ferimentos graves, ou risco de vida se lhe sobrevier uma convulsão súbita. Certas profissões, como motorista, aviador, eletricista, armador de formas de concreto, bem como trabalho com maquinas opera trizes para madeira, ou em andaimes, na construção civil, devem ser vedadas de epilépticos. No atendimento ao do ente durante a crise: Afaste o paciente de objetos contundentes, deixando-o deitado no chão; Afrouxe-lhe roupa, cinto e gravata, para que ele possa respirar livremente. Se possível, introduza um chumaço de pano ou gaze entre seus dentes para evitar mordidas na língua ou nas mucosas, porem sem forçar a abertura da boca; Mantenha o enfermo deitado após a convulsão, para melhor recuperação. Alem disso, certos cuidados devem ser tomados: Não adianta abanar o paciente nem chamá-lo pelo nome procurando acordá-lo; Não excite o enfermo por meios de sacudidelas, tapas, etc. Não jogue água sobre ele nem lhe esfregue álcool, vinagre, etc. Observação
  • 25. A baba abundante que o doente expele não e contagiosa e, portanto não transmite doença. Esse quadro mórbido não e contagioso, pois a doença é de fundo neurológico e não microbiano. O portador da epilepsia deve ser examinado por um medico e , se for a primeira vez que o correu a convulsão, deve ficar sob cuidados médicos permanentes ser submetidos as medias de proteção no trabalho. 15. CHOQUE ELÉTRICO A passagem de corrente elétrica pelo corpo humano produz um abalo a que comumente chamamos de choque. Se a passagem da corrente através do corpo for de ordem muito pequena, o choque não produz dano, mas se acorrente atingir certo valor poderá causar danos irreparáveis ou mesmo a morte. Sabemos que uma corrente de 50mA(miliamperes) causa a morte. Se o fluxo da corrente dor da ordem de 15 a 20mA, produzira um choque elétrico muito doloroso, parada respiratória e perda de controle dos músculos, não podendo a pessoa soltar o fio caso o tenho tocado com as mãos. Com correntes de apenas 1 a 8mA, a sensação do choque é débil e o paciente suporta a corrente. É interessante observa-se que falamos em mA, não levando em conta a tensão de corrente, isto é, a voltagem. Mas, como o corpo humano deixa passar certa quantidade de eletricidade, dependendo da situação em que se encontra em relação ao seu contato com a terra, não importa propriamente a tensão e sim a amperagem, isto é o fluxo de eletricidade que passa pelo corpo. Aplicando-se, portanto, a lei de 0hm a passagem da corrente será diretamente proporcional a tensão da rede e inversamente proporcional a resistência encontrada. Portando, se houver menos resistência, haverá mais passagem de corrente, o mesmo acontecendo se houver maior tensão. I=V R I = amperagem – amperes V = voltagens – volts R = resistência – ohms A relação de resistências, conforme a situação, ilustra a lei: - Metais – têm cerca de 10 a 50 ohms de resistência; - Corpo humano – ouvido a ouvido – 100ohms; - Corpo humano – mão á pe – 400 a 600ohms; - Corpo humano – pele molhada – 1.000ohms. - Madeira seca – 100.000.000ohms; - Madeira molhada – 1.000ohms. Estes números mostram o perigo de se trabalhar ou com os pés úmidos perto de corrente elétrica. Em resumo, a corrente elétrica pode matar por dois processos: por excesso de voltagem ou por baixa resistência do corpo. Esta baixa resistência aparece normalmente quando há bom contato com a terra, pés molhados, roupas encharcadas, mãos nuas, etc. A gravidade do choque A gravidade do choque elétrico não é determinada apenas pela voltagem, mas depende de outros fatores: - quantidade de corrente que atravessa o corpo; - caminho da corrente que atravessa o corpo; - duração do choque. Características
  • 26. O acidentado pode apresentar as seguintes características: a) em choques de pequena amplitude; - sensação de formigamento; - contrações musculares fracas. b) em choques fortes: - sensação muscular brusca e dolorosa; - inconsciência; - dificuldade ou parada respiratória completa; - parada cardíaca; - queimadura; - traumatismo. No atendimento ao acidentado: 1. Não toque na vitima antes que ele esteja desligado da corrente elétrica; 2. Se houver chave de rede, desligue-a imediatamente; 3. Se não houver chave que possa interromper a corrente ou se esta for de alta tensão, procure remover o fio condutor com o auxilio de um bastão bem seco, caibro, cabo de vassoura, cabo de borracha, ou outro material isolante. Se houver duvidas quanto à tensão da corrente, isole-o do solo, colocando sob seus pés uma tabua seca, cadeira, etc.. Para ter mais segurança manipule o fio com o material isolante, de longe; 4. Inicie imediatamente respiração artificial pelo método boca-a-boca se ocorrer parada respiratória, acompanhada de massagem cardíaca se houver comprometimento do ritmo cardíaco.