1. O documento descreve um projeto de pesquisa para mestrado em artes visuais com foco em intervenções urbanas e grafite efêmero em espaços públicos, usando a figura do cacto como elemento representativo.
2. O objetivo é desenvolver intervenções poéticas que transformem ambientes de trabalho em espaços estéticos e reflexivos, envolvendo pessoas alheias ao contexto artístico.
3. A justificativa é que a arte pode proporcionar momentos de sensibilidade em meio ao imediatismo do cotid
1. Anexo B – Projeto de Pesquisa
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA – UFSM
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES VISUAIS – PPGART
MESTRADO EM ARTES VISUAIS – ÊNFASE EM POÉTICAS VISUAIS
SANDRO BOTTENE
CACTU’San:
INTERVENÇÃO POÉTICA NA ZONA DO DESERTO PÚBLICO
Projeto apresentado para a seleção do Mestrado
em Artes Visuais, na Linha de Pesquisa em Arte e
Visualidade, da Universidade Federal de Santa
Maria com possível orientação da Prof.ª Dr.ª
Rebeca Lenize Stumm.
SANTA MARIA
2012
2. SUMÁRIO
1 OBJETO DE ESTUDO............................................................................................03
2 OBJETIVOS............................................................................................................03
3 JUSTIFICATIVA......................................................................................................03
4 MARCO TEÓRICO..................................................................................................05
5 METODOLOGIA.....................................................................................................09
6 CRONOGRAMA......................................................................................................10
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................10
3. 2
1 OBJETO DE ESTUDO
O processo da Intervenção Urbana e do Grafite Efêmero com pessoas e
espaços públicos alheios ao âmbito convencional da arte através do elemento
representativo da figura do cacto.
2 OBJETIVOS
- Desenvolver Intervenções Urbanas com uso do Grafite em locais transitórios
buscando uma interação entre a poética da arte e o ambiente público.
- Envolver e instigar pessoas, alheias ao espaço ou contexto poético, a
produzirem intervenções que transformem, mesmo que fugazmente, o seu âmbito
cotidiano de trabalho em um espaço estético/reflexivo capaz de modificar o seu
caráter “brutal” para um olhar “sensível” perante a arte.
- Destacar o elemento representacional da figura do cacto como recurso
disseminador transportando sua presença simbólica do espaço de origem “desértico”
(estéril) para o espaço urbano “público” (fértil).
- Investigar conceitos teóricos e práticas sobre Intervenção Urbana, Arte
Grafite, Arte Pública, Arte de Rua, bem como artistas que se destacam por tais
expressões que sejam relevantes à pesquisa.
3 JUSTIFICATIVA
Vivemos em um tempo que tudo parece fugir ao nosso controle. O avanço
tecnológico, o imediatismo, o consumismo e a efemeridade acabam por banalizar
alguns aspectos e valorizar outros na rotina do nosso cotidiano. O acesso às
informações torna-se instantâneo ao fato ocorrido e acabamos perdendo a aura da
sensibilidade poética diante de tais eventos, até mesmo em virtude das exigências
do acelerado mercado de trabalho que, muitas vezes, não permite a disponibilização
de um tempo para a fruição estética.
Pensando em tais considerações, inicialmente, o projeto visa investigar
pessoas que estão alheias ao âmbito da arte e mesmo que vivam cercadas por um
espaço público efervescente, mantêm-se distanciadas da poética visual transitando
por uma zona deserta. Tal afastamento visual acaba por “brutalizar” ou “empobrecer”
o caráter sensível do público que não convive no âmbito da arte. Instigar e intervir
com este público para que vivencie instantes poéticos torna-se o eixo central da
pesquisa levando a arte a proporcionar tal encontro.
A partir disso, através da presença emblemática da figura do cacto como
recurso visual, busca-se nesta pesquisa justamente, além da continuidade da
4. 3
Testes realizados em 02/11/2011 para produção do
fragmento (túmulos/sepulturas de areia) da instalação
SanTUÁRIO CACTU’San do Bacharelado.
Sepulturas produzidas em 10/11/2011.
Instalação SanTUÁRIO CACTU’San.
discussão do tema recorrente, transformá-lo em elo representativo junto ao público
nas ações visuais das intervenções que, deslocando seu simbolismo – por si só faz
uma referência imediata ao deserto e à aridez de zonas de terras estéreis – passaria
agora, nesse contexto poético, a figurar um papel de agente mediador responsável
por disseminar e fecundar a estética formal e sensível da arte dentro do espaço
urbano/público.
Contudo ainda, a proposta da pesquisa não surgiu ao acaso, ao contrário, ela
vem embasada em decorrência de um contexto contínuo a partir do surgimento do
tema em 2008, das pesquisas realizadas em 2009, 2011 e 2012 e da produção
desenvolvida no Bacharelado. No entanto, o insight sobre o projeto, aconteceu
mesmo em novembro do ano passado
(2011), quando foram realizados alguns
testes e experimentos para a montagem
da instalação SanTUÁRIO CACTU’San.
Neste trabalho, a parte final retratava
túmulos que, por sua vez, representavam
cada uma das sete etapas do curso do
Bacharelado. Na imagem ao lado, à
sombra do pé de cacto, um dos túmulos
(cova) encontrava-se incompleto e
entreaberto, o qual, respectivamente,
estava relacionado à própria instalação
em exposição. Para tanto, este momento
ritualístico simbolizava o encerramento de
uma jornada de pesquisa no curso, mas
não na de artista visual.
A representação das sepulturas,
com areia e pigmento em spray, de certa
forma encerrava um espaço de
discussão, mas, simultaneamente abria
outro. Foi através deste que surgiu a
ideia/inspiração de trabalhar com o
Grafite, buscando um aspecto efêmero,
passageiro e muito fugaz que remetesse
o discurso à vida tendo em vista os
túmulos estarem condicionados à morte e
à permanência.
5. 4
4 MARCO TEÓRICO
Sou a favor da arte de rebocos e esmaltes baratos. Sou a favor
da arte do mármore gasto e da ardósia britada. Sou a favor da
arte das pedrinhas espalhadas e da areia deslizante. Sou a
favor da arte dos resíduos de hulha e do carvão negro.
Sou a favor da arte das marcas no asfalto e das manchas na
parede. Sou a favor da arte dos vidros quebrados e dos metais
batidos e curvados, da arte dos objetos derrubados
propositalmente (OLDENBURG, 2009, p. 60).
O conceito de arte, ao longo de sua constituição histórica, sempre esteve de
uma forma ou de outra, condicionado à representação simbólica e convencional de
uma imagem. No entanto, no decorrer dos últimos dois séculos, XX e XXI, a ideia
sobre o que é arte e como esta pode ser expressa, discutida ou entendida, tornou-se
um objeto de estudo que rompe com toda a tradição e padrões até então
estabelecidos.
Tais transformações referem-se à arte pós-moderna, com a qual convivemos
atualmente e, são notáveis as mudanças percebidas, a começar pela própria
cronologia da história da arte que perde seu rumo sequencial. Os movimentos
artísticos organizados dão espaço para o surgimento de correntes, gêneros e estilos
que são, na verdade, constituídos por um repertório de individualidades e
pluralidades. “Há, de fato, ruptura entre dois modelos apresentados, o da arte
moderna, pertencente ao regime de consumo, e o da arte contemporânea,
pertencente ao de comunicação” (CAUQUELIN, 2005, p. 87). A nova ordem da arte
se apropria de várias tendências (novas e antigas) ao mesmo tempo,
caracterizando-se muitas vezes mais pela ideia do que pela relação com a estética
da obra.
No mundo da arte, a ideia de pós-modernismo começou a surgir na
década de 60, com a emergência de tendências como a arte pop, o
minimalismo, a arte conceitual e a performance. Retrospectivamente,
exemplos nascentes do pós-modernismo poderiam ser detectados muito
antes em obras de artistas como Duchamp, cujos ready-mades zombavam
da preciosidade do objeto de arte (HEARTNEY, 2002, p. 12).
A partir de tais questões, a arte contemporânea torna-se uma expressão que
está em constante apropriação (in)devida, citando o velho e (re)criando o novo,
resignificando o trivial, valorizando e banalizando diversos contextos. São tantas as
alterações, inovações, inclusões e até exclusões de padrões, que a arte instaura-se
como um campo sem fronteiras em todos os aspectos possíveis e imagináveis.
Talvez, além das questões impostas pela antiarte de Marcel Duchamp (1887-
1968), da arte conceitual e do processo sobre arte-registro desencadeado pela
6. 5
linguagem do vídeo arte, a poética contemporânea busque, sobretudo, apaziguar o
instante e o momento, artifício dos artistas impressionistas, tão fugaz e efêmero da
sociedade pós-moderna atual. APara um estudioso do assunto, o Pós-Modernismo
talvez se pareça com o reflexo de Narciso na água: ele se desintegra no momento
em que se tenta pegá-lo@ (HEARTNEY, op. cit., p. 7). O instantâneo e o ágil,
aspectos que foram motivos de conquista – resultado do avanço tecnológico –
acabaram penalizando a fruição do momento sensível poético.
Todas estas percepções, imposições ou preocupações emergentes,
demonstradas pelos artistas, os instigaram na busca por novos meios e novas
formas de expressão, bem como na procura de locais que condissessem com suas
expectativas para exporem seus trabalhos. Inevitavelmente e felizmente, tal busca já
precedida por artistas como Robert Smithson (1938-1973) na década de 60, acaba
resultando em intervenções fora do ambiente tradicional expositivo na ânsia de se
inserirem neste novo espaço do contexto poético da arte atual. A discussão de
temas ou assuntos passa a permear todas as produções e os espaços da arte.
Os projetos de intervenção são um dos caminhos explorados por um
universo bastante diverso de artistas interessados em se aproximar da vida
cotidiana, se inserir no tecido social, abrir novas frentes de atuação e
visibilidade para os trabalhos de arte fora dos espaços consagrados de
atuação, torná-la mais acessível ao público e desestabilizadora e menos
mercantilizada e musealizada. Tal tendência, marcante da arte
contemporânea, é geradora de uma multiplicidade de experimentações
artísticas, pesquisas e propostas conceituais baseadas em questões ligadas
às linguagens artísticas, ao circuito da arte ou ao contexto sociopolítico
(www.itaucultural.org.br).
A intervenção urbana, uma das linguagens expressadas no contemporâneo,
aborda os valores das condições em que se encontra a sociedade que, nesse
ambiente identificam-se os acontecimentos históricos significativos da civilização
que a produziu, bem como sua constante evolução no aspecto de criação,
apropriação e renovação do espaço através da arte processual.
Intervir em um espaço transitório, aberto e tido como público é uma forma de
comunicar-se apresentando ao espectador o olhar poético da arte através de signos
visuais que denunciem, critiquem e expressem livremente uma intenção a ser
manifestada. Sobre este período, compreendido entre as décadas de 60 e 70, no
Brasil, Agnaldo Farias enfatiza que
a arte apostou numa relação mais próxima com o público, e para isso foi
estratégico o revigoramento do binômio arte-política. A arte estava
duplamente preocupada em efetuar a crítica de um país que se urbanizava
7. 6
avassaladoramente e em romper o amordaçamento coletivo da expressão
promovido pela ditadura militar, instituída por meio de um golpe em 1964.
Foi em nome disso que as obras abertas à manipulação chegaram aos
museus e galerias junto com a busca de lugares alternativos e de outros
materiais e suportes expressivos: um fluxo de novidades que punham em
xeque a natureza e o papel da arte, de seu circuito, do aparato institucional
que a legitimava e a veiculava (2002, p.18).
A miscigenação do espaço do nosso cotidiano com o da obra estabelece uma
rede de reflexões. AA arte pública sugere um deslocamento do olhar que nos arranca
da opacidade do habitual e do conhecido para nos obrigar a desvendá-lo sob outras
perspectivas@ (MONTES, 1998, p. 283). A grande dimensão das obras, o diálogo
com o espectador e a perda do valor consumista são algumas das questões que
refletem o rompimento delas do ambiente tradicional para o espaço externo. Para
Michael Archer,
o sistema comercial de galerias era, evidentemente, apenas uma parte de
uma economia de mercado capitalista mais ampla. Inevitavelmente, havia o
conflito de quando a arte que expressava sua rejeição desse sistema era
forçada a depender dele para ser exibida, apreciada e consumida. A arte
pública desenvolveu-se, em parte, como resultado de um desejo de
contornar este dilema. Usando locais alternativos como lojas, hospitais,
bibliotecas e a própria rua como espaço para exposição e os meios de
comunicação - televisão, rádio e publicidade - como caminho mais direto
para um público mais amplo e igualitário, a arte pública deu as costas para
as galerias.
[...]
Não era mais aceitável que os artistas contratados para realizar obras
destinadas a locais públicos simplesmente impusessem suas soluções a um
público passivo. [...] Rejeitar o sistema de galerias devido a seu inerente
elitismo só seria aceitável se as alternativas buscadas constituíssem arte
popular, e não populista. Para aparecer num local público, essa arte deveria
ser aceita pela maioria e ter um significado claro, nunca se limitando a ser
agradável às pessoas (2001, p. 144-5).
A arte pública, embora tenha um espaço crescente na sociedade, também
sofre com protestos e críticas de insatisfação, como igualmente fora quando as
representações na pintura mostraram uma nova concepção na arte moderna. Em
virtude disso, nem sempre ela é aceita e, acima de tudo, compreendida pelo
espectador. Contudo, ela possui um elo extremamente significativo com o espaço
em que se encontra apresentado.
Viva, inquietante, pulsante, é neste movimento que se percebe a criação
atual da arte, os espaços que ocupa e sua circulação. É assim que se
apresenta a arte, uma criação que quer sair do museu e frequentar as ruas,
circular entre os sujeitos, reconhecer-se neles (PROTTI, 2004, p. 134).
A intervenção urbana faz parte da arte contemporânea e de outros períodos.
No entanto, essa afirmação assume seu papel e espaço de direito quando os
8. 7
cidadãos que fazem parte dela passam a visualizá-la e entendê-la por inteiro. “O
convívio mais frequente e estreito com a arte tende a desenvolver não só artistas,
como também o próprio público, para quem e a partir de quem se produz a arte”
(COSTA, 2004, p. 133). A arte pública é o reflexo desse processo que se torna
valorizada na medida em que é aceita. Sua satisfação democrática não pertence
apenas ao artista, mas, ao coletivo.
Neste contexto, o da arte contemporânea, da abordagem da arte pública, da
arte de rua e das intervenções, instaura-se a expressão do grafite. Conforme Katia
Canton, “a origem histórica do grafite remonta à história do ser humano, já que
existem registros de sua cultura nas paredes das cavernas e na civilização egípcia.
Essa inscrição no espaço público acompanha a própria história da arte” (2009, p.
43). Sobre o histórico desta linguagem contemporânea, Canton também aponta que,
desde os anos 1980, a ideia do grafite vem acompanhada da noção de
rebeldia, colada sobretudo à crescente manifestação da cultura negra norte-
americana e do hip-hop. Nessa década surgiram, nos Estados Unidos,
grandes nomes do grafite, como Keith Haring (1958-1990) e Jean-Michel
Basquiat (1960-1988). Hoje os códigos da pichação levam grafias
ininteligíveis para pontos da cidade nunca imaginados, numa ação que faz
referência a um poder – de alcançar o que normalmente não é alcançado
(Idem, p. 43).
O grafite, manifestação que remete principalmente à arte de rua, executada no
espaço aberto conquistou um espaço crescente entre os artistas atuais. “Acima de
tudo, uma experiência de estética e fluidez, por ser a arte do movimento, que
modifica junto com o dia a dia da cidade” (Idem, p. 43). Seu diálogo crítico, criativo e
com pitadas de humor torna-se uma fonte visual e inesgotável direcionada ao
público, pois,
afinal, o grafite é arte da multidão e é arte para a multidão. Sabe de si. Vai a
público. Dá-se ao direito de desenhar no largo, no aberto, na praça; de
brincar pelas ruas, pelos muros, a um só tempo protestando e divertindo-se.
Valoriza a ação inventariante e replicadora do real, imersa na concretude,
no cotidiano; numa produção que acareia imediatamente o (e no) público –
tomando-o não como o sujeito optante da experiência, interno ao espaço
institucional, mas como o espectador-cidadão (SCHNEEDORF, 2009, p. 4).
O espaço da arte atual mostra-se resignificado quando rompe fronteiras e não
estabelece mais um lugar próprio da obra e outro do público. “Na análise da arte
contemporânea, o lugar nunca parece estar lá onde pensamos que esteja”
(CATTANI, 2002, p. 43). O lugar da arte toma forma quando decidimos ou optamos
por construí-lo. “Estamos, pois, não mais no mundo dos lugares, como as galerias e
9. 8
o mercado, nem por nem contra, nem dentro nem fora, mas em um espaço neutro
onde o apagamento das formas é a fonte de formas inéditas de arte” (CAUQUELIN,
2008, p. 84). Seguindo este pensamento, Marc Augé ressalta que “o mundo da
supermodernidade não tem as dimensões exatas daquele no qual pensamos viver,
pois vivemos num mundo que ainda não aprendemos a olhar. Temos que
reaprender a pensar o espaço” (1994, p. 38). Tal afirmação na arte pode ser
compreendida que, através de experimentos e situações cotidianas, espaços
transformados, mesmo que passageiramente, podem vir a tornar-se um local de
expressão poética.
Enfim, investigar o encontro do espaço da poética da arte e do espectador, a
intenção e o sentido inseridos no local transitório, a intervenção e a prática do
grafite, fazem deste projeto de pesquisa seu principal objetivo. E, neste emaranhado
poético, “reconhece-se cada vez mais que o público é parte integrante da obra de
arte, e que sua participação maior ou menor, mais ou menos bem-sucedida,
depende de entendimento, informação e vivência” (COSTA, op. cit., p. 133). O papel
da arte pública, conforme seus propósitos conquista o espectador elevando sua
presença como peça fundamental na condição de fruir, interagir e até produzir arte.
Contudo ainda, ao encerrar este discurso, cabe ressaltar que, a breve argumentação
constitui-se de uma bibliografia e de autores que fazem parte do repertório de leitura
do presente momento, mas que durante o percurso da pesquisa novos títulos
poderão ser adotados.
5 METODOLOGIA
Para o desenvolvimento da pesquisa, a metodologia principal será a
bibliográfica: seleção, leitura e fichamento de fontes bibliográficas (livros, artigos,
revistas, vídeos) de distintos autores que servirá como corpo teórico para a
construção do texto da dissertação. Além disso, o embasamento da pesquisa
resgatará as seguintes produções anteriores: o Trabalho de Conclusão do Curso de
Pós-Graduação em Artes Visuais (2011), com o título Cactu’san: espécie em arte, cujo
tema da pesquisa discute a relação da temática – Cacto – como elemento recorrente
na poética visual do artista; o Artigo de Conclusão do Curso de Graduação do
Bacharelado em Artes Visuais (2012) com o título SanTUÁRIO CACTU’San, que
apresenta a narrativa sobre uma instalação que relaciona o espaço da arte com o
ambiente do cultivo da planta transformado em um santuário sagrado de arte; e
10. 9
ainda, por último, não menos importante, o Trabalho de Conclusão do Curso de
Graduação da Licenciatura em Artes Visuais (2009), com o título A História da
Paisagem: da representação à intervenção do espaço, no qual apresenta, em seu último
capítulo, a ênfâse sobre a paisagem urbana e a arte pública. Também, faz-se
necessário ressaltar o papel indispensável das intervenções poéticas, como práticas
a serem realizadas no decorrer do processo da pesquisa, as quais têm suma
importância, servindo de ponto norteador na observação e análise do processo
criador e, consequentemente, contribuindo para modelar a forma da abordagem do
contexto do trabalho.
6 CRONOGRAMA
ATIVIDADES
MESES
I SEMESTRE 2013 II SEMESTRE 2013
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
Discussão com o Orientador x x x x x x x x x x
Pesquisa Bibliográfica x x x x x x x x x
Início da produção teórica x x x x x x
Estudo de Campo (locações) x x x x x x x
Intervenções x x x x
Organização e seleção dos
registros das intervenções
x x x
ATIVIDADES
MESES
I SEMESTRE 2014 II SEMESTRE 2014
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
Estudo de Campo (locações) x x
Intervenções x x x x
Organização e seleção dos
registros das intervenções
x x x x x x x
Pesquisa Bibliográfica x x x x
Orientação x x x x x x x x x x x
Estrutura da Dissertação x x x
Escrita da Dissertação x x x x x x x x x x x
Organização da Exposição x x
Apresentação do resultado
das intervenções (exposição)
x
Defesa da Dissertação x
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARCHER, Michael. Arte contemporânea: uma história concisa. São Paulo: Martins
Fontes, 2001. 263 p. (Coleção a)
AUGÉ, Marc. Não-lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade
Campinas: Papirus, 1994, 110 p. (Coleção Travessia do século)
11. 10
CANTON, Katia. Espaço e lugar. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009. 71 p.
(Coleção Temas da arte contemporânea)
CATTANI, Icleia Borsa. Arte contemporânea: o lugar da pesquisa. In: BRITES,
Blanca; TESSLER, Elida (org.). O meio como ponto zero: metodologia da pesquisa
em artes plásticas. Porto Alegre: UFRGS, 2002, 152 p. (Coleção Visualidade)
CAUQUELIN, Anne. Arte contemporânea: uma introdução. São Paulo: Martins,
2005. 168 p. (Coleção Todas as Artes)
______. Frequentar os incorporais: contribuição a uma teoria da arte
contemporânea. São Paulo: Martins, 2008, 215 p. (Coleção Todas as artes)
COSTA, Cristina. Questões de arte: o belo, a percepção estética e o fazer artístico.
2. ed. São Paulo: Moderna, 2004. 144 p.
FARIAS, Agnaldo. Arte brasileira hoje. São Paulo: Publifolha, 2002. 121 p.
(Coleção Folha explica)
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Acesso em: 03 jun 2012.
MONTES, Maria Lúcia. Arte pública e cultura brasileira. In: MIRANDA, Danilo Santos
de (coord.). Arte pública. São Paulo: SESC, 1998. (Trabalhos apresentados nos
seminários de Arte Pública realizada pelo SESC e pelo USIS, de 17 a 19 de outubro
de 1995 e 21 de novembro de 1996)
OLDENBURG, Claes. Sou a favor de uma arte... In: FERREIRA, Glória; COTRIM,
Cecília (orgs.). Escritos de artistas: anos 60/70. 2. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,
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UNIJUÍ, 2004. 148 p. (Coleção trabalhos acadêmicos científicos. Série dissertações
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SCHNEEDORF, José. A lenda urbana de Banksy no nomadismo e na absorção
dos muros expositivos. Disponível em: <
http://ppgav.ceart.udesc.br/revista/edicoes/2processos_artisticos/2_palindromo_schn
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