2. Caderno de Teoria e Prática 05
Objetivo:
Reconhecer, relacionar e
compreender conteúdos e
atividades voltados para as
temáticas Estilística, Coerência e
Coesão.
4. Retomadas
Conversar sobre os recursos
linguísticos e discursivos
apresentados em um texto.
Objetivo alcançado.
Avaliação
Oral e Escrita.
5. Atividades
1. Apresentação da Teoria do Caderno 5
2. Leitura da Crônica – E o noivo estava de
tênis – Luis Fernando Verissimo.
Conversa sobre o título.
Perceber a intenção do autor – Finalidade.
Análise dos recursos linguísticos,
estilísticos e discursivos disponíveis na
crônica
Observar como o autor seleciona as
palavras.
6. A Estilística é a disciplina que estuda a
linguagem que se cria com os elementos
da Língua. (Estudo do estilo)
O Estilo - o resultado da escolha dos
recursos expressivos capazes de produzir
os efeitos de sentido motivados pela
emoção e afetividade do falante. (Gênero)
Gramática estuda os elementos da língua e
estilística estuda a linguagem que se cria
com esses elementos.
7. A Estilística em dois níveis:
Nível fonético refere se aos valores expressivos
de natureza sonora.
Nível léxico estuda aspectos expressivos das
palavras ligadas aos seus componentes
semânticos e morfológicos.
Estilística associada a sintaxe - combina as
palavras na frase, e a enunciação, que pesquisa
no enunciado as marcas dos vários elementos
com ela relacionados: situação, contexto sócio-
histórico, locutor, receptor, referente.
8. A estilística estuda os valores
relacionados a:
sonoridade,
significação,
formação das palavras,
à constituição da frase e do discurso.
9. Coerência Textual
É o resultado da articulação das ideias de
um texto; é a estrutura lógico-semântica
que faz com que numa situação discursiva
palavras e frases componham um todo
significativo para os interlocutores.
10. Coerência textual
Para ser coerente, o texto deve
apresentar uma relação lógica e
harmônica entre suas ideias, que
devem ser ordenadas e interligadas de
maneira clara, formando, assim, uma
unidade na qual as partes tenham
nexo.
11. Fatores que contribuem para a
coerência textual:
Contexto situacional.
Os interlocutores em si, suas crenças e
intenções comunicativas, o
relacionamento social entre os
interlocutores.
Função comunicativa do texto
(finalidade)
Página 94 do TP 5
12. Coesão textual
A Coesão é um mecanismo linguístico
que articula as informações de um
texto, relacionando sentenças com o
que veio antes e que virá depois, ou
seja, um conjunto de recursos que
orientam a construção da continuidade
do texto.
13. Os elementos que marcam a
continuidade dos sentidos do texto são
chamados elos ou laços coesivos.
Coerência X Coesão
A coerência se constrói na relação
entre o texto e o seu contexto. A
coesão se constrói entre as partes do
texto. O fenômeno da coesão textual é
solidário ao da coerência.
14. Coesão textual
Para que um texto apresente coesão,
devemos escrever de maneira que as
ideias se liguem umas às outras,
formando um fluxo lógico e contínuo.
Quando um texto está coeso, temos a
sensação de que sua leitura acontece
com facilidade.
15. 1. Coesão referencial
Alcançamos a coesão referencial utilizando
expressões que retomam ou antecipam nossas
ideias:
# onde: "lugar" e pode substituir outras
palavras.
São Paulo é uma cidade onde a poluição atinge
níveis muito altos.
# cujo: pode estabelecer uma relação de posse
entre dois substantivos.
Verissimo é um escritor cujas obras lemos com
prazer.
16. 2. Coesão lexical
Permite evitar a repetição de palavras e, também,
unir partes de um texto.
Pode ser alcançada utilizando-se:
# de sinônimos: palavras semelhantes que
podem ser usadas em diferentes contextos, mas
sem alterar o que o texto pretende transmitir.
A Bíblia não esclarece se Adão e Eva chegaram a
se casar, formalmente. ... Na ausência de um
padre, o próprio Criador, na qualidade de maior
autoridade presente — algo assim como o
comandante de um navio em alto-mar __, deve ter
oficiado a cerimônia.
17. 3. Coesão sequencial
Trata-se de estabelecer relações lógicas
entre as ideias do texto. Para tanto,
utilizamos os chamados conectivos
(preposições e conjunções).
# Consequência (ou conclusão): por isso,
logo, portanto, pois, de modo que, assim.
Ela é muito competente, por isso conseguiu
a vaga.
# Causa: porque, pois, visto que, já que,.
Ela conseguiu a vaga, já que é muito
competente.
18. # Oposição: entretanto, mas, porém, no entanto,
todavia, apesar, contudo.
Foi o primeiro casamento feliz, apesar daquele
incidente desagradável com a serpente.
# Condição: se, caso, desde que, contanto que.
Você pode ir brincar na rua, desde que faça todo
o dever.
# Finalidade: para que, a fim de que, com o
objetivo de, com o intuito de.
Com o intuito de conseguir a vaga na faculdade,
Sílvia estudava oito horas todos os dias.
19. Relações lógicas no texto
Para produzir sentidos, ser coerente, um
texto deve fornecer informações
adequadas para que o leitor/ouvinte seja
capaz de construir uma representação do
mundo textual.
As relações lógicas oferecem “pistas”
sobre como essas informações devem
ser organizadas.
20. Relações lógicas
As Relações lógicas de tempo tem a
função de localizar os fatos ou
eventos referidos pelo texto em
“tempos” relacionados ao momento
da interação.
Podem ser marcadas pela flexão
verbal, por expressões substantivas
e pronominais – esta semana,
próximo ano. Por advérbios – agora,
amanhã.
21. Relação lógica de identidade
estabelece a comparação entre
elementos linguísticos que designam o
mesmo objeto de discurso.
22. Relação lógica de identidade
Em uma língua natural a
comparação nunca é absoluta e
total, pois o contexto de uso é
relevante para criar sentido ou
provocar uma certa finalidade
discursiva.
Exemplo: guri, moleque e menino...
23. Relação lógica de Negação – representa a
exclusão, a rejeição de possibilidade de
uma informação, um fato ou uma idéia.
As expressões linguísticas mais utilizadas
podem ter a expressão mínima de um
prefixo.
(não, nenhum, nada, ninguém, nem, nego
que, refuto que, deixe de...).
24. Significados implícitos
Ao construir ou ler um texto fazemos
uso de “pistas” que ativam
conhecimento ou informam sobre o
assunto.
25. Há “pistas” que orientam como
articular estes conhecimentos, ou seja,
marcas linguísticas que desencadeiam
relações lógicas no texto.
É nas relações lógicas de implicação
que construímos o significados
implícitos.
26. Referências Bibliográficas
VERISSIMO, Luis Fernando. Mais Comédias para ler na escola.Rio de
Janeiro:Objetiva, 2008.
I.LAGINESTRA, Maria Aparecida. II.PEREIRA, Maria Imaculada Pereira.
III.Série A Ocasião faz o escritor:Caderno do Professor:Orientação para
produção de Texto - Olimpíada de Língua Portuguesa. São Paulo: Cenpec,
2010.
DUBOIS, Jean e outros. Dicionário de Linguística. São Paulo: Ed. Cultrix,
2007.
KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. A coesão textual. 17.ed.-São Paulo:
Contexto, 2002.
I.KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. II. TRAVAGLIA, Luiz Carlos. A
coerência textual. 14.ed.- São Paulo: Contexto, 2002.
ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e coerencia – São Paulo:
Parábola Editorial, 2005.
Programa Gestão da Aprendizagem Escolar – Gestar II. Língua Portuguesa:
Caderno de Teoria e Prática 5 – TP5: Estilo, coerência e coesão. Brasília:
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.
http://www.filologia.org.br/ixcnlf/5/08.htm
Fonte: http://vestibular.uol.com.br/ultnot/resumos/ult2772u52.jhtm
27. Equipe de Organização
Luziane Pereira Castro
Marisa Martins
Roseli Bitzcof de Moura
Sádia Maria Soares Azevedo Rocha
Agosto, 2011