1) O documento discute as afirmações comuns das lideranças de saúde sobre a necessidade de mais recursos e gestão no setor, questionando se essas afirmações estão agregando valor ou são apenas crenças.
2) Ele apresenta dados que mostram que os salários na saúde são na verdade mais altos do que a média de outros setores.
3) Também argumenta que a discussão sobre "mais gestão" não está sendo útil porque essas lideranças não usam os conceitos e ferramentas corretas de administração
Crenças das Lideranças da Saúde X Ações Integrais de Saúde Br^2001-2013
1. CRENÇAS DAS LIDERANÇAS DA SAÚDE X AÇÕES INTEGRAIS DE SAÚDE BR^2001-2013
por Orlando Cândido dos Passos*
USANDO BD DA METODOLOGIA-SIATOEF**
passos@siatoef.com.br
Sumário Geral:
0-AFIRMATIVAS BÁSICAS DAS LIDERANÇAS DA SAÚDEOPERACIONAL E ACADÊMICA
Verdadeiras ou falsas, eis a questão!
1-A SAÚDE CONTA COM BAIXOS SALÁRIOS?
Em relação às médias do Brasil, Não!
2-A DISCUSSÃO SOBRE “MAIS GESTÃO NA SAÚDE” ESTÁ AGREGANDO?
Sem referencial de Administração-AIS/LCA, Não!
3-A DISCUSSÃO SOBRE “MAIS RECURSOS PARA SAÚDE” ESTÁ AGREGANDO?
Como as assertivas não contemplam Cenários-AIS/LCA equalizados e contextualizados, Não!
3.1-Referenciais com os Dados-Agência Nacional de Saúde Suplementar(HETEROGÊNEOS)
a-Referenciais SUSFederal^Estadual^Municipal – com Dados-ANSNominais
b-Referenciais Não-SUS – com Dados-ANSNominais
c-Distorções em 3.1aSUS e 3.1bNão-SUS – com Dados-ANSNominais
3.2-Referenciais com Dados-ANS Equalizados e Contextualizados
a-Referenciais SUSFederal^Estadual^Municipal – com Dados-ANSEqualizados
b-Referenciais Não-SUS – com Dados-ANSEqualizados
3.3-Como Avaliar a Percepção de Falta de Recursos na Saúde?
a-Período 2004-2006
b-Período 2000-2010
c-Sinalização Básica
4-O “Não-SUS”(SISTEMAS AMS E PARTICULAR) Avança Celeremente ou é Crença Que Não Agrega?
As simulações de Cenários-AIS/LCA equalizados e contextualizados sinalizam - Não!
5-COMO DESVENDAR VALORES ÉTICOS E MORAIS NO PÚBLICO E PRIVADO DA SAÚDE?
Ao se internalizar REGRA PRIVADA nas IS-PÚBLICA e IS-FILANTRÓPICA, pública e filantrópica não são. Eis o desafio.
6-SE O LEITOR QUISER ENTRAR UM POUQUINHO MAIS NA “TOCA DO COELHO”...
*Orlando Cândido dos Passos
Experiência de mais de quatro décadas em administração executiva eou formuladora de soluções integradas e integradoras – nas
fases de planejamento, implantação, operação, readequações e mistas - de INSTITUIÇÕES DE SAÚDE(IS) de qualquer porte(PÚBLICA,
FILANTRÓPICA, PRIVADA E MISTA). Pesquisador independente, especialista em entrelaçamentos equalizados dos aspectos TÉCNICOS-IS
com OPERACIONAIS-IS – usando adequadas FERRAMENTAS ADMINISTRATIVAS que, simultaneamente, fazem as explicitações
ECONÔMICO-FINANCEIRAS respectivas. Com esse MODELO OPERACIONAL PARA INSTITUIÇÕES DE SAÚDEMOIS assegura-se a integridade
das Informações-IS PÚBLICAS, FILANTRÓPICAS, PRIVADAS e MISTAS. Neste, os processamentos ocorrem sem renomenclaturizações
eou mutilações de conceitos universais validados. Trata-se de modelagens que internalizam as métricas das leis-de-formação dos
processos dos protocolos das LINHAS DE CUIDADOS ASSISTENCIAIS(LCA) que atendem as populações pediátrica, gestante, adulta e
terceira idade –conforme seus perfis epidemiológicos– devidamente equalizadas, entrelaçadas e contextualizadas – por IS
compondo ações integrais de saúde(AIS) – nas Ofertas-AIS/LCA e Demandas-AIS/LCA.
Vide sites:
http://www.siatoef.com.br: *Elucic.Complementares/Algumas Comprovações e **Referenciais.
http://www.slideshare.net/SIATOEF/
Na década de 1970 lecionou Microeconomia, Econometria, Economia de Empresas em várias faculdades, tais como: São LuizSP,
AnchietaJundiaí, FGV.EAESPConvênio com HCFMUSP. Palestrante convidado em Cursos de Especialização em Administração
Hospitalar e Sistemas de Saúde e no Mestrado em Administração em Saúde do PROAHSA da FGV. Professor convidado para
ministrar, esporadicamente em outros estados, a Disciplinas de Custos e Orçamento nos Cursos de Especialização em
Administração Hospitalar e Sistemas de Saúde do PROAHSA da FGV.
**SIATOEF=Sistema Integrador Técnico-Operacional com Econômico-Financeiro para Instituições de Saúde
VisãoOPERACIONALIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE COM QUALIDADE MÁXIMA, CUSTOS MÉDIOS MÍNIMOS E REMUNERAÇÕES DIGNAS 6.
MissãoProcessos de Eliminações dos Desbalanceamentos, Inadequações e Desarticulações dos Recursos-IS
2. 0-AFIRMATIVAS BÁSICAS DAS LIDERANÇAS DA SAÚDEOPERACIONAL E ACADÊMICA
Ao se focar a situação atual do o setor de saúde, rapidamente, cria-se a percepção de que suas
lideranças(operacionais e acadêmicas) -ligadas aos âmbitos de GESTÃO, ADMINISTRAÇÃO e GOVERNANÇA- não
estão fazendo o dever de casa. E, o pior, parecem desorbitadas em relação ao papel da saúde no
desenvolvimento sustentado do Brasil. Insistem, todo o tempo e o tempo todo, na afirmativa de
que a saúde pública carece de mais apoio financeiro – com ênfase nas baixas remunerações.
Simultaneamente, as lideranças dos demais setores da sociedade insistem que a saúde carece é
de mais organização. Assim, tem-se muita discussão em torno dos temas: “mais gestão” eou
“mais recursos”.
Quando se pesquisa os dados desse setor -na procura de embasamento para as assertivas
dessas lideranças- percebe-se que são equivocadas e mais parecem a crenças - com muitas
explicações para justificá-las. Enquanto isso, os alvos inescapáveis –setor de saúde com
transparência e eficiência- desse importante setor, estão passando ao largo.
1-A SAÚDE CONTA COM BAIXOS SALÁRIOS?
Começando pelas tão disseminadas afirmativas de que o setor de saúde contempla baixas
remunerações, podemos recorrer à Conta-Satélite de Saúde de 2005-2007(Tab.18Pág.48) e de 2007-
2009(Tab.20Pág.54) nas Contas Nacionais do IBGE. Nesses estudos, comparam-se “Rendimento
médio = (salário + rendimento misto)/ocupações”.
E, ao contrário do que se diz, os cinco anos do período 2005-2009 - indicam que o GANHO MÉDIO
dos PROFISSIONAIS DA SAÚDE, em relação à média dos PROFISSIONAIS DOS DEMAIS SETORES DA
SOCIEDADE é de:
2,13 vezes mais – na “Assistência médica suplementar”;
2,18 vezes mais – na “Saúde pública” e
3,57 vezes mais – na “Atividade de atendimento hospitalar”.
Logo, fica a pergunta que não quer calar: QUAIS SÃO OS REFERENCIAIS VÁLIDOS ADOTADOS POR ESSAS
LIDERANÇAS PARA TANTO AFIRMAREM QUE O SETOR DE SAÚDE TEM BAIXOS SALÁRIOS? Ao que tudo
indica, LISTAS DE DESEJOS não valem - para interatividades(influência mútua com agenda programática) com os
DEMAIS SETORES da sociedade.
2-A DISCUSSÃO SOBRE “MAIS GESTÃO NA SAÚDE” ESTÁ AGREGANDO?
Agora vejamos o significado de “mais gestão” no setor de saúde atual. Supondo que se trate da
operacionalização das melhores posturas proativas e propositivas do que se entende por
Administração, ao que parece, trata-se de mais um tema para discussão de INTERAÇÕES(influência
mútua sem compromisso). Logo, o que se entende por Administração está passando ao largo.
Observe que a finalidade da Administração corresponde aos processos de produção, registro,
faturamento, recebimento e pagamento. E, que estes por sua vez exigem, deterministicamente,
que seus atores façam INTERATIVIDADES(influência mútua sob agenda programática) - focando as MÉTRICAS
INFERIDAS e DETERMINANTES das Conformidades-LCA/IS(Linhas de Cuidados Assistenciais por Instituição de Saúde)
compondo AIS(Ações Integrais de Saúde), no tempo. Em outras palavras, cada IS deve contar com Projeto
contemplando:
1-DIAGNÓSTICO-LCA/IS.RDID0Situação Atual – com as métricas inferidas dos recursos
desbalanceados, inadequados e desarticulados;
2-PROGNÓSTICO-LCA/IS.RONBenchmark com as métricas determinantes dos recursos
otimizados no momento de qualidade máxima com custos médios mínimos e remunerações
dignas ou Administração com cultura de gestões de eficiência e eficácia técnico-operacional de
saúde econômico-financeira de perenidade;
VisãoOPERACIONALIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE COM QUALIDADE MÁXIMA, CUSTOS MÉDIOS MÍNIMOS E REMUNERAÇÕES DIGNAS 7.
MissãoProcessos de Eliminações dos Desbalanceamentos, Inadequações e Desarticulações dos Recursos-IS
3. 3-TRATAMENTOS DE RDID1 a RON-1Benchmarkings ou Eventos-LCA/IS(EM REDE DE PRECEDÊNCIA)
eliminadores dos gargalos TÉCNICOS1, OPERACIONAIS2, ADMINISTRATIVOS3, ECONÔMICOS4 e
5
FINANCEIROS convergentes paras Metas-LCA/IS e Objetivos-LCA/IS – na direção de LCA/IS.RO.
4-NAVEGADOR ORÇAMENTÁRIO POR PROCESSOS-LCA/IS0aN ou ferramenta sistêmica das
CONFORMIDADES-LCA/IS0aN – que são monitoradas e mantidas atualizadas, através de
planejamento dinâmicos.
1
TÉCNICOS: “o que”(Consulta, Internação, Cirurgia, Hemograma, RX, Oxigênio, Roupa Lavada, demais.), “para quem”
(População Pediátrica^Gestante, Adulta e Terceira Idade), “onde”(UBS, Ambulatório, Ambientes de Internações, Centro
Cirúrgico, Centro Gineco- Obstétrico, Ambientes de SADTs, demais) e “como”(Protocolos),
2
OPERACIONAIS: Recursos Humanos, Investimentos(edificações, equipamentos, veículos, informática, ferramentas
administrativas, requalificações, especializações, capital de giro), Despesas Diretas e Despesas Indiretas,
3
ADMINISTRATIVOS: ferramentas administrativas integradora dos aspectos técnicos com os
operacionais respectivos – explicitando seus aspectos econômico-financeiros,
4
ECONÔMICOS: *PROGRAMAS-LCA/IS(em unidades específicasUnEsp – equalizadas com unidade equivalenteUnEqv)
articulados com seus *RECURSOS(Humanos, Investimentos, Despesas Diretas e Despesas Indiretas), *CUSTOS POR
PROCESSOS(indicadores de eficiência econômica porque internaliza os de eficiência e eficácia técnico-operacionais
respectivos),*RECEITAS POR FONTES(indicadoras de eficácia econômica porque seus preços de venda são balizados
pelos custos por processos respectivos) e *DESEMPENHOS(diretos e sociais: Resultados, Valor Agregado e Níveis-
RDIDRecursos Desbalanceados, Inadequados e Desarticulados) – contextualizados nas Ofertas-AIS/LCA e
Demandas-AIS/LCA e
5
FINANCEIROS: contas-a-pagar, contas-a-receber, movimento bancário.
Os referenciais dessas ferramentas são desconhecidos eou ignorados pelas lideranças da
saúde(operacionais e acadêmicas). Logo, a natureza sistêmica da saúde – também está sendo ignorada e,
portanto, inexiste o “Projeto de SUS-Novo Que Todos Merecem”, que demonstra –com
métricas inferidas e determinantes- quando e quanto cada Pleito da Saúde agrega DA e NA
sociedade. Assim, fica sem sentido o que se discute como “mais gestão” – dado que essas
lideranças não têm os referenciais básicos -equalizados, sistemicamente articulados e
contextualizados- próprios de GESTÃO, ADMINISTRAÇÃO e GOVERNANÇA da saúde.
As crenças permeadas de explicações para justificá-las tiveram sua valia enquanto os mesmos
que falam com os mesmos puderam ser ouvidos fazendo o que podem, mas ignorando o que
devem fazer. Todavia, os problemas estruturais da saúde ou gargalos(TÉCNICOS, OPERACIONAIS,
ADMINISTRATIVOS, ECONÔMICOS E FINANCEIROS) estão tão evidentes que, ao que parece, não há alternativa. Terão
de capitular e transcender suas posturas em curso – porque as “estratégias” em curso, ao que
tudo indica, não estão ajudando a melhorar o setor de saúde.
3-A DISCUSSÃO SOBRE “MAIS RECURSOS PARA SAÚDE” ESTÁ AGREGANDO?
Agora vejamos se as insistentes afirmativas -das lideranças da saúde(OPERACIONAIS E ACADÊMICAS)- de que
o setor de saúde precisa de “mais recursos” - são sustentáveis.
Para testar essas frequentes afirmativas – recorri aos BDAtualizados6 do livro ”Saúde Merecida,
Devida e Recebida no Brasil com Métricas Inferidas e Determinantes” - disponível na Biblioteca
Virtual do Ministério da Saúde(http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_merecida_recebida_brasil.pdf). Este livro
contempla DEMANDAS e OFERTAS de AÇÕES INTEGRAIS DE SAÚDE por LINHAS DE CUIDADOS
ASSISTENCIAIS(MÉDICA, ENFERMAGEM, MULTIPROFISSIONAL DIRETA E MULTIPROFISSIONAL INDIRETA) – considerando *Programas-
AIS/LCA equalizados e articulados com *Recursos-AIS/LCA, *Custos por Processos-AIS/LCA,
*Receitas por Fontes-AIS/LCA e *Desempenhos-AIS/LCA.
6
Tratam-se de BD que são monitorados e mantidos atualizados em nível de Procedimento/LCA compondo AIS,
através Metodologia-SIATOEF(Sistema Integrador de Administração Técnico-Operacional com Econômico-Financeiro para Instituições
de Saúde). Esta Metodologia contempla modelagens de processamentos INTEGRADOS(sistêmico no âmbito das LCA com
VisãoOPERACIONALIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE COM QUALIDADE MÁXIMA, CUSTOS MÉDIOS MÍNIMOS E REMUNERAÇÕES DIGNAS 8.
MissãoProcessos de Eliminações dos Desbalanceamentos, Inadequações e Desarticulações dos Recursos-IS
4. eficiência e eficácia satisfatória no mercado de fatores) e INTEGRADORES(das LCA compondo IS e AIS com eficiência e eficácia satisfatória
no mercado de serviços).
As modelagens em questão contam com dados primários e derivados próprios - decorrentes de minhas atuações
em 2.164 linhas de cuidados assistenciais com 654 de hospitais de médio e grande porte. Para processar esses
dados e transformá-los em informações do tipo métricas inferidas e determinantes das leis-de-formação de
AIS/LCA, desenvolveu-se a Metodologia-SIATOEF com arquitetura que contempla modelagens integradas e
integradoras. Assim, os processamentos de Dados^Informações-AIS/LCA asseguram a integridade satisfatória
dos processos dos protocolos aplicáveis aos perfis epidemiológicos das populações pediátrica, gestante, adulta e
terceira idade. E, como bônus, são amigáveis às atualizações que seguem a natureza sistêmica da arquitetura
organizacional da saúde - de maior eficiência e eficácia: REFERÊNCIAS e CONTRA REFERÊNCIAS. Lembrando que
esses níveis hierarquizados(sistemicamente articulados) - do ponto de vista econômico-financeiro – consiste na
alocação de recursos necessários e suficientes aos níveis de complexidades das LCA de cada IS.
Assim, têm-se processamentos que asseguram a integridade sistêmica das propriedades numéricas das leis-de-
formação técnico-operacionais de AIS/LCA. Simultaneamente, explicita-as nos seus termos econômico-
financeiros.
A partir daí faz-se os monitoramentos com análises de consistência e manutenção atualizada com a
internalização, via web, das informações disponíveis nas demais fontes. Ao final, tem-se BDAtualizados com os
dados primários internalizados de fontes públicas e privadas - tais como: *IBGE; *DataSUS; *ANSAgência
Nacional de Saúde Suplementar; *SIOPSSistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde;
*SenadoOrçamento da União; *CNESCadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde; *Secretarias Estaduais
de Saúde; *Secretarias Municipais de Saúde; *Ministério da Fazenda; *Secretarias Estaduais de Fazenda,
*Secretarias Municipais de Finanças; *Ministério do Planejamento; *Secretarias Estaduais de Planejamento;
*Secretarias Municipais de Planejamento; *FGV-Dados; *IPEA-Data(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada); *Banco
Central; *Outros(Abrafarma, Anahp, Bireme, CEBES, Febrapar, Fiocruz, Fipe, IESS, IESCUFRJ, NESP, Indicadores-Proahsa).
Os BDAtualizados em questão disponibilizam as seguintes sinalizações que, por sua vez,
contrariam as afirmativas tão defendidas pelas lideranças da saúde, ou seja:
3.1-Referenciais com os Dados-Agência Nacional de Saúde Suplementar(HETEROGÊNEOS)
Observa-se que a Agência Nacional de Saúde Suplementar(http://www.ans.gov.br) continua somando
planos de ASSISTÊNCIA MÉDICO-HOSPITALAR com os EXCLUSIVAMENTE ODONTOLÓGICOS – e ambos
contemplam planos com coberturas diferentes. Além disso, tem pesos diferentes em AIS. Em
outras palavras, a ANS soma dados heterogêneos que, por sua vez, são inaceitáveis no âmbito
do que se entende por Administração - em qualquer parte do mundo.
Mas, mesmo assim, fiz os processamentos para podermos saber se as afirmativas de que a
“saúde carece de mais recursos” resiste aos referenciais sistêmicos dos Cenários-AIS/LCA com
internalização de DADOS NOMINAIS(heterogêneos) da ANS. Como resultante, tem-se as sinalizações a
seguir explicitadas.
O Brasil-2013 contempla 195,588 milhões de vidas(Pop.IBGE+Pop.em Situação de Rua – sendo: 62,435%SUS,
37,565%Não-SUS) cujos perfis epidemiológicos das populações(pediátrica, gestante, adulta e terceira idade) carecem
de 6,15 bilhões de unidades equivalentes a uma consulta médica(UnEqv) ou 31,43UnEqv/Vida-
Ano(2,62UnEqv/Vida-Mês).
3.1a-Referenciais SUSFederal^Estadual^Municipal – com Dados-ANSNominais
Nesse cenário, o SUS contemplaria cobertura de 122,115 milhões de vidas que careceriam de
RECEITAS no valor de R$ 189,626 bilhões e contaria com R$ 251,173 bilhões, mas só poderia
atender até 107,235 milhões de Vidas com AIS.RDID – na base de R$ 2.342,17/Vida-Ano com
AIS.RDID. No entanto, os recursos disponíveis viabilizaria a capacidade de atendimento de
161,75 milhões de Vidas com AIS.RO. Essa numerologia remete a 54,515 milhões de Vidas com
AIS.RO(CAPACIDADE-OFERTAS) EXCLUÍDAS por gestões dos recursos desbalanceados, inadequados e
desarticulados dos gargalos técnicos, operacionais, administrativos, econômicos e financeiros.
Trata-se de EXCLUSÕES que gerariam deseconomias no valor de R$ 264,269 bilhões/ano – que
seriam contabilizadas pelos demais setores da sociedade como CUSTO-SAÚDE NO CUSTO-BRASIL.
A partir dos referenciais heterogêneos da ANS –que são os dados usados pelas lideranças da
saúde(operacionais e acadêmicas)- tem-se as sinalizações de que o SUS(FEDERAL+ESTADUAL+MUNICIPAL), conta com
VisãoOPERACIONALIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE COM QUALIDADE MÁXIMA, CUSTOS MÉDIOS MÍNIMOS E REMUNERAÇÕES DIGNAS 9.
MissãoProcessos de Eliminações dos Desbalanceamentos, Inadequações e Desarticulações dos Recursos-IS
5. recursos alocados capazes de atender 100% de sua cobertura com AIS.RO e mais 32,5%. Mas,
dado seus problemas estruturais, sinaliza que atenderia até 87,8% de sua cobertura com
AIS.RDID.
Em outras palavras, para cada grupo de 151 de Vidas que poderia atender plenamente com
AIS.RO só atende 100 com AIS.RDID e EXCLUI 51. Como bônus, geraria CUSTO-SAÚDE NO
CUSTO-BRASIL de R$ 264,269 bilhões/ano.
3.1b-Referenciais Não-SUS – com Dados-ANSNominais
No Brasil-2013, a partir dos dados heterogêneos da ANS, o Não-SUS contemplaria cobertura de
73,472 milhões de vidas que careceriam de RECEITAS no valor de R$ 202,889 bilhões e contaria
com R$ 110,464 bilhões, mas só poderia atender até 25,972 milhões de Vidas com AIS.RDID –
na base de R$ 4.253,205/Vida-Ano com AIS.RDID. No entanto, os recursos disponíveis
viabilizaria a CAPACIDADE de atendimento de 38,712 milhões de Vidas com AIS.RO. Essa
numerologia remete 47,5 milhões de Vidas com AIS.RO(CAPACIDADE-OFERTAS) EXCLUÍDAS – sendo:
*26,82% por GESTÕES-RDID e *73,18% por FALTA DE RECURSOS. Trata-se de EXCLUSÕES que
gerariam deseconomias no valor de R$ 857,216 bilhões/ano – que seriam contabilizadas pelos
demais setores da sociedade como CUSTO-SAÚDE NO CUSTO-BRASIL.
Agora se visualiza o Não-SUS contando com recursos alocados capazes de atender 52,7%
(38.711.860/73.472.382) de sua cobertura com AIS.RO. Mas, dado seus PROBLEMAS ESTRUTURAIS e FALTA
DE RECURSOS, sinaliza que atenderia até 35,35%(25.971.942/73.472.382) de sua cobertura com AIS.RDID.
Além disso, geraria CUSTO-SAÚDE NO CUSTO-BRASIL de R$ 857,216 bilhões/ano.
3.1c-Distorções em 3.1aSUS e 3.1bNão-SUS – com Dados-ANSNominais
Se o leitor estabelecer uma crença sobre os referenciais constantes em “3.1a” e “3.1b” ficará
procurando explicações para justificá-los. Enquanto isso, as distorções implícitas passam ao largo
e os âmbitos de GESTÃO, ADMINISTRAÇÃO e GOVERNANÇA da saúde pouca valia têm.
Em primeiro lugar o leitor pode, mas não deve, esquecer que o Sistema-AMS(assistência médica
suplementar: planos^seguros-saúde) se obrigam atender os Clientes-AMS conforme o contratado que, por sua
vez, preponderantemente, delimitam abrangência por cliente. No caso do Sistema-Particular essa
delimitação é maior ainda – porque sua demanda espontânea é pontual, desorganizada e,
frequentemente, descontinuada. Também cabe lembrar o ARTIGO 196CF-1988(A saúde é direito de todos e
dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”).
Logo, em termos de Vidas com
AIS/LCA, tudo o que exceder o contratado nos sistemas AMSParticular, cabe ao SUS(Federal, Estdual
e Municipal) atender.
Agora cabe dizer que a leitura da numerologia explicitada em ““3.1a” e “3.1b”, encerra distorções
básicas que comprometem as posturas de Administração(disciplina com “A” maiúsculo), ou seja:
O conceito de EXCLUSÕES por FALTA DE RECURSOS(cobertura-capacidade) inexiste nos sistemas
AMSParticular – porque o que vale é o contratado, na melhor das hipóteses. Mas,
obviamente, o conceito de EXCLUSÕES por GESTÕES-RDID(capacidade-ofertas) permanece válido.
As coberturas do SUS ficam subdimensionadas e as dos sistemas AMSParticular
superdimensionadas.
O foco no financeiro de resultado -ao deixar passar ao largo esses aspectos- não
perceberá as grandes distorções nos Programas-AIS/LCA(em unidades heterogêneas, não equalizadas) e
respectivos valores monetários.
Todos os cenários processados com Dados-ANSNominais(heterogêneos) – encerram distorções que
inviabilizam a disponibilização de MÉTRICAS INFERIDAS e DETERMINANTES de LCA/IS compondo AIS
que, por sua vez, são vitais ao que se entende por planejamento em Administração. Logo, não se
VisãoOPERACIONALIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE COM QUALIDADE MÁXIMA, CUSTOS MÉDIOS MÍNIMOS E REMUNERAÇÕES DIGNAS 10.
MissãoProcessos de Eliminações dos Desbalanceamentos, Inadequações e Desarticulações dos Recursos-IS
6. tem as Conformidades-AIS/LCA de RDID a RO para serem monitoradas e mantidas atualizadas
através de planejamentos dinâmicos.
Em consequência o estranhamento dos demais setores da sociedade –em relação ao setor de
saúde- se acentua.
3.2-Referenciais com Dados-ANS Equalizados e Contextualizados
Os BDAtualizados do livro “Saúde Merecida, Devida e Recebida no Brasil com Métricas Inferidas
e Determinantes” equalizam os dados heterogêneos da ANS - internalizando as médias de
54,604% e 2,2549% de AIS/LCA, respectivamente, para os planos de ASSISTÊNCIA MÉDICO-
HOSPITALAR e os EXCLUSIVAMENTE ODONTOLÓGICOS. Assim, tem-se AIS/LCA –em unidades
específicas7(UnEsp)- equalizadas com UnEqv8(UNIDADE EQUIVALENTE A UMA CONSULTA MÉDICA).
7 3 2
UnEsp – as unidades específicas são: consulta médica, m de oxigênio, cirurgia, m de área limpa, internação,
transplante, kg de roupa lavada, hemograma, km rodado, tomografia, etc – que podem ser faturados diretamente e
indiretamente. Logo para serem usadas como denominadores na determinação de PREÇOS DE VENDA(PVSUS=CustoSUS
– Serviço pelo Custo, não a qualquer custo) - devem ser equalizadas. A UnEsp é inviável para DISPONIBILIZAÇÃO DE
REFERENCIAIS DE PREÇOS DE VENDA POR PROCESSOS. As fases de rateios e apropriações ou internalizações dos
procedimentos não-faturáveis diretamente nos faturáveis diretamente - são distorcidas. Logo, não servem para
determinar custos como indicadores de eficiência econômica e muito menos preços de venda como indicadores
de eficácia econômica. Nesse cenário, os âmbitos de GESTÃO, ADMINISTRAÇÃO e GOVERNANÇA ficam sem os
referenciais básicos de mercados de fatores e de serviços. Logo, passam a intuir custos. Daí, as tabelas de preços
ficcionais.
Na escala de AIS/LCA do Brasil-2013, cada UnEqv agrega 5,17 UnEsp – pelo menos. Isto significa dizer que
sem a equalização das UnEsp com UnEqv - a margem de indeterminação é superior a 5,17 vezes.
8
UnEqv – nos dados explicitados nesse estudo corresponde a UMA CONSULTA MÉDICA, sem procedimentos
adicionais(pode se adotar qualquer outro procedimento), com as especificidades de cada instituição de saúde. É a unidade
homogênea que equaliza os Procedimentos-LCA/IS/(em unidades específicas ou heterogêneas) – compondo AIS.
Em outras palavras, é necessário articular os *Programas-AIS/LCA(em UnEsp equalizadas com UnEqv) com *Recursos-
AIS/LCA(Investimentos, RH/Equipe e Cargo Função, Despesas Diretas, Despesas Indiretas), *Custos por Processos-AIS/LCA
(Indicadores de Eficiência Econômica porque internaliza os de eficiência e eficácia técnico-operacionais respectivos), *Receitas por
Fontes-AIS/LCA(Indicadoras de Eficácia Econômica – porque são balizados com Custos por Processos) e *Desempenhos-
AIS/LCA(Resultados, Valor Agregado e Níveis-RDID). ESSA UNIDADE HOMOGÊNEA é obtida a partir do momento em que
todos os PROGRAMAS DE PROCEDIMENTOS foram articulados com os RECURSOS e convertidos nos CUSTOS
respectivos. Nesse momento, faz-se o CUSTO MÉDIO DA UNESP COMO IGUAL AO DA UNEQV respectiva. A partir daí,
calculam-se as demais UnEqv, dividindo seus custos médios, em UnEsp, pela UnEsp considerada como igual a
UnEqv. Assim, obtém-se os quocientes que multiplicados pelas UnEsp dos demais procedimentos disponibilizam
as UnEqv correspondentes.
Outras amostragens sinalizam que o Sistema-Particular equalizado em Vidas com AIS
corresponde a cerca de 0,49579% da população brasileira que, por sua vez, aqui compreende as
estimativas do IBGE para o TCU(http://www.datasus.gov.br) e sinalizações de população em situação de
rua das pesquisas da FIPE(Fundação Instituto de Pesquisa Econômica) e MDS(Ministério do Desenvolvimento Social).
Com as internalizações dessas informações - tem-se os PROGRAMAS-AIS/LCA(em UnEsp, equalizadas com
UnEqv) articulados com seus RECURSOS, CUSTOS POR PROCESSOS, RECEITAS POR FONTES e
DESEMPENHOS(diretos e sociais).
A partir daí se pode testar a consistência das afirmativas de que a “SAÚDE CARECE DE MAIS
RECURSOS”. E, o mais importante, conta-se com as informações básicas para fins
decisoriais: operacionais, táticas e estratégicas.
O Brasil-2013 contempla 195,588 milhões de vidas, cujos perfis epidemiológicos das
populações(pediátrica, gestante, adulta e terceira idade) carecem de 6,15 bilhões UnEqv ou 31,43UnEqv/Vida-
Ano(2,62UnEqv/Vida-Mês).
sendo que:
Cobertura SUS conta com 166,544 milhões de Vidas com AIS ou 85,15% do total e
Cobertura Não-SUS conta com 29,044 milhões de Vidas com AIS ou 14,85% do total.
VisãoOPERACIONALIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE COM QUALIDADE MÁXIMA, CUSTOS MÉDIOS MÍNIMOS E REMUNERAÇÕES DIGNAS 11.
MissãoProcessos de Eliminações dos Desbalanceamentos, Inadequações e Desarticulações dos Recursos-IS
7. Observe que esses números e respectivas participações destoam muito do imaginário das
lideranças do setor de saúde(OPERACIONAIS E ACADÊMICAS) - porque estão equalizados em Vidas com
AIS.
3.2a-Referenciais SUSFederal^Estadual^Municipal – com Dados-ANSEqualizados
Nesse cenário, o SUS contempla cobertura de 166,544 milhões de Vidas com AIS.RO que
carecem de RECEITAS no valor de R$ 258,6165 bilhões(no conceito de Serviços pelos Custos respectivos) e
contará com R$ 251,173 bilhões, mas só atenderá até 107,235 milhões de Vidas com AIS.RDID9,
na base de R$ 2.342,17/Vida-Ano com AIS.RDID. No entanto, os recursos disponíveis viabilizaria
a capacidade de atendimento de 161,75 milhões de Vidas com AIS.RO10. Essa numerologia
remete a 64,183 milhões de Vidas com AIS.RO(95,43% do total) EXCLUÍDAS(CAPACIDADE-OFERTAS) por gestões
de recursos desbalanceados, inadequados e desarticulados dos gargalos técnicos, operacionais,
administrativos, econômicos e financeiros(GESTÕES-RDID).
Trata-se de EXCLUSÕES que sinalizam gerar deseconomias no valor de R$ 757,3244
bilhões/ano(88,67% do total), contabilizadas pelos demais setores da sociedade como CUSTO-SAÚDE NO
CUSTO-BRASIL.
A partir desses referenciais –equalizados, articulados e contextualizados- que são ignorados
pelas lideranças da saúde(operacionais e acadêmicas)- tem-se as sinalizações de que o
SUS(FEDERAL+ESTADUAL+MUNICIPAL), conta com recursos alocados capazes de atender 97,122% de sua
cobertura com AIS.RO. Mas, dado seus problemas estruturais, atenderá até 64,388% de sua
cobertura com AIS.RDID.
9
AIS.RDID – ações integrais de saúde sob recursos desbalanceados, inadequados e
desarticulados - com qualidade insatisfatória.
10
AIS.RO – ações integrais de saúde com recursos otimizados no momento de qualidade
máxima com custos médios mínimos e remunerações dignas – em relação ao mercado
comparável.
Logo, considerando as enormes diferenças entre AIS.RO ou O QUE DEVE SER FEITO e
AIS.RDID ou O QUE SE SABE FAZER - parece claro, que as afirmativas -das lideranças do setor
de saúde- de que o “SUS carece de mais recursos” – são inconsistentes.
Para interatividades com os DEMAIS SETORES da sociedade, o SUS terá que propor agenda
positiva que demonstre o quanto e quando cada Pleito-SUS agrega DA e NA sociedade.
Na situação atual, para cada grupo de 151 Vidas que poderiam ser atendidas pelo SUS com
AIS.RO[(R$ 2.342,269/Vida-Ano com AIS.RDID)/(R$ 1.552,845/Vida-Ano com AIS.RO)=1,5084] – atende 100 Vidas com
AIS.RDID e EXCLUI 51 - por conta de seus PROBLEMAS ESTRUTURAIS ou gestões-RDID dos
gargalos(Técnicos, Operacionais, Administrativos, Econômicos e Financeiros).
Em outras palavras, as lideranças do setor de saúde(operacionais e acadêmicas) devem se apresentar
aos DEMAIS SETORES da sociedade com um Projeto de SUS-Novo(com métricas inferidas e determinantes de
suas CONFORMIDADES sistêmicas) – que demonstre “como”, “quando”, “com quem” e “com o que”
eliminarão os Problemas Estruturais-SUS ou gestões-RDID dos gargalos técnicos,
operacionais, administrativos, econômicos e financeiros. Sem isso, os seus discursos
reivindicatórios serão colhido pelo vento - com o agravante de aumentar a rejeição dos DEMAIS
SETORES ao SETOR DE SAÚDE.
3.2b-Referenciais Não-SUS – com Dados-ANSEqualizados
Para se equalizar os planos heterogêneos de ASSISTÊNCIA MÉDICO-HOSPITALAR e EXCLUSIVAMENTE
ODONTOLÓGICO -disponibilizados pela ANS- internalizam-se as médias de 54,604% e 2,2549%
como proporção limite de AIS/LCA, respectivamente. A partir daí tem-se
VisãoOPERACIONALIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE COM QUALIDADE MÁXIMA, CUSTOS MÉDIOS MÍNIMOS E REMUNERAÇÕES DIGNAS 12.
MissãoProcessos de Eliminações dos Desbalanceamentos, Inadequações e Desarticulações dos Recursos-IS
8. Nesse cenário, o Não-SUS contempla cobertura de 29,044 milhões de Vidas com AIS.RO(no conceito
de PV=Custo+Lucro+Encargos – mercado de serviços) que carecem de RECEITAS no valor de R$ 81,0484 bilhões e
contará com R$ 110,464 bilhões, mas só atenderá até 25,972 milhões de Vidas com AIS.RDID9,
na base de R$ 4.253,205/Vida-Ano com AIS.RDID. No entanto, os recursos disponíveis
viabilizaria a capacidade de atendimento de 38,712 milhões de Vidas com AIS.RO10. Essa
numerologia remete a 3,072 milhões de Vidas com AIS.RO(4,57% do total) EXCLUÍDAS(CAPACIDADE-OFERTAS)
por gestões de recursos desbalanceados, inadequados e desarticulados dos gargalos técnicos,
operacionais, administrativos, econômicos e financeiros.
Trata-se de EXCLUSÕES que sinalizam gerar deseconomias no valor de R$ 96,808
bilhões/ano(11,33% do total), que serão contabilizadas pelos demais setores da sociedade como
CUSTO-SAÚDE NO CUSTO-BRASIL.
A partir desses referenciais –equalizados, articulados e contextualizados- que são ignorados
pelas lideranças da saúde(operacionais e acadêmicas)- tem-se as sinalizações de que o Não-SUS(SISTEMAS
AMS e PARTICULAR), conta com recursos alocados capazes de atender 100% de sua cobertura com
AIS.RO e mais 33,29%(38.711.860/29.044.239). Mas, dado seus problemas estruturais, sinaliza que
atenderá até 89,42% de sua cobertura com AIS.RDID(25.971.942/29.044.239).
Dado o entrelaçamento entre o público e o privado do setor de saúde - não é surpresa se
observar que o desempenho do Não-SUS é muito parecido com o do SUS.
Em outras palavras, para cada grupo de 152 Vidas que poderiam ser atendidas pelo Não-
SUS com AIS.RO[(R$ 4.253,205/Vida-Ano com AIS.RDID)/(R$ 2.790,515/Vida-Ano com AIS.RO)=1,5242] – atende 100 Vidas
com AIS.RDID e EXCLUI 52 - por conta da ineficiência do foco no financeiro e dos seus
PROBLEMAS ESTRUTURAIS ou gestões-RDID dos gargalos(Técnicos, Operacionais, Administrativos, Econômicos e
Financeiros).
3.3-Como Avaliar a Percepção de Falta de Recursos na Saúde?
Para Responder fiz uma varredura nas numerologias dos sistemas orçamentários e encontrei
sinalizações importantes – a seguir discriminadas.
3.3a-Período 2004-2006
O Ministério da Saúde disponibiliza dados do SIH/SUS, SIA/SUS e Fundo Nacional de Saúde -só
para esse período- que explicitam por ano o TOTAL DAS REMUNERAÇÕES POR SERVIÇOS PRODUZIDOS
MAIS TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS MAIS TRANSFERÊNCIA A MUNICÍPIOS – PARA OS PRESTADORES:
FEDERAL, ESTADUAL, MUNICIPAL, CONTRATADO, FILANTRÓPICO, UNIVERSITÁRIO, SINDICATO E GESTÃO
PLENA^SEMIPLENA(http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?recsus/cnv/rsuf.def).
A partir daí, resgatando-se os dados orçamentários do Ministério da Saúde, desse mesmo
período, nas LOAs(Lei Orçamentária Anual) disponibilizadas pelo Ministério do Planejamento
(http://www.planejamento.gov.br) – tem-se:
2004
*Orçamento Total do Ministérios da SaúdeR$ 1.000 36.528.670
*Recursos Federais Transferidos para SaúdeR$ 1.000 19.412.325
*Recursos Federais Transferidos/Orçamento Total do MS 53,143%
2005
*Orçamento Total do Ministérios da SaúdeR$ 1.000 40.542.755
*Recursos Federais Transferidos para SaúdeR$ 1.000 21.240.695
*Recursos Federais Transferidos/Orçamento Total do MS 52,391%
2006
*Orçamento Total do Ministérios da SaúdeR$ 1.000 44.276.154
*Recursos Federais Transferidos para SaúdeR$ 1.000 21.899.519
*Recursos Federais Transferidos/Orçamento Total do MS 49,461%
Fonte: BDAtualizados do livro “Saúde Merecida, Devida e Recebida
com Métricas Inferidas e Determinantes”
VisãoOPERACIONALIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE COM QUALIDADE MÁXIMA, CUSTOS MÉDIOS MÍNIMOS E REMUNERAÇÕES DIGNAS 13.
MissãoProcessos de Eliminações dos Desbalanceamentos, Inadequações e Desarticulações dos Recursos-IS
9. 3.3b-Período 2000-2010
A Subsecretaria de Planejamento e Orçamento(http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos) do Ministério da
Saúde disponibiliza para esse período, ano a ano, o Orçamento do Ministério de Saúde e informa
que os dados são os do ESTÁGIO DE EMPENHO sendo que o período de 2000-2009 contempla os
dados de EXECUÇÃO e os de 2010 os da LOA-Inicial.
Ocorre que esses orçamentos explicitam os valores dos recursos alocados por subfunções,
inclusive os destinados a ATENÇÃO BÁSICA, ATENÇÃO AMBULATORIAL E HOSPITALAR.
Logo, temos as seguintes sinalizações – com R$ 1.000, a preços correntes:
I.Orçamento Total II.Total da At.Básica Participação de
Período do Ministério da Ambulatorial e "II" / "I"
SaúdeR$ Mil HospitalarR$ Mil %
2000 22.699.254 9.926.355 43,730%
2001 26.135.923 11.031.144 42,207%
2002 28.293.331 11.940.468 42,202%
2003 30.226.280 13.398.341 44,327%
2004 36.538.019 15.238.085 41,705%
2005 40.794.200 16.216.735 39,753%
2006 44.315.102 18.145.027 40,945%
2007 49.489.372 20.612.107 41,650%
2008 54.120.307 22.809.255 42,145%
2009 62.919.103 25.625.013 40,727%
2010 66.714.766 27.018.044 40,498%
Fonte: BDAtualizados do livro “Saúde Merecida, Devida e Recebida
com Métricas Inferidas e Determinantes”
3.3c-Sinalização Básica
Ao que parece, todos têm razão. Isso vale para os que se posicionam de boa fé. De um lado
temos a percepção dos Profissionais da Saúde que atuam na Atenção Básica e Atenção
Ambulatorial e Hospitalar ou ATENÇÃO DIRETA - que estão recebendo cerca de 40% do total dos
recursos destinados à saúde. Nesse cenário o “mundo” está desabando. E, está mesmo - porque
o SETOR DE SAÚDE é extremamente sistêmico.
Do outro lado, tem-se os DEMAIS SETORES da sociedade com a percepção de que o SETOR DE
SAÚDE não faz o dever de casa. E, não faz mesmo.
Assim, voltamos à questão dos Problemas Estruturais do Setor Saúde ou gargalos técnicos,
operacionais, administrativos, econômicos e financeiros – que devem ser eliminados. Mas, para
isso, terá de internalizar novas proficiências para operacionalizar esse setor com as ferramentas
do MOIS.
Ocorre que o leitor é atento e tem na ponta da língua a pergunta: Mas essas sinalizações não são
os recursos da esfera federal? É verdade, são.
Ocorre que continuo sistematizando e analisando(com testes de consistência) - os recursos dos
SUSEstadual^Municipal. Até o momento, ao que parece, dos recursos tidos como da saúde os
que chegam à SAÚDE DIRETA é de cerca de 60%. Como as estimativas para 2013 contemplam o
SUSFederal com 43% e os SUSEstadual^Municipal com 57% - visualiza-se cerca da metade
dos RECURSOS TIDOS COMO DA SAÚDE chegando à SAÚDE DIRETA. Continua uma catástrofe.
4-O NÃO-SUS AVANÇA CELEREMENTE OU É CRENÇA QUE NÃO AGREGA?
Se o alvo for focar o papel da saúde como indutora do desenvolvimento sustentado do Brasil,
parece claro que as lideranças do setor de saúde(operacionais e acadêmicas) terão de transcender suas
zonas de conforto que, por sua vez, estão consolidadas com o escape de consciência da falta de
tempo com a cultura do atalho.
VisãoOPERACIONALIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE COM QUALIDADE MÁXIMA, CUSTOS MÉDIOS MÍNIMOS E REMUNERAÇÕES DIGNAS 14.
MissãoProcessos de Eliminações dos Desbalanceamentos, Inadequações e Desarticulações dos Recursos-IS
10. A partir daí terão de fazer o que deve ser feito focando a Administração da Saúde(como disciplina, com
“A” maiúsculo). Para isso, terão de internalizar novas proficiências para operacionalizarem as
ferramentas aderentes as complexidades de detalhes e dinâmicas de AIS/LCA, no tempo.
Sem esse passo inescapável, continuarão vendados - porque intuem e geram crenças que –para
justificá-las- recorrem às explicações possíveis dos orçamentos históricos que, por sua vez, estão
permeados de dados heterogêneos de programas fragmentados. Ignoram a natureza sistêmica
das complexidades de detalhes e dinâmicas do setor de saúde.
Se olharmos as COBERTURAS dos SUS e NÃO-SUS(sistemas AMS e Particular) pelo conceito das
Demandas-AIS/LCA.RO tem-se que o SUS corresponde a 5,73 vezes o Não-SUS(165.543.639 Vidas com
AIS.RO/29.044.239 Vidas com AIS.RO).
Mas, ao visualizá-los pelas suas Ofertas-AIS/LCA.RDID tem-se que o SUS corresponde a 4,13
vezes o Não-SUS(107.234.762 Vidas com AIS.RDID/25.971.942 Vidas com AIS.RDID).
A simples comparação de “5,73” com “4,13” está longe de significar que o Não-SUS está
avançando. Ao contrário, pode está sinalizando que avança em Ofertas-AIS/LCA.RDID – que não
serve para se gabar.
Selecionei dados básicos -do período 2001-2013- para melhor avaliar a consistência da afirmativa
de que o Não-SUS avança celeremente, em relação ao SUS, ou se é mais uma crença das
lideranças da saúde.
O pessoal que foca o financeiro –de resultado direto ou LUCRO “no hoje e agora”-
preponderantemente, usam referenciais simples que, por sua vez, carecem de técnicas de
primeiro grau. Lembrando que não vejo nenhum demérito no uso das técnicas mais simples.
Todos nós ainda vivemos a crise mundial gerada pelos especialistas financeiros. Estou falando
daqueles que se utilizaram de modelos matemático-estatísticos sofisticados(técnicas de nível universitário e
pós), em potentes computadores. Criaram as NOTAS DE RISCO para operarem o HOJE ESPECULATIVO,
SEM RISCOS NO AMANHÃ. Veja no que deu...
Mas, voltemos ao Sistema-AMS -que tem sido focado como ameaça ao SUS- para testar a
consistência do que se diz sobre seu avanço acelerado no mercado, em relação ao SUS.
Para se testar a consistência dessa preocupação, tomemos o período 2001-2013 – no qual, se
tem os seguintes referenciais.
I1-Evolução % acumulada da População(Pop.Res.IBGE + Pop. em Situação de Rua) 13,86%
I2-Evolução % acumulada dos Beneficiários-AMS – conforme Dados-ANS(heterogêneos) 101,22%
I3-Evolução % acumulada das Receitas-AMS – a preços correntes: 340,97%
Fonte: BDAtualizados do livro “Saúde Merecida, Devida e Recebida no Brasil com Métricas Inferidas e Determinantes”
Com esses referenciais pode se visualizar que o Sistema-AMS evoluiu bem. Enfim, a população
do Brasil cresceu 13,86% e, enquanto isso, o número de Beneficiários-AMS cresceu 101,22%
que, por sua vez, fez as Receitas-AMS crescer 340,97%. É um cenário de “céu de brigadeiro”?
Para elucidar essa questão, é necessário avançar um pouco com aplicação de técnicas de
segundo grau – muito aquém das de nível universitário e pós. Mas, o suficiente para se
visualizar um cenário muito diferente para o Sistema-AMS.
Ainda considerando o mesmo período 2001-2013, mas com R$ a preços de 2013 e número de
Beneficiários-AMS – equalizados, em Vidas com AIS - tem-se os seguintes referenciais:
II1-Evolução % acumulada dos Beneficiários-AMS Equalizados - em Vidas com AIS 59,478%
II2-Evolução % acumulada das Receitas-AMS - a Preços de 2013 96,798%
II3-Evolução % acumulada das (Receitas-AMS)/PIB - a preços de 2013 19,435%
TMGA do PIB - a preços de 2013 1,491%
II4-Evolução % acumulada da (Receita-AMS)/(Benefiário-AMS) - a preços de 2013 23,401%
TMGA da (Receita-AMS)/(Benefiário-AMS) - a preços de 2013 1,768%
VisãoOPERACIONALIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE COM QUALIDADE MÁXIMA, CUSTOS MÉDIOS MÍNIMOS E REMUNERAÇÕES DIGNAS 15.
MissãoProcessos de Eliminações dos Desbalanceamentos, Inadequações e Desarticulações dos Recursos-IS
11. III-Evolução % acumulada do PIB - a preços de 2013 64,775%
TMGA do PIB - a preços de 2013 4,250%
III'-Evolução % acumulada do PIBper capita - a preços de 2013 44,724%
TMGA do PIBper capita - a preços de 2013 3,128%
IV-TMGA da {[(Receita-AMS)/(Beneficiário-AMS)]/(PIBper capita)} -1,319%
Fonte: BDAtualizados do livro “Saúde Merecida, Devida e Recebida no Brasil com Métricas Inferidas e Determinantes”
Agora os referenciais explicitam que os Beneficiários-AMS –equalizados, em Vidas com AIS-
acumulou 59,478% que, por sua vez, fez as Receitas-AMS aumentarem em 96,798% - com R$ a
preços de 2013. Enquanto isso, a participação da Receita-AMS no PIB aumentou 19,435% e
sinaliza TAXA MÉDIA GEOMÉTRICA ANUAL(TMGA) de 1,491%. Simultaneamente, a Receita por
Beneficiário-Ano aumentou 23,4% explicitando TMGA de 1,768%. Até aqui, tudo bem. Mas,
sem indicação de crescimento acelerado.
Na sequência, observe que o PIB per capita acumulou crescimento 44,72% sinalizando
TMGA de 3,128%. Enquanto isso, a quantificação das participações das Receitas Médias do
Sistema-AMS nos PIB per capita -desse mesmo período- sinalizam TMGA de -1,319%.
É de se imaginar que essa taxa declinante esteja gerando preocupações ao Sistema-AMS,
mesmo que ainda esteja no âmbito da intuição. Lembrando, que esse sistema tem reclamado de
aumentos de sinistralidade e de custos com diminuição nas suas margens de lucro.
A partir do momento que o LUCRO afetar a TAXA DE RETORNO –considerada como satisfatória
pelo Sistema-AMS- a QUALIDADE SERÁ ATINGIDA.
Nas simulações com a Metodologia-SIATOEF, o Sistema-AMS sinaliza que em cada 100 UnEqv
contratadas estaria atendendo 91,095 e deixando em “ponto de espera” 8,905 – por conta dos
seus gargalos técnicos, operacionais, administrativos, econômicos e financeiros. Tratam-se de
Níveis-RDID(Recursos Desbalanceados, Inadequados e Desarticulados) insustentáveis.
Imagine que as 8,905 UnEqv -de procedimentos em “ponto de espera”- se transformem em
tratamentos tardios e que, no mínimo, custe 4,75 vezes(da amostragem feita pela Parceria AMB-SIATOEF em 1996) o
custo do tratamento precoce. Nesse caso, no limite, o custo total aumentaria em
33,394%[91,095x1,00)+(8,905x4,75)=1,33394].
A questão é saber o ponto de ruptura, porque se desconhece o quanto os Beneficiários-
AMS se curam enquanto estão sendo excluídos eou migram para o SUS e Sistema-
Particular – no âmbito do contratado.
Se até o momento, o Sistema-AMS não se apresenta com o crescimento acelerado
apregoado e, simultaneamente, pode ter acumulado Níveis-RDID muito impactantes nos
seus custos eou satisfação de seus Beneficiários – não se pode visualizar melhoria em
sua taxa média geométrica anual de crescimento. Ao contrário, poderá ser atenuada.
5-COMO DESVENDAR VALORES ÉTICOS E MORAIS NO PÚBLICO E PRIVADO DA SAÚDE?
IMPLEMENTANDO O MOISMODELO OPERACIONAL PARA INSTITUIÇÕES DE SAÚDE.
Com o advento da ONU surgiu a máxima: ADMINISTRAR SAÚDE É UMA BOA FORMA DE SE PROMOVER O
DESENVOLVIMENTO. Lembrando que a proposta de criação da OMS foi do Brasil –“para elevar
padrões mundiais da saúde”- sendo signatário de primeiro momento da CONSTITUIÇÃO DA
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE1946. Essa importante participação não ocorreu por acaso, a
Saúde Pública do Brasil - já estava no primeiro escalão desde 1930.
Visualizando o setor de saúde brasileiro atual, parece claro - que não se fez e não faz o dever de
casa - para sair da condição de amarras para a de indutora natural DESENVOLVIMENTO
SUSTENTADO BRASIL.
VisãoOPERACIONALIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE COM QUALIDADE MÁXIMA, CUSTOS MÉDIOS MÍNIMOS E REMUNERAÇÕES DIGNAS 16.
MissãoProcessos de Eliminações dos Desbalanceamentos, Inadequações e Desarticulações dos Recursos-IS
12. Nesse cenário, é inescapável que o setor de saúde seja contemplado com Administração
sistêmica das Conformidades-AIS/LCA com TRANSPARÊNCIA MODERNA que, por sua vez, internaliza
11 12
ÉTICA e MORAL aplicáveis.
11
ÉTICA –como extensão da MORAL- foca juízos de valores explicitados pelas condutas profissionais ao
disponibilizarem as ESPECIFICAÇÕES e QUANTIFICAÇÕES dos PROCESSOS DOS PROTOCOLOS aplicáveis nos
PROCEDIMENTOS compondo suas LCA e AIS - conforme perfis epidemiológicos das populações pediátrica, gestante,
adulta e terceira idade.
12
MORAL –como extensão da ÉTICA- foca as quantificações equalizadas e contextualizadas das regras consideras
válidas e aplicáveis aos PROCEDIMENTOS compondo suas LCA e AIS - conforme perfis epidemiológicos das
populações pediátrica, gestante, adulta e terceira idade. Trata-se das métricas das leis-de-formação dos
processos dos protocolos técnico-operacionais dos PROCEDIMENTOS compondo suas LCA e AIS - integrados com os
econômico-financeiros respectivos – nas DEMANDAS e OFERTAS.
Ao que parece, todos os profissionais da saúde já se dão conta de que quanto mais se esforçam
para resolver os problemas do setor de saúde, mais esforços são necessários para solucioná-los.
Esse fenômeno tem o nome de “feedback de compensação” – dado por Peter M. Senge no seu
livro “A Quinta Disciplina”13(Edit.Best Seller-1988 - que é um hino à ADMINISTRAÇÃO SISTÊMICA QUE APRENDE A APRENDER).
Essa percepção é verdadeira e ocorre porque as lideranças do setor de saúde(operacional e acadêmica)
continuam ignorando a natureza sistêmica desse importante setor. E, o pior, parece não sentirem
desconfortos em atuarem nesse setor - sendo operacionalizado com programas fragmentados
permeados por dados heterogêneos - que, por sua vez, compõem orçamentos históricos
simplistas para as complexidades de detalhes e dinâmicas da saúde.
O SUSNOVO -que todos merecem, indutor do desenvolvimento sustentado- exige,
deterministicamente, a eliminação dos Problemas Estruturais-SUS ou gargalos TÉCNICOS,
OPERACIONAIS, ADMINISTRATIVOS, ECONÔMICOS e FINANCEIROS.
Todavia, os processos de readequações e revitalizações do SUSATUAL -até se atingir a SUSNOVO-
exigem a internalização de novas proficiências para operacionalização do MODELO OPERACIONAL
DE INSTITUIÇÕES DE SAÚDEMOIS(domínio das modelagens de LCA/IS compondo AIS, Tecnologias, BD, Ferramentas).
Lembrando que o MODELO OPERACIONAL DE INDÚSTRIA-COMÉRCIOMOIC que tem sido migrado sem
sucesso - não capta as especificidades das INSTITUIÇÕES DE SAÚDE - como instituições de
conhecimentos, que são.
O entendimento da operacionalização das melhores posturas proativas e propositivas da
ADMINISTRAÇÃO com a CULTURA DE GESTÕES DE EFICIÊNCIA E EFICÁCIA TÉCNICO-OPERACIONAL DE
SAÚDE ECONÔMICO-FINANCEIRA DE PERENIDADE remete ao domínio do entorno operacioanal –nos
mercados de fatores e de serviços- aplicáveis às INSTITUIÇÕES DE SAÚDE X EMPREENDIMENTO
INDUSTRIAIS-COMERCIAIS.
5.1-Onde MOIC e MOIS – são Idênticos?
Os modelos operacionais de EMPREENDIMENTOS INDUSTRIAIS-COMERCIAIS são IDÊNTICOS aos de
INSTITUIÇÕES DE SAÚDE – quando o foco é o cliente. Nesse caso, observa-se que:
a-Os empreendimentos devem ser operacionalizados sem RDID(Recursos Desbalanceados, Inadequados e
Desarticulados);
b-Todos os postos de trabalhos devem ser operacionalizados através de profissionais com as
competências necessárias e suficientes – para assegurar qualidade satisfatória;
c-Instrumental competitivo corresponde a postos de trabalhos adequados à qualidade
satisfatória;
d-A qualidade satisfatória monitorada é precedida por “5.1a”, “5.1b” e “5.1c” - assegurados.
Observe que no setor de saúde - essa especificidade, preponderantemente, é discutida antes. Além disso, se
insiste em CONTROLES do tipo olhar pelo retrovisor – que não agrega. Assim, ignora-se o conceito moderno de
monitoramento - que engloba o de controle com novas tecnologias. Assim, tem-se as métricas adequadas
para os processos decisoriais em tempo hábil.
VisãoOPERACIONALIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE COM QUALIDADE MÁXIMA, CUSTOS MÉDIOS MÍNIMOS E REMUNERAÇÕES DIGNAS 17.
MissãoProcessos de Eliminações dos Desbalanceamentos, Inadequações e Desarticulações dos Recursos-IS
13. e-Valores corporativos correspondem às posturas de trabalhos em equipe – sistemicamente
focadas nos processos eliminadores dos gargalos técnicos, operacionais, administrativos,
econômicos e financeiros na jornada dos BENCHMARKINGs1aN-1(ou Missão de t1 a tN-1, onde t0 corresponde
a Situação Atual das Métricas Inferidas em t0) na direção do BENCHMARKN(visão institucional das Métricas Determinantes)
que, por sua vez, corresponde ao MOMENTO DE RECURSOS OTIMIZADOS COM QUALIDADE MÁXIMA,
CUSTOS MÉDIOS MÍNIMOS DE REMUNERAÇÕES DIGNAS, em ralação ao mercado.
5.2-Especificidades do MOIC
Os empreendimentos industriais e comerciais contemplam as seguintes características comuns:
a-Operam em cenários competitivos acreditando no aumento da eficiência e eficácia
econômica – que abrigam solução de compromisso entre TAXA DE RETORNO e QUALIDADE
SATISFATÓRIA.
Observe que essa especificidade é muito restritiva para as Instituições de Saúde porque a qualidade é dada
pelos protocolos. Nesse caso, a relação Taxa de Retorno X Qualidade fica comprometida. Isso está fora de
questão no MOIC porque só mede desempenho direto(LUCRO). É inviável lidar com atenção progressiva por
tipos de cuidados assistenciais ou referências e contra referencias.
Enquanto o MOIS contempla desempenho direto e social. Em outras palavras, mede o desempenho, por
exemplo, de cada UBS incluindo o quanto agrega nos demais ambientes de maior complexidade. Da mesma
forma, mede o desempenho do pronto socorro incluindo o que agrega dos e nos demais ambientes da
assistência, ensino e pesquisa. Nesse caso, se as UBS, por exemplo, não estão fazendo o dever de casa – as
métricas dos demais ambientes da assistência identificarão.
b-Para serem bem sucedidas devem optar por “excelência no produto” ou “excelência
operacional” ou “excelência no cliente”.
c-Têm a percepção de que quanto maior a qualidade - maior será o custo médio que, por
sua vez, poderá afetar o LUCRO almejado. Quase sempre, o LUCRO é considerado intocável.
Logo, sacrifica-se a qualidade – até o limite da não aceitação de seus clientes.
d-A produtividade segue a conceituação universal – que corresponde a produzir mais com
os mesmos recursos.
e-Os proprietários são os acionistas e dirigentes que nomeiam como seus agentes os
conselhos de administração e gerências.
f-O indicador fundamental de sucesso é o resultado direto ou LUCRO.
g-Nas empresas transnacionais o país de origem agrega valor(PRIVADO) nos países onde se
instalam para produzir eou prestar serviços com capital, tecnologias e conhecimentos
próprios. A partir daí, passam a internalizarem atualizações de conhecimentos desses países,
com as regras que regem seus interesses industriaiscomerciais.
h-A sustentabilidade das empresas industriais-comerciais, preponderantemente, foca LUCRO
MÁXIMO e, para isso, só internalizam os RECURSOS HUMANOS e DEMAIS RECURSOS - necessários
e suficientes aos níveis de produção que resultem no LUCRO almejado.
5.3-Especificidades do MOIS
O MODELO OPERACIONAL PARA INSTITUIÇÕES DE SAÚDE não tem problemas com LUCRO. Este é tratado
como um componente dos sistemas de equações. Só isso. No caso do SUS ele recebe o valor
zero, por conta da filosofia dos serviços pelos custos respectivos.
As Instituições de Saúde - são instituições de conhecimentos que contemplam as seguintes
características comuns:
a-São operacionalizadas em cenários de ações integrais de saúde por linhas de cuidados
assistenciais e devem contemplar os entrelaçamentos das referências e contra referências,
atendendo as populações(pediátrica, gestante, adulta e terceira idade) conforme seus perfis
epidemiológicos.
Nesse cenário, focam-se os processos dos protocolos que internalizam eficiência e eficácia
técnico-operacionais articuladas com as econômico-financeiros respectivas.
b-Para serem bem sucedidas devem ser operacionalizadas, simultaneamente, com
“excelência no produto”, “excelência operacional” e “excelência no cliente”.
São ações integradas e integradoras, em tempo hábil, para cada paciente. Em outras
palavras, focam os RECURSOS HUMANOS e DEMAIS RECURSOS necessários e suficientes aos
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14. processos de DIAGNÓSTICO, CONDUTAS eou TRATAMENTOS e PROGNÓSTICO. Lembrando, que
esses processos são sistêmicos e dinâmicos – no sentido de que os resultados das CONDUTAS
eou TRATAMENTOS podem mudar DIAGNÓSTICO-PROGNÓSTICO.
c-Quanto maior for a qualidade, menor será o custo médio - sem afetar remunerações
dignas. Estas asseguram as proficiências adequadas que, por sua vez, remete às melhores
posturas de implementações dos processos dos protocolos técnico-operacionais - aplicáveis
no limite. Assim, tem-se a essência do círculo virtuoso da Administração de gestões de
eficiência e eficácia técnico-operacional de saúde econômico-financeira de perenidade.
d-A produtividade é dada pelos processos dos protocolos técnico-operacionais inerentes às
disponibilizações dos Procedimentos/Linha de Cuidados Assistenciais(Médica, Enfermagem,
Multiprofissional Direta e Multiprofissional Indireta) das Instituições de Saúde compondo Ações Integrais de
Saúde. Lembrando que esses protocolos são definidos previamente pelos processos de
pesquisas e validações - que asseguram processos de protocolos técnico-operacionais
de maior resolutividade. Assim, por exemplo, não se realiza uma cirurgia em quatro horas
com 6 profissionais quando se dispõe de técnica validada de duas horas com três
profissionais. Não se prescreve 10 unidades de medidas de um medicamento quando apenas
uma é a necessária e suficiente, desde que ocorra numa determinada hora do dia.
e-Quanto aos proprietários – a saúde é operacionalizada com instituições *PÚBLICAS,
*FILANTRÓPICAS, *PRIVADAS(COM FINS LUCRATIVOS) e *MISTAS – onde as áreas de intersecções entre
“público” e “privado” favorecem o privado. Por conta disso, tem-se um hino à “contabilidade
criativa” - que podem viabilizar muitas teses sobre o que não se deve fazer. O status atual da
saúde, em grande medida, se deve a isso. Mas, mesmo assim, farei um sumário
racionalizado.
1-Proprietários das Instituições Públicas de Saúde(DAS TRÊS ESFERAS DE GOVERNO) – são o POVO
em geral –inclusive os seus USUÁRIOS - que são seus “donos” que, por sua vez, elegem seus
REPRESENTANTES. Estes nomeiam seus agentes –direta e indiretamente- os conselhos,
diretores e gerentes.
Observa-se que esses agentes ganham bem, tem planos de saúde, usam o melhor do SUS como mais iguais
e estão pouco afinados com os Usuários-SUS ou DONOS do SUS ou seus “PATRÕES”. Esse status, se mantem
porque eles estão blindados. São os mesmos que falam com os mesmos sobre o mesmo -que já era
conhecido- e se explicam entre si.
Mas, não esqueça que, preponderantemente, são de cultura patrimonialista. Logo, sempre que tiverem de
escolher – prestarão muita atenção no lucro direto. Essa é a maldição deles. E, ao que parece, esse reinado
está dando sinais de que está com seus dias contados.
2-Proprietários das Instituições Filantrópicas de Saúde -considerando a formação e
destinação do patrimônio das filantrópicas- são o POVO em geral e seus USUÁRIOS, EM
particular.
Mas, ao se assumir que a REMUNERAÇÃO DIGNA NA SAÚDE corresponde ao RENDIMENTO
MÉDIO(SALÁRIO+RENDIMENTO MISTO) DE MERCADO COMPARÁVEL - com até 10% maior – observa-se que as
filantrópicas pertencem a cerca de 5% a 10% de seu quadro funcional. Além disso, tem-se a benevolente Lei
12.701 de 27nov2009 – que aparentemente aumenta o rigor das regras sociais beneficentes que atuam nas
áreas da saúde. Todavia, passou a autonomia para concessão e renovação dos certificados para o Ministério
da Saúde.
Além disso, inclui critérios que viabilizam mais filantrópicas diferenciadas tais como: Hospital Israelita Albert
Einstein, Hospital Sírio-Libanês, Hospital do Coração, Hospital Moinhos de Vento, Hospital Alemão Oswaldo e
outros. Trata-se de instituições que não conseguem demonstrar que atendem até 2% de Clientes-SUS, se
mensurados com unidade homogênea. No entanto, para viabilizar essa situação -nada republicana- a lei
referenciada, conta com Art.11 – “A entidade de saúde de reconhecida excelência poderá, alternativamente,
para dar cumprimento ao requisito previsto no art. 4o, realizar projetos de apoio ao desenvolvimento
institucional do SUS, celebrando ajuste com a União, por intermédio do Ministério da Saúde, nas seguintes
áreas de atuação:
I - estudos de avaliação e incorporação de tecnologias;
II - capacitação de recursos humanos;
III - pesquisas de interesse público em saúde; ou
IV - desenvolvimento de técnicas e operação de gestão em serviços de saúde.”
O que chama atenção é que essas instituições internalizam essas competências através de profissionais que
fazem pesquisas em instituições públicas eou cujas pesquisas ocorrem através de fundações patrocinadas
por recursos públicos. Além disso, pode se identificar várias outras instituições que fariam o contratado igual
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15. ou melhor ao que essas instituições se propõem. Mesmo assim, são tidas pelo Ministério da Saúde como de
“excelência” - para fins de manutenção dos privilégios na forma de isenções complementares ao que podem
justificar.
3-Proprietários das Cooperativas Médicas - são os COOPERADOS –incluindo seus
dirigentes- que nomeiam como seus agentes os conselhos de administração e gerências.
Ocorre que essas instituições estão permeadas de “cooperados mais iguais” – que não excede a 10% dos
cooperados. Esse grupo é beneficiado de várias formas e resultam em ganhos adicionais. Uma simulação com
remunerações dignas equalizadas – explicitaria esse grupo como os donos da cooperativa.
Não é atoa que esses grupos resistem em internalizar as novas ferramentas, que contemplam as tecnologias
de monitoramento e manutenção atualizada das suas Conformidades-LCA/Cooperativa compondo AIS.
Enquanto isso, as Cooperativas Médicas deixam passar ao largo a oportunidade de crescerem prestando
assistência com ensino e pesquisa de qualidade realizando, assim, o sonho dos seus Cooperados.
4-Proprietários das Instituições Mistas – preponderantemente, são instituições públicas
que são operacionalizadas com FUNDAÇÃO DE APOIO. Esta considerando -a formação e
destinação do seu patrimônio- em tese tem como donos o POVO em geral e seus USUÁRIOS,
em particular.
O que se visualiza como formato misto de operacionalização de Hospital com Fundação - não é o replicável,
para quem necessita se readequar e revitalizar para fazer a Assistência crescer com Ensino e Pesquisa de
qualidade - eficiência e eficácia. Observa-se que o que se tem, preponderantemente, contemplam distorções
que fazem o Hospital inchar – sinalizando que estão a serviço de interesses de 5% a 10% do quadro funcional.
Este grupo é contemplado com rendimentos muito atrativos a ponto de fazê-los assumirem riscos de exporem.
Em nome da ética da informação que agrega, devo dizer que essas distorções inexistem no modelo
original de Hospital com Fundação e sim na ausência das ferramentas com as tecnologias de
monitoramento atualizado das Conformidades-LCA/Hospital compondo AIS que, por sua vez, corresponde ao
Navegador Orçamentário por Processos-LCA/Hospital. Com elas, se demonstra –com transparência moderna-
que todas as receitas são aplicadas na ASSISTÊNCIA com ENSINO e PESQUISA de qualidade e destinadas a todos
os seus usuários – sem afetar remunerações dignas a todo o seu quadro funcional. Mas, os registros devem
ocorrer conforme Accountability - que não abriga “contabilidade criativa”. Por isso, ela é considerada básica
para fins de governança – porque contempla eficiente CONTROLADORIA que é dada pela CONTABILIDADE DE
CUSTOS POR PROCESSOS.
Foi exatamente isso que implantei no InCor-HCFMUSP no período de 1982-1984 – enquanto estava licenciado
pelo Sistema-Telebrás, para essa finalidade. Para isso, a Accountability-InCor foi operacionalizada com PLANO
DE CONTAS DE ATIVO, PASSIVO e RESULTADOS – que, por sua vez, eram explicitado pela CONTABILIDADE DE
CUSTOS POR PROCESSOS-INCOR. O PLANO DE CONTAS DA ACCOUNTABILITY-INCOR era levado a termo em três
camadas sistemicamente articuladas. Em outras palavras, a Contabilidade-InCor consolidava –sem mutilação
de conceitos- a Contabilidade-InCor^HCFMUSP(Recursos do Tesouro-ESP ou Receitas-Prévias e destinações respectivas) e
Contabilidade-Fundação(Recursos-InCor faturados pela fundação e destinações respectivas). Assim, tinha-se as
Conformidades-LCA/Procedimento do InCor nos três níveis – que eram monitorados e mantidos atualizados
com planejamentos dinâmicos.
Esse tipo de fundação é amplamente apoiado pelos órgãos executivos das três esferas de governo e dos
poderes legislativo e judiciário. Observa-se, nesse modelo, transparência moderna com ética e moral
aplicáveis e validadas universalmente que, por sua vez, viabilizam e pereniza postos de trabalhos adequados
com todo quadro funcional contemplado por remunerações dignas, em relação ao mercado comparável.
Porque ele é tão bem aceito? Por que os Projeto-Institucional atende as expectativas dos Usuários-SUS,
Usuários-AMSParticular(beneficiando os do SUS), Quadro Funcional, Instituição de Saúde(com fundação de apoio),
Comunidade, SES, MS e demais órgãos públicos normativos, Tribunal de Contas, MP.
Todavia, se alguns entenderem que esses patamares não são suficientes para os seus projetos pessoais,
terão que desmontar esse modelo. Foi o que foi o que ocorreu no InCor, a partir de 1985 – a partir do
momento que retornei para o Sistema-Telebrás.
Para contemplar os desejos patrimonialistas de alguns -com contabilidade criativa- a fundação -que era
operacionalizada com menos de 0,5% dos FATURAMENTOS(SUS dos sistemas AMS e Particular – excluindo a “Receita
Prévia” do Tesouro-ESP alocadas no InCor) - passou a aumentar celeremente. Como resultante, tem-se que essa
participação, há muito anos atingiu o patamar de 45 vezes o percentual máximo original. Como o faturamento
original aumentou em mais de 17 vezes, tem-se que o valor original destinado à fundação aumentou em mais
de 765 vezes. Mesmo, assim, são fortes as sinalizações que ambos(hospital e fundação) - contemplam problemas
estruturais no limite que merecem atenção com urgência. No entanto, mantem-se forte resistência a quem
pode viabilizar as adequadas transformações eliminadoras do gargalos técnicos, operacionais, administrativos,
econômicos e financeiros.
Acredito que se o modelo original tivesse sido mantido, entre 1985 e 1995, teria sido replicado em todo o SUS
e estaríamos vivenciando, há mais de uma década, o “SUS(Federal^Estadual^Municipal) QUE TODOS MERECEM” –
indutor do desenvolvimento sustentado do Brasil. Mas, isto é filosofia da história – que pode servir como
referencial do tamanho do prejuízo causado que, por sua vez, porque continua acentuando os problemas
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16. estruturais do setor de saúde. Enquanto isso, temos o SUS amarras que cultua o entrelaçamento público-
privado sem pudor. No entanto, os seus “jabotis de árvores” ao olharem para baixo estão cada vez mais não
encontrando seus “padrinhos”. Já sentem os efeitos do aprimoramento da nossa DEMOCRACIA REPUBLICANA.
f-O Setor de Saúde/Instituição de Saúde, conta com vários indicadores indispensáveis à
Administração e Gestões Técnico-Operacionais e Econômico-Financeiras, incluindo os do
IBGE/MS(DEMOGRÁFICOS, SÓCIO-ECONÔMICO, DE MORTALIDADE, DE MORBIDADE E FATORES DE RISCO, DE COBERTURA E OUTROS), ANS,
SIOPS e outros visando transcender apenas demonstrativos de Resultados e viabilizar os de
Valor Agregado e de Atenuações de RDID.
g-As instituições de saúde atualizam os conhecimentos e tecnologias dos processos de seus
protocolos de assistência através de ensino e pesquisa nas academias e instituições de
saúde, com recursos destinados as essas finalidades. A globalização desses conhecimentos
e tecnologias, preponderantemente, seguem regras de interesse social.
h-A sustentabilidade das instituições de saúde foca os RECURSOS HUMANOS com as
proficiências necessárias e suficientes às operacionalizações de POSTOS DE TRABALHOS
adequados aos atendimentos das POPULAÇÕES(PEDIÁTRICA, GESTANTE, ADULTA E TERCEIRA IDADE) com
AIS/LCA, conformes seus perfis epidemiológicos. Assim, pode cumprir seu papel de indutor
do desenvolvimento sustentado do Brasil com seu tripé: ECONÔMICO, SOCIAL e AMBIENTAL.
13
Estou destacando o livro “A Quinta Disciplina” de Peter M. SengeEdit.Best Seller-1988) porque é um hino à
ADMINISTRAÇÃO SISTÊMICA QUE APRENDE A APRENDER - abrigando conceitos inovadores. Apesar de ser um livro de
MODELO OPERACIONAL DE INDÚSTRIA-COMÉRCIO – tem muito a ver com o MODELO OPERACIONAL DE INSTITUIÇÕES DE
SAÚDE. Suas explanações são claras e elegantes e contemplam metáforas ilustrativas. Enquanto o leitor não tem
acesso a esse importante livro leia os exemplos a seguir.
Na página 55 tem-se a “PARÁBOLA DO SAPO ESCALDADO” - que na minha leitura serve para ilustrar a
importância da substituição do controle pelas ferramentas com as tecnologias de monitoramentos
sistêmicos das Conformidades-LCA/IS compondo AIS.
“Se você colocar um sapo em uma panela de água fervendo, ele tentará pular para fora da panela
rapidamente. Mas, se colocar o sapo em uma panela com água a temperatura ambiente, sem assustá-lo, ele
ficará dentro da panela. Agora, se colocar a panela no fogo e aumentar gradativamente a temperatura,
acontecerá uma coisa bastante interessante. Quando a temperatura aumentar de 20 para 30 graus, o sapo não
se mexerá. Na verdade, dará sinais de que está gostando. Porém, à medida que temperatura for aumentando
gradativamente, o sapo ficará cada vez mais tonto, até que não será mais capaz de sair da panela. Embora
nada o impeça de pular, ele continuará na panela, até ser escaldado. Por quê? Porque, nos sapos, o
mecanismo interno que detecta as ameaças à sobrevivência é regulado para identificar mudanças súbitas do
meio ambiente, e não mudanças lentas e graduais.”
Agora resgate a frase “QUEM NÃO MEDE NÃO CONTROLA. QUEM NÃO CONTROLA NÃO GERENCIA” de Joseph Moses
Juram(1904-2008). Trata-se de visão típica do modelo operacional de indústria-comércio e funciona porque as
modelagens fragmentadas focada no financeiro ou lucro contam com número de variáveis que viabilizam
correções no técnico-operacional e econômico respectivo antes do abismo.
Aplicar essa visão nas LCA/IS compondo AIS - é um equívoco e resulta no atual status da saúde.
Ao contrário das FERRAMENTAS DE MONITORAMENTO COM MANUTENÇÃO ATUALIZADA DAS CONFORMIDADES-
IS/PROCEDIMENTO COMPONDO AIS, os SISTEMAS DE CONTROLES quase sempre GERAM DESECONOMIAS eou são
“vitória de Pirro”.
Como exemplo, lembre-se do sistema de controle de ressarcimentos ao SUS pelas operadoras de planos de
saúde(OPS). Quando se foca esse sistema, fica a percepção clara de que se criou e mantem-se um sistema que
gera deseconomias – porque a ANS conta com estrutura do tipo Lei de Parkinson, as OPS tiverem que
aumentar suas estruturas burocráticas e o judiciário teve seu número de processos aumentado. Ao final, tem-
se mais um sistema de controle gerando deseconomias – que os demais setores da sociedade contabilizam
como custo-saúde no custo-Brasil.
Basicamente, as OPS defendem a tese de inconstitucionalidade porque sua participação é suplementar - dado
que o artigo 196CF1988 assegura que “A saúde é direito de todos e dever do Estado...”. Como corolário direto,
os serviços das OPS para seus clientes são firmados em contratos. Também alegam que nova fonte de custeio
para a seguridade social só deve ocorrer por lei complementar. Além disso, não esqueceram alegar que esses
ressarcimentos ao serem aplicados sobre contratos já firmados – violam o “princípio da irretroatividade”.
Sumariando tudo isso com a numerologia de Set1999 a Dez2005(exclui os planos exclusivamente odontológicos e
administradoras de planos de saúde) - tem-se que para cada 100 internações identificadas como OPS no SUS, 44,5
são tidas como passíveis de ressarcimento e apenas 7,6 são pagas. Esses dados sinalizam que para cada R$
1.875 de Receitas das OPS - R$ 1,00 se reflete em Ressarcimento ao SUS, nesse período, ou 0,05335%.
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17. No entanto, os dados consolidados do período 2000-2008S1 – sinalizam que para cada R$ 5.863 de Receitas
das OPS - R$ 1,00 resultou em Ressarcimento ao SUS ou 0,01705%.
Fontes: 1Caderno de Informação de Ressarcimento e Integração com o SUS^Jun2008; 2Receita-2001a2005: Tabela 2.7Pág.80 do
Caderno de Informação da Saúde Suplementar^DIOPS-ANS-MSDez2008; 3Receita-2006a2011: Tabela 15Pág.35 do Caderno de
Informação da Saúde Suplementar^DIOPS-ANS-MSDez2012-2a.edição e 4Receitas de 2000 e 1999 - a partir da aplicação da TMGA de
2001a2005.
Na página 90 tem-se o “FEEDBACK DE COMPENSAÇÃO” - que na minha leitura serve para ilustrar os
Problemas Estruturais-SUS(gargalos técnicos, operacionais, administrativos, econômico e financeiros) e que o
entrelaçamento entre público e privado neutraliza o Setor de Saúde como indutor do desenvolvimento
sustentado.
Em A Revolução dos Bichos, de George Orwel(pseudônimo de Eric Arthur Blair), o cavalo Boxer tinha sempre a
mesma resposta para todas as dificuladades: “Vou trabalhar ainda mais”. No início, sua boa intenção serviu de
inspiração a todos, mas, aos poucos, seu esforço começou a gerar novas consequências de maneira sutil.
Quanto mais trabalhava, mais tinha que trabalhar. O que Boxer não sabia era que os porcos que
administravam a fazenda estavam manipulando todos os animais em seu próprio benefício. Na verdade, a boa
vontade de Boxer ajudou a impedir que os outros animais vissem o que os porcos estavam fazendo. O
pensamento sistêmico tem um nome para esse fenômeno: “feedback de compensação” – ou seja, as
intervenções bem-intencionadas provocam respostas do sistema que eliminam os benefícios da intervenção.
Todos sabemos o que é enfrentar um feedback de compensação – quanto mais se esforça para resolver os
problemas, maior parece ser o esforço necessário para solucioná-los.”
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