- O documento discute estratégias para a construção do Sistema de Numeração Decimal (SND) em situações lúdicas na educação infantil, visando a compreensão do princípio posicional deste sistema.
- É recomendado o uso de jogos, atividades e materiais concretos como forma de ensinar conceitos matemáticos de forma prazerosa para as crianças.
- Contar nos dedos é apontado como uma importante ferramenta cultural para o desenvolvimento inicial do conceito de número.
5. Retomando...
Confeccionar uma caixa matemática para
trabalhar em sala, juntamente com o cantinho da
matemática;
Trazer tampinhas, garrafas Juninho, rolinhos de
papel higiênico, revistas e livros para recortes.
Trazer Livros paradidáticos“matemática”das
caixas
7. Dando sequência ao trabalho com o eixo Número e
Operações, o tema central deste caderno é o Sistema de
Numeração Decimal (SND).
A compreensão desse sistema é fundamental para
organizar a abordagem feita para os Números e
proporciona a base para o trabalho com as Medidas e
Grandezas.
A abordagem do caderno apresenta uma sequência de
jogos e atividades que proporcionará aos alunos as
possibilidades de ampliação da sua compreensão,
ligada ao contexto de práticas sociais.
8. Fornecer subsídios que permitam ao professor
encaminhar a construção do SND em situações
lúdicas de modo que a criança possa investigar
as regularidades do sistema de numeração
decimal para compreender o princípio posicional
de sua organização.
Objetivo do Caderno 3
9. -REPRODUZIR, EM ATIVIDADES
ORAIS E ESCRITAS, SEQUÊNCIAS
NUMÉRICAS ASCENDENTES E
DESCENDENTES A PARTIR DE
QUALQUER NÚMERO DADO;
-QUANTIFICAR COLEÇÕES
NUMEROSAS RECORRENDO AOS
AGRUPAMENTOS DE DEZ EM DEZ E
DEMONSTRAR COMPREENSÃO DE
QUE O DEZ ESTÁ INCLUÍDO NO VINTE,
O VINTE, NO TRINTA, O TRINTA, NO
QUARENTA ETC.;
-COMPREENDER O VALOR
POSICIONAL DOS ALGARISMOS NA
COMPOSIÇÃO DA ESCRITA
NUMÉRICA, COMPONDO E
DECOMPONDO NÚMEROS;
-RECONHECER REGULARIDADES DO
SISTEMA DE NUMERAÇÃO DECIMAL.
CADERNO 3
DIREITOS DE
APRENDIZAGEM
PNAIC_MAT, Caderno 03 - 2014, p. 05
Nestas situações, o professor deverá ser capaz de
planejar suas aulas de modo que o aluno possa:
10. RELAÇÕES ENTRE O SISTEMA DE ESCRITA
ALFABÉTICA (SEA) E O SITEMA DE
NUMERAÇÃO DECIMAL (SND): ALGUMAS
REFLEXÕES
Carlos Alberto Viana
11. Um dos aspectos
mais importantes do
trabalho com o
letramento na Língua
Materna consiste na
compreensão, pelas
crianças, do
funcionamento do
Sistema de Escrita
Alfabética (SEA),
sistema este que
organiza as
disposições e o
funcionamento da
12. A maior dificuldade
para compreensão
do processo de
letramento
matemático,
consiste na
característica mais
importante em
Na Matemática, podemos dizer que
há uma certa analogia entre o SEA e
o SND, cuja maneira de registrar
também permite operar com os
símbolos.
Vamos refletir...
13. As crianças devem entender que o que a escrita
alfabética representa sobre o papel são os sons
das partes das palavras e que o faz considerando
segmentos sonoros menores que a sílaba (os
fonemas).
As crianças precisam entender que a escrita
numérica se vale apenas de dez símbolos (do zero
ao nove) e que, com estes símbolos, é possível
registrar qualquer quantidade, desde as mais
simples até aquelas sequer imagináveis.
Reflexões SEA/ SND
14. Na aprendizagem da escrita alfabética as
crianças fazem confusão entre letras e
sons
Em relação a apropriação do SND,qual o
professor que não se deparou com uma criança
expressando, por exemplo, o número 14 como
sendo 10 e 4?
Começo da Aprendizagem
15. E importante destacar que, da
mesma forma que a simples
interação com textos que circulam
na sociedade não garantirá que os
alunos se apropriem da escrita
alfabética
Também a simples imersão em um
ambiente com jogos e materiais de
contagem não garantirá a
apropriação do Sistema de
Numeração Decimal
Aprendizagem
16. Nossa tarefa de relacionar o SEA e o SND fica facilitada pelos
“quadros-síntese” que transcreveremos em seguida.
21. Importante!
[...] no processo de apropriação da escrita alfabética, as
crianças ou adultos analfabetos passariam por diferentes
fases relacionadas à forma como concebem as questões
acima citadas: Inicialmente apresentariam uma escrita pré-
silábica, em que não há correspondência, grafônica.
Depois passariam pela escrita silábica, em que já há essa
correspondência, ( uma letra representando uma sílaba) e
não do fonema, podendo posteriormente chegar à escrita
alfabética, na qual percebe a relação fonema-grafema,
mesmo ainda apresentando pequenas trocas de letras na
notação de alguns sons.
Então, Professor!
Tenha em mente estas questões, também, à medida em que
seus alunos forem avançando na compreensão do SND.
22. O CORPO COMO FONTE DO
CONHECIMENTO MATEMÁTICO
Cristiano Alberto Muniz
Eurivalda Ribeiro dos Santos Santana
Sandra Maria Pinto Magina
Sueli Brito Lira de Freitas
24. Por muito tempo desenvolveu-se a crença de
que, para aprender Matemática, a criança não
deveria utilizar o próprio corpo ou partes dele.
Acreditava-se que, sendo os objetos
matemáticos de natureza abstrata, a contagem
nos dedos se constituiria num obstáculo a tal
abstração, levando a crer que o sujeito que
manipula objetos jamais conceberia os entes
matemáticos, neste caso, os números.
25. Contando nos dedos, as crianças começam a
construir uma base simbólica que é essencial
neste processo, assim como na estruturação do
número no sistema de numeração decimal.
A estratégia do limite dos dez dedos das mãos,
organizados em cinco dedos em cada.
26. A exploração das mãos é uma importante
ferramenta no registro de quantidades e para
realizar medições é uma aprendizagem social.
São exemplos disso o uso das mãos para
representar a sua idade, desde o primeiro ano
de vida, ou, ainda, a aprendizagem social de
medir o corpo a partir do palmo.
27. A escola nega a história da Matemática, pois é
sabido que em tempos antigos quantificava-se
com pedras (os cálculos) e com os dedos (os
dígitos). O uso de partes do corpo para medir
a terra, como o passo, os pés, o palmo, o
braço (jarda), o polegar (polegadas).
28. Quando a escola coíbe tal prática, ela está
indo na contramão do desenvolvimento da
criança e negando esta ferramenta cultural. Ao
contar nos dedos, a criança em alfabetização
está efetivamente fazendo Matemática e se
constituindo em um ser matemático.
29. CONTAR NOS DEDOS SIM,
SOBRETUDO NO CICLO DE
ALFABETIZAÇÃO
É fundamental que a escola, no ciclo de
alfabetização, valorize o uso dos dedos na
realização das contagens e cálculo com
pequenas quantidades. Isso, pode implicar tanto
a descoberta, pela criança, dos cinco dedos em
cada mão, como os dois grupos de cinco
formando dez. Mais que isto, a descoberta das
quantidades maiores e menores que o cinco,
quanto falta para cinco, quanto falta para dez.
30. VALORIZAÇÃO
Deve-se entender que as ações mentais e
físicas estão em sintonia e que o uso do corpo é
fundamental na prática pedagógica.
Não se deve considerar que é mais inteligente
quem faz mais rápido, pois há várias formas de
atingir o mesmo resultado, e a inteligência não é
medida pela “rapidez”..
31. REGISTROS
Usar corpo como parte fundamental do
processo de construção das ideias matemáticas
não obscurece a necessidade do trabalho com
os registros feitos pelos alunos.
32. REFRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.
Caderno de Apresentação. MEC / SEB. Brasília, 2014.
BRASIL. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.
Caderno 01. Organização do trabalho pedagógico. MEC / SEB.
Brasília, 2014.
BRASIL. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.
Caderno 03. Construção do sistema de numeração decimal.
MEC / SEB. Brasília, 2014.
33. SISTEMATIZAÇÃO
Grupo A
• Em que consiste a maior
dificuldade na aprendizagem do
SND e do SEA por parte dos
alunos?
•Em ambos casos , um dos
alicerces do processo de
letramento consiste em promover
a reflexão sobre as propriedades
que estruturam os sistemas de
números e escrita alfabética. O
que falta para que se garanta para
todos os alunos esses dois
sistemas?
Grupo B
• Disponibilizar materiais não
garante a apropriação do SND
e do SEA. É necessária a
sistematização por parte do
professor. Comente essa
afirmação com base no texto.
• Que ações por parte das
crianças evidenciam a
constituição dos princípios do
SND e SEA?
36. Análise dos livros do Acervo e Obras
Complementares
PNLD Obras Complementares
Distribui livros variados, que se destinam a ampliar o universo de
referências culturais dos alunos em processo de alfabetização e
oferecer mais um suporte ao trabalho pedagógico dos
professores;
Os acervos são diversificados do ponto de vista temático, dos
gêneros e formato e do grau de complexidade.
Ano Acervos Ano escolar
2010 5 acervos X 30 títulos 1º e 2º anos
2013 6 acervos X 30 títulos 1º, 2º e 3º anos
41. Comando:
Análise de livros do acervo literário
Compreensão do texto e exploração numérica,
identificando:
1. Características de exploração dos números nas obras;
2. Identificação do modo como explorar a contagem ( aspectos
conceituais explorados);
3. Elaboração de 3 questões de compreensão leitora,
identificando os direitos de aprendizagem de leitura
comtemplada.
48. Em duplas, represente as quantidades a
seguir nas bases: 3, 7 e 9;
Quantidade 2
Quantidade 1
Atividade
49. Base 3 :101( um, zero, um)
Base 7: 34 (três, quatro)
Base 9: 2,7(dois, sete)
Base 3 :221(dois, dois, um)
Base 7:13( um, três )
Base 9: 1,1( um, um)
Soluções...
Quantidade 1= 10 Quantidade 2 = 25
50. Soluções...
Quantidade 1: Quantidade 2:
Base 3 = 1 0 1 Base 3 = 2 2 1
(um, zero, um) (dois, dois, um)
Base 7 = 3 4 Base 7 = 1 3
(três, quatro) (um, três)
Base 9 = 2 7 Base 9 = 1 1
(dois, sete) (um, um)
51. Vamos Jogar?
Jogo Nunca 4
Jogo 1 a mais e 1 a menos
10 a mais e 10 a menos
52. Jogo do Nunca 4
Material
- 1 dado;
- Canudos em três cores diferentes (exemplo: azul, vermelho e amarelo).
Regras
- Mais de 2 participantes;
- Sorteia no dado quem vai começar;
- Escolhe uma cor de canudo para ser a unidade (ex.: amarelo).
- O primeiro participante joga o dado e pega a quantidade de canudos
amarelos corresponde ao valor que saiu no dado. A mesma ação
fazem os demais participantes, cada um na sua vez;
- Outras rodadas vão sendo realizadas;
- Quando um participante consegue 4 canudos amarelos (base 4) deve
trocar por 1 canudo vermelho;
- Quando um participante consegue juntar 4 canudos vermelhos, deve
trocar por um azul e ganha o jogo.
53. JOGO 1 A MAIS OU 1 A MENOS, 10 A MAIS OU 10 MAIS
59. Trabalho com jogos
Avaliar Matemática não se limita a conferir resultados, pois, a
avaliação é um processo que permeia toda atividade e sua
função é nos fornecer dados sobre o aprendizado dos alunos
para posteriores intervenções e planejamento. Um dos
principais recursos é a observação. É importante estarmos
atentos as dificuldades e a interação dos grupos. Como as
estratégias sugeridas são jogos e competições, é importante
ao final de cada atividade fazer uma avaliação oral com os
alunos: o que deu certo, o que não foi bom, qual ou quais
regras queremos mudar e porque, o que aprendemos com a
atividade. Os registros são importantes, pois é o momento
que o aluno sistematiza o pensamento e reforça conceitos,
oferecendo dados para o professor avaliar se atingiu os
objetivos propostos.
Reflexão
60. Aplicar e registrar um dos jogos
trabalhados na aula de hoje ( 1 de SEA e 1
do SND)
Trazer o registro através de um relatório
escrito e com fotos.
PARA CASA E ESCOLA