O documento discute as celebrações lunares nas culturas celtas e sugere adaptações para o hemisfério sul com base no Calendário de Coligny. Ele descreve brevemente o calendário e como as fases lunares eram interpretadas, além de sugerir 12 Luas do Ano com associações a deidades, animais e estações.
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Colóquio sobre as Luas do Ano
1. Colóquio sobre as Luas doColóquio sobre as Luas do
AnoAno
II CPDRCII CPDRC
Rowena A. SeneweenRowena A. Seneween
"Glória a ti nesta noite
Ó lua brilhante,
Tu és, para sempre,
A luz que brilha à nossa sorte."
(Inspirações de Carmina Gadelica)
2. Celebrações LunaresCelebrações Lunares
Provavelmente, pode ter havido bem mais que adoração da
Lua na cultura pancéltica junto às estrelas. Como devoção a
Arianrhod, cujo nome em britônico é Argantorotā (Roda de
Prata) e Dirona (Grande Estrela).
Os escritores clássicos descrevem como os druidas usavam as
fases da lua para colher o visco e determinar seus rituais.
Apesar de não sabermos como as culturas celtas viam a Lua,
o folclore gaélico da Irlanda e Escócia nos diz como talvez,
eles interpretavam as fases lunares:
Lua Nova: semear, viajar, casar e divinações.
Lua Crescente e Cheia: curas, cortar o cabelo, podar plantas.
Lua Minguante: arar, colher e cortar madeiras.
3. Calendário de ColignyCalendário de Coligny
Um antigo calendário gaulês descoberto em Coligny, na
França, em 1897, basicamente, um calendário lunisolar
composto de 12 meses de 29 e 30 dias, com um mês extra
a cada dois anos e meio.
Esta impressionante descoberta arqueológica foi feita em
uma área ao norte de Coligny, próximo a Lyon, na França,
onde foram achados aproximadamente 153 fragmentos
individuais, produzida por volta de 50 d.C., em uma grande
placa de bronze. E que também descreve o mês em
períodos bons (MAT) e não bons (ANM).
4.
5. Conforme os fragmentos desse calendário, o mês foi dividido em
duas partes: uma com luz correspondente à Lua Cheia e outra sem
luz correspondente à Lua Nova, em média, com duas semanas de
duração. O contraste entre a parte clara e escura.
A fase mais luminosa é descrita pela palavra "Atenoux",
possivelmente a Lua Nova representava o início do mês e a Lua
Cheia o ápice do mês e, provavelmente, possuía um significado
religioso, onde se previa também dias bons ou não.
Obviamente a arqueologia tem muitas evidências sobre as
celebrações dos solstícios e equinócios, além das lunações, apesar
de haver muitas controvérsias sobre o assunto.
Podemos associar as Luas de forma xamânica a um animal
totêmico, deidade ou ao clima local, baseando-se no Calendário de
Coligny, podendo ser adaptado ao Hemisfério Sul, a partir do
Festival de Samhain. Com inspiração na Canção de Amergin para
entrar em contato com o Outro Mundo através de meditações,
visualizações e vocalizações, tanto na Lua Nova como na Cheia.
6. Sugestões das Luas do AnoSugestões das Luas do Ano
A Lua do Javali
"Eu sou o javali selvagem."
Outubro no Calendário de Coligny é "Samonios", o tempo da queda das
sementes. O javali simboliza o mundo subterrâneo e a renovação das
sementes, o ciclo cósmico de vida, morte e renascimento. Corresponde
ao mês de Abril no Hemisfério Sul.
A Lua de Morrighan
"Quem é a Deusa da forma e da batalha?"
Novembro no Calendário de Coligny é "Dumannios", o tempo da noite
escura. É quando começamos adentrar os mistérios das noites frias do
inverno, a Noite dos Ancestrais, período em que a terra inicia seu
tempo de descanso. Corresponde ao mês de Maio no Hemisfério Sul.
7. A Lua do Gamo
"Eu sou o gamo das sete batalhas."
Dezembro no Calendário de Coligny é "Rivros", o tempo do frio. O gamo,
que caminha entre os mundos, representa Cernunnos. É associado ao
aspecto do Senhor do Carvalho, à transformação e ao renascimento.
Corresponde ao mês de Junho no Hemisfério Sul.
A Lua das Águas
"Eu sou o lago da planície."
Janeiro no Calendário de Coligny é "Anagantios", o tempo de ficar em
casa. Com a manifestação do inverno e do movimento das águas geladas,
essa é a Lua da pausa, que favorece a interiorização e a reflexão.
Corresponde ao mês de Julho no Hemisfério Sul.
8. A Lua de Brighid
"Eu sou o fogo que cria o pensamento."
Fevereiro no Calendário de Coligny é "Ogronios", o tempo do frio acabar.
É a Lua da transição e dos seus mistérios, onde o poder do Sol começa
aquecer toda a terra. com a chegada da primavera, em Imbolc.
Corresponde ao mês de Agosto no Hemisfério Sul.
A Lua dos Ventos
"Eu sou o vento sobre o mar."
Março no Calendário de Coligny é "Cutios", o tempo dos ventos. Os
ventos é que promovem o movimento das sementes no Equinócio de
Primavera. Para os celtas, o vento era uma grande força da natureza.
Corresponde ao mês de Setembro no Hemisfério Sul.
9. A Lua do Falcão
"Eu sou o falcão no penhasco."
Abril no Calendário de Coligny é "Giamonios", o tempo dos brotos. As
sementes começam a germinar ao mesmo tempo em que toda a vida
desperta para uma nova etapa. Assim como o falcão, mantenha sempre
o foco. Corresponde ao mês de Outubro no Hemisfério Sul.
A Lua Brilhante
"Eu sou a gota de orvalho no raio de sol."
Maio no Calendário de Coligny é "Simivisonnos", o tempo do brilho. Mês
dedicado a purificação e a criatividade, através das energias de Beltane.
Época de curar o passado e viver plenamente o presente. Corresponde
ao mês de Novembro no Hemisfério Sul.
10. A Lua do Cavalo
"Eu sou o rugido e o movimento das ondas."
Junho em no Calendário de Coligny é "Equos", o tempo dos cavalos.
Celebramos neste mês, o movimento de expansão da natureza em
sintonia ao Solstício de Verão. Essa é a Lua da soberania, do amor e da
prosperidade. Corresponde ao mês de Dezembro no Hemisfério Sul.
A Lua da Lança
"Eu sou a lança certeira."
Julho no Calendário de Coligny é "Elembiuios", o tempo da reivindicação.
Período de criatividade vívida, inspirando-nos a desenvolver nossos dons
e habilidades, junto à lança da vitória de Lugh que reivindica o seu poder
durante a colheita. Corresponde ao mês de Janeiro no Hemisfério Sul.
11. A Lua do Salmão
"Eu sou o salmão da sabedoria."
Agosto no Calendário de Coligny é "Edrinios", o tempo da decisão.
Simboliza os campos da Mãe Terra, a colheita. Esperar sabiamente pela
chegada da colheita para acessar o conhecimento, tal como o Salmão da
Sabedoria. Corresponde ao mês de Fevereiro no Hemisfério Sul.
A Lua dos Bardos
"Eu sou a força da palavra."
Setembro no Calendário de Coligny é "Cantlos", o tempo dos cantos. Os
dias e as noites se tornam iguais e os mistérios da vida e da morte se
manifestam. Nesse mistério, estamos todos interligados no mesmo
propósito, a tribo se reúne e os bardos cantam suas memórias através
dos mitos e das lendas. Corresponde ao mês de Março no Hemisfério Sul.
12. Criação druídicaCriação druídica
"Qual é a natureza da criação de um druida? Esta informação parece
estar bem escondida em seus ensinamentos. Em certo sentido, ela é
cercada pela escuridão, o que pode ser uma sugestão de onde a
resposta pode ser encontrada. Na lenda galesa sobre o Caldeirão de
Cerridwen, somos informados de que sua bebida foi uma mistura de
muitos elementos feita durante "um ano e um dia" para que Afagddu
(escuridão) pudesse ser dotado de conhecimento. E foi através da
escuridão que os Druidas e Filidh puderam ver o conhecimento e a
iluminação da Imbas Forosnai... A Lua é o fenômeno natural que
controla as ondas da terra e do mar. A Lua é o símbolo dado pelos Celtas
para pensamentos interiores e o movimento cíclico da própria natureza.
A mente é o fogo, a criação, dirigido pelo Caldeirão da Vocação."
Searles O'Dubhain
http://summerlands.com
13. Referências para pesquisaReferências para pesquisa
Tradições Lunares: https://celtocrabion.wordpress.com/
uelerios-calendario%E2%80%8B/tradicoes-lunares/
Calendário de Coligny: https://celtocrabion.wordpress.com/uelerios-
calendario%E2%80%8B/calendario-de-coligny/
Calendários Reconstruídos:
https://celtocrabion.wordpress.com/uelerios-calendario
%E2%80%8B/calendarios-reconstruidos/
Calendário, Recons IberoCeltica: http://recons-
iberoceltica.forumeiros.com/t83-calendario-discussao-geral
Coligny : https://en.wikipedia.org/wiki/Coligny_calendar
MATTHEWS John - Xamanismo Celta - SP: Ed. Hy Brasil, 2002
KONDRATIEV, Alexei - Rituales Celtas - Buenos Aires: Ed. Kier, 2001