SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 4
Downloaden Sie, um offline zu lesen
CÓDIGO FLORESTAL E ZONEAMENTO AGROECOLÓGICO




               Setembro de 2010
O CÓDIGO FLORESTAL E SUAS ALTERAÇÕES


         O Código Florestal, Instituído em 1965 e contando, na sua elaboração, com a
efetiva participação de profissionais dedicados à causa florestal, criado, basicamente
para proteger nossas florestas nativas, organizar o setor produtivo à base de madeira e
estimular o plantio de florestas o Código preserva também as áreas ao longo dos rios ou
de qualquer curso d’água; ao redor de lagoas, lagos ou reservatórios d’água naturais ou
artificiais; no topo de morros, montes, montanhas e serras e em atitude superior a 1800
metros, qualquer que seja a vegetação, há muitos pesquisadores e especialistas na
matéria que o consideram de excelente qualidade. O Código Florestal se manteve vivo
até agora por conta da luta dos brasileiros que defendem o meio ambiente e a natureza,
que é um bem estratégico do povo.
        Mesmo assim, embora esteja na lei, nunca foi respeitado pelos governos nem
pelo agronegócio. Até agora, o setor ruralista age da seguinte forma: ignora as
determinações do Código Florestal para derrubar as florestas; quando são pegos com o
motosserra na mão, culpam a rigidez da legislação em vigor e, por fim, mobilizam seus
parlamentares para derrubar esses “obstáculos”. no dia 22 de julho de 2008 que o
presidente Lula, ao assinar o decreto de crimes ambientais, disse que não havia
“bordoada melhor” contra desmatadores “picaretas” do que uma multa pesada. O
presidente se referia à importância pedagógica de se aplicar uma sanção que atinge
diretamente onde dói mais, o bolso, para coibir grandes criminosos ambientais, que
sabem que estão infringindo as leis, a lógica do maior rigor contra crimes ambientais foi
invertida, os “picaretas” que deveriam temer com a “bordoada” serão perdoados das
multas pesadas e ganharão uma carta de alforria.
       Tendo em vista que desmatar sai mais barato do que usar tecnologia para
aumentar a produtividade, sabe-se que os processos por crimes ambientais têm alto
índice de prescrição e pouco de punibilidade e que, de tempos em tempos, poderá ser
proposta uma renegociação de dívidas ou uma anistia a multas, por que deixar de
desmatar? Apelar para a consciência moral daqueles que agem de má-fé como forma de
pedagogia para reduzir o desmatamento está mais para piada de mau gosto, do que para
uma proposta séria.
       O relatório sobre o Código Florestal foi aprovado pela Comissão Especial na
Câmara dos Deputados, com alterações feitas pelo relator. Todos os destaques
apresentados foram rejeitados. Agora, o texto segue para votação em plenário. O
objetivo principal da proposta de reforma do Código Florestal, em curso na Câmara
Federal, está na diminuição das áreas de preservação permanente e de reserva legal.
       Entre as principais mudanças, pode-se citar a ideia de atribuir aos Estados a
redução de 50% da vegetação das Áreas de Proteção Permanente (faixas de terra
ocupadas ou não por vegetação nas margens de rios, lagos, no topo de morros, em
dunas, encostas e outros) às margens de cursos d'água que tenham de 5 a 10 m. Retirar a
obrigatoriedade de manutenção de mata em pequenas propriedades, inclusive na região
amazônica, além de prever a anistia para produtores rurais que cometeram crimes
ambientais até julho de 2008, data da segunda regulamentação da Lei de Crimes
Ambientais, com isso, produtores, mesmo que tenham infringido a lei, possam continuar
com suas atividades na reserva legal ou nas Áreas de Proteção Permanente até a
elaboração do Programa de Regularização Ambiental. Outra alteração importante é a
redução de 30 m para 15 m na APP para os cursos de até 5 m, não permitindo mais que
sejam reduzidas para 7,5 m pelos Estados.
        Com relação às reservas legais, foi imposto que retirasse a obrigatoriedade de
manutenção de mata em pequenas propriedades, inclusive na região amazônica. Apenas
terras com área superior a quatro módulos fiscais (unidade de medida expressa em
hectares, fixada para cada município) deverão ser mantidas com percentuais mínimos de
mata nativa. Segundo a lei atual, imóveis rurais na mata atlântica devem ter pelo menos
20% de reserva legal. No cerrado, esse percentual sobe para 35% e, na Amazônia, para
80%.
        Alguns especialistas criticam as novas alterações do Código Florestal, afirmando
que enquanto o mundo inteiro repugna para a diminuição radical de emissão de CO2, o
projeto de reforma proposto na Câmara Federal de revisão do Código Florestal defende
um processo que significará uma onda de desmatamento e emissões incontroláveis de
gás carbônico. Inaplicável ficará a lei se o projeto de alterações do Código Florestal for
aprovado, isso porque, muito sorrateiramente, ele abre diversas brechas para que ela
seja legalmente descumprida, ao mesmo tempo em que, apesar das muitas críticas, nada
propõe para que ela seja mais eficaz do que foi até hoje.




ZONEAMENTO AGROECOLÓGICO


       O conceito de Zoneamento Agroecológico pode ser assumido como um modelo
de organização espacial das atividades agrárias, florestais e de conservação dos sistemas
naturais, que visa à melhoria do relacionamento do homem com a natureza.
       Os zoneamentos proporcionam os seguintes benefícios para a sociedade:
• contribuem para melhorar a eficácia das políticas públicas de desenvolvimento e de
meio ambiente;
• melhoram a capacidade de perceber as inter-relações entre os diversos componentes
ambientais, bem como as próprias funções ecossistêmicas e seus limites de
sustentabilidade;
• melhoram a capacidade de prever os impactos ambientais e sociais, decorrentes dos
processos de desenvolvimento;
• identificam os sistemas ambientais capazes de prover serviços ambientais, cujo não-
uso seja importante recurso para a sustentabilidade ambiental, econômica e social, bem
como, aumentam a capacidade de planejar e monitorar as condições de sustentabilidade.


        Se tratando do meio ambiente, esse planejamento propõe medidas de proteção
aos ecossistemas levando em consideração suas fragilidades e potencialidades. O
desenvolvimento sustentável das cidades e das regiões tem se colocado como uma
questão essencial para o planejamento público, pois os territórios representam o mais
forte espaço das interações humanas.
        O zoneamento agroecológico vem sendo utilizado em todo o pais, delimitando
áreas e classificando-as como aptas ou não aptas para a agricultura, com o objetivo de
orientar a expansão da produção brasileira em base técnico-científica, de forma a
garantir a sustentabilidade em seus aspectos econômicos, sociais e ambientais.
       No estado de Mato Grosso, atualmente o Zoneamento Agroecológico refere-se à
cultura de cana-de-açúcar, sendo que já esta em vigor em grande parte do estado,
atuando sobre várias áreas ocupadas por essa cultura que foram classificadas como
inaptas para esta atividade agrícolas.
      O plano de zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar, lançado em setembro
de 2009, proíbe o plantio da cultura em 81,5% do território brasileiro, incluindo
Amazônia, Pantanal e a região do Alto Rio Paraguai.


       REFEREÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS


       Disponível em:
       <http://www.cnps.embrapa.br/zoneamento_cana_de_acucar/>
       <http://www.agricultura.al.gov.br/programas/zoneamento-agroecologico/>
       <http://www.ecodebate.com.br/2010/07/12/alteracoes-no-codigo-florestal-e-o-
perdao-ao-desmatador-artigo-de-ricardo-machado/>
      <http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4547239-EI7896,00-
Comissao+da+Camara+aprova+Codigo+Florestal+com+alteracoes.html>
       Acesso em: 03 de dezembro de 2010.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

NOVO CÓDIGO FLORESTAL – LEI nº 12.651/2012
NOVO CÓDIGO FLORESTAL – LEI nº 12.651/2012NOVO CÓDIGO FLORESTAL – LEI nº 12.651/2012
NOVO CÓDIGO FLORESTAL – LEI nº 12.651/2012Fabiano Desidério
 
A petrobrás e a falácia de sua política de desenvolvimento sustentável
A petrobrás e a falácia de sua política de desenvolvimento sustentávelA petrobrás e a falácia de sua política de desenvolvimento sustentável
A petrobrás e a falácia de sua política de desenvolvimento sustentávelFernando Alcoforado
 
Comitê anuncia saída de Conselhos do Parque do Rola Moça e APA Sul
Comitê anuncia saída de Conselhos do Parque do Rola Moça e APA SulComitê anuncia saída de Conselhos do Parque do Rola Moça e APA Sul
Comitê anuncia saída de Conselhos do Parque do Rola Moça e APA SulCBH Rio das Velhas
 
Case Simy Corrêa. O Processo De DescentralizaçãO Da GestãO Ambiental Em B...
Case   Simy Corrêa.   O Processo De DescentralizaçãO Da GestãO Ambiental Em B...Case   Simy Corrêa.   O Processo De DescentralizaçãO Da GestãO Ambiental Em B...
Case Simy Corrêa. O Processo De DescentralizaçãO Da GestãO Ambiental Em B...jannicemonteiro
 
Co incineraçao noticias
Co incineraçao noticiasCo incineraçao noticias
Co incineraçao noticiasfircampos
 
Área de Preservação Permanente e Reserva Legal - novembro-2009
Área de Preservação Permanente e Reserva Legal - novembro-2009Área de Preservação Permanente e Reserva Legal - novembro-2009
Área de Preservação Permanente e Reserva Legal - novembro-2009Fabricio Soler
 
Código Florestal: o que muda para o produtor rural
Código Florestal: o que muda para o produtor ruralCódigo Florestal: o que muda para o produtor rural
Código Florestal: o que muda para o produtor ruralPortal Canal Rural
 
Guia para Novo Cógido Florestal
Guia para Novo Cógido FlorestalGuia para Novo Cógido Florestal
Guia para Novo Cógido FlorestalConecta Fazendas
 
Apresentacao Marcelo Morgado_FGV_17 de junho 2013
Apresentacao Marcelo Morgado_FGV_17 de junho 2013Apresentacao Marcelo Morgado_FGV_17 de junho 2013
Apresentacao Marcelo Morgado_FGV_17 de junho 2013MorettoM
 
Exploração Ilegal da Madeira - Jornal Notícias
Exploração Ilegal da Madeira  - Jornal Notícias Exploração Ilegal da Madeira  - Jornal Notícias
Exploração Ilegal da Madeira - Jornal Notícias Rogério Marques Júnior
 
O novo Código Florestal e o registro de imóveis
O novo Código Florestal e o registro de imóveisO novo Código Florestal e o registro de imóveis
O novo Código Florestal e o registro de imóveisIRIB
 
Leis ambientais
Leis ambientaisLeis ambientais
Leis ambientaisGuiGehling
 

Was ist angesagt? (18)

NOVO CÓDIGO FLORESTAL – LEI nº 12.651/2012
NOVO CÓDIGO FLORESTAL – LEI nº 12.651/2012NOVO CÓDIGO FLORESTAL – LEI nº 12.651/2012
NOVO CÓDIGO FLORESTAL – LEI nº 12.651/2012
 
A petrobrás e a falácia de sua política de desenvolvimento sustentável
A petrobrás e a falácia de sua política de desenvolvimento sustentávelA petrobrás e a falácia de sua política de desenvolvimento sustentável
A petrobrás e a falácia de sua política de desenvolvimento sustentável
 
Comitê anuncia saída de Conselhos do Parque do Rola Moça e APA Sul
Comitê anuncia saída de Conselhos do Parque do Rola Moça e APA SulComitê anuncia saída de Conselhos do Parque do Rola Moça e APA Sul
Comitê anuncia saída de Conselhos do Parque do Rola Moça e APA Sul
 
Introdução aula 5
Introdução   aula 5Introdução   aula 5
Introdução aula 5
 
Case Simy Corrêa. O Processo De DescentralizaçãO Da GestãO Ambiental Em B...
Case   Simy Corrêa.   O Processo De DescentralizaçãO Da GestãO Ambiental Em B...Case   Simy Corrêa.   O Processo De DescentralizaçãO Da GestãO Ambiental Em B...
Case Simy Corrêa. O Processo De DescentralizaçãO Da GestãO Ambiental Em B...
 
Co incineraçao noticias
Co incineraçao noticiasCo incineraçao noticias
Co incineraçao noticias
 
Aula código florestal
Aula código florestalAula código florestal
Aula código florestal
 
Área de Preservação Permanente e Reserva Legal - novembro-2009
Área de Preservação Permanente e Reserva Legal - novembro-2009Área de Preservação Permanente e Reserva Legal - novembro-2009
Área de Preservação Permanente e Reserva Legal - novembro-2009
 
Código Florestal: o que muda para o produtor rural
Código Florestal: o que muda para o produtor ruralCódigo Florestal: o que muda para o produtor rural
Código Florestal: o que muda para o produtor rural
 
Aula código florestal
Aula código florestalAula código florestal
Aula código florestal
 
Guia para Novo Cógido Florestal
Guia para Novo Cógido FlorestalGuia para Novo Cógido Florestal
Guia para Novo Cógido Florestal
 
Apresentacao Marcelo Morgado_FGV_17 de junho 2013
Apresentacao Marcelo Morgado_FGV_17 de junho 2013Apresentacao Marcelo Morgado_FGV_17 de junho 2013
Apresentacao Marcelo Morgado_FGV_17 de junho 2013
 
Exploração Ilegal da Madeira - Jornal Notícias
Exploração Ilegal da Madeira  - Jornal Notícias Exploração Ilegal da Madeira  - Jornal Notícias
Exploração Ilegal da Madeira - Jornal Notícias
 
Aula código florestal atual
Aula código florestal atualAula código florestal atual
Aula código florestal atual
 
O novo Código Florestal e o registro de imóveis
O novo Código Florestal e o registro de imóveisO novo Código Florestal e o registro de imóveis
O novo Código Florestal e o registro de imóveis
 
Leis ambientais
Leis ambientaisLeis ambientais
Leis ambientais
 
Códigoflorestal
CódigoflorestalCódigoflorestal
Códigoflorestal
 
Pmma Porto-seguro Folder
Pmma Porto-seguro FolderPmma Porto-seguro Folder
Pmma Porto-seguro Folder
 

Andere mochten auch

Estudo em profecia - métodos e escolas
Estudo em profecia - métodos e escolasEstudo em profecia - métodos e escolas
Estudo em profecia - métodos e escolasC. Soares
 
PRODUÇÃO EM MULTIMÍDIA | Plano de Comunicação 'Profetas do Trânsito'
PRODUÇÃO EM MULTIMÍDIA | Plano de Comunicação 'Profetas do Trânsito'PRODUÇÃO EM MULTIMÍDIA | Plano de Comunicação 'Profetas do Trânsito'
PRODUÇÃO EM MULTIMÍDIA | Plano de Comunicação 'Profetas do Trânsito'Pedro Otaviano
 
El plagio y sus consecuencias
El plagio y sus consecuenciasEl plagio y sus consecuencias
El plagio y sus consecuenciasAndres Giraldo
 
Teorias dispositivas
Teorias dispositivasTeorias dispositivas
Teorias dispositivasYura Castro O
 
Taller nacional pnle_10062013
Taller nacional pnle_10062013Taller nacional pnle_10062013
Taller nacional pnle_10062013Roberto Pérez
 
La cultura organizacional I.E. de Santa Librada
La cultura organizacional I.E. de Santa LibradaLa cultura organizacional I.E. de Santa Librada
La cultura organizacional I.E. de Santa LibradaCamilo Mauricio Pachajoa
 
Entrevista Diário do Comércio: Novas Dinâmicas nas Empresas
Entrevista Diário do Comércio: Novas Dinâmicas nas EmpresasEntrevista Diário do Comércio: Novas Dinâmicas nas Empresas
Entrevista Diário do Comércio: Novas Dinâmicas nas EmpresasMárcia Tavares
 
Entrada proibida - Ossobuco 5
Entrada proibida  - Ossobuco 5Entrada proibida  - Ossobuco 5
Entrada proibida - Ossobuco 5ossobuco
 
Microsoft y las acusaciones de monopolio
Microsoft y las acusaciones de monopolioMicrosoft y las acusaciones de monopolio
Microsoft y las acusaciones de monopolioMelanie Braga
 
Listado de alimentos 2012 2013
Listado de alimentos 2012 2013Listado de alimentos 2012 2013
Listado de alimentos 2012 2013Roberto Pérez
 
Actividad no 3. gobierno en linea
Actividad no 3. gobierno en lineaActividad no 3. gobierno en linea
Actividad no 3. gobierno en lineahalisanchez
 

Andere mochten auch (20)

Web analytics
Web analyticsWeb analytics
Web analytics
 
U9. Catabolismo
U9. CatabolismoU9. Catabolismo
U9. Catabolismo
 
Ver pdf 1
Ver pdf 1Ver pdf 1
Ver pdf 1
 
Surrealismo
SurrealismoSurrealismo
Surrealismo
 
Science Club y Kids Satelital
Science Club y Kids SatelitalScience Club y Kids Satelital
Science Club y Kids Satelital
 
Material kit SOBE/BE
Material kit SOBE/BEMaterial kit SOBE/BE
Material kit SOBE/BE
 
Estudo em profecia - métodos e escolas
Estudo em profecia - métodos e escolasEstudo em profecia - métodos e escolas
Estudo em profecia - métodos e escolas
 
Cristina Norton
Cristina NortonCristina Norton
Cristina Norton
 
PRODUÇÃO EM MULTIMÍDIA | Plano de Comunicação 'Profetas do Trânsito'
PRODUÇÃO EM MULTIMÍDIA | Plano de Comunicação 'Profetas do Trânsito'PRODUÇÃO EM MULTIMÍDIA | Plano de Comunicação 'Profetas do Trânsito'
PRODUÇÃO EM MULTIMÍDIA | Plano de Comunicação 'Profetas do Trânsito'
 
El plagio y sus consecuencias
El plagio y sus consecuenciasEl plagio y sus consecuencias
El plagio y sus consecuencias
 
Teorias dispositivas
Teorias dispositivasTeorias dispositivas
Teorias dispositivas
 
2. evaluacion de impacto
2. evaluacion de impacto2. evaluacion de impacto
2. evaluacion de impacto
 
Taller nacional pnle_10062013
Taller nacional pnle_10062013Taller nacional pnle_10062013
Taller nacional pnle_10062013
 
Algoritmo laura
Algoritmo lauraAlgoritmo laura
Algoritmo laura
 
La cultura organizacional I.E. de Santa Librada
La cultura organizacional I.E. de Santa LibradaLa cultura organizacional I.E. de Santa Librada
La cultura organizacional I.E. de Santa Librada
 
Entrevista Diário do Comércio: Novas Dinâmicas nas Empresas
Entrevista Diário do Comércio: Novas Dinâmicas nas EmpresasEntrevista Diário do Comércio: Novas Dinâmicas nas Empresas
Entrevista Diário do Comércio: Novas Dinâmicas nas Empresas
 
Entrada proibida - Ossobuco 5
Entrada proibida  - Ossobuco 5Entrada proibida  - Ossobuco 5
Entrada proibida - Ossobuco 5
 
Microsoft y las acusaciones de monopolio
Microsoft y las acusaciones de monopolioMicrosoft y las acusaciones de monopolio
Microsoft y las acusaciones de monopolio
 
Listado de alimentos 2012 2013
Listado de alimentos 2012 2013Listado de alimentos 2012 2013
Listado de alimentos 2012 2013
 
Actividad no 3. gobierno en linea
Actividad no 3. gobierno en lineaActividad no 3. gobierno en linea
Actividad no 3. gobierno en linea
 

Ähnlich wie O código florestal e suas alterações

Código florestal brasileiro
Código florestal brasileiro Código florestal brasileiro
Código florestal brasileiro Renato Carvalho
 
Ao ministerio publico do estado de pernambuco
Ao ministerio publico do estado de pernambucoAo ministerio publico do estado de pernambuco
Ao ministerio publico do estado de pernambucovfalcao
 
Nota de esclarecimento
Nota de esclarecimentoNota de esclarecimento
Nota de esclarecimentovfalcao
 
Cartaaosparlamentares
CartaaosparlamentaresCartaaosparlamentares
Cartaaosparlamentaresvfalcao
 
Manual impactos ambientais ( bnb )
Manual impactos ambientais ( bnb )Manual impactos ambientais ( bnb )
Manual impactos ambientais ( bnb )Ricardo Akerman
 
Impactos ambientais -MANUAL
Impactos ambientais -MANUALImpactos ambientais -MANUAL
Impactos ambientais -MANUALSimone Santos
 
Cartilha.do.novo.codigo.florestal
Cartilha.do.novo.codigo.florestalCartilha.do.novo.codigo.florestal
Cartilha.do.novo.codigo.florestalRonald Silva
 
Artigo código do retrocesso (marcílio luna)
Artigo código do retrocesso  (marcílio luna)Artigo código do retrocesso  (marcílio luna)
Artigo código do retrocesso (marcílio luna)Projeto Golfinho Rotador
 
Cartilha Código Florestal
Cartilha Código FlorestalCartilha Código Florestal
Cartilha Código FlorestalDheime Miranda
 
cartilha-codigo-florestal-26.pdf
cartilha-codigo-florestal-26.pdfcartilha-codigo-florestal-26.pdf
cartilha-codigo-florestal-26.pdfJAMES MESSIAS
 
Nota de esclarecimento
Nota de esclarecimentoNota de esclarecimento
Nota de esclarecimentovfalcao
 
Novo código florestal
Novo código florestalNovo código florestal
Novo código florestalLorena Forte
 
Instrumentos econômicos
Instrumentos econômicos Instrumentos econômicos
Instrumentos econômicos sheley573
 
Métodos de Avaliação de Impactos Ambientais
Métodos de Avaliação de Impactos AmbientaisMétodos de Avaliação de Impactos Ambientais
Métodos de Avaliação de Impactos AmbientaisAlisse Fritz
 

Ähnlich wie O código florestal e suas alterações (20)

Código florestal brasileiro
Código florestal brasileiro Código florestal brasileiro
Código florestal brasileiro
 
Artigo lei
Artigo leiArtigo lei
Artigo lei
 
Simularce
SimularceSimularce
Simularce
 
Icone
IconeIcone
Icone
 
Ao ministerio publico do estado de pernambuco
Ao ministerio publico do estado de pernambucoAo ministerio publico do estado de pernambuco
Ao ministerio publico do estado de pernambuco
 
Nota de esclarecimento
Nota de esclarecimentoNota de esclarecimento
Nota de esclarecimento
 
Cartaaosparlamentares
CartaaosparlamentaresCartaaosparlamentares
Cartaaosparlamentares
 
Manual impactos ambientais ( bnb )
Manual impactos ambientais ( bnb )Manual impactos ambientais ( bnb )
Manual impactos ambientais ( bnb )
 
Impactos ambientais -MANUAL
Impactos ambientais -MANUALImpactos ambientais -MANUAL
Impactos ambientais -MANUAL
 
Cartilha.do.novo.codigo.florestal
Cartilha.do.novo.codigo.florestalCartilha.do.novo.codigo.florestal
Cartilha.do.novo.codigo.florestal
 
Artigo código do retrocesso (marcílio luna)
Artigo código do retrocesso  (marcílio luna)Artigo código do retrocesso  (marcílio luna)
Artigo código do retrocesso (marcílio luna)
 
Cartilha Código Florestal
Cartilha Código FlorestalCartilha Código Florestal
Cartilha Código Florestal
 
Arlindo
ArlindoArlindo
Arlindo
 
cartilha-codigo-florestal-26.pdf
cartilha-codigo-florestal-26.pdfcartilha-codigo-florestal-26.pdf
cartilha-codigo-florestal-26.pdf
 
Nota de esclarecimento
Nota de esclarecimentoNota de esclarecimento
Nota de esclarecimento
 
Novo código florestal
Novo código florestalNovo código florestal
Novo código florestal
 
Instrumentos econômicos
Instrumentos econômicos Instrumentos econômicos
Instrumentos econômicos
 
Manifesto campanha manguefazadiferenca_vsa
Manifesto campanha manguefazadiferenca_vsaManifesto campanha manguefazadiferenca_vsa
Manifesto campanha manguefazadiferenca_vsa
 
Arquivo 315
Arquivo 315Arquivo 315
Arquivo 315
 
Métodos de Avaliação de Impactos Ambientais
Métodos de Avaliação de Impactos AmbientaisMétodos de Avaliação de Impactos Ambientais
Métodos de Avaliação de Impactos Ambientais
 

O código florestal e suas alterações

  • 1. CÓDIGO FLORESTAL E ZONEAMENTO AGROECOLÓGICO Setembro de 2010
  • 2. O CÓDIGO FLORESTAL E SUAS ALTERAÇÕES O Código Florestal, Instituído em 1965 e contando, na sua elaboração, com a efetiva participação de profissionais dedicados à causa florestal, criado, basicamente para proteger nossas florestas nativas, organizar o setor produtivo à base de madeira e estimular o plantio de florestas o Código preserva também as áreas ao longo dos rios ou de qualquer curso d’água; ao redor de lagoas, lagos ou reservatórios d’água naturais ou artificiais; no topo de morros, montes, montanhas e serras e em atitude superior a 1800 metros, qualquer que seja a vegetação, há muitos pesquisadores e especialistas na matéria que o consideram de excelente qualidade. O Código Florestal se manteve vivo até agora por conta da luta dos brasileiros que defendem o meio ambiente e a natureza, que é um bem estratégico do povo. Mesmo assim, embora esteja na lei, nunca foi respeitado pelos governos nem pelo agronegócio. Até agora, o setor ruralista age da seguinte forma: ignora as determinações do Código Florestal para derrubar as florestas; quando são pegos com o motosserra na mão, culpam a rigidez da legislação em vigor e, por fim, mobilizam seus parlamentares para derrubar esses “obstáculos”. no dia 22 de julho de 2008 que o presidente Lula, ao assinar o decreto de crimes ambientais, disse que não havia “bordoada melhor” contra desmatadores “picaretas” do que uma multa pesada. O presidente se referia à importância pedagógica de se aplicar uma sanção que atinge diretamente onde dói mais, o bolso, para coibir grandes criminosos ambientais, que sabem que estão infringindo as leis, a lógica do maior rigor contra crimes ambientais foi invertida, os “picaretas” que deveriam temer com a “bordoada” serão perdoados das multas pesadas e ganharão uma carta de alforria. Tendo em vista que desmatar sai mais barato do que usar tecnologia para aumentar a produtividade, sabe-se que os processos por crimes ambientais têm alto índice de prescrição e pouco de punibilidade e que, de tempos em tempos, poderá ser proposta uma renegociação de dívidas ou uma anistia a multas, por que deixar de desmatar? Apelar para a consciência moral daqueles que agem de má-fé como forma de pedagogia para reduzir o desmatamento está mais para piada de mau gosto, do que para uma proposta séria. O relatório sobre o Código Florestal foi aprovado pela Comissão Especial na Câmara dos Deputados, com alterações feitas pelo relator. Todos os destaques apresentados foram rejeitados. Agora, o texto segue para votação em plenário. O objetivo principal da proposta de reforma do Código Florestal, em curso na Câmara Federal, está na diminuição das áreas de preservação permanente e de reserva legal. Entre as principais mudanças, pode-se citar a ideia de atribuir aos Estados a redução de 50% da vegetação das Áreas de Proteção Permanente (faixas de terra ocupadas ou não por vegetação nas margens de rios, lagos, no topo de morros, em dunas, encostas e outros) às margens de cursos d'água que tenham de 5 a 10 m. Retirar a obrigatoriedade de manutenção de mata em pequenas propriedades, inclusive na região
  • 3. amazônica, além de prever a anistia para produtores rurais que cometeram crimes ambientais até julho de 2008, data da segunda regulamentação da Lei de Crimes Ambientais, com isso, produtores, mesmo que tenham infringido a lei, possam continuar com suas atividades na reserva legal ou nas Áreas de Proteção Permanente até a elaboração do Programa de Regularização Ambiental. Outra alteração importante é a redução de 30 m para 15 m na APP para os cursos de até 5 m, não permitindo mais que sejam reduzidas para 7,5 m pelos Estados. Com relação às reservas legais, foi imposto que retirasse a obrigatoriedade de manutenção de mata em pequenas propriedades, inclusive na região amazônica. Apenas terras com área superior a quatro módulos fiscais (unidade de medida expressa em hectares, fixada para cada município) deverão ser mantidas com percentuais mínimos de mata nativa. Segundo a lei atual, imóveis rurais na mata atlântica devem ter pelo menos 20% de reserva legal. No cerrado, esse percentual sobe para 35% e, na Amazônia, para 80%. Alguns especialistas criticam as novas alterações do Código Florestal, afirmando que enquanto o mundo inteiro repugna para a diminuição radical de emissão de CO2, o projeto de reforma proposto na Câmara Federal de revisão do Código Florestal defende um processo que significará uma onda de desmatamento e emissões incontroláveis de gás carbônico. Inaplicável ficará a lei se o projeto de alterações do Código Florestal for aprovado, isso porque, muito sorrateiramente, ele abre diversas brechas para que ela seja legalmente descumprida, ao mesmo tempo em que, apesar das muitas críticas, nada propõe para que ela seja mais eficaz do que foi até hoje. ZONEAMENTO AGROECOLÓGICO O conceito de Zoneamento Agroecológico pode ser assumido como um modelo de organização espacial das atividades agrárias, florestais e de conservação dos sistemas naturais, que visa à melhoria do relacionamento do homem com a natureza. Os zoneamentos proporcionam os seguintes benefícios para a sociedade: • contribuem para melhorar a eficácia das políticas públicas de desenvolvimento e de meio ambiente; • melhoram a capacidade de perceber as inter-relações entre os diversos componentes ambientais, bem como as próprias funções ecossistêmicas e seus limites de sustentabilidade; • melhoram a capacidade de prever os impactos ambientais e sociais, decorrentes dos processos de desenvolvimento;
  • 4. • identificam os sistemas ambientais capazes de prover serviços ambientais, cujo não- uso seja importante recurso para a sustentabilidade ambiental, econômica e social, bem como, aumentam a capacidade de planejar e monitorar as condições de sustentabilidade. Se tratando do meio ambiente, esse planejamento propõe medidas de proteção aos ecossistemas levando em consideração suas fragilidades e potencialidades. O desenvolvimento sustentável das cidades e das regiões tem se colocado como uma questão essencial para o planejamento público, pois os territórios representam o mais forte espaço das interações humanas. O zoneamento agroecológico vem sendo utilizado em todo o pais, delimitando áreas e classificando-as como aptas ou não aptas para a agricultura, com o objetivo de orientar a expansão da produção brasileira em base técnico-científica, de forma a garantir a sustentabilidade em seus aspectos econômicos, sociais e ambientais. No estado de Mato Grosso, atualmente o Zoneamento Agroecológico refere-se à cultura de cana-de-açúcar, sendo que já esta em vigor em grande parte do estado, atuando sobre várias áreas ocupadas por essa cultura que foram classificadas como inaptas para esta atividade agrícolas. O plano de zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar, lançado em setembro de 2009, proíbe o plantio da cultura em 81,5% do território brasileiro, incluindo Amazônia, Pantanal e a região do Alto Rio Paraguai. REFEREÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS Disponível em: <http://www.cnps.embrapa.br/zoneamento_cana_de_acucar/> <http://www.agricultura.al.gov.br/programas/zoneamento-agroecologico/> <http://www.ecodebate.com.br/2010/07/12/alteracoes-no-codigo-florestal-e-o- perdao-ao-desmatador-artigo-de-ricardo-machado/> <http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4547239-EI7896,00- Comissao+da+Camara+aprova+Codigo+Florestal+com+alteracoes.html> Acesso em: 03 de dezembro de 2010.