Este documento descreve as Reservas da Biosfera, áreas reconhecidas pela UNESCO para conservação da biodiversidade e desenvolvimento sustentável. Estabelece que as Reservas da Biosfera devem ter zonas núcleo, de amortecimento e de transição para proteger a natureza e apoiar comunidades locais. Detalha a Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço, no Brasil, que protege importantes ecossistemas e serviços ambientais para milhões de pessoas.

1. Data de declaração: Junho de 2005

3. Reservas da Biosfera - são áreas de ecossistemas
terrestres e/ou marinhos reconhecidas pelo programa
MAB/UNESCO como importantes em nível mundial para
a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento
sustentável e que devem servir como áreas prioritárias
para experimentação e demonstração dessas práticas.

4. O Programa Homem e Biosfera (MaB
– Man and the Biosphere), foi criado
como resultado da "Conferência sobre a
Biosfera" realizada pela UNESCO em
Paris em setembro de 1968. O MaB foi
lançado em 1971 e é um programa de
cooperação científica internacional
sobre as interações entre o homem e
seu meio.

5. Atualmente existem 553 Reservas da Biosfera, em cerca
de 107 países

6. Zoneamento de uma Reserva da Biosfera
Para cumprir suas funções as Reservas da Biosfera
estabelecem um zoneamento de seu território

8. Zonas Núcleo – sua função é a proteção da paisagem
natural e biodiversidade. Correspondem às Unidades de
Conservação de proteção integral como Parques e
Estações Ecológicas.
Zonas de Amortecimento – estabelecidas no entorno
das zonas núcleo, ou entre elas, tem por objetivos
minimizar os impactos negativos sobre estes núcleos e
promover a qualidade de vida das populações da área,
especialmente as comunidades tradicionais.
Zonas de Transição - sem limites rigidamente definidos,
envolvem as zonas de amortecimento e núcleo.
Destinam-se prioritariamente ao monitoramento, à
educação ambiental e à integração da Reserva com o seu
entorno, onde predominam áreas urbanas, agrícolas,
extrativistas e industriais.

9. 1 - Contribuir para conservação da
biodiversidade, incluindo os ecossistemas,
espécies e variedades, bem como as paisagens
onde se inserem.

10. 2 - Fomentar o desenvolvimento econômico que
seja sustentável do ponto de vista sócio-
cultural e ecológico.

11. 3 - Criar condições logísticas para a efetivação de
projetos demonstrativos, para a produção e difusão
do conhecimento e para a educação ambiental, bem
como para as pesquisas científicas e o
monitoramento nos campos da conservação e do
desenvolvimento sustentável.

12. No Brasil são 7 RBs. Todas juntas abrangem
cerca de 15% do território brasileiro, sendo mais
da metade da soma das áreas das demais RBs da
Rede Mundial.

13. Mapa RBRB

14. O Espinhaço: representa a faixa montanhosa
mais extensa e contínua do Brasil. Estende-se
como um corredor ecológico por cerca de 1.500
km na direção N-S

15. A altitude varia entre 1.000 e 1.500 metros,
com picos de até 2.017 m.

16. RBSE
Fase I – Minas Gerais
Território integrador
de bacias
hidrográficas e
biomas
A porção sul se caracteriza pelo
mosaico entre o Cerrado, a
Mata Atlântica e a vegetação
rupestre que pode estar
associada a solo quartzítico ou
metalífero.

17. Superfície: 3.076.457,8 hectares.
53 municípios

19. População:
643.000 pessoas.

20. Serviços Ambientais: A produção de água que
influencia a vida de milhões de brasileiros

21. Importantes pontos turísticos naturais e
culturais

22. RBSE e Estrada Real
Espinhaço

23. Unidades de Conservação

24. Unidades de Conservação na RBSE

25. Biodiversidade: Alto grau de endemismo
Mosaicos de conservação
Corredores ecológicos

26. Biomas: Caatinga, Cerrado e
Mata Atlântica.

27. Singularidade: Campos rupestres

28. Campos Rupestres
I. Formado por um rico
mosaico de
comunidades, sob
controle do relevo local,
natureza do substrato e
microclima.
II. O conhecimento é
ainda incipiente devido
à sua megadiversidade
e complexidade.
III. É um ecossistema
extremamente frágil e
de baixa resiliência.

29. Cobertura vegetal 2005
Fonte SISEMA

30. APA Sul – Projeto Piloto
Rede Socioambiental APA Sul RMBH
-
Indicadores de Sustentabilidade

32. Várzea das Flores
Serra Azul
Velhas
Rio Manso

34. Mineração

35. Quadrilátero Ferrífero
Diversidade mineral:
Ouro
Quartzo
Calcário/dolomita
Calcário/mármore
Manganês
Talco
Níquel
Ferro
Diamante
Topázio
Topázio imperial
Vanádio
Granada etc.

36. Reconquista do território

37. COMITÊ : Serão membros do poder público:
• SEMAD
• IEF
• FEAM
• IGAM
• IBAMA
• PMMG
• Secretaria de Cultura do Estado de Minas Gerais
• UFMG (Comunidade científica)
• Prefeitura Municipal de Buenópolis
• Prefeitura Municipal de Conceição do Mato Dentro
• Prefeitura Municipal de Jaboticatubas
• Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
• Prefeitura Municipal de Ouro Preto

38. COMITÊ: Serão membros da sociedade civil:
1. PUCMinas (Comunidade científica)
2. Representante da FIEMG (Instituto Estrada Real)
3. Setor da Mineração (CVRD)
4. Setor da Silvicultura (MAS)
5. Setor Agropecuário (FAEMG)
6. Instituto Cidade (ONG Ambientalista)
7. Associação Cultural Ecológica Lagoa do Nado (ONG Ambientalista)
8. Brigada 1 (ONG Ambientalista)
9. Fundação Biodiversitas (ONG Ambientalista)
10. Instituto Paepalanthus (ONG Ambientalista)
11. Instituto Terra Brasilis (ONG Ambientalista)
12. Sociedade dos Amigos do Tabuleiro – SAT (ONG Ambientalista)
13. Representante de Populações Tradicionais (CEDEFES)

39. Algumas ações importantes na RBSE:
•Implementação das estratégias de comunicação.
•Participação efetiva de todos os membros do Comitê que
representam diversos setores da sociedade.
•Inclusão de novas Ucs no zoneamento.
•Reuniões regulares do Comitê Estadual.
•Sistema de gestão específica para os Campos Rupestres e
ecótones.
•Implementação da Fase 2
•Implantação de mosaicos de conservação e corredores
ecológicos.
•Implantação de um banco de dados e banco de teses.
•Capacitação de gerentes de UCs.

40. Algumas ações importantes na RBSE:
•Implantação de programas de pesquisa.
•Instituições de ensino associadas com o programa MaB.
•Implantação de bases de monitoramento.
•Pagamento por serviços ambientais.
•Implantação de acordos internacionais.
•Implantação de projetos piloto.
•Programas de cooperação com a iniciativa privada.
•Programa de intercâmbio com outras RBs.
•Plano Nacional de Mudanças Climáticas.
•Apoio às comunidades tradicionais.

41. OBRIGADO
sergioguto@gmail.com
rbse-unesco.blogspot.com