O documento descreve a evolução da geografia humana desde o positivismo ambientalista até a geografia social, passando pelo determinismo e possibilismo. A geografia francesa nasceu dentro do ecologismo positivista de Vidal de La Blache, que via o homem em relação ao ambiente. Posteriormente, houve maior intercâmbio entre geografia e sociologia e o surgimento da antropogeografia, dando mais ênfase aos grupos humanos. Isso resultou na superação do ambientalismo e maior atenção aos problemas humanos.
4. “Para compreender todo o sentido da
definição generalizada da geografia humana
como ciência que saiu do seio do positivismo
ambientalista e, portanto, poder voltar ao
problema do nascimento da geografia
humana – que representa um problema ainda
aberto – devemos reconstruir
esquematicamente, até os dias de hoje, a
evolução desta geografia que mugio em torno
de 1860.”
5. “Os desequilíbrios regionais são vistos como fatos
naturais, sua explicação apóia-se na riqueza-pobreza
do solo e do subsolo, nas distâncias dos centros de
produção e de mercado, etc. o efeito é que – por
exemplo, o atraso, o isolamento e a marginalização
de uma região na medida em que é vista
principalmente em sua dimensão naturalista.”
“A relação geografia determinista e capitalista é até
mais orgânica do que nos dizem os críticos da
ideologia positivista. No fundo o determinismo
geográfico reflete de forma mistificada a condição de
alienação do território em relação ao homem.”
“Portanto para melhor geografia determinista e
descritiva pode-se, em ponto, refletir aquilo que
Marx observava a propósito de Hegel: “não se
recriminar Hegel pelo fato de que ele faz passar
aquilo que é como sendo a essência do Estado”.”
6. ““A escola geográfica francesa, não nasce como
muitas vezes foi imaginado, da cabeça de Vidal
de La Blache, completamente armada contra o
ambientalismo ou determinismo geográfico da
geografia antrópica de Ratzel, ao contrário,
nasce e permanece durante muito tempo no
seio do ecologismo positivista, do qual empresta
a concepção de ambiente ou milico, como ainda
de clara Vidal na introdução aos princípios de
geografia humana.”
Podemos compreender que “a geografia humana
de Vidal não pode ser definida como uma ciência
do homem ou uma ciência social, porque é mais
geografia, isto é, ciência dos lugares, do que
geografia humana.”
7. “Vidal declara que a geografia é ciência dos
lugares, não dos homens.”
“Esclarecendo que o homem “pertence” a
geografia em função das construções que edifica
sobre a superfície do solo, através da ação que
exerce sobre os rios, sobre as próprias formas do
relevo, sobre a flora, sobre a fauna e sobre todo
o equilíbrio do mundo vivo.”
8. “hoje não podemos ficar contra a crítica
do Sociólogo etnólogo M.Maus, que ,
desde 1905, via claramente como a
antropogeografia, em lugar de estudar o
substrato material dos substrato material
das sociedades em todos os seus
elementos.”
9. DETERMINISMO
POSSIBILISMO
SUPERAÇÃO
Intercâmbio entre disciplinas
geográficas e históricas na França.
Geografia X Sociologia
Antropogeografia
10. “Os sociólogos admitiram que os geógrafos
eram portadores de duas coisas: o sentido
do ambiente total e a experiência da
observação direta. [...] E os geógrafos, por
sua vez, perceberam que uma descrição
correta não adquiria todo seu significado
se os sociólogos não a esclarecessem a
partir do interior”.
Surgimento da geografia social
Importância ao grupo humano e depois ao ambiental
11. RESULTADOS:
Superação do ambientalismo na geografia
social;
Maior atenção dada aos problemas humanos;
Passagem da visão naturocêntrica do
determinismo para a visão antropocêntrica;
Passagem do determinismo ambiental para a
auto determinação humana;
Geografia humana como ciência social;
Aparecimento dos questionamentos filosóficos
na geografia como concepção de mundo e da
política como prática.