O documento descreve a caatinga e seus enclaves úmidos no nordeste brasileiro. A caatinga cobre cerca de 10% do território nacional e abriga cerca de 25 milhões de habitantes. Os enclaves concentram melhores condições ambientais como clima, solo e recursos hídricos, o que melhora o uso da terra e a economia local. Estes locais são importantes para o abastecimento de água no semiárido nordestino.
1. DOMÍNIO DAS CAATINGAS E
SEUS ENCLAVES ÚMIDOS E
SUBÚMIDOS
Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA
Centro de Ciências Humanas -CCH
Curso de Geografia
Disciplina: Biogeografia
Professora Maria do Carmo
Data: 29-04-2013
EQUIPE: Rodrigo Sousa, Rita de Cássia, Gean Belchior, Marcelino
Frota, Fábio Silva, Vicente Neto , Regina Marta
3. Espacialidade da Caatinga
A caatinga ocupa uma área
de cerca de 850.000 km²,
cerca de 10% do território
nacional, com
aproximadamente cerca de
25 milhões de habitantes
englobando de forma
contínua parte dos estados
da Paraíba, Piauí, Ceará, Rio
Grande do Norte,
Maranhão, Pernambuco,
Alagoas, Sergipe, Bahia e
parte do norte de Minas
Gerais.
12. Solos da caatinga
• Rasos;
• Ricos em minerais;
• Têm aspectos pedregosos;
• Não armazenam água;
• Na estação seca a temperatura dos solos podem chegar a 60º.
13. CLASSES DE SOLOS
LATOSSOLOS
• São solos bem drenados, porosos e
profundos;
• Baixo teor de matéria orgânica;
PODZÓLICOS OU ARGISSOLOS
• São solos profundos;
• Uso agrícola para cultura de sequeiro;
• BRUNOS NÃO CÁLCICOS
• São solos rasos a pouco profundos e
bem drenados;
• Agricultura de subsistência;
14. CLASSES DE SOLOS
PLANOSSOLOS
• Solos pouco profundos;
• Baixo potencial agrícola;
SOLONETZ-SOLONIZADO
• Solos pouco desenvolvidos, rasos a muito rasos;
• Alta concentração de sódio;
SOLONCHAKS
• São solos salinos que apresentam altas concentrações em sais
solúveis;
• Possui muito sais;
CAMBISSOLOS
• São solos rasos e pouco desenvolvidos em relação aos
Latossolos ;
• Alta fertilidade natural;
15. CLASSES DE SOLOS
VERTISSOLOS
• São solos argilosos rasos a profundos;
• Limitado uso agrícola;
AREIAS QUARTIZOSAS
• Solos arenoquartizosos profundos ou muito
profundo;
• Baixa fertilidade natural;
REGOSSOLOS
• Solos minerais pouco desenvolvidos, pouco
profundos a profundos;
• Usado para diversas culturas anuais e também
pastagem;
17. Clima Semiárido
• O semi-árido
brasileiro envolve
uma área de
788.064. km²
equivalentes a 48 %
do Nordeste e a
9,3% do Brasil (
FUNCEME, 1993).
18. Clima Semiárido
• Marcado por longos
períodos secos e chuvas
ocasionais concentradas em
poucos meses do ano.
• A precipitação pluviométrica
é em média cerca de 750
mm/ano, de forma bastante
irregular no espaço e no
tempo.
• O regime de chuvas rápidas
e fortes também impedem a
penetração de água no
subsolo.
19. Clima Semiárido
• As altas temperaturas (cerca
de 26o C) com pequena
variação ao longo do ano
exercem forte efeito sobre a
evapotranspiração que, por
sua vez, determinam o déficit
hídrico como o maior entrave
à ocupação do semiárido e
ressaltam a importância da
irrigação na fixação do homem
nas áreas rurais da Região
Nordeste em condições
sustentáveis.
20. Clima Semiárido
• Para conviver com a distribuição irregular das
chuvas, uma das técnicas mais utilizadas no
semi-árido brasileiro é o armazenamento da
água em açudes, para utilização nos períodos
secos.
• O Departamento Nacional de Obras Contra as
Secas (DNOCS) tem utilizado esta técnica há
mais de um século, com a construção de
grandes açudes públicos em todos os Estados
da região Nordeste.
22. OS ENCLAVES ÚMIDOS E SUBÚMIDOS DA CAATINGA
BRASILEIRA
• Recebem denominações como
“serras úmidas”, “brejos”,
“matas”, etc.;
• Se distribuem de modo disperso;
• Subespaços de exceção;
• Superfícies topograficamente
elevadas;
• Submetidos às influências de
mesoclimas de altitude;
23. OS ENCLAVES ÚMIDOS E SUBÚMIDOS DA CAATINGA
BRASILEIRA
• Os enclaves, em geral, concentram melhores condições
ambientais e de recursos naturais nos planos climático,
pedológico e hidrológico. Por consequência, há melhoria
significativa das formas de uso da terra, da estrutura
econômica.
• Em geral, as áreas de enclaves de substrato cristalino têm
declives acentuados e dispersos por todo o conjunto,
configurando feições escarpadas onde as alterações
superficiais e os solos se adelgaçam e as vertentes rochosas
se expõem.
• Nas áreas de capeamento sedimentar , como nos Planalto
da Ibiapaba e Araripe (Ceará) e na Chapada Diamantina
(Bahia), os modelos de estratificação tendem a condicionar
um menor acidentamento do relevo. Os declives são mais
suaves e os vales abertos.
26. vegetação
• A caatinga é a vegetação predominante,
entretanto outras três vegetações são
encontradas nestas regiões: a Floresta Atlântica,
a Floresta Subcaducifólia Amazônica e
o Cerrado.
• A caatinga é constituída basicamente de árvores
a arbustos espinhentos, que perdem as folhas na
estação seca, de plantas suculentas espinhosas e
de plantas herbáceas que desenvolvem-se depois
das chuvas.
28. Fauna
• Existem poucos estudos faunísticos sobre
estes locais, entretanto muitas espécies
podem ser encontrados como: morcegos nas
grutas, O mocó habitante das rochas e
escarpas.
• Pode-se observar ainda outros animais como
o macaco-prego, o mico-estrela, o tamanduá-
mirim, a cotia e variadas espécies de aves.
35. A importância hídrica dos enclaves para o
nordeste brasileiro
• “Os enclaves, em geral, concentram melhores
condições ambientais e de recursos naturais nos
planos climático, pedológico e hidrológico. Por
consequência, há melhoria significativa das
formas de uso da terra, da estrutura econômica e
de povoamento, em relação aos espaços
sertanejos em que se acham inseridos.”
36. O Enclave da Serra da Meruoca
• “A Serra da Meruoca é também um centro
dispersor de drenagem. Os cursos d’água
oriundos das vertentes norte e leste demandam o
rio Acaraú. Os riachos da vertente oeste confluem
com o rio Coreaú.”
37. O Enclave da Serra do Baturité
• “Tratando-se dos sistemas, fluviais, o maciço de Baturité é
o maior dispersor de drenagem da porção norte-ocidental
do Ceará. O sistema mais importante é formado pelo rio
Pacoti, que tem importância fundamental para o
abastecimento hídrico da Região Metropolitana de
Fortaleza.”
• “Nos rios serranos, a permanência do escoamento se
prolonga durante uma parte da estação seca.”
39. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Caatinga é o único bioma tipicamente
brasileiro, abrange uma área aproximada de
800mil km², o que representa cerca de 10% da
superfície do país, e abriga em torno de 29% da
população, assim como aproximadamente 50%
da população rural brasileira.
É o domínio onde o homem estar a aprender a conviver
com a seca que tanto o fez sofrer mas que lhe
proporciona o alimento e a base para viver.
40. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ab`Saber, Aziz Nacib, Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades
paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003
OLIVEIRA, Luiza Elvira Vieira. Solos sob o bioma caatinga: classificação e
manejo. Disponível em <
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABVysAJ/solos-caatinga>. Acesso
em 25-04-2013.
SILVA, J.M.C. et al (org), 2003: A Biodiversidade da Caatinga: áreas e ações
prioritárias para a conservação. Ministério do Meio Ambiente.
Souza, Marcos José Nogueira de. Os enclaves úmidos e sub-úmidos do semi-
árido do nordeste brasileiro. Mercator - Revista de Geografia da UFC, ano
05, número 09, 2006.