12. O que é um sismo?
•
Um sismo é um movimento vibratório da superfície terrestre, brusco
e de curta duração, que tem origem numa libertação repentina de
energia.
•
A Sismologia é a ciência que estuda os sismos (tremores de terra),
as suas causas e efeitos.
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Existem microssismos (de fraca intensidade e imperceptíveis pela
população) ou macrossismos ou terramotos (de grande
intensidade e causadores de estragos).
Um sismo não é um fenónemo isolado.
•
•
Antes do sismo principal podem ocorrem abalos de pequena
intensidade - Abalos premonitórios.
rios
Após a ocorrência do sismo principal também é frequente
ocorrerem sismos mais fracos que chegam a durar meses –
Réplicas
13. Principais causas dos sismos
Naturais
Artificiais ou
induzidos
(provocados pelo
Homem)
• Explosões (operação de
minas ou testes
nucleares);
• Construção de
barragens (o
preenchimento de água
nas falhas).
14. Mas como ocorre um sismo?
Actuação contínua da força
Deformação gradual da rocha com
acumulação de energia
Ultrapassa limite de plasticidade
Ruptura das rochas com
deslocamento de blocos – FALHA
Libertação brusca da energia
acumulada SISMO
16. Hipocentro ou foco sísmico –
local no interior da Terra onde
um sismo tem origem.
Ondas
sísmicas
–
são
vibrações que se propagam em
todas as direcções, a partir do
hipocentro, libertando energia.
Representação esquemática de um sismo.
Epicentro – ponto à superfície
terrestre, situado na vertical do
hipocentro, onde o sismo é
sentido em primeiro lugar e com
maior intensidade.
A intensidade do sismo diminui com o
aumento da distância ao epicentro.
17. • Um Terramoto é um sismo cujo epicentro se situa na
crosta terrestre.
• Um Maremoto é um sismo cujo epicentro se situa no
mar. Este provoca vagas de ondas gigantescas que se
propagam a grandes distâncias– as tsunamis.
tsunamis
18. Como se sente um sismo?
Ondas profundas ou de volume (propagam-se no interior
da Terra; são mais rápidas e provocam menor destruição)
Ondas P (primárias ou longitudinais) [1]
Ondas S (secundárias ou transversais) [2]
Ondas superficiais ou longas (propagam-se apenas ao
longo da superfície terrestre, resultando da interacção das ondas
profundas quando chegam à superfície; são mais lentas e mais destrutivas)
Ondas de Love [3]
Ondas de Rayleigh [4]
As ondas sísmicas classificam-se de acordo com o modo
como as partículas oscilam em relação à direcção de
propagação.
19. -Ondas primárias, longitudinais ou de compressão;
-Vibram paralelamente à direcção de propagação da onda;
-Provocam alterações de volume do material rochoso;
-São as mais rápidas e as primeiras a registar;
-Propagam-se em meios sólidos, líquidos e gasosos.
20. -Ondas secundárias ou transversais;
-Vibram perpendicularmente à direcção de propagação da onda;
-Provocam alterações de forma do material rochoso e não de volume;
-São mais lentas que as ondas P e as segundas a registar;
-Propagam-se apenas em meios sólidos.
21. Ondas de Love
Ondas de Rayleigh
-O deslocamento das partículas
é perpendicular à direcção de
propagação mas paralelo à
superfície;
-A trajectória das partículas tem
um forma elíptica provocando no
solo ondulações semelhantes
às ondas marinhas.
-Só se propagam em meios
sólidos
-Propagam em meios sólidos e
líquidos
22. Como se regista um sismo?
Sismógrafos
Aparelhos que
registam, com
precisão e nitidez,
as ondas sísmicas.
Sismógrafo horizontal.
Sismógrafo vertical.
Numa estação sismográfica são
utilizados geralmente três
sismógrafos para registar os
movimentos do solo. Um regista
os movimentos verticais e os
outros dois, orientados
perpendicularmente, registam
movimentos horizontais, sendo
um orientado na direcção N-S e o
outro na direcção E-W
23. Como se regista um sismo?
Os movimentos do solo
registados pelos
sismógrafos aparecem na
forma de
Sismogramas
Registo gráfico da
propagação das ondas
sísmicas.
Permite determinar a hora,
a duração e a magnitude do
sismo.
24. Como medir /avaliar um sismo?
ESCALA DE MERCALLI
MODIFICADA
avalia
INTENSIDADE
ESCALA DE
RICHTER
avalia
MAGNITUDE
É a medida das consequências
(danos) causados nas infraestruturas e às populações.
É a quantidade de energia
libertada no hipocentro ou foco
sísmico.
Determinada pelo preenchimento de um
inquérito padrão distribuído à população
Determinada pela amplitude das ondas
sísmicas registadas nos sismogramas
Avaliação qualitativa e
subjectiva
Avaliação quantitativa e
objectiva
25. "Eram 4h30 da manhã quando houve este grande abanão provado pelo
terramoto, que deitou ao chão vários livros e cassetes de vídeo. Não
provocou outros estragos dentro de casa, mas foi, de facto, muito forte,
durou cerca de um minuto".
INTENSIDADE
ESCALA DE MERCALLI MODIFICADA
A escala de Mercalli baseia-se na Intensidade de um sismo, ou
seja, nos danos causados às populações e habitações.
É composta por 12 graus designados em numeração romana
de I a XII.
26. “Ocorreu um sismo de 7,9 graus na escala de
Richter na região de Tonga”
MAGNITUDE
ESCALA DE RICHTER
A escala de Richter baseia-se na Magnitude de um sismo, ou
seja, na energia libertada no foco sísmico.
29. Será que a intensidade de um sismo é constante em toda
a região afectada? NÃO, a intensidade sísmica vai decrescendo à medida
que nos afastamos do epicentro.
Epicentro
Após a determinação da
intensidade de um sismo em
vários locais da região onde foi
sentido e localizado o epicentro,
pode obter-se uma carta de
isossistas.
Isossistas – são linhas curvas, fechadas,
distribuídas em torno do epicentro, que
unem pontos com igual intensidade
sísmica.
30. As isossistas apresentam
forma irregular, não sendo
circunferências concêntricas
em torno do epicentro pois os
materiais por onde se
propagam as vibrações não
são todos iguais e essa
heterogeneidade condiciona a
propagação das ondas.
Não são traçadas isossistas
sobre os oceanos pois aí não
existem construções nem se
observa a topografia, não
sendo por isso possível definir
uma intensidade.
Carta de isossistas.
31. A intensidade de um sismo depende vários factores:
da distância ao epicentro
(quanto maior a distância epicentral, menor a intensidade)
da profundidade do hipocentro
(quanto maior a profundidade, menor a intensidade do sismo à superfície)
da natureza do solo
(solos arenosos são mais instáveis; solos de rocha consolidada são mais
estáveis)
da magnitude do sismo
(quanto maior a quantidade de energia libertada pelo sismo, maior a
intensidade)