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As comunidades naturais mudam ao longo do tempo, substituindo-se umas às
outras numa dada área. Além disso a vida pode instalar-se e proliferar em locais
que nunca foram povoados anteriormente, é o que acontece com as ilhas
vulcânicas, que, dada a sua origem, eram inicialmente desprovidas de vida.
Como são colonizadas as ilhas por seres vivos?

Figura 1 – A instalação da vida nas ilhas de origem vulcânica.
A dispersão dos seres vivos a longa distância
pode ser realizada de diversas formas: pelo
mar, o caso de sementes e frutos que
suportam bem a água salgada; há animais
terrestres que podem viajar transportados por
troncos, que funcionam como verdadeiras
jangadas; pelo ar, como é o caso dos esporos e
sementes de algumas plantas e muitos
insectos. As aves aproveitam correntes de ar
favoráveis para vencer longas distâncias e
transportam

inúmeros

organismos

vivos

consigo, sementes presas nas penas e no bico,
ou

sementes

não

digeridas

juntamente com a fezes, no exterior.

libertadas

Figura 2 – Processos de colonização de locais
longínquos, pelos seres vivos.
Os primeiros seres vivos a fixarem-se numa região
anteriormente não habitada são geralmente
organismos pouco exigentes e constituem a
comunidade pioneira. Sobre as rochas nuas ou
sobre a fina película de solo resultante da acção dos
agentes erosivos sobre a rocha-mãe, a comunidade
pioneira é muitas vezes constituída por líquenes.
Os líquenes elaboram substâncias que atacam
as rochas, contribuindo assim para a abertura de
fendas, que vão sendo preenchidas por poeiras e
produtos resultantes da decomposição dos próprios
líquenes. Origina-se deste modo um solo simples.

Figura 3 – Os líquenes facilitam a erosão das
rochas.
Após as chuvas, o solo formado retém água, e nele podem viver, então, os musgos ou
podem germinar sementes de plantas herbáceas. As raízes das plantas penetram nas
fendas das rochas. Excrementos de aves e de outros animais migradores podem
também enriquecer o solo assim constituído. Na colonização de zonas estéreis
intervêm vários agentes, como o vento, a água e os próprios seres vivos.

Figura 4 – Os musgos continuam o processo erosivo iniciado pelos líquenes.
Os seres vivos da comunidade pioneira mudam gradualmente as condições do meio,
o que permite que outras espécies se fixem, substituindo progressivamente as
espécies pioneiras. Vão-se sucedendo comunidades mais estáveis e duradouras –
comunidades seriais, até à instalação de uma comunidade final, comunidade clímax.
A evolução gradual que ocorre num ecossistema, desde uma comunidade inicial
simples até outras comunidades mais complexas, duradouras e estáveis, tem o nome
de sucessão ecológica. Se a sucessão ecológica se inicia numa área anteriormente

Número de espécies

estéril, é chamada sucessão primária.

Figura 5 – Variação do número de espécies de plantas numa sucessão primária no Alasca.
Por vezes, devido a catástrofes naturais ou à intervenção humana, a comunidade final
pode ser destruída ou, pelo menos, parcialmente aniquilada. Subsequentemente, uma
nova comunidade pode surgir nesse local e evoluir no tempo, constituindo este
processo uma sucessão secundária.
Os ecossistemas são, pois, estruturas dinâmicas, cujas comunidades e respectivas
interacções estão em permanente alteração.

Figura 6 – Catástrofes que podem destruir total ou parcialmente a comunidade clímax.

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Ecossistemas em mudanca sucessao ecologica

  • 1.
  • 2. As comunidades naturais mudam ao longo do tempo, substituindo-se umas às outras numa dada área. Além disso a vida pode instalar-se e proliferar em locais que nunca foram povoados anteriormente, é o que acontece com as ilhas vulcânicas, que, dada a sua origem, eram inicialmente desprovidas de vida. Como são colonizadas as ilhas por seres vivos? Figura 1 – A instalação da vida nas ilhas de origem vulcânica.
  • 3. A dispersão dos seres vivos a longa distância pode ser realizada de diversas formas: pelo mar, o caso de sementes e frutos que suportam bem a água salgada; há animais terrestres que podem viajar transportados por troncos, que funcionam como verdadeiras jangadas; pelo ar, como é o caso dos esporos e sementes de algumas plantas e muitos insectos. As aves aproveitam correntes de ar favoráveis para vencer longas distâncias e transportam inúmeros organismos vivos consigo, sementes presas nas penas e no bico, ou sementes não digeridas juntamente com a fezes, no exterior. libertadas Figura 2 – Processos de colonização de locais longínquos, pelos seres vivos.
  • 4. Os primeiros seres vivos a fixarem-se numa região anteriormente não habitada são geralmente organismos pouco exigentes e constituem a comunidade pioneira. Sobre as rochas nuas ou sobre a fina película de solo resultante da acção dos agentes erosivos sobre a rocha-mãe, a comunidade pioneira é muitas vezes constituída por líquenes. Os líquenes elaboram substâncias que atacam as rochas, contribuindo assim para a abertura de fendas, que vão sendo preenchidas por poeiras e produtos resultantes da decomposição dos próprios líquenes. Origina-se deste modo um solo simples. Figura 3 – Os líquenes facilitam a erosão das rochas.
  • 5. Após as chuvas, o solo formado retém água, e nele podem viver, então, os musgos ou podem germinar sementes de plantas herbáceas. As raízes das plantas penetram nas fendas das rochas. Excrementos de aves e de outros animais migradores podem também enriquecer o solo assim constituído. Na colonização de zonas estéreis intervêm vários agentes, como o vento, a água e os próprios seres vivos. Figura 4 – Os musgos continuam o processo erosivo iniciado pelos líquenes.
  • 6. Os seres vivos da comunidade pioneira mudam gradualmente as condições do meio, o que permite que outras espécies se fixem, substituindo progressivamente as espécies pioneiras. Vão-se sucedendo comunidades mais estáveis e duradouras – comunidades seriais, até à instalação de uma comunidade final, comunidade clímax. A evolução gradual que ocorre num ecossistema, desde uma comunidade inicial simples até outras comunidades mais complexas, duradouras e estáveis, tem o nome de sucessão ecológica. Se a sucessão ecológica se inicia numa área anteriormente Número de espécies estéril, é chamada sucessão primária. Figura 5 – Variação do número de espécies de plantas numa sucessão primária no Alasca.
  • 7.
  • 8. Por vezes, devido a catástrofes naturais ou à intervenção humana, a comunidade final pode ser destruída ou, pelo menos, parcialmente aniquilada. Subsequentemente, uma nova comunidade pode surgir nesse local e evoluir no tempo, constituindo este processo uma sucessão secundária. Os ecossistemas são, pois, estruturas dinâmicas, cujas comunidades e respectivas interacções estão em permanente alteração. Figura 6 – Catástrofes que podem destruir total ou parcialmente a comunidade clímax.