Rio Info 2015 - Salão da Inovação - Uruguai - Ricardo Fynn
Certificação de Software de Saúde: Padrões, Normas e Benefícios
1. A Certificação de Software de Saúde
Renato M.E. Sabbatini, PhD
CEO, InstitutoEdumed
Instituto HL7 Brasil
IHE Brasil
SBIS
2. Onde está o foco?
Qualidade
Segurança
Confidencialidade
Certificação
Como estes temas são relacionadas
entre si no que tange os sistemas de
informação em saúde?
3. SRES: Porque normatizar e
certificar [1]
Os SRES precisam ser mais uniformes em conteúdo,
estrutura, funcionalidades e usabilidade;
Os SRES precisam ser interoperáveis;
A uniformidade e a interoperabilidade são construídas
com base em padrões construídos por especialistas;
Os padrões são aprovados por consenso entre todos os
protagonistas (governo, desenvolvedores, usuários);
Os padrões são adotados e incorporados aos produtos e
processos da indústria;
Os produtos e os processos são certificados quanto à sua
conformidade mínima a esses padrões (critérios).
4. SRES: Porque normatizar e
certificar [2]
Assim, a passa a ser extremamente importante a adoção de
uma melhor padronização, com critérios mínimos de como um
SRES deve ser estruturado, como o seu conteúdo deve ser
representado e organizado, e quais são as funcionalidades
mínimas que ele deve ter;
Ísso é conseguido através de modelos de referência de
informação (RIMs, em inglês), contendo normas consensuais
(modelos funcionais), que são publicados;
Organizações de normatização elaboram e publicam esses
modelos;
Organizações especializadas, como a Sociedade Brasileira de
Informática em Saúde, podem e devem realizar auditorias de
verificação de aderência de produtos específicos ao mesmo, e
conceder certificações reconhecidas pelo mercado, de modo a
orientar os potenciais aquisidores dos sistemas.
6. Padrões de interoperabilidade
Permitem o intercâmbio e representação de
informações clínicas, demográficas,
administrativas, financeiras, operacionais, etc.
entre sistemas heterogêneos;
Podem ser de dois tipos: funcionais e
semânticas;
Podem ser nacionais e internacionais.
Principais padrões internacionais de
interoperabilidade: Health Level 7, IEEE, ASTM,
openEHR, SNOMED CT
IHE: Integrating the Healthcare Enterprise
7. Benefícios da Certificação
Melhora a qualidade e segurança dos SRES;
Conscientiza o mercado quanto à importância de funcionalidades
básicas em SRES.
Redireciona as prioridades de investimentos em informática em
saúde visando a melhoria da qualidade, segurança e eficiência
Contribue para a confidencialidade e privacidade das informações
de saúde e garante a legalidade das informações armazenadas
nestes sistemas pelo uso de tecnologia reconhecida no país
(ICP/Brasil)
Permite a comparabilidade de sistemas para fins de aquisição;
Proporciona garantias jurídicas aos fabricantes e usuários;
Aumenta o uso da informática em saúde no Brasil, e em
consequência, melhorar a eficiência e a eficácia do sistema de
saúde brasileiro.
8. Áreas de certificação de SRES
Segurança e confidencialidade
Segurança básica: NGS1
Segurança estendida: NGS2
Conteúdo e semântica dos dados
Padrões de formatos
Hierarquia de arquétipos
Padrões de nomenclatura
Funcionalidades
Estrutura e arquitetura de sistemas
Usabilidade e ergonomia
Integração de dados e interoperabilidade
Processos de uso
10. Projetos Brasileiros Oficiais em
Padronização e Certificação de TI em
Saúde
ANS: Padronização das Trocas de Informação em Saúde
Suplementar (TISS) e Terminologia Unificada (TUSS)
CFM e SBIS: Certificação de Sistemas de Registro Eletrônico de
Saúde, TISS e SGED
ABNT: Comissão Especial de Informática em Saúde. Padrões
para SRES, Sumário de Alta
ANVISA: Homologação de dispositivos e softwares em saúde,
prescrição eletrônica (RDC 2015)
MS: Portaria 2073/2011 de Padrões de Informação em Saúde
MS/DATASUS: Projeto Estratégico de e-Saúde
Interoperabilidade: Centro Nacional de Terminologias
Padrões Técnicos de Integração IHE PIX e PDQ
Aquisição do SNOMED-CT e tradução para o português
12. Adoção de padrões pelo
Ministério da Saúde
Registro Eletrônico em Saúde (RES): OpenEHR
Interoperabilidade entre sistemas: HL7 - Health Level 7.
Codificação de termos clínicos: SNOMED-CT
Interoperabilidade com sistemas de saúde suplementar:
TISS
Arquitetura do documento clínico: HL7 CDA.
Exames de imagem: DICOM.
Codificação de exames laboratoriais: LOINC
Modelos de conhecimento: ISO 13606-2.
Identificadores de pacientes: IHE-PIX, CNS
Classificações: CID-10, CIAP-2, TUSS e CBHPM
13. Certificação de SRES no Brasil
Desde 2007: Sociedade Brasileira de Informática em Saúde:
Processo de certificação básica de SRES nas áreas de segurança,
estrutura, conteúdo e funcionalidades;
Grupo de Trabalho, Comissão e Gerência de Certificação;
Publicação de manuais de requisitos e de testes operacionais;
Certificação concedida por um processo de auditoria;
Certificação válida por dois anos, renováveis;
Apoio do Conselho Federal de Medicina;
Até setembro de 2015: 26 sistemas certificados.
Desde 2015:
Início do processo de certificação pelo Instituto HL7 (GED, SADT);
Fundação da Associação IHE Brasil (Integrating the Health
Enterprise): irá fazer a certificação de interoperabilidade.
15. Padrões de Nomenclatura e Interoperabilidade
Modelo de Certificação 2016 v.5
NGS1
NGS2
Assistencial
Ambulatorial Internação
GED TISS SADT
* Previsão
16. NGS2 e o Certificado Digital
Nivel de Garantia de Segurança para SRES,
aumentado com o uso de certificados digitais
para autenticação e assinatura;
Única solução legalmente admitida no Brasil
para documentos puramente eletrônicos
assinados e autenticados (padrão ICP Brasil);
SRES que não adotam o NGS2 certificado pela
SBIS não são aceitos pelo CFM e precisam
imprimir, datar e assinar fisicamente;
CRM Digital para todos os médicos brasileiros.
17. Novas áreas de certificação de
software em saúde
Aplicações administrativas, financeiras e operacionais em
saúde (Ex.: TISS);
Equipamentos e dispositivos médicos, vestíveis,
monitoração pessoal, etc.
Sistemas de garantia de qualidade;
Sistemas em medicina diagnóstica (LIMS, RIS, PACS,
etc.);
Sistemas e aplicativos móveis;
Sistemas analíticos (big data, BI, data warehouses)
Infraestrutura (redes, nuvem, etc.);
Sistemas de garantia de qualidade.
18. Outras certificações
IHE: Integrating the Healthcare Enterprise:
marcos técnicos para áreas de aplicação,
interoperabilidade e integração de sistemas
www.ihe.org.br/
HL7: interoperabilidade funcional (FHIR) e
semântica
www.hl7.org.br
ANVISA: Sistemas de imagens médicas
www.anvisa.gov.br
Outras?
19. Capacitação em Padronização e
Certificação
Grande pedra fundamental e atual gargalo na
expansão dessas áreas no Brasil;
Número reduzido de especialistas, grupos de
pesquisa e cursos de formação;
Baixo conhecimento desses temas na
academia, indústria e governo;
Grande necessidade de formação e certificação
profissional;
Iniciativas: SBIS (proTICS e cpTICS), Instituto
H7 Brasil, Instituto Edumed (projetos ciTICS e
EduCert)
20. O Programa EduCert
Cursos
Formação de auditores e
consultores
Consultoria de pré-auditoria
Consultoria de
desenvolvimento e
aperfeiçoamento de SRES
Consultoria de utilização de
padrões e de
interoperabilidade;
Consultoria de preparação
para IHE.
www.educert.com.br
21. Cursos e Treinamentos
Instituto HL7:
Introdução ao HL7 V2 e V3
Capacitação Profissional em HL7
Introdução aos padrões de informação em saúde
Introdução ao openEHR
Introdução ao LOINC, FHIR, SNOMED-CT, IHE, DICOM, etc.
Interoperabilidade para Gestores de TI em Saúde
Instituto Edumed
Introdução à Certificação de SRES
Treinamento Avançado em Certificação
Formação de Consultores e Auditores
22. Dados de Contato
Dr. Renato M.E. Sabbatini
renato@sabbatini.com
http://renato.sabbatini.com
Tel. (19) 3287-5958 99126-9684