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Que País é Esse...? - Parte II
De 1789 a 1945
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a Europa e o Mundo destruídos, iniciou-se então uma procura intensa pelo
modelo mais apropriado e adequado para o desenvolvimento econômico e social da humanidade, que harmonizasse
ao mesmo tempo liberdades individuais e coletivas.
As oligarquias, desde a Revolução Francesa, vinham definhando em seus propósitos de exercer influência significativa
sobre os destinos do Homem, levantando-se e caindo, aqui e ali, apresentando seu melhor resultado no período que
vai de 1870 a 1914. No entanto, se examinamos a questão desde 1789 até 1945, notamos o fracassoretumbante dessa
visão heráldica, hierárquica, elitista, monarquista, oligárquica e racista de que algumas famílias de privilegiados com
linhagens nobres, mas filhos débeis, estariam mais bem preparados para conduzir o processo do desenvolvimento
humano.
As Revoluções Francesas e Russas, combinadas com a 1ª e a 2ª Guerra Mundiais, já no século 20, adicionando-se aí,
também, a crise econômica de 1929, tinham posto um fim em definitivo (pelo menos pensávamos que assim fora) a
quaisquer esperanças de que oligarquias ou famílias nobres e privilegiadas pudessem representar papel relevante no
desenvolvimento da humanidade, a não ser a própria ascensão da sociedade das massas baseada na classe média.
O tema palpitante, portanto, em 1945, era qual o melhor caminho a seguir de modo a compatibilizar o individual e o
coletivo num sentido de ordem civilizatória capaz de satisfazer, senão a todos, pelos menos a maioria numa aliança
entre bem-estar social, ascensão social e liberdade, rompendo-se em definitivo comos grilhões históricos dos recentes
fracassos das oligarquias, considerando-se desde 1789 até 1945 numa sucessão de desastres tenebrosos.
Os notáveis processos científicos do pós 2ª Guerra Mundial contribuíram em muito para essas avalições na procura de
um modelo socioeconômico mais estável do aquele produzido por crises periódicas de oligarquias funestas,
gananciosas, pretenciosas, arrogantes, e antes de mais nadas, boçais e ignorantes, incapazes de reconhecer seus
fracassos, insistindo sempre na volta dos exageros, crises periódicas que fazem com que acabem no final por perder
suas cabeças em guilhotinas, pelotões de fuzilamento, massacres e rebeliões sociais.
A questão que combinava o social, o político e o científico no pós 2ª Guerra Mundial era a formação de uma classe
média que seria preponderante na construção do condomínio socioeconômico mundial, de tal modo, que seria ela a
garantizadora do processo de estabilidade social e não mais famílias nobres, seus filhos débeis ou oligarquias. O
problema deslocou-se rapidamente do aspecto socioeconômico, propriamente dito, para o científico, pois até então
o arsenal de ferramental técnico que o mundo possuía de melhor era muito limitado para lidar com problemas que
estavam por vir nas áreas de produção em larga escala afim de gerar bem-estar social, não para milhões, mas sim
bilhões, sepultando-se em definitivo a questão oligárquica e medieval do predomínio de famílias nobres como guias
geniais.
A ascensão da sociedade das massas e as necessidades de produção em série, numa escala nunca antes prevista, viriam
a alterar, modificar e, até mesmo, mudar substancialmente esse sentido clássico de ordem das coisas (oligarquias no
comando). Na base da ideia da produção em larga escala estão certas simplificações, as quais, devido ao aumento da
produção e as consequentes necessidade de sofisticação na criação de mecanismos de controle, comprometem,
seriamente, essa noção clássica de ordem de valores. Se simplificações na produção em série requerem o uso de
ferramentas simples, práticas e crescimentos a taxas constantes, sua potencialização em escala excessivamente
grandes, ou crescimento muito rápido, criam interações entre as representações das partes que transcendem a
capacidade de controle do próprio sistema como um todo.
Assim, temos ferramentas matemáticas para trabalhar com equações lineares, ou diferenciais simples, mas a
resolução de equações diferenciais de terceira, ou maiores ordens, são de difíceis resolução e de pouca utilidade
prática no equacionamento das funções de produção. A era clássica de sistemas de valores baseada na mecanização,
trabalho e valor monetário (custos) das coisas à nossa volta cedeu terreno para se configurar, não só sistemas de
controle mais flexíveis, mas para se alterar a própria visão de sistemas como sendo apenas uma apropriação contável
e patrimonialistas de valores.
A consequência mais imediata dessa mudança de enfoque foi uma reavaliação das noções de valor e ordem na
conceituação de sistemas na atualidade. Se antes, o importante era definir estruturas, categorias, associando-se
ordem à hierarquia, agora esses dois elementos, ordem e hierarquia, passam a ser distintos, independentes, deixando
de estarem necessariamente associados.
Se antes, valor poderia ser igualado a formas organizacionais, agora valor é apenas um atributo da informação, que
por sua vez substitui preço, na valorização das empresas e nas ações dos produtores, consumidores, e fornecedores
no mercado. A natureza do planejamento e controle mudaram de enfoque no atual estágio da sociedade de massas,
comprometendo a visão que antes tínhamos do papel das estruturas e funções nas variações e mudanças de estados
de um sistema e suas implicações sobre quem gerencia, organiza e comando um sistema. A classe média e não as
oligarquias e seus filhos débeis!
No centro dessa visão sistêmica estão as noções de organizações, formas, informação e valores. A captura desses
conceitos é importante na modelagem atual de sistema para que ele não seja visto aqui apenas como uma fórmula,
um algoritmo, um programa de computador ou uma solução pronta na resolução problemas, mas que seja uma
ferramenta de análise no comportamento e equilíbrio dos fenômenos.
No século 20, Max Weber teve um papel importante no estudo das estruturas organizacionais, seu gerenciamento,
planejamento e controle, reforçando a visão de hierarquia e ordem; valor e organização. A importância de Weber, no
estudo das organizações, teve seu equivalente no estudo de sistemas em Ludwing Von Bertalanffy, durante o século
20, como em seu livro “Teoria Geral de Sistemas”.
A visão de Bertalanffy de partes integradas, relacionando-se modelos gerenciais de naturezas diferenciadas, tais como,
o biológico, o mecânico ou o cibernético tem auxiliado na constituição do planejamento e controle de formas de
organização e gerenciamento. Nesse sentido, a visão sistêmica tem sido um avanço em relação às conceituações
puramente analíticas do modelo clássico de causa e efeito nas ciências, os quais vinham, mais ou menos, imutáveis
desde os tempos de Galileu Galilei e Descartes.
A maior contribuição da ideia de sistemas foi o desenvolvimento do conceito de totalidade, relacionando-se
causalidade e finalidade na abordagem científica. Assim, o objetivo de um sistema não é apenas resolver problemas
usando fórmulas e algoritmos, mas antes, ter uma compreensão ampla de seus fenômenos associados através do uso
de modelos e paradigmas gerenciais diferenciados, analisando-se interações e trocas entre os meios internos e
externos, incorporando-se adaptabilidade, intencionalidade e medindo-se valores através do conceito de informação.
A visão de Bertalanffy causou impacto significativo na época com forte repudio daqueles que acreditavam (e ainda
acreditam) em sistemas matemáticos rígidos como uma bala mágica para resolver qualquer problema, onde as
questões de produção poderiam ser representados por modelos de otimização total (do tipo Programação Linear (PL)),
de modo que, uma vez equacionada a questão da infraestrutura da produção, o problema de geração contínua de
bem-estar social estaria resolvida, baseada nos resultados ótimos de equilíbrio rígido entre funções de produção bem
definidas (redução de custos e maximização de lucros) e suas consequentes séries de restrição de capacidade
(quantidade de mão-de-obra, energia, materiais, etc.).
Os sistemas americano e soviético estudaram e avaliaram por muito tempo toda a complexidade dessa questão da
procura por um sistema de produção de massa e o desenvolvimento de um ferramental apropriado para gerenciá-lo.
A era de ouro desse período vai de 1945 até 1972 quando, então, consolidou-se nos Estados Unidos uma formidável
sociedade de massas, baseada na classe média, que foi o motor propulsor do mais notável período de crescimento e
progresso jamais visto pela humanidade em todo o mundo, equilibrando liberdades individuais e coletivas; o
econômico e o social.
A partir de 1972, observa-se o lento declínio e deterioro progressivo desse sistema produtivo americano, até a volta
atual das questões do predomínio das oligarquias como guias geniais, baseado em sistemas econômicos ultrapassados
e subliteratura econômica vulgar dos séculos 18 e 19, tais como,para essas noções perversas do liberalismo econômico
atual de Yale, Harvard e Chicago. Eles tentam recriar o modelo imperialista britânico do passado, esquecendo-se de
avaliar bem quais foram, para suas cabeças, os resultados miseráveis, considerando-se desde 1789 até 1945. O que já
aconteceu antes com suas cabeças, vai acontecer de novo, não se tem dúvida disso! Seus modelos matemáticos e
econômicos exatos, extremamente pretenciosos demostram isso de modo claro, inexorável e inegável!
O grave erro Neoliberal de Yale Harvard e Chicago e do Planejamento Comunista Centralizado Chinês
O grave erro que envolve tanto o atual Neoliberalismo boçal de Yale, Harvard e Chicago quanto o do atual
Planejamento Comunista Centralizado Chinês, revivido pela criminosa soldadesca chinesa, são da mesma natureza e
ordem de imbecilidade.
Sistemas matemáticos rígidos de otimização total não são capazes de gerenciar sistemas complexos de massas pois
que não oferecem mecanismos apropriados para se ao mesmo tempo otimizar funções de produção, incrementá-la e
aumentá-la, (isso já era sabido desde há muito tempo tanto pelos Americanos quanto pelos Soviéticos).
Ou otimiza-se recursos e se reduz a produção no longo prazo; ou relaxa-se a questão da otimização presente de
recursos para se aumentar a produção no futuro. Modelos de otimização total (tipo P.L.), nesse caso, são substituídos
por modelos “Ad Hoc” de otimização parcial (Modelos Heurísticos de Computador), reconhecendo-se a necessidade
de uma perda relativa na otimização presente de alguns recursos em prol do crescimento da produção no futuro
(ótimo local, não total).
O resultado desse grave erro é essa crescente e rápida desvalorização de ativos que assistimos atualmente no Mundo,
principalmente nos Estados Unidos, com deflações violentas e rebaixamentos progressivos dos preços em geral. As
empresas foram doutrinadas a obedecer a esses mantras neoliberais pornográficos e bizarros de Yale, Harvard e
Chicago desde 30 anos atrás, promovendo desde então, com isso, a redução contínua de custos, impostos e salários,
assim como, adestraram-se em otimizações sem fim de recursos públicos com cortes orçamentários, privatizações
inócuas, promovendo perdas contínuas nas arrecadações dos Estados Nacionais o que acabou sendo substituídas por
dívidas. Os resultados não poderiam ter sido piores com quedas consistentes de salários, aumentos brutais das
desigualdades sociais nos países ricos e consequente reduções no consumo e na produção, assim como, dos recursos
públicos e privados de modo geral apesar de um aparente crescimento dos dados de produção que se deslocaram dos
Estados Unidos para China.
Afim de equilibrar seus erros, os neoliberais imprimiram moeda, injetando liquidez para dentro do sistema financeiro
criando-se bolhas consecutivas, tais como, na Ponto.com (2000), na Imobiliária Americana (2008), nas Bolsas Chinesas
(2014) e nas “Cidades Fantasmas na China” (Desde 2010), etc. Procedem dessa maneira, pensando que no futuro irão
drenar os excessos de liquidez para fora do sistema com aumento dos juros via FED (Banco Central Americano).
O problema, claro, não é de liquidez, mas de queima total de ativos, (“fire sale”), devido aos contínuos e progressivos
rebaixamentos de preços (custos) e dos valores gerais dos ativos do mercado e da sociedade, o que vem ocorrendo
ao longo dos últimos 30 anos, desde que se institui esse modelo neoliberal perverso de Yale, Harvard e Chicago ainda
na década de 1980.
Nesse cenário atual, depois de mais de 30 anos de rebaixamentos contínuos de preços e custos, formou-se uma
formidável depressão de valores para os ativos em geral através do mundo inteiro. O Banco Central Americano (FED)
jamais conseguirá aumentar os juros sem agravar ainda mais a percepção dessa degradação contínua de preços por
parte do mercado de valores, provocando com isso um formidável “fire sale” (liquidação geral de ativos)
O problema não é monetário ou de liquidez, mas sim de que esse dinheiro todo não chega até o sistema produtivo,
ficando aprisionado na armadilha que se tornou o próprio sistema financeiro americano. Abarrotado de dinheiro, sem
uso, apenas circulando de mão em mão num tremendo processo meramente especulativo onde seus valores, agora,
já não mais representam os valores gerais dos ativos da sociedade ou do mercado de preços em geral (quer sejam
salários, produtos ou serviços).
O resultado inevitável será logo, logo, um brutal “fire sale” para que se equilibrem os valores dos ativos das empresas
com os preços de suas ações cotadas nas Bolsas. Injetar ou reduzir liquidez, aumentando ou diminuindo juros, a esse
ponto que chegamos não adianta nada. Existe, nesse momento, um tremendo descompasso entre os valores
declarados pelas empresas em seus balanços, o sistema de valores de preços em geral da sociedade.
Assim, as empresas americanas continuam a fazer aquilo para que forambem adestradas nos últimos 30 anos, reduzir
custos otimizar recursos, o que provoca a concomitante redução de salários e declínio da produção, criando-se, assim,
um ciclo perverso para baixo. Em resposta, essas mesmas empresas se reorganizam, reagrupando-se em grandes
centros consumidores, fechando as portas em pequenas ou médias localidades para reduzir custos, destruindo o
condomínio econômico americano que em 1972 era formidável.
O sistema econômico e produtivo americano otimizou-se com certeza e as empresas estão funcionando muito bem
azeitadas (custos super otimizados). Só que o resultado desse processo de otimização contínuo reduziu preços em
geral no condomínio econômico nacional americano que oferecia salários de US$ 40 a hora em Detroit em 1972 e os
reduziu até os atuais US$ 7 a hora nos Mcdonalds da vida. A depressão de valores atual é correspondente a esse
tremendo processo de otimização promovido pelos neoliberais de Yale Harvard e Chicago nos últimos 30 anos.
Essa insanidade neoliberal pornográfica e bizarra de Yale, Harvard e Chicago foi tão intensa para não perceberem que
tudo isso que estamos descrevendo aqui ao leitor ocorreu de forma lenta, grave e dramática nos últimos 30 anos em
Detroit e regiões, atingindo-se Buffalo até Pittsburg, resvalando-se, a crise continua de rebaixamento e perdas de ativo
até Toronto no Canadá.
Quando a mente não pensa, as cabeças desses canalhas neoliberais norte-americanos e da criminosa soldadesca
Chinesa vão sofrer com certeza!
O Uso de Modelos Heurísticos (Ad Hoc) e de Otimização Total (P.L.): uma avaliação real para o caso presente da
logística brasileira
A partir das discussões acima, podemos apresentar um caso esclarecedor de como o embate entre modelos Ad Hoc
versus Modelos de otimização Total (P.L.) podem esclarecer toda a complexidade da grave crise combinada americana
e chinesa da atualidade.
A construção da malha viária nacional brasileira, a partir do Plano de Estradas Federais de 1972, aqui no Brasil, como
já havíamos dito antes, inspirou-se no muito bem-sucedido modelo americano análogo que resultou no riquíssimo
condomínio econômico da classe-média americana no período que vai de 1945 até 1972.
Os valores definidos a partir das estradas de rodagem federais, nesse Plano Viário Brasileiro de 1972, teve como
objetivo, assim como nos Estados Unidos, de representar a estrutura logística de transportes do país, definindo-se e
formando-se ao longo de um período o desenvolvimento do próprio condomínio econômico nacional. Portanto, a ideia
agora é de que se coletarmos dados do uso atual dessa malha com certeza vamos revelar como funciona a modelagem
econômica de transportes das empresas e do mercado aqui no Brasil e de como seus recursos estão sendo otimizados.
Se isso for verdadeiro, poderemos verificar, baseado em dados, como se comportam não apenas a malha viária
brasileira nas suas definições de rotas de transportes e logística, mas também, teremos uma ideia clara de como deve
estar funcionando a economia e o mercado brasileiro dentro desse conceito da construção de um condomínio
econômico gerado pela rede logística, o que está, no nosso ponto de vista, implícito no Plano Viário Nacional de 1972.
A tabela nº 1, mostra a seguir os dados de exportação da soja através da principal área produtora do agronegócio na
atualidade aqui no Brasil, representada pelo Estado de Mato Grosso e seus municípios de Campo Novo Parecis, Sorriso
e Rondonópolis. Essa tabela, mostra também, as rotas de transportes que foram realizadas para o translado do
produto (soja) até os portos de embarque dessas exportações em Manaus (AM), São Francisco do Sul (SC), Paranaguá
(PR), Santos (SP) e Vitória (ES).
Tabela Nº 1: Dados Reais do AliceWeb2 para soja (SH8 -12010090) em – C.N. Parecis, Rondonópolis e Sorriso-
Mato Grosso_2008
Obs. Fonte:AliceWeb2- Min. Indústriae Comércio.
Esses dados acima representam o comportamento das empresas exportadoras quemovimentaram cargas deexportação, nesse
caso soja, desde as origens até os destinos como demonstrados nas colunas “DE” e “PARA”.
A primeira questão é saber se esses valores da tabela real acima estão otimizados. Para tanto, simulamos a aplicação de um
Modelo de Programação Linear (P.L.) com o objetivo de otimizar a tonelagem quilômetro (TON*KM) percorrida e seus
consequentes ganhos em freteepreço do produto ($/Ton.) para os dadosda tabela acima. Os preços apresentados aqui sãoFOB,
estando incluído, portanto, o frete no preço final de exportação do produto (soja).
O resultado final dessa simulação usando P.L. é apresentado na tabela Nº 2 a seguir:
Tabela Nº 2: Dados otimizados (P.L.) da tabela Nº 1 para soja (SH8 -12010090) em – C.N. Parecis, Rondonópolis e Sorriso-
Mato Grosso_2008
Obs.: Fonte:Elaborado peloautor
Os resultados da tabela Nº 2 acima, mostraram dados expressivos na otimização de recursos sobre os dados reais de
operação das empresas exportadoras de soja como mostrado na tabela Nº 1. Embora o total transportado
originalmente de 1.528.201 Tons tenha permanecido o mesmo (antes e depois da simulação), a (tonelada*quilômetro)
reduziu-se em 7,64%, os valores médios dos fretes em 4,28%, assim como, os valores das cargas a partir de cada
origem tiveram redução média de 11,08%. Deve-se notar, ainda, as expressivas reduções nos fretes e nos valores das
mercadorias na rota entre Rondonópolis (MT) e Vitória (ES), atingindo valores da ordem de -46,82% em ganhos na
redução de custos.
A questão seguinte, proposta ao leitor, é essa: qual dessas duas tabelas é preferível, a real ou a otimizada?
A tabela Nº 1, real, representa com toda certeza o resultado do processamento de um Modelo Ad Hoc Heurístico com
otimizações parciais, provavelmente controlado por computador, a partir das ordens dos pedidos de embarques da
soja desde esses municípios de Mato Grosso até os portos de exportação ao longo de um ano de operação como
devidamente registrado pela aduana brasileira. A questão então que se faz é por que esse processo espelhado na
tabela nº 1 não está otimizada de acordo com o proposto pelo Modelo P.L. da tabela Nº 2?
Caso o leitor observe com atenção os resultados da tabela Nº 2, o número de rotas resultantes otimizadas, a partir da
simulação da tabela Nº 1 foram reduzidos de 15 para 7 na tabela Nº 2, significando com isso as reduções substanciais
de (tonelagem*quilometro) percorridas e consequente economias no frete e no preço do produto. No entanto, a
questão permanece qual das duas opções é preferível: Ad Hoc ou P.L.?
As reduções em rotas de transportes, reduziram também as opções logísticas, já que o modelo Ad Hoc moveu as cargas
o mais rapidamente possível para esvaziar os silos de sojas dos embarcadores, procurando fechar contratos onde os
portos de saída estariam mais disponíveis, não necessariamente mais perto. Essa pode ser apenas uma das várias
interpretações sobre qual forma de otimização parcial esse modelo Ad Hoc dos embarcadores de soja de Mato Grosso
possa ter seguido em 2008. No entanto, tivessem eles seguido um Modelo P.L. de otimização total, os resultados já
saberíamos de antemão quais seriam e não poderiam ter sido mudados, devido as circunstancias de fechamento de
contratos, mas teriam de obedecer aquelas 7 rotas de transporte como previsto no Modelo P.L., veja tabela Nº 2, os
quais estão preparados para demonstrar os maiores ganhos possíveis nos resultados finais das operações logísticas de
transportes, apresentando as melhores condições para a otimizações dos custos.
Já os resultados da tabela Nº 1, como provenientes de um Modelo Ad Hoc Computadorizado, mudam constantemente
e representam o que foi realizado durante esse ano de 2008. No ano anterior, provavelmente, foi outro, assim como
no ano seguinte. Caso seguíssemos um modelo de Otimização total (P.L.), as únicas possibilidades de se obter ganhos
de otimização, conforme mostrado na simulação da tabela Nº 2, seriam as 7 rotas de transportes previstas pela
otimização final do modelo matemática (P.L.).
Como rotas de transporte definem a malha logística e o desenvolvimento do condomínio econômico nacional
Como vimos insistindo nesse tema de uma correlação entre as redes de transportes, de logística e a formação da
economia nacional, propomos agora investigar como isso de fato acontece a partir da avaliação dos dados das redes
de transportes da soja dessa principal região do agronegócio de Mato Grosso (MT).
Como está implícito nos dados da tabela nº1, mostrados acima, várias rotas de transportes se formam a partir das
exportações de soja desde C.N. Parecis, Sorriso até Rondonópolis (MT), definindo-se canais de distribuição a partir
desses municípios em direção aos portos de Manaus (AM), São Francisco do Sul (SC), Paranaguá (PR), Santos (SP) e
Vitória (ES). A figura nº 1, a seguir, demonstra graficamente esses resultados.
As rotas de exportação da soja a partir dessas localidades, portanto, definem canais de distribuição para uma
infinidade de outros produtos, mercadorias e serviços, caracterizando-se, assim, numa rede logística como por
exemplo para localização de empresas, fábricas, centros de distribuição, supermercados, shopping centers, etc. A
questão é saber como essa estrutura logística potencializa de fato desenvolvimento econômico.
Figura Nº 1: Rotas de Exportação da Soja a partir de C.N. Parecis, Sorriso e Rondonópolis - Mato Grosso - 2008
Fonte: Elaborado pelo autor
Para tentar demonstrar nosso ponto, elegemos 54 municípios para compor um possível potencial econômico a partir
das rotas de exportação da figura nº 1, acima, definindo dois aspectos para cada localidade; um econômico,
descrevendo a composição do PIB Municipal em termos de produção agrícola, industrial, de serviços e impostos, e um
outro social, que descreve o perfil educacional dos jovens em idade escolar, da renda per capita média mensal e do
IDH-Municipal, seguindo os dados do I.B.G.E.
Os resultados podem ser vistos seguindo as tabelas Nº 3 e Nº 4 a baixo.
Tabela Nº 3: Perfil Econômico dos Munícipios da Rota da Soja, a partir de C.N. Parecis, Sorriso e Rondonópolis
Mato Grosso – 2008
Obs.: Fonte IBGE.
Tabela Nº 4: Perfil Social dos Munícipios da Rota da Soja, a partir de C.N. Parecis, Sorriso e Rondonópolis
Mato Grosso – 2008
Obs.: Fonte IBGE.
Considerando-se54 municípiose9.000 km deredes de transportes (hidro-rodo-ferroviário), os resultados acima demostram um
potencial econômico para essa rota da soja de US$ 566 Bilhões, 28 milhões depessoas com PIB per capita de US$ 20.000 ano. O
potencial social edeconsumo representa renda per capita média mensal deUS$ 500 (R$ 1.000), 90% deassiduidadedejovens às
escolas e esperança de vida de 76 anos. Como essa éuma rota muito longa ecomplexa as variações entres os Estados Brasileiros
podem ser melhor avaliadas, considerando cada município individualmente, observando-se, ainda, que a questão do potencial
econômico aqui demonstrado dessa rota da soja, expande-se e conecta-se a uma imensa região socioeconômica do Brasil com
consequências ainda para serem estudadas mais atentamente.
O ponto principal que, ainda, estamos querendo considerar aqui é o de tentar comparar a validade da aplicação de modelos
matemáticos deotimização total (P.L) versus modelos heurísticoscomputadorizados, Ad Hoc. O leitor deve ter em menteque os
resultados dos potenciais econômico sociais demonstrados acima são, em última análise, provenientes da tabela Nº 1 (Modelo
Ad Hoc), caso o modelo usado tivesse sido o da tabela Nº 2 (Modelo Otimizado P.L.), os resultados teriam sido totalmente
diferentes. E, essa diferença estaria justamenteno rebaixamento do potencial econômicoprovocado pelas substanciais reduções
das possibilidades de rotas de 15 para 7 como ficou claro através do processo de otimização proposto pela tabela nº2.
Assim, contínuosprocessosdeotimizaçãoao longo do tempo teriam reduzido o condomínio nacional brasileiro a partir da tabela
nº 1 em direção a tabela nº 2. O leitor pode ver por si mesmo, comparando as tabelas Nº1 e Nº 2, quais teriam sido as
consequências em termos da redução do potencial de desenvolvimento econômico para o país e para esses municípios.
Provavelmente, é um fenômeno similar a esse que vem ocorrendo na economia americana desde o advento desse desastrado
modelo neoliberal de Yale, Harvard e Chicago há uns 30 anos atrás. Processos contínuos de otimizações totais vêm reduzindo,
substancialmente, o potencial econômico do condomínio nacional americano até chegarmos a essa brutal deflação e redução
geral de preços eativos queestamos observando na economia mundial agora. A economia americana de1972 seria representada
metaforicamente pela tabela nº 1, e a economia americana de 2015 pela tabela nº 2. Veja e compare! Deu para entender?
Imposto é bom (tax is good)
Outro aspecto a ser considerado na avaliação do potencial econômico a partir de rotas logísticas de transporte é o
nível de taxação para entendermos se realmente a cobrança de impostos é boa ou ruim. Gostaríamos de entender se
taxação,em per si, é um inibidor do potencial de desenvolvimento econômico como quer impor a ditadura neoliberal
de Yale, Harvard e Chicago. Para isso, continuamos a análise de dados para a rota da soja descrita acima, desdobrando-
se os resultados para escalonarmos o perfil dos PIB’s Municipais descritos na tabela nº 3 com os dados da tabela nº 4
em faixas de cobranças de impostos que compõe a economia desses 54 municípios, relacionando dados
socioeconômicos correspondentes (econômicos e sociais).
Os resultados podem ser vistos na tabela nº 5 a seguir.
Tabela Nº 5: Variação Escalonada de Impostos sobre o PIB Municipal de 54 localidades da Rota da Soja
Obs.: Fonte IBGE.
Os dados da tabela nº 5, a cima, foram organizados de modo a tentar relacionar dados econômicos da tabela nº 3 com
dados sociais da tabela nº4, escalonando o percentual dos impostos dos PIB Municipais dos 54 municípios da rota da
soja por faixas de 5%. Como podemos observar na tabela nº5, a taxação de impostos para esse conjunto de municípios
brasileiros atinge uma massa crítica da população nas faixas de participação dos impostos que vão de 5% a 25% do PIB
Municipal, representando a massa de impostos gerados pelo setor industrial e de serviços sobre uma parcela de
92,73% da população com taxação média de 14,89%.
Outro aspecto a considerar é a participação das atividades do PIB Municipal (agrícola, industrial e de serviços) com a
correspondente variação de impostos por faixas. A agricultura tem participação pequena na formação dos impostos
municipais por razões claras de ser um setor primário com poucas possibilidades de gerar efeitos encadeados de
taxação. Já os setores industriais e de serviços são os que mais promovem a receita dos municípios, observando-se
que a capacidade de tributação dos governos municipais está, nesse caso da tabela nº 5, bem definida nas faixas que
variam entre 5% e 25% do PIB Municipal.
Existem algumas faixas de cobrança de altas taxas de impostos além desse limite de 25% observados, porém elas se
referem a uma parcela muito reduzida da população (7,11%). Essa alta taxação residual pode ser explicada através da
instalação de grandes complexos industriais (petróleo, mineral, etc.)que de súbito geram enormes receitas tributárias
aos municípios onde são instaladas, mas ficam restrito a casos isolados não gerando um perfil econômico diferenciado.
Para efeitos de planejamento dos transportes, essa tabela nº 5 completa o potencial econômico da rota da soja que
estamos estudando, explicitando potencial de consumo, medindo o tamanho da população por faixas de tributação,
ressaltando em cada faixa o potencial de renda (renda per capita) e PIB per capita dos Municípios. Então, lendo da
tabela nº 5, acima, verificamos que na faixa mais alta de taxação dos PIB Municipais, entre 25% e 30 %, encontra-se o
maior potencial econômico social com renda per capita média mensal de US$ 700, PIB de US$ 22 bilhões, PIB per
capita de US$ 20.000, assim como, IDHM de 0,805.
Está claro nas conclusões sobre o potencial econômico dessa rota da soja de Mato Grosso, a partir dos dados
compilados na tabela nº 5, que mais impostos representam melhores condições de desenvolvimento econômico
municipal, e que dados socioeconômicos mais elevados são mais significativos para as empresas. A questão
permanece, o que as empresas preferem: atuarem em faixas de impostos mais baixos ou em faixas de dados
socioeconômicos mais altos com maiores possibilidades de consumo, renda e produção?
A resposta a essa questão está intimamente ligada a essa falácianeoliberal de contínuas reduções de impostos, custos
e rebaixamentos precários de preços e de valores dos ativos na sociedade em geral. O objetivo principal das empresas
é vender mais e, portanto, elas se reagrupam por faixas de consumo e produção mais altas, ainda, que isso implique
em impostos mais altos, pois que os impostos podem ser rapidamente diluídos nos custos médios em prol de um
maior consumo, renda e produção no longo prazo. Já rebaixamentos contínuos de impostos no curto prazo apenas
trazem transtornos ao setor público (principalmente municipal) que fica desaparelhado e descapacitado, acabando
por promover o subdesenvolvimento num processo perverso para baixo.
Para reforçar essas conclusões demonstradas pelos dados da tabela nº 5, apresentamos as mesmas condições de
variações desses dados da rota da soja, agora considerando as condições gerais da economia brasileira, agrupados na
tabela nº 6 a seguir.
Como os dados da tabela Nº 6 representam todos os 5.570 municípios do Brasil, pode-se aí observar os efeitos das
variações por faixas de impostos de 5% sobre os dados socioeconômicos dos PIB Municipais em larga escala e a
consequência de seus efeitos encadeados. Observa-se, de fato, um efeito positivo nos dados socioeconômicos com o
aumento escalonado dos impostos por faixas de variação, embora, bem delimitado dentre 5% até 25%, representando
80,94% da população com taxação média de 14,47%, renda per capita média mensal de US$ 349, PIB médio de 1,9
trilhões e PIB per capita de US$ 12.000 e IDHM de 0,712.
Tabela Nº 6: Variação Escalonada de Impostos sobre o PIB de todos os Municípios Brasileiros
Obs.: Fonte IBGE.
Uma pequena história do fim do mundo
Crepúsculo dos Deuses
Quando a atriz norte-americana Glória Swanson, em 1950, desce a escadaria da mansão de Norma Desmond em Belair,
no final do filme “Crepúsculo dos Deuses” (Sunset Boulevard) para ser presa por assassinato, essa cena bem
representava, então, toda a decadências das oligarquias após seus contínuos desastres desde 1789 até 1945. A velha
safada, corrupta e degenerada, vivendo de um passado decadente de pornografia e drogas tão comum as estrelas do
cinema mudo da época, bem representava toda a decadência ética e moral das famílias nobres, aristocráticas e
oligárquicas que tinham deixado um impressionante rastro de destruição de mais de 50 milhões de mortos após a 2ª
Guerra Mundial. A velha suja, depravada, maníaca e pederasta, representada por Norma Desmond em sua definitiva
saída de cena, descendo aquela escadaria como uma ridícula boneca velha, marionete do teatro burlesco, após ter
fulminado a tiros o efeminado garoto de programa Joe Gillis, bem representava o definitivo descenso e sepultamento
moral das oligarquias não apenas americanas mas de todo o mundo, pois que estavam totalmente esvaziadas de
quaisquer valores válidos, propósito ou poderes efetivos para realizarem qualquer coisa de bom, sendo senão uma
sombra, um fantasma, mais coisa do que gente, na sua descida alucinada e inexorável desde o topo (da escadaria) até
o carro da polícia que a esperava na porta. O cadáver do efeminado Joe Gillis boiava na piscina do lado de fora da
mansão com vários tiros no peito, apenas um corpo sem ninguém para o reclamar.
Foto1: Glória Swanson em “O Crepúsculo dos Deuses” (Sunset Boulevard)
Na cabeça do leitor que me segue nessa série de artigos que venho escrevendo, suponho que deve estar a pergunta:
como foi que de um fabuloso sistema econômico de classe média, construído entre 1945 a 1972, voltamos de novo a
essa desordem neoliberal de Yale, Harvard e Chicago, novamente, tão pornográfica quanto bizarra, com os mesmos
vícios e depravações do passado recente desastroso, o qual, pensávamos ter sepultado, mas como uns zumbis de
Norma Desmond eles voltaram para nos assombrar.
A resposta, caro leitor, é de que não foi apenas um evento recente que acabou por reviver esse passado colonial e
liberar seus fantasmas nos Estados Unidos e no Mundo, destruindo o sistema econômico americano de classe média,
mas sim uma sucessão imperceptível de eventos que pedaço a pedaço foi delapidando continuamente o patrimônio
econômico norte-americano. É como a análise de desastres aéreos, aonde um pequeno evento lá atrás perdido no
tempo foi se agravando, levando por fim a derrubar a aeronave.
Um corpo sem ninguém para reclamar
Pergunto se pode o leitor imaginar a cena em que um pobre diabo sem eira nem beira, drogado na maior parte do
tempo, vivendo de expedientes, efeminado por natureza, com a vizinhança reclamando das orgias que promovia no
obscuro quartinho de fundos em que vivia, sai, tranquilamente, de um cinema pulguento do centro da cidade, depois
de ter feito sexo com dúzias de homens no banheiro infecto, em seu intervalo de almoço, e daí ele é pinçado para o
centro dos acontecimentos mundiais como assassino de um Presidente Norte-Americano. É como eu disse ao leitor
no parágrafo anterior, o desastre neoliberal atual talvez tenha começado aí, nessa visão dantesca de um infeliz sem
ninguém para reclamar o corpo que entra para uma história sem pé nem cabeça.
Nos meus anos em Washington (D.C.) entre 1988 e 1994, pude ver a sequência filmada da prisão de Lee Oswald na
PBS-TV nessa sua famosa saída do cinema para uma miserável eternidade. A palavra “surpreendido” ou “surpreso”
não cabem, talvez seja melhor dizer estupefato, arrasado, paralisado, incapaz de reagir diante da enormidade dos
acontecimentos. Lembro-me de ele repetir apenas: Eu sou um pato! Não matei ninguém! É como se dissesse: como
um infeliz como eu poderia ter matado alguém, muito menos o Presidente dos Estados Unidos.
Em 1988, o modelo americano de classe média (1945-1972) ainda está funcionamento bem, mas já se podia ver a
guerra intestina travada nos bastidores entre os planejadores públicos americanos e a pressão crescente da oligarquia
neoliberal de Yale, Harvard e Chicago em destruir e acabar com qualquer sentido de igualdade social, república e
democracia nos Estados Unidos.
De volta a 1960, o conflito Nixon versus Kennedy refletia essa tentativa desesperada de ascensão das oligarquias
liberais pornográficas e bizarras norte-americanas depois do longo silencio de seu descenso à lá Norma Desmond na
escadaria da decadência de 1950, quando foi gestado o modelo econômico norte-americano de classe média. Estavam
decididos a reviver a velha e caricata oligarquia liberal ainda que em cima de uma máfia criminosa de assassinos como
o clã dos Kenedy.
Um dos últimos trabalhos de Paul Newman foi como o velho mafioso John Rooney em “Estrada para a Perdição” (Road
to Perdition) de 2002, quando Newman acaba dando muito na vista devido sua tremenda semelhança física com a
figura dos Kenedy. No caminho da perdição não há volta, se você começou como um canalha mafioso, você termina
como um canalha mafioso e estará disponível para qualquer tipo de manobra ou artimanhas políticas
correspondentes. Acreditar que máfias de imigrantes irlandeses, ou qualquer outra, pudessem vir a definir valores
para América aristocrática e oligárquica é simplesmente piada.
Assim, Kennedy estava disponível para a trapaça, não apenas representando o papel de um otário reciclado de uma
Norma Desmond, mas também, estava totalmente impedido de gritar ou reclamar muito devido aopassado tenebroso
de sua família. Na verdade, o pato perfeito não foi Lee Oswald afinal de contas, mas John Kenedy, com sua imensa
figura Hollywoodiana, mulher formosa e família a procura de limpar o passado para se tornar a melhor expressão das
mais finas dentre as famílias oligarquia liberais americana. Uma realeza para a República Americana.
Esse conflito, caro leitor, não era assim tão pacífico, o outro lado, o elenco de planejadores públicos americanos que
vinham construindo com grande esforço um regime possível de classe média para afastar definitivamente as mazelas
de séculos de crimes e assassinato das oligarquias, estavam muito irritados com essa tentativa de volta das oligarquias
liberais. O que eles não esperavam, e acredito que ninguém, é como esses canalhas, agrupados em Yale, Harvard e
Chicago estavam decididos a assaltar o poder a qualquer custo destruindo, principalmente, os valores pilares da classe
média americana de então, pai, mãe e família.
A partir de Kennedy começa uma série de assassinatos políticos promovido por essa ralé barata, pornográfica e bizarra
de Yale, Harvard e Chicago para criar uma série de “vítimas” liberais, que iriam engrossar o caldo da sua causa, o
entronamento aristocrático das oligarquias, destruição da classe média e o sistemático delapidar de valores sociais e
políticos até a completa diluição das noções de Democracia, República e Constituição nos Estados Unidos.
Ao outro lado apenas coube, limitar os danos, abafar os casos mais difíceis, incapazes de acreditar de como norte-
americanos privilegiados podiam odiar tanto a classe média e que estavam dispostos a tudo para impor seus valores
aristocráticos a qualquer preço. Poucos, nesse período, escaparam de se tornarem símbolos caídos e perseguidos por
um suposto sistema conservador. Ao leitor devo advertir de que sempre que há um crime a polícia primeiro pergunta
quem se beneficiou do assassinado? Com certeza nenhum suposto grupo conservador, mas a própria oligarquia liberal
canalha, boçal e assassina encastelada em Yale, Harvard e Chicago que promoveu a maior série de crimes políticos
jamais vista na história dos Estados Unidos. Senão vejamos, John e Edward Kennedy, Martin Luter King, Malcon X, John
Lennon, etc. A lista vai longe e inclui famosos e menos famosos. A ideia era solapar o estado de bem-estar social e
tornar o povo americano escravo de salários de US$ 7 a hora nos Mcdonalds da vida.
O último Presidente Norte-Americano de classe média
Nesse contexto do assalto liberal ao poder a qualquer custa, Richard Nixon tornou-se uma tragédia, pois que
associaram a ele todos os crimes políticos da canalha de Yale, Harvard e Chicago na década de 60 e 70 , envolvendo-o
numa trama de conspirações que tornaram sua imagem a mais queimada e destruída da história dos presidentes
norte-americanos. Ele nunca pertenceu a máfia nenhuma e, para os padrões americanos, morreu pobre e seu nome
até hoje é obscuro e sinistro para a maioria do povo americano.
Richard Nixon representava essa classe média norte-americana emergente do pós-guerra e era muito orgulhosa do
que vinha conseguido obter ao equilibrar valores individuais e coletivos, sociais e econômicos. A queda de Nixon ainda
não tinha posto a canalha liberal de Yale, Harvard e Chicago no poder. Seria preciso a ascensão da série de Presidentes
paspalhões Hollywoodianos para completar o serviço. Na verdade, apenas o fim da guerra fria em 1989 é que
definitivamente, liberou o maldito leviatã liberal como um verdadeiro vencedor e iniciou essas políticas de destruição
sistemática do estado de bem-estar social da classe média americana.
O Fim da guerra fria e a ascensão da oligarquia dos pederastas norte-americanos?
Os soviéticos já tinham compreendido bem as limitações do comunismo e do famigerado planejamento centralizado.
A questão para os russos no início da década de 1980 era como sair daquela situação. Foi preciso uma impressionante
retirada estratégica para liberar a Rússia e outros países daquele beco sem saída em que se tornara a União Soviética
e o próprio comunismo. O que eles não sabiam, ou melhor que ninguém sabia, é qual acabariam por ser as
consequências dessa aparente retirada ou derrota russa.
A retirada russa, como disse antes, liberou o leviatã neoliberal de quaisquer escrúpulos e através da série de presidente
paspalhões hollywoodianos iniciaram o processo de delapidação da República, da Democracia e da Constituição do
Estado Norte-Americano.
O primeiro passo, foi cooptar a esquerda americana liderada por um pornógrafo degenerado como Bill Clinton que
não sabia quem era o pai e a mãe era uma notória vagabunda pertencente a escória de Little Rock,mas com veleidades
de apagar o passado e se tornar oligarquia (como os Kennedy). Do outro lado, o grupo de assassinos profissionais,
liderados por George Bush (Daddy), que tinha se tornado depois de anos na CIA um notório criminoso, queria agora
criar uma dinastia apresentável, só que seus espermas geraram a pior prole de incompetentes, retardados mentais e
drogados jamais visto na história política norte-americana. No meio, o leviatã neoliberal de Yale, Harvard e Chicago
com sua subliteratura econômica do século 18 e 19 passa a manobrar esses paspalhões hollywoodianos até que em
11 de setembro a aliança desses canalhas todos promovem o golpe final que aniquila definitivamente o Estado
Americano, marcando a ascensão da oligarquia dos pederastas norte-americanos.
Epílogo
O epílogo é o fim dessa sarjeta política norte-americana devido as inconsistências do modelo neoliberal pornográfico
e bizarro que construíram. Assim como o comunismo, esse modelo de Yale, Harvard e Chicago não funciona! Voltamos
então a 1950 e assistimos de novo uma refilmagem de “Crepúsculo dos Deuses”...
Hoje, os zumbis de Norma Desmond de pele flácida, amarelada e oleosaentocados em Yale, Harvard e Chicago descem
lentamente as escadarias da glória dessas instituições, com seus cacoetes de atores canastrões e paspalhões
hollywoodianos, fazendo caretas com as caras e as bocas, completamente drogados e alucinados, depois de uma série
de tenebrosas orgias sexuais com crianças, direto para o carro na polícia que os espera na porta de entrada. Corpos
de efeminados, garotos de programas, infelizes escravos de todos os matizes de vícios dessa canalha neoliberal norte-
americana, permanecem boiando na piscina do lado de fora de Yale, Harvard e Chicago com os corpos cheios de
balaços. Corpos sem ninguém para os reclamar.
Prof. Ricardo Rodrigues
23 de setembro de 2015

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Como a visão sistêmica substituiu as oligarquias após 1945

  • 1. Que País é Esse...? - Parte II De 1789 a 1945 Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a Europa e o Mundo destruídos, iniciou-se então uma procura intensa pelo modelo mais apropriado e adequado para o desenvolvimento econômico e social da humanidade, que harmonizasse ao mesmo tempo liberdades individuais e coletivas. As oligarquias, desde a Revolução Francesa, vinham definhando em seus propósitos de exercer influência significativa sobre os destinos do Homem, levantando-se e caindo, aqui e ali, apresentando seu melhor resultado no período que vai de 1870 a 1914. No entanto, se examinamos a questão desde 1789 até 1945, notamos o fracassoretumbante dessa visão heráldica, hierárquica, elitista, monarquista, oligárquica e racista de que algumas famílias de privilegiados com linhagens nobres, mas filhos débeis, estariam mais bem preparados para conduzir o processo do desenvolvimento humano. As Revoluções Francesas e Russas, combinadas com a 1ª e a 2ª Guerra Mundiais, já no século 20, adicionando-se aí, também, a crise econômica de 1929, tinham posto um fim em definitivo (pelo menos pensávamos que assim fora) a quaisquer esperanças de que oligarquias ou famílias nobres e privilegiadas pudessem representar papel relevante no desenvolvimento da humanidade, a não ser a própria ascensão da sociedade das massas baseada na classe média. O tema palpitante, portanto, em 1945, era qual o melhor caminho a seguir de modo a compatibilizar o individual e o coletivo num sentido de ordem civilizatória capaz de satisfazer, senão a todos, pelos menos a maioria numa aliança entre bem-estar social, ascensão social e liberdade, rompendo-se em definitivo comos grilhões históricos dos recentes fracassos das oligarquias, considerando-se desde 1789 até 1945 numa sucessão de desastres tenebrosos. Os notáveis processos científicos do pós 2ª Guerra Mundial contribuíram em muito para essas avalições na procura de um modelo socioeconômico mais estável do aquele produzido por crises periódicas de oligarquias funestas, gananciosas, pretenciosas, arrogantes, e antes de mais nadas, boçais e ignorantes, incapazes de reconhecer seus fracassos, insistindo sempre na volta dos exageros, crises periódicas que fazem com que acabem no final por perder suas cabeças em guilhotinas, pelotões de fuzilamento, massacres e rebeliões sociais. A questão que combinava o social, o político e o científico no pós 2ª Guerra Mundial era a formação de uma classe média que seria preponderante na construção do condomínio socioeconômico mundial, de tal modo, que seria ela a garantizadora do processo de estabilidade social e não mais famílias nobres, seus filhos débeis ou oligarquias. O problema deslocou-se rapidamente do aspecto socioeconômico, propriamente dito, para o científico, pois até então o arsenal de ferramental técnico que o mundo possuía de melhor era muito limitado para lidar com problemas que estavam por vir nas áreas de produção em larga escala afim de gerar bem-estar social, não para milhões, mas sim bilhões, sepultando-se em definitivo a questão oligárquica e medieval do predomínio de famílias nobres como guias geniais. A ascensão da sociedade das massas e as necessidades de produção em série, numa escala nunca antes prevista, viriam a alterar, modificar e, até mesmo, mudar substancialmente esse sentido clássico de ordem das coisas (oligarquias no comando). Na base da ideia da produção em larga escala estão certas simplificações, as quais, devido ao aumento da produção e as consequentes necessidade de sofisticação na criação de mecanismos de controle, comprometem, seriamente, essa noção clássica de ordem de valores. Se simplificações na produção em série requerem o uso de ferramentas simples, práticas e crescimentos a taxas constantes, sua potencialização em escala excessivamente grandes, ou crescimento muito rápido, criam interações entre as representações das partes que transcendem a capacidade de controle do próprio sistema como um todo. Assim, temos ferramentas matemáticas para trabalhar com equações lineares, ou diferenciais simples, mas a resolução de equações diferenciais de terceira, ou maiores ordens, são de difíceis resolução e de pouca utilidade prática no equacionamento das funções de produção. A era clássica de sistemas de valores baseada na mecanização, trabalho e valor monetário (custos) das coisas à nossa volta cedeu terreno para se configurar, não só sistemas de
  • 2. controle mais flexíveis, mas para se alterar a própria visão de sistemas como sendo apenas uma apropriação contável e patrimonialistas de valores. A consequência mais imediata dessa mudança de enfoque foi uma reavaliação das noções de valor e ordem na conceituação de sistemas na atualidade. Se antes, o importante era definir estruturas, categorias, associando-se ordem à hierarquia, agora esses dois elementos, ordem e hierarquia, passam a ser distintos, independentes, deixando de estarem necessariamente associados. Se antes, valor poderia ser igualado a formas organizacionais, agora valor é apenas um atributo da informação, que por sua vez substitui preço, na valorização das empresas e nas ações dos produtores, consumidores, e fornecedores no mercado. A natureza do planejamento e controle mudaram de enfoque no atual estágio da sociedade de massas, comprometendo a visão que antes tínhamos do papel das estruturas e funções nas variações e mudanças de estados de um sistema e suas implicações sobre quem gerencia, organiza e comando um sistema. A classe média e não as oligarquias e seus filhos débeis! No centro dessa visão sistêmica estão as noções de organizações, formas, informação e valores. A captura desses conceitos é importante na modelagem atual de sistema para que ele não seja visto aqui apenas como uma fórmula, um algoritmo, um programa de computador ou uma solução pronta na resolução problemas, mas que seja uma ferramenta de análise no comportamento e equilíbrio dos fenômenos. No século 20, Max Weber teve um papel importante no estudo das estruturas organizacionais, seu gerenciamento, planejamento e controle, reforçando a visão de hierarquia e ordem; valor e organização. A importância de Weber, no estudo das organizações, teve seu equivalente no estudo de sistemas em Ludwing Von Bertalanffy, durante o século 20, como em seu livro “Teoria Geral de Sistemas”. A visão de Bertalanffy de partes integradas, relacionando-se modelos gerenciais de naturezas diferenciadas, tais como, o biológico, o mecânico ou o cibernético tem auxiliado na constituição do planejamento e controle de formas de organização e gerenciamento. Nesse sentido, a visão sistêmica tem sido um avanço em relação às conceituações puramente analíticas do modelo clássico de causa e efeito nas ciências, os quais vinham, mais ou menos, imutáveis desde os tempos de Galileu Galilei e Descartes. A maior contribuição da ideia de sistemas foi o desenvolvimento do conceito de totalidade, relacionando-se causalidade e finalidade na abordagem científica. Assim, o objetivo de um sistema não é apenas resolver problemas usando fórmulas e algoritmos, mas antes, ter uma compreensão ampla de seus fenômenos associados através do uso de modelos e paradigmas gerenciais diferenciados, analisando-se interações e trocas entre os meios internos e externos, incorporando-se adaptabilidade, intencionalidade e medindo-se valores através do conceito de informação. A visão de Bertalanffy causou impacto significativo na época com forte repudio daqueles que acreditavam (e ainda acreditam) em sistemas matemáticos rígidos como uma bala mágica para resolver qualquer problema, onde as questões de produção poderiam ser representados por modelos de otimização total (do tipo Programação Linear (PL)), de modo que, uma vez equacionada a questão da infraestrutura da produção, o problema de geração contínua de bem-estar social estaria resolvida, baseada nos resultados ótimos de equilíbrio rígido entre funções de produção bem definidas (redução de custos e maximização de lucros) e suas consequentes séries de restrição de capacidade (quantidade de mão-de-obra, energia, materiais, etc.). Os sistemas americano e soviético estudaram e avaliaram por muito tempo toda a complexidade dessa questão da procura por um sistema de produção de massa e o desenvolvimento de um ferramental apropriado para gerenciá-lo. A era de ouro desse período vai de 1945 até 1972 quando, então, consolidou-se nos Estados Unidos uma formidável sociedade de massas, baseada na classe média, que foi o motor propulsor do mais notável período de crescimento e progresso jamais visto pela humanidade em todo o mundo, equilibrando liberdades individuais e coletivas; o econômico e o social. A partir de 1972, observa-se o lento declínio e deterioro progressivo desse sistema produtivo americano, até a volta atual das questões do predomínio das oligarquias como guias geniais, baseado em sistemas econômicos ultrapassados e subliteratura econômica vulgar dos séculos 18 e 19, tais como,para essas noções perversas do liberalismo econômico atual de Yale, Harvard e Chicago. Eles tentam recriar o modelo imperialista britânico do passado, esquecendo-se de avaliar bem quais foram, para suas cabeças, os resultados miseráveis, considerando-se desde 1789 até 1945. O que já
  • 3. aconteceu antes com suas cabeças, vai acontecer de novo, não se tem dúvida disso! Seus modelos matemáticos e econômicos exatos, extremamente pretenciosos demostram isso de modo claro, inexorável e inegável! O grave erro Neoliberal de Yale Harvard e Chicago e do Planejamento Comunista Centralizado Chinês O grave erro que envolve tanto o atual Neoliberalismo boçal de Yale, Harvard e Chicago quanto o do atual Planejamento Comunista Centralizado Chinês, revivido pela criminosa soldadesca chinesa, são da mesma natureza e ordem de imbecilidade. Sistemas matemáticos rígidos de otimização total não são capazes de gerenciar sistemas complexos de massas pois que não oferecem mecanismos apropriados para se ao mesmo tempo otimizar funções de produção, incrementá-la e aumentá-la, (isso já era sabido desde há muito tempo tanto pelos Americanos quanto pelos Soviéticos). Ou otimiza-se recursos e se reduz a produção no longo prazo; ou relaxa-se a questão da otimização presente de recursos para se aumentar a produção no futuro. Modelos de otimização total (tipo P.L.), nesse caso, são substituídos por modelos “Ad Hoc” de otimização parcial (Modelos Heurísticos de Computador), reconhecendo-se a necessidade de uma perda relativa na otimização presente de alguns recursos em prol do crescimento da produção no futuro (ótimo local, não total). O resultado desse grave erro é essa crescente e rápida desvalorização de ativos que assistimos atualmente no Mundo, principalmente nos Estados Unidos, com deflações violentas e rebaixamentos progressivos dos preços em geral. As empresas foram doutrinadas a obedecer a esses mantras neoliberais pornográficos e bizarros de Yale, Harvard e Chicago desde 30 anos atrás, promovendo desde então, com isso, a redução contínua de custos, impostos e salários, assim como, adestraram-se em otimizações sem fim de recursos públicos com cortes orçamentários, privatizações inócuas, promovendo perdas contínuas nas arrecadações dos Estados Nacionais o que acabou sendo substituídas por dívidas. Os resultados não poderiam ter sido piores com quedas consistentes de salários, aumentos brutais das desigualdades sociais nos países ricos e consequente reduções no consumo e na produção, assim como, dos recursos públicos e privados de modo geral apesar de um aparente crescimento dos dados de produção que se deslocaram dos Estados Unidos para China. Afim de equilibrar seus erros, os neoliberais imprimiram moeda, injetando liquidez para dentro do sistema financeiro criando-se bolhas consecutivas, tais como, na Ponto.com (2000), na Imobiliária Americana (2008), nas Bolsas Chinesas (2014) e nas “Cidades Fantasmas na China” (Desde 2010), etc. Procedem dessa maneira, pensando que no futuro irão drenar os excessos de liquidez para fora do sistema com aumento dos juros via FED (Banco Central Americano). O problema, claro, não é de liquidez, mas de queima total de ativos, (“fire sale”), devido aos contínuos e progressivos rebaixamentos de preços (custos) e dos valores gerais dos ativos do mercado e da sociedade, o que vem ocorrendo ao longo dos últimos 30 anos, desde que se institui esse modelo neoliberal perverso de Yale, Harvard e Chicago ainda na década de 1980. Nesse cenário atual, depois de mais de 30 anos de rebaixamentos contínuos de preços e custos, formou-se uma formidável depressão de valores para os ativos em geral através do mundo inteiro. O Banco Central Americano (FED) jamais conseguirá aumentar os juros sem agravar ainda mais a percepção dessa degradação contínua de preços por parte do mercado de valores, provocando com isso um formidável “fire sale” (liquidação geral de ativos) O problema não é monetário ou de liquidez, mas sim de que esse dinheiro todo não chega até o sistema produtivo, ficando aprisionado na armadilha que se tornou o próprio sistema financeiro americano. Abarrotado de dinheiro, sem uso, apenas circulando de mão em mão num tremendo processo meramente especulativo onde seus valores, agora, já não mais representam os valores gerais dos ativos da sociedade ou do mercado de preços em geral (quer sejam salários, produtos ou serviços). O resultado inevitável será logo, logo, um brutal “fire sale” para que se equilibrem os valores dos ativos das empresas com os preços de suas ações cotadas nas Bolsas. Injetar ou reduzir liquidez, aumentando ou diminuindo juros, a esse
  • 4. ponto que chegamos não adianta nada. Existe, nesse momento, um tremendo descompasso entre os valores declarados pelas empresas em seus balanços, o sistema de valores de preços em geral da sociedade. Assim, as empresas americanas continuam a fazer aquilo para que forambem adestradas nos últimos 30 anos, reduzir custos otimizar recursos, o que provoca a concomitante redução de salários e declínio da produção, criando-se, assim, um ciclo perverso para baixo. Em resposta, essas mesmas empresas se reorganizam, reagrupando-se em grandes centros consumidores, fechando as portas em pequenas ou médias localidades para reduzir custos, destruindo o condomínio econômico americano que em 1972 era formidável. O sistema econômico e produtivo americano otimizou-se com certeza e as empresas estão funcionando muito bem azeitadas (custos super otimizados). Só que o resultado desse processo de otimização contínuo reduziu preços em geral no condomínio econômico nacional americano que oferecia salários de US$ 40 a hora em Detroit em 1972 e os reduziu até os atuais US$ 7 a hora nos Mcdonalds da vida. A depressão de valores atual é correspondente a esse tremendo processo de otimização promovido pelos neoliberais de Yale Harvard e Chicago nos últimos 30 anos. Essa insanidade neoliberal pornográfica e bizarra de Yale, Harvard e Chicago foi tão intensa para não perceberem que tudo isso que estamos descrevendo aqui ao leitor ocorreu de forma lenta, grave e dramática nos últimos 30 anos em Detroit e regiões, atingindo-se Buffalo até Pittsburg, resvalando-se, a crise continua de rebaixamento e perdas de ativo até Toronto no Canadá. Quando a mente não pensa, as cabeças desses canalhas neoliberais norte-americanos e da criminosa soldadesca Chinesa vão sofrer com certeza! O Uso de Modelos Heurísticos (Ad Hoc) e de Otimização Total (P.L.): uma avaliação real para o caso presente da logística brasileira A partir das discussões acima, podemos apresentar um caso esclarecedor de como o embate entre modelos Ad Hoc versus Modelos de otimização Total (P.L.) podem esclarecer toda a complexidade da grave crise combinada americana e chinesa da atualidade. A construção da malha viária nacional brasileira, a partir do Plano de Estradas Federais de 1972, aqui no Brasil, como já havíamos dito antes, inspirou-se no muito bem-sucedido modelo americano análogo que resultou no riquíssimo condomínio econômico da classe-média americana no período que vai de 1945 até 1972. Os valores definidos a partir das estradas de rodagem federais, nesse Plano Viário Brasileiro de 1972, teve como objetivo, assim como nos Estados Unidos, de representar a estrutura logística de transportes do país, definindo-se e formando-se ao longo de um período o desenvolvimento do próprio condomínio econômico nacional. Portanto, a ideia agora é de que se coletarmos dados do uso atual dessa malha com certeza vamos revelar como funciona a modelagem econômica de transportes das empresas e do mercado aqui no Brasil e de como seus recursos estão sendo otimizados. Se isso for verdadeiro, poderemos verificar, baseado em dados, como se comportam não apenas a malha viária brasileira nas suas definições de rotas de transportes e logística, mas também, teremos uma ideia clara de como deve estar funcionando a economia e o mercado brasileiro dentro desse conceito da construção de um condomínio econômico gerado pela rede logística, o que está, no nosso ponto de vista, implícito no Plano Viário Nacional de 1972. A tabela nº 1, mostra a seguir os dados de exportação da soja através da principal área produtora do agronegócio na atualidade aqui no Brasil, representada pelo Estado de Mato Grosso e seus municípios de Campo Novo Parecis, Sorriso e Rondonópolis. Essa tabela, mostra também, as rotas de transportes que foram realizadas para o translado do produto (soja) até os portos de embarque dessas exportações em Manaus (AM), São Francisco do Sul (SC), Paranaguá (PR), Santos (SP) e Vitória (ES).
  • 5. Tabela Nº 1: Dados Reais do AliceWeb2 para soja (SH8 -12010090) em – C.N. Parecis, Rondonópolis e Sorriso- Mato Grosso_2008 Obs. Fonte:AliceWeb2- Min. Indústriae Comércio. Esses dados acima representam o comportamento das empresas exportadoras quemovimentaram cargas deexportação, nesse caso soja, desde as origens até os destinos como demonstrados nas colunas “DE” e “PARA”. A primeira questão é saber se esses valores da tabela real acima estão otimizados. Para tanto, simulamos a aplicação de um Modelo de Programação Linear (P.L.) com o objetivo de otimizar a tonelagem quilômetro (TON*KM) percorrida e seus consequentes ganhos em freteepreço do produto ($/Ton.) para os dadosda tabela acima. Os preços apresentados aqui sãoFOB, estando incluído, portanto, o frete no preço final de exportação do produto (soja). O resultado final dessa simulação usando P.L. é apresentado na tabela Nº 2 a seguir: Tabela Nº 2: Dados otimizados (P.L.) da tabela Nº 1 para soja (SH8 -12010090) em – C.N. Parecis, Rondonópolis e Sorriso- Mato Grosso_2008 Obs.: Fonte:Elaborado peloautor
  • 6. Os resultados da tabela Nº 2 acima, mostraram dados expressivos na otimização de recursos sobre os dados reais de operação das empresas exportadoras de soja como mostrado na tabela Nº 1. Embora o total transportado originalmente de 1.528.201 Tons tenha permanecido o mesmo (antes e depois da simulação), a (tonelada*quilômetro) reduziu-se em 7,64%, os valores médios dos fretes em 4,28%, assim como, os valores das cargas a partir de cada origem tiveram redução média de 11,08%. Deve-se notar, ainda, as expressivas reduções nos fretes e nos valores das mercadorias na rota entre Rondonópolis (MT) e Vitória (ES), atingindo valores da ordem de -46,82% em ganhos na redução de custos. A questão seguinte, proposta ao leitor, é essa: qual dessas duas tabelas é preferível, a real ou a otimizada? A tabela Nº 1, real, representa com toda certeza o resultado do processamento de um Modelo Ad Hoc Heurístico com otimizações parciais, provavelmente controlado por computador, a partir das ordens dos pedidos de embarques da soja desde esses municípios de Mato Grosso até os portos de exportação ao longo de um ano de operação como devidamente registrado pela aduana brasileira. A questão então que se faz é por que esse processo espelhado na tabela nº 1 não está otimizada de acordo com o proposto pelo Modelo P.L. da tabela Nº 2? Caso o leitor observe com atenção os resultados da tabela Nº 2, o número de rotas resultantes otimizadas, a partir da simulação da tabela Nº 1 foram reduzidos de 15 para 7 na tabela Nº 2, significando com isso as reduções substanciais de (tonelagem*quilometro) percorridas e consequente economias no frete e no preço do produto. No entanto, a questão permanece qual das duas opções é preferível: Ad Hoc ou P.L.? As reduções em rotas de transportes, reduziram também as opções logísticas, já que o modelo Ad Hoc moveu as cargas o mais rapidamente possível para esvaziar os silos de sojas dos embarcadores, procurando fechar contratos onde os portos de saída estariam mais disponíveis, não necessariamente mais perto. Essa pode ser apenas uma das várias interpretações sobre qual forma de otimização parcial esse modelo Ad Hoc dos embarcadores de soja de Mato Grosso possa ter seguido em 2008. No entanto, tivessem eles seguido um Modelo P.L. de otimização total, os resultados já saberíamos de antemão quais seriam e não poderiam ter sido mudados, devido as circunstancias de fechamento de contratos, mas teriam de obedecer aquelas 7 rotas de transporte como previsto no Modelo P.L., veja tabela Nº 2, os quais estão preparados para demonstrar os maiores ganhos possíveis nos resultados finais das operações logísticas de transportes, apresentando as melhores condições para a otimizações dos custos. Já os resultados da tabela Nº 1, como provenientes de um Modelo Ad Hoc Computadorizado, mudam constantemente e representam o que foi realizado durante esse ano de 2008. No ano anterior, provavelmente, foi outro, assim como no ano seguinte. Caso seguíssemos um modelo de Otimização total (P.L.), as únicas possibilidades de se obter ganhos de otimização, conforme mostrado na simulação da tabela Nº 2, seriam as 7 rotas de transportes previstas pela otimização final do modelo matemática (P.L.). Como rotas de transporte definem a malha logística e o desenvolvimento do condomínio econômico nacional Como vimos insistindo nesse tema de uma correlação entre as redes de transportes, de logística e a formação da economia nacional, propomos agora investigar como isso de fato acontece a partir da avaliação dos dados das redes de transportes da soja dessa principal região do agronegócio de Mato Grosso (MT). Como está implícito nos dados da tabela nº1, mostrados acima, várias rotas de transportes se formam a partir das exportações de soja desde C.N. Parecis, Sorriso até Rondonópolis (MT), definindo-se canais de distribuição a partir desses municípios em direção aos portos de Manaus (AM), São Francisco do Sul (SC), Paranaguá (PR), Santos (SP) e Vitória (ES). A figura nº 1, a seguir, demonstra graficamente esses resultados. As rotas de exportação da soja a partir dessas localidades, portanto, definem canais de distribuição para uma infinidade de outros produtos, mercadorias e serviços, caracterizando-se, assim, numa rede logística como por exemplo para localização de empresas, fábricas, centros de distribuição, supermercados, shopping centers, etc. A questão é saber como essa estrutura logística potencializa de fato desenvolvimento econômico.
  • 7. Figura Nº 1: Rotas de Exportação da Soja a partir de C.N. Parecis, Sorriso e Rondonópolis - Mato Grosso - 2008 Fonte: Elaborado pelo autor Para tentar demonstrar nosso ponto, elegemos 54 municípios para compor um possível potencial econômico a partir das rotas de exportação da figura nº 1, acima, definindo dois aspectos para cada localidade; um econômico, descrevendo a composição do PIB Municipal em termos de produção agrícola, industrial, de serviços e impostos, e um outro social, que descreve o perfil educacional dos jovens em idade escolar, da renda per capita média mensal e do IDH-Municipal, seguindo os dados do I.B.G.E. Os resultados podem ser vistos seguindo as tabelas Nº 3 e Nº 4 a baixo.
  • 8. Tabela Nº 3: Perfil Econômico dos Munícipios da Rota da Soja, a partir de C.N. Parecis, Sorriso e Rondonópolis Mato Grosso – 2008 Obs.: Fonte IBGE.
  • 9. Tabela Nº 4: Perfil Social dos Munícipios da Rota da Soja, a partir de C.N. Parecis, Sorriso e Rondonópolis Mato Grosso – 2008 Obs.: Fonte IBGE.
  • 10. Considerando-se54 municípiose9.000 km deredes de transportes (hidro-rodo-ferroviário), os resultados acima demostram um potencial econômico para essa rota da soja de US$ 566 Bilhões, 28 milhões depessoas com PIB per capita de US$ 20.000 ano. O potencial social edeconsumo representa renda per capita média mensal deUS$ 500 (R$ 1.000), 90% deassiduidadedejovens às escolas e esperança de vida de 76 anos. Como essa éuma rota muito longa ecomplexa as variações entres os Estados Brasileiros podem ser melhor avaliadas, considerando cada município individualmente, observando-se, ainda, que a questão do potencial econômico aqui demonstrado dessa rota da soja, expande-se e conecta-se a uma imensa região socioeconômica do Brasil com consequências ainda para serem estudadas mais atentamente. O ponto principal que, ainda, estamos querendo considerar aqui é o de tentar comparar a validade da aplicação de modelos matemáticos deotimização total (P.L) versus modelos heurísticoscomputadorizados, Ad Hoc. O leitor deve ter em menteque os resultados dos potenciais econômico sociais demonstrados acima são, em última análise, provenientes da tabela Nº 1 (Modelo Ad Hoc), caso o modelo usado tivesse sido o da tabela Nº 2 (Modelo Otimizado P.L.), os resultados teriam sido totalmente diferentes. E, essa diferença estaria justamenteno rebaixamento do potencial econômicoprovocado pelas substanciais reduções das possibilidades de rotas de 15 para 7 como ficou claro através do processo de otimização proposto pela tabela nº2. Assim, contínuosprocessosdeotimizaçãoao longo do tempo teriam reduzido o condomínio nacional brasileiro a partir da tabela nº 1 em direção a tabela nº 2. O leitor pode ver por si mesmo, comparando as tabelas Nº1 e Nº 2, quais teriam sido as consequências em termos da redução do potencial de desenvolvimento econômico para o país e para esses municípios. Provavelmente, é um fenômeno similar a esse que vem ocorrendo na economia americana desde o advento desse desastrado modelo neoliberal de Yale, Harvard e Chicago há uns 30 anos atrás. Processos contínuos de otimizações totais vêm reduzindo, substancialmente, o potencial econômico do condomínio nacional americano até chegarmos a essa brutal deflação e redução geral de preços eativos queestamos observando na economia mundial agora. A economia americana de1972 seria representada metaforicamente pela tabela nº 1, e a economia americana de 2015 pela tabela nº 2. Veja e compare! Deu para entender? Imposto é bom (tax is good) Outro aspecto a ser considerado na avaliação do potencial econômico a partir de rotas logísticas de transporte é o nível de taxação para entendermos se realmente a cobrança de impostos é boa ou ruim. Gostaríamos de entender se taxação,em per si, é um inibidor do potencial de desenvolvimento econômico como quer impor a ditadura neoliberal de Yale, Harvard e Chicago. Para isso, continuamos a análise de dados para a rota da soja descrita acima, desdobrando- se os resultados para escalonarmos o perfil dos PIB’s Municipais descritos na tabela nº 3 com os dados da tabela nº 4 em faixas de cobranças de impostos que compõe a economia desses 54 municípios, relacionando dados socioeconômicos correspondentes (econômicos e sociais). Os resultados podem ser vistos na tabela nº 5 a seguir. Tabela Nº 5: Variação Escalonada de Impostos sobre o PIB Municipal de 54 localidades da Rota da Soja Obs.: Fonte IBGE.
  • 11. Os dados da tabela nº 5, a cima, foram organizados de modo a tentar relacionar dados econômicos da tabela nº 3 com dados sociais da tabela nº4, escalonando o percentual dos impostos dos PIB Municipais dos 54 municípios da rota da soja por faixas de 5%. Como podemos observar na tabela nº5, a taxação de impostos para esse conjunto de municípios brasileiros atinge uma massa crítica da população nas faixas de participação dos impostos que vão de 5% a 25% do PIB Municipal, representando a massa de impostos gerados pelo setor industrial e de serviços sobre uma parcela de 92,73% da população com taxação média de 14,89%. Outro aspecto a considerar é a participação das atividades do PIB Municipal (agrícola, industrial e de serviços) com a correspondente variação de impostos por faixas. A agricultura tem participação pequena na formação dos impostos municipais por razões claras de ser um setor primário com poucas possibilidades de gerar efeitos encadeados de taxação. Já os setores industriais e de serviços são os que mais promovem a receita dos municípios, observando-se que a capacidade de tributação dos governos municipais está, nesse caso da tabela nº 5, bem definida nas faixas que variam entre 5% e 25% do PIB Municipal. Existem algumas faixas de cobrança de altas taxas de impostos além desse limite de 25% observados, porém elas se referem a uma parcela muito reduzida da população (7,11%). Essa alta taxação residual pode ser explicada através da instalação de grandes complexos industriais (petróleo, mineral, etc.)que de súbito geram enormes receitas tributárias aos municípios onde são instaladas, mas ficam restrito a casos isolados não gerando um perfil econômico diferenciado. Para efeitos de planejamento dos transportes, essa tabela nº 5 completa o potencial econômico da rota da soja que estamos estudando, explicitando potencial de consumo, medindo o tamanho da população por faixas de tributação, ressaltando em cada faixa o potencial de renda (renda per capita) e PIB per capita dos Municípios. Então, lendo da tabela nº 5, acima, verificamos que na faixa mais alta de taxação dos PIB Municipais, entre 25% e 30 %, encontra-se o maior potencial econômico social com renda per capita média mensal de US$ 700, PIB de US$ 22 bilhões, PIB per capita de US$ 20.000, assim como, IDHM de 0,805. Está claro nas conclusões sobre o potencial econômico dessa rota da soja de Mato Grosso, a partir dos dados compilados na tabela nº 5, que mais impostos representam melhores condições de desenvolvimento econômico municipal, e que dados socioeconômicos mais elevados são mais significativos para as empresas. A questão permanece, o que as empresas preferem: atuarem em faixas de impostos mais baixos ou em faixas de dados socioeconômicos mais altos com maiores possibilidades de consumo, renda e produção? A resposta a essa questão está intimamente ligada a essa falácianeoliberal de contínuas reduções de impostos, custos e rebaixamentos precários de preços e de valores dos ativos na sociedade em geral. O objetivo principal das empresas é vender mais e, portanto, elas se reagrupam por faixas de consumo e produção mais altas, ainda, que isso implique em impostos mais altos, pois que os impostos podem ser rapidamente diluídos nos custos médios em prol de um maior consumo, renda e produção no longo prazo. Já rebaixamentos contínuos de impostos no curto prazo apenas trazem transtornos ao setor público (principalmente municipal) que fica desaparelhado e descapacitado, acabando por promover o subdesenvolvimento num processo perverso para baixo. Para reforçar essas conclusões demonstradas pelos dados da tabela nº 5, apresentamos as mesmas condições de variações desses dados da rota da soja, agora considerando as condições gerais da economia brasileira, agrupados na tabela nº 6 a seguir. Como os dados da tabela Nº 6 representam todos os 5.570 municípios do Brasil, pode-se aí observar os efeitos das variações por faixas de impostos de 5% sobre os dados socioeconômicos dos PIB Municipais em larga escala e a consequência de seus efeitos encadeados. Observa-se, de fato, um efeito positivo nos dados socioeconômicos com o aumento escalonado dos impostos por faixas de variação, embora, bem delimitado dentre 5% até 25%, representando 80,94% da população com taxação média de 14,47%, renda per capita média mensal de US$ 349, PIB médio de 1,9 trilhões e PIB per capita de US$ 12.000 e IDHM de 0,712.
  • 12. Tabela Nº 6: Variação Escalonada de Impostos sobre o PIB de todos os Municípios Brasileiros Obs.: Fonte IBGE.
  • 13. Uma pequena história do fim do mundo Crepúsculo dos Deuses Quando a atriz norte-americana Glória Swanson, em 1950, desce a escadaria da mansão de Norma Desmond em Belair, no final do filme “Crepúsculo dos Deuses” (Sunset Boulevard) para ser presa por assassinato, essa cena bem representava, então, toda a decadências das oligarquias após seus contínuos desastres desde 1789 até 1945. A velha safada, corrupta e degenerada, vivendo de um passado decadente de pornografia e drogas tão comum as estrelas do cinema mudo da época, bem representava toda a decadência ética e moral das famílias nobres, aristocráticas e oligárquicas que tinham deixado um impressionante rastro de destruição de mais de 50 milhões de mortos após a 2ª Guerra Mundial. A velha suja, depravada, maníaca e pederasta, representada por Norma Desmond em sua definitiva saída de cena, descendo aquela escadaria como uma ridícula boneca velha, marionete do teatro burlesco, após ter fulminado a tiros o efeminado garoto de programa Joe Gillis, bem representava o definitivo descenso e sepultamento moral das oligarquias não apenas americanas mas de todo o mundo, pois que estavam totalmente esvaziadas de quaisquer valores válidos, propósito ou poderes efetivos para realizarem qualquer coisa de bom, sendo senão uma sombra, um fantasma, mais coisa do que gente, na sua descida alucinada e inexorável desde o topo (da escadaria) até o carro da polícia que a esperava na porta. O cadáver do efeminado Joe Gillis boiava na piscina do lado de fora da mansão com vários tiros no peito, apenas um corpo sem ninguém para o reclamar. Foto1: Glória Swanson em “O Crepúsculo dos Deuses” (Sunset Boulevard) Na cabeça do leitor que me segue nessa série de artigos que venho escrevendo, suponho que deve estar a pergunta: como foi que de um fabuloso sistema econômico de classe média, construído entre 1945 a 1972, voltamos de novo a essa desordem neoliberal de Yale, Harvard e Chicago, novamente, tão pornográfica quanto bizarra, com os mesmos vícios e depravações do passado recente desastroso, o qual, pensávamos ter sepultado, mas como uns zumbis de Norma Desmond eles voltaram para nos assombrar. A resposta, caro leitor, é de que não foi apenas um evento recente que acabou por reviver esse passado colonial e liberar seus fantasmas nos Estados Unidos e no Mundo, destruindo o sistema econômico americano de classe média, mas sim uma sucessão imperceptível de eventos que pedaço a pedaço foi delapidando continuamente o patrimônio
  • 14. econômico norte-americano. É como a análise de desastres aéreos, aonde um pequeno evento lá atrás perdido no tempo foi se agravando, levando por fim a derrubar a aeronave. Um corpo sem ninguém para reclamar Pergunto se pode o leitor imaginar a cena em que um pobre diabo sem eira nem beira, drogado na maior parte do tempo, vivendo de expedientes, efeminado por natureza, com a vizinhança reclamando das orgias que promovia no obscuro quartinho de fundos em que vivia, sai, tranquilamente, de um cinema pulguento do centro da cidade, depois de ter feito sexo com dúzias de homens no banheiro infecto, em seu intervalo de almoço, e daí ele é pinçado para o centro dos acontecimentos mundiais como assassino de um Presidente Norte-Americano. É como eu disse ao leitor no parágrafo anterior, o desastre neoliberal atual talvez tenha começado aí, nessa visão dantesca de um infeliz sem ninguém para reclamar o corpo que entra para uma história sem pé nem cabeça. Nos meus anos em Washington (D.C.) entre 1988 e 1994, pude ver a sequência filmada da prisão de Lee Oswald na PBS-TV nessa sua famosa saída do cinema para uma miserável eternidade. A palavra “surpreendido” ou “surpreso” não cabem, talvez seja melhor dizer estupefato, arrasado, paralisado, incapaz de reagir diante da enormidade dos acontecimentos. Lembro-me de ele repetir apenas: Eu sou um pato! Não matei ninguém! É como se dissesse: como um infeliz como eu poderia ter matado alguém, muito menos o Presidente dos Estados Unidos. Em 1988, o modelo americano de classe média (1945-1972) ainda está funcionamento bem, mas já se podia ver a guerra intestina travada nos bastidores entre os planejadores públicos americanos e a pressão crescente da oligarquia neoliberal de Yale, Harvard e Chicago em destruir e acabar com qualquer sentido de igualdade social, república e democracia nos Estados Unidos. De volta a 1960, o conflito Nixon versus Kennedy refletia essa tentativa desesperada de ascensão das oligarquias liberais pornográficas e bizarras norte-americanas depois do longo silencio de seu descenso à lá Norma Desmond na escadaria da decadência de 1950, quando foi gestado o modelo econômico norte-americano de classe média. Estavam decididos a reviver a velha e caricata oligarquia liberal ainda que em cima de uma máfia criminosa de assassinos como o clã dos Kenedy. Um dos últimos trabalhos de Paul Newman foi como o velho mafioso John Rooney em “Estrada para a Perdição” (Road to Perdition) de 2002, quando Newman acaba dando muito na vista devido sua tremenda semelhança física com a figura dos Kenedy. No caminho da perdição não há volta, se você começou como um canalha mafioso, você termina como um canalha mafioso e estará disponível para qualquer tipo de manobra ou artimanhas políticas correspondentes. Acreditar que máfias de imigrantes irlandeses, ou qualquer outra, pudessem vir a definir valores para América aristocrática e oligárquica é simplesmente piada. Assim, Kennedy estava disponível para a trapaça, não apenas representando o papel de um otário reciclado de uma Norma Desmond, mas também, estava totalmente impedido de gritar ou reclamar muito devido aopassado tenebroso de sua família. Na verdade, o pato perfeito não foi Lee Oswald afinal de contas, mas John Kenedy, com sua imensa figura Hollywoodiana, mulher formosa e família a procura de limpar o passado para se tornar a melhor expressão das mais finas dentre as famílias oligarquia liberais americana. Uma realeza para a República Americana. Esse conflito, caro leitor, não era assim tão pacífico, o outro lado, o elenco de planejadores públicos americanos que vinham construindo com grande esforço um regime possível de classe média para afastar definitivamente as mazelas de séculos de crimes e assassinato das oligarquias, estavam muito irritados com essa tentativa de volta das oligarquias liberais. O que eles não esperavam, e acredito que ninguém, é como esses canalhas, agrupados em Yale, Harvard e Chicago estavam decididos a assaltar o poder a qualquer custo destruindo, principalmente, os valores pilares da classe média americana de então, pai, mãe e família. A partir de Kennedy começa uma série de assassinatos políticos promovido por essa ralé barata, pornográfica e bizarra de Yale, Harvard e Chicago para criar uma série de “vítimas” liberais, que iriam engrossar o caldo da sua causa, o entronamento aristocrático das oligarquias, destruição da classe média e o sistemático delapidar de valores sociais e políticos até a completa diluição das noções de Democracia, República e Constituição nos Estados Unidos.
  • 15. Ao outro lado apenas coube, limitar os danos, abafar os casos mais difíceis, incapazes de acreditar de como norte- americanos privilegiados podiam odiar tanto a classe média e que estavam dispostos a tudo para impor seus valores aristocráticos a qualquer preço. Poucos, nesse período, escaparam de se tornarem símbolos caídos e perseguidos por um suposto sistema conservador. Ao leitor devo advertir de que sempre que há um crime a polícia primeiro pergunta quem se beneficiou do assassinado? Com certeza nenhum suposto grupo conservador, mas a própria oligarquia liberal canalha, boçal e assassina encastelada em Yale, Harvard e Chicago que promoveu a maior série de crimes políticos jamais vista na história dos Estados Unidos. Senão vejamos, John e Edward Kennedy, Martin Luter King, Malcon X, John Lennon, etc. A lista vai longe e inclui famosos e menos famosos. A ideia era solapar o estado de bem-estar social e tornar o povo americano escravo de salários de US$ 7 a hora nos Mcdonalds da vida. O último Presidente Norte-Americano de classe média Nesse contexto do assalto liberal ao poder a qualquer custa, Richard Nixon tornou-se uma tragédia, pois que associaram a ele todos os crimes políticos da canalha de Yale, Harvard e Chicago na década de 60 e 70 , envolvendo-o numa trama de conspirações que tornaram sua imagem a mais queimada e destruída da história dos presidentes norte-americanos. Ele nunca pertenceu a máfia nenhuma e, para os padrões americanos, morreu pobre e seu nome até hoje é obscuro e sinistro para a maioria do povo americano. Richard Nixon representava essa classe média norte-americana emergente do pós-guerra e era muito orgulhosa do que vinha conseguido obter ao equilibrar valores individuais e coletivos, sociais e econômicos. A queda de Nixon ainda não tinha posto a canalha liberal de Yale, Harvard e Chicago no poder. Seria preciso a ascensão da série de Presidentes paspalhões Hollywoodianos para completar o serviço. Na verdade, apenas o fim da guerra fria em 1989 é que definitivamente, liberou o maldito leviatã liberal como um verdadeiro vencedor e iniciou essas políticas de destruição sistemática do estado de bem-estar social da classe média americana. O Fim da guerra fria e a ascensão da oligarquia dos pederastas norte-americanos? Os soviéticos já tinham compreendido bem as limitações do comunismo e do famigerado planejamento centralizado. A questão para os russos no início da década de 1980 era como sair daquela situação. Foi preciso uma impressionante retirada estratégica para liberar a Rússia e outros países daquele beco sem saída em que se tornara a União Soviética e o próprio comunismo. O que eles não sabiam, ou melhor que ninguém sabia, é qual acabariam por ser as consequências dessa aparente retirada ou derrota russa. A retirada russa, como disse antes, liberou o leviatã neoliberal de quaisquer escrúpulos e através da série de presidente paspalhões hollywoodianos iniciaram o processo de delapidação da República, da Democracia e da Constituição do Estado Norte-Americano. O primeiro passo, foi cooptar a esquerda americana liderada por um pornógrafo degenerado como Bill Clinton que não sabia quem era o pai e a mãe era uma notória vagabunda pertencente a escória de Little Rock,mas com veleidades de apagar o passado e se tornar oligarquia (como os Kennedy). Do outro lado, o grupo de assassinos profissionais, liderados por George Bush (Daddy), que tinha se tornado depois de anos na CIA um notório criminoso, queria agora criar uma dinastia apresentável, só que seus espermas geraram a pior prole de incompetentes, retardados mentais e drogados jamais visto na história política norte-americana. No meio, o leviatã neoliberal de Yale, Harvard e Chicago com sua subliteratura econômica do século 18 e 19 passa a manobrar esses paspalhões hollywoodianos até que em 11 de setembro a aliança desses canalhas todos promovem o golpe final que aniquila definitivamente o Estado Americano, marcando a ascensão da oligarquia dos pederastas norte-americanos.
  • 16. Epílogo O epílogo é o fim dessa sarjeta política norte-americana devido as inconsistências do modelo neoliberal pornográfico e bizarro que construíram. Assim como o comunismo, esse modelo de Yale, Harvard e Chicago não funciona! Voltamos então a 1950 e assistimos de novo uma refilmagem de “Crepúsculo dos Deuses”... Hoje, os zumbis de Norma Desmond de pele flácida, amarelada e oleosaentocados em Yale, Harvard e Chicago descem lentamente as escadarias da glória dessas instituições, com seus cacoetes de atores canastrões e paspalhões hollywoodianos, fazendo caretas com as caras e as bocas, completamente drogados e alucinados, depois de uma série de tenebrosas orgias sexuais com crianças, direto para o carro na polícia que os espera na porta de entrada. Corpos de efeminados, garotos de programas, infelizes escravos de todos os matizes de vícios dessa canalha neoliberal norte- americana, permanecem boiando na piscina do lado de fora de Yale, Harvard e Chicago com os corpos cheios de balaços. Corpos sem ninguém para os reclamar. Prof. Ricardo Rodrigues 23 de setembro de 2015