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É uma publicação mensal da IMF Editora Ltda.
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E JENNIFER ALMEIDA
Diretor Editorial: Ronnie Nogueira | Editor Internacional: William F. Mahoney | Editor Responsável: Ronaldo A. da Frota Nogueira
Conselho Editorial: Antônio Castro, Edison Arisa, Eduarda La Rocque, Geraldo Soares, Hélio Garcia, Jurandir Macedo, Luiz Fernando Rolla,
Luiz Leonardo Cantidiano, Marcelo Mesquita, Mauro Cunha, Nuno da Silva, Paulo Faustino da Costa, Raymundo Magliano e Ricardo Amorim
Projeto Gráfico: DuatDesign | Arte-final: Marta Gauze | Distribuição em bancas: Global Press
Os artigos aqui publicados não pretendem induzir a nenhuma modalidade de investimento. Os dados e reportagens são apurados com todo o rigor,
porém não devem ser considerados perfeitos e acima de falhas involuntárias. Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva de seus autores.
É proibida a reprodução desse volume, ou parte do mesmo, sob quaisquer meios, sem a autorização prévia e expressa da IMF Editora.
62 Educação
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67 IBRI Notícias
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PARA O FUTURO
OLHANDO
CELEBRA
DIVULGAR?
GUIDANCE:
POR QUE
“Se o jogo se resumisse a estudar história,
as pessoas mais ricas seriam os bibliotecários.”
Warren Buffett
42 REVISTA RI Dezembro 2013 | Janeiro 2014
DIVULGAÇÃO
por RICARDO BETTONI AGRELLI
A intenção desse artigo é discutir a importância da correta
administração das expectativas do mercado de capitais e como
as empresas brasileiras atualmente divulgam suas perspectivas
operacionais e financeiras, também chamadas de Guidance.
No Brasil, a divulgação de perspectivas operacionais e finan-
ceiras não é obrigatória, mas faz parte da Instrução 358 da
CVM, que diz que quando a empresa opta por fazer tal di-
vulgação ao mercado deve tratá-la como Fato Relevante. A
Instrução 480, por sua vez, estabelece a obrigatoriedade de
incluir as informações no Item 11 do Formulário de Referên-
cia (FRE). Exatamente pelo fato de não ser uma obrigatorie-
dade a maioria das companhias não divulgam.
No entanto, cada vez mais, observa-se uma movimentação do
mercado a favor da divulgação daquelas perspectivas. Hoje, ana-
listas sell-side, além de se especializarem em diversos setores e
estudarem a fundo as empresas que cobrem, estão na constante
busca por mais informações que os ajudem a montar os seus
modelos e relatórios de avaliação das companhias, apontando as
perspectivas para vários indicadores, tais como preço alvo para
as ações, faturamento e lucro. Os analistas buy-side, por sua vez,
além de consumirem os relatórios dos analistas sell-side, tam-
bém procuram pela maior quantidade de informações possível
antes de tomarem suas decisões de investimento, sendo que
buscam principalmente informações que indiquem uma pers-
pectiva para o futuro.
Além disso, vale ressaltar aqui, que quando se compra uma
ação, ninguém está comprando o presente, mas o ganho poten-
cial com aquele ativo no futuro, o que reforça a importância das
projeções para a tomada de decisão. No entanto, conforme já
mencionado anteriormente, a maior parte das Companhias no
Brasil ainda não fornece projeções formais ao mercado, dada sua
não obrigatoriedade legal.
Com base nessa realidade, uma avaliação mais empírica das
informações incluídas no item 11 do FRE pelas 507 empresas
listadas na BM&FBOVESPA mostra que apenas 19% delas di-
vulgam alguma projeção formal para o mercado. Nesse uni-
verso, apenas 7% estão listadas fora dos níveis diferenciados
de Governança Corporativa e incluem principalmente as em-
presas públicas que divulgam basicamente os investimentos
previstos para o ano seguinte.
Considerando apenas aquelas listadas no Novo Mercado, Ní-
veis 1 e 2 e Bovespa MAIS, a porcentagem das empresas que
divulgam guidance sobe para 32%, como demonstrado nos
gráficos a seguir.
TOTAL DE
EMPRESAS LISTADAS
COMPANHIAS COM
NÍVEIS DIFERENCIADOS
DE GOVERNANÇA
CORPORATIVA
32%
68%
19%
81%
Divulgam Guidance Não Divulgam Guidance
43REVISTA RIDezembro 2013 | Janeiro 2014
Adotar o guidance como
instrumento periódico
de divulgação e revisão
auxilia e muito o trabalho
da equipe de Relações com
Investidores no dia a dia
com o mercado de capitais,
principalmente naquilo que
é um dos pilares do trabalho
de RI: o gerenciamento das
expectativas do mercado.
O estudo também mostra uma concentração de 50% das em-
presas que optaram por divulgar alguma projeção em três
setores da economia: construção e transporte, consumo
não-cíclico (em sua maioria empresas de varejo, exceto as
relacionadas ao setor têxtil) e financeiro. As projeções divul-
gadas pelas companhias referem-se principalmente a seu de-
sempenho operacional e receita. O levantamento também
mostrou que 70% das empresas que divulgam guidance são
small ou mid-caps (valor de mercado de até R$ 10 bi).
Em linhas gerais, com base nos dados levantados, podemos
concluir que a divulgação do guidance ainda não faz par-
te do dia-a-dia do planejamento das empresas e respectivas
áreas de RI.
Fornecer guidance formal não significa prever o futuro, muito
menos ficar preso às estimativas a ferro e fogo, e demonstra
um elevado grau de planejamento da Companhia, represen-
tando um diferencial competitivo em uma eventual decisão
de investimento. Tão importante quanto divulgar guidance
é atualizá-lo periodicamente, seja por motivos internos à
Companhia ou por questões relacionadas a fatores setoriais e
macroeconômicos, dependendo da abertura das informações.
Numa primeira avaliação, as perspectivas da Companhia B
parecem melhores, mas nem sempre isso é verdade e pode
simplesmente estar havendo uma enorme distorção na per-
cepção dos agentes do mercado em relação aos resultados
futuros dessa Companhia. Se as informações disponíveis
teoricamente são as mesmas, por que um analista projeta
para uma mesma companhia receita de 150 e o outro uma
receita 4x maior? Apesar de parecer absurdo, isso acontece
mais do que se possa imaginar.
As Companhias não têm controle sobre o que os analistas
escrevem a respeito do seu negócio, mas exatamente pelo
fato de entender o mercado e, acima de tudo, conhecer pro-
fundamente o próprio business, é interessante que a admi-
nistração da empresa estabeleça premissas e projeções que
norteiem o mercado como um todo, evitando ruídos e dis-
torções na interpretação das informações.
Adotar o guidance como instrumento periódico de divulgação
e revisão auxilia e muito o trabalho da equipe de Relações
com Investidores no dia a dia com o mercado de capitais, prin-
cipalmente naquilo que é um dos pilares do trabalho de RI: o
gerenciamento das expectativas do mercado. RI
Receita
Estimada Ano X
Companhia
A
Companhia
B
Analista A 100 150
Analista B 125 300
Analista C 150 600
RICARDO BETTONI AGRELLI
é sócio do MZ Group
ricardo.bettoni@mzgroup.com
Citando um exemplo hipotético e simplista, vamos avaliar
a tabela abaixo com o intuito de medir qual empresa geren-
cia melhor as expectativas do mercado e, assim, avaliar a
importância de divulgar ou não guidance.
DIVULGAÇÃO
44 REVISTA RI Dezembro 2013 | Janeiro 2014

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  • 2. RIRI 04 Entrevista Marco Geovanne, diretor de participações da Previ POR LÚCIA REBOUÇAS 10 Em Pauta Projeções para 2014: De olho na disputa eleitoral POR ISABELLA ABREU 14 Mercado de Capitais IPOs 2013: Como foi o ano para as empresas que estrearam na Bolsa? POR ISABELLA ABREU 22 Enfoque Relatório Anual: Uma espécie ameaçada? POR LÉLIO LAURETTI 26 Melhores Práticas Boas Práticas de MD&A segundo a SEC POR RUBENS MARÇAL REVISTA RI© É uma publicação mensal da IMF Editora Ltda. Av. Erasmo Braga, 227 - Grupo 404 20020-000 - Rio de Janeiro, RJ Tel.: (21) 2240-4347 Fax: (21) 2262-7570 ri@imf.com.br www.revistaRI.com.br 30 Fórum Abrasca MP no. 627/2013: O fim do RTT POR JIMIR DONIAK JR. 36 Destaque Bradesco celebra 70 anos olhando para o futuro POR LÚCIA REBOUÇAS 42 Divulgação Guidance: Por que divulgar? POR RICARDO BETTONI AGRELLI 46 Governança Corporativa Big Data & a convergência das forças transformadoras sobre as práticas de Governança POR VLADIMIR BIDNIUK 52 Branding Marcas em processo de Fusões e Aquisições POR EDUARDO TOMIYA 56 Contabilidade Normas Contábeis internacionais POR ALINE FELTRIN E JENNIFER ALMEIDA Diretor Editorial: Ronnie Nogueira | Editor Internacional: William F. Mahoney | Editor Responsável: Ronaldo A. da Frota Nogueira Conselho Editorial: Antônio Castro, Edison Arisa, Eduarda La Rocque, Geraldo Soares, Hélio Garcia, Jurandir Macedo, Luiz Fernando Rolla, Luiz Leonardo Cantidiano, Marcelo Mesquita, Mauro Cunha, Nuno da Silva, Paulo Faustino da Costa, Raymundo Magliano e Ricardo Amorim Projeto Gráfico: DuatDesign | Arte-final: Marta Gauze | Distribuição em bancas: Global Press Os artigos aqui publicados não pretendem induzir a nenhuma modalidade de investimento. Os dados e reportagens são apurados com todo o rigor, porém não devem ser considerados perfeitos e acima de falhas involuntárias. Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva de seus autores. É proibida a reprodução desse volume, ou parte do mesmo, sob quaisquer meios, sem a autorização prévia e expressa da IMF Editora. 62 Educação Financeira Como transformar Planos de Ano Novo em realidade? POR JURANDIR SELL MACEDO 67 IBRI Notícias IBRI realiza evento para aprimorar práticas de RI POR JENNIFER ALMEIDA 72 Opinião Relato Integrado: o sucesso do primeiro grande diagnóstico POR ROBERTO GONZALEZ RELATÓRIO ANUAL MD&ASEGUNDO A SEC BOAS FUSÕES & MARCAS AQUISIÇÕES PARA O FUTURO OLHANDO CELEBRA
  • 3. DIVULGAR? GUIDANCE: POR QUE “Se o jogo se resumisse a estudar história, as pessoas mais ricas seriam os bibliotecários.” Warren Buffett 42 REVISTA RI Dezembro 2013 | Janeiro 2014 DIVULGAÇÃO
  • 4. por RICARDO BETTONI AGRELLI A intenção desse artigo é discutir a importância da correta administração das expectativas do mercado de capitais e como as empresas brasileiras atualmente divulgam suas perspectivas operacionais e financeiras, também chamadas de Guidance. No Brasil, a divulgação de perspectivas operacionais e finan- ceiras não é obrigatória, mas faz parte da Instrução 358 da CVM, que diz que quando a empresa opta por fazer tal di- vulgação ao mercado deve tratá-la como Fato Relevante. A Instrução 480, por sua vez, estabelece a obrigatoriedade de incluir as informações no Item 11 do Formulário de Referên- cia (FRE). Exatamente pelo fato de não ser uma obrigatorie- dade a maioria das companhias não divulgam. No entanto, cada vez mais, observa-se uma movimentação do mercado a favor da divulgação daquelas perspectivas. Hoje, ana- listas sell-side, além de se especializarem em diversos setores e estudarem a fundo as empresas que cobrem, estão na constante busca por mais informações que os ajudem a montar os seus modelos e relatórios de avaliação das companhias, apontando as perspectivas para vários indicadores, tais como preço alvo para as ações, faturamento e lucro. Os analistas buy-side, por sua vez, além de consumirem os relatórios dos analistas sell-side, tam- bém procuram pela maior quantidade de informações possível antes de tomarem suas decisões de investimento, sendo que buscam principalmente informações que indiquem uma pers- pectiva para o futuro. Além disso, vale ressaltar aqui, que quando se compra uma ação, ninguém está comprando o presente, mas o ganho poten- cial com aquele ativo no futuro, o que reforça a importância das projeções para a tomada de decisão. No entanto, conforme já mencionado anteriormente, a maior parte das Companhias no Brasil ainda não fornece projeções formais ao mercado, dada sua não obrigatoriedade legal. Com base nessa realidade, uma avaliação mais empírica das informações incluídas no item 11 do FRE pelas 507 empresas listadas na BM&FBOVESPA mostra que apenas 19% delas di- vulgam alguma projeção formal para o mercado. Nesse uni- verso, apenas 7% estão listadas fora dos níveis diferenciados de Governança Corporativa e incluem principalmente as em- presas públicas que divulgam basicamente os investimentos previstos para o ano seguinte. Considerando apenas aquelas listadas no Novo Mercado, Ní- veis 1 e 2 e Bovespa MAIS, a porcentagem das empresas que divulgam guidance sobe para 32%, como demonstrado nos gráficos a seguir. TOTAL DE EMPRESAS LISTADAS COMPANHIAS COM NÍVEIS DIFERENCIADOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA 32% 68% 19% 81% Divulgam Guidance Não Divulgam Guidance 43REVISTA RIDezembro 2013 | Janeiro 2014
  • 5. Adotar o guidance como instrumento periódico de divulgação e revisão auxilia e muito o trabalho da equipe de Relações com Investidores no dia a dia com o mercado de capitais, principalmente naquilo que é um dos pilares do trabalho de RI: o gerenciamento das expectativas do mercado. O estudo também mostra uma concentração de 50% das em- presas que optaram por divulgar alguma projeção em três setores da economia: construção e transporte, consumo não-cíclico (em sua maioria empresas de varejo, exceto as relacionadas ao setor têxtil) e financeiro. As projeções divul- gadas pelas companhias referem-se principalmente a seu de- sempenho operacional e receita. O levantamento também mostrou que 70% das empresas que divulgam guidance são small ou mid-caps (valor de mercado de até R$ 10 bi). Em linhas gerais, com base nos dados levantados, podemos concluir que a divulgação do guidance ainda não faz par- te do dia-a-dia do planejamento das empresas e respectivas áreas de RI. Fornecer guidance formal não significa prever o futuro, muito menos ficar preso às estimativas a ferro e fogo, e demonstra um elevado grau de planejamento da Companhia, represen- tando um diferencial competitivo em uma eventual decisão de investimento. Tão importante quanto divulgar guidance é atualizá-lo periodicamente, seja por motivos internos à Companhia ou por questões relacionadas a fatores setoriais e macroeconômicos, dependendo da abertura das informações. Numa primeira avaliação, as perspectivas da Companhia B parecem melhores, mas nem sempre isso é verdade e pode simplesmente estar havendo uma enorme distorção na per- cepção dos agentes do mercado em relação aos resultados futuros dessa Companhia. Se as informações disponíveis teoricamente são as mesmas, por que um analista projeta para uma mesma companhia receita de 150 e o outro uma receita 4x maior? Apesar de parecer absurdo, isso acontece mais do que se possa imaginar. As Companhias não têm controle sobre o que os analistas escrevem a respeito do seu negócio, mas exatamente pelo fato de entender o mercado e, acima de tudo, conhecer pro- fundamente o próprio business, é interessante que a admi- nistração da empresa estabeleça premissas e projeções que norteiem o mercado como um todo, evitando ruídos e dis- torções na interpretação das informações. Adotar o guidance como instrumento periódico de divulgação e revisão auxilia e muito o trabalho da equipe de Relações com Investidores no dia a dia com o mercado de capitais, prin- cipalmente naquilo que é um dos pilares do trabalho de RI: o gerenciamento das expectativas do mercado. RI Receita Estimada Ano X Companhia A Companhia B Analista A 100 150 Analista B 125 300 Analista C 150 600 RICARDO BETTONI AGRELLI é sócio do MZ Group ricardo.bettoni@mzgroup.com Citando um exemplo hipotético e simplista, vamos avaliar a tabela abaixo com o intuito de medir qual empresa geren- cia melhor as expectativas do mercado e, assim, avaliar a importância de divulgar ou não guidance. DIVULGAÇÃO 44 REVISTA RI Dezembro 2013 | Janeiro 2014