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2° ANO
                                                      AULA 2
Prof.ª Renata Rodrigues
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 email: rena7hynh@hotmail.com




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FOCOS DE CONFLITO NA ÁSIA
   O chamado Grande Oriente Médio, região que se
    estende de Israel até o Afeganistão e o Paquistão,
    apresenta uma intensa instabilidade política.

   Nessa área, os conflitos atravessaram o século
    XX e permanecem no século XXI.

   Além desse, existem diversos outros focos de
    conflitos e guerras civis no continente asiático,
    conforme veremos a seguir.



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   A região da Palestina foi ocupada e conquistada por
    muitos povos, entre eles os judeus e os árabes. No
    século VI a.C., o povo judeu iniciou sua diáspora
    (dispersão) pelo mundo, mas continuou considerando a
    Palestina a sua terra de origem.

   No contexto pós-Segunda Guerra Mundial, em 1947, a
    ONU aprovou a criação de um Estado nacional para o
    povo judeu. No ano seguinte, a Palestina seria dividida
    em dois Estados:
     Israel recebeu 56% do território
     Enquanto a Palestina árabe ficou com os outros 44%
     A    cidade    de   Jerusalém     permaneceu      sob
      administração internacional.

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   Os povos que habitavam a região da Palestina,
    reunidos na Liga Árabe, não aceitaram a decisão
    da ONU.

   Em 1948, Israel declarou sua independência,
    dissolvendo     o      Estado      árabe-palestino,
    incorporando ao seu território as terras palestinas
    que ia conquistando, e iniciou uma série de
    guerras com os países vizinhos – Síria, Líbano,
    Egito, Jordânia -, todas elas vencidas por Israel,
    que contava com armamentos mais modernos.



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   Por causa das guerras, uma grande parta dos
    árabes-palestinos foi expulsa de seu território,
    formando o maior contingente de refugiados do
    mundo: são mais de 4 milhões de pessoas
    espalhadas por vários territórios e países.

   Enquanto isso, uma grande onda de imigrantes
    judeus chegava a Israel, vindos de diversos
    países da Europa, da África e da Ásia.




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   Com a independência de Israel, a população
    árabe-palestina passou a lutar pelo fim desse
    Estado e pela construção de um Estado
    palestino.

   Em 1964, grupos exilados no Líbano fundaram
    a Organização para a Libertação da
    Palestina (OLP), que em sua origem, negava
    a legitimidade da existência de Israel.




                Em 1988, porém, os palestinos finalmente aceitaram a
                soberania de Israel sobre parte da Palestina histórica,
                nos termos propostos pela ONU. No mesmo ano,
                proclamaram um Estado para os palestinos, ao qual
                deram o nome Autoridade Nacional Palestina.
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   Depois de muitas guerras e duas intifadas (rebeliões palestinas), os
    acordos de paz assinados entre os países, desde 1993, afirmaram a
    autonomia dos palestinos na Faixa de Gaza e em parte da Cisjordânia.




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   Apesar de ter sido considerado ilegal pela Assembleia
    Geral da ONU, em 2007 Israel concluiu a construção de
    um muro na Cisjordânia com mais de 9 metros de altura,
    controlando a entrada dos palestinos em território
    israelense.

   Esse paredão restringe o direito de ir e vir das populações
    árabes e incorpora áreas palestinas ao território de Israel.




                      Muro da vergonha

                                geo-educacao.blogspot.com.br
    O Estado palestino independente ainda não se
     concretizou de fato, os territórios palestinos estão
     separados, de Israel e entre si, em 21 enclaves.
     Desde 2007, israelenses e árabes-palestinos
     tentam um governo de união nacional, mas os
     conflitos continuam.

    Terrorista Palestino




                                                          Agressão Palestina



                           geo-educacao.blogspot.com.br
   Atualmente, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia apresentam
    infraestrutura precárias, baixo dinamismo econômico e elevadas
    taxas de pobreza, em grande parte por causa dos conflitos com
    Israel.

   Em dezembro de 2008, alegando ameaças à sua própria
    segurança, Israel lançou um ataque devastador à Faixa de Gaza.

   Cidades, vilas e até escolas tornaram-se alvos de bombardeio
    aéreo. Mesmo abrigos e instalações humanitárias sob tutela da
    ONU foram destruídos.

   Todas as comunicações entre Gaza e o restante do mundo foram
    bloqueadas pelo exército israelense.

   Mais de 1 300 pessoas foram mortas, milhares ficaram feridas ou
    perderam suas casas.


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Nações Unidas?
José Saramago, prêmio Nobel de Literatura, manifesta sua indignação
com as atrocidades cometidas em Gaza no texto abaixo. Leia-o com
atenção.

“A sigla ONU, toda a gente o sabe, significa Organização das Nações Unidas,
isto é, à luz da realidade, nada ou muito pouco. Que o digam os palestinos de
Gaza a quem se lhes estão esgotando os alimentos, ou que se esgotaram já,
porque assim o impôs o bloqueio israelense, decidido, pelos vistos, a condenar
à fome as 750 mil pessoas ali registradas como refugiados. Nem pão têm já, a
farinha acabou, e o azeite, as lentilhas e o açúcar vão pelo mesmo caminho.
Desde o dia 9 de dezembro os caminhões da agência das Nações Unidas,
carregados de alimentos, aguardam que o exército israelense lhes permita a
entrada na faixa de Gaza, uma autorização uma vez mais negada ou que será
retardada até ao último desespero e à última exasperação dos palestinos
famintos. Nações Unidas? Unidas? Contando com a cumplicidade ou a covardia
internacional, Israel ri-se de recomendações, decisões e protestos, faz o que
entende, quando o entende e como o entende. Vai ao ponto de impedir a entrada
de livros e instrumentos musicais como se tratasse de produtos que iriam pôr
em risco a segurança de Israel.”

  SARAMAGO, José. Gaza e os vestígios de um deus rancoroso e feroz. Agência Carta        JOSÉ
Maior, 31 dez. 2008. Disponível em: <www.cartamaior.com.br>. Acesso em: 8 set. 2012.   SARAMAGO

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   Responda em seu caderno.
     Explique por que o escritor José Saramago
     questiona o nome da Organização das Nações
     Unidas.




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   Na guerra que envolveu o Irã e o Iraque (1980-1988), países
    que contam com expressivas reservas de petróleo e gás, os
    Estados Unidos aliaram-se às facções políticas que
    defendiam seus interesses estratégicos, presentes em
    ambos os países.

   Em 1990, o Iraque invadiu o Kuait por motivos expansionistas
    e com o intuito de se apropriar de suas valiosas reservas
    petrolíferas. A ONU instaurou um embargo contra o Iraque e
    autorizou o uso da força para expulsar o invasor.




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   Os Estados unidos e as forças aliadas invadiram novamente o
    Iraque em 2003. A Segunda Guerra do Golfo foi deflagrada sob
    a alegação de que o Iraque possuía armas químicas e, por isso,
    constituía sério perigo para o mundo.

   Entretanto, o Iraque foi ocupado e devastado pelos invasores, e
    nenhuma arma química foi encontrada.

   Portanto, a justificativa apenas encobria a necessidade de
    aniquilar um rival econômico potencial.

   Os protestos contra o domínio estrangeiro fazem com que as
    tensões continuem no Iraque.




                            geo-educacao.blogspot.com.br
   Uma consequência da Guerra do Golfo foi a internacionalização da
    questão curda. Os curdos, majoritariamente mulçumanos sunitas, são
    a maior etnia sem Estado no mundo (por volta de 26 milhões de
    pessoas).
   A maioria dos curdos vive na Turquia, mas formam uma minoria no
    Iraque. Com a derrota iraquiana, essa minoria curda rebelou-se. A
    repressão que se seguiu provocou o êxodo em massa dessa população
    para o Irã e para a Turquia.




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   Índia e Paquistão são ex-colônias britânicas. Em 1947
    conseguiram independência. Os ingleses repartiram a região
    de acordo com a religião das maiorias. Assim surgiu a Índia,
    de maioria hindu, e o Paquistão, de maioria muçulmana.

   O controle sobre a região da Caxemira foi causa de duas
    das três guerras (1948-1949, 1965 e 1971) já travadas entre
    Índia e Paquistão desde 1947 - ano em que ambos os
    países se tornaram independentes do Reino Unido.

   A região da Caxemira continua dividida entre a Índia e o
    Paquistão. Os dois países abrandaram a retórica dura
    recentemente, mas nenhuma das partes parece estar pronta
    para um acordo. Instabilidades político-econômicas no
    Paquistão poderiam facilmente deflagrar um conflito.



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   A Caxemira é uma região montanhosa ao
    norte dos dois países. Grande parte da
    população da região é muçulmana e quer
    a anexação ao Paquistão, que a Índia
    nega.

   O Paquistão reivindica o controle total da
    Caxemira sob o argumento de que lá vive
    uma população de maioria islâmica - a
    mesma do país. Já a Índia tem uma
    população majoritariamente hindu.



                           geo-educacao.blogspot.com.br
   Nas lutas entre os grupos que envolvem os dois Exércitos e
    guerrilheiros pró-Paquistão, desde 1989, mais de 40 mil
    pessoas já morreram. Segundo o governo indiano, esses
    grupos recebem o apoio financeiro do Paquistão, que diz
    apenas ampará-los politicamente.

   A rivalidade levou a uma corrida armamentista que culminou
    com a entrada de Índia e Paquistão, em 1998, no clube dos
    países     detentores   de    armas   nucleares.    Ambos
    desenvolveram ao máximo sua infraestrutura militar.

   Desde então, as hostilidades na Caxemira passaram a ser
    acompanhadas com mais atenção pela comunidade
    internacional.




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O Afeganistão na rota
       da ilegalidade
   No Afeganistão os conflitos tiveram início quando
    a União Soviética invadiu o país, em 1979. Nos
    dez anos seguintes, diferentes facções étnicas
    afegãs, apoiadas pelos Estados Unidos e seus
    aliados, uniram-se na luta contra a invasão
    soviética.

   Após a expulsão das forças de ocupação,
    começaram as divergências e a luta pelo poder
    entre esses grupos étnicos armados, também
    conhecidos como milícias.


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   Em 1995, o talibã, milícia sunita da etnia patane
    que havia sido aliada dos Estados Unidos durante
    a invasão soviética, passou a dominar 90% do
    Afeganistão, transformando-o em uma teocracia
    fundamentalista islâmica.

   O talibã luta pela instauração de um Estado
    islâmico, isto é, a aplicação dos preceitos
    islâmicos e dos ensinamentos de Maomé como
    princípios fundamentais para o exercício do poder
    do Estado.



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Atentados nos Estados Unidos...
   Em 2001, os atentados nos Estados Unidos e o
    suposto abrigo dado pelo Afeganistão a Osama
    Bin Laden, líder da organização terrorista Al
    Qaeda, motivaram uma invasão desse país pela
    coalizão liderada pelos Estados Unidos.

   Mais uma vez, milhares de afegãos tiveram de
    abandonar        seus     lares,  dirigindo-se,
    principalmente, para o Paquistão.




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   A milícia talibã foi derrotada, mas o atual governo,
    que se aliou aos Estados Unidos, não tem
    conseguido estabilizar o país fragmentado, à beira
    de uma guerra civil e marcado pelo contrabando e
    pela corrupção.
   Além disso, a guerrilha talibã continua a atuar,
    graças ao apoio do Paquistão e a impopularidade
    das tropas estadunidenses.


Nesse contexto caótico, o Afeganistão converteu-se em um
narcoestado, ou seja, um Estado no qual parte importante
da riqueza provém da produção ou distribuição de drogas
ilícitas, no caso, o ópio.

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FOCOS DE CONFLITOS NO LESTE
    EUROPEU
   Com o fim da Guerra Fria e a
    derrocada do socialismo no Leste
    Europeu, alguns países dessa região
    mergulharam em conflitos étnicos e
    turbulências políticas.
    A região dos Bálcãs, cadeia
    montanhosa situada no sudeste da
    Europa, foi ocupada durante séculos
    por diversos povos de religiões
    diferentes (católica, ortodoxa e
    islâmica), que se enfrentaram em
    diversas ocasiões.                                       Região dos Bálcãs




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   As hostilidades que serviram de estopim para o início da
    Primeira Guerra Mundial ocorreram nessa região. Em 1908,
    os sérvios, com o apoio da Rússia, entraram em conflito
    com a Áustria, com a finalidade de conter o expansionismo
    austríaco que havia anexado a Bósnia-Herzegovina. A
    Sérvia, por sua vez, também pretendia se expandir e formar
    a Grande Sérvia, Estado que reuniria os povos eslavos. O
    assassinato do herdeiro do trono austríaco por um
    nacionalista sérvio, em Saravejo, na Bósnia em 1914,
    acirrou as tensões e deflagrou a Primeira Grande Guerra.




                                                       Arquiduque Francisco Ferdinando
                                                       momentos antes de ser assassinado
                                                       em Saravejo
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   A dissolução da antiga Iugoslávia começou em 1991, depois
    de uma violenta guerra civil entre os grupos étnicos que
    disputavam os territórios do país.

   A Iugoslávia foi formada em 1929 pela junção dos reinos
    sérvio, croata e esloveno, reunindo muitas etnias.

   O processo de fragmentação da Iugoslávia deu origem a
    sete novos Estados: Bósnia-Herzegóvina, Croácia,
    Eslovênia, Macedônia, Sérvia, Montenegro e Kosovo.




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Mapa da distribuição étnica e religiosa da região dos Bálcãs
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Conheça um pouco mais sobre esse processo de
fragmentação e sobre os países que dele resultaram:

   Eslovênia: por apresentar composição étnica mais homogênea
    (91% de eslovenos), foi o primeiro país a conseguir independência,
    em 1991. Após a dissolução da Iugoslávia e de uma breve guerra, o
    país estabilizou-se e, a partir de 2004, passou a integrar a União
    Europeia.

   Croácia: conseguiu a independência após uma guerra civil (1991-
    1992) entre croatas e a minoria sérvia. Sua entrada na União
    Europeia continua condicionada ao fim da intolerância étnica e da
    corrupção.

   Macedônia: embora existindo tensões étnicas entre cristãos,
    ortodoxos e a minoria muçulmano-albanesa, conseguiu a
    independência de forma pacífica em 1991.

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   Bósnia-Herzegóvina: declarou sua independência em 1992.
    Imediatamente, teve início uma violenta guerra civil, que terminou
    em 1995 graças à intervenção da Organização do Tratado do
    Atlântico Norte (Otan). Os conflitos entre croatas, sérvios e
    muçulmanos causaram milhares de mortes e tornaram refugiados
    2,5 milhões de pessoas. Até 2009, o país continuava sob
    mediação internacional e vigilância de soldados da Força da
    União Europeia, o que impedia negociações para a sua entrada
    nessa comunidade.

   Montenegro: manteve-se unido à Sérvia com o nome de
    República Federal da Iugoslávia até 1992, quando passou a
    chamar-se Sérvia-Montenegro. As tensões com os separatistas
    de Kosovo cresceram em 1998. Montenegro se separou
    pacificamente da Sérvia em 2006; no mesmo ano iniciou
    conversações para ingresso na União Europeia.

   Sérvia: unida até 2006 a Montenegro, foi palco de conflitos entre
    bósnios, eslovenos, croatas e sérvios, entre 1991 e 1995.
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   Kosovo: era inicialmente uma província autônoma da Sérvia,
    possui uma população composta de 90% de albaneses
    muçulmanos. Em 1998, os albaneses de Kosovo reivindicaram a
    independência e foram reprimidos por tropas sérvias. Esse
    massacre étnico deixou um saldo de muitos albaneses mortos. A
    província administrada pela ONU desde então declarou sua
    independência em fevereiro de 2008. A independência de Kosovo
    foi reconhecida por muitos países, entre os quais os Estados
    Unidos e a maior parte dos membros da União Europeia.
    Entretanto, Espanha, Chipre, Romênia, Bulgária, Grécia e
    Eslováquia não reconhecem Kosovo como Estado independente,
    talvez temendo que ele se torne um exemplo para as minorias
    étnicas de seus próprios países. Na América do Sul, Brasil,
    Argentina, Bolívia, Uruguai e Venezuela também se posicionaram
    contra a existência de Kosovo.




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Outros movimentos separatistas ainda
persistem na Europa. Os bascos, etnia
localizada entre a Espanha e a França,
continuam lutando para formar um país
independente. Na Irlanda do Norte
(também chamada de Ulster), a maioria
da população é protestante e pretende                   Região do País Basco
continuar sob o domínio do Reino Unido;
já a minoria católica, após 30 anos de
luta pela autonomia e integração com a
Irlanda (ou Eire, país de maioria
católica), aceitou um acordo de paz
iniciado em 1998 e concluído em 2007.

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FOCOS DE CONFLITOS NA COMUNIDADE
DOS ESTADOS INDEPENDENTES (CEI)
   Situada entre o Mar Cáspio e o Mar Negro, a região do
    Cáucaso, cadeia montanhosa a sudeste da Europa,
    abriga diversas etnias de religião cristã ou islâmica, que
    falam dezenas de línguas. Trata-se de uma área de
    tensões: as guerras entre os impérios Russo, Turco-
    Otomano e Persa e, mais recentemente, entre os
    Estados nacionais duram mais de três séculos. Ao longo
    da expansão russa, desde o século IX, mais de 80 etnias
    foram subordinadas ao Império Russo e, posteriormente,
    à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).



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   A Chechênia, uma unidade da Federação Russa de maioria
    muçulmana, declarou-se independente em 1991. Em 1994, foi
    invadia por tropas militares russas, o que deixou um saldo de 80
    mil mortos. Apesar do acordo de paz de 1997, os conflitos entre
    separatistas e o governo russo prosseguiram.

   Em 1999, após a invasão do vizinho Daguestão por guerrilheiros
    chechenos com a finalidade de criar um Estado islâmico, a
    Chechênia sofreu um ciclo de violência, dessa vez precedida por
    bombardeios aéreos intensos e culminando em um verdadeiro
    massacre de civis pelo exército russo.

   Os grupos separatistas perderam um pouco de sua força original,
    mas, para o governo de Moscou, continuam a representar uma
    séria ameaça, tanto na Chechênia quanto no Daguestão.

   Os conflitos têm se espalhado por toda a região do Cáucaso,
    abrangendo territórios da Federação Russa, da Geórgia, do
    Azerbaijão, do Irã e da Armênia. A região conta com importantes
    oleodutos e refinarias de petróleo.

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   A Ossétia do Sul (maioria de origem persa e cristã)
    pertence à Geórgia enquanto a Ossétia do Norte (onde
    há cristãos e mulçumanos) é uma unidade da
    Federação Russa. Com população e territórios divididos,
    ambas lutam pela independência desde 1991. Os
    ossetas do Sul, discriminados pelos georginos, buscam
    a separação da Geórgia e a unificação com a Ossétia do
    Norte.

   Na Abkházia, os abecazes foram reduzidos a uma
    minoria depois do deslocamento de milhares de
    georginos para a região, na época da extinta União
    Soviética.    Separatistas   abecazes     (mulçumanos
    ortodoxos) lutam contra georginos (cristãos), desde
    1992, pela criação de uma república independente.




                               geo-educacao.blogspot.com.br
   Desde o início do século XX, Armênia e Azerbaijão
    disputam a região de Nagorno-Karabakh, encravada no
    território do Azerbaijão, país de origem mulçumana,
    mas com 80% da população cristã e de origem
    armênia.

   Em 1991, essa região proclamou sua independência,
    iniciando uma série de conflitos.

   Em 1992, a Armênia conquistou o enclave e formou o
    corredor de Latchine, ligando Nagorno-Karabakh e seu
    território.

   Apesar das conversações entre os governos da
    Armênia e do Azerbaijão, os conflitos prosseguem.
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Bibliografia
   Terra, Lygia. Conexões: estudos de geografia
    geral e do Brasil / Lygia Terra, Regina Araújo, Raul
    Borges Guimarães. 1. ed. - São Paulo: Moderna,
    2010.




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Conflitos na Ásia

  • 1. 2° ANO AULA 2 Prof.ª Renata Rodrigues geo-educacao.blogspot.com.br  email: rena7hynh@hotmail.com geo-educacao.blogspot.com.br
  • 2. FOCOS DE CONFLITO NA ÁSIA  O chamado Grande Oriente Médio, região que se estende de Israel até o Afeganistão e o Paquistão, apresenta uma intensa instabilidade política.  Nessa área, os conflitos atravessaram o século XX e permanecem no século XXI.  Além desse, existem diversos outros focos de conflitos e guerras civis no continente asiático, conforme veremos a seguir. geo-educacao.blogspot.com.br
  • 5. A região da Palestina foi ocupada e conquistada por muitos povos, entre eles os judeus e os árabes. No século VI a.C., o povo judeu iniciou sua diáspora (dispersão) pelo mundo, mas continuou considerando a Palestina a sua terra de origem.  No contexto pós-Segunda Guerra Mundial, em 1947, a ONU aprovou a criação de um Estado nacional para o povo judeu. No ano seguinte, a Palestina seria dividida em dois Estados:  Israel recebeu 56% do território  Enquanto a Palestina árabe ficou com os outros 44%  A cidade de Jerusalém permaneceu sob administração internacional. geo-educacao.blogspot.com.br
  • 6. Os povos que habitavam a região da Palestina, reunidos na Liga Árabe, não aceitaram a decisão da ONU.  Em 1948, Israel declarou sua independência, dissolvendo o Estado árabe-palestino, incorporando ao seu território as terras palestinas que ia conquistando, e iniciou uma série de guerras com os países vizinhos – Síria, Líbano, Egito, Jordânia -, todas elas vencidas por Israel, que contava com armamentos mais modernos. geo-educacao.blogspot.com.br
  • 8. Por causa das guerras, uma grande parta dos árabes-palestinos foi expulsa de seu território, formando o maior contingente de refugiados do mundo: são mais de 4 milhões de pessoas espalhadas por vários territórios e países.  Enquanto isso, uma grande onda de imigrantes judeus chegava a Israel, vindos de diversos países da Europa, da África e da Ásia. geo-educacao.blogspot.com.br
  • 9. Com a independência de Israel, a população árabe-palestina passou a lutar pelo fim desse Estado e pela construção de um Estado palestino.  Em 1964, grupos exilados no Líbano fundaram a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que em sua origem, negava a legitimidade da existência de Israel. Em 1988, porém, os palestinos finalmente aceitaram a soberania de Israel sobre parte da Palestina histórica, nos termos propostos pela ONU. No mesmo ano, proclamaram um Estado para os palestinos, ao qual deram o nome Autoridade Nacional Palestina. geo-educacao.blogspot.com.br
  • 10. Depois de muitas guerras e duas intifadas (rebeliões palestinas), os acordos de paz assinados entre os países, desde 1993, afirmaram a autonomia dos palestinos na Faixa de Gaza e em parte da Cisjordânia. geo-educacao.blogspot.com.br
  • 11. Apesar de ter sido considerado ilegal pela Assembleia Geral da ONU, em 2007 Israel concluiu a construção de um muro na Cisjordânia com mais de 9 metros de altura, controlando a entrada dos palestinos em território israelense.  Esse paredão restringe o direito de ir e vir das populações árabes e incorpora áreas palestinas ao território de Israel. Muro da vergonha geo-educacao.blogspot.com.br
  • 12. O Estado palestino independente ainda não se concretizou de fato, os territórios palestinos estão separados, de Israel e entre si, em 21 enclaves.  Desde 2007, israelenses e árabes-palestinos tentam um governo de união nacional, mas os conflitos continuam. Terrorista Palestino Agressão Palestina geo-educacao.blogspot.com.br
  • 13. Atualmente, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia apresentam infraestrutura precárias, baixo dinamismo econômico e elevadas taxas de pobreza, em grande parte por causa dos conflitos com Israel.  Em dezembro de 2008, alegando ameaças à sua própria segurança, Israel lançou um ataque devastador à Faixa de Gaza.  Cidades, vilas e até escolas tornaram-se alvos de bombardeio aéreo. Mesmo abrigos e instalações humanitárias sob tutela da ONU foram destruídos.  Todas as comunicações entre Gaza e o restante do mundo foram bloqueadas pelo exército israelense.  Mais de 1 300 pessoas foram mortas, milhares ficaram feridas ou perderam suas casas. geo-educacao.blogspot.com.br
  • 15. Nações Unidas? José Saramago, prêmio Nobel de Literatura, manifesta sua indignação com as atrocidades cometidas em Gaza no texto abaixo. Leia-o com atenção. “A sigla ONU, toda a gente o sabe, significa Organização das Nações Unidas, isto é, à luz da realidade, nada ou muito pouco. Que o digam os palestinos de Gaza a quem se lhes estão esgotando os alimentos, ou que se esgotaram já, porque assim o impôs o bloqueio israelense, decidido, pelos vistos, a condenar à fome as 750 mil pessoas ali registradas como refugiados. Nem pão têm já, a farinha acabou, e o azeite, as lentilhas e o açúcar vão pelo mesmo caminho. Desde o dia 9 de dezembro os caminhões da agência das Nações Unidas, carregados de alimentos, aguardam que o exército israelense lhes permita a entrada na faixa de Gaza, uma autorização uma vez mais negada ou que será retardada até ao último desespero e à última exasperação dos palestinos famintos. Nações Unidas? Unidas? Contando com a cumplicidade ou a covardia internacional, Israel ri-se de recomendações, decisões e protestos, faz o que entende, quando o entende e como o entende. Vai ao ponto de impedir a entrada de livros e instrumentos musicais como se tratasse de produtos que iriam pôr em risco a segurança de Israel.” SARAMAGO, José. Gaza e os vestígios de um deus rancoroso e feroz. Agência Carta JOSÉ Maior, 31 dez. 2008. Disponível em: <www.cartamaior.com.br>. Acesso em: 8 set. 2012. SARAMAGO geo-educacao.blogspot.com.br
  • 16. Responda em seu caderno. Explique por que o escritor José Saramago questiona o nome da Organização das Nações Unidas. geo-educacao.blogspot.com.br
  • 18. Na guerra que envolveu o Irã e o Iraque (1980-1988), países que contam com expressivas reservas de petróleo e gás, os Estados Unidos aliaram-se às facções políticas que defendiam seus interesses estratégicos, presentes em ambos os países.  Em 1990, o Iraque invadiu o Kuait por motivos expansionistas e com o intuito de se apropriar de suas valiosas reservas petrolíferas. A ONU instaurou um embargo contra o Iraque e autorizou o uso da força para expulsar o invasor. geo-educacao.blogspot.com.br
  • 19. Os Estados unidos e as forças aliadas invadiram novamente o Iraque em 2003. A Segunda Guerra do Golfo foi deflagrada sob a alegação de que o Iraque possuía armas químicas e, por isso, constituía sério perigo para o mundo.  Entretanto, o Iraque foi ocupado e devastado pelos invasores, e nenhuma arma química foi encontrada.  Portanto, a justificativa apenas encobria a necessidade de aniquilar um rival econômico potencial.  Os protestos contra o domínio estrangeiro fazem com que as tensões continuem no Iraque. geo-educacao.blogspot.com.br
  • 20. Uma consequência da Guerra do Golfo foi a internacionalização da questão curda. Os curdos, majoritariamente mulçumanos sunitas, são a maior etnia sem Estado no mundo (por volta de 26 milhões de pessoas).  A maioria dos curdos vive na Turquia, mas formam uma minoria no Iraque. Com a derrota iraquiana, essa minoria curda rebelou-se. A repressão que se seguiu provocou o êxodo em massa dessa população para o Irã e para a Turquia. geo-educacao.blogspot.com.br
  • 22. Índia e Paquistão são ex-colônias britânicas. Em 1947 conseguiram independência. Os ingleses repartiram a região de acordo com a religião das maiorias. Assim surgiu a Índia, de maioria hindu, e o Paquistão, de maioria muçulmana.  O controle sobre a região da Caxemira foi causa de duas das três guerras (1948-1949, 1965 e 1971) já travadas entre Índia e Paquistão desde 1947 - ano em que ambos os países se tornaram independentes do Reino Unido.  A região da Caxemira continua dividida entre a Índia e o Paquistão. Os dois países abrandaram a retórica dura recentemente, mas nenhuma das partes parece estar pronta para um acordo. Instabilidades político-econômicas no Paquistão poderiam facilmente deflagrar um conflito. geo-educacao.blogspot.com.br
  • 23. A Caxemira é uma região montanhosa ao norte dos dois países. Grande parte da população da região é muçulmana e quer a anexação ao Paquistão, que a Índia nega.  O Paquistão reivindica o controle total da Caxemira sob o argumento de que lá vive uma população de maioria islâmica - a mesma do país. Já a Índia tem uma população majoritariamente hindu. geo-educacao.blogspot.com.br
  • 24. Nas lutas entre os grupos que envolvem os dois Exércitos e guerrilheiros pró-Paquistão, desde 1989, mais de 40 mil pessoas já morreram. Segundo o governo indiano, esses grupos recebem o apoio financeiro do Paquistão, que diz apenas ampará-los politicamente.  A rivalidade levou a uma corrida armamentista que culminou com a entrada de Índia e Paquistão, em 1998, no clube dos países detentores de armas nucleares. Ambos desenvolveram ao máximo sua infraestrutura militar.  Desde então, as hostilidades na Caxemira passaram a ser acompanhadas com mais atenção pela comunidade internacional. geo-educacao.blogspot.com.br
  • 25. O Afeganistão na rota da ilegalidade  No Afeganistão os conflitos tiveram início quando a União Soviética invadiu o país, em 1979. Nos dez anos seguintes, diferentes facções étnicas afegãs, apoiadas pelos Estados Unidos e seus aliados, uniram-se na luta contra a invasão soviética.  Após a expulsão das forças de ocupação, começaram as divergências e a luta pelo poder entre esses grupos étnicos armados, também conhecidos como milícias. geo-educacao.blogspot.com.br
  • 26. Em 1995, o talibã, milícia sunita da etnia patane que havia sido aliada dos Estados Unidos durante a invasão soviética, passou a dominar 90% do Afeganistão, transformando-o em uma teocracia fundamentalista islâmica.  O talibã luta pela instauração de um Estado islâmico, isto é, a aplicação dos preceitos islâmicos e dos ensinamentos de Maomé como princípios fundamentais para o exercício do poder do Estado. geo-educacao.blogspot.com.br
  • 27. Atentados nos Estados Unidos...  Em 2001, os atentados nos Estados Unidos e o suposto abrigo dado pelo Afeganistão a Osama Bin Laden, líder da organização terrorista Al Qaeda, motivaram uma invasão desse país pela coalizão liderada pelos Estados Unidos.  Mais uma vez, milhares de afegãos tiveram de abandonar seus lares, dirigindo-se, principalmente, para o Paquistão. geo-educacao.blogspot.com.br
  • 28. A milícia talibã foi derrotada, mas o atual governo, que se aliou aos Estados Unidos, não tem conseguido estabilizar o país fragmentado, à beira de uma guerra civil e marcado pelo contrabando e pela corrupção.  Além disso, a guerrilha talibã continua a atuar, graças ao apoio do Paquistão e a impopularidade das tropas estadunidenses. Nesse contexto caótico, o Afeganistão converteu-se em um narcoestado, ou seja, um Estado no qual parte importante da riqueza provém da produção ou distribuição de drogas ilícitas, no caso, o ópio. geo-educacao.blogspot.com.br
  • 29. FOCOS DE CONFLITOS NO LESTE EUROPEU  Com o fim da Guerra Fria e a derrocada do socialismo no Leste Europeu, alguns países dessa região mergulharam em conflitos étnicos e turbulências políticas.  A região dos Bálcãs, cadeia montanhosa situada no sudeste da Europa, foi ocupada durante séculos por diversos povos de religiões diferentes (católica, ortodoxa e islâmica), que se enfrentaram em diversas ocasiões. Região dos Bálcãs geo-educacao.blogspot.com.br
  • 30. As hostilidades que serviram de estopim para o início da Primeira Guerra Mundial ocorreram nessa região. Em 1908, os sérvios, com o apoio da Rússia, entraram em conflito com a Áustria, com a finalidade de conter o expansionismo austríaco que havia anexado a Bósnia-Herzegovina. A Sérvia, por sua vez, também pretendia se expandir e formar a Grande Sérvia, Estado que reuniria os povos eslavos. O assassinato do herdeiro do trono austríaco por um nacionalista sérvio, em Saravejo, na Bósnia em 1914, acirrou as tensões e deflagrou a Primeira Grande Guerra. Arquiduque Francisco Ferdinando momentos antes de ser assassinado em Saravejo geo-educacao.blogspot.com.br
  • 31. A dissolução da antiga Iugoslávia começou em 1991, depois de uma violenta guerra civil entre os grupos étnicos que disputavam os territórios do país.  A Iugoslávia foi formada em 1929 pela junção dos reinos sérvio, croata e esloveno, reunindo muitas etnias.  O processo de fragmentação da Iugoslávia deu origem a sete novos Estados: Bósnia-Herzegóvina, Croácia, Eslovênia, Macedônia, Sérvia, Montenegro e Kosovo. geo-educacao.blogspot.com.br
  • 32. Mapa da distribuição étnica e religiosa da região dos Bálcãs geo-educacao.blogspot.com.br
  • 33. Conheça um pouco mais sobre esse processo de fragmentação e sobre os países que dele resultaram:  Eslovênia: por apresentar composição étnica mais homogênea (91% de eslovenos), foi o primeiro país a conseguir independência, em 1991. Após a dissolução da Iugoslávia e de uma breve guerra, o país estabilizou-se e, a partir de 2004, passou a integrar a União Europeia.  Croácia: conseguiu a independência após uma guerra civil (1991- 1992) entre croatas e a minoria sérvia. Sua entrada na União Europeia continua condicionada ao fim da intolerância étnica e da corrupção.  Macedônia: embora existindo tensões étnicas entre cristãos, ortodoxos e a minoria muçulmano-albanesa, conseguiu a independência de forma pacífica em 1991. geo-educacao.blogspot.com.br
  • 34. Bósnia-Herzegóvina: declarou sua independência em 1992. Imediatamente, teve início uma violenta guerra civil, que terminou em 1995 graças à intervenção da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Os conflitos entre croatas, sérvios e muçulmanos causaram milhares de mortes e tornaram refugiados 2,5 milhões de pessoas. Até 2009, o país continuava sob mediação internacional e vigilância de soldados da Força da União Europeia, o que impedia negociações para a sua entrada nessa comunidade.  Montenegro: manteve-se unido à Sérvia com o nome de República Federal da Iugoslávia até 1992, quando passou a chamar-se Sérvia-Montenegro. As tensões com os separatistas de Kosovo cresceram em 1998. Montenegro se separou pacificamente da Sérvia em 2006; no mesmo ano iniciou conversações para ingresso na União Europeia.  Sérvia: unida até 2006 a Montenegro, foi palco de conflitos entre bósnios, eslovenos, croatas e sérvios, entre 1991 e 1995. geo-educacao.blogspot.com.br
  • 35. Kosovo: era inicialmente uma província autônoma da Sérvia, possui uma população composta de 90% de albaneses muçulmanos. Em 1998, os albaneses de Kosovo reivindicaram a independência e foram reprimidos por tropas sérvias. Esse massacre étnico deixou um saldo de muitos albaneses mortos. A província administrada pela ONU desde então declarou sua independência em fevereiro de 2008. A independência de Kosovo foi reconhecida por muitos países, entre os quais os Estados Unidos e a maior parte dos membros da União Europeia. Entretanto, Espanha, Chipre, Romênia, Bulgária, Grécia e Eslováquia não reconhecem Kosovo como Estado independente, talvez temendo que ele se torne um exemplo para as minorias étnicas de seus próprios países. Na América do Sul, Brasil, Argentina, Bolívia, Uruguai e Venezuela também se posicionaram contra a existência de Kosovo. geo-educacao.blogspot.com.br
  • 36. Outros movimentos separatistas ainda persistem na Europa. Os bascos, etnia localizada entre a Espanha e a França, continuam lutando para formar um país independente. Na Irlanda do Norte (também chamada de Ulster), a maioria da população é protestante e pretende Região do País Basco continuar sob o domínio do Reino Unido; já a minoria católica, após 30 anos de luta pela autonomia e integração com a Irlanda (ou Eire, país de maioria católica), aceitou um acordo de paz iniciado em 1998 e concluído em 2007. geo-educacao.blogspot.com.br
  • 37. FOCOS DE CONFLITOS NA COMUNIDADE DOS ESTADOS INDEPENDENTES (CEI)  Situada entre o Mar Cáspio e o Mar Negro, a região do Cáucaso, cadeia montanhosa a sudeste da Europa, abriga diversas etnias de religião cristã ou islâmica, que falam dezenas de línguas. Trata-se de uma área de tensões: as guerras entre os impérios Russo, Turco- Otomano e Persa e, mais recentemente, entre os Estados nacionais duram mais de três séculos. Ao longo da expansão russa, desde o século IX, mais de 80 etnias foram subordinadas ao Império Russo e, posteriormente, à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). geo-educacao.blogspot.com.br
  • 39. A Chechênia, uma unidade da Federação Russa de maioria muçulmana, declarou-se independente em 1991. Em 1994, foi invadia por tropas militares russas, o que deixou um saldo de 80 mil mortos. Apesar do acordo de paz de 1997, os conflitos entre separatistas e o governo russo prosseguiram.  Em 1999, após a invasão do vizinho Daguestão por guerrilheiros chechenos com a finalidade de criar um Estado islâmico, a Chechênia sofreu um ciclo de violência, dessa vez precedida por bombardeios aéreos intensos e culminando em um verdadeiro massacre de civis pelo exército russo.  Os grupos separatistas perderam um pouco de sua força original, mas, para o governo de Moscou, continuam a representar uma séria ameaça, tanto na Chechênia quanto no Daguestão.  Os conflitos têm se espalhado por toda a região do Cáucaso, abrangendo territórios da Federação Russa, da Geórgia, do Azerbaijão, do Irã e da Armênia. A região conta com importantes oleodutos e refinarias de petróleo. geo-educacao.blogspot.com.br
  • 40. A Ossétia do Sul (maioria de origem persa e cristã) pertence à Geórgia enquanto a Ossétia do Norte (onde há cristãos e mulçumanos) é uma unidade da Federação Russa. Com população e territórios divididos, ambas lutam pela independência desde 1991. Os ossetas do Sul, discriminados pelos georginos, buscam a separação da Geórgia e a unificação com a Ossétia do Norte.  Na Abkházia, os abecazes foram reduzidos a uma minoria depois do deslocamento de milhares de georginos para a região, na época da extinta União Soviética. Separatistas abecazes (mulçumanos ortodoxos) lutam contra georginos (cristãos), desde 1992, pela criação de uma república independente. geo-educacao.blogspot.com.br
  • 41. Desde o início do século XX, Armênia e Azerbaijão disputam a região de Nagorno-Karabakh, encravada no território do Azerbaijão, país de origem mulçumana, mas com 80% da população cristã e de origem armênia.  Em 1991, essa região proclamou sua independência, iniciando uma série de conflitos.  Em 1992, a Armênia conquistou o enclave e formou o corredor de Latchine, ligando Nagorno-Karabakh e seu território.  Apesar das conversações entre os governos da Armênia e do Azerbaijão, os conflitos prosseguem. geo-educacao.blogspot.com.br
  • 43. Bibliografia  Terra, Lygia. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil / Lygia Terra, Regina Araújo, Raul Borges Guimarães. 1. ed. - São Paulo: Moderna, 2010. geo-educacao.blogspot.com.br