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Atividade 02, Reberth
1EM: D
Em 1970, Ferreira Gullar é obrigado a deixar o Brasil, vivendo em várias cidades, foi em Buenos
Aires, que o poeta escreveu em 1975 entre maio e outubro o “Poema Sujo” que foi muito bem
acolhido pelos intelectuais. Ao questionar o título do “Poema sujo”, indaga se esse adjetivo teria a
mesma conotação de pornográfico, imoral, contrário às normas tradicionais de boas maneiras. Ma o
“Sujo” não se localiza nos palavrões, nas tiradas eróticas;
O sujo está na miséria, na fome, na obscena divisão de classes. O sujo está inserido no tempo da
enunciação do texto: anos 70, ditadura militar, milagre econômico a enriquecer uma minoria,
tortura e censura obscurecendo o país, o poeta exilado, em sua vida clandestina, prestes a ser preso
ou fuzilado a qualquer momento;
O “Poema sujo” é um painel-memorial onde se acham acontecimentos tristvida até aquele
momento.
É “Poema sujo”, por não seguir as regras poéticas de métrica, rima, palavras adequadas e
vocabulário. Há gírias, palavrões e, até mesmo, obscenidades na linguagem. Ainda pode ser “Poema
sujo” por ser de um autor perseguido na época, contrário ao regime do seu tempo de rapaz.
Livro 01: Poema sujo
Vinícius de Moraes, esse “é o mais importante poema escrito em qualquer língua nas últimas
décadas”;
Clarice Lispector classifica-o de “escandalosamente belíssimo”.
Considerados por muitos o maior poeta brasileiro vivo, o
maranhense Ferreira Gullar teve papel importante no
cenário cultural do país da segunda metade do século 20.
Aliou-se ao movimento concretista - ao lado de Décio
Pignatari e os irmãos Campos - e foi membro do Centro
Popular de Cultura (CPC) da União Nacional dos
Estudantes (UNE), onde chegou a publicar literatura de
cordel. Escreveu peças de teatro, crônicas, ensaios e hoje
colabora para diversas publicações. Seu maior poema é
também sua maior obra.
O autor: Ferreira Gullar
O Sítio do Picapau Amarelo é uma criação de Monteiro
Lobato, escritor brasileiro. A obra é das mais originais da
literatura infanto-juvenil no Brasil e o primeiro livro da série
foi publicado em Dezembro de 1920. A partir daí, Monteiro
Lobato continuou escrevendo livros infantis de sucesso,
com seu grupo de personagens que vivem histórias
mágicas: Emília, Narizinho, Pedrinho, Marquês de Rabicó,
Conselheiro, Quindim, Visconde de Sabugosa, Dona
Benta, Tia Nastácia, Tio Barnabé, Cuca, Saci, etc. Os
personagens principais moram ou passam boa parte do
tempo no sítio pertencente à avó dos garotos, batizado
com o nome de Picapau Amarelo, de onde vem o título da
série
Livro 02: O sítio do Pica-pau
amarelo
“ O Visconti de Sabugosa é sabio, o saci com aquele caximbo pula numa perna só, a Emília boneca de pano travessa,
Tia Nastácia cozinha pra lá de bom e Dona Benta conta muitas hitórias legais, cuidado com a KuKa que KuKa te pega,
te pega daqui te pega de lá… “ - ANONIMO
Monteiro Lobato (1882-1948) nasceu em Taubaté, São
Paulo, no dia 18 de abril de 1882. Era filho de José
Bento Marcondes Lobato e Olímpia Monteiro Lobato.
Alfabetizado pela mãe, logo despertou o gosto pela
leitura, lendo todos os livros infantis da biblioteca de
seu avô o Visconde de Tremembé. Desde menino já
mostrava seu temperamento irrequieto, escandalizou
a sociedade quando se recusou fazer a primeira
comunhão. Fez o curso secundário em Taubaté.
Estudou no Instituto de Ciências e Letras de São
Paulo.
O autor: Monteiro Lobato
"A vida como ela é" é o título da coluna escrita por Nelson Rodrigues,
publicada seis dias por semana, entre 1951 e 1961, no jornal carioca
Última hora e na qual o tema do adultério predominava. O cenário do
Rio de Janeiro dos anos 50 serve de pano de fundo para os relatos .
Porta de entrada para o universo rodrigueano, o livro pode ser uma
excelente experiência inaugural, uma amostra digna do todo da obra de
Nelson, de seus temas e de seu estilo personalíssimo. O fato é que
ama-se ou odeia-se Nelson Rodrigues. Ele não nos deixa escolhas
conciliatórias. Mas para alguém que considerava "toda unanimidade
burra", esse radicalismo está de bom tamanho.
Livro 03: A vida como ela é
Um livro que “ Causa “ - ANONIMO
Nelson Rodrigues nasceu da cidade do Recife - PE, em
23 de agosto de 1912, quinto filho dos catorze que o
casal Maria Esther Falcão e o jornalista Mário Rodrigues
puseram no mundo. Os nascidos no Recife, além do
biografado, foram Milton, Roberto, Mário Filho, Stella e
Joffre. No Rio de Janeiro nasceram os outros oito:
Maria Clara, Augustinho, Irene, Paulo, Helena, Dorinha,
Elsinha e Dulcinha.
O autor: Nelson Rodrigues
O livro vidas secas relata de forma explícita o cotidiano de pessoas que
passam pelo problema da seca, as dificuldades por falta de água, comida,
moradia, e a vida ''nômade'' que se leva por conta disso.
Podemos observar que a precariedade enfrentada no livro, faz com que
muitos atos impensados venham a ocorrer, como quando Fabiano demonstra
em varias passagens da história, vontade de abandonar os filhos pois a seca
dificulta tudo, mas sempre lutava contra as oposições encontradas e no fim os
filhos terminam em uma pretensa melhoria: começam a estudar.
A seca ainda hoje independente das soluções propostas pelo governo, está por
várias partes horrorizando famílias que não têm condições para fazer
mudanças. Com isso, elas passam fome, pois o solo fica seco e dificulta o
plantio, sede por conta que os rios que muito ajudam também desaparecem,
os animais morrem com tudo isso.
Muito se é feito para solucionara seca, como açudes, barragens, infra-
estrutura nas regiões afetadas, distribuição de água em carros pipas e muitas
outras medidas. Enfim o livro vidas secas do autor Graciliano Ramos é muito
usado em vestibulares, Enem, pois explica uma realidade grande do Brasil,
mostrando as características, meios de sobreviver dessas pessoas.
Livro 04: Vidas Secas
“ Vidas Secas é uma obra de ficção, porém, como todos os livros de Graciliano Ramos, tem traços
bibliográficos, ou seja, traz um pouco de sua vida vivida na região nordeste do país. A família
pregrinando pelo sertão em busca de comida, água, dignidade e pela própria vida, mostra um lado
do país que na época não era muito veiculado. A miséria, a falta de condições mínimas de
sobrevivência até parece que estamos falando realmente de uma obra de ficção. Infelizmente isso
não mudou. No nordeste ainda temos períodos de grande seca e outros de grande inundação. Há
ainda o descaso político e social e a imigração, principalmente para o estado de São Paulo a procura
de trabalho, comida, saúde e sobrevivência.” - Desconhecido
Graciliano Ramos nasceu no dia 27 de outubro de 1892, na cidade de
Quebrangulo, sertão de Alagoas, filho primogênito dos dezesseis que
teriam seus pais, Sebastião Ramos de Oliveira e Maria Amélia Ferro Ramos.
Viveu sua infância nas cidades de Viçosa, Palmeira dos Índios (AL) e Buíque
(PE), sob o regime das secas e das suas que lhe eram aplicadas por seu pai, o
que o fez alimentar, desde cedo, a idéia de que todas as relações humanas
são regidas pela violência. Em seu livro autobiográfico "Infância", assim se
referia a seus pais: "Um homem sério, de testa larga (...), dentes fortes,
queixo rijo, fala tremenda; uma senhora enfezada, agressiva, ranzinza (...),
olhos maus que em momentos de cólera se inflamavam com um brilho de
loucura
O autor: Graciliano Ramos
Isaura que nem chegou a conhecer a sua mãe biologica,mas ela foi criada pelos seus senhores,pois
Isaura teve todas as suas mordomias como uma menina da Auta sociedade.Isaura nunca frequentou
sequer uma escola,mas teve o ensinamento de sua senhora que acolheu e a educou na simplicidade
e que quando ela crescesse se tornasse uma mulher de respeito.
Malvina e seu marido Leôncio também há outros que apesar de terem importância em determinados
momentos,não foram parte do núcleo que a exemplo de Henrique,irmão de Malvina pois este é o
relato das ameaças,que são astorturas e outros problemas na vida da bela Isaura que teve o azar de
entrar no coração do homem errado.Entre voltas e reviravoltas,a Isaura conhece Álvaro,que é um
sonho para o público feminino e é quando tudo muda ou não!
O que é mais interessante é a forma como a mulher é retratada neste romance de costumes:com
endeusamento,como se fosse uma fada/anjo cuja beleza é admirada por todos,mas de longe,e só
pode ser apreciada pelos poucos próximos.Mas Bernardo eleva a mulher à categoria mais sublime,
exaltando seus dotes e sua beleza física e espiritual.
Mas pelo outro ponto válido é avaliar o nível de desigualdade,mais que financeira,social,humanitária
em que as pessoas já viviam naquela época.
Mas afinal,num romance de costumes não pode ter ficção,mas sim um retrato da própria realidade.
Com sua simplicidade a Isaura conseguiu aos poucos modificar o jeito de que a sociedade via a
mulher e ao mesmo tempo Isaura conseguiu dar uma nova vida aos seus amigos escravizados
Livro 05: A Escrava Isaura
“ Para mim, é uma história romântica, triste que realça o preconceito de uma
época onde ainda havia a escravidão. Além disso, é um romance bem ao gosto
popular, cujo tema o amor à primeira vista é um deles. Ver e amar é um
verbo só. E isso porque a narrativa não é a história de um amor, mas dos
sofrimentos do amor. Até o vilão sofre demais, apesar das maldades que
comete, por causa de Isaura. E Isaura, sendo escrava, não tem direito de
amar, ou pelo menos de escolher a quem vai amar “
- Desconhecido
Bernardo Guimarães (1825-1884) nasceu no
dia 15 de agosto, na cidade de Ouro Preto,
em Minas Gerais. Filho de João Joaquim da
Silva Guimarães e Constança Beatriz de
Oliveira Guimarães. Estudou no seminário e
aos 22 anos ingressou na Faculdade de
Direito de São Paulo. Foi amigo de Álvares
de Azevedo e de Aureliano Lessa. Formou-
se em 1852.
O autor: Bernardo Guimarães
DOM CASMURRO é um clássico da literatura brasileira, conhecido mesmo por aqueles que não leram o livro. Com
uma trama envolvente e misteriosa, o livro é considerado a obra mais reverenciada de Machado de Assis e um
dos mais aclamados da literatura nacional. A complexidade de sua narração e de sua história o tornam um
grande mistério até hoje. Afinal, Capitu traia ou não Bentinho? A história se baseia no romance entre Bento e
Capitu e num possível romance entre Capitu e Escobar, melhor amigo de Bentinho. Tudo o que sabemos deste
suposto triângulo amoroso é através da visão de Bento, que é o narrador da história, e esse fato faz com que
não seja possível saber se a traição ocorreu ou não. O enredo começa no ano de 1857, na rua de Mata-Cavalos,
quando Bentinho, com 15 anos, se apaixona por sua vizinha adolescente e grande amiga Capitu. Devido a uma
promessa feita por Dona Glória, a mãe de Bento, os dois acabam separando-se. Ao perder o primeiro filho, a
mãe prometeu que se tivesse outro filho homem, ele seguiria carreira religiosa. Bento, mesmo contrariado, foi
mandado para um seminário. Lá ele conhece Escobar, também seminarista e que vem a tornar-se seu melhor
amigo e futuro marido de Sacha, a melhor amiga de Capitu. A desconfiança de Bentinho se inicia quando
Escobar morre devido à reação de Capitu no velório do amigo. A partir desse momento começa a paranoia: ele
nota que seu filho se parece muito com Escobar e que já havia encontrado o amigo e a esposa algumas vezes
sozinhos em sua casa. Deste momento em diante o ciúme e as suspeitas de traição só crescem. A narração feita
por Bentinho pode ser considerada questionável: ele tenta convencer a si mesmo e ao leitor de que suas
suspeitas são válidas. Mas o livro também nos fornece material para duvidar do narrador. Quando li o livro pela
primeira vez, na adolescência, cheguei à conclusão de que Capitu tinha traído Bentinho. Entretanto, ao ler
novamente anos depois, já tive uma visão completamente diferente de Capitu. Apesar de achá-la dissimulada e
muito mais inteligente do que aparenta, agora acho que ela não traiu Bentinho. Trata-se de um romance sobre
o ciúme, não sobre traição. O interessante da obra é sua capacidade de enganar: a possível inocência de Capitu
permaneceu despercebida durante tanto tempo porque se acreditava que o que estava escrito era o real e
esqueciam que era apenas a visão de um dos personagens. DOM CASMURRO É envolvente, misterioso, único e
brilhante! É uma obra que deve ser lida por todos
Livro 06: Dom Casmurro
Unanimente considerada como uma das obras-primas da
ficção brasileira e colocada em destaque entre as cinco
principais obras de Machado de Assis - ao lado de Quincas
Borba, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Esaú e Jacó e O
Alienista - Dom Casmurro nunca deixou de estar em
evidência ao longo de quase um século de sua publicação,
enfrentando, assim, as vissicitudes críticas comuns à obra
machadiana. - DESCONHECIDO
Joaquim Maria Machado de Assis, cronista,
contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista,
romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do
Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de
um operário mestiço de negro e português,
Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina
Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o
maior escritor do país e um mestre da língua, perde
a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria
Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o
matricula na escola pública, única que freqüentará o
autodidata Machado de Assis.
O autor: Machado de Assis
Este livro rendeu à Mário Quintana o prêmio
Fernando Chinaglia de melhor livro do ano
em 1981. Aqui encontramos poemas curtos,
alguns em versos livres, outros seguindo um
modelo mais clássico. Mesmo percebendo
que o autor está sempre falando de si
mesmo, é possivel se identificar com
muitos poemas, que tratam dos mais
diversos assuntos, do amor até a morte.
Livro 07: Nova antologia poética
“Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de estar
lendo a gente... e não a gente a ele. Mario Quintana”.
M-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o Mario, para ter na cabeceira da cama,
na rede de balanço, no banco de jardim. Para ler, reler
sempre…”
-DESCONHECIDO
Mario de Miranda Quintana nasceu na
cidade de Alegrete (RS), no dia 30 de
julho de 1906, quarto filho de Celso de
Oliveira Quintana, farmacêutico, e de D.
Virgínia de Miranda Quintana. Com 7
anos, auxiliado pelos pais, aprende a ler
tendo como cartilha o jornal Correio do
Povo. Seus pais ensinam-lhe, também,
rudimentos de francês.
O Autor: Mario Quintana
Em Laços de Família, Clarice Lispector nos apresenta treze contos: Devaneio e Embriaguez duma
Rapariga, Amor, Uma Galinha, A Imitação da Rosa, Feliz Aniversário, A Menor Mulher do Mundo, O
Jantar, Preciosidade, Os Laços de Família, Começos de Uma Fortuna, Mistério em São Cristóvão, O
Crime do Professor de Matemática e O Búfalo.
Contos que nos revelam a essência do ser humano, suas dúvidas, medos, ambições, anseios,
limitações, segredos... Clarice, nesses contos, nos mostra o que há de mais íntimo no ser humano. E
tudo pelos meios mais corriqueiros e banais. Através dos atos mais comuns, das palavras mais
faladas. Do ir ao mercado a sair para jantar. Do preparo da comida ao limpar da casa. Clarice nos
mostra que tudo que fazemos e falamos esta impregnado pela nossa essência, mas, estamos sempre
com muita pressa para parar e perceber essas sutilezas.
Como sempre, a escrita de Clarice nos leva a reflexão. O que há por trás das palavras? O que há por
trás desse gesto? E desse sorriso?... Após essa leitura você se vê mais suscetível a perceber essas
pequenas coisas. A se questionar, a se interessar pelo comum, corriqueiro, pelo cotidiano; que está
repleto de sentimentos e carregado de emoções prontas a serem desvendadas.
Livro 08: Laços de Família
“Parecia ter descoberto que tudo era
possível de aperfeiçoamento, a cada coisa
se emprestaria uma aparência harmoniosa;
a vida podia ser feita pela mão do homem.”
- Clarice Lispector
Clarice Lispector (1920-1977) foi escritora e jornalista
brasileira. "A Hora da Estrela" foi seu último romance,
publicado em vida.
Clarice Lispector (1920-1977) nasceu em Tchetchelnik na
Ucrânia, no dia 10 de dezembro de 1920. Filha de família
de origem judaica, Pinkouss e Mania Lispector. Sua família
veio para o Brasil em março de 1922, para a cidade de
Maceió, Alagoas, onde morava Zaina, irmã de sua mãe.
Nascida Haia Pinkhasovna Lispector, por iniciativa do seu
pai, todos mudam de nome, e Haia passa a se chamar
Clarice
A autora: Clarice Lispector
A ROSA DO POVO é uma obra de linguagem poética com participação social:
está profundamente sintonizada com o contexto histórico do qual nasceu. O
livro foi escrito durante os anos sombrios da 2°Guerra Mundial, os anos de
ditadura de Getúlio Vargas, e nele encontramos a amargura, a indignação e a
esperança mescladas de forma intensa. Em seus poemas Drummond procura
compreender o sentimento, o sofrimento e a angústia existencial daquela
época. O poeta testemunha e nos apresenta sua reação diante da dor coletiva
e da miséria do mundo moderno, com seu materialismo e sua falta de
humanidade. É interessante observar que o clima dos poemas parece
acompanhar o movimento histórico do qual faz parte. Inicialmente é mais
silencioso, porém apreensivo, como quem aguarda a tempestade, aí vem o
medo, a sensação de impotência diante de tanta tragédia e sofrimento, vem
a fragilidade humana, a hora sombria da morte e o momento de reflexão. E
assim, o livro e a guerra seguem finalmente para o seu desfecho e, como todo
esperado final, brilha a esperança, a força e o amor. A ROSA DO POVO é um
livro único. Leitura obrigatória para amantes de poesia
Livro 09: A rosa do Povo
“ Drummond conseguiu transformar uma
dura realidade, o materialismo de uma
época e a falta de humanidade em poesia.
Realmente o livro é único “ - Reberth
Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira
do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902.
De uma família de fazendeiros em decadência,
estudou na cidade de Belo Horizonte e com os
jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ,
de onde foi expulso por "insubordinação mental".
De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de
escritor como colaborador do Diário de Minas, que
aglutinava os adeptos locais do incipiente
movimento modernista mineiro.
O autor: Carlos Drummond de
Andrade
"Sagarana" é um verdadeiro divisor de águas no âmbito da literatura lusófona, pois marca o início da profunda
transformação verbal realizada na língua portuguesa pelo autor; Guimarães Rosa foi, além de escritor, notório
poliglota ("Eu falo: português, alemão, francês, inglês, espanhol, italiano, esperanto, um pouco de russo; leio:
sueco, holandês, latim e grego (mas com o dicionário agarrado); entendo alguns dialetos alemães; estudei a
gramática: do húngaro, do árabe, do sânscrito, do lituano, do polonês, do tupi, do hebraico, do japonês, do
checo, do finlandês, do dinamarquês; bisbilhotei um pouco a respeito de outras."), homem inteligentíssimo,
diplomata, médico. Acima de tudo, porém, foi um profundo amante da palavra, e essa paixão pelas letras é
claramente a característica mais latente de sua literatura.
Confesso que, embora este não tenha sido meu pórtico à obra de Guimarães Rosa (meu primeiro contato com
ela foi o excelente volume de contos "Primeiras Estórias"), o livro foi, de início, uma leitura um tanto quanto
trabalhosa devido à escrita ímpar e inimitável do autor. No decorrer das páginas fui acostumando-me (ou
melhor, reacostumando-me, dado que o mesmo embargo inicial marcou minha leitura de "Primeiras Estórias") à
prosa roseana.
No entanto, acredito que a singularidade linguística de Guimarães Rosa não seja novidade para ninguém,
portanto, falemos um pouco das estórias. Os contos que compõem "Sagarana" são todos ambientados no sertão
mineiro e povoados pela sorte de gente que lá reside - consequentemente, o diálogo é permeado por
regionalismos, nomes de fauna e flora e um português marcadamente coloquial. Os personagens apresentam os
traços físicos típicos da região. Os enredos lidam com o cotidiano do sertanejo (entretanto, dois deles merecem
destaque por apresentá-lo da perspectiva de animais: "O burrinho pedrês" e "Conversa de bois").
Todavia, (e é nisto que, na humilde opinião deste leitor, reside a força da literatura roseana) percebe-se que,
destituídas de maior especificidade, as tramas possuem uma certa universalidade: são casos que podem se
passar tanto no sertão mineiro quanto na Europa medieval ("O sertão é o mundo."). Guimarães Rosa, ao mesmo
tempo em que retrata com fidelidade seu berço, tece contos cativantes e atemporais, e, mais
importantemente, ao fazê-lo, alcança o que é para mim o objetivo de todo escritor: capturar a essência da alma
humana em palavras. Leitura obrigatória para a vida.
Texto 10: Sagarana
“ A obra Sagarana é a primeira publicação de um dos
maiores escritores brasileiros “- INFO ESCOLA
João Guimarães Rosa
João Guimarães Rosa nasceu em Cordisburgo (MG) a 27 de
junho de 1908 e era o primeiro dos seis filhos de D. Francisca
(Chiquitinha) Guimarães Rosa e de Florduardo Pinto Rosa, mais
conhecido por "seu Fulô" comerciante, juiz-de-paz, caçador de
onças e contador de estórias.

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A Escrava Isaura - romance sobre escravidão

  • 2. Em 1970, Ferreira Gullar é obrigado a deixar o Brasil, vivendo em várias cidades, foi em Buenos Aires, que o poeta escreveu em 1975 entre maio e outubro o “Poema Sujo” que foi muito bem acolhido pelos intelectuais. Ao questionar o título do “Poema sujo”, indaga se esse adjetivo teria a mesma conotação de pornográfico, imoral, contrário às normas tradicionais de boas maneiras. Ma o “Sujo” não se localiza nos palavrões, nas tiradas eróticas; O sujo está na miséria, na fome, na obscena divisão de classes. O sujo está inserido no tempo da enunciação do texto: anos 70, ditadura militar, milagre econômico a enriquecer uma minoria, tortura e censura obscurecendo o país, o poeta exilado, em sua vida clandestina, prestes a ser preso ou fuzilado a qualquer momento; O “Poema sujo” é um painel-memorial onde se acham acontecimentos tristvida até aquele momento. É “Poema sujo”, por não seguir as regras poéticas de métrica, rima, palavras adequadas e vocabulário. Há gírias, palavrões e, até mesmo, obscenidades na linguagem. Ainda pode ser “Poema sujo” por ser de um autor perseguido na época, contrário ao regime do seu tempo de rapaz. Livro 01: Poema sujo
  • 3. Vinícius de Moraes, esse “é o mais importante poema escrito em qualquer língua nas últimas décadas”; Clarice Lispector classifica-o de “escandalosamente belíssimo”.
  • 4. Considerados por muitos o maior poeta brasileiro vivo, o maranhense Ferreira Gullar teve papel importante no cenário cultural do país da segunda metade do século 20. Aliou-se ao movimento concretista - ao lado de Décio Pignatari e os irmãos Campos - e foi membro do Centro Popular de Cultura (CPC) da União Nacional dos Estudantes (UNE), onde chegou a publicar literatura de cordel. Escreveu peças de teatro, crônicas, ensaios e hoje colabora para diversas publicações. Seu maior poema é também sua maior obra. O autor: Ferreira Gullar
  • 5. O Sítio do Picapau Amarelo é uma criação de Monteiro Lobato, escritor brasileiro. A obra é das mais originais da literatura infanto-juvenil no Brasil e o primeiro livro da série foi publicado em Dezembro de 1920. A partir daí, Monteiro Lobato continuou escrevendo livros infantis de sucesso, com seu grupo de personagens que vivem histórias mágicas: Emília, Narizinho, Pedrinho, Marquês de Rabicó, Conselheiro, Quindim, Visconde de Sabugosa, Dona Benta, Tia Nastácia, Tio Barnabé, Cuca, Saci, etc. Os personagens principais moram ou passam boa parte do tempo no sítio pertencente à avó dos garotos, batizado com o nome de Picapau Amarelo, de onde vem o título da série Livro 02: O sítio do Pica-pau amarelo
  • 6. “ O Visconti de Sabugosa é sabio, o saci com aquele caximbo pula numa perna só, a Emília boneca de pano travessa, Tia Nastácia cozinha pra lá de bom e Dona Benta conta muitas hitórias legais, cuidado com a KuKa que KuKa te pega, te pega daqui te pega de lá… “ - ANONIMO
  • 7. Monteiro Lobato (1882-1948) nasceu em Taubaté, São Paulo, no dia 18 de abril de 1882. Era filho de José Bento Marcondes Lobato e Olímpia Monteiro Lobato. Alfabetizado pela mãe, logo despertou o gosto pela leitura, lendo todos os livros infantis da biblioteca de seu avô o Visconde de Tremembé. Desde menino já mostrava seu temperamento irrequieto, escandalizou a sociedade quando se recusou fazer a primeira comunhão. Fez o curso secundário em Taubaté. Estudou no Instituto de Ciências e Letras de São Paulo. O autor: Monteiro Lobato
  • 8. "A vida como ela é" é o título da coluna escrita por Nelson Rodrigues, publicada seis dias por semana, entre 1951 e 1961, no jornal carioca Última hora e na qual o tema do adultério predominava. O cenário do Rio de Janeiro dos anos 50 serve de pano de fundo para os relatos . Porta de entrada para o universo rodrigueano, o livro pode ser uma excelente experiência inaugural, uma amostra digna do todo da obra de Nelson, de seus temas e de seu estilo personalíssimo. O fato é que ama-se ou odeia-se Nelson Rodrigues. Ele não nos deixa escolhas conciliatórias. Mas para alguém que considerava "toda unanimidade burra", esse radicalismo está de bom tamanho. Livro 03: A vida como ela é
  • 9. Um livro que “ Causa “ - ANONIMO
  • 10. Nelson Rodrigues nasceu da cidade do Recife - PE, em 23 de agosto de 1912, quinto filho dos catorze que o casal Maria Esther Falcão e o jornalista Mário Rodrigues puseram no mundo. Os nascidos no Recife, além do biografado, foram Milton, Roberto, Mário Filho, Stella e Joffre. No Rio de Janeiro nasceram os outros oito: Maria Clara, Augustinho, Irene, Paulo, Helena, Dorinha, Elsinha e Dulcinha. O autor: Nelson Rodrigues
  • 11. O livro vidas secas relata de forma explícita o cotidiano de pessoas que passam pelo problema da seca, as dificuldades por falta de água, comida, moradia, e a vida ''nômade'' que se leva por conta disso. Podemos observar que a precariedade enfrentada no livro, faz com que muitos atos impensados venham a ocorrer, como quando Fabiano demonstra em varias passagens da história, vontade de abandonar os filhos pois a seca dificulta tudo, mas sempre lutava contra as oposições encontradas e no fim os filhos terminam em uma pretensa melhoria: começam a estudar. A seca ainda hoje independente das soluções propostas pelo governo, está por várias partes horrorizando famílias que não têm condições para fazer mudanças. Com isso, elas passam fome, pois o solo fica seco e dificulta o plantio, sede por conta que os rios que muito ajudam também desaparecem, os animais morrem com tudo isso. Muito se é feito para solucionara seca, como açudes, barragens, infra- estrutura nas regiões afetadas, distribuição de água em carros pipas e muitas outras medidas. Enfim o livro vidas secas do autor Graciliano Ramos é muito usado em vestibulares, Enem, pois explica uma realidade grande do Brasil, mostrando as características, meios de sobreviver dessas pessoas. Livro 04: Vidas Secas
  • 12. “ Vidas Secas é uma obra de ficção, porém, como todos os livros de Graciliano Ramos, tem traços bibliográficos, ou seja, traz um pouco de sua vida vivida na região nordeste do país. A família pregrinando pelo sertão em busca de comida, água, dignidade e pela própria vida, mostra um lado do país que na época não era muito veiculado. A miséria, a falta de condições mínimas de sobrevivência até parece que estamos falando realmente de uma obra de ficção. Infelizmente isso não mudou. No nordeste ainda temos períodos de grande seca e outros de grande inundação. Há ainda o descaso político e social e a imigração, principalmente para o estado de São Paulo a procura de trabalho, comida, saúde e sobrevivência.” - Desconhecido
  • 13. Graciliano Ramos nasceu no dia 27 de outubro de 1892, na cidade de Quebrangulo, sertão de Alagoas, filho primogênito dos dezesseis que teriam seus pais, Sebastião Ramos de Oliveira e Maria Amélia Ferro Ramos. Viveu sua infância nas cidades de Viçosa, Palmeira dos Índios (AL) e Buíque (PE), sob o regime das secas e das suas que lhe eram aplicadas por seu pai, o que o fez alimentar, desde cedo, a idéia de que todas as relações humanas são regidas pela violência. Em seu livro autobiográfico "Infância", assim se referia a seus pais: "Um homem sério, de testa larga (...), dentes fortes, queixo rijo, fala tremenda; uma senhora enfezada, agressiva, ranzinza (...), olhos maus que em momentos de cólera se inflamavam com um brilho de loucura O autor: Graciliano Ramos
  • 14. Isaura que nem chegou a conhecer a sua mãe biologica,mas ela foi criada pelos seus senhores,pois Isaura teve todas as suas mordomias como uma menina da Auta sociedade.Isaura nunca frequentou sequer uma escola,mas teve o ensinamento de sua senhora que acolheu e a educou na simplicidade e que quando ela crescesse se tornasse uma mulher de respeito. Malvina e seu marido Leôncio também há outros que apesar de terem importância em determinados momentos,não foram parte do núcleo que a exemplo de Henrique,irmão de Malvina pois este é o relato das ameaças,que são astorturas e outros problemas na vida da bela Isaura que teve o azar de entrar no coração do homem errado.Entre voltas e reviravoltas,a Isaura conhece Álvaro,que é um sonho para o público feminino e é quando tudo muda ou não! O que é mais interessante é a forma como a mulher é retratada neste romance de costumes:com endeusamento,como se fosse uma fada/anjo cuja beleza é admirada por todos,mas de longe,e só pode ser apreciada pelos poucos próximos.Mas Bernardo eleva a mulher à categoria mais sublime, exaltando seus dotes e sua beleza física e espiritual. Mas pelo outro ponto válido é avaliar o nível de desigualdade,mais que financeira,social,humanitária em que as pessoas já viviam naquela época. Mas afinal,num romance de costumes não pode ter ficção,mas sim um retrato da própria realidade. Com sua simplicidade a Isaura conseguiu aos poucos modificar o jeito de que a sociedade via a mulher e ao mesmo tempo Isaura conseguiu dar uma nova vida aos seus amigos escravizados Livro 05: A Escrava Isaura
  • 15. “ Para mim, é uma história romântica, triste que realça o preconceito de uma época onde ainda havia a escravidão. Além disso, é um romance bem ao gosto popular, cujo tema o amor à primeira vista é um deles. Ver e amar é um verbo só. E isso porque a narrativa não é a história de um amor, mas dos sofrimentos do amor. Até o vilão sofre demais, apesar das maldades que comete, por causa de Isaura. E Isaura, sendo escrava, não tem direito de amar, ou pelo menos de escolher a quem vai amar “ - Desconhecido
  • 16. Bernardo Guimarães (1825-1884) nasceu no dia 15 de agosto, na cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais. Filho de João Joaquim da Silva Guimarães e Constança Beatriz de Oliveira Guimarães. Estudou no seminário e aos 22 anos ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo. Foi amigo de Álvares de Azevedo e de Aureliano Lessa. Formou- se em 1852. O autor: Bernardo Guimarães
  • 17. DOM CASMURRO é um clássico da literatura brasileira, conhecido mesmo por aqueles que não leram o livro. Com uma trama envolvente e misteriosa, o livro é considerado a obra mais reverenciada de Machado de Assis e um dos mais aclamados da literatura nacional. A complexidade de sua narração e de sua história o tornam um grande mistério até hoje. Afinal, Capitu traia ou não Bentinho? A história se baseia no romance entre Bento e Capitu e num possível romance entre Capitu e Escobar, melhor amigo de Bentinho. Tudo o que sabemos deste suposto triângulo amoroso é através da visão de Bento, que é o narrador da história, e esse fato faz com que não seja possível saber se a traição ocorreu ou não. O enredo começa no ano de 1857, na rua de Mata-Cavalos, quando Bentinho, com 15 anos, se apaixona por sua vizinha adolescente e grande amiga Capitu. Devido a uma promessa feita por Dona Glória, a mãe de Bento, os dois acabam separando-se. Ao perder o primeiro filho, a mãe prometeu que se tivesse outro filho homem, ele seguiria carreira religiosa. Bento, mesmo contrariado, foi mandado para um seminário. Lá ele conhece Escobar, também seminarista e que vem a tornar-se seu melhor amigo e futuro marido de Sacha, a melhor amiga de Capitu. A desconfiança de Bentinho se inicia quando Escobar morre devido à reação de Capitu no velório do amigo. A partir desse momento começa a paranoia: ele nota que seu filho se parece muito com Escobar e que já havia encontrado o amigo e a esposa algumas vezes sozinhos em sua casa. Deste momento em diante o ciúme e as suspeitas de traição só crescem. A narração feita por Bentinho pode ser considerada questionável: ele tenta convencer a si mesmo e ao leitor de que suas suspeitas são válidas. Mas o livro também nos fornece material para duvidar do narrador. Quando li o livro pela primeira vez, na adolescência, cheguei à conclusão de que Capitu tinha traído Bentinho. Entretanto, ao ler novamente anos depois, já tive uma visão completamente diferente de Capitu. Apesar de achá-la dissimulada e muito mais inteligente do que aparenta, agora acho que ela não traiu Bentinho. Trata-se de um romance sobre o ciúme, não sobre traição. O interessante da obra é sua capacidade de enganar: a possível inocência de Capitu permaneceu despercebida durante tanto tempo porque se acreditava que o que estava escrito era o real e esqueciam que era apenas a visão de um dos personagens. DOM CASMURRO É envolvente, misterioso, único e brilhante! É uma obra que deve ser lida por todos Livro 06: Dom Casmurro
  • 18. Unanimente considerada como uma das obras-primas da ficção brasileira e colocada em destaque entre as cinco principais obras de Machado de Assis - ao lado de Quincas Borba, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Esaú e Jacó e O Alienista - Dom Casmurro nunca deixou de estar em evidência ao longo de quase um século de sua publicação, enfrentando, assim, as vissicitudes críticas comuns à obra machadiana. - DESCONHECIDO
  • 19. Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que freqüentará o autodidata Machado de Assis. O autor: Machado de Assis
  • 20. Este livro rendeu à Mário Quintana o prêmio Fernando Chinaglia de melhor livro do ano em 1981. Aqui encontramos poemas curtos, alguns em versos livres, outros seguindo um modelo mais clássico. Mesmo percebendo que o autor está sempre falando de si mesmo, é possivel se identificar com muitos poemas, que tratam dos mais diversos assuntos, do amor até a morte. Livro 07: Nova antologia poética
  • 21. “Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de estar lendo a gente... e não a gente a ele. Mario Quintana”. M-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o Mario, para ter na cabeceira da cama, na rede de balanço, no banco de jardim. Para ler, reler sempre…” -DESCONHECIDO
  • 22. Mario de Miranda Quintana nasceu na cidade de Alegrete (RS), no dia 30 de julho de 1906, quarto filho de Celso de Oliveira Quintana, farmacêutico, e de D. Virgínia de Miranda Quintana. Com 7 anos, auxiliado pelos pais, aprende a ler tendo como cartilha o jornal Correio do Povo. Seus pais ensinam-lhe, também, rudimentos de francês. O Autor: Mario Quintana
  • 23. Em Laços de Família, Clarice Lispector nos apresenta treze contos: Devaneio e Embriaguez duma Rapariga, Amor, Uma Galinha, A Imitação da Rosa, Feliz Aniversário, A Menor Mulher do Mundo, O Jantar, Preciosidade, Os Laços de Família, Começos de Uma Fortuna, Mistério em São Cristóvão, O Crime do Professor de Matemática e O Búfalo. Contos que nos revelam a essência do ser humano, suas dúvidas, medos, ambições, anseios, limitações, segredos... Clarice, nesses contos, nos mostra o que há de mais íntimo no ser humano. E tudo pelos meios mais corriqueiros e banais. Através dos atos mais comuns, das palavras mais faladas. Do ir ao mercado a sair para jantar. Do preparo da comida ao limpar da casa. Clarice nos mostra que tudo que fazemos e falamos esta impregnado pela nossa essência, mas, estamos sempre com muita pressa para parar e perceber essas sutilezas. Como sempre, a escrita de Clarice nos leva a reflexão. O que há por trás das palavras? O que há por trás desse gesto? E desse sorriso?... Após essa leitura você se vê mais suscetível a perceber essas pequenas coisas. A se questionar, a se interessar pelo comum, corriqueiro, pelo cotidiano; que está repleto de sentimentos e carregado de emoções prontas a serem desvendadas. Livro 08: Laços de Família
  • 24. “Parecia ter descoberto que tudo era possível de aperfeiçoamento, a cada coisa se emprestaria uma aparência harmoniosa; a vida podia ser feita pela mão do homem.” - Clarice Lispector
  • 25. Clarice Lispector (1920-1977) foi escritora e jornalista brasileira. "A Hora da Estrela" foi seu último romance, publicado em vida. Clarice Lispector (1920-1977) nasceu em Tchetchelnik na Ucrânia, no dia 10 de dezembro de 1920. Filha de família de origem judaica, Pinkouss e Mania Lispector. Sua família veio para o Brasil em março de 1922, para a cidade de Maceió, Alagoas, onde morava Zaina, irmã de sua mãe. Nascida Haia Pinkhasovna Lispector, por iniciativa do seu pai, todos mudam de nome, e Haia passa a se chamar Clarice A autora: Clarice Lispector
  • 26. A ROSA DO POVO é uma obra de linguagem poética com participação social: está profundamente sintonizada com o contexto histórico do qual nasceu. O livro foi escrito durante os anos sombrios da 2°Guerra Mundial, os anos de ditadura de Getúlio Vargas, e nele encontramos a amargura, a indignação e a esperança mescladas de forma intensa. Em seus poemas Drummond procura compreender o sentimento, o sofrimento e a angústia existencial daquela época. O poeta testemunha e nos apresenta sua reação diante da dor coletiva e da miséria do mundo moderno, com seu materialismo e sua falta de humanidade. É interessante observar que o clima dos poemas parece acompanhar o movimento histórico do qual faz parte. Inicialmente é mais silencioso, porém apreensivo, como quem aguarda a tempestade, aí vem o medo, a sensação de impotência diante de tanta tragédia e sofrimento, vem a fragilidade humana, a hora sombria da morte e o momento de reflexão. E assim, o livro e a guerra seguem finalmente para o seu desfecho e, como todo esperado final, brilha a esperança, a força e o amor. A ROSA DO POVO é um livro único. Leitura obrigatória para amantes de poesia Livro 09: A rosa do Povo
  • 27. “ Drummond conseguiu transformar uma dura realidade, o materialismo de uma época e a falta de humanidade em poesia. Realmente o livro é único “ - Reberth
  • 28. Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro. O autor: Carlos Drummond de Andrade
  • 29. "Sagarana" é um verdadeiro divisor de águas no âmbito da literatura lusófona, pois marca o início da profunda transformação verbal realizada na língua portuguesa pelo autor; Guimarães Rosa foi, além de escritor, notório poliglota ("Eu falo: português, alemão, francês, inglês, espanhol, italiano, esperanto, um pouco de russo; leio: sueco, holandês, latim e grego (mas com o dicionário agarrado); entendo alguns dialetos alemães; estudei a gramática: do húngaro, do árabe, do sânscrito, do lituano, do polonês, do tupi, do hebraico, do japonês, do checo, do finlandês, do dinamarquês; bisbilhotei um pouco a respeito de outras."), homem inteligentíssimo, diplomata, médico. Acima de tudo, porém, foi um profundo amante da palavra, e essa paixão pelas letras é claramente a característica mais latente de sua literatura. Confesso que, embora este não tenha sido meu pórtico à obra de Guimarães Rosa (meu primeiro contato com ela foi o excelente volume de contos "Primeiras Estórias"), o livro foi, de início, uma leitura um tanto quanto trabalhosa devido à escrita ímpar e inimitável do autor. No decorrer das páginas fui acostumando-me (ou melhor, reacostumando-me, dado que o mesmo embargo inicial marcou minha leitura de "Primeiras Estórias") à prosa roseana. No entanto, acredito que a singularidade linguística de Guimarães Rosa não seja novidade para ninguém, portanto, falemos um pouco das estórias. Os contos que compõem "Sagarana" são todos ambientados no sertão mineiro e povoados pela sorte de gente que lá reside - consequentemente, o diálogo é permeado por regionalismos, nomes de fauna e flora e um português marcadamente coloquial. Os personagens apresentam os traços físicos típicos da região. Os enredos lidam com o cotidiano do sertanejo (entretanto, dois deles merecem destaque por apresentá-lo da perspectiva de animais: "O burrinho pedrês" e "Conversa de bois"). Todavia, (e é nisto que, na humilde opinião deste leitor, reside a força da literatura roseana) percebe-se que, destituídas de maior especificidade, as tramas possuem uma certa universalidade: são casos que podem se passar tanto no sertão mineiro quanto na Europa medieval ("O sertão é o mundo."). Guimarães Rosa, ao mesmo tempo em que retrata com fidelidade seu berço, tece contos cativantes e atemporais, e, mais importantemente, ao fazê-lo, alcança o que é para mim o objetivo de todo escritor: capturar a essência da alma humana em palavras. Leitura obrigatória para a vida. Texto 10: Sagarana
  • 30. “ A obra Sagarana é a primeira publicação de um dos maiores escritores brasileiros “- INFO ESCOLA João Guimarães Rosa João Guimarães Rosa nasceu em Cordisburgo (MG) a 27 de junho de 1908 e era o primeiro dos seis filhos de D. Francisca (Chiquitinha) Guimarães Rosa e de Florduardo Pinto Rosa, mais conhecido por "seu Fulô" comerciante, juiz-de-paz, caçador de onças e contador de estórias.