Artigo "Os desafios da pesquisa no Brasil", reproduzido da revista São Paulo em Perspectiva (vol.16), da SEADE (Fundação Sistêmica de Análise de Dados).
1. METODOLOGIA DA
PESQUISA CIENTÍFICA
Prof. Vilmar Vilaça
Alexander Simões
Ana Júlia Amaral
Rayanna Alves
Reginaldo Paulo
Administração – 2ºPeríodo
2. OS DESAFIOS DA
PESQUISA NO BRASIL
Uma contribuição de
docentes da Unicamp
para o debate.
3. A pertinência de se investirem recursos
públicos na pesquisa científica e tecnológica
em qualquer pais, mas particularmente em
países em desenvolvimento como o nosso,
com notáveis carências sociais, deve ser
constantemente redemonstrada com
argumentos novos e eloquentes.
4. Tempos como esse em que, as
publicações e citações perdem efeito, é
necessário resgatar alguns argumentos
tais como:
Argumentos humanistas: sustentam a
nobreza da busca constante pelo
conhecimento.
Argumentos pragmáticos: mostram que a
pesquisa é a base para a inovação,
essencial ao desenvolvimento econômico e
à geração de riquezas.
5. Apesar do crescimento significativo da
pesquisa cientifica no pais, deve-se
resaltar a necessidade do Brasil em
superar o subdesenvolvimento e se
aproximar dos países avançados em prol
da ciência.
É parte da responsabilidade social das
instituições de pesquisa do pais,
particularmente aquelas mantidas com
verbas publicas, entrar no debate para
apontar falhas e limitações do sistema
atual e propor melhorias.
7. Para que se tenha ideia do avanço da
Pesquisa, marcaremos essa evolução
utilizando o tipo de pergunta feita nos
diferentes momentos ate o dias atuais.
DÉCADA DE 1960
“Você faz pesquisa?”
O interlocutor ficaria feliz com uma
simples resposta positiva ou negativa. Em
caso positivo o ‘status’ era diferenciado.
8. DÉCADA DE 1970
“Você tem publicado ‘papers’?”
O ‘status’ era diferenciado vinha da
existência de publicações, principalmente
aquelas em inglês, que seria ainda mais
valorizado.
9. DÉCADA DE 1990
“Quantos trabalhos você já publicou?”
“Quantos trabalhos você já publicou esse ano?”
“Qual o fator de impacto das revista nas quais
você publica?”
“Objetivamente, sua pesquisa serve para que?
Você tem alguma interação com o setor
produtivo?”
10. Essa década foi marcada pela rapidez em
que as perguntas se ampliavam, e bem ou
mal deveriam ser respondidas dentro de um
cenário marcado pela descontinuidade nos
financiamentos para a pesquisa.
Surpreendentemente, a produção cientifica
aumentou, superando todas as expectativas.
11. Anos 2000 aos dias atuais
Este cenário coloca-nos a frente de uma
nova situação que traz novas perguntas.
Admitindo esse novo cenário a organização
da pesquisa cientifica deve sofrer
mudanças. Havendo necessidade de uma
nova percepção da pesquisa cientifica.
12. UM PAIS COM CIÊNCIA
OU APENAS UM PAIS
COM CIENTISTAS?
13. A ciência proporciona aos países que de
fato participam do seu desenvolvimento
uma melhor qualidade de vida. Ou seja,
fazer ciência é viver na plenitude a aventura
do homem sobre a terra.
O mundo hoje é dividido em 2 partes: o
mundo que pensa cientificamente e o
terceiro mundo que não participa
efetivamente na ciência.
14. Para conseguir um pais com ciência, a
educação universal, obrigatória e de
qualidade é peça fundamental para que a
população acredite que o bem estar da
sociedade esta vinculada a apropriação do
saber. Portanto a existência da ciência no
país e capaz de gerar conhecimento original
o que é diferente do que ter alguns poucos
cientistas.
Com isso, o grande desafio da nossa
sociedade é promover o crescimento
econômico e a redução da desigualdade
social.
16. A ciência não é produto do invento ou da
inovação tecnológica. Propagando-se a ideia de
que se deve inventar e inovar mais. Em outras
palavras, a desigualdade social e o abandono
das classes menos favorecidas no Brasil não
são consequência direta da falta de
investimentos em laboratórios ou do atraso na
formação de pesquisadores.
17. No entanto, o Brasil não pode deixar
de fazer pesquisa, assim como não pode
deixar de incrementar sua capacidade de
pesquisa, dados os desafios do mundo
contemporânea.
Ou seja, os problemas que
enfrentamos requerem não só a vontade
publica de mudanças econômicas, mas
também a compreensão da circunstancias
e dos fatores do atraso. Olhar a realidade
de maneira objetiva e cientifica e a
condição necessária, mas não suficiente.
19. Objetivos da pesquisa cientifica: qualidade
e relevância.
Os cientistas costumam estar voltados a
qualidade, embora apelem para a relevância
quando buscam ser contemplados com
algumas especificidades de financiamento.
Tanto a relevância quanto a qualidade são
marcados de forma imperfeita, aproximada.
20. Em vista da impotência para julgar de
maneira equânime (outra palavra), as
receitas para errar menos possível devem
manter o equilíbrio entre qualidade e
relevância e utilizar de julgamentos
imparciais e democráticos. Tratando-se de
errar, é melhor errar com boas intenções.
22. Tem sido recorrente na comunidade
universitária brasileira o debate sobre a
importância – ou não – das publicações
científicas strictu sensu.
Ao invés de enumerar argumentos
contra e a favor de uma das duas teses,
cabe refletir sobre o mérito de tal debate.
23. As publicações são particularmente
importantes no inicio da carreira de um
pesquisador para que ele se exponha e
exponha seu trabalho à comunidade
científica de sua área. Essa interação traz
possibilidades de intercâmbio
absolutamente essenciais à atividade de
pesquisa.
25. A Universidade Brasileira não tem
sabido, via de regra, contratar docentes
com um número significativo de anos de
experiência em temas que sejam de
interesse para a universidade e para a
sociedade. Em outras palavras, não
sabemos atrair potenciais líderes
acadêmicos para iniciar novos grupos de
pesquisa.
26. Para ter uma instituição dinâmica
capaz de acompanhar a par e passo o
desenvolvimento tecnológico e artístico
internacional e servir melhor a sociedade
que a sustenta, é essencial aperfeiçoar o
processo de atração e fixação de novos
pesquisadores na Universidade.
28. Nesta contribuição, analisamos a
natureza da ciência e da apropriação e uso
do conhecimento numa sociedade moderna
com especial enfoque na situação de
países periféricos.
Não basta injetar recursos em
programas que visam equipar alguns
laboratórios considerados de excelência.
29. É preciso uma grande mobilização de
toda a sociedade, pois a transformação
exigida é essencial para que os recursos
investidos na pesquisa possam, de fato,
frutificar, tanto em relação à contribuição
que da ciência para o avanço do
conhecimento quanto em relação à meloria
na qualidade de vida de nossa população.
30. REFERÊNCIA
S
Imagens:
1.Artigo: “Os desafios da pesquisa no Brasil”, reproduzido da revista de São Paulo em
Perspectiva (vol 16)
2.http://csridi.ru/sites/default/files/field/image/training_82.jpg
3.http://exploramercadotecnia.com/wp-content/uploads/2014/04/Lupa.jpg
4.http://www.fiscalizandobetoricha.com/wp-content/uploads/2013/09/white-paper.jpg
5.http://images.slideplayer.com.br/4/1574435/slides/slide_14.jpg
6.http://www.culturafnac.pt/wp-content/
uploads/2013/02/acc89e8856225b3ba2488c72e8a9b343-original.jpg
7.http://www.fapeam.am.gov.br/wp-content/uploads/2014/01/unicamp-realiza-feira-ciencia-
tecnologia-inovacao-noticias1.jpg
8.http://www.gizmodo.fr/wp-content/
uploads/2011/10/Fotolia_5933944_Subscription_XL.jpg
9.http://jubibjovi.files.wordpress.com/2014/03/snoopy.jpg?w=480
10.http://www.content.4ty.gr/merchants/bg-images/7270-SCHOOL%5d.jpg
11.http://1.bp.blogspot.com/-
vaN0JgEsSVU/U8xbweqtnII/AAAAAAAAAPw/qHvMAnOBBpg/s1600/Objetivos.png