1. ESCOLA DA FAMÍLIA
PROJETO COMUNIDADE LEITORA
AMBIENTES DE LEITURA
ENQUANTO ESPAÇO DE
CONSTRUÇÃO DA
CIDADANIA
RAQUEL PRADO LEITE DE SOUSA
ANALISTA SOCIOCULTURAL (CRB 8/9183)
3. Origem
Origem grega biblio the ke .
Junção de duas palavras:
biblio (livro ) e të ke (d e p ó s ito ).
Responsável pela guarda de materiais
escritos, papiros e pergaminhos.
Atualmente seu sentido é muito mais amplo.
5. Base legal
Lei 12.244 de 24 de maio de 2010.
Sala de leitura.
Ambientes de leitura.
6. Tipos de biblioteca
Biblioteca escolar.
Biblioteca pública.
Biblioteca comunitária.
Dois movimentos em sentidos opostos:
Escolarização da biblioteca pública.
Caráter público da biblioteca escolar.
Os dois movimentos são vistos nas Salas
de Leitura da rede estadual de ensino.
8. Antiguidade
Leitura marcada pela restrição.
Poucos iniciados podiam entrar e usar o
acervo.
Arquitetura para dificultar o acesso e a
circulação das obras.
A entrada das bibliotecas possuía guardas.
Paradigma: estocar.
9. Antiguidade
Surgimento das cidades: primeiras bibliotecas
no Extremo Oriente.
Biblioteca de Nínive (século VII a. C.):
Às margens dos rios Tigres e Eufrates (Iraque).
Fundada por Assurbanipal II,
rei da Assíria.
Blocos de argila cozida
(século IX a.C.).
Fonte
http://espacoastrologico.org/
o-sentido-das-estrelas/
10. Antiguidade
Biblioteca de Alexandria.
Egito (ano 280 a.C.).
Reinado de Ptolomeu I Soter.
Mais de setecentos mil volumes.
Grande ataque e incêndio de 642 d.C. (Califa
Omar I).
Reedificada e reinaugurada em 2002.
12. Antiguidade
Biblioteca de Pérgamo.
Acervo de duzentos mil volumes.
Fundada por Átalo I e fortificada por seu filho
Eumenes II.
Polo cultural do mundo antigo.
Reuniu eruditos e literatos.
Saqueada por Marco Antônio
(40 a.C).
Fonte: http://www.casadelivro.com.br/2012
/05/biblioteca-de-alexandria.html
13. Antiguidade
Grécia:
Não eram tão abundantes.
Primeira biblioteca: fundada por Pisístrato (540
a.C.).
Bibliotecas anexas aos templos sagrados.
Roma:
Particulares: provenientes de saques de guerra.
Públicas: imperador Julio César desejava
promover suas conquistas.
14. Idade Média
Espaços de poder.
Armazenamento de documentos.
Impedimento da circulação
Clero responsável pela educação e isso
incluía o domínio das bibliotecas desse
período.
Formato de grandes
labirintos.
Bibliotecários cultos
e guardiões do saber.
Fonte: http://www.theeuropeanlibrary.org/
exhibition/treasures/bible/bible.html
15. Idade Média
Três tipologias
Bibliotecas monacais.
Bibliotecas universitárias.
Bibliotecas particulares.
Leitura em voz alta (rum ina tio ) começa a cair
em desuso.
Livro objeto sagrado.
16. Séculos XV e XVI
Renascimento.
Início da existência das bibliotecas modernas.
Quatro características:
Laicização.
Democratização.
Especialização.
Socialização.
Tenta dar resposta às novas necessidades
sociais frente à democratização.
18. Século XIX
Biblioteca pública ganha força.
Origem em 1850 na Inglaterra, impulsionada
por:
Revolução francesa.
Revolução industrial.
Revolução liberal.
Preocupação: pensar o que a comunidade
deseja e necessita, atuando como
fornecedora de informações diversas.
19. Século XIX
Hábito e gosto pela leitura.
Continuidade do processo civilizatório iniciado
na escola.
Diminuição da criminalidade.
Leitura temida por alguns.
Paradigma: organização.
20. Século XIX
Educação para a democracia.
Auto-educação.
Cura para problemas sociais.
Livro:
Tido como símbolo da superioridade intelectual
de quem o portava.
Visto como material permanente.
Símbolo da superioridade intelectual de quem o
portava.
21. Século XX
Frequência não obrigatória.
Atração de leitores.
Literatura elitista versus literatura popular.
Fim da 2ª Guerra Mundial:
Invenção do livro de bolso.
Material descartável.
Responsabilidade social.
Anos 1970:
Estudo de usuário.
Paradigma: disseminação.
23. Richard Bamberger (1977)
Razões da frequência da leitura:
A posição do livro na escala de valores do país,
tal como se expressa através dos gastos
econômicos destinados à promoção do livro.
A tradição cultural.
As oportunidades de leitura.
O papel representado pelos livros nas escolas e
no sistema educacional.
Socialização e individualização.
Necessidade social:
Mutável, diversa e em evolução.
24. IFLA/UNESCO
Manifesto das Bibliotecas Públicas.
Assegurar o acesso à informação nos mais variados
suportes informacionais e a todos os sujeitos que a
solicitem.
Subsidiar ações e informações que permitam uma
melhor (e real) participação dos sujeitos leitores nas
suas ações.
Permitir uma ampliação dos acessos a suportes de
leitura variados e as novas tecnologias.
Contribuir para a formação continuada dos sujeitos-leitores.
Contribuir para o fortalecimento da economia das
comunidades que atende, principalmente da indústria
editorial.
Servir como um centro difusor de informações para a
25. Práticas culturais
Michel de Certeau:
Manifestações simbólicas concebidas por uma
sociedade.
Atribui olhar interpretativo ao mundo que o cerca.
Instâncias de significação que formam a
identidade (individual ou coletiva).
Pensar e produzir sentido para o mundo com o
qual interagimos.
Preservação e difusão de nosso patrimônio
material e intelectual.
26. Quatro funções da bil. pública
Função cultural.
Informacional.
Recreativa.
Educacional.
Escola como centro catalisador.
27. “[...] cultura popular: lugar de
intervenções, fragmentário, miúdo,
fora dos circuitos oficiais, mas que, na
sua invisibilidade, se constitui como
espaço de acumulação, de dimensão
ontológica de realização da vida que
se marca pela experiência.”
(SILVEIRA; REIS, 2011, p. 40)
28. Protagonismo
Rompe com o movimento vertical.
Estabelece movimento horizontal.
Leitura passiva.
Participação ativa.
Não existe dentro ou fora:
Opera como rede.
29. Segmentação de mercado
Pesquisa realizada por Suaiden:
Bairro carente do Distrito Federal.
Mães dos alunos do segundo ano do ensino
fundamental.
O diagnóstico apontou para as seguintes tópicos:
bolsa-escola, aposentadoria, doenças
sexualmente transmissíveis, oportunidade de
emprego, documentos, etc.
30. Atividades que podem ser feitas
Rodas de leitura.
Hora do conto.
Carro-biblioteca (bicicloteca, mototeca).
Encenações.
Saraus.
Leitura dramática.
Oficinas diversas (fotografias, pintura, dança).
Exposições diversas.
Concursos (poesia, fotografia).
Redação de jornais e blogs.
31. Atividades que podem ser feitas
Escrita coletiva de livro.
Conversa com autores.
Palestra.
Lançamento de livros com noite de
autógrafos.
História da comunidade.
Acervo fotográfico da comunidade.
Livro esquecido.
Feira de troca de livros e revistas.
Entre outros...
32. Cooperifa
Sérgio Vaz fala dos objetivos do Sarau da
Cooperifa ao Programa Jogo de Ideias:
https://www.youtube.com/watch?
v=PKZ9TO_YCnM
34. Referências
CHARTIER, R. A aventura do livro: do leitor ao navegador, conversações com Jean
Lebrun. São Paulo: Editora Unesp, c1997.
GIRALDO GIRALDO, Y. N.; ROMÁN BETANCUR, G. E. La biblioteca pública como
mediadora en la construcción de la ciudadanía. Em Questão, Porto Alegre, v. 17, n.
1, p. 209 - 228, jan./jun. 2011.
MUELLER, S. P. M. Bibliotecas e sociedade: evolução da interpretação de funções e
papéis da biblioteca. Rev. Esc. Bibliotecon., Belo Horizonte, v. 13, n. 1, mar. 1984.
SANTOS, J. M. O processo evolutivo das bibliotecas da antiguidade ao renascimento.
Rev. Bras. Bibliotecon. Document., São Paulo, v. 8, n. 2, p. 175-189, jul./dez. 2012.
SILVEIRA, F. J. N.; REIS, A. S. Biblioteca pública como lugar de práticas culturais: uma
discussão sócio-histórica. Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v. 21, n. 1, p. 37-54,
jan./abr. 2011.
SUAIDEN, E. J. A biblioteca pública no contexto da sociedade da informação. Ci. Inf.,
Brasília, v. 29, n. 2, p. 52-60, maio/ago. 2000.
IFLA; UNESCO. Manifesto da IFLA/UNESCO sobre bibliotecas públicas. 1994.