Aula sobre neuroimunologia ministrada por Dr. Rafael Higashi, médico neurologista, para alunos de medicina da cadeira de imunologia da Faculdade de Medicina da UNIFESO. www.estimulacaoneurologica.com.br
3. A importância da imunologia nas doenças neurológicas Incidência Tratamento Prevenção Perspectivas e estudos futuros
4. Conceito clássico “O cerébro é um orgão imunologicamente privilegiado como os olhos, testículo e a placenta ”.
5. Conceito atual Existência de drenagem linfática no SNC Passagem regular de linfócitos T e B através da BHE para o SNC O espaço liquorico do SNC é imunológicamente ativo Nova denominação: Imunoneurologia J neurol 2007
6. Doenças com envolvimento da mielina do SNC Esclerose Multipla Neurite óptica Milelite transversa Encefalomielite disseminada aguda (ADEM)
7. Constituida de camadas bimoleculares de lípides intercaladas com proteínas. Tem a mesma composição das membranas celulares, ou seja, 70% de lípides e 30% de proteínas, com alta concentração de colesterol e fosfolípedes na sua composição A mielina do SNC é produzida por células chamadas oligondendrócitos A mielina do SNP é produzida pelas células de Schwann
8. Esclerose Múltipla A esclerose múltipla (EM) é uma doença desmielinizante inflamatória crônica, auto-imune, confinada ao sistema nervoso central (SNC). As proteínas da bainha de mielina constituem os alvos das agressões.
17. Síndrome de Guillain Barré Descrita por Guillain, Barré e Strohl em 1916. Em 1985 a plasmaférese foi introduzida como tratamento. Em 1992 o de imunoglobulinas humanas endovenosas em altas doses (IgIV). 0,16 e 2,0 casos por 100 000 habitantes/ano.
18. Síndrome de Guillain Barré Precedida por doença infecciosa 2/3 casos ( 2 e 28 dias do primeiro sintoma neurológico) Infecção do trato respiratório: 30 a 45% dos casos - Cytomegalovirus, vírus de Epstein-Barr e Mycoplasma pneumoniae e Haemophilus influenzae.
19. Paciente ao pedir para fechar os olhos e mostrar os dentes Paciente ao pedir para mostrar os dentes HD: Paralisia facial periférica bilateral Etiologia : Síndrome de Guillain Barre
21. Específico Imunoglobulina humana endovenosa em altas doses (IgIV) ou Plasmaférese Geral Assistência ventilatória Tratamento da dor Prevenção de Infecções Manejo do comprometimento autonômico Hipertensão arterial Hipotensão Arritmias cardíacas Prevenção de Trombose Venosa Profunda e Embolia Pulmonar Cuidados de Enfermagem e de Fisioterapia Cuidados e condições para a alta hospitalar Tratamento da SGB
22.
23. Há cinco classes de imunoglobulina com função de anticorpo: IgA, IgD, IgE, IgG e IgM. Os diferentes tipos se diferenciam pela suas propriedades biológicas, localizações funcionais e habilidade para lidar com diferentes antígenos.
30. Tratamento As alternativas terapêuticas, cujas eficácias foram comprovadas através de estudos prospectivos, controlados e randomizados, incluem corticosteróides e imunoglobulina humana endovenosa em altas doses, eventualmente plasmaférese . Ciclofosfamida e ciclosporina poderiam ser eficazes. IgIV é superior a corticosteróides mas, levando em consideração o alto custo, esses são considerados de primeira escolha .
31. Miastenia Graves Doença auto-imune que tem como alvo os receptores nicotínicos de acetilcolina na membrana pós-sináptica da junção neuromuscular A prevalência é de 2,5 a 10/100.000 hab Tratamento a longo prazo são os imunossupressores e a timectomia
35. Tratamento Nestas crises : plasmaférese ou a Imunoglobulina Humana IV A longo prazo: são os imunossupressores e a timectomia
36. Hanseníase Número de casos: 4,68 doentes a cada 10.000 habitantes Ainda constituí um problema se saúde publica no Brasil Alta infectividade e baixa patogenicidade Contágio através das vias aéreas superiores Tratamento PQT: rifampicina + dapsona + clofazimina Notificação compulsória
41. Neurites Os estados reacionais ou reações hansênicas são reações do sistema imunológico do doente ao Mycobacterium leprae. Apresentam-se através de episódios inflamatórios agudos e sub-agudos. Podem acometer tanto os casos Paucibacilares como os Multibacilares. Tratamento com prednisona
46. Auguste D., mulher de 51 anos de idade procurou auxílio psiquiátrico em Frankfurt. Examinada por Alzheimer
47.
48. Em 1907, Alois Alzheimer publicou o seu famoso artigo sobre “uma rara doença do córtex cerebral” em sua paciente Frau August D., 51 anos, que havia sido sua paciente em 1901 quando ainda clinicava no Asilo Municipal de Frankfurt. “Placa senil” descoberto por Alzheimer
50. THE NEW ENGLAND JOURNAL OF MEDICINE 2001 –STANLEY B. PRUSINER
51. “ Em fato, as doenças neurodegenerativas (doença de Alzheimer, doenças do neurônio motor, doença de Parkinson e etc ) estão previstas em ultrapassar o câncer como segunda causa de morte mais freqüente entre os idosos por volta de 2040 ”. Lilienfeld DE, Perl DP. Projected neurodegenerative disease mortality in USA ,1990-2040. Neuroepidemiology 1993;12:219-28
52. PREVALÊNCIA DE D. DE ALZHEIMER DE ACORDO COM A IDADE EM HOMENS E MULHERES New England Journal of Medicinne – 2003 - Genomic Medicine
53. APOPTOSE CONTAGIOSA E DISFUNÇÃO DA CÉLULA The New England Journal of Medicine - 2003 – Robert M. Friedlander,M.D.
54. FORMAÇÃO DA PLACA SENIL The New England Journal of Medicine, 1999 , Mechanisms of Disease - Joseph B. Martin, MD.
55. Fisiopatologia da Cascata Amilóide na D. de Alzheimer : New England Journal of Medicine – 2004 – Alzheimer Disease – Jeffrey L. Cummings , M D.
56. FATORES RELACIONADOS À D. DE ALZHEIMER New England Journal of Medicine – 2005 –Thomas D. Bird, M.D.
57. FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO PARA D. ALZHEIMER Lancet 2002 – The dementias – KarenRitchie , Simon Lovestone
59. Imunidade inata: A imunidade inata corresponde ao conjunto de ações efetoras que estão prontamente disponíveis no combate à infecção por um determinado agente patogênico. As principais células envolvidas nessa linha de frente da resposta imunológica são os neutrófilose os macrófagos, as quais exercem seu efeito protetor através do processo de fagocitose. Ex: Inclui a capacidade das secreções ácidas do estômago e enzimas digestivas de destruir germes; inclui a resistência da pele e das membranas mucosas à penetração dos germes imunidade adaptativa: O sistema imune adaptativo também chamado de sistema imune adquirido é a imunidade que um indivíduo recebe após ter tido contato com certo agente invasor. Nosso sistema imune possuem células de memória que "lembram" o contato com o determinado invasor e adquire mecanismos de defesa contra ele nos possíveis contatos posteriores. Essas reações serão mais rápidas e eficiente. É o princípio das vacinas. Existem os reforços pelas diminuição da ação dessas células de memória. A imunidade adaptativa é protagonizada pelos linfócitos, os quais estão em contínua recirculação entre o sangue, os órgãos linfóides secundários e a linfa. Independentemente do local onde tenha ocorrido uma determinada infecção, a ativação dos linfócitos de modo que se tornem efetores no combate ao antígeno ocorre nos órgãos linfóides secundários.
60. Em Nova York (2008), agradecimentos a 2 grandes mestres da medicina, Professor Geller (à direita), chefe da cadeira de imunologia da UNIFESO no Brasil e Professor Dubois (à esquerda) com esposa, professor e coordenador do departamento de Pain Management da Faculdade de Medicina da Universidade de Nova York, EUA.