Apresentação feita no Seminário de Discussão de Avaliações de Tecnologias em Saúde de projetos financiados pelo Departamento de Ciência e Tecnologia - DECIT do Ministério da Saúde.
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Efetividade clínica comparativa e custo-efetividade do análogo de insulina Glargina para tratamento de pacientes acometidos por Diabetes Mellitus.
1. Efetividade clínica comparativa e custo-efetividade do
análogo de insulina Glargina para tratamento de
pacientes acometidos por Diabetes Mellitus
Coordenação: Francisco de Assis Acurcio
Seminário de discussão de ATS financiados pelo DECIT
Grupo 2 – Doenças crônicas
2. EQUIPE
Nome Função Instituição
Francisco de Assis Acurcio Coordenador UFMG
Alessandra Maciel Almeida Pesquisador UFMG
Ana Luisa Caires de Souza Colaborador SESMG
Augusto Afonso Guerra Júnior Pesquisador UFMG
Daniel Resende Faleiros Pesquisador UFMG
Eli Iola Gurgel Andrade Pesquisador UFMG
Gerusa Corrêa Pós-graduanda UFMG
Grazielle Dias da Silva Colaborador SESMG
Juliana Álvares Pesquisador UFMG
Juliana Oliveira Costa Pesquisador UFMG
Lays Pires Marra Pós-graduanda UFMG
Leonardo Maurício Diniz Pesquisador UFMG
Livia Lovato Pires de Lemos Pesquisador UFMG
Mariangela Leal Cherchiglia Pesquisador UFMG
Vânia Eloisa de Araújo Pesquisador UFMG
3. OBJETIVOS
Objetivo geral
Realizar análise de efetividade clínica comparativa e
custo-efetividade do análogo de insulina Glargina no
tratamento de pacientes acometidos por Diabetes Mellitus.
Munir a Rebrats de informações que subsidiarão a tomada de
decisões em âmbito nacional acerca da incorporação ou não
do análogo de insulina Glargina ao rol de medicamentos
disponibilizados aos usuários do SUS.
4. OBJETIVOS
Objetivos específicos
1. Realizar revisão sistemática de estudos observacionais que
comparam o análogo de insulina Glargina com insulina NPH;
2. Construir banco de dados dos indivíduos em tratamento de
Diabetes Mellitus do tipo I, cadastrados conforme Protocolo de
utilização do análogo de insulina Glargina no Estado de Minas
Gerais, que possibilite a análise de efetividade clínica
comparativa.
3. Realizar análise de custo-efetividade comparando análogo de
insulina Glargina com insulina NPH, na perspectiva do SUS;
5. MÉTODOS
Revisão Sistemática de estudos observacionais
Efetividade clínica comparativa - Coorte
Análise de custo-efetividade
8. Version 5.1.0
[updated March 2011]
Editors: Julian PT Higgins and Sally Green
MÉTODOS – REVISÃO SISTEMÁTICA
Guidelines for Meta-Analyses and Systematic Reviews of Observational Studies (MOOSE)
9. Pergunta da Pesquisa
P
I
C
O
Diabetes Mellitus tipo 1
Glargina
NPH
Hemoglobina glicada/glicosilada; Glicemia em jejum;
Ocorrência de episódios de hipoglicemia; Outros efeitos
adversos.
O uso do análogo de insulina Glargina em pacientes
com DM1 é efetivo e seguro em comparação ao uso da
Insulina DNA-r de ação intermediária (NPH)?
10. Elaboração da pergunta de pesquisa
Projeto de Pesquisa
Busca da Literatura
Seleção dos estudos
Coleção de estudos para avaliação
Avaliador 1 – avaliação da
qualidade – Escala New Castle
Conjunto de estudos incluídos
Exclusão de estudos
irrelevantes
Avaliador 2– avaliação da
qualidade - Escala New Castle
Avaliador 1 – coleta de dados Avaliador 2– coleta de dados
Metanálise ou síntese qualitativa
Interpretação dos resultados
E
T
A
P
A
S
R
S
(Adp. Higgins e Green, 2008)
Revisão Sistemática - etapas
11. Busca eletrônica
Medline (via Pubmed)
Lilacs
Biblioteca Cochrane
Busca Manual
Periódico eletrônico: Diabetes Care
Referências bibliográficas dos estudos selecionados;
Revisões sistemáticas disponíveis;
Literatura cinzenta
Banco de teses do portal CAPES
Biblioteca Digital UFMG
Banco de dados do Proquest
Pesquisa em bases de dados (até Jun/2015)
12. Publicações identificadas:
796 relatos
Publicações selecionadas
leitura do título: 626
Publicações selecionadas
leitura do resumo: 40
Exclusão de Duplicatas:
170 estudos
Publicações selecionadas
leitura completa: 18
Fase 1
Fase 2
Fase 3
Seleção dos estudos
Estudo incluídos na metanálise: 11
Publicações excluídas
586 estudos
Publicações excluídas
22 estudos
Publicações excluídas
11 estudos
Publicações incluídas
Busca manual = 4
13. RESULTADOS - METANÁLISE
Características
10 coortes e 1 registro de base de dados (3 concorrentes)
Tempo de seguimento: 6 a 54 meses
Conflitos de interesse: 5 declaram, 5 não relataram, 1
declarou não ter
Financiamento: 4 Indústria; 3 não declararam fontes
Qualidade metodológica moderada, sem viés de
publicação
Foram avaliados 11.426 participantes
18. CONCLUSÃO - METANÁLISE
Tendo em vista
Alta heterogeneidade dos estudos
Valor discreto apresentado pela estimativa de efeito nos
desfechos de efetividade
Potenciais conflitos de interesse dos estudos incluídos
Custo de tratamento frente às alternativas terapêuticas
existentes
Não há suporte para a recomendação diferencial na
terapia com o análogo de insulina Glargina
20. Coorte histórica de pacientes DM1 que usavam NPH e que iniciaram
o tratamento com o análogo Glargina (receberam análogo por meio
da SES-MG/PCDT)
Foram realizadas duas avaliações da efetividade clínica:
Coorte 1
Janeiro de 2011 a dezembro de 2013, acompanhados por 18 meses =
quatro processos de solicitação de medicamento
Coorte 2
Janeiro de 2011 à janeiro de 2015, acompanhados por 6 meses = dois
processos de solicitação
Coorte
21. Documentos do processo administrativo:
Prescrições médicas;
Laudos laboratoriais de dosagem de HbA1c;
Relatórios para inclusão/renovação de fornecimento de
análogo de longa duração;
Laudos de solicitação, avaliação e autorização de
medicamentos.
Fonte de dados
24. Não beneficiados
Controle glicêmico
NPH e sem controle
com glargina
Sem glicêmico NPH
e sem controle com
glargina
Com controle
glicêmico NPH e com
controle com
glargina. Diferença
HbA1c NSSem controle
glicêmico NPH e com
controle (em algum
momento) com
glargina
Beneficiados
Beneficiados x Não beneficiados
27. Gráfico 4: Valores médios de hemoglobina glicada faixa etária de 6 a 12 anos.
Coorte 1: Controle glicêmico – 6 a 12 anos
28. Coorte 1: Controle glicêmico - 13 a 19 anos
Gráfico 5: Valores médios de hemoglobina glicada faixa etária de 13 a 19 anos.
29. Gráfico : Valores médios de hemoglobina glicada observados durante o estudo para pacientes
com faixa etária de 20 a 39 anos
Coorte 1: Controle glicêmico – 20 a 39 anos
30. Gráfico 7: Valores médios de hemoglobina glicada observados durante o estudo para pacientes
com faixa etária de 40 a 59 anos
Coorte 1: Controle glicêmico – 40 a 59 anos
31. Gráfico 8: Valores médios de hemoglobina glicada observados durante o estudo para
pacientes de faixa etária acima de 60 anos.
Coorte 1: Controle glicêmico – acima de 60 anos
32. Resultados- Coorte 1
Grafico 1: Valores médios de hemoglobina glicada observados durante o estudo para diferentes avaliações.
33. 32
10
mantiveram
controle Valor
p-NS
6 pacientes
pioraram,
aumento
0,69% HbA1c
valor p-0,036
16 alternaram
controle e
não controle,
aumento
0,65% valor-
p=0,043
125
86
mantiveram
sem controle
valor-p NS
39 alternaram
controle e
não controle
com redução
de 1,15%
valor-p=0,00
118 não beneficiados = 75,2% 39 beneficiados = 24,8%
Resultados- Coorte 1
34. Resultados
Redução nas crises de hipoglicemia
Coorte 1 (18 meses)
Relatada em 51% dos pacientes em uso do análogo de
insulina glargina.
Coorte 2 (seis meses)
Relatada em 36% dos pacientes em uso do análogo de
insulina glargina.
35. Resultados
Controle glicêmico adequado
A porcentagem de pacientes com controle glicêmico
adequado, em uso do análogo:
Coorte 1 (18 meses): 24%
Coorte 2 (seis meses): 30%
36. CONCLUSÃO
Efetividade clínica comparativa semelhante, sem diferença
significante.
Pequeno número de pacientes obtiveram o controle com o
análogo de insulina;
Redução discreta na Hb1Ac apenas aos 18 meses.
Não foi verificada associação entre efetividade com uso da
glargina e características do paciente ou do tratamento.
37. R$11,57
=R$0,01157/UI
R$258,77=
R$0,25877/UI
Dose média: 41,65 UI/dia
=R$14,93/mês
Dose média: 36,83UI/dia
=R$295,45/mês
3200 pacientes
R$945.000,00 /mês e
R$11.300.000,00/anoDiferença de 1877%
Preço baseado no valor terapêutico – é justificável a diferença observada?
38. CONCLUSÃO
Disponibilização do análogo reavaliada.
O desinvestimento e/ou renegociação de preços deve ser
embasada nos resultados de efetividade clínica
associados a outros critérios, como avaliação de custo-
efetividade, segurança e qualidade de vida do paciente.
39. LIMITAÇÕES
Dados secundários;
Ausência de preenchimento de todos os campos;
Os dados referentes a redução da hipoglicemia, crise
hipoglicêmica e comorbidade não são padronizados, o
que limita a qualidade informação;
41. Modelo de análise de decisão
Modelo de Markov
Levantamento de custos
Será adotada a perspectiva do financiador público para a análise de
gastos que se limitará, inicialmente, a análise dos custos diretos da
atenção à saúde (especialmente os custos da terapêutica
medicamentosa), a partir dos preços praticados pelo SUS
Taxa de desconto e análise de sensibilidade
Análise de custo-efetividade
42. CONTRIBUIÇÕES
Científicas ou Tecnológicas
A avaliação da efetividade clínica comparativa do análogo
Glargina pode ajudar a preencher uma lacuna no
conhecimento sobre a efetividade do uso do
medicamento em um cenário de mundo real, permitindo
analisar a relevância do medicamento como alternativa
terapêutica para o tratamento de pacientes diabéticos
43. CONTRIBUIÇÕES
Política de Saúde Pública
Auxiliar no processo de tomada de decisões, provendo
informações, com base na melhor evidência disponível,
aliada às análises de custo-efetividade, que buscam
esclarecer as vantagens ou desvantagens de
incorporação ou desinvestimento no análogo Glargina
como parte do rol de medicamentos disponibilizados pelo
SUS.