SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 9
Não basta dominar um conteúdo
para fazer com que um aluno aprenda.

“Professor é profissional e como competência Jamais
se improvisa, não se concebe que verdadeiras aulas
sejam transmitidas por trabalhadores de outras profissões.
Estes podem passar informações, jamais provocar a verdadeira
aprendizagem. O espaço em que uma aula é ministrada requer respeito tão
amplo quanto o outro onde uma cirurgia se desenvolve e igual respeito
merece esse profissional, não importa a idade dos alunos que ajuda a
aprender. “
(Celso Antunes)
DIFERENÇA ENTRE INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO
INFORMAÇÃO

CONHECIMENTO
CONHECIMENTO

Um ou mais fatos conhecidos, preorganizados, produzido fora do ambiente
escolar , completos e acabados e que
devem ser assumidos pelos alunos.

Produto de uma interação entre o
indivíduo (aluno), a informação que lhe é
exterior, e o significado que este aluno
atribui.

O professor que não transforma a
informação em conhecimento torna-se o
Responsável por sua transmissão, tal
como se faz um texto, um vídeo, uma
emissora de rádio ou outra mídia e,
portanto, pode pela mesma ser
substituído.

O professor que transforma informação
em conhecimento faz de seu aluno um
protagonista que descobre como associar
informações que já possui para atribuir
significado às informações que recebe.

Fonte: Professores e professauros (Celso Antunes)
De que forma uma aula pode favorecer a transformação
da Informação em Conhecimento?
A-------A INFORMAÇÃO
PRODUA, ACABADAA E TRA
INFORMAÇÃO
A INFORMAÇÃO PRODUZIDA,
PRODUZIDA, ACABADA E
ACABADA E TRANSMITIDA
TRANSMITIDA
ANSMITIDA
- Prestem atenção. O tema vai cair
na prova e, mesmo antes desse dia
chegar, eu, como professor, vou
cobrá-lo na prova.

a

A INFORMAÇÃO TRANSFOMADA
EM CONHECIMENTO

- Vou pedir a vocês que se
organizem em grupos e discutam
essas questões. Mas, além dessas,
busquem outras.

Observe que os esforços e recursos usados pelos dois professores foram
praticamente os mesmos. Mas enquanto um impõe a passividade, a
monotonia e a memorização o outro propõe desafios, sugere buscas.
Qual é o significado de AULA?

Segundo o dicionário escolar a palavra “Aula “ pode ser entendida
como “Sala”, espaço Físico onde alunos aprendem. Pode ser entendida,
também, como “lição”, ou seja, matéria ou trabalho escolar passado pelo
professor. De acordo com essa conceituação um passeio, uma entrevista, por exemplo, não
poderiam ser considerados como aula. Um professor de Educação Física não estaria
ministrando aula.
Considerada como “lição”, trabalho escolar, o professor é tido como eixo da aula
e, que sem ele, não há aprendizagem.
A palavra trabalho, de origem latina, significa “tortura”, dando a aula a ideia de sofrimento.
Pela origem etimológica da palavra, aula pode significar palácio, ou ainda gaiola, curral. Como
palácio, atenderia somente nobres e, como gaiolas e curral , prisão, confinamento.
Fugindo das raízes etimológicas e buscando uma definição mais desejável, Celso Antunes
define Aula como ”uma situação de aprendizagem, desenvolvidas em espaços diferentes
e na qual se fazem presentes um ou mais professores que, dominando fundamentos
epistemológicos, ajudam o aluno a aprender.”
Fonte: Professores e professauros (Celso Antunes)
O que é ensinar

• Ensinar quer dizer ajudar e apoiar os alunos a
confrontar uma informação significativa
• AULArelevanteINSTRUCIONAL AUL COM FINALIDADE DE APRENDIZAGEM
e COM FINAIDADE no âmbito AULA uma relação que
de
Observe esse texto de ciências. Refere- - Leia este texto de ciências e confronte
estabelecem com uma dadaseu corpo. Perceba que para a
se ao corpo humano e mostra que o
com o realidade,
mesmo, ainda que conservando um
maior parte das funções que você realiza.
Como correr atrás significados
• unidade, pode ser mais bem para reconstruir osde uma bola, por
capacitando-o
compreendido se o dividirmos em três
exemplo, você o usa de maneira integral,
atribuídos a e membros,
setores: cabeça, tronco essa realidadeisso a essa relação.
mas e não importa que possamos
estes por sua vez, classificados em
inferiores e superiores.

Professores e professauros – Celso
Antunes pág. 31

inventar uma divisão do mesmo e assim
melhor compreendê-lo. Qual divisão o
texto apresenta? Que outra divisão você
se arriscaria propor?
Inteligência constitui um potencial biopsicológico que no ser humano ajuda-o a
resolver problemas. Dessa forma representa atributo inato à espécie e assim
nascemos com nossas diferentes inteligências, cabendo ao ambiente no qual se
inclui naturalmente a escola, mais acentuadamente estimulá-las.

http://www.celsoantunes.com.br/pt/textos_exibir.php?tipo=TEXTOS&id=60
A “competência” não é inata e, portanto, constitui atributo adquirido.
Representa a capacidade de usar nossas inteligências, assim como pensamentos,
memória e outros recursos mentais para realizar com eficiência uma tarefa desejada. Se
ao buscar um destino qualquer descobrimos que a estrada foi interrompida, nossas
inteligências levam-se a essa constatação e a certeza de que se deve buscar outra saída,
mas a forma como faremos determina o grau de competência da pessoa. Como se
percebe, a competência é a operacionalização da inteligência, e a forma concreta e
prática de colocá-la em ação. Assim posto, ao trabalhar as diferentes inteligências
humanas, pode o professor ativar diferentes competências. Percebe-se dessa maneira
que a noção de “competência” surge quando aparece ou é proposto um problema, pois
este desafio é que mostrará a forma melhor em superá-lo. Superar um problema com
competência, entretanto, não implica que tenhamos habilidade para fazê-lo.

http://www.celsoantunes.com.br/pt/textos_exibir.php?tipo=TEXTOS&id=60
A habilidade é produto do treino e do aprimoramento de nossa destreza.
Para que esses conceitos se ajustem a prática, desenvolvamos o seguinte exemplo: o
automóvel que nos leva a praia empaca em meio à estrada; nossas inteligências
detectam esse problema e a necessidade em superá-lo. Se tivermos competência para
isso, apanhamos a caixa de ferramentas e colocamo-nos em ação, se não temos que ao
menos tenhamos uma outra competência, a de chamar depressa um mecânico. Supondo
que saibamos consertar a peça defeituosa e, dessa forma, resolvendo de forma
pertinente o problema que nos empaca, o faremos com maior ou com menor habilidade.
Se o problema é histórico em nosso carro e em nossa vida, provavelmente já
conquistamos habilidade maior em substituir ou consertar a peça defeituosa.

http://www.celsoantunes.com.br/pt/textos_exibir.php?tipo=TEXTOS&id=60
Levando-se esse exemplo para sala de aula, podemos ao ensinar um ou outro conteúdo
explorar suas implicações linguísticas, lógico-matemáticas, espaciais, corporais e outras.
Podemos ainda, propondo desafios e arquitetando problemas, treinar competências
nossas e de nossos alunos, verificando que alguns as usam com notável habilidade,
outros com habilidade menor que, com persistência poderá crescer.
O trabalho com inteligências múltiplas em sala de aula pressupõe uma reflexão
construtivista, voltada para o despertar progressivo de competências e sua
transferência para vida prática através do desenvolvimento de muitas habilidades que
aos poucos se aprimora. Essa concepção se opõe a ideia de que o saber transfere-se de
uma pessoa para outra como algo que estando pronto vem de fora e se encaixa na
mente do aluno.

http://www.celsoantunes.com.br/pt/textos_exibir.php?tipo=TEXTOS&id=60

Mais conteúdo relacionado

Destaque

Ser Professor num Mundo Líquido - Semana Acadêmica de Letras - 2014
Ser Professor num Mundo Líquido - Semana Acadêmica de Letras - 2014Ser Professor num Mundo Líquido - Semana Acadêmica de Letras - 2014
Ser Professor num Mundo Líquido - Semana Acadêmica de Letras - 2014Adail Sobral
 
O Construtor de Pontes - Uma estória de perdão
O Construtor de Pontes - Uma estória de perdãoO Construtor de Pontes - Uma estória de perdão
O Construtor de Pontes - Uma estória de perdãoJulio Machado
 
PALESTRA: RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO
PALESTRA: RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNOPALESTRA: RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO
PALESTRA: RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNOCezar Sena
 
Espelho da Vida - Uma reflexão sobre relacionamentos
Espelho da Vida - Uma reflexão sobre relacionamentosEspelho da Vida - Uma reflexão sobre relacionamentos
Espelho da Vida - Uma reflexão sobre relacionamentosJulio Machado
 
Palestra:O Professor Educador
Palestra:O Professor EducadorPalestra:O Professor Educador
Palestra:O Professor EducadorJulio Machado
 
Sintra palestra motivacional para professores (e não só)
Sintra   palestra motivacional para professores (e não só)Sintra   palestra motivacional para professores (e não só)
Sintra palestra motivacional para professores (e não só)Alfredo Leite
 
O professor e a semente da educação
O professor e a semente da educaçãoO professor e a semente da educação
O professor e a semente da educaçãoHELIO MARINHO
 
40 frases curtas sobre educação
40 frases curtas sobre educação40 frases curtas sobre educação
40 frases curtas sobre educaçãoSeduc MT
 
REFLEXÃO - A IMPORTÂNCIA DE SER UM PROFESSOR - EDUCADOR
REFLEXÃO - A IMPORTÂNCIA DE SER UM PROFESSOR - EDUCADORREFLEXÃO - A IMPORTÂNCIA DE SER UM PROFESSOR - EDUCADOR
REFLEXÃO - A IMPORTÂNCIA DE SER UM PROFESSOR - EDUCADORSaldoce Delícia
 
Resgate a motivação da sua equipe em 20 técnicas
Resgate a motivação da sua equipe em 20 técnicasResgate a motivação da sua equipe em 20 técnicas
Resgate a motivação da sua equipe em 20 técnicasIdeia de Marketing
 
Apresentação do tema motivação da equipe
Apresentação do tema motivação da equipeApresentação do tema motivação da equipe
Apresentação do tema motivação da equipeDenisia Teixeira
 
O que é ser professor hoje? Breve reflexão acerca da arte de ensinar
O que é ser professor hoje? Breve reflexão acerca da arte de ensinarO que é ser professor hoje? Breve reflexão acerca da arte de ensinar
O que é ser professor hoje? Breve reflexão acerca da arte de ensinarSeduc MT
 
Palestra motivacional
Palestra motivacionalPalestra motivacional
Palestra motivacionalFernando Lima
 

Destaque (16)

Ser Professor num Mundo Líquido - Semana Acadêmica de Letras - 2014
Ser Professor num Mundo Líquido - Semana Acadêmica de Letras - 2014Ser Professor num Mundo Líquido - Semana Acadêmica de Letras - 2014
Ser Professor num Mundo Líquido - Semana Acadêmica de Letras - 2014
 
O Construtor de Pontes - Uma estória de perdão
O Construtor de Pontes - Uma estória de perdãoO Construtor de Pontes - Uma estória de perdão
O Construtor de Pontes - Uma estória de perdão
 
Quatro Meses
Quatro MesesQuatro Meses
Quatro Meses
 
PALESTRA: RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO
PALESTRA: RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNOPALESTRA: RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO
PALESTRA: RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO
 
Espelho da Vida - Uma reflexão sobre relacionamentos
Espelho da Vida - Uma reflexão sobre relacionamentosEspelho da Vida - Uma reflexão sobre relacionamentos
Espelho da Vida - Uma reflexão sobre relacionamentos
 
Palestra:O Professor Educador
Palestra:O Professor EducadorPalestra:O Professor Educador
Palestra:O Professor Educador
 
Sintra palestra motivacional para professores (e não só)
Sintra   palestra motivacional para professores (e não só)Sintra   palestra motivacional para professores (e não só)
Sintra palestra motivacional para professores (e não só)
 
Auto-estima do professor
Auto-estima do professorAuto-estima do professor
Auto-estima do professor
 
O professor e a semente da educação
O professor e a semente da educaçãoO professor e a semente da educação
O professor e a semente da educação
 
40 frases curtas sobre educação
40 frases curtas sobre educação40 frases curtas sobre educação
40 frases curtas sobre educação
 
REFLEXÃO - A IMPORTÂNCIA DE SER UM PROFESSOR - EDUCADOR
REFLEXÃO - A IMPORTÂNCIA DE SER UM PROFESSOR - EDUCADORREFLEXÃO - A IMPORTÂNCIA DE SER UM PROFESSOR - EDUCADOR
REFLEXÃO - A IMPORTÂNCIA DE SER UM PROFESSOR - EDUCADOR
 
Resgate a motivação da sua equipe em 20 técnicas
Resgate a motivação da sua equipe em 20 técnicasResgate a motivação da sua equipe em 20 técnicas
Resgate a motivação da sua equipe em 20 técnicas
 
Apresentação do tema motivação da equipe
Apresentação do tema motivação da equipeApresentação do tema motivação da equipe
Apresentação do tema motivação da equipe
 
O que é ser professor hoje? Breve reflexão acerca da arte de ensinar
O que é ser professor hoje? Breve reflexão acerca da arte de ensinarO que é ser professor hoje? Breve reflexão acerca da arte de ensinar
O que é ser professor hoje? Breve reflexão acerca da arte de ensinar
 
Motivação
MotivaçãoMotivação
Motivação
 
Palestra motivacional
Palestra motivacionalPalestra motivacional
Palestra motivacional
 

Semelhante a Ensinar é mais que transmitir

O papel-do-professor-na-promocao-da-aprendizagem-significativa-julio-cesar-fu...
O papel-do-professor-na-promocao-da-aprendizagem-significativa-julio-cesar-fu...O papel-do-professor-na-promocao-da-aprendizagem-significativa-julio-cesar-fu...
O papel-do-professor-na-promocao-da-aprendizagem-significativa-julio-cesar-fu...PROIDDBahiana
 
O Papel Do Professor
O Papel Do ProfessorO Papel Do Professor
O Papel Do ProfessorMary Carneiro
 
Texto desenvolvimento de competências e habilidades dra. Lenise Aparecida Ma...
Texto desenvolvimento de  competências e habilidades dra. Lenise Aparecida Ma...Texto desenvolvimento de  competências e habilidades dra. Lenise Aparecida Ma...
Texto desenvolvimento de competências e habilidades dra. Lenise Aparecida Ma...Álvaro Luiz Barbosa Ribeiro
 
Para ler quando tiver vontade... (2)
Para ler quando tiver vontade... (2)Para ler quando tiver vontade... (2)
Para ler quando tiver vontade... (2)Denise Vilardo
 
Celso vasconcellos planejamentomomentosiniciais-revisto2017
Celso vasconcellos planejamentomomentosiniciais-revisto2017Celso vasconcellos planejamentomomentosiniciais-revisto2017
Celso vasconcellos planejamentomomentosiniciais-revisto2017Renilda Miranda
 
Curiosidd Epist DiáLogo E Atv De Ens
Curiosidd Epist DiáLogo E Atv De EnsCuriosidd Epist DiáLogo E Atv De Ens
Curiosidd Epist DiáLogo E Atv De Enswtedeschi
 
Competências e habilidades
Competências e habilidadesCompetências e habilidades
Competências e habilidadesGlaucia Oliveira
 
Competências e habilidades
Competências e habilidadesCompetências e habilidades
Competências e habilidadesGlaucia Oliveira
 
Competências e habilidades
Competências e habilidadesCompetências e habilidades
Competências e habilidadesGlaucia Oliveira
 
206213128 as-ideias-concepcoes-e-teorias-que-sustentam-a-pratica-de-qualquer-...
206213128 as-ideias-concepcoes-e-teorias-que-sustentam-a-pratica-de-qualquer-...206213128 as-ideias-concepcoes-e-teorias-que-sustentam-a-pratica-de-qualquer-...
206213128 as-ideias-concepcoes-e-teorias-que-sustentam-a-pratica-de-qualquer-...Rc Andrade
 
A.Apres.EducaçãO.Habil.Compet.Ppoint
A.Apres.EducaçãO.Habil.Compet.PpointA.Apres.EducaçãO.Habil.Compet.Ppoint
A.Apres.EducaçãO.Habil.Compet.Ppointguesta2f5284
 
Teoria, prática, indivíduos e organizações
Teoria, prática, indivíduos e organizaçõesTeoria, prática, indivíduos e organizações
Teoria, prática, indivíduos e organizaçõesgrupoletra
 
6.revista magistério 3 o aluno
6.revista magistério 3 o aluno6.revista magistério 3 o aluno
6.revista magistério 3 o alunoUlisses Vakirtzis
 
Metodologia Dialética em Sala de Aula
Metodologia Dialética em Sala de AulaMetodologia Dialética em Sala de Aula
Metodologia Dialética em Sala de AulaMary Carneiro Rezende
 

Semelhante a Ensinar é mais que transmitir (20)

O papel-do-professor-na-promocao-da-aprendizagem-significativa-julio-cesar-fu...
O papel-do-professor-na-promocao-da-aprendizagem-significativa-julio-cesar-fu...O papel-do-professor-na-promocao-da-aprendizagem-significativa-julio-cesar-fu...
O papel-do-professor-na-promocao-da-aprendizagem-significativa-julio-cesar-fu...
 
O Papel Do Professor
O Papel Do ProfessorO Papel Do Professor
O Papel Do Professor
 
Ser professor (1)
Ser professor (1)Ser professor (1)
Ser professor (1)
 
Texto desenvolvimento de competências e habilidades dra. Lenise Aparecida Ma...
Texto desenvolvimento de  competências e habilidades dra. Lenise Aparecida Ma...Texto desenvolvimento de  competências e habilidades dra. Lenise Aparecida Ma...
Texto desenvolvimento de competências e habilidades dra. Lenise Aparecida Ma...
 
Dez competencias
Dez competenciasDez competencias
Dez competencias
 
Para ler quando tiver vontade... (2)
Para ler quando tiver vontade... (2)Para ler quando tiver vontade... (2)
Para ler quando tiver vontade... (2)
 
Celso vasconcellos planejamentomomentosiniciais-revisto2017
Celso vasconcellos planejamentomomentosiniciais-revisto2017Celso vasconcellos planejamentomomentosiniciais-revisto2017
Celso vasconcellos planejamentomomentosiniciais-revisto2017
 
ausubel.ppt
ausubel.pptausubel.ppt
ausubel.ppt
 
Morin e-2003-a-cabeca-bem-feita-repensar-a-reforma-
Morin e-2003-a-cabeca-bem-feita-repensar-a-reforma-Morin e-2003-a-cabeca-bem-feita-repensar-a-reforma-
Morin e-2003-a-cabeca-bem-feita-repensar-a-reforma-
 
Curiosidd Epist DiáLogo E Atv De Ens
Curiosidd Epist DiáLogo E Atv De EnsCuriosidd Epist DiáLogo E Atv De Ens
Curiosidd Epist DiáLogo E Atv De Ens
 
Competências e habilidades
Competências e habilidadesCompetências e habilidades
Competências e habilidades
 
Competências e habilidades
Competências e habilidadesCompetências e habilidades
Competências e habilidades
 
Competências e habilidades
Competências e habilidadesCompetências e habilidades
Competências e habilidades
 
206213128 as-ideias-concepcoes-e-teorias-que-sustentam-a-pratica-de-qualquer-...
206213128 as-ideias-concepcoes-e-teorias-que-sustentam-a-pratica-de-qualquer-...206213128 as-ideias-concepcoes-e-teorias-que-sustentam-a-pratica-de-qualquer-...
206213128 as-ideias-concepcoes-e-teorias-que-sustentam-a-pratica-de-qualquer-...
 
Aprendizagem
AprendizagemAprendizagem
Aprendizagem
 
A.Apres.EducaçãO.Habil.Compet.Ppoint
A.Apres.EducaçãO.Habil.Compet.PpointA.Apres.EducaçãO.Habil.Compet.Ppoint
A.Apres.EducaçãO.Habil.Compet.Ppoint
 
Aprender
AprenderAprender
Aprender
 
Teoria, prática, indivíduos e organizações
Teoria, prática, indivíduos e organizaçõesTeoria, prática, indivíduos e organizações
Teoria, prática, indivíduos e organizações
 
6.revista magistério 3 o aluno
6.revista magistério 3 o aluno6.revista magistério 3 o aluno
6.revista magistério 3 o aluno
 
Metodologia Dialética em Sala de Aula
Metodologia Dialética em Sala de AulaMetodologia Dialética em Sala de Aula
Metodologia Dialética em Sala de Aula
 

Mais de Professora Sonia Amaral (14)

Africa
AfricaAfrica
Africa
 
Carnaval
CarnavalCarnaval
Carnaval
 
Revista da turma da mônica sobre drogas
Revista da turma da mônica sobre drogasRevista da turma da mônica sobre drogas
Revista da turma da mônica sobre drogas
 
D joao
D joaoD joao
D joao
 
Rio antigo
Rio antigoRio antigo
Rio antigo
 
Planeta terra 1
Planeta terra 1Planeta terra 1
Planeta terra 1
 
Cerebro
CerebroCerebro
Cerebro
 
Pessego, pera, ameixa no pomar
Pessego, pera, ameixa no pomarPessego, pera, ameixa no pomar
Pessego, pera, ameixa no pomar
 
Exercícios alfa
Exercícios alfaExercícios alfa
Exercícios alfa
 
Produção de texto
Produção de textoProdução de texto
Produção de texto
 
Pirat das palavras
Pirat das palavrasPirat das palavras
Pirat das palavras
 
Apresentação1pais
Apresentação1paisApresentação1pais
Apresentação1pais
 
A história do_leão_que_não_sabia_escrever_de_martin__= =_iso-8859-1_q_beltsc...
A história do_leão_que_não_sabia_escrever_de_martin__=  =_iso-8859-1_q_beltsc...A história do_leão_que_não_sabia_escrever_de_martin__=  =_iso-8859-1_q_beltsc...
A história do_leão_que_não_sabia_escrever_de_martin__= =_iso-8859-1_q_beltsc...
 
A horta do sr lobo
A horta do sr loboA horta do sr lobo
A horta do sr lobo
 

Último

Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasCasa Ciências
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 

Último (20)

Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 

Ensinar é mais que transmitir

  • 1. Não basta dominar um conteúdo para fazer com que um aluno aprenda. “Professor é profissional e como competência Jamais se improvisa, não se concebe que verdadeiras aulas sejam transmitidas por trabalhadores de outras profissões. Estes podem passar informações, jamais provocar a verdadeira aprendizagem. O espaço em que uma aula é ministrada requer respeito tão amplo quanto o outro onde uma cirurgia se desenvolve e igual respeito merece esse profissional, não importa a idade dos alunos que ajuda a aprender. “ (Celso Antunes)
  • 2. DIFERENÇA ENTRE INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO INFORMAÇÃO CONHECIMENTO CONHECIMENTO Um ou mais fatos conhecidos, preorganizados, produzido fora do ambiente escolar , completos e acabados e que devem ser assumidos pelos alunos. Produto de uma interação entre o indivíduo (aluno), a informação que lhe é exterior, e o significado que este aluno atribui. O professor que não transforma a informação em conhecimento torna-se o Responsável por sua transmissão, tal como se faz um texto, um vídeo, uma emissora de rádio ou outra mídia e, portanto, pode pela mesma ser substituído. O professor que transforma informação em conhecimento faz de seu aluno um protagonista que descobre como associar informações que já possui para atribuir significado às informações que recebe. Fonte: Professores e professauros (Celso Antunes)
  • 3. De que forma uma aula pode favorecer a transformação da Informação em Conhecimento? A-------A INFORMAÇÃO PRODUA, ACABADAA E TRA INFORMAÇÃO A INFORMAÇÃO PRODUZIDA, PRODUZIDA, ACABADA E ACABADA E TRANSMITIDA TRANSMITIDA ANSMITIDA - Prestem atenção. O tema vai cair na prova e, mesmo antes desse dia chegar, eu, como professor, vou cobrá-lo na prova. a A INFORMAÇÃO TRANSFOMADA EM CONHECIMENTO - Vou pedir a vocês que se organizem em grupos e discutam essas questões. Mas, além dessas, busquem outras. Observe que os esforços e recursos usados pelos dois professores foram praticamente os mesmos. Mas enquanto um impõe a passividade, a monotonia e a memorização o outro propõe desafios, sugere buscas.
  • 4. Qual é o significado de AULA? Segundo o dicionário escolar a palavra “Aula “ pode ser entendida como “Sala”, espaço Físico onde alunos aprendem. Pode ser entendida, também, como “lição”, ou seja, matéria ou trabalho escolar passado pelo professor. De acordo com essa conceituação um passeio, uma entrevista, por exemplo, não poderiam ser considerados como aula. Um professor de Educação Física não estaria ministrando aula. Considerada como “lição”, trabalho escolar, o professor é tido como eixo da aula e, que sem ele, não há aprendizagem. A palavra trabalho, de origem latina, significa “tortura”, dando a aula a ideia de sofrimento. Pela origem etimológica da palavra, aula pode significar palácio, ou ainda gaiola, curral. Como palácio, atenderia somente nobres e, como gaiolas e curral , prisão, confinamento. Fugindo das raízes etimológicas e buscando uma definição mais desejável, Celso Antunes define Aula como ”uma situação de aprendizagem, desenvolvidas em espaços diferentes e na qual se fazem presentes um ou mais professores que, dominando fundamentos epistemológicos, ajudam o aluno a aprender.” Fonte: Professores e professauros (Celso Antunes)
  • 5. O que é ensinar • Ensinar quer dizer ajudar e apoiar os alunos a confrontar uma informação significativa • AULArelevanteINSTRUCIONAL AUL COM FINALIDADE DE APRENDIZAGEM e COM FINAIDADE no âmbito AULA uma relação que de Observe esse texto de ciências. Refere- - Leia este texto de ciências e confronte estabelecem com uma dadaseu corpo. Perceba que para a se ao corpo humano e mostra que o com o realidade, mesmo, ainda que conservando um maior parte das funções que você realiza. Como correr atrás significados • unidade, pode ser mais bem para reconstruir osde uma bola, por capacitando-o compreendido se o dividirmos em três exemplo, você o usa de maneira integral, atribuídos a e membros, setores: cabeça, tronco essa realidadeisso a essa relação. mas e não importa que possamos estes por sua vez, classificados em inferiores e superiores. Professores e professauros – Celso Antunes pág. 31 inventar uma divisão do mesmo e assim melhor compreendê-lo. Qual divisão o texto apresenta? Que outra divisão você se arriscaria propor?
  • 6. Inteligência constitui um potencial biopsicológico que no ser humano ajuda-o a resolver problemas. Dessa forma representa atributo inato à espécie e assim nascemos com nossas diferentes inteligências, cabendo ao ambiente no qual se inclui naturalmente a escola, mais acentuadamente estimulá-las. http://www.celsoantunes.com.br/pt/textos_exibir.php?tipo=TEXTOS&id=60
  • 7. A “competência” não é inata e, portanto, constitui atributo adquirido. Representa a capacidade de usar nossas inteligências, assim como pensamentos, memória e outros recursos mentais para realizar com eficiência uma tarefa desejada. Se ao buscar um destino qualquer descobrimos que a estrada foi interrompida, nossas inteligências levam-se a essa constatação e a certeza de que se deve buscar outra saída, mas a forma como faremos determina o grau de competência da pessoa. Como se percebe, a competência é a operacionalização da inteligência, e a forma concreta e prática de colocá-la em ação. Assim posto, ao trabalhar as diferentes inteligências humanas, pode o professor ativar diferentes competências. Percebe-se dessa maneira que a noção de “competência” surge quando aparece ou é proposto um problema, pois este desafio é que mostrará a forma melhor em superá-lo. Superar um problema com competência, entretanto, não implica que tenhamos habilidade para fazê-lo. http://www.celsoantunes.com.br/pt/textos_exibir.php?tipo=TEXTOS&id=60
  • 8. A habilidade é produto do treino e do aprimoramento de nossa destreza. Para que esses conceitos se ajustem a prática, desenvolvamos o seguinte exemplo: o automóvel que nos leva a praia empaca em meio à estrada; nossas inteligências detectam esse problema e a necessidade em superá-lo. Se tivermos competência para isso, apanhamos a caixa de ferramentas e colocamo-nos em ação, se não temos que ao menos tenhamos uma outra competência, a de chamar depressa um mecânico. Supondo que saibamos consertar a peça defeituosa e, dessa forma, resolvendo de forma pertinente o problema que nos empaca, o faremos com maior ou com menor habilidade. Se o problema é histórico em nosso carro e em nossa vida, provavelmente já conquistamos habilidade maior em substituir ou consertar a peça defeituosa. http://www.celsoantunes.com.br/pt/textos_exibir.php?tipo=TEXTOS&id=60
  • 9. Levando-se esse exemplo para sala de aula, podemos ao ensinar um ou outro conteúdo explorar suas implicações linguísticas, lógico-matemáticas, espaciais, corporais e outras. Podemos ainda, propondo desafios e arquitetando problemas, treinar competências nossas e de nossos alunos, verificando que alguns as usam com notável habilidade, outros com habilidade menor que, com persistência poderá crescer. O trabalho com inteligências múltiplas em sala de aula pressupõe uma reflexão construtivista, voltada para o despertar progressivo de competências e sua transferência para vida prática através do desenvolvimento de muitas habilidades que aos poucos se aprimora. Essa concepção se opõe a ideia de que o saber transfere-se de uma pessoa para outra como algo que estando pronto vem de fora e se encaixa na mente do aluno. http://www.celsoantunes.com.br/pt/textos_exibir.php?tipo=TEXTOS&id=60