2. As razões do Imperialismo
O imperialismo (ou neocolonialismo) é
um fenômeno da segunda metade do século
XIX e relaciona-se diretamente à Segunda
Revolução Industrial.
Ele difere do colonialismo do século
XVI, que estava relacionado ao
mercantilismo e à expansão comercial
européia.
3. Interesses imperialistas
1. Obtenção de matérias-primas;
2. Expansão do mercado consumidor para
os produtos industrializados europeus;
3. Fixação de excedentes populacionais;
4. Interesses estratégicos / geopolíticos.
4. Interesses imperialistas
Os maiores beneficiários as grandes
empresas européias, mas os interesses
nacionalistas dos Estados europeus também
eram muito fortes.
As regiões exploradas foram, sobretudo,
a África e a Ásia; a América Latina passou
a sofrer um imperialismo “indireto”.
5. Ideologia civilizatória
As nações imperialistas consideravam-se
chamadas a levar a civilização aos povos menos
evoluídos, ensinando-lhes as línguas européias, os
costumes refinados e convertendo-os ao
cristianismo.
Tal ideologia racista baseava-se, sobretudo, no
darwinismo social, defendido por H. Spencer:
assim como na natureza, existiam sociedades mais
evoluídas, enquanto outras estariam destinadas ao
desaparecimento. Cabia aos europeus “salvar”
essas sociedades, civilizando-as.
6. Disputas imperialistas
Os diversos países europeus disputaram cada
território dos continentes africano e asiático.
Após a Conferência de Berlim, em 1885,
apenas dois países eram livres no continente
africano: a Etiópia e a Libéria. Os demais estavam
sob o domínio de países europeus, sobretudo da
Inglaterra e da França.
Holanda, Bélgica, Portugal e Espanha também
possuíam consideráveis territórios no continente
africano.
7. A hegemonia inglesa
Era a Inglaterra que possuía um império
onde “o sol nunca se punha”. E, de todas as
suas colônias, a “mais bela jóia da Coroa
britânica” era a Índia, país bastante
populoso e um excelente mercado
consumidor.
No entanto, com a importação de artigos
industriais ingleses (tecidos, por exemplo) a
economia tradicional indiana foi sendo
destruída.
8. Disputas imperialistas
A China era outro importante mercado
consumidor, sendo bastante pressionada pelos
ingleses para que abrisse seus portos aos produtos
europeus.
A partir da Guerra do Ópio, em 1841, cinco
portos chineses foram abertos à marinha inglesa,
além da cessão de Hong Kong, devolvida apenas
em 1997.
Outros países, no entanto, também
influenciaram o mercado chinês, como França,
Rússia e Japão.
9. Resistências locais ao Imperialismo
- Guerra dos Sipaios (1857-58), na Índia;
- Guerra dos Bôeres (1899-1902), na África
do Sul;
- Guerra dos Boxers (1900), na China.
10. Outros imperialismos
A Rússia, no final do século XIX, passou a
exercer grande controle na região dos Bálcãs;
além disso, passou a disputar com ingleses e
franceses o controle do Oriente Médio e, com os
japoneses, o controle de regiões chinesas.
Após séculos de ter se fechado para o
Ocidente, o Japão inicia um rápido processo de
industrialização (na segunda metade do século
XIX) e de expansão imperial sobre a China e a
Coréia. Esse processo é denominado Era Meiji.
11. Outros imperialismos
Os EUA, além da influência econômica sobre
a América Latina, passará a exercer o controle
direto sobre alguns territórios como Cuba (a partir
da Emenda Platt, em 1901) e sobre Porto Rico, em
1898. Trata-se da Big Stick Policy.
Além disso, eram grandes os interesses norte-
americanos no Pacífico. Além da anexação do
Havaí, os EUA conseguiram tomar as Filipinas do
governo espanhol.