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EM TODAS AS PRODUÇÃOES TEXTUAIS SERÃO SEGUIDAS AS SEGUINTES REGRAS:
AS REDAÇÕES DEVEM SER FEITAS À CANETA PRETA.
RESPOSTAS EM FORMA DE ESQUEMA E NÃO DE PARÁGRAFOS NÃO SERÃO LIDAS.
NADA ESCRITO ALÉM DO LIMITE DE LINHAS SERÁ LIDO.
AO DESENVOLVER O TEMA PROPOSTO, PROCURE UTILIZAR OS CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS E AS
REFLEXÕES FEITAS AO LONGO DE SUA FORMAÇÃO. SELECIONE, ORGANIZE E RELACIONE
ARGUMENTOS, FATOS E OPINIÕES PARA DEFENDER SEU PONTO DE VISTA, ELABORANDO PROPOSTAS
PARA A SOLUÇÃO DO PROBLEMA DISCUTIDO EM SEU TEXTO. SUAS PROPOSTAS DEVEM DEMONSTRAR
RESPEITO AOS DIREITOS HUMANOS.
LEMBRE-SE DE QUE A SITUAÇÃO DE PRODUÇÃO DE SEU TEXTO REQUER O USO DA MODALIDADE
ESCRITA CULTA DA LÍNGUA PORTUGUESA.
O TEXTO NÃO DEVE SER ESCRITO EM FORMA DE POEMA (VERSOS).
O TEXTO DEVERÁ TER NO MÍNIMO 15 (QUINZE) LINHAS ESCRITAS.
PROPOSTA 01
Nos últimos dias, notícias acerca do confronto entre a Polícia Militar e estudantes da USP tomaram conta dos
noticiários. O caso teve início quando a Polícia Militar deteve 3 estudantes que estavam em posse de maconha
dentro do Campus.
O Uol noticiou que estudantes contrários à presença da Polícia Militar no campus da USP continuam no prédio da
administração da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas). Encapuzados, eles defendem a saída
da PM do campus Butantã (zona oeste de São Paulo), mas não querem falar com a imprensa.
Vejam o que mais a reportagem dizia:
“Um representante do movimento disse apenas que ‘a ocupação vai até a gente conseguir as nossas demandas’.
Além da saída da PM, os estudantes pedem a saída do reitor João Grandino Rodas. Os manifestantes estão
trancados no prédio e, às vezes, aparecem no portão, sempre encapuzados. Há relatos de que alguns deles
chegaram a atacar um veículo da TV Record.
Do lado de fora do prédio, estudantes que defendem a permanência da PM no campus falam normalmente com a
imprensa.
Rodrigo Souza Neves, aluno do curso de políticas públicas e ex-aluno de história, afirma que os manifestantes que
ocupam o prédio da FFLCH não representam a maioria dos estudantes da universidade.
‘Nós fizemos um plebiscito com cerca de 1.100 alunos, e 60% são a favor da presença da PM no campus.’
Lucas Sorrillo, colaborador no grêmio da Poli (Escola Politécnica da USP), diz que, antes da presença da PM, não
havia segurança na universidade.
“Antes daquele trágico acontecimento [o assassinato do estudante Felipe Ramos de Paiva, em maio deste ano], era
comum haver tráfico de drogas e assaltos no campus.”
A reitoria da USP não se posicionou oficialmente sobre a ocupação, mas informou que “a decisão do convênio com a
PM foi tomada pelo Conselho Gestor do Campus, que reúne representantes de todas as unidades da universidade.”
Desenvolva um texto dissertativo discutindo os limites da liberdade na sociedade moderna. Aborde argumentação
baseada na legitimidade de manifestações e a ação da polícia sobre os manifestantes.
PROPOSTA 02
Fala-se tanto de qualidade de vida no mundo atual que médicos e profissionais de outras áreas são convidados a
indicar os comportamentos adequados para se ter uma vida mais saudável. Sabemos, entretanto, que ter qualidade
de vida implica um conjunto de procedimentos a serem incorporados ao nosso dia-a-dia. Para auxiliar sua reflexão,
leia os trechos a seguir selecionados da reportagem da revista "Superinteressante" e, a seguir, escreva um texto
dissertativo argumentativo sobre o que é ter qualidade de vida e propondo ações sociais e governamentais que
melhorariam qualitativamente a vida da sociedade brasileira.
A CIÊNCIA DO BEM VIVER
Pequenas mudanças de atitude podem melhorar sua saúde física, mental e material. Conheça 7 hábitos
comprovados cientificamente que você deve adotar para ganhar qualidade de vida.
1. OUÇA MÚSICA
Não se culpe se você é daqueles que passam o dia todo com um fone de ouvido cantarolando por aí. A música tem
efeitos muito benéficos para a saúde física e mental. Já não é de hoje que os cientistas vêm estudando o fenômeno.
Entre outras coisas, a música pode acalmar, estimular a criatividade e a concentração, além de ajudar na cura de
uma porção de doenças.
2. PREPARE-SE PARA ENVELHECER
Ninguém gosta muito da idéia de vir a ser velho, mas isso é a melhor coisa que pode acontecer (pense na outra
possibilidade). É bom reservar um tempo desde já para planejar como você pretende que seja sua velhice. Inclusive
porque é bem possível que essa fase da sua vida dure bastante tempo. Graças aos avanços no saneamento básico,
à descoberta de novas drogas e a fatores ambientais e de prevenção, estamos vivendo cada vez mais. Em 1900, a
expectativa de vida média no Brasil ao nascer era de 33 anos. Hoje, já estamos na marca dos 67. Estudos
demográficos apontam que, em 2025, o brasileiro viverá em média 75,3 anos e, por volta do ano 2050, 2 bilhões de
pessoas no mundo terão mais de 60 anos. E, graças a esses mesmos motivos, os velhos estão ficando cada vez
mais velhos.
3. TENHA FÉ
Costuma ser mais feliz quem consegue encontrar um significado para a vida. Esse significado pode estar em
qualquer coisa - da filatelia à filantropia. Mas é na religiosidade que a maior parte da população vai buscar essa razão
de viver. E encontra. Pesquisas mostram que as pessoas religiosas consideram-se, em média, mais felizes do que as
não religiosas. Elas também têm menos depressão, menos ansiedade e índices menores de suicídio.
4. ANDE MAIS A PÉ
Gastar sola de sapato é um dos melhores exercícios que existem, seja para a saúde física, mental, do meio ambiente
ou do bolso mesmo. Sim, porque para fazer caminhadas você não precisa gastar rios de dinheiro com academias
elaboradas, muito menos com personal trainer. Um par de tênis basta, quando falamos de caminhada, não estamos
nos referindo a nada profissional, que exija pista adequada e treinamento. Pode ser no seu bairro, no quarteirão da
sua casa, ou até mesmo na escadaria do prédio, na pior das hipóteses.
5. TENHA (PELO MENOS) UM AMIGO
Todo mundo quer ser feliz, isso é tão verdadeiro quanto óbvio. O psicólogo Martin Seligman, da Universidade da
Pensilvânia (EUA), passou anos pesquisando o assunto e concluiu que, para chegar a tal felicidade, precisamos ter
amigos. Os amigos, segundo ele, resumem a soma de 3 coisas que resultam na alegria: prazer, engajamento e
significado. Explicando: conversar com um amigo, por exemplo, nos dá prazer.
6. COMA DEVAGAR
Parece até falatório de mãe, mas os benefícios de diminuir o ritmo das garfadas são incríveis. Para começar,
ninguém ganha tempo comendo um sanduíche na frente de um computador - o máximo que você ganha são quilos a
mais, uma vez que, quanto mais rápido come, mais sente fome. Isso quer dizer que, se você comer mais devagar,
provavelmente vai comer menos sem ter que fazer nenhuma dieta. O que será um ganho danado à sua saúde. Fora a
redução do peso e do risco de doenças aliadas à obesidade, há diversas pesquisas que apontam que devemos
diminuir a quantidade de comida se quisermos viver mais.
7. DESLIGUE A TV
Ninguém está dizendo aqui para você nunca assistir à televisão. Mas que você poderia diminuir o tempo em frente ao
aparelho, isso você poderia. Até porque televisão em excesso não faz bem. Sim, o hábito de se largar no sofá e
assistir a qualquer porcaria que esteja no ar pode deixar as pessoas viciadas no relaxamento que a TV produz. O
problema é que essa sensação gostosa vai embora assim que o aparelho é desligado - é igualzinho ao vício em
substâncias químicas. O estado de passividade e a diminuição no grau de atenção, no entanto, continuam. Quando
vista por mais de 20 horas por semana, a televisão pode danificar as funções do lado esquerdo do cérebro, reduzindo
o desenvolvimento lógico-verbal.
(Adaptado da Revista "Superinteressante", Editora Abril, janeiro de 2006, 49-57)
PROPOSTA 03
Leia o texto a seguir e produza um texto dissertativo argumentativo comentando o problema da pirataria de produtos
no Brasil e apontando soluções para este problema.
AO GOSTO DO FREGUÊS
Veja a que nível de requinte chegou a falsificação de produtos industrializados no Brasil. O badalado tênis Nike Shox,
que faz sucesso entre a garotada mais abonada, só é fabricado no original a partir da numeração 34, e, nos
tamanhos menores, a maioria das cores se adapta mais ao público feminino, com preço em torno de 400 reais. Já os
piratas - que são vendidos até por um quarto desse valor - podem ser encontrados em qualquer tamanho e cor.
PROPOSTA 04
Analise atentamente os dados a seguir. A partir das informações, redija um texto dissertativo argumentativo a respeito
da relação entre a população brasileira e o acesso à leitura. Proponha melhorias para esse acesso e as
consequências dessa melhoria.
OS NÚMEROS DAS LETRAS
Na população brasileira: *
- 8% são analfabetos.
- 30% localizam informações simples em uma frase;
- 37% localizam informações em texto curto;
- 25% estabelecem relações entre textos longos.
No Brasil:
- 16% da população detém 73% dos livros;
- de 1995 a 2003, a venda de livros caiu 50%, e o número de títulos lançados, 13%.
* Entre 16 e 64 anos;
Fontes: CBI, IBL, BNDES, MEC e I Inaf.:
Quantos livros cada pessoa lê por ano:
- 7 na França;
- 5,1 nos EUA;
- 5 na Itália;
- 4,9 na Inglaterra;
- 1,8 no Brasil.
Da população adulta alfabetizada do país:
- um terço aprecia a leitura de livros;
- 61% tem muito pouco ou nenhum contato com livro;
- 47% possui no máximo dez livros em casa.
"Folha de São Paulo", (Sinapse), terça-feira, 28 de setembro de 2004.
PROPOSTA 05
A seguir encontram-se trechos de uma entrevista concedida pelo sociólogo americano Rich Ling. A partir das
considerações levantadas pelo entrevistado, produza um texto dissertativo argumentativo a respeito da relação dos
jovens com o celular abordando as consequências do uso frequente.
ENTREVISTA
A INDEPENDÊNCIA JUVENIL
ÉPOCA - CELULARES FORAM CRIADOS PARA HOMENS DE NEGÓCIOS, MAS HOJE SÃO MAL USADOS POR
ADOLESCENTES. POR QUÊ?
Rich Ling - Esse foi um dos aspectos mais inesperados da tecnologia. Mas, olhando agora, parece algo bastante
lógico. Os adolescentes estão num período nômade da vida, quando estão muito interessados em interação social.
Na Noruega, 100% dos adolescentes entre 15 e 20 anos têm celular. Aos 10 anos, 60% já têm um aparelho. Uma das
causas é o divórcio. É comum pais separados darem celular aos filhos para poder entrar em contato com eles sem ter
de lidar com o ex-companheiro. Atualmente, o celular é o elemento que mais auxilia na emancipação dos jovens em
relação aos pais.
ÉPOCA - POR QUÊ?
Rich Ling - O aparelho dá a eles acesso fácil a seu grupo de amigos. A emancipação nada mais é que sair de uma
esfera em que seus pais decidem tudo por você para uma esfera em que você é parte do grupo que toma as
decisões. O adolescente passa a ter o próprio número de telefone e sua caixa postal. (...)
ÉPOCA - O CELULAR AUMENTA O CÍRCULO DE AMIZADES?
Rich Ling - Talvez o telefone móvel esteja fazendo com que as pessoas tenham menos amizades, mas muito mais
intensas e integradas. (...)
("Época", 1¡ ago. 2005, adaptado)
PROPOSTA 06
"A Amazônia é considerada a área de maior extensão de floresta tropical do mundo, representando 40% do total
ainda existente do planeta.
Com a maior floresta tropical úmida do mundo, a mais extensa rede fluvial do planeta e com o maior volume de água
doce disponível na Terra, a Amazônia presta valiosos serviços ambientais ao regular a quantidade de gás carbônico
na atmosfera e orquestrar a distribuição de chuvas em quase metade da América Latina.(...) A biodiversidade da
região é tamanha que não há outro lugar com variedade tão grande de espécies, com características próprias bem
marcadas".
(Disponível em <http://portalamazonia.globo.br>).
Informações como esta trazem, de tempos em tempos, o temor diante da possibilidade de que essa área seja
dominada por estrangeiros.
1. "Em 1982, durante a sua expedição pela Amazônia, o oceanógrafo Jacques Cousteau fez uma declaração com
ares de premonição: Hoje, o mundo está preocupado com a guerra nuclear, mas essa ameaça vai desaparecer.
A guerra do futuro será entre os que defendem a natureza e os que a destroem. A Amazônia vai ficar no olho do
furacão. Cientistas, políticos e artistas desembarcarão aqui para ver o que está sendo feito com a floresta".
(Bernardino, F.R; Principe, Leonide. "Emoções Amazônicas". Manaus: Photoamazonica. 1998.)
2. "Para aqueles que imaginam a internacionalização a partir da perspectiva do território, a invasão e a tomada da
Amazônia por outras nações, com a criação de um governo específico para sua gerência, são factíveis e, embora
ainda não tenham acontecido, se constituem em perigos iminentes com os quais o Estado brasileiro deve se
preocupar. Os defensores dessa hipótese, principalmente os militares brasileiros, argumentam que as reservas de
energia e água do planeta estão próximas do esgotamento e que o potencial da floresta amazônica resultará,
inevitavelmente, em futuras investidas das grandes potências mundiais sobre o território brasileiro".
Dias, Susana. "A internacionalização imaginada da Amazônia". Disponível em <http://www.comciencia.br>
3. "Já os que analisam sob o ponto de vista do capital denunciam que a internacionalização da Amazônia já está
acontecendo, não pela tomada de território físico, que é considerada hipótese remota, mas por mecanismos mais
atuais e refinados ligados à exploração econômica: a aposta cada vez mais forte na mercantilização da natureza; a
abertura ao mercado externo; o estímulo à participação do capital estrangeiro no país; e a flexibilização das políticas
de exploração das florestas. Nessa perspectiva, os inimigos - os interesses transnacionais - já estariam em território
amazônico representados pelas indústrias madeireiras, mineradoras, farmacêuticas e de sementes."
Dias, Susana. "A internacionalização imaginada da Amazônia". Disponível em <http://www.comciencia.br>
4. Segundo Stuart Pimm e Clinton Jenkins todos os países com biodiversidade têm poucas pessoas para cuidar dos
problemas que vão desde a perda de espécies, passam por grandes variações na economia local, no sistema
político, além de uma variedade de crenças religiosas e culturais. "Não se pode esperar que as áreas naturais
permaneçam intocadas a menos que profissionais de conservação locais qualificados estejam a postos para resolver
com criatividade as inevitáveis disputas sobre como usar os recursos do país. [...] Para sustentar a biodiversidade, o
mundo precisa primeiro identificar, e então imediatamente proteger esses lugares especiais.[...] Decididas quais áreas
proteger, como o mundo deve cumprir a tarefa? E quem pagará pela proteção?"
("Scientific American". Edição especial Brasil, nŽ 41, out 2005.p.54)
A internacionalização da Amazônia ou, em outras palavras, as eventuais ameaças à soberania brasileira em relação
à Amazônia é o tema desta redação. Construa um texto dissertativo-argumentativo, posicionando-se sobre este
assunto tão polêmico e crie prováveis soluções para esse problema.
PROPOSTA 07
Com base no texto e imagem abaixo, redija uma dissertação argumentativa sobre os problemas e soluções do novo
código florestal, além disso, proponha mudanças relevantes no projeto que poderiam contribuir com o meio ambiente.
O que é o código
O Código Florestal é a legislação que estipula regras para a preservação ambiental em propriedades rurais. Define o
quanto deve ser preservado pelos produtores. Entre outras regras, prevê dois mecanismos de proteção ao meio
ambiente. O primeiro são as chamadas áreas de preservação permanente (APPs), locais como margens de rios,
topos de morros e encostas, que são considerados frágeis e devem ter a vegetação original protegida. Há ainda a
reserva legal, área de mata nativa que não pode ser desmatada dentro das propriedades rurais.
Ambientalistas x ruralistas
Os dois grupos estão em lados opostos. Enquanto os ambientalistas creem que as mudanças no Código vão
favorecer os desmatamentos, os ruralistas alegam que a legislação vigente é muito rigorosa e prejudica a produção.
Texto-base
O texto base do novo código, de autoria do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), foi aprovado em uma comissão
especial sobre o tema em julho do ano passado. Nove meses depois de discussões entre deputados ligados ao
ambientalismo e ao ruralismo, Rebelo criou um novo texto, denominado emenda substitutiva global.
PROPOSTA 08
Após ler a tirinha abaixo, redija uma dissertação argumentativa sobre o tema:
Escola: obrigação de aprender ou satisfação de conhecimento?
Proponha em seu texto uma forma de tornar a escola mais atrativa para os estudantes.
PROPOSTA 09
Texto 1
A ciência mais imperativa e predominante sobre tudo é a ciência política, pois esta determina quais são as demais
ciências que devem ser estudadas na pólis. Nessa medida, a ciência política inclui a finalidade das demais, e, então,
essa finalidade deve ser o bem do homem.
Aristóteles. Adaptado.
Texto 2
O termo “idiota” aparece em comentários indignados, cada vez mais frequentes no
Brasil, como “política é coisa de idiota”. O que podemos constatar é que acabou se invertendo o conceito original de
idiota, pois a palavra idiótes, em grego, significa aquele que só vive a vida privada, que recusa a política, que diz não
à política.
Talvez devêssemos retomar esse conceito de idiota como aquele que vive fechado dentro de si e só se interessa
pela vida no âmbito pessoal. Sua expressão generalizada é: “Não me meto em política”.
M. S. Cortella e R. J. Ribeiro, Política – para não ser idiota. Adaptado.
Texto 3
FILHOS DA ÉPOCA
Somos filhos da época
e a época é política.
Todas as tuas, nossas, vossas coisas
diurnas e noturnas,
são coisas políticas.
Querendo ou não querendo,
teus genes têm um passado político,
tua pele, um matiz político,
teus olhos, um aspecto político.
O que você diz tem ressonância,
o que silencia tem um eco
de um jeito ou de outro, político.
(...)
Wislawa Szymborska, Poemas.
Texto 4
As instituições políticas vigentes (por exemplo, partidos políticos, parlamentos, governos) vivem hoje um processo de
abandono ou diminuição do seu papel de criadoras de agenda de questões e opções relevantes e, também, do seu
papel de propositoras de doutrinas. O que não significa que se amplia a liberdade de opção individual. Significa
apenas que essas funções estão sendo decididamente transferidas das instituições políticas (isto é, eleitas e, em
princípio, controladas) para forças essencialmente não políticas _ primordialmente as do mercado financeiro e do
consumo. A agenda de opções mais importantes dificilmente pode ser construída politicamente nas atuais condições.
Assim esvaziada, a política perde interesse.
Zygmunt Bauman. Em busca da política. Adaptado.
Texto 5
Os textos aqui reproduzidos falam de política, seja para enfatizar sua necessidade, seja para indicar suas
limitações e impasses no mundo atual. Reflita sobre esses textos e redija uma dissertação argumentativa, na qual
você discuta as ideias neles apresentadas, argumentando de modo a deixar claro o seu ponto de vista sobre o tema
Participação política: indispensável ou superada?
PROPOSTA 10
Vigilância epistêmica* é a preocupação que todos nós deveríamos ter com relação a tudo o que lemos,
ouvimos e aprendemos de outros seres humanos, para não sermos enganados, para não acreditarmos em tudo o
que é escrito e dito por aí. É preciso vigiar o futuro para sabermos separar o joio do trigo**.
Hoje boa parte dos sites de busca indexam tudo o que encontram pela frente à internet, mesmo que se trate
de uma grande bobagem ou de evidente inverdade. Qualquer opinião emitida, vista como um direito de todos, é
divulgada aos quatro cantos do mundo. De fato, alguns desses sites de busca deveriam colocar, nos primeiros
lugares, páginas de renomadas Universidades, preocupadas com a verdade.
Todos precisamos estar muito atentos a dois aspectos com relação a tudo o que ouvimos e lemos:
• se quem nos fala ou escreve conhece a fundo o assunto, se é um especialista comprovado, se sabe do que está
falando;
• se quem nos fala ou escreve, na verdade, é um idiota que ouviu falar algo e simplesmente repassa, aos outros, o
que leu e ouviu, sem acrescentar absolutamente nada de útil.
Aumentar nossa vigilância e preocupação com a verdade é necessidade cada vez mais premente num tempo
que todos os gurus chamam de Era da Informação.
Discordo, profundamente, desses gurus. Estamos, na realidade, na Era da Desinformação, de tanto lixo e
ruído sem significado que, na maior parte das vezes, nos são transmitidos, todos os dias, eletronicamente, sem que
exista o menor cuidado com a precisão e seriedade do que se emite, por parte das fontes que colocam matérias na
rede. É mais uma consequência dessa ideia que a maioria das pessoas tem sobre a liberdade de expressar o que
bem quiser, de expressar qualquer opinião que seja, como se opiniões não precisassem se basear no rigor científico,
antes de serem emitidas.
Stephen Kanitz, Revista Veja, 03/10/2007. Adaptado.
* Vigilância epistêmica = capacidade de ficar atento e perceber se uma afirmação tem ou não valor científico.
** Separar o joio do trigo = no contexto, capacidade de diferenciar observações equivocadas, mentiras mesmo, de
outras afirmações que contêm verdades.
Países se unem em projeto da ONU
Tesouros informativos de vários países estarão disponíveis gratuitamente para qualquer internauta, a partir
deste mês, com a formação da Biblioteca Digital Mundial, uma iniciativa da ONU. O portal terá, na primeira fase,
mapas, fotografias e manuscritos, com textos explicativos em sete línguas, inclusive português. Na segunda fase,
será possível consultar livros.
A Biblioteca Nacional brasileira é uma das participantes.
O acesso à Informação (em sua maioria, eletrônica) se tornou o direito humano mais zelosamente defendido.
E aquilo sobre o que a informação mais informa é a fluidez do mundo habitado e a flexibilidade dos habitantes. O
noticiário — essa parte da informação eletrônica que tem maior chance de ser confundida com a verdadeira
representação do mundo lá fora é dos mais perecíveis bens da eletrônica. Mas a perecibilidade dos noticiários, como
informação sobre o mundo real, é em si mesma uma importante informação: a transmissão das notícias é a
celebração constante e diariamente repetida da enorme velocidade da mudança, do acelerado envelhecimento e da
perpetuidade dos novos começos.
Zygmunt Bauman. Modernidade Líquida. Adaptado.
Com base nesses textos e em outras informações e ideias que julgar pertinentes, redija uma dissertação
argumentativa discutindo o modo como a sociedade se comporta no mundo digital e o que pode ser feito para
melhorar a absorção de conhecimento e informação através desse meio de comunicação.
PROPOSTA 11
Com base na charge abaixo, redija um texto dissertativo argumentativo sobre o tema:
Redução da maioridade penal: como reduzir a criminalidade e manter os direitos dos jovens?
PROPOSTA 12
Com base na charge abaixo, redija um texto dissertativo argumentativo sobre o tema:
Acessibilidade para os deficientes: problema governamental ou social?
Ao desenvolver o texto, procure apontar o que pode ser feito para melhorar o convívio dos deficientes com o espaço
urbano levando em consideração a responsabilidade da sociedade e do governo.
PROPOSTA 13
Redija uma dissertação argumentativa sobre a superficialidade na sociedade atual baseando-se na tirinha abaixo.
PROPOSTA 14
Redija uma dissertação argumentativa sobre a desigualdade social baseando-se na tirinha abaixo:
PROPOSTA 15
Com base no material de apoio abaixo, redija um texto dissertativo argumentativo em que você discuta as formas de
otimizar o uso da água no planeta.
No dia 22 de março, Dia Mundial da Água, a Comissão Permanente de Meio Ambiente, da qual o vereador
Fernando Moraes é vice-presidente, enviou a todos os vereadores texto lembrando a importância deste dia e um
alerta da ONU para a falta de saneamento, marcando assim o início dos trabalhos da Comissão:
ONU alerta para a falta de saneamento
Todos nós sabemos que o planeta Terra é formado de, aproximadamente, 70% de água, não é mesmo? Mas o
que nem todo mundo sabe é que a maior parte dessa água, 97,50%, é salgada e imprópria para o consumo. Da água
doce, 2,493% estão em lençóis subterrâneos ou congelados nos pólos, e apenas 0,007% está em rios e lagos,
disponível para nosso consumo. Quer entender melhor essa proporção? Veja no gráfico 01 da ilustração da matéria.
E não é só isso não. Desse 0,007% de água doce disponível para nosso consumo, 70% vão para a agricultura;
22%, para a indústria e 8%, para o consumo individual. Veja no gráfico 02 da ilustração.
A cada 20 segundos morre uma criança vítima de más condições de saneamento que afetam cerca de 2,6 bilhões
de pessoas no mundo, segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas) divulgados por ocasião do Dia
Mundial da Água, comemorado neste sábado (22).
A data foi instituída em 1992, durante a conferência da ONU sobre meio ambiente e desenvolvimento (Eco 92),
que aconteceu no Rio de Janeiro.
Em comunicado divulgado dedicado ao Dia Mundial da Água, o secretário-geral das ONU, Ban Ki-moon, destacou
a importância de adotar medidas em relação a uma crise que afeta mais de uma em cada três pessoas no mundo.
"Péssimas condições de saneamento combinadas com a falta de água potável e de condições de higiene
contribuem para as terríveis taxas de mortes associadas ao problema", afirma o secretário.
Na mensagem, Ban lembrou que por ano, 1,5 milhão de crianças morrem devido a algo que "perfeitamente
poderia ser prevenido".
"O Dia Mundial da Água é uma chance para prestarmos atenção neste dados, mas neste ano, leva-nos a ir
adiante --leva-nos a pressionar por ações que possam fazer diferença na vida das pessoas."
A celebração oficial na sede da ONU, em Genebra (Suiça), foi adiantada para a quinta-feira (20), para não
coincidir com a Páscoa.
Recurso precioso
Das águas da Terra, menos de 3% são doces e, destas, mais de dois terços estão inacessíveis para consumo
humano. O Brasil detém cerca de 12% da água doce disponível no mundo, mas mais da metade (54%) desse total
localiza-se na Amazônia e na bacia do rio Tocantins, onde está a menor população por quilômetro quadrado do país.
Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação), a escassez de água já afeta
1,2 bilhão de pessoas em todo o mundo, enquanto outros 500 milhões já começam a sofrer pela falta do recurso.
O aumento do acesso à água potável é uma das metas de desenvolvimento para o milênio estabelecido em 2002,
na reunião de cúpula de Johannesburgo (África do Sul). Segundo a meta, é preciso reduzir pela metade o número de
pessoas sem acesso ao recurso no mundo até 2015.
A cada "comemoração", uma agência diferente da ONU produz um kit sobre o tema e distribui nas redes de
agências contatadas ao redor do planeta.
O trabalho tem como objetivos abordar variados assuntos relacionados à água, como aumentar a consciência
pública sobre a importância de conservação, preservação e proteção da água.
Fonte: Folha Online
Declaração Universal dos Direitos da Água:
Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada
cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.
Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta.Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou
humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura.
O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da
Declaração dos Direitos do Homem.
Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim
sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.
Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem
permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio
depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos
nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para
com as gerações presentes e futuras.
Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é,
algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.
Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve
ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de
deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.
Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo
homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.
Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem
econômica, sanitária e social.
Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua
distribuição desigual sobre a Terra.
QUESTÃO 16
Anencefalia: quanto tempo é possível sobreviver sem cérebro?
ANGELA CHAGAS
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir nesta quarta-feira se as mulheres podem interromper a gestação de
fetos anencéfalos. A anomalia ocorre quando o embrião não desenvolve o cérebro e o cerebelo. Alguns especialistas
defendem que o direito dessas crianças à vida deve ser respeitado, enquanto outros alertam para os riscos e traumas
de uma gestação desse tipo. Mas afinal, é possível que um bebê que nasce sem cérebro sobreviva por muito tempo?
Segundo o médico docente em genética na Universidade de São Paulo (USP) e especialista em medicina fetal,
Thomaz Rafael Gollop, a sobrevida sem a estrutura cerebral é, na maioria dos casos, de poucas horas. "A
anencefalia é um defeito congênito, que atinge o embrião por volta da quarta semana de desenvolvimento, ou seja,
numa fase muito precoce. Em função dessa anomalia, ocorre um erro no fechamento do tubo neural, sem o
desenvolvimento do cérebro", diz. Para Gollop, a chance de sobrevida por um período prolongado é "absolutamente
inviável".
Cinquenta por cento das mortes em casos de anencefalia são provocadas ainda na vida intrauterina. Dos que
nascem com vida, 99% morrem logo após o parto e o restante pode sobreviver por dias, ou poucos meses. "Os que
sobrevivem, conseguem fazer o movimento involuntário de engolir, respirar e manter os batimentos cardíacos, já que
essas funções são controladas pelo tronco cerebral, a região que não é atingida pela anomalia. Alguns não precisam
do auxílio de aparelhos e chegam até a serem levados para casa, mas vivem em estado vegetativo, sem a parte da
consciência, que é de responsabilidade do cérebro", afirma o professor de bioética da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS), José Roberto Goldim.
O especialista em bioética defende que é um equívoco afirmar que os bebês anencéfalos são "natimortos cerebrais".
Ele diz que o Conselho Federal de Medicina revogou uma resolução em 2010 que tratava os casos de anencéfalos
como morte encefálica, já que eles apresentam uma "viabilidade vital". "O mais importante é desmistificar a visão de
que a anencefalia é incompatível com a vida extrauterina. Temos um caso em Porto Alegre, no Hospital de Clínicas
da UFRGS, de paciente que viveu quatro meses. Enquanto para algumas mães é um sofrimento levar adiante uma
gestação que vai resultar em morte, para outras é importante permitir o curso natural até a morte", diz ao defender o
direito de escolha nesses casos.
Já os casos de bebês que apresentam uma sobrevida maior - de até 2 anos - os especialistas concordam que não
podem ser considerados anencefalia. Thomaz Gollop cita como exemplo a menina Marcela de Jesus Galante
Ferreira, que sobreviveu 1 ano e 8 meses após ser diagnosticada como anencéfala. Para o geneticista, esse é um
caso extremamente raro de uma anomalia chamada merocrania - quando há resquícios do cérebro revestido por uma
membrana que protege contra infecções e prolonga a expectativa de vida. "Mesmo assim, todos os casos também
culminam na morte".
Brasil é o quarto País com maior incidência de casos
A incidência é de aproximadamente um em cada mil nascimentos no Brasil. "Isso corresponde a cerca de 3 mil casos
por ano", afirma Gollop. Segundo ele, o País é o quarto do mundo com o maior número de casos de anencefalia. Em
primeiro lugar está o País de Gales. "Não sabemos por que da incidência maior nesses países, já que apresentam
características tão diferentes", afirma.
A ciência ainda não sabe explicar exatamente as causas da anencefalia. Gollop explica que ela é uma condição
multifatorial, influenciada por fatores genéticos, ambientais, sazonais e geográficos. O médico disse ainda que há
formas de prevenir pelo menos metade das ocorrências a partir da ingestão de ácido fólico (um tipo de vitamina B)
dois meses antes e no primeiro mês da gestação.
Diagnóstico
O diagnóstico pode ser feito a partir do terceiro mês de gestação por meio de uma ultrassonografia. Segundo Gollop,
mesmo que a anomalia seja detectada precocemente, não há mecanismos que possam ser adotados para salvar o
feto. Segundo ele, a partir do diagnóstico as mães que querem interromper a gravidez precisam recorrer a uma
decisão judicial, que normalmente leva em torno de 15 dias. Se os ministros do STF decidiram pela regulamentação
da interrupção da gravidez nesses casos, Gollop destaca que as mães que desejarem manter a gestação terão seu
direito assegurado. "Muitas mães preferem seguir com a gestação e isso também precisa ser respeitado", afirma.
Os especialistas afirmam que esse tipo de gestação apresenta alguns riscos. Como a criança não tem reflexos para
engolir o líquido amniótico, ele fica retido no útero, que pode não contrair na hora do parto, provocando hemorragias.
Outros problemas mais comuns em gestações de risco podem ocorrer, como desenvolvimento de hipertensão e
deslocamento da placenta.
Após ler a reportagem acima, redija um texto dissertativo argumentativo posicionando-se sobre a decisão que o STF
irá tomar sobre o aborto em casos de anencefalia.
QUESTÃO 17
Oriente Médio
Folha Online - 15/3/2007
O Estado de Israel, que abriga mais de 6 milhões de pessoas, é um dos países mais desenvolvidos do Oriente Médio,
a começar por sua economia: o país é líder de exportação de diamantes, equipamentos de alta tecnologia, e
alimentos, como frutas e vegetais. Além de todo esse desenvolvimento, a economia israelense conta com a ajuda dos
Estados Unidos, que provê vários empréstimos ao país.
A economia desenvolvida, porém, não alivia o peso de um dos países mais controversos do mundo. Enquanto Israel
depende da importação de petróleo, os países vizinhos são ricos neste recurso, o que financia --e gera-- muitos dos
conflitos locais. A Opep (Organização dos países exportadores de petróleo) inclui entre seus membros seis nações
da região: Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuait, Emirados Árabes Unidos e Qatar, de acordo com seu site.
Desde sua criação, após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), Israel e todo o Oriente Médio vêm sendo sacudidos
por guerras e confrontos entre judeus e árabes, que não concordam com a divisão territorial das antigas terras
palestinas.
A Autoridade Nacional Palestina (ANP) surgiu como resultado dos Acordos de Oslo, assinados em setembro de 1993
entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina. Nos termos estabelecidos no acordo, a ANP deveria
existir até maio de 1999. No final deste período, o estatuto final dos territórios da faixa de Gaza e da Cisjordânia,
ocupados por Israel após a vitória na Guerra dos Seis Dias, de 1967, já deveria estar resolvido. Em janeiro de 1996,
foram realizadas as primeiras eleições para a presidência da ANP e para o Conselho Legislativo da Palestina. Yasser
Arafat foi eleito presidente com 87,1% dos votos, ocupando o cargo até à sua morte em Dezembro de 2004.
O seu partido, a Fatah, ganhou 55 dos 88 lugares do Conselho. O cargo de primeiro-ministro da ANP foi criado em
2003 pelo Conselho Legislativo da Palestina --por sugestão dos Estados Unidos--, tendo sido Mahmoud Abbas [eleito
presidente da ANP em janeiro de 2005] o primeiro a ocupar o cargo.
Em janeiro de 2006, o Hamas --grupo considerado terrorista por Israel, pelos EUA e pela UE--, venceu as eleições
parlamentares e formou governo com Ismail Haniyeh como primeiro-ministro. A vitória do Hamas acirrou as tensões,
já que o grupo não aceita a existência de Israel, e prega a destruição do Estado em sua carta de fundação, de 1988.
Mas Israel e a Autoridade Nacional Palestina (ANP) não estão sozinhos ao protagonizar disputas na região.
Marcados por diferenças religiosas, culturais e políticas, os Estados árabes e persa (Irã) que integram a região vivem
inúmeros conflitos alimentados pelo jogo de influências da comunidade internacional.
A última guerra no Líbano (entre julho e agosto de 2006), o conflito no Iraque, o aumento da tensão entre o Irã e os
Estados Unidos, a luta no Afeganistão entre as forças internacionais e o grupo radical islâmico Taleban [grupo
extremista islâmico deposto por uma coalizão liderada pelos EUA no final de 2001, que controlava mais de 90% do
Afeganistão] são exemplos.
Geograficamente, o Oriente Médio se situa ao redor das costas sul e leste do mar Mediterrâneo. Em várias
definições, a região se estende desde o Marrocos até a península Arábica e o Irã, mas não há um significado oficial
para o termo. De forma geral, Oriente Médio assumiu seu sentido atual quando este nome foi dado ao Exército
britânico que comandava no Egito durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). À época, a região conhecida
como Oriente Médio englobava Turquia, Chipre, Síria, Líbano, Iraque, Irã, territórios palestinos (onde hoje se encontra
o Estado de Israel), Jordânia, Egito, Sudão, Líbia e os vários Estados árabes (Arábia Saudita, Kuait, Iêmen, Omã,
Bahrein, Qatar e Emirados Árabes Unidos).Informalmente, vários outros países são hoje incluídos no termo. Os três
países do norte da África --Tunísia, Algéria e Marrocos--, sendo próximos aos Estados Árabes com relação à política
externa e religião, podem ser incluídos na definição. Além disso, fatores geográficos e culturais costumam associar
também o Afeganistão e o Paquistão ao Oriente Médio.
Veja o mapa abaixo:
CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO
O ano de 2011 foi marcado por uma série de conflitos ocorridos no Oriente Médio. Tudo começou em fevereiro no
Egito quando a população saiu as ruas exigindo a deposição do ditador Inspirada na Hosni Mubarak. Foram 18 dias
de protestos intensos nas ruas para que o Egito visse a queda de Hosni Mubarak, que cedeu às pressões e
renunciou no dia (11), pondo fim a um regime autoritário de três décadas. Os protestos no Egito sofreram a influência
direta da chamada Revolução de Jasmim, na qual os jovens da vizinha Tunísia conseguiram forçar a derrubada do
presidente Ben Ali, uma semana antes. Tal movimento popular inspira outros países do norte da África e do Oriente
Médio e pode modificar de forma irreversível toda a situação política e econômica daquela região.
Com base nas informações acima e nas inferências feitas por você ao longo da leitura, redija uma dissertação
argumentativa relacionando os conflitos no Oriente Médio com as ações da juventude perante os regimes políticos
ditatoriais existentes. Como conclusão, aponte medidas a serem tomadas tanto pelos governantes quanto pela
sociedade para evitar esses conflitos e promover a paz no continente.

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  • 1. EM TODAS AS PRODUÇÃOES TEXTUAIS SERÃO SEGUIDAS AS SEGUINTES REGRAS: AS REDAÇÕES DEVEM SER FEITAS À CANETA PRETA. RESPOSTAS EM FORMA DE ESQUEMA E NÃO DE PARÁGRAFOS NÃO SERÃO LIDAS. NADA ESCRITO ALÉM DO LIMITE DE LINHAS SERÁ LIDO. AO DESENVOLVER O TEMA PROPOSTO, PROCURE UTILIZAR OS CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS E AS REFLEXÕES FEITAS AO LONGO DE SUA FORMAÇÃO. SELECIONE, ORGANIZE E RELACIONE ARGUMENTOS, FATOS E OPINIÕES PARA DEFENDER SEU PONTO DE VISTA, ELABORANDO PROPOSTAS PARA A SOLUÇÃO DO PROBLEMA DISCUTIDO EM SEU TEXTO. SUAS PROPOSTAS DEVEM DEMONSTRAR RESPEITO AOS DIREITOS HUMANOS. LEMBRE-SE DE QUE A SITUAÇÃO DE PRODUÇÃO DE SEU TEXTO REQUER O USO DA MODALIDADE ESCRITA CULTA DA LÍNGUA PORTUGUESA. O TEXTO NÃO DEVE SER ESCRITO EM FORMA DE POEMA (VERSOS). O TEXTO DEVERÁ TER NO MÍNIMO 15 (QUINZE) LINHAS ESCRITAS. PROPOSTA 01 Nos últimos dias, notícias acerca do confronto entre a Polícia Militar e estudantes da USP tomaram conta dos noticiários. O caso teve início quando a Polícia Militar deteve 3 estudantes que estavam em posse de maconha dentro do Campus. O Uol noticiou que estudantes contrários à presença da Polícia Militar no campus da USP continuam no prédio da administração da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas). Encapuzados, eles defendem a saída da PM do campus Butantã (zona oeste de São Paulo), mas não querem falar com a imprensa. Vejam o que mais a reportagem dizia: “Um representante do movimento disse apenas que ‘a ocupação vai até a gente conseguir as nossas demandas’. Além da saída da PM, os estudantes pedem a saída do reitor João Grandino Rodas. Os manifestantes estão trancados no prédio e, às vezes, aparecem no portão, sempre encapuzados. Há relatos de que alguns deles chegaram a atacar um veículo da TV Record. Do lado de fora do prédio, estudantes que defendem a permanência da PM no campus falam normalmente com a imprensa. Rodrigo Souza Neves, aluno do curso de políticas públicas e ex-aluno de história, afirma que os manifestantes que ocupam o prédio da FFLCH não representam a maioria dos estudantes da universidade. ‘Nós fizemos um plebiscito com cerca de 1.100 alunos, e 60% são a favor da presença da PM no campus.’ Lucas Sorrillo, colaborador no grêmio da Poli (Escola Politécnica da USP), diz que, antes da presença da PM, não havia segurança na universidade. “Antes daquele trágico acontecimento [o assassinato do estudante Felipe Ramos de Paiva, em maio deste ano], era comum haver tráfico de drogas e assaltos no campus.” A reitoria da USP não se posicionou oficialmente sobre a ocupação, mas informou que “a decisão do convênio com a PM foi tomada pelo Conselho Gestor do Campus, que reúne representantes de todas as unidades da universidade.” Desenvolva um texto dissertativo discutindo os limites da liberdade na sociedade moderna. Aborde argumentação baseada na legitimidade de manifestações e a ação da polícia sobre os manifestantes.
  • 2. PROPOSTA 02 Fala-se tanto de qualidade de vida no mundo atual que médicos e profissionais de outras áreas são convidados a indicar os comportamentos adequados para se ter uma vida mais saudável. Sabemos, entretanto, que ter qualidade de vida implica um conjunto de procedimentos a serem incorporados ao nosso dia-a-dia. Para auxiliar sua reflexão, leia os trechos a seguir selecionados da reportagem da revista "Superinteressante" e, a seguir, escreva um texto dissertativo argumentativo sobre o que é ter qualidade de vida e propondo ações sociais e governamentais que melhorariam qualitativamente a vida da sociedade brasileira. A CIÊNCIA DO BEM VIVER Pequenas mudanças de atitude podem melhorar sua saúde física, mental e material. Conheça 7 hábitos comprovados cientificamente que você deve adotar para ganhar qualidade de vida. 1. OUÇA MÚSICA Não se culpe se você é daqueles que passam o dia todo com um fone de ouvido cantarolando por aí. A música tem efeitos muito benéficos para a saúde física e mental. Já não é de hoje que os cientistas vêm estudando o fenômeno. Entre outras coisas, a música pode acalmar, estimular a criatividade e a concentração, além de ajudar na cura de uma porção de doenças. 2. PREPARE-SE PARA ENVELHECER Ninguém gosta muito da idéia de vir a ser velho, mas isso é a melhor coisa que pode acontecer (pense na outra possibilidade). É bom reservar um tempo desde já para planejar como você pretende que seja sua velhice. Inclusive porque é bem possível que essa fase da sua vida dure bastante tempo. Graças aos avanços no saneamento básico, à descoberta de novas drogas e a fatores ambientais e de prevenção, estamos vivendo cada vez mais. Em 1900, a expectativa de vida média no Brasil ao nascer era de 33 anos. Hoje, já estamos na marca dos 67. Estudos demográficos apontam que, em 2025, o brasileiro viverá em média 75,3 anos e, por volta do ano 2050, 2 bilhões de pessoas no mundo terão mais de 60 anos. E, graças a esses mesmos motivos, os velhos estão ficando cada vez mais velhos. 3. TENHA FÉ Costuma ser mais feliz quem consegue encontrar um significado para a vida. Esse significado pode estar em qualquer coisa - da filatelia à filantropia. Mas é na religiosidade que a maior parte da população vai buscar essa razão de viver. E encontra. Pesquisas mostram que as pessoas religiosas consideram-se, em média, mais felizes do que as não religiosas. Elas também têm menos depressão, menos ansiedade e índices menores de suicídio. 4. ANDE MAIS A PÉ Gastar sola de sapato é um dos melhores exercícios que existem, seja para a saúde física, mental, do meio ambiente ou do bolso mesmo. Sim, porque para fazer caminhadas você não precisa gastar rios de dinheiro com academias elaboradas, muito menos com personal trainer. Um par de tênis basta, quando falamos de caminhada, não estamos nos referindo a nada profissional, que exija pista adequada e treinamento. Pode ser no seu bairro, no quarteirão da sua casa, ou até mesmo na escadaria do prédio, na pior das hipóteses. 5. TENHA (PELO MENOS) UM AMIGO Todo mundo quer ser feliz, isso é tão verdadeiro quanto óbvio. O psicólogo Martin Seligman, da Universidade da Pensilvânia (EUA), passou anos pesquisando o assunto e concluiu que, para chegar a tal felicidade, precisamos ter amigos. Os amigos, segundo ele, resumem a soma de 3 coisas que resultam na alegria: prazer, engajamento e significado. Explicando: conversar com um amigo, por exemplo, nos dá prazer. 6. COMA DEVAGAR
  • 3. Parece até falatório de mãe, mas os benefícios de diminuir o ritmo das garfadas são incríveis. Para começar, ninguém ganha tempo comendo um sanduíche na frente de um computador - o máximo que você ganha são quilos a mais, uma vez que, quanto mais rápido come, mais sente fome. Isso quer dizer que, se você comer mais devagar, provavelmente vai comer menos sem ter que fazer nenhuma dieta. O que será um ganho danado à sua saúde. Fora a redução do peso e do risco de doenças aliadas à obesidade, há diversas pesquisas que apontam que devemos diminuir a quantidade de comida se quisermos viver mais. 7. DESLIGUE A TV Ninguém está dizendo aqui para você nunca assistir à televisão. Mas que você poderia diminuir o tempo em frente ao aparelho, isso você poderia. Até porque televisão em excesso não faz bem. Sim, o hábito de se largar no sofá e assistir a qualquer porcaria que esteja no ar pode deixar as pessoas viciadas no relaxamento que a TV produz. O problema é que essa sensação gostosa vai embora assim que o aparelho é desligado - é igualzinho ao vício em substâncias químicas. O estado de passividade e a diminuição no grau de atenção, no entanto, continuam. Quando vista por mais de 20 horas por semana, a televisão pode danificar as funções do lado esquerdo do cérebro, reduzindo o desenvolvimento lógico-verbal. (Adaptado da Revista "Superinteressante", Editora Abril, janeiro de 2006, 49-57) PROPOSTA 03 Leia o texto a seguir e produza um texto dissertativo argumentativo comentando o problema da pirataria de produtos no Brasil e apontando soluções para este problema. AO GOSTO DO FREGUÊS Veja a que nível de requinte chegou a falsificação de produtos industrializados no Brasil. O badalado tênis Nike Shox, que faz sucesso entre a garotada mais abonada, só é fabricado no original a partir da numeração 34, e, nos tamanhos menores, a maioria das cores se adapta mais ao público feminino, com preço em torno de 400 reais. Já os piratas - que são vendidos até por um quarto desse valor - podem ser encontrados em qualquer tamanho e cor. PROPOSTA 04 Analise atentamente os dados a seguir. A partir das informações, redija um texto dissertativo argumentativo a respeito da relação entre a população brasileira e o acesso à leitura. Proponha melhorias para esse acesso e as consequências dessa melhoria. OS NÚMEROS DAS LETRAS Na população brasileira: * - 8% são analfabetos. - 30% localizam informações simples em uma frase; - 37% localizam informações em texto curto; - 25% estabelecem relações entre textos longos. No Brasil: - 16% da população detém 73% dos livros; - de 1995 a 2003, a venda de livros caiu 50%, e o número de títulos lançados, 13%. * Entre 16 e 64 anos; Fontes: CBI, IBL, BNDES, MEC e I Inaf.: Quantos livros cada pessoa lê por ano: - 7 na França; - 5,1 nos EUA; - 5 na Itália;
  • 4. - 4,9 na Inglaterra; - 1,8 no Brasil. Da população adulta alfabetizada do país: - um terço aprecia a leitura de livros; - 61% tem muito pouco ou nenhum contato com livro; - 47% possui no máximo dez livros em casa. "Folha de São Paulo", (Sinapse), terça-feira, 28 de setembro de 2004. PROPOSTA 05 A seguir encontram-se trechos de uma entrevista concedida pelo sociólogo americano Rich Ling. A partir das considerações levantadas pelo entrevistado, produza um texto dissertativo argumentativo a respeito da relação dos jovens com o celular abordando as consequências do uso frequente. ENTREVISTA A INDEPENDÊNCIA JUVENIL ÉPOCA - CELULARES FORAM CRIADOS PARA HOMENS DE NEGÓCIOS, MAS HOJE SÃO MAL USADOS POR ADOLESCENTES. POR QUÊ? Rich Ling - Esse foi um dos aspectos mais inesperados da tecnologia. Mas, olhando agora, parece algo bastante lógico. Os adolescentes estão num período nômade da vida, quando estão muito interessados em interação social. Na Noruega, 100% dos adolescentes entre 15 e 20 anos têm celular. Aos 10 anos, 60% já têm um aparelho. Uma das causas é o divórcio. É comum pais separados darem celular aos filhos para poder entrar em contato com eles sem ter de lidar com o ex-companheiro. Atualmente, o celular é o elemento que mais auxilia na emancipação dos jovens em relação aos pais. ÉPOCA - POR QUÊ? Rich Ling - O aparelho dá a eles acesso fácil a seu grupo de amigos. A emancipação nada mais é que sair de uma esfera em que seus pais decidem tudo por você para uma esfera em que você é parte do grupo que toma as decisões. O adolescente passa a ter o próprio número de telefone e sua caixa postal. (...) ÉPOCA - O CELULAR AUMENTA O CÍRCULO DE AMIZADES? Rich Ling - Talvez o telefone móvel esteja fazendo com que as pessoas tenham menos amizades, mas muito mais intensas e integradas. (...) ("Época", 1¡ ago. 2005, adaptado) PROPOSTA 06 "A Amazônia é considerada a área de maior extensão de floresta tropical do mundo, representando 40% do total ainda existente do planeta. Com a maior floresta tropical úmida do mundo, a mais extensa rede fluvial do planeta e com o maior volume de água doce disponível na Terra, a Amazônia presta valiosos serviços ambientais ao regular a quantidade de gás carbônico na atmosfera e orquestrar a distribuição de chuvas em quase metade da América Latina.(...) A biodiversidade da região é tamanha que não há outro lugar com variedade tão grande de espécies, com características próprias bem marcadas". (Disponível em <http://portalamazonia.globo.br>). Informações como esta trazem, de tempos em tempos, o temor diante da possibilidade de que essa área seja dominada por estrangeiros.
  • 5. 1. "Em 1982, durante a sua expedição pela Amazônia, o oceanógrafo Jacques Cousteau fez uma declaração com ares de premonição: Hoje, o mundo está preocupado com a guerra nuclear, mas essa ameaça vai desaparecer. A guerra do futuro será entre os que defendem a natureza e os que a destroem. A Amazônia vai ficar no olho do furacão. Cientistas, políticos e artistas desembarcarão aqui para ver o que está sendo feito com a floresta". (Bernardino, F.R; Principe, Leonide. "Emoções Amazônicas". Manaus: Photoamazonica. 1998.) 2. "Para aqueles que imaginam a internacionalização a partir da perspectiva do território, a invasão e a tomada da Amazônia por outras nações, com a criação de um governo específico para sua gerência, são factíveis e, embora ainda não tenham acontecido, se constituem em perigos iminentes com os quais o Estado brasileiro deve se preocupar. Os defensores dessa hipótese, principalmente os militares brasileiros, argumentam que as reservas de energia e água do planeta estão próximas do esgotamento e que o potencial da floresta amazônica resultará, inevitavelmente, em futuras investidas das grandes potências mundiais sobre o território brasileiro". Dias, Susana. "A internacionalização imaginada da Amazônia". Disponível em <http://www.comciencia.br> 3. "Já os que analisam sob o ponto de vista do capital denunciam que a internacionalização da Amazônia já está acontecendo, não pela tomada de território físico, que é considerada hipótese remota, mas por mecanismos mais atuais e refinados ligados à exploração econômica: a aposta cada vez mais forte na mercantilização da natureza; a abertura ao mercado externo; o estímulo à participação do capital estrangeiro no país; e a flexibilização das políticas de exploração das florestas. Nessa perspectiva, os inimigos - os interesses transnacionais - já estariam em território amazônico representados pelas indústrias madeireiras, mineradoras, farmacêuticas e de sementes." Dias, Susana. "A internacionalização imaginada da Amazônia". Disponível em <http://www.comciencia.br> 4. Segundo Stuart Pimm e Clinton Jenkins todos os países com biodiversidade têm poucas pessoas para cuidar dos problemas que vão desde a perda de espécies, passam por grandes variações na economia local, no sistema político, além de uma variedade de crenças religiosas e culturais. "Não se pode esperar que as áreas naturais permaneçam intocadas a menos que profissionais de conservação locais qualificados estejam a postos para resolver com criatividade as inevitáveis disputas sobre como usar os recursos do país. [...] Para sustentar a biodiversidade, o mundo precisa primeiro identificar, e então imediatamente proteger esses lugares especiais.[...] Decididas quais áreas proteger, como o mundo deve cumprir a tarefa? E quem pagará pela proteção?" ("Scientific American". Edição especial Brasil, nŽ 41, out 2005.p.54) A internacionalização da Amazônia ou, em outras palavras, as eventuais ameaças à soberania brasileira em relação à Amazônia é o tema desta redação. Construa um texto dissertativo-argumentativo, posicionando-se sobre este assunto tão polêmico e crie prováveis soluções para esse problema. PROPOSTA 07 Com base no texto e imagem abaixo, redija uma dissertação argumentativa sobre os problemas e soluções do novo código florestal, além disso, proponha mudanças relevantes no projeto que poderiam contribuir com o meio ambiente. O que é o código O Código Florestal é a legislação que estipula regras para a preservação ambiental em propriedades rurais. Define o quanto deve ser preservado pelos produtores. Entre outras regras, prevê dois mecanismos de proteção ao meio ambiente. O primeiro são as chamadas áreas de preservação permanente (APPs), locais como margens de rios, topos de morros e encostas, que são considerados frágeis e devem ter a vegetação original protegida. Há ainda a reserva legal, área de mata nativa que não pode ser desmatada dentro das propriedades rurais.
  • 6. Ambientalistas x ruralistas Os dois grupos estão em lados opostos. Enquanto os ambientalistas creem que as mudanças no Código vão favorecer os desmatamentos, os ruralistas alegam que a legislação vigente é muito rigorosa e prejudica a produção. Texto-base O texto base do novo código, de autoria do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), foi aprovado em uma comissão especial sobre o tema em julho do ano passado. Nove meses depois de discussões entre deputados ligados ao ambientalismo e ao ruralismo, Rebelo criou um novo texto, denominado emenda substitutiva global.
  • 7.
  • 8. PROPOSTA 08 Após ler a tirinha abaixo, redija uma dissertação argumentativa sobre o tema: Escola: obrigação de aprender ou satisfação de conhecimento? Proponha em seu texto uma forma de tornar a escola mais atrativa para os estudantes. PROPOSTA 09 Texto 1 A ciência mais imperativa e predominante sobre tudo é a ciência política, pois esta determina quais são as demais ciências que devem ser estudadas na pólis. Nessa medida, a ciência política inclui a finalidade das demais, e, então, essa finalidade deve ser o bem do homem. Aristóteles. Adaptado. Texto 2 O termo “idiota” aparece em comentários indignados, cada vez mais frequentes no Brasil, como “política é coisa de idiota”. O que podemos constatar é que acabou se invertendo o conceito original de idiota, pois a palavra idiótes, em grego, significa aquele que só vive a vida privada, que recusa a política, que diz não à política. Talvez devêssemos retomar esse conceito de idiota como aquele que vive fechado dentro de si e só se interessa pela vida no âmbito pessoal. Sua expressão generalizada é: “Não me meto em política”. M. S. Cortella e R. J. Ribeiro, Política – para não ser idiota. Adaptado. Texto 3 FILHOS DA ÉPOCA Somos filhos da época e a época é política. Todas as tuas, nossas, vossas coisas diurnas e noturnas, são coisas políticas. Querendo ou não querendo, teus genes têm um passado político, tua pele, um matiz político, teus olhos, um aspecto político. O que você diz tem ressonância, o que silencia tem um eco de um jeito ou de outro, político. (...) Wislawa Szymborska, Poemas. Texto 4 As instituições políticas vigentes (por exemplo, partidos políticos, parlamentos, governos) vivem hoje um processo de abandono ou diminuição do seu papel de criadoras de agenda de questões e opções relevantes e, também, do seu papel de propositoras de doutrinas. O que não significa que se amplia a liberdade de opção individual. Significa apenas que essas funções estão sendo decididamente transferidas das instituições políticas (isto é, eleitas e, em princípio, controladas) para forças essencialmente não políticas _ primordialmente as do mercado financeiro e do
  • 9. consumo. A agenda de opções mais importantes dificilmente pode ser construída politicamente nas atuais condições. Assim esvaziada, a política perde interesse. Zygmunt Bauman. Em busca da política. Adaptado. Texto 5 Os textos aqui reproduzidos falam de política, seja para enfatizar sua necessidade, seja para indicar suas limitações e impasses no mundo atual. Reflita sobre esses textos e redija uma dissertação argumentativa, na qual você discuta as ideias neles apresentadas, argumentando de modo a deixar claro o seu ponto de vista sobre o tema Participação política: indispensável ou superada? PROPOSTA 10 Vigilância epistêmica* é a preocupação que todos nós deveríamos ter com relação a tudo o que lemos, ouvimos e aprendemos de outros seres humanos, para não sermos enganados, para não acreditarmos em tudo o que é escrito e dito por aí. É preciso vigiar o futuro para sabermos separar o joio do trigo**. Hoje boa parte dos sites de busca indexam tudo o que encontram pela frente à internet, mesmo que se trate de uma grande bobagem ou de evidente inverdade. Qualquer opinião emitida, vista como um direito de todos, é divulgada aos quatro cantos do mundo. De fato, alguns desses sites de busca deveriam colocar, nos primeiros lugares, páginas de renomadas Universidades, preocupadas com a verdade. Todos precisamos estar muito atentos a dois aspectos com relação a tudo o que ouvimos e lemos: • se quem nos fala ou escreve conhece a fundo o assunto, se é um especialista comprovado, se sabe do que está falando; • se quem nos fala ou escreve, na verdade, é um idiota que ouviu falar algo e simplesmente repassa, aos outros, o que leu e ouviu, sem acrescentar absolutamente nada de útil. Aumentar nossa vigilância e preocupação com a verdade é necessidade cada vez mais premente num tempo que todos os gurus chamam de Era da Informação. Discordo, profundamente, desses gurus. Estamos, na realidade, na Era da Desinformação, de tanto lixo e ruído sem significado que, na maior parte das vezes, nos são transmitidos, todos os dias, eletronicamente, sem que exista o menor cuidado com a precisão e seriedade do que se emite, por parte das fontes que colocam matérias na rede. É mais uma consequência dessa ideia que a maioria das pessoas tem sobre a liberdade de expressar o que bem quiser, de expressar qualquer opinião que seja, como se opiniões não precisassem se basear no rigor científico, antes de serem emitidas. Stephen Kanitz, Revista Veja, 03/10/2007. Adaptado. * Vigilância epistêmica = capacidade de ficar atento e perceber se uma afirmação tem ou não valor científico. ** Separar o joio do trigo = no contexto, capacidade de diferenciar observações equivocadas, mentiras mesmo, de outras afirmações que contêm verdades.
  • 10. Países se unem em projeto da ONU Tesouros informativos de vários países estarão disponíveis gratuitamente para qualquer internauta, a partir deste mês, com a formação da Biblioteca Digital Mundial, uma iniciativa da ONU. O portal terá, na primeira fase, mapas, fotografias e manuscritos, com textos explicativos em sete línguas, inclusive português. Na segunda fase, será possível consultar livros. A Biblioteca Nacional brasileira é uma das participantes. O acesso à Informação (em sua maioria, eletrônica) se tornou o direito humano mais zelosamente defendido. E aquilo sobre o que a informação mais informa é a fluidez do mundo habitado e a flexibilidade dos habitantes. O noticiário — essa parte da informação eletrônica que tem maior chance de ser confundida com a verdadeira representação do mundo lá fora é dos mais perecíveis bens da eletrônica. Mas a perecibilidade dos noticiários, como informação sobre o mundo real, é em si mesma uma importante informação: a transmissão das notícias é a celebração constante e diariamente repetida da enorme velocidade da mudança, do acelerado envelhecimento e da perpetuidade dos novos começos. Zygmunt Bauman. Modernidade Líquida. Adaptado. Com base nesses textos e em outras informações e ideias que julgar pertinentes, redija uma dissertação argumentativa discutindo o modo como a sociedade se comporta no mundo digital e o que pode ser feito para melhorar a absorção de conhecimento e informação através desse meio de comunicação. PROPOSTA 11 Com base na charge abaixo, redija um texto dissertativo argumentativo sobre o tema: Redução da maioridade penal: como reduzir a criminalidade e manter os direitos dos jovens?
  • 11. PROPOSTA 12 Com base na charge abaixo, redija um texto dissertativo argumentativo sobre o tema: Acessibilidade para os deficientes: problema governamental ou social? Ao desenvolver o texto, procure apontar o que pode ser feito para melhorar o convívio dos deficientes com o espaço urbano levando em consideração a responsabilidade da sociedade e do governo. PROPOSTA 13 Redija uma dissertação argumentativa sobre a superficialidade na sociedade atual baseando-se na tirinha abaixo. PROPOSTA 14 Redija uma dissertação argumentativa sobre a desigualdade social baseando-se na tirinha abaixo:
  • 12. PROPOSTA 15 Com base no material de apoio abaixo, redija um texto dissertativo argumentativo em que você discuta as formas de otimizar o uso da água no planeta. No dia 22 de março, Dia Mundial da Água, a Comissão Permanente de Meio Ambiente, da qual o vereador Fernando Moraes é vice-presidente, enviou a todos os vereadores texto lembrando a importância deste dia e um alerta da ONU para a falta de saneamento, marcando assim o início dos trabalhos da Comissão: ONU alerta para a falta de saneamento Todos nós sabemos que o planeta Terra é formado de, aproximadamente, 70% de água, não é mesmo? Mas o que nem todo mundo sabe é que a maior parte dessa água, 97,50%, é salgada e imprópria para o consumo. Da água doce, 2,493% estão em lençóis subterrâneos ou congelados nos pólos, e apenas 0,007% está em rios e lagos, disponível para nosso consumo. Quer entender melhor essa proporção? Veja no gráfico 01 da ilustração da matéria. E não é só isso não. Desse 0,007% de água doce disponível para nosso consumo, 70% vão para a agricultura; 22%, para a indústria e 8%, para o consumo individual. Veja no gráfico 02 da ilustração. A cada 20 segundos morre uma criança vítima de más condições de saneamento que afetam cerca de 2,6 bilhões de pessoas no mundo, segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas) divulgados por ocasião do Dia Mundial da Água, comemorado neste sábado (22). A data foi instituída em 1992, durante a conferência da ONU sobre meio ambiente e desenvolvimento (Eco 92), que aconteceu no Rio de Janeiro. Em comunicado divulgado dedicado ao Dia Mundial da Água, o secretário-geral das ONU, Ban Ki-moon, destacou a importância de adotar medidas em relação a uma crise que afeta mais de uma em cada três pessoas no mundo. "Péssimas condições de saneamento combinadas com a falta de água potável e de condições de higiene contribuem para as terríveis taxas de mortes associadas ao problema", afirma o secretário. Na mensagem, Ban lembrou que por ano, 1,5 milhão de crianças morrem devido a algo que "perfeitamente poderia ser prevenido". "O Dia Mundial da Água é uma chance para prestarmos atenção neste dados, mas neste ano, leva-nos a ir adiante --leva-nos a pressionar por ações que possam fazer diferença na vida das pessoas." A celebração oficial na sede da ONU, em Genebra (Suiça), foi adiantada para a quinta-feira (20), para não coincidir com a Páscoa. Recurso precioso Das águas da Terra, menos de 3% são doces e, destas, mais de dois terços estão inacessíveis para consumo humano. O Brasil detém cerca de 12% da água doce disponível no mundo, mas mais da metade (54%) desse total localiza-se na Amazônia e na bacia do rio Tocantins, onde está a menor população por quilômetro quadrado do país. Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação), a escassez de água já afeta 1,2 bilhão de pessoas em todo o mundo, enquanto outros 500 milhões já começam a sofrer pela falta do recurso. O aumento do acesso à água potável é uma das metas de desenvolvimento para o milênio estabelecido em 2002, na reunião de cúpula de Johannesburgo (África do Sul). Segundo a meta, é preciso reduzir pela metade o número de pessoas sem acesso ao recurso no mundo até 2015. A cada "comemoração", uma agência diferente da ONU produz um kit sobre o tema e distribui nas redes de agências contatadas ao redor do planeta. O trabalho tem como objetivos abordar variados assuntos relacionados à água, como aumentar a consciência pública sobre a importância de conservação, preservação e proteção da água. Fonte: Folha Online Declaração Universal dos Direitos da Água: Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos. Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta.Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura.
  • 13. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem. Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia. Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam. Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras. Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo. Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis. Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado. Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social. Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
  • 14. QUESTÃO 16 Anencefalia: quanto tempo é possível sobreviver sem cérebro? ANGELA CHAGAS O Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir nesta quarta-feira se as mulheres podem interromper a gestação de fetos anencéfalos. A anomalia ocorre quando o embrião não desenvolve o cérebro e o cerebelo. Alguns especialistas defendem que o direito dessas crianças à vida deve ser respeitado, enquanto outros alertam para os riscos e traumas de uma gestação desse tipo. Mas afinal, é possível que um bebê que nasce sem cérebro sobreviva por muito tempo? Segundo o médico docente em genética na Universidade de São Paulo (USP) e especialista em medicina fetal, Thomaz Rafael Gollop, a sobrevida sem a estrutura cerebral é, na maioria dos casos, de poucas horas. "A anencefalia é um defeito congênito, que atinge o embrião por volta da quarta semana de desenvolvimento, ou seja, numa fase muito precoce. Em função dessa anomalia, ocorre um erro no fechamento do tubo neural, sem o desenvolvimento do cérebro", diz. Para Gollop, a chance de sobrevida por um período prolongado é "absolutamente inviável". Cinquenta por cento das mortes em casos de anencefalia são provocadas ainda na vida intrauterina. Dos que nascem com vida, 99% morrem logo após o parto e o restante pode sobreviver por dias, ou poucos meses. "Os que sobrevivem, conseguem fazer o movimento involuntário de engolir, respirar e manter os batimentos cardíacos, já que essas funções são controladas pelo tronco cerebral, a região que não é atingida pela anomalia. Alguns não precisam do auxílio de aparelhos e chegam até a serem levados para casa, mas vivem em estado vegetativo, sem a parte da consciência, que é de responsabilidade do cérebro", afirma o professor de bioética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), José Roberto Goldim. O especialista em bioética defende que é um equívoco afirmar que os bebês anencéfalos são "natimortos cerebrais". Ele diz que o Conselho Federal de Medicina revogou uma resolução em 2010 que tratava os casos de anencéfalos como morte encefálica, já que eles apresentam uma "viabilidade vital". "O mais importante é desmistificar a visão de que a anencefalia é incompatível com a vida extrauterina. Temos um caso em Porto Alegre, no Hospital de Clínicas da UFRGS, de paciente que viveu quatro meses. Enquanto para algumas mães é um sofrimento levar adiante uma gestação que vai resultar em morte, para outras é importante permitir o curso natural até a morte", diz ao defender o direito de escolha nesses casos. Já os casos de bebês que apresentam uma sobrevida maior - de até 2 anos - os especialistas concordam que não podem ser considerados anencefalia. Thomaz Gollop cita como exemplo a menina Marcela de Jesus Galante Ferreira, que sobreviveu 1 ano e 8 meses após ser diagnosticada como anencéfala. Para o geneticista, esse é um caso extremamente raro de uma anomalia chamada merocrania - quando há resquícios do cérebro revestido por uma membrana que protege contra infecções e prolonga a expectativa de vida. "Mesmo assim, todos os casos também culminam na morte". Brasil é o quarto País com maior incidência de casos A incidência é de aproximadamente um em cada mil nascimentos no Brasil. "Isso corresponde a cerca de 3 mil casos por ano", afirma Gollop. Segundo ele, o País é o quarto do mundo com o maior número de casos de anencefalia. Em
  • 15. primeiro lugar está o País de Gales. "Não sabemos por que da incidência maior nesses países, já que apresentam características tão diferentes", afirma. A ciência ainda não sabe explicar exatamente as causas da anencefalia. Gollop explica que ela é uma condição multifatorial, influenciada por fatores genéticos, ambientais, sazonais e geográficos. O médico disse ainda que há formas de prevenir pelo menos metade das ocorrências a partir da ingestão de ácido fólico (um tipo de vitamina B) dois meses antes e no primeiro mês da gestação. Diagnóstico O diagnóstico pode ser feito a partir do terceiro mês de gestação por meio de uma ultrassonografia. Segundo Gollop, mesmo que a anomalia seja detectada precocemente, não há mecanismos que possam ser adotados para salvar o feto. Segundo ele, a partir do diagnóstico as mães que querem interromper a gravidez precisam recorrer a uma decisão judicial, que normalmente leva em torno de 15 dias. Se os ministros do STF decidiram pela regulamentação da interrupção da gravidez nesses casos, Gollop destaca que as mães que desejarem manter a gestação terão seu direito assegurado. "Muitas mães preferem seguir com a gestação e isso também precisa ser respeitado", afirma. Os especialistas afirmam que esse tipo de gestação apresenta alguns riscos. Como a criança não tem reflexos para engolir o líquido amniótico, ele fica retido no útero, que pode não contrair na hora do parto, provocando hemorragias. Outros problemas mais comuns em gestações de risco podem ocorrer, como desenvolvimento de hipertensão e deslocamento da placenta. Após ler a reportagem acima, redija um texto dissertativo argumentativo posicionando-se sobre a decisão que o STF irá tomar sobre o aborto em casos de anencefalia. QUESTÃO 17 Oriente Médio Folha Online - 15/3/2007 O Estado de Israel, que abriga mais de 6 milhões de pessoas, é um dos países mais desenvolvidos do Oriente Médio, a começar por sua economia: o país é líder de exportação de diamantes, equipamentos de alta tecnologia, e alimentos, como frutas e vegetais. Além de todo esse desenvolvimento, a economia israelense conta com a ajuda dos Estados Unidos, que provê vários empréstimos ao país. A economia desenvolvida, porém, não alivia o peso de um dos países mais controversos do mundo. Enquanto Israel depende da importação de petróleo, os países vizinhos são ricos neste recurso, o que financia --e gera-- muitos dos conflitos locais. A Opep (Organização dos países exportadores de petróleo) inclui entre seus membros seis nações da região: Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuait, Emirados Árabes Unidos e Qatar, de acordo com seu site. Desde sua criação, após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), Israel e todo o Oriente Médio vêm sendo sacudidos por guerras e confrontos entre judeus e árabes, que não concordam com a divisão territorial das antigas terras palestinas. A Autoridade Nacional Palestina (ANP) surgiu como resultado dos Acordos de Oslo, assinados em setembro de 1993 entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina. Nos termos estabelecidos no acordo, a ANP deveria existir até maio de 1999. No final deste período, o estatuto final dos territórios da faixa de Gaza e da Cisjordânia, ocupados por Israel após a vitória na Guerra dos Seis Dias, de 1967, já deveria estar resolvido. Em janeiro de 1996, foram realizadas as primeiras eleições para a presidência da ANP e para o Conselho Legislativo da Palestina. Yasser Arafat foi eleito presidente com 87,1% dos votos, ocupando o cargo até à sua morte em Dezembro de 2004. O seu partido, a Fatah, ganhou 55 dos 88 lugares do Conselho. O cargo de primeiro-ministro da ANP foi criado em 2003 pelo Conselho Legislativo da Palestina --por sugestão dos Estados Unidos--, tendo sido Mahmoud Abbas [eleito presidente da ANP em janeiro de 2005] o primeiro a ocupar o cargo. Em janeiro de 2006, o Hamas --grupo considerado terrorista por Israel, pelos EUA e pela UE--, venceu as eleições parlamentares e formou governo com Ismail Haniyeh como primeiro-ministro. A vitória do Hamas acirrou as tensões, já que o grupo não aceita a existência de Israel, e prega a destruição do Estado em sua carta de fundação, de 1988. Mas Israel e a Autoridade Nacional Palestina (ANP) não estão sozinhos ao protagonizar disputas na região. Marcados por diferenças religiosas, culturais e políticas, os Estados árabes e persa (Irã) que integram a região vivem inúmeros conflitos alimentados pelo jogo de influências da comunidade internacional. A última guerra no Líbano (entre julho e agosto de 2006), o conflito no Iraque, o aumento da tensão entre o Irã e os Estados Unidos, a luta no Afeganistão entre as forças internacionais e o grupo radical islâmico Taleban [grupo extremista islâmico deposto por uma coalizão liderada pelos EUA no final de 2001, que controlava mais de 90% do Afeganistão] são exemplos. Geograficamente, o Oriente Médio se situa ao redor das costas sul e leste do mar Mediterrâneo. Em várias definições, a região se estende desde o Marrocos até a península Arábica e o Irã, mas não há um significado oficial para o termo. De forma geral, Oriente Médio assumiu seu sentido atual quando este nome foi dado ao Exército britânico que comandava no Egito durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). À época, a região conhecida como Oriente Médio englobava Turquia, Chipre, Síria, Líbano, Iraque, Irã, territórios palestinos (onde hoje se encontra o Estado de Israel), Jordânia, Egito, Sudão, Líbia e os vários Estados árabes (Arábia Saudita, Kuait, Iêmen, Omã, Bahrein, Qatar e Emirados Árabes Unidos).Informalmente, vários outros países são hoje incluídos no termo. Os três países do norte da África --Tunísia, Algéria e Marrocos--, sendo próximos aos Estados Árabes com relação à política
  • 16. externa e religião, podem ser incluídos na definição. Além disso, fatores geográficos e culturais costumam associar também o Afeganistão e o Paquistão ao Oriente Médio. Veja o mapa abaixo: CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO O ano de 2011 foi marcado por uma série de conflitos ocorridos no Oriente Médio. Tudo começou em fevereiro no Egito quando a população saiu as ruas exigindo a deposição do ditador Inspirada na Hosni Mubarak. Foram 18 dias de protestos intensos nas ruas para que o Egito visse a queda de Hosni Mubarak, que cedeu às pressões e renunciou no dia (11), pondo fim a um regime autoritário de três décadas. Os protestos no Egito sofreram a influência direta da chamada Revolução de Jasmim, na qual os jovens da vizinha Tunísia conseguiram forçar a derrubada do presidente Ben Ali, uma semana antes. Tal movimento popular inspira outros países do norte da África e do Oriente Médio e pode modificar de forma irreversível toda a situação política e econômica daquela região. Com base nas informações acima e nas inferências feitas por você ao longo da leitura, redija uma dissertação argumentativa relacionando os conflitos no Oriente Médio com as ações da juventude perante os regimes políticos ditatoriais existentes. Como conclusão, aponte medidas a serem tomadas tanto pelos governantes quanto pela sociedade para evitar esses conflitos e promover a paz no continente.