SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 11
LITERATURA MARGINAL
O rio das letras e suas margens
CÂNONE O cânone ou literatura canônica, é composto por obras consideradas clássicas. Os
exemplos da “boa literatura”, a literatura dos grandes escritores.
MARGINAL
mar.gi.nal
adj (lat marginale) 1 Pertencente ou relativo a margem. 2 Que
segue a margem: Campos marginais. 3 Escrito na
margem: Anotações marginais. 4Sociol Caracterizado pela
incorporação de hábitos e valores de duas culturas divergentes e
pela assimilação incompleta de ambas, como, por exemplo, se
pode observar em muitos descendentes de imigrantes: Homem
marginal. sm 1Sociol Homem marginal. 2 Indivíduo mais ou
menos delinquente ou anormal, que vive à margem das normas
éticas. 3 Econ polít V marginalizado.
Dicionário Michaelis
LITERATURA MARGINAL
 Numa acepção estritamente artística, marginais são as
produções que afrontam o cânone, rompendo com as normas
e os paradigmas estéticos vigentes. Na modernidade, uma
certa posição marginal da arte sempre foi a condição aspirada
como possibilidade para a criação do novo. Contudo, a
inovação, uma vez assimilada e introduzida na tradição, deixa
de ocupar uma posição à margem, exigindo novos processos
de ruptura que marcam a evolução literária.
GERAÇÃO MIMEÓGRAFO Os primeiros expoentes da chamada “Literatura Marginal” surgiram, aproximadamente, na
década de 1970. Este termo designava um grupo de escritores, a maioria de classe média,
que produziam fora do eixo das grandes editoras, eram independentes. Além de
contemplarem em sua escrita um modo não-padrão da língua, em alguns casos. Assim
estavam à margem do sistema social e cultural vigente. O movimento não insiste tanto na
renovação das formas estéticas, mas propõe uma mudança nas próprias práticas culturais,
nos modos de conceber a cultura fora de parâmetros sérios e eruditos, como atitude crítica
à ordem do sistema.
 Esses escritores pertenciam a chamada “Geração mimeógrafo”, a denominação deve-se ao
modo como faziam circular seus escritos, em geral, através de cópias mimeografadas, que
eram comercializadas na rua mesmo e pelos próprios autores.
POESIA MARGINAL - 1970
 O gênero de poesia que foi denominado de "marginal" no
Brasil se tornou conhecido por este nome porque seus poetas
abandonaram os meios tradicionais de circulação das obras,
através de (editoras e livrarias), e buscaram meios alternativos,
realizando cópias mimeografadas de seus trabalhos,
comercializados a baixo custo, vendidos de mão em mão,
nas ruas, em praças e nas universidades. Através dela, os
poetas da geração mimeografada queriam se expressar
livremente em pleno regime da ditadura militar, bem como
revelar novas vozes poéticas.
POEMA: INVERNÁCULO
(Paulo Leminski) Esta língua não é minha,
qualquer um percebe.
Quem sabe maldigo mentiras,
vai ver que só minto verdades.
Assim me falo, eu, mínima,
quem sabe, eu sinto, mal sabe.
Esta não é minha língua.
A língua que eu falo trava
uma canção longínqua,
a voz, além, nem palavra.
O dialeto que se usa
à margem esquerda da frase,
eis a fala que me lusa,
eu, meio, eu dentro, eu, quase.
Disponível em: http://contobrasileiro.com.br/?p=956. Acesso em: 15 abr. 2015.
LITERATURA PERIFÉRICA
 Vale lembrar que a condição periférica, marcada pela pobreza e exclusão
social, econômica e cultural, sempre ganhou as páginas da nossa literatura.
O livro de Roberto Schwarz, Os pobres na literatura brasileira, tem seu mote
nessa opção pela “marginália”, do que são exemplos os miseráveis
explorados pela metrópole nos poemas satíricos de Gregório de Matos, os
escravos da poesia libertária de Castro Alves, os moradores dos cortiços de
Aluísio Azevedo, os sertanejos de Euclides da Cunha, os desvalidos de Lima
Barreto, o Jeca Tatu de Monteiro Lobato, os severinos de João Cabral, os
retirantes de Graciliano Ramos, os pequenos trabalhadores e contraventores
de João Antonio; os mendigos e criminosos das ruas do Rio de Janeiro de
Rubem Fonseca.
LITERATURA MARGINAL PERIFÉRICA
 Na história recente da produção literária e cultural brasileiras,
marginal e periférico adquirem, porém, novas feições, se
pensarmos, sobretudo, nas condições de produção dessa
literatura, no lugar assumido pelo escritor e no tipo de laço
que sua obra estabelece com a comunidade. O aspecto
característico da literatura marginal contemporânea é o fato
de ser produzida por autores da periferia, trazendo novas
visões, a partir de um olhar interno, sobre a experiência de
viver na condição de marginalizados sociais e culturais.
MICROCONTO: OITENTA E CINCO LETRAS E UM DISPARO
(Sacolinha) - Alô, mô, sou eu!
 - Fernando, o ônibus ta sendo
assaltado...
 - O quê? Fala mais alto!
 - Tão assaltando o ôni...
 - Puf.
 - Alô!
 - Tu tu tu tu...
Disponível em: http://pt.slideshare.net/kika0786/o-que-literatura-marginal. Acesso em:
15 abr. 2015.
Literatura marginal  - 8º encontro

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Slide introdução à literatura
Slide introdução à literaturaSlide introdução à literatura
Slide introdução à literatura
fabrinnem
 
Gênero dramático
Gênero dramáticoGênero dramático
Gênero dramático
Glauco Souza
 
Romantismo no Brasil - 1ª geração
Romantismo no Brasil - 1ª geraçãoRomantismo no Brasil - 1ª geração
Romantismo no Brasil - 1ª geração
Quezia Neves
 
Terceira geração romântica
Terceira geração românticaTerceira geração romântica
Terceira geração romântica
Viviane Gomes
 

Was ist angesagt? (20)

Literatura
LiteraturaLiteratura
Literatura
 
Slide introdução à literatura
Slide introdução à literaturaSlide introdução à literatura
Slide introdução à literatura
 
Pré modernismo
Pré  modernismoPré  modernismo
Pré modernismo
 
Romantismo no Brasil - Prosa
Romantismo no Brasil - ProsaRomantismo no Brasil - Prosa
Romantismo no Brasil - Prosa
 
Romantismo Brasileiro - poesia e prosa
Romantismo Brasileiro - poesia e prosaRomantismo Brasileiro - poesia e prosa
Romantismo Brasileiro - poesia e prosa
 
Gênero dramático
Gênero dramáticoGênero dramático
Gênero dramático
 
Parnasianismo e simbolismo
Parnasianismo e simbolismo Parnasianismo e simbolismo
Parnasianismo e simbolismo
 
Poesias rima e metrica
Poesias rima e metricaPoesias rima e metrica
Poesias rima e metrica
 
Parnasianismo
ParnasianismoParnasianismo
Parnasianismo
 
Intertextualidade
IntertextualidadeIntertextualidade
Intertextualidade
 
Humanismo - Literatura
Humanismo - LiteraturaHumanismo - Literatura
Humanismo - Literatura
 
Gêneros literários
Gêneros literáriosGêneros literários
Gêneros literários
 
Gênero lírico
Gênero líricoGênero lírico
Gênero lírico
 
Terceira geração modernista
Terceira geração modernista Terceira geração modernista
Terceira geração modernista
 
Intertextualidade
IntertextualidadeIntertextualidade
Intertextualidade
 
Romantismo no Brasil - 1ª geração
Romantismo no Brasil - 1ª geraçãoRomantismo no Brasil - 1ª geração
Romantismo no Brasil - 1ª geração
 
Introdução à literatura
Introdução à literaturaIntrodução à literatura
Introdução à literatura
 
Introdução à literatura
Introdução à literaturaIntrodução à literatura
Introdução à literatura
 
Análise de (do) discurso
Análise de (do) discursoAnálise de (do) discurso
Análise de (do) discurso
 
Terceira geração romântica
Terceira geração românticaTerceira geração romântica
Terceira geração romântica
 

Ähnlich wie Literatura marginal - 8º encontro

6 mercadores de livros e a leitura das ruas e a pintura das ruas
6   mercadores de livros e a leitura das ruas e a pintura das ruas6   mercadores de livros e a leitura das ruas e a pintura das ruas
6 mercadores de livros e a leitura das ruas e a pintura das ruas
Grupo Educacional Ávila
 
Tendendências na literatura brasileira contemporânea, by Wilson Martins
Tendendências na literatura brasileira contemporânea, by Wilson MartinsTendendências na literatura brasileira contemporânea, by Wilson Martins
Tendendências na literatura brasileira contemporânea, by Wilson Martins
Mariane Farias
 
Relações entre a poesia marginal e a política dos anos 70 no brasil
Relações entre a poesia marginal e a política dos anos 70 no brasilRelações entre a poesia marginal e a política dos anos 70 no brasil
Relações entre a poesia marginal e a política dos anos 70 no brasil
Luciana Borges
 
Romantismo no brasil 1
Romantismo no brasil 1Romantismo no brasil 1
Romantismo no brasil 1
Cleia Moura
 
MODERNISMO escola literária mais recente.ppt
MODERNISMO escola literária mais recente.pptMODERNISMO escola literária mais recente.ppt
MODERNISMO escola literária mais recente.ppt
AssisTeixeira2
 

Ähnlich wie Literatura marginal - 8º encontro (20)

7 literatura
7 literatura7 literatura
7 literatura
 
6 mercadores de livros e a leitura das ruas e a pintura das ruas
6   mercadores de livros e a leitura das ruas e a pintura das ruas6   mercadores de livros e a leitura das ruas e a pintura das ruas
6 mercadores de livros e a leitura das ruas e a pintura das ruas
 
Tendendências na literatura brasileira contemporânea, by Wilson Martins
Tendendências na literatura brasileira contemporânea, by Wilson MartinsTendendências na literatura brasileira contemporânea, by Wilson Martins
Tendendências na literatura brasileira contemporânea, by Wilson Martins
 
Libertação em "Poética", de Manuel Bandeira
Libertação em "Poética", de Manuel BandeiraLibertação em "Poética", de Manuel Bandeira
Libertação em "Poética", de Manuel Bandeira
 
M O D E R N I S M
M O D E R N I S MM O D E R N I S M
M O D E R N I S M
 
Relações entre a poesia marginal e a política dos anos 70 no brasil
Relações entre a poesia marginal e a política dos anos 70 no brasilRelações entre a poesia marginal e a política dos anos 70 no brasil
Relações entre a poesia marginal e a política dos anos 70 no brasil
 
Modernismo 1ª fase convertido
Modernismo 1ª fase convertidoModernismo 1ª fase convertido
Modernismo 1ª fase convertido
 
Romantismo no brasil 1
Romantismo no brasil 1Romantismo no brasil 1
Romantismo no brasil 1
 
Literatura informativa
Literatura informativaLiteratura informativa
Literatura informativa
 
Modernismo
ModernismoModernismo
Modernismo
 
MODERNISMO escola literária mais recente.ppt
MODERNISMO escola literária mais recente.pptMODERNISMO escola literária mais recente.ppt
MODERNISMO escola literária mais recente.ppt
 
Seminario de portugues poesia marginal
Seminario de portugues poesia marginalSeminario de portugues poesia marginal
Seminario de portugues poesia marginal
 
3 a rua
3   a rua3   a rua
3 a rua
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Literatura - Professor Alex Romero Lima
Literatura - Professor Alex Romero LimaLiteratura - Professor Alex Romero Lima
Literatura - Professor Alex Romero Lima
 
Romantismo.
Romantismo.Romantismo.
Romantismo.
 
39111_aa55d02e1832c1a17638349ccde7f498 (7)_240415_161559.pdf
39111_aa55d02e1832c1a17638349ccde7f498 (7)_240415_161559.pdf39111_aa55d02e1832c1a17638349ccde7f498 (7)_240415_161559.pdf
39111_aa55d02e1832c1a17638349ccde7f498 (7)_240415_161559.pdf
 
Modernismo Brasileiro.pdf
Modernismo Brasileiro.pdfModernismo Brasileiro.pdf
Modernismo Brasileiro.pdf
 
literatura modernismo brasileiro 1 fase.pdf
literatura modernismo brasileiro 1 fase.pdfliteratura modernismo brasileiro 1 fase.pdf
literatura modernismo brasileiro 1 fase.pdf
 
Cesario verde
Cesario verdeCesario verde
Cesario verde
 

Mehr von Pibid-Letras Córdula

Mehr von Pibid-Letras Córdula (20)

Clic cordel
Clic cordelClic cordel
Clic cordel
 
Slide entre a espada e a rosa
Slide entre a espada e a rosaSlide entre a espada e a rosa
Slide entre a espada e a rosa
 
Paisagens do Nordeste brasileiro
Paisagens do Nordeste brasileiroPaisagens do Nordeste brasileiro
Paisagens do Nordeste brasileiro
 
Características gerais do texto dramático
Características gerais do texto dramáticoCaracterísticas gerais do texto dramático
Características gerais do texto dramático
 
Módulo Didático: Luz, CLIC e Ação: A Reciprocidade Cultural entre a Literatur...
Módulo Didático: Luz, CLIC e Ação: A Reciprocidade Cultural entre a Literatur...Módulo Didático: Luz, CLIC e Ação: A Reciprocidade Cultural entre a Literatur...
Módulo Didático: Luz, CLIC e Ação: A Reciprocidade Cultural entre a Literatur...
 
Módulo Didático: Ôxente! Isso aqui é Nordeste: Um passeio entre a Literatura ...
Módulo Didático: Ôxente! Isso aqui é Nordeste: Um passeio entre a Literatura ...Módulo Didático: Ôxente! Isso aqui é Nordeste: Um passeio entre a Literatura ...
Módulo Didático: Ôxente! Isso aqui é Nordeste: Um passeio entre a Literatura ...
 
Sequência Didática: Luz, CLIC e Ação: a reciprocidade cultural entre a Litera...
Sequência Didática: Luz, CLIC e Ação: a reciprocidade cultural entre a Litera...Sequência Didática: Luz, CLIC e Ação: a reciprocidade cultural entre a Litera...
Sequência Didática: Luz, CLIC e Ação: a reciprocidade cultural entre a Litera...
 
Sequência Didática: Ôxente! Isso Aqui é Nordeste: Um passeio entre a Literatu...
Sequência Didática: Ôxente! Isso Aqui é Nordeste: Um passeio entre a Literatu...Sequência Didática: Ôxente! Isso Aqui é Nordeste: Um passeio entre a Literatu...
Sequência Didática: Ôxente! Isso Aqui é Nordeste: Um passeio entre a Literatu...
 
Sequência didática Identidade feminina (versão final)
Sequência didática   Identidade feminina (versão final)Sequência didática   Identidade feminina (versão final)
Sequência didática Identidade feminina (versão final)
 
Florbela Espanca (DADOS BIOGRÁFICOS)
Florbela Espanca  (DADOS BIOGRÁFICOS)Florbela Espanca  (DADOS BIOGRÁFICOS)
Florbela Espanca (DADOS BIOGRÁFICOS)
 
SLIDES CONTOS ATUALIZADOS
SLIDES CONTOS ATUALIZADOSSLIDES CONTOS ATUALIZADOS
SLIDES CONTOS ATUALIZADOS
 
Elementos da narrativa 2016.2
Elementos da narrativa 2016.2Elementos da narrativa 2016.2
Elementos da narrativa 2016.2
 
Dramatização clic entrevista a algumas personagens dos contos maravilhosos-
Dramatização clic   entrevista a algumas personagens dos contos maravilhosos-Dramatização clic   entrevista a algumas personagens dos contos maravilhosos-
Dramatização clic entrevista a algumas personagens dos contos maravilhosos-
 
Módulo 19 - IDENTIDADE FEMININA: ATUAÇÃO E REPRESENTAÇÃO DA MULHER
Módulo 19 - IDENTIDADE FEMININA: ATUAÇÃO E REPRESENTAÇÃO DA MULHERMódulo 19 - IDENTIDADE FEMININA: ATUAÇÃO E REPRESENTAÇÃO DA MULHER
Módulo 19 - IDENTIDADE FEMININA: ATUAÇÃO E REPRESENTAÇÃO DA MULHER
 
Artigo de opinião - Aspectos gerais
Artigo de opinião - Aspectos geraisArtigo de opinião - Aspectos gerais
Artigo de opinião - Aspectos gerais
 
Slide - Profissões antigas
Slide - Profissões antigas Slide - Profissões antigas
Slide - Profissões antigas
 
Artigo de opinião - SLIDE
Artigo de opinião - SLIDEArtigo de opinião - SLIDE
Artigo de opinião - SLIDE
 
Módulo avulso - A arte de Adultecer
Módulo avulso - A arte de AdultecerMódulo avulso - A arte de Adultecer
Módulo avulso - A arte de Adultecer
 
Módulo 17: A arte de Adultecer
Módulo 17: A arte de AdultecerMódulo 17: A arte de Adultecer
Módulo 17: A arte de Adultecer
 
Sequência Didática - A arte de Adultecer 2016.1
Sequência Didática - A arte de Adultecer 2016.1Sequência Didática - A arte de Adultecer 2016.1
Sequência Didática - A arte de Adultecer 2016.1
 

Kürzlich hochgeladen

PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
HELENO FAVACHO
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
marlene54545
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
TailsonSantos1
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
AntonioVieira539017
 

Kürzlich hochgeladen (20)

GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxGÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxProdução de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 

Literatura marginal - 8º encontro

  • 1. LITERATURA MARGINAL O rio das letras e suas margens
  • 2. CÂNONE O cânone ou literatura canônica, é composto por obras consideradas clássicas. Os exemplos da “boa literatura”, a literatura dos grandes escritores.
  • 3. MARGINAL mar.gi.nal adj (lat marginale) 1 Pertencente ou relativo a margem. 2 Que segue a margem: Campos marginais. 3 Escrito na margem: Anotações marginais. 4Sociol Caracterizado pela incorporação de hábitos e valores de duas culturas divergentes e pela assimilação incompleta de ambas, como, por exemplo, se pode observar em muitos descendentes de imigrantes: Homem marginal. sm 1Sociol Homem marginal. 2 Indivíduo mais ou menos delinquente ou anormal, que vive à margem das normas éticas. 3 Econ polít V marginalizado. Dicionário Michaelis
  • 4. LITERATURA MARGINAL  Numa acepção estritamente artística, marginais são as produções que afrontam o cânone, rompendo com as normas e os paradigmas estéticos vigentes. Na modernidade, uma certa posição marginal da arte sempre foi a condição aspirada como possibilidade para a criação do novo. Contudo, a inovação, uma vez assimilada e introduzida na tradição, deixa de ocupar uma posição à margem, exigindo novos processos de ruptura que marcam a evolução literária.
  • 5. GERAÇÃO MIMEÓGRAFO Os primeiros expoentes da chamada “Literatura Marginal” surgiram, aproximadamente, na década de 1970. Este termo designava um grupo de escritores, a maioria de classe média, que produziam fora do eixo das grandes editoras, eram independentes. Além de contemplarem em sua escrita um modo não-padrão da língua, em alguns casos. Assim estavam à margem do sistema social e cultural vigente. O movimento não insiste tanto na renovação das formas estéticas, mas propõe uma mudança nas próprias práticas culturais, nos modos de conceber a cultura fora de parâmetros sérios e eruditos, como atitude crítica à ordem do sistema.  Esses escritores pertenciam a chamada “Geração mimeógrafo”, a denominação deve-se ao modo como faziam circular seus escritos, em geral, através de cópias mimeografadas, que eram comercializadas na rua mesmo e pelos próprios autores.
  • 6. POESIA MARGINAL - 1970  O gênero de poesia que foi denominado de "marginal" no Brasil se tornou conhecido por este nome porque seus poetas abandonaram os meios tradicionais de circulação das obras, através de (editoras e livrarias), e buscaram meios alternativos, realizando cópias mimeografadas de seus trabalhos, comercializados a baixo custo, vendidos de mão em mão, nas ruas, em praças e nas universidades. Através dela, os poetas da geração mimeografada queriam se expressar livremente em pleno regime da ditadura militar, bem como revelar novas vozes poéticas.
  • 7. POEMA: INVERNÁCULO (Paulo Leminski) Esta língua não é minha, qualquer um percebe. Quem sabe maldigo mentiras, vai ver que só minto verdades. Assim me falo, eu, mínima, quem sabe, eu sinto, mal sabe. Esta não é minha língua. A língua que eu falo trava uma canção longínqua, a voz, além, nem palavra. O dialeto que se usa à margem esquerda da frase, eis a fala que me lusa, eu, meio, eu dentro, eu, quase. Disponível em: http://contobrasileiro.com.br/?p=956. Acesso em: 15 abr. 2015.
  • 8. LITERATURA PERIFÉRICA  Vale lembrar que a condição periférica, marcada pela pobreza e exclusão social, econômica e cultural, sempre ganhou as páginas da nossa literatura. O livro de Roberto Schwarz, Os pobres na literatura brasileira, tem seu mote nessa opção pela “marginália”, do que são exemplos os miseráveis explorados pela metrópole nos poemas satíricos de Gregório de Matos, os escravos da poesia libertária de Castro Alves, os moradores dos cortiços de Aluísio Azevedo, os sertanejos de Euclides da Cunha, os desvalidos de Lima Barreto, o Jeca Tatu de Monteiro Lobato, os severinos de João Cabral, os retirantes de Graciliano Ramos, os pequenos trabalhadores e contraventores de João Antonio; os mendigos e criminosos das ruas do Rio de Janeiro de Rubem Fonseca.
  • 9. LITERATURA MARGINAL PERIFÉRICA  Na história recente da produção literária e cultural brasileiras, marginal e periférico adquirem, porém, novas feições, se pensarmos, sobretudo, nas condições de produção dessa literatura, no lugar assumido pelo escritor e no tipo de laço que sua obra estabelece com a comunidade. O aspecto característico da literatura marginal contemporânea é o fato de ser produzida por autores da periferia, trazendo novas visões, a partir de um olhar interno, sobre a experiência de viver na condição de marginalizados sociais e culturais.
  • 10. MICROCONTO: OITENTA E CINCO LETRAS E UM DISPARO (Sacolinha) - Alô, mô, sou eu!  - Fernando, o ônibus ta sendo assaltado...  - O quê? Fala mais alto!  - Tão assaltando o ôni...  - Puf.  - Alô!  - Tu tu tu tu... Disponível em: http://pt.slideshare.net/kika0786/o-que-literatura-marginal. Acesso em: 15 abr. 2015.