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Métodos de Investigação Geoló




                   Métodos de Investigação Geológica

	       A curiosidade em conhecer a Terra levou muitos pesquisadores a buscar algum método que 
desvendasse os segredos do planeta. Muitas dessas tentativas tiveram sucessos parciais e prossegui-
ram até o estágio atual ascendendo ao status de ciência, sem que seja questionado o seu valor como 
tal.
	       Estudavam-se e mediam-se as rochas do campo visitando seus afloramentos. As amostras 
eram tratadas tecnicamente  (lâminas delgadas) para serem observadas através da luz nos  micros-
cópios. A gravidade foi medida. A idéia sobre a propagação das ondas dentro da crosta da Terra foi 
uma aventura onde se gastou muito dinheiro com pesquisas sem sucesso. Outros aparelhos ditos 
geofísicos como perfis elétricos de superfície e subsuperfície, gravímetros, etc. foram, e ainda são 
empregados, mesmo sem grande sucesso. Foram criadas novas ciências com nomes estranhos como 
geomorfologia, geocronologia, geomatemática e outras mais, que após longo uso, demonstram por
si mesmas não passarem de ciências de bases duvidosas, cujos resultados, muitas vezes descambam
para a antieconomia. Em suma, foram tentados muitos caminhos na esperança de solucionar o pro-
blema de como fazer ou construir os mapas geológicos, e até hoje continuamos sem eles.
	       De fato, atualmente, não há mais lugar para qualquer das práticas usadas antigamente no 
campo. São relíquias do passado. Não há qualquer necessidade de coleta de amostras com fins pe-
trográficos, geocronológicos, paleontológicos, etc. Foi um expediente usado por geólogos antigos 
na esperança de que os laboratórios que analisavam as amostras ajudassem a determinar a formação 
geológica sob estudo, fornecendo sua idade, constituição, etc. A prancheta, a alidade e o barômetro 
ficaram sem utilidade e passaram aos museus, enquanto a bússola e o martelo ficam restritos a uso 
mais raro e específico.
	       Especialmente na exploração de petróleo, o que tem de estar presente para decidir o método 
correto a ser aplicado é o fato da área em exploração ser ou pertencer a uma das duas possibilidades 
geológicas:
         •	 Áreas sismicamente ativas ou
         •	 Áreas assísmicas.

	       De fato, existe apenas um método de investigação geológica, coadjuvado pelos outros, quan-
do necessário. O método para estudar e conhecer a Terra e a sua história é o mapeamento das for-
mações geológicas, que formam a crosta do planeta.
	       Este método é desenvolvido em duas fases distintas:
        •	 Mapeamento regional e
        •	 Mapeamento de detalhes.

	        Cada tipo de mapeamento tem características próprias que serão vistas à sua vez.
	        Os dois tipos de mapeamento são apoiados pela evolução da técnica dos chamados senso-
res, os quais são classificados de acordo com a base do seu funcionamento. Há os sensores ativos e 
passivos, conforme dependam ou não da energia solar. As imagens de radar são sensores ativos, e as 
fotografias são sensores passivos.
                                              181
Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à	Ciência	Ortodoxa


                         Métodos de Investigação em Superfície
	        O Mapeamento Regional
	        Também pode ser chamado de mapeamento global ou estratigráfico ou ainda mapeamento 
histórico. É o mapeamento das formações geológicas e sua distribuição geográfica e espacial. Só 
pode ser feito em escalas reduzidas.
	        O trabalho é feito tendo como base as imagens de radar de visada lateral, em escala reduzida 
entre 1/250.000 e 1/400.000 de maneira obter em cada imagem pelo menos 18.500 km2 de terreno, a 
fim de conseguir ver partes significativas de uma formação geológica. A finalidade do mapeamento é 
separar as diversas formações geológicas e determinar as suas vocações econômicas para a pesquisa 
de minérios e minerais, combustíveis e qualquer outra riqueza.  Imagens de radar substituem as fotos 
vantajosamente, especialmente pelo fator iluminação que nas fotos (sensor passivo) é vertical e nas 
imagens de radar (sensor ativo) é lateral. Usar os dois sensores é uma vantagem para o geólogo no 
campo, mas é antieconômico para o patrocinador. As fotos podem então ser substituídas pelo Global 
Positioning System (GPS) resolvendo-se o problema da localização.
	        O mapa é feito no campo à medida que o trabalho vai se desenrolando. A reambulação deve 
ser feita antes do início do trabalho de campo, e ser completada no desenrolar do mesmo. De fato, a 
reambulação, modernamente, já vem impressa na base. O material do trabalho, além das fotos, esca-
las, e a caderneta para anotações dos detalhes na confecção do relatório final, será o lápis de cor para 
discriminar as formações, durante a viagem. Faz parte da lista de materiais para o trabalho de campo,
um carro novo para três geólogos e seus pertences pessoais e técnicos.
	        Não há sede de campo para a confecção do mapa regional. O carro não somente é o transpor-
te, mas é também o escritório. O planejamento do trabalho deve incluir local de descanso.
	        As funções exercidas dentro de uma equipe são três e devem ser revezadas ao longo do tra-
jeto por acordo mútuo, para não se tornarem cansativas:
	a) De motorista, que está ligada à condução do carro com a velocidade e a técnica necessária 
ao correto mapeamento.
	        b) De navegador, função ligada ao geólogo que manuseia as imagens da região. Deve estar
seguro da posição geográfica e estratigráfica na dualidade terreno/mapa. Sem essa condição a equipe 
estará perdida e o mapa sairá automaticamente errado. Esse item deverá ser checado por toda a equi-
pe de vez em quando, para que haja certeza da posição do carro no duo terreno/mapa. O navegador é 
o homem que maneja a escala e dirige o motorista sobre as direções nas estradas, de maneira cumprir
o programa traçado. A hora do dia, estação do ano, e a latitude do mapeamento são essenciais para 
o correto posicionamento geográfico e requer do navegador uma longa experiência para funcionar
como tal. É a função mais difícil das três.
	c) O terceiro geólogo é o apoio  para o navegador na observação dos  fatos geológicos ao 
longo do caminho que passem despercebidos ao navegador. Deve ter completo domínio sobre o fun-
cionamento do GPS.
A prova sobre a qualidade dos mapas é a exatidão lateral dos contatos entre as formações geológicas,
em mapas feitos por equipes diferentes. Devem e têm de ser perfeitos e exatos.

	         O Mapeamento de Detalhe
	         Este tipo de mapeamento só pode ser realizado após o mapeamento estratigráfico. Uma razão 
que concorre para que os mapas atuais estejam errados é a tendência de se fazer primeiro os mapas 
de detalhes, e com eles compor os mapas regionais, invertendo o processo técnico. O resultado é o 
aparecimento de uma verdadeira colcha de retalhos dos contatos de unidades não geológicas, unidos 
artificialmente, com o aprofundamento dos erros e artificialismo das conclusões.
	         O relatório do  mapeamento  regional deverá conter a  reambulação  mineral, suas  minas e 

                                                   182
Métodos de Investigação Geoló

ocorrências. Estas então deverão ser avaliadas pelos geólogos da área econômica, segundo um mape-
amento chamado de detalhes. Este mapa é feito em áreas localizadas, com a sede fixa em localidade 
do interior, onde são confeccionados os mapas em escalas convenientes, cerca de 10% maiores que 
os mapeamentos regionais, abrangendo somente a parte interessante para a explotação. Nesta fase 
são colhidas amostras de mão para exames microscópicos, e as lentes de bolso têm bastante aplica-
ção.
                      Métodos de Investigação em Subsuperfície
	        Para investigar e avaliar a subsuperfície existe somente um método, tanto para petróleo como 
para minerais: a perfuração de poços.
	        Minérios e minerais preciosos, que forem encontrados em superfície, há que se construírem
galerias, bancadas, etc. assunto tratado pela Engenharia de minas, fugindo ao escopo da Geologia.
	        Os métodos auxiliares como a paleontologia, perfilagens elétricas, sísmica de refração e/ou
de reflexão, a gravimetria, magnetometria, a cintilometria, não tem aplicação confiável e são muito 
caros.

	        Perfis elétricos
	        Este método, muito usado especialmente na exploração de petróleo, tem sua base na resis-
tividade elétrica  que apresenta  uma  formação em subsuperfície e outras características  físicas da 
mesma. De fato, existem fatores outros que influenciam as curvas desenhadas pelo estilete do instru-
mento, que tendo origem na arquitetura da formação são desconhecidos pelos intérpretes dos perfis,
e esse desconhecimento dá resultados negativos na interpretação, que se refletem na economia.
	        Fatores relacionados com o tectonismo da sedimentação afetam os perfis de maneira sutil,
os quais são confundidos com o objeto da pesquisa, forçando a testes muitas vezes desnecessários,
planos de perfuração e injeção de gás e/ou água, caríssimos. Em compensação, o contrário também
é verdade e o prejuízo é de mesma grandeza, especialmente na exploração de petróleo: poços com
muito petróleo são tamponados e abandonados porque os perfis indicam zonas sem interesse para 
hidrocarbonetos, abandonando-se em subsuperfície quantidades apreciáveis de petróleo.
	        As curvas desenhadas pelo estilete dos perfis elétricos, no ambiente da exploração, nada tem
a ver com a ocorrência ou não de hidrocarbonetos e minerais. Somente a coincidência da ocorrência 
de petróleo com os cálculos e a interpretação positiva dos perfis leva a que se descubra um novo 
campo de petróleo ou de minerais. Fácil de prever-se, é que na maior parte das interpretações, essa 
coincidência não acontece e perdem-se muitas das minas em subsuperfície. Existem outros tipos de 
perfis para medir vários dos parâmetros da perfuração, alguns indispensáveis, sendo outros substitu-
ídos por uma técnica apurada do ato mecânico da perfuração. Atualmente, faz-se, literalmente, um
buraco e desce-se dentro dele instrumentos vários e sofisticados para corrigir seus defeitos. Nossa 
recomendação é que se construa um poço perfeito dispensando-se o uso posterior de instrumentos 
verificadores de defeitos.
	        Em suma, perfis, fotos ou imagens, interpretadas  por técnicos de  qualquer gabarito, sem
conhecimento da geologia estratigráfica da área a ser explorada, são duvidosas. Na exploração de 
petróleo, melhor que os perfis são os testes de formação a poço aberto, e mesmo esses, se não forem
precedidos de  uma  perfuração extremamente cuidadosa e tecnicamente irrepreensível, pode levar
ao abandono de áreas de primeira categoria. Qualquer nível estratigráfico, dentro de uma formação 
geológica em exploração, deve ser avaliado através do teste de formação e em muitos casos, os testes 
a poço revestido podem levar a novas descobertas. Ter em mente que as condições da sedimentação 
que afetam os perfis, afetam da mesma maneira os testes, obliterando condições texturais da rocha le-
vando a avaliações equivocadas, e ao abandono de preciosos reservatórios de hidrocarbonetos. Essas 

                                               183
Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à	Ciência	Ortodoxa

recomendações são feitas especialmente para exploração das bacias brasileiras, cujas características 
sísmicas (bacias localizadas em áreas distensivas), só admitem esse tipo de avaliação.
	        Sísmica
	        É um método muito solicitado para guia dos geofísicos na determinação de estruturas passí-
veis de serem portadoras de petróleo.
	        Supunha-se e especulava-se que os hidrocarbonetos se acumulavam nas partes altas daquelas 
estruturas, idéia aparecida no século XIX e conservada por tradição até hoje, a qual prejudica os atu-
ais exploradores. A sísmica procurava e continua procurando a existência de estruturas (blocos altos,
horsts, anticlinais etc.), limitadas por falhas, absolutamente inexistentes, onde então eram ou são fu-
rados os poços. Também, segundo os geofísicos, seria possível determinar as formações geológicas,
seus topos e bases (algo esdrúxulo chamado de estratigrafia sísmica) ou, melhor dizendo, seus conta-
tos em subsuperfície, algo absolutamente impossível de ser conseguido com os recursos desse méto-
do. As variações faciológicas laterais, os contatos ondulados devido à topografia das discordâncias,
a ocorrência de conglomerados, a existência de rochas ígneas como diques e derrames confundem o 
método, forçando o interpretador a determinar pseudo-estruturas que perfuradas se revelam secas e 
geram teorias que anulam o aproveitamento de áreas de grande valor exploratório. Em palavras mais 
simples, as rochas em subsuperfície que deveriam ser compreendidas através do método geofísico 
atrapalham, tanto os instrumentos, por mais sofisticados que sejam, como os intérpretes que ficam
sem base de raciocínio geológico, anulando qualquer valor que o método tivesse. O problema passa 
para a economia: método caríssimo e resultados acanhados recomendam seu abandono para a explo-
ração.

	        Gravimetria
	        É um método bastante experimentado, mas é apenas parte do passado. Aproveita a medida 
da gravidade, na esperança de determinar que alguma anomalia, como estruturas em subsuperfície,
possa alterar a medida da gravidade que é lida nos instrumentos. A teoria da variação da gravidade é 
real. Difícil ou impossível é distinguir entre a gravidade natural devida à massa da Terra, e a residual 
dependente da “anomalia” existente na subsuperfície. Instrumentos e equipes muito caras aconse-
lham o abandono do método diante dos acanhados resultados obtidos em longa e custosa experiência 
de campo.

	       Paleontologia
	       Não é método exploratório. Estuda antigas formas de vida preservadas no corpo da rocha 
após a sedimentação, e que criteriosamente estudadas podem esclarecer problemas localizados, da 
evolução. Durante muito tempo desempenhou o papel de datar e caracterizar formações geológicas,
determinando muito dos grandes fracassos exploratórios, especialmente de petróleo.

	       Perfuração de Poços
	       A perfuração do poço é o método em si mesmo. O estudo das amostras e testemunhos da ro-
cha penetrada pelas brocas, os cuidados tomados durante a perfuração para controle dos danos causa-
dos pelos fluidos usados neste trabalho, o estudo da profundidade dos níveis importantes como o topo 
dos níveis mineralizados, topo dos reservatórios de petróleo, contato de formações geológicas, etc.
constituem os próprios meios da exploração. Feitos com absoluto controle de qualidade constituem
as informações precisas e preciosas para que a avaliação econômica da exploração seja perfeitamente 
compreendida. Não adianta furar poços com rapidez, batendo recordes de metros/unidade de tempo,
pois eles não passarão de buracos caros. Os poços pioneiros feitos para avaliação de qualquer riqueza 
mineral ou orgânica, devem ser obras de arte do método. Pioneiros bem feitos e avaliados criteriosa-

                                                   184
Métodos de Investigação Geoló

mente dão uma resposta econômica e constituem investimentos de primeira grandeza. Tanto servem
para evitar investimentos inúteis em áreas pobres, como para incrementar a velocidade e o número 
de poços e acelerar a exploração e reversão dos investimentos aplicados em áreas prolíficas. O peso 
sobre a broca, a velocidade da mesa rotativa, o peso do fluido de perfuração e a pressão das bombas 
são parâmetros que, controlados com perfeição, transformam o poço em uma fonte de informações 
de rara importância, permitindo avaliações próximas do ideal e conseqüentemente de alto benefício.
As modificações que podem ser introduzidas nos parâmetros acima mencionados, só a experiência 
do campo pode recomendar.




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Metodosde investigacaogeologica

  • 1. Métodos de Investigação Geoló Métodos de Investigação Geológica A curiosidade em conhecer a Terra levou muitos pesquisadores a buscar algum método que desvendasse os segredos do planeta. Muitas dessas tentativas tiveram sucessos parciais e prossegui- ram até o estágio atual ascendendo ao status de ciência, sem que seja questionado o seu valor como tal. Estudavam-se e mediam-se as rochas do campo visitando seus afloramentos. As amostras eram tratadas tecnicamente (lâminas delgadas) para serem observadas através da luz nos micros- cópios. A gravidade foi medida. A idéia sobre a propagação das ondas dentro da crosta da Terra foi uma aventura onde se gastou muito dinheiro com pesquisas sem sucesso. Outros aparelhos ditos geofísicos como perfis elétricos de superfície e subsuperfície, gravímetros, etc. foram, e ainda são empregados, mesmo sem grande sucesso. Foram criadas novas ciências com nomes estranhos como geomorfologia, geocronologia, geomatemática e outras mais, que após longo uso, demonstram por si mesmas não passarem de ciências de bases duvidosas, cujos resultados, muitas vezes descambam para a antieconomia. Em suma, foram tentados muitos caminhos na esperança de solucionar o pro- blema de como fazer ou construir os mapas geológicos, e até hoje continuamos sem eles. De fato, atualmente, não há mais lugar para qualquer das práticas usadas antigamente no campo. São relíquias do passado. Não há qualquer necessidade de coleta de amostras com fins pe- trográficos, geocronológicos, paleontológicos, etc. Foi um expediente usado por geólogos antigos na esperança de que os laboratórios que analisavam as amostras ajudassem a determinar a formação geológica sob estudo, fornecendo sua idade, constituição, etc. A prancheta, a alidade e o barômetro ficaram sem utilidade e passaram aos museus, enquanto a bússola e o martelo ficam restritos a uso mais raro e específico. Especialmente na exploração de petróleo, o que tem de estar presente para decidir o método correto a ser aplicado é o fato da área em exploração ser ou pertencer a uma das duas possibilidades geológicas: • Áreas sismicamente ativas ou • Áreas assísmicas. De fato, existe apenas um método de investigação geológica, coadjuvado pelos outros, quan- do necessário. O método para estudar e conhecer a Terra e a sua história é o mapeamento das for- mações geológicas, que formam a crosta do planeta. Este método é desenvolvido em duas fases distintas: • Mapeamento regional e • Mapeamento de detalhes. Cada tipo de mapeamento tem características próprias que serão vistas à sua vez. Os dois tipos de mapeamento são apoiados pela evolução da técnica dos chamados senso- res, os quais são classificados de acordo com a base do seu funcionamento. Há os sensores ativos e passivos, conforme dependam ou não da energia solar. As imagens de radar são sensores ativos, e as fotografias são sensores passivos. 181
  • 2. Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à Ciência Ortodoxa Métodos de Investigação em Superfície O Mapeamento Regional Também pode ser chamado de mapeamento global ou estratigráfico ou ainda mapeamento histórico. É o mapeamento das formações geológicas e sua distribuição geográfica e espacial. Só pode ser feito em escalas reduzidas. O trabalho é feito tendo como base as imagens de radar de visada lateral, em escala reduzida entre 1/250.000 e 1/400.000 de maneira obter em cada imagem pelo menos 18.500 km2 de terreno, a fim de conseguir ver partes significativas de uma formação geológica. A finalidade do mapeamento é separar as diversas formações geológicas e determinar as suas vocações econômicas para a pesquisa de minérios e minerais, combustíveis e qualquer outra riqueza. Imagens de radar substituem as fotos vantajosamente, especialmente pelo fator iluminação que nas fotos (sensor passivo) é vertical e nas imagens de radar (sensor ativo) é lateral. Usar os dois sensores é uma vantagem para o geólogo no campo, mas é antieconômico para o patrocinador. As fotos podem então ser substituídas pelo Global Positioning System (GPS) resolvendo-se o problema da localização. O mapa é feito no campo à medida que o trabalho vai se desenrolando. A reambulação deve ser feita antes do início do trabalho de campo, e ser completada no desenrolar do mesmo. De fato, a reambulação, modernamente, já vem impressa na base. O material do trabalho, além das fotos, esca- las, e a caderneta para anotações dos detalhes na confecção do relatório final, será o lápis de cor para discriminar as formações, durante a viagem. Faz parte da lista de materiais para o trabalho de campo, um carro novo para três geólogos e seus pertences pessoais e técnicos. Não há sede de campo para a confecção do mapa regional. O carro não somente é o transpor- te, mas é também o escritório. O planejamento do trabalho deve incluir local de descanso. As funções exercidas dentro de uma equipe são três e devem ser revezadas ao longo do tra- jeto por acordo mútuo, para não se tornarem cansativas: a) De motorista, que está ligada à condução do carro com a velocidade e a técnica necessária ao correto mapeamento. b) De navegador, função ligada ao geólogo que manuseia as imagens da região. Deve estar seguro da posição geográfica e estratigráfica na dualidade terreno/mapa. Sem essa condição a equipe estará perdida e o mapa sairá automaticamente errado. Esse item deverá ser checado por toda a equi- pe de vez em quando, para que haja certeza da posição do carro no duo terreno/mapa. O navegador é o homem que maneja a escala e dirige o motorista sobre as direções nas estradas, de maneira cumprir o programa traçado. A hora do dia, estação do ano, e a latitude do mapeamento são essenciais para o correto posicionamento geográfico e requer do navegador uma longa experiência para funcionar como tal. É a função mais difícil das três. c) O terceiro geólogo é o apoio para o navegador na observação dos fatos geológicos ao longo do caminho que passem despercebidos ao navegador. Deve ter completo domínio sobre o fun- cionamento do GPS. A prova sobre a qualidade dos mapas é a exatidão lateral dos contatos entre as formações geológicas, em mapas feitos por equipes diferentes. Devem e têm de ser perfeitos e exatos. O Mapeamento de Detalhe Este tipo de mapeamento só pode ser realizado após o mapeamento estratigráfico. Uma razão que concorre para que os mapas atuais estejam errados é a tendência de se fazer primeiro os mapas de detalhes, e com eles compor os mapas regionais, invertendo o processo técnico. O resultado é o aparecimento de uma verdadeira colcha de retalhos dos contatos de unidades não geológicas, unidos artificialmente, com o aprofundamento dos erros e artificialismo das conclusões. O relatório do mapeamento regional deverá conter a reambulação mineral, suas minas e 182
  • 3. Métodos de Investigação Geoló ocorrências. Estas então deverão ser avaliadas pelos geólogos da área econômica, segundo um mape- amento chamado de detalhes. Este mapa é feito em áreas localizadas, com a sede fixa em localidade do interior, onde são confeccionados os mapas em escalas convenientes, cerca de 10% maiores que os mapeamentos regionais, abrangendo somente a parte interessante para a explotação. Nesta fase são colhidas amostras de mão para exames microscópicos, e as lentes de bolso têm bastante aplica- ção. Métodos de Investigação em Subsuperfície Para investigar e avaliar a subsuperfície existe somente um método, tanto para petróleo como para minerais: a perfuração de poços. Minérios e minerais preciosos, que forem encontrados em superfície, há que se construírem galerias, bancadas, etc. assunto tratado pela Engenharia de minas, fugindo ao escopo da Geologia. Os métodos auxiliares como a paleontologia, perfilagens elétricas, sísmica de refração e/ou de reflexão, a gravimetria, magnetometria, a cintilometria, não tem aplicação confiável e são muito caros. Perfis elétricos Este método, muito usado especialmente na exploração de petróleo, tem sua base na resis- tividade elétrica que apresenta uma formação em subsuperfície e outras características físicas da mesma. De fato, existem fatores outros que influenciam as curvas desenhadas pelo estilete do instru- mento, que tendo origem na arquitetura da formação são desconhecidos pelos intérpretes dos perfis, e esse desconhecimento dá resultados negativos na interpretação, que se refletem na economia. Fatores relacionados com o tectonismo da sedimentação afetam os perfis de maneira sutil, os quais são confundidos com o objeto da pesquisa, forçando a testes muitas vezes desnecessários, planos de perfuração e injeção de gás e/ou água, caríssimos. Em compensação, o contrário também é verdade e o prejuízo é de mesma grandeza, especialmente na exploração de petróleo: poços com muito petróleo são tamponados e abandonados porque os perfis indicam zonas sem interesse para hidrocarbonetos, abandonando-se em subsuperfície quantidades apreciáveis de petróleo. As curvas desenhadas pelo estilete dos perfis elétricos, no ambiente da exploração, nada tem a ver com a ocorrência ou não de hidrocarbonetos e minerais. Somente a coincidência da ocorrência de petróleo com os cálculos e a interpretação positiva dos perfis leva a que se descubra um novo campo de petróleo ou de minerais. Fácil de prever-se, é que na maior parte das interpretações, essa coincidência não acontece e perdem-se muitas das minas em subsuperfície. Existem outros tipos de perfis para medir vários dos parâmetros da perfuração, alguns indispensáveis, sendo outros substitu- ídos por uma técnica apurada do ato mecânico da perfuração. Atualmente, faz-se, literalmente, um buraco e desce-se dentro dele instrumentos vários e sofisticados para corrigir seus defeitos. Nossa recomendação é que se construa um poço perfeito dispensando-se o uso posterior de instrumentos verificadores de defeitos. Em suma, perfis, fotos ou imagens, interpretadas por técnicos de qualquer gabarito, sem conhecimento da geologia estratigráfica da área a ser explorada, são duvidosas. Na exploração de petróleo, melhor que os perfis são os testes de formação a poço aberto, e mesmo esses, se não forem precedidos de uma perfuração extremamente cuidadosa e tecnicamente irrepreensível, pode levar ao abandono de áreas de primeira categoria. Qualquer nível estratigráfico, dentro de uma formação geológica em exploração, deve ser avaliado através do teste de formação e em muitos casos, os testes a poço revestido podem levar a novas descobertas. Ter em mente que as condições da sedimentação que afetam os perfis, afetam da mesma maneira os testes, obliterando condições texturais da rocha le- vando a avaliações equivocadas, e ao abandono de preciosos reservatórios de hidrocarbonetos. Essas 183
  • 4. Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à Ciência Ortodoxa recomendações são feitas especialmente para exploração das bacias brasileiras, cujas características sísmicas (bacias localizadas em áreas distensivas), só admitem esse tipo de avaliação. Sísmica É um método muito solicitado para guia dos geofísicos na determinação de estruturas passí- veis de serem portadoras de petróleo. Supunha-se e especulava-se que os hidrocarbonetos se acumulavam nas partes altas daquelas estruturas, idéia aparecida no século XIX e conservada por tradição até hoje, a qual prejudica os atu- ais exploradores. A sísmica procurava e continua procurando a existência de estruturas (blocos altos, horsts, anticlinais etc.), limitadas por falhas, absolutamente inexistentes, onde então eram ou são fu- rados os poços. Também, segundo os geofísicos, seria possível determinar as formações geológicas, seus topos e bases (algo esdrúxulo chamado de estratigrafia sísmica) ou, melhor dizendo, seus conta- tos em subsuperfície, algo absolutamente impossível de ser conseguido com os recursos desse méto- do. As variações faciológicas laterais, os contatos ondulados devido à topografia das discordâncias, a ocorrência de conglomerados, a existência de rochas ígneas como diques e derrames confundem o método, forçando o interpretador a determinar pseudo-estruturas que perfuradas se revelam secas e geram teorias que anulam o aproveitamento de áreas de grande valor exploratório. Em palavras mais simples, as rochas em subsuperfície que deveriam ser compreendidas através do método geofísico atrapalham, tanto os instrumentos, por mais sofisticados que sejam, como os intérpretes que ficam sem base de raciocínio geológico, anulando qualquer valor que o método tivesse. O problema passa para a economia: método caríssimo e resultados acanhados recomendam seu abandono para a explo- ração. Gravimetria É um método bastante experimentado, mas é apenas parte do passado. Aproveita a medida da gravidade, na esperança de determinar que alguma anomalia, como estruturas em subsuperfície, possa alterar a medida da gravidade que é lida nos instrumentos. A teoria da variação da gravidade é real. Difícil ou impossível é distinguir entre a gravidade natural devida à massa da Terra, e a residual dependente da “anomalia” existente na subsuperfície. Instrumentos e equipes muito caras aconse- lham o abandono do método diante dos acanhados resultados obtidos em longa e custosa experiência de campo. Paleontologia Não é método exploratório. Estuda antigas formas de vida preservadas no corpo da rocha após a sedimentação, e que criteriosamente estudadas podem esclarecer problemas localizados, da evolução. Durante muito tempo desempenhou o papel de datar e caracterizar formações geológicas, determinando muito dos grandes fracassos exploratórios, especialmente de petróleo. Perfuração de Poços A perfuração do poço é o método em si mesmo. O estudo das amostras e testemunhos da ro- cha penetrada pelas brocas, os cuidados tomados durante a perfuração para controle dos danos causa- dos pelos fluidos usados neste trabalho, o estudo da profundidade dos níveis importantes como o topo dos níveis mineralizados, topo dos reservatórios de petróleo, contato de formações geológicas, etc. constituem os próprios meios da exploração. Feitos com absoluto controle de qualidade constituem as informações precisas e preciosas para que a avaliação econômica da exploração seja perfeitamente compreendida. Não adianta furar poços com rapidez, batendo recordes de metros/unidade de tempo, pois eles não passarão de buracos caros. Os poços pioneiros feitos para avaliação de qualquer riqueza mineral ou orgânica, devem ser obras de arte do método. Pioneiros bem feitos e avaliados criteriosa- 184
  • 5. Métodos de Investigação Geoló mente dão uma resposta econômica e constituem investimentos de primeira grandeza. Tanto servem para evitar investimentos inúteis em áreas pobres, como para incrementar a velocidade e o número de poços e acelerar a exploração e reversão dos investimentos aplicados em áreas prolíficas. O peso sobre a broca, a velocidade da mesa rotativa, o peso do fluido de perfuração e a pressão das bombas são parâmetros que, controlados com perfeição, transformam o poço em uma fonte de informações de rara importância, permitindo avaliações próximas do ideal e conseqüentemente de alto benefício. As modificações que podem ser introduzidas nos parâmetros acima mencionados, só a experiência do campo pode recomendar. 185