O documento discute a origem do petróleo e refuta a ideia de que ele irá acabar. Afirma que o petróleo se forma continuamente através da fotossíntese e que há reservas suficientes para suprir a demanda humana por muito tempo, já que seria impossível queimar todo o oxigênio da atmosfera. Também critica programas caros para reduzir emissões de carbono como sendo antieconômicos e sem resultados práticos.
1. Desmistificando o uso da Energia do Petróleo.
Anderson Caio
(Autor do livro “ Petróleo e Ecologia: uma contestação à ciência ortodoxa” publicado
em www.petroleoeecologia.com.br)
N ão podemos colocar neste documento a quantidade de trabalho e dinheiro
desperdiçados com a finalidade de “sequestrar” gás carbônico. Apesar de ser um
assunto da nossa realidade, tudo parece surreal para um geólogo.
Para o leitor imaginar o que significa “sequestrar” o gás carbônico da atmosfera o
melhor é fazer uma comparação. Imagine-se um formigueiro onde as formigas, em
assembleia, decidem mudar de lugar a cadeia do Himalaia ou a dos Andes. É a
comparação mais próxima que se pode fazer para imaginar-se a humanidade querer
enterrar o gás carbônico da atmosfera. É uma impossibilidade geológica mexer nos
gases da atmosfera! Da mesma forma, não podemos evitar fenômenos naturais como
o furacão Katrina, que devastou Nova Orleans e adjacências, em 2005, ou o tsunami
que afogou as praias do mar Índico, no natal de 2004, e com elas mais 300.000
pessoas, ou a erupção do vulcão Marapi, na ilha de Java (Indonésia), ou o terremoto
seguido do tsunami acontecido no NE do Japão, em 2011. Pelo rumo das coisas,
algum ambientalista pensará, também, em corrigir a inclinação do eixo da Terra,
diminuir um pouco a sua velocidade no espaço ou, quem sabe, resfriar o Sol.
Com apenas dois exemplos vamos caracterizar como é antieconômico proceder
ingenuamente.
Um daqueles programas, Carbon Capture and Storage (CCS), foi criado com a
finalidade precípua de capturar e armazenar gás carbônico em rochas da
subsuperfície. O programa teve uma dotação inicial de 26 bilhões de dólares e um
reforço de 6 bilhões/por ano, ao longo de dez anos, para estudar um mapeamento de
rochas em subsuperficie que tenham características de reservatório para esse gás.
Outro exemplo é o estudo feito pela International Energy Agency (IEA) para apoiar o
G-8 e sua preocupação com o “aquecimento global”. O relatório do estudo reconhece
que a demanda por energia para 2050 vai aumentar em 70% do consumo atual de
petróleo (de 86 milhões para 146 milhões de bpd), o que significaria um aumento de
130% nas emissões, e para evitar isso seria necessário gastar 17 trilhões de dólares.
Nos dois casos são quantias respeitáveis que serão jogadas fora, sem qualquer
resultado prático.
Além da imoralidade dos gastos estratosféricos de tais programas, entra em cena o
IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) com suas previsões catastróficas
2. e anuncia que com tal aumento nas emissões de gás carbônico, pela queima de
combustíveis fósseis, a temperatura da Terra vai aumentar de 6 graus, o que seria
irreversível para o ambiente da superfície do globo. Vejamos alguns comentários.
Aparentemente, os responsáveis pelo IPCC não falam sério. A coisa mais comum para
as pessoas que habitam as grandes cidades é suportar variações muito maiores do
que 6º C. A população de animais e vegetais que habita as zonas temperadas e
polares suporta, sem qualquer dano, variações de dezenas de graus de temperaturas
negativas para positivas e vice-versa, e vale lembrar que a temperatura da Terra
varia entre menos 50º C a mais 50º C, nas 24 horas. As previsões do IPCC não têm
fundamento geológico!
Se aceitarmos a ideia do IPCC da necessidade de reduzirmos as emissões de CO2,
teremos de baixar o consumo de combustíveis. Só há um modo de fazer isto: parando
máquinas. Não serão usados mais os automóveis, aviões, tratores, navios, ônibus e
transportes em geral. As fábricas desses transportes deverão ser paradas. Os
empregados dispensados. A agricultura deverá ser manual, familiar. As comunicações
não precisarão ser muito rápidas. A temperatura dos negócios e as bolsas de valores
também deixam de existir, entre outras situações que o leitor pode imaginar, com
todas as consequências que esses fatos acarretam. Conclusão: não existe nenhuma
nação ou país que admita este cenário, a não ser seus próprios “ambientalistas”.
Não há, nem nunca houve na história da Terra, qualquer coisa parecida de perto ou de
longe a um “efeito estufa” no globo. Não há qualquer semelhança entre o
funcionamento de uma estufa e o funcionamento da estrutura da atmosfera da Terra.
São duas as razões que impedem essa comparação: (1) a quantidade de gás
carbônico presente na composição química da atmosfera terrestre é extremamente
pequena (0,032%) para aprisionar o calor chegado com a insolação, causando
elevação da temperatura superficial do globo e (2) porque a quantidade de gás
carbônico que é “fabricada” pelos motores é imediatamente absorvida pelos vegetais,
por ser seu único alimento. Os dois fenômenos mencionados não permitem qualquer
acúmulo ou aumento de CO2 na atmosfera terrestre. As medições feitas nos centros
urbanos são localizadas e sem valor para o tamanho do planeta.
Fora desses dois fenômenos temos ainda o fato de que os raios do Sol que chegam à
superfície da terra é que movem a massa de gases da troposfera provocando os
ventos, que refrescam o nosso ambiente, dissipando nisso toda a energia aqui
chegada, conservando as CNTP (Condições Normais de Temperatura e Pressão). Um
dos hemisférios aquece devido à convergência do eixo de rotação da Terra para o eixo
do Sol, causado pelo movimento de translação do planeta, o que provoca o
resfriamento do outro hemisfério, resultando as estações do ano.
3. A teoria geológica sobre o aquecimento do globo é simples, harmoniosa e está de
acordo com todos os outros fenômenos terrestres. O calor da superfície da Terra
depende apenas de três fatores absolutamente imutáveis, e nada tem a ver com os
gases da atmosfera. Os fatores naturais são:
a) A insolação, que é constante e permanente.
b) O ângulo fixo de 23º 27’ do eixo de rotação da Terra relativo à eclíptica, que é fixo e
permanente.
c) Os movimentos de rotação e translação do globo, também cíclicos e permanentes.
Entre as lendas criadas a respeito do petróleo existe uma que é das mais perniciosas
para a humanidade e para a economia. Proclama-se mundo afora que o petróleo vai
acabar. Geologicamente falando é como dizer que o Sol vai apagar no fim do ano, ou
que o fim do mundo está próximo.
A partir dessa lenda e criação de outros mitos por “ambientalistas” surgiram os
“biocombustíveis” a partir das plantações de cana, milho e oleaginosas em geral.
Todos esses vegetais são, na verdade, energias de superfície, e existem para fins
mais nobres, ou seja, como alimentos para os animais.
Petróleo pode e deve ser usado à vontade. É o combustível que fornece tudo o que a
humanidade precisa para sobreviver no planeta. Muitas pessoas fazem uma ligação
direta apenas entre o uso do petróleo e o combustível dos automóveis. Elas não
podem ignorar que a fabricação de roupas, de sapatos, de aviões, de navios, de
carros (não só o combustível) e tudo mais que conhecemos como mundo moderno
depende de petróleo, sob alguma forma. Precisaríamos substituir não apenas os
combustíveis que movem os transportes, mas tudo o que usamos no planeta, se os
ambientalistas estivessem com a razão. Vale lembrar que a segurança das pessoas
que moram em países frios estaria ameaçada sem um sistema de calefação movido a
petróleo. Durante a estação fria, todos os habitantes dos países do hemisfério norte
teriam de migrar para o hemisfério sul, e vice-versa, se não quisessem morrer de frio,
não fosse a energia do petróleo.
Neste ponto podemos afirmar que o petróleo é uma fonte de energia inesgotável, ao
contrário do que se crê. Por quê? Porque petróleo é uma mistura complexa de todas
as coisas de origem orgânica existentes na troposfera do planeta, como evidencia o
Ciclo da Energia na Terra .
4. Não há a menor possibilidade de se acabar com o petróleo no globo, e a cada dia que
passa mais dependemos dele. Não somos somente a civilização do petróleo, mas uma
civilização dependente do petróleo.
A suposição de que o petróleo vai acabar é uma das mais perigosas crenças sobre a
existência dessa substância. A argumentação que faremos a seguir impede de se
pensar tal hipótese. Há, entretanto, necessidade de se conhecer a reação química que
rege o fenômeno da gênese do petróleo e as consequências que surgem e se
acumulam depois de sua ação. A fórmula da fotossíntese é do aprendizado primário
de química e aqui está representada com a energia que fica embutida nos vegetais,
apenas para chamar atenção:
6CO2+ 12H2O +ENERGIA------- C6ENERH12GIAO6+ 6O2+ 6H2O
Esta reação existe desde o início do fenômeno da vida na Terra, quando a energia do
Sol possibilitou a primeira molécula de gás carbônico catenado, permitindo também a
primeira molécula de oxigênio a subir para a atmosfera. O processo se tornou
contínuo, mudando a composição química da atmosfera e acumulando petróleo, ao
longo do tempo geológico, por ser uma função do Sol, da água e do gás carbônico
abundante na atmosfera primitiva e rareando na atmosfera atual. Vale ressaltar que
todo o oxigênio existente hoje na troposfera da Terra (21%) representa, de fato, a
5. correspondente quantidade de hidrocarbonetos formada no planeta. Este fato
geológico conduz a outro raciocínio para demonstrar a impossibilidade de o petróleo
vir a se tornar raro para os habitantes da Terra. Para queimar qualquer combustível
precisamos do respectivo comburente que, no nosso caso é o oxigênio. Precisaríamos
queimar todo o oxigênio da atmosfera para que o petróleo também tivesse um fim.
Esta é uma tarefa impossível de realizar, especialmente porque no presente caso
parte do comburente já se encontra fora de nosso alcance, precisamente na
tropopausa, fato que mostra que não poderíamos queimar todo o combustível
estocado, gratuitamente, no planeta.
Outras teorias que prejudicam a correta exploração de petróleo têm relação com a sua
origem. Dentro das grandes companhias de petróleo (Petrobras p.ex.) se acredita que
há uma “rocha geradora de petróleo” (sic), como se pudesse um corpo de origem
mineral gerar um produto orgânico. Pouco pior do que isso é a suposição da origem
magmática para o petróleo, teoria que também não pode ser levada a sério, pela
mesma argumentação feita acima. Se uma rocha de origem magmática não pode
gerar uma substância orgânica (é uma teoria bíblica sem fundamento), não há porque
pensar que o próprio magma o faria. Além de tudo, há necessidade de explicar não só
a origem do petróleo, mas todo o conjunto das coisas naturais, desde a criação do
mundo, como a evolução da atmosfera, seus gases, sua estrutura. O petróleo,
dissemos atrás, é apenas um subproduto, o lixo da natureza, não fosse a descoberta
dos seus usos para benefício da humanidade. A conclusão importante do que ficou
dito acima é:
“Não há meios nem modos de pôr-se um fim ao petróleo existente nos reservatórios
geológicos”.
Petróleo é fonte de energia em constante formação, desde o resfriamento do planeta.
O gráfico da ação da fotossíntese na composição química da atmosfera evidencia o
processo acumulativo da formação de petróleo, ao longo do tempo geológico. Ele se
renova constantemente, à medida que se forma o lixo orgânico em superfície e passa
para uma bacia de sedimentação. Ele se forma ao longo da existência do próprio
globo, pois o processo fotossintético é tão velho quanto o globo e ativo desde o início
do processo geológico. A gênese do petróleo não depende do fator tempo, mas da sua
matéria prima: o gás carbônico existente na atmosfera do planeta (v.gráfico).
6. O petróleo distribui-se dentro das formações geológicas já estruturadas ou em
sedimentação, sem qualquer restrição, bastando para isso ter alguma espécie de
porosidade onde possa ser armazenado. As rochas magmáticas não têm porosidade,
e nos mapeamentos elas são mapeadas para abandono. Entretanto, existem notícias
de ocorrência de petróleo em fraturas neste tipo de rocha, mas prospectos desse tipo
não são recomendáveis. As rochas sedimentares, em virtude da sua gênese, são
naturalmente porosas e por isso são mais prospectáveis. É comum a ocorrência de
petróleo em rochas deste tipo, daí a sua preferência para os prospectos e a finalidade
principal dos mapeamentos. A porosidade varia, mas, desde que haja uma segunda
qualidade, a permeabilidade, as características das rochas sedimentares para a
ocorrência de petróleo sempre são favoráveis.
Alimentar o mito que o petróleo vai acabar em seus reservatórios revela
desconhecimento da origem do petróleo ou o interesse comercial na área de
“biocombustíveis”. As desvantagens de tais combustíveis já são bastante conhecidas,
entretanto o principal problema consiste em não poder substituir as quantidades
7. sempre crescentes do consumo mundial de petróleo (86 milhões de bpd, em 2011).
Mesmo para o pequeno consumo do Brasil (em 2011, ao redor de 2,5 milhões de bpd),
os “biocombustíveis” não constituem solução.
A ideia importante que tiramos do que foi exposto acima é que o petróleo é resultado
de um processo geológico que se realiza desde a existência do primeiro lixo orgânico
na Terra, por isso é tão antigo quanto ela e se renova a todos os momentos por ser,
de fato, a energia do Sol captada pela fotossíntese.
Todo esse lixo orgânico tem como destino final uma bacia de sedimentação, onde será
transformado no petróleo do futuro.
Não há energia alternativa em quantidade e com as qualidades do petróleo!