SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 32
Era uma vez uma flor.
Tanta flor que pode ter uma história, era uma vez… seja na
Primavera seja no próprio Inverno.
Mas esta flor era uma vez num canto escuro da terra sem sol
que lhe desse cor, sem um olhar que a tocasse, sem as mãos
do vento que a fizessem estremecer.
Vivia num canto escuro perto de uma lagoa de
sapos, entaipada. Nem o vento ou a vida a estremecia .
Era uma vez, mesmo uma vez toda a sua vida de sombra.
Na escuridão os sapos fitavam na flor os seus olhos
muito redondos e feios mas cheios de desejo de a
olhar, como se lhe dissessem deslumbrados:
-És pobre, prisioneira da sombra e és bela!
E a flor continuava escondida como um lençol de
trevas sepultada.
As        suas       raízes     agarravam-se      à
terra, frágeis, recebendo a humidade.
O caule tentava erguer-se na posição vertical, à
procura do sol que não chegava nunca.
E as pétalas, que não tinham nenhuma das cores do
arco-íris, porque o sol nunca as tocara – iam-se
abrindo, pálidas, devagarinho.
E, fora daquele canto da Natureza, a Primavera
já tinha rompido, aberto as cortinas de luz,
as jarras de chuva despejado a maravilha
transparente da água.
As árvores, com os troncos muito límpidos
pela chuva, muito castanhos a deixar romper
as folhas verdes e trémulas, quase sem
recorte, confundindo-se com a atmosfera clara.
E o sol, um dia, apareceu pela madrugada, mesmo sobre a
noite. Nasceu mais cedo do que nunca, nem sabíamos como
podia ter nascido assim quando a Terra se movia
exactamente como nos outros dias. E veio de madrugada
misturado com música tão mansa que as sombras se haviam
esquecido de tapar a flor – a flor escondida de pétalas sem
as cores do arco-íris, sem folhas verdes, de caule mal
erguido.
E os sapos abriram mais seus grandes olhos com o musgo da
solidão e o desejo de amar.
- És bela! És bela! – gritaram.
Os sapos mal amados, também mal
amados como a flor, os sapos que
trabalham na terra sem quererem nenhum
bem em troca.
-És bela! És bela! – repetiam.
E a flor tornou-se rubra de sol, franjada
com o amor que os sapos lhe diziam.
Rubra e trémula , o caule mais vertical, as
raízes agarradas mais à terra.
-Que nos dizes, flor? -Perguntaram os sapos
-O que vos digo? – e a flor, vermelha, percebeu que para
além de poder ter cor, também podia falar, ter voz.
- Que nos dizes, flor? – perguntaram os sapos.
-O que vos digo? – e flor vermelha, de folhas verdes e caule
erguido, raízes agarradas á terra, respondeu:
-O que vos digo? Sou vossa amiga, tanto!
Acompanharam-me quando eu tinha fome de sol, com o
vosso olhar tão bom, tão fraterno. Ajudaram-me a não
morrer!
Os sapos sorriram – que os sapos sabem sorrir.
E disseram-lhe:
-Obrigados também. Tu foste a nossa
esperança. Vivíamos aqui sós com o sangue da
noite na nossa pele e com o verde dos limos
nas águas paradas.
E a flor sorriu abrindo o vermelho
nítido das pétalas, o verde nítido nas
folhas - que as flores também podem
sorrir.
E então, viu-se uma criança que, caminhava pela
madrugada. Sobre a terra que o sol ia tocando. Vinha
descalça com a música dos passos mansos dos pés
descalços.
E olhou a flor.
-É tão linda! Vou leva-la a minha mãe!
A flor vermelha, desde que tivera a cor que o sol lhe havia
dado, começara breve a vida, a sua verdadeira vida ligada à
terra.
E em vida sorriu. Vida breve de flor que em breve iria
morrer.
Mas continuaria.
A amizade dos sapos, a mão do menino que a queria levar à
mãe - tudo era muito.
Os próprios sapos lhe disseram:
- Vai … Depois nos encontraremos…
Seremos homens ou cavalos alados…
Ela, apesar de tudo, vivera porque esperara – tanto! – o sol,
com o amor irmão dos sapos.
E se deixara cortar para viva continuar.
Pela mão de uma criança, filha dos homens, separou-se da
terra, partiu.
A mãe recebeu a flor da mão do filho e sorriu:
- Sabes que esta flor tem milhões de irmãos? –
perguntou-lhe.
Ela vivia tão só, no charco dos sapos… -
observou a criança.
- Onde estão eles, os irmãos?
- Vem ver…
E a mãe deu-lhe a mão direita muito suave e segura
enquanto a esquerda prendia a flor. E ambos caminhavam
pelas ruas. Na rua havia flores vermelhas por toda a parte.
No peito das mulheres, dos homens, nos olhos das
crianças, nos canos silenciosos das espingardas. Não era
uma guerra, nem uma festa. Era um mundo de coração
aberto.
O menino, espantado, olhava tudo e todos, e sua mãe.
O menino que fugira pela madrugada diferente para
encontrar a flor solitária. E viu que a mãe chorava. De
alegria. E com a sua mão de seda pura limpou-lhe as
lágrimas transparentes. Ambos haviam entendido a alegria
única das flores cortadas. No peito de toda a gente.
E continuaram a caminhar pelas ruas húmidas de alegria.
Rios livres a correrem para o mar.
Numa esquina encontraram o pai, com
uma flor ao peito. Abraçaram-se os
três, sorrindo. Como se abraçassem o
mundo inteiro. E continuaram a caminhar.
25 de abril história de uma flor1
25 de abril história de uma flor1
25 de abril história de uma flor1

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

O boneco-de-neve-que-queria-ir-para-a-escola
O boneco-de-neve-que-queria-ir-para-a-escolaO boneco-de-neve-que-queria-ir-para-a-escola
O boneco-de-neve-que-queria-ir-para-a-escolaMaria Ferreira
 
A Bruxa Mimi
A Bruxa MimiA Bruxa Mimi
A Bruxa MimiJATG
 
Historia ouriço mal_ penteado
Historia ouriço mal_ penteadoHistoria ouriço mal_ penteado
Historia ouriço mal_ penteadoNatalia Pina
 
A castanha lili-
A castanha lili-A castanha lili-
A castanha lili-labeques
 
poemas da mentira e da verdade - Luisa Ducla Soares
poemas da mentira e da verdade - Luisa Ducla Soarespoemas da mentira e da verdade - Luisa Ducla Soares
poemas da mentira e da verdade - Luisa Ducla Soaressubel
 
Um sonho de neve
Um sonho de neveUm sonho de neve
Um sonho de nevelenatubal
 
NinguéM Dá Prendas Ao Pai Natal
NinguéM Dá Prendas Ao Pai NatalNinguéM Dá Prendas Ao Pai Natal
NinguéM Dá Prendas Ao Pai Nataldaliatrigo
 
A pequena-folha-amarela[1]
A pequena-folha-amarela[1]A pequena-folha-amarela[1]
A pequena-folha-amarela[1]teresa_ramos
 
O ciclo do mel
O ciclo do melO ciclo do mel
O ciclo do melIsa Crowe
 
Corre, corre, cabacinha de alice vieira texto integral
Corre, corre, cabacinha de alice vieira   texto integralCorre, corre, cabacinha de alice vieira   texto integral
Corre, corre, cabacinha de alice vieira texto integralBibliotecadaEscoladaPonte
 
O ciclo do leite
O ciclo do leiteO ciclo do leite
O ciclo do leiteIsa Crowe
 
Mais Lengalengas
Mais LengalengasMais Lengalengas
Mais LengalengasLuis Rolhas
 
O H perdeu uma perna
O H perdeu uma pernaO H perdeu uma perna
O H perdeu uma pernaCarla Paias
 
A galinha medrosa de antonio mota
A galinha medrosa de antonio motaA galinha medrosa de antonio mota
A galinha medrosa de antonio motaColégio Colibri
 

Was ist angesagt? (20)

O boneco-de-neve-que-queria-ir-para-a-escola
O boneco-de-neve-que-queria-ir-para-a-escolaO boneco-de-neve-que-queria-ir-para-a-escola
O boneco-de-neve-que-queria-ir-para-a-escola
 
A Bruxa Mimi
A Bruxa MimiA Bruxa Mimi
A Bruxa Mimi
 
Um bocadinho de inverno
Um bocadinho de invernoUm bocadinho de inverno
Um bocadinho de inverno
 
Historia ouriço mal_ penteado
Historia ouriço mal_ penteadoHistoria ouriço mal_ penteado
Historia ouriço mal_ penteado
 
A maior-flor-do-mundo
A maior-flor-do-mundoA maior-flor-do-mundo
A maior-flor-do-mundo
 
A castanha lili-
A castanha lili-A castanha lili-
A castanha lili-
 
poemas da mentira e da verdade - Luisa Ducla Soares
poemas da mentira e da verdade - Luisa Ducla Soarespoemas da mentira e da verdade - Luisa Ducla Soares
poemas da mentira e da verdade - Luisa Ducla Soares
 
Um sonho de neve
Um sonho de neveUm sonho de neve
Um sonho de neve
 
NinguéM Dá Prendas Ao Pai Natal
NinguéM Dá Prendas Ao Pai NatalNinguéM Dá Prendas Ao Pai Natal
NinguéM Dá Prendas Ao Pai Natal
 
A pequena-folha-amarela[1]
A pequena-folha-amarela[1]A pequena-folha-amarela[1]
A pequena-folha-amarela[1]
 
O ciclo do mel
O ciclo do melO ciclo do mel
O ciclo do mel
 
História com recadinho txt
História com recadinho txtHistória com recadinho txt
História com recadinho txt
 
Magusto atividades
Magusto   atividadesMagusto   atividades
Magusto atividades
 
Corre, corre, cabacinha de alice vieira texto integral
Corre, corre, cabacinha de alice vieira   texto integralCorre, corre, cabacinha de alice vieira   texto integral
Corre, corre, cabacinha de alice vieira texto integral
 
O ciclo do leite
O ciclo do leiteO ciclo do leite
O ciclo do leite
 
Corre cabacinha
Corre cabacinhaCorre cabacinha
Corre cabacinha
 
Mais Lengalengas
Mais LengalengasMais Lengalengas
Mais Lengalengas
 
O primeiro dia de escola antónio mota 2011
O primeiro dia de escola   antónio mota 2011O primeiro dia de escola   antónio mota 2011
O primeiro dia de escola antónio mota 2011
 
O H perdeu uma perna
O H perdeu uma pernaO H perdeu uma perna
O H perdeu uma perna
 
A galinha medrosa de antonio mota
A galinha medrosa de antonio motaA galinha medrosa de antonio mota
A galinha medrosa de antonio mota
 

Andere mochten auch

O tesouro---manuel-antónio-pina
O tesouro---manuel-antónio-pinaO tesouro---manuel-antónio-pina
O tesouro---manuel-antónio-pinaIsabelPereira2010
 
Era uma vez 25 de abril!
Era uma vez 25 de abril!Era uma vez 25 de abril!
Era uma vez 25 de abril!Susana Cardoso
 
O 25 de abril, a liberdade e os livros
O 25 de abril, a liberdade e os livrosO 25 de abril, a liberdade e os livros
O 25 de abril, a liberdade e os livrosfrancisco abreu
 
Alice Vieira - Vinte Cinco a Sete Vozes
 Alice Vieira - Vinte Cinco a Sete Vozes Alice Vieira - Vinte Cinco a Sete Vozes
Alice Vieira - Vinte Cinco a Sete VozesMariana Moura
 
25 de Abril-história
25 de Abril-história25 de Abril-história
25 de Abril-históriaDiana Saraiva
 
Tesouro. história 25 abril
Tesouro. história 25 abrilTesouro. história 25 abril
Tesouro. história 25 abrilAna Paiva
 
Resumo do conto o tesouro
Resumo do conto o tesouroResumo do conto o tesouro
Resumo do conto o tesouroProfmaria
 

Andere mochten auch (11)

O tesouro---manuel-antónio-pina
O tesouro---manuel-antónio-pinaO tesouro---manuel-antónio-pina
O tesouro---manuel-antónio-pina
 
O tesouro liberdade
O tesouro  liberdadeO tesouro  liberdade
O tesouro liberdade
 
Era uma vez 25 de abril!
Era uma vez 25 de abril!Era uma vez 25 de abril!
Era uma vez 25 de abril!
 
O 25 de abril, a liberdade e os livros
O 25 de abril, a liberdade e os livrosO 25 de abril, a liberdade e os livros
O 25 de abril, a liberdade e os livros
 
O Tesouro
O  TesouroO  Tesouro
O Tesouro
 
Alice Vieira - Vinte Cinco a Sete Vozes
 Alice Vieira - Vinte Cinco a Sete Vozes Alice Vieira - Vinte Cinco a Sete Vozes
Alice Vieira - Vinte Cinco a Sete Vozes
 
25 de Abril-história
25 de Abril-história25 de Abril-história
25 de Abril-história
 
Tesouro. história 25 abril
Tesouro. história 25 abrilTesouro. história 25 abril
Tesouro. história 25 abril
 
Resumo do conto o tesouro
Resumo do conto o tesouroResumo do conto o tesouro
Resumo do conto o tesouro
 
25 de Abril O tesouro e ficha de trabalho
25 de Abril O tesouro e ficha de trabalho25 de Abril O tesouro e ficha de trabalho
25 de Abril O tesouro e ficha de trabalho
 
Trabalho 25 de abril 2
Trabalho 25 de abril   2 Trabalho 25 de abril   2
Trabalho 25 de abril 2
 

Ähnlich wie 25 de abril história de uma flor1

Poemas so século xx
Poemas so século xxPoemas so século xx
Poemas so século xxtildocas
 
VERSOS NA REDE. No.1 NOV/DEZ 2018
VERSOS NA REDE. No.1 NOV/DEZ 2018VERSOS NA REDE. No.1 NOV/DEZ 2018
VERSOS NA REDE. No.1 NOV/DEZ 2018Sérgio Pitaki
 
Cetrans Primavera 2013 - Poema coletivo
Cetrans Primavera 2013 - Poema coletivoCetrans Primavera 2013 - Poema coletivo
Cetrans Primavera 2013 - Poema coletivoVera Laporta
 
Recriação do conto de José Saramago
Recriação do conto de José SaramagoRecriação do conto de José Saramago
Recriação do conto de José SaramagoLurdes Augusto
 
Primavera - Cecília Meireles
Primavera - Cecília MeirelesPrimavera - Cecília Meireles
Primavera - Cecília MeirelesMima Badan
 
A fita vermelha
A fita vermelhaA fita vermelha
A fita vermelhaAna Moura
 
Biblioteca Global - Ponte entre Culturas
Biblioteca Global - Ponte entre CulturasBiblioteca Global - Ponte entre Culturas
Biblioteca Global - Ponte entre CulturasBesaf Biblioteca
 
Cesario verde
Cesario verdeCesario verde
Cesario verdemilitas2
 
O Rouxinol E A Rosa
O Rouxinol E A RosaO Rouxinol E A Rosa
O Rouxinol E A Rosamariahbrasil
 
O Rouxinolea Rosa
O Rouxinolea RosaO Rouxinolea Rosa
O Rouxinolea RosaRudimar
 
O Rouxinolea Rosa
O Rouxinolea RosaO Rouxinolea Rosa
O Rouxinolea RosaRudimar
 
O Rouxinol E A Rosa
O Rouxinol E A RosaO Rouxinol E A Rosa
O Rouxinol E A Rosamariahbrasil
 
O Rouxinolea Rosa
O Rouxinolea RosaO Rouxinolea Rosa
O Rouxinolea RosaRudimar
 
Monsaraz Alentejo
Monsaraz AlentejoMonsaraz Alentejo
Monsaraz AlentejoBiaEsteves
 

Ähnlich wie 25 de abril história de uma flor1 (20)

Poemas sobre árvores e as florestas
Poemas sobre árvores e as florestas Poemas sobre árvores e as florestas
Poemas sobre árvores e as florestas
 
Poemas so século xx
Poemas so século xxPoemas so século xx
Poemas so século xx
 
VERSOS NA REDE. No.1 NOV/DEZ 2018
VERSOS NA REDE. No.1 NOV/DEZ 2018VERSOS NA REDE. No.1 NOV/DEZ 2018
VERSOS NA REDE. No.1 NOV/DEZ 2018
 
Cetrans Primavera 2013 - Poema coletivo
Cetrans Primavera 2013 - Poema coletivoCetrans Primavera 2013 - Poema coletivo
Cetrans Primavera 2013 - Poema coletivo
 
Recriação do conto de José Saramago
Recriação do conto de José SaramagoRecriação do conto de José Saramago
Recriação do conto de José Saramago
 
Primavera - Cecília Meireles
Primavera - Cecília MeirelesPrimavera - Cecília Meireles
Primavera - Cecília Meireles
 
Espanta pardais
Espanta pardaisEspanta pardais
Espanta pardais
 
Sessão leitura poética 2014
Sessão leitura poética 2014Sessão leitura poética 2014
Sessão leitura poética 2014
 
A fita vermelha
A fita vermelhaA fita vermelha
A fita vermelha
 
O Mundo às Cores
O Mundo às CoresO Mundo às Cores
O Mundo às Cores
 
Biblioteca Global - Ponte entre Culturas
Biblioteca Global - Ponte entre CulturasBiblioteca Global - Ponte entre Culturas
Biblioteca Global - Ponte entre Culturas
 
Cesario verde
Cesario verdeCesario verde
Cesario verde
 
O jardim encantado
O jardim encantadoO jardim encantado
O jardim encantado
 
Monsaraz
MonsarazMonsaraz
Monsaraz
 
O Rouxinol E A Rosa
O Rouxinol E A RosaO Rouxinol E A Rosa
O Rouxinol E A Rosa
 
O Rouxinolea Rosa
O Rouxinolea RosaO Rouxinolea Rosa
O Rouxinolea Rosa
 
O Rouxinolea Rosa
O Rouxinolea RosaO Rouxinolea Rosa
O Rouxinolea Rosa
 
O Rouxinol E A Rosa
O Rouxinol E A RosaO Rouxinol E A Rosa
O Rouxinol E A Rosa
 
O Rouxinolea Rosa
O Rouxinolea RosaO Rouxinolea Rosa
O Rouxinolea Rosa
 
Monsaraz Alentejo
Monsaraz AlentejoMonsaraz Alentejo
Monsaraz Alentejo
 

Mehr von PeroVaz

Pf port91-ch2-2012-cc
Pf port91-ch2-2012-ccPf port91-ch2-2012-cc
Pf port91-ch2-2012-ccPeroVaz
 
Pf port91-ch2-2012
Pf port91-ch2-2012Pf port91-ch2-2012
Pf port91-ch2-2012PeroVaz
 
Pf port91-ch1-2012-cc
Pf port91-ch1-2012-ccPf port91-ch1-2012-cc
Pf port91-ch1-2012-ccPeroVaz
 
Pf port91-ch1-2012
Pf port91-ch1-2012Pf port91-ch1-2012
Pf port91-ch1-2012PeroVaz
 
Pf port91 ch2_2013_cc (1)
Pf port91 ch2_2013_cc (1)Pf port91 ch2_2013_cc (1)
Pf port91 ch2_2013_cc (1)PeroVaz
 
Pf port91 ch2_2013
Pf port91 ch2_2013Pf port91 ch2_2013
Pf port91 ch2_2013PeroVaz
 
Pf port91 ch1_2013_cc
Pf port91 ch1_2013_ccPf port91 ch1_2013_cc
Pf port91 ch1_2013_ccPeroVaz
 
Pf port91 ch1_2013
Pf port91 ch1_2013Pf port91 ch1_2013
Pf port91 ch1_2013PeroVaz
 
Pf port91-ch2-2014-cc
Pf port91-ch2-2014-ccPf port91-ch2-2014-cc
Pf port91-ch2-2014-ccPeroVaz
 
Pf port91-ch2-2014
Pf port91-ch2-2014Pf port91-ch2-2014
Pf port91-ch2-2014PeroVaz
 
Pf port91-ch1-2014-cc
Pf port91-ch1-2014-ccPf port91-ch1-2014-cc
Pf port91-ch1-2014-ccPeroVaz
 
Pf port91-ch1-2014
Pf port91-ch1-2014Pf port91-ch1-2014
Pf port91-ch1-2014PeroVaz
 
Pf port91-f2-2015-cc
Pf port91-f2-2015-ccPf port91-f2-2015-cc
Pf port91-f2-2015-ccPeroVaz
 
Pf port91-f2-2015
Pf port91-f2-2015Pf port91-f2-2015
Pf port91-f2-2015PeroVaz
 
Pf port91-f1-2015-cc
Pf port91-f1-2015-ccPf port91-f1-2015-cc
Pf port91-f1-2015-ccPeroVaz
 
Pf port91-f1-2015
Pf port91-f1-2015Pf port91-f1-2015
Pf port91-f1-2015PeroVaz
 
229656983 preparacao-para-prova-final-de-portugues-9º-ano-3º-ciclo
229656983 preparacao-para-prova-final-de-portugues-9º-ano-3º-ciclo229656983 preparacao-para-prova-final-de-portugues-9º-ano-3º-ciclo
229656983 preparacao-para-prova-final-de-portugues-9º-ano-3º-cicloPeroVaz
 
Folheto (alunos e enc. educ.
Folheto (alunos e enc. educ.Folheto (alunos e enc. educ.
Folheto (alunos e enc. educ.PeroVaz
 
Cartaz bullying
Cartaz   bullyingCartaz   bullying
Cartaz bullyingPeroVaz
 
Miguel ciganos
Miguel ciganosMiguel ciganos
Miguel ciganosPeroVaz
 

Mehr von PeroVaz (20)

Pf port91-ch2-2012-cc
Pf port91-ch2-2012-ccPf port91-ch2-2012-cc
Pf port91-ch2-2012-cc
 
Pf port91-ch2-2012
Pf port91-ch2-2012Pf port91-ch2-2012
Pf port91-ch2-2012
 
Pf port91-ch1-2012-cc
Pf port91-ch1-2012-ccPf port91-ch1-2012-cc
Pf port91-ch1-2012-cc
 
Pf port91-ch1-2012
Pf port91-ch1-2012Pf port91-ch1-2012
Pf port91-ch1-2012
 
Pf port91 ch2_2013_cc (1)
Pf port91 ch2_2013_cc (1)Pf port91 ch2_2013_cc (1)
Pf port91 ch2_2013_cc (1)
 
Pf port91 ch2_2013
Pf port91 ch2_2013Pf port91 ch2_2013
Pf port91 ch2_2013
 
Pf port91 ch1_2013_cc
Pf port91 ch1_2013_ccPf port91 ch1_2013_cc
Pf port91 ch1_2013_cc
 
Pf port91 ch1_2013
Pf port91 ch1_2013Pf port91 ch1_2013
Pf port91 ch1_2013
 
Pf port91-ch2-2014-cc
Pf port91-ch2-2014-ccPf port91-ch2-2014-cc
Pf port91-ch2-2014-cc
 
Pf port91-ch2-2014
Pf port91-ch2-2014Pf port91-ch2-2014
Pf port91-ch2-2014
 
Pf port91-ch1-2014-cc
Pf port91-ch1-2014-ccPf port91-ch1-2014-cc
Pf port91-ch1-2014-cc
 
Pf port91-ch1-2014
Pf port91-ch1-2014Pf port91-ch1-2014
Pf port91-ch1-2014
 
Pf port91-f2-2015-cc
Pf port91-f2-2015-ccPf port91-f2-2015-cc
Pf port91-f2-2015-cc
 
Pf port91-f2-2015
Pf port91-f2-2015Pf port91-f2-2015
Pf port91-f2-2015
 
Pf port91-f1-2015-cc
Pf port91-f1-2015-ccPf port91-f1-2015-cc
Pf port91-f1-2015-cc
 
Pf port91-f1-2015
Pf port91-f1-2015Pf port91-f1-2015
Pf port91-f1-2015
 
229656983 preparacao-para-prova-final-de-portugues-9º-ano-3º-ciclo
229656983 preparacao-para-prova-final-de-portugues-9º-ano-3º-ciclo229656983 preparacao-para-prova-final-de-portugues-9º-ano-3º-ciclo
229656983 preparacao-para-prova-final-de-portugues-9º-ano-3º-ciclo
 
Folheto (alunos e enc. educ.
Folheto (alunos e enc. educ.Folheto (alunos e enc. educ.
Folheto (alunos e enc. educ.
 
Cartaz bullying
Cartaz   bullyingCartaz   bullying
Cartaz bullying
 
Miguel ciganos
Miguel ciganosMiguel ciganos
Miguel ciganos
 

Kürzlich hochgeladen

LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLidianePaulaValezi
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...marcelafinkler
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxJustinoTeixeira1
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAHELENO FAVACHO
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxAntonioVieira539017
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAssuser2ad38b
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...DirceuNascimento5
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.denisecompasso2
 
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxGÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxMARIADEFATIMASILVADE
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeitotatianehilda
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...andreiavys
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxMarcosLemes28
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmicolourivalcaburite
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptxJssicaCassiano2
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...Francisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 

Kürzlich hochgeladen (20)

LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxGÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 

25 de abril história de uma flor1

  • 1.
  • 2.
  • 3. Era uma vez uma flor. Tanta flor que pode ter uma história, era uma vez… seja na Primavera seja no próprio Inverno. Mas esta flor era uma vez num canto escuro da terra sem sol que lhe desse cor, sem um olhar que a tocasse, sem as mãos do vento que a fizessem estremecer. Vivia num canto escuro perto de uma lagoa de sapos, entaipada. Nem o vento ou a vida a estremecia . Era uma vez, mesmo uma vez toda a sua vida de sombra.
  • 4.
  • 5. Na escuridão os sapos fitavam na flor os seus olhos muito redondos e feios mas cheios de desejo de a olhar, como se lhe dissessem deslumbrados: -És pobre, prisioneira da sombra e és bela! E a flor continuava escondida como um lençol de trevas sepultada. As suas raízes agarravam-se à terra, frágeis, recebendo a humidade. O caule tentava erguer-se na posição vertical, à procura do sol que não chegava nunca. E as pétalas, que não tinham nenhuma das cores do arco-íris, porque o sol nunca as tocara – iam-se abrindo, pálidas, devagarinho.
  • 6.
  • 7. E, fora daquele canto da Natureza, a Primavera já tinha rompido, aberto as cortinas de luz, as jarras de chuva despejado a maravilha transparente da água. As árvores, com os troncos muito límpidos pela chuva, muito castanhos a deixar romper as folhas verdes e trémulas, quase sem recorte, confundindo-se com a atmosfera clara.
  • 8.
  • 9. E o sol, um dia, apareceu pela madrugada, mesmo sobre a noite. Nasceu mais cedo do que nunca, nem sabíamos como podia ter nascido assim quando a Terra se movia exactamente como nos outros dias. E veio de madrugada misturado com música tão mansa que as sombras se haviam esquecido de tapar a flor – a flor escondida de pétalas sem as cores do arco-íris, sem folhas verdes, de caule mal erguido. E os sapos abriram mais seus grandes olhos com o musgo da solidão e o desejo de amar. - És bela! És bela! – gritaram.
  • 10.
  • 11. Os sapos mal amados, também mal amados como a flor, os sapos que trabalham na terra sem quererem nenhum bem em troca. -És bela! És bela! – repetiam. E a flor tornou-se rubra de sol, franjada com o amor que os sapos lhe diziam. Rubra e trémula , o caule mais vertical, as raízes agarradas mais à terra.
  • 12.
  • 13. -Que nos dizes, flor? -Perguntaram os sapos -O que vos digo? – e a flor, vermelha, percebeu que para além de poder ter cor, também podia falar, ter voz. - Que nos dizes, flor? – perguntaram os sapos. -O que vos digo? – e flor vermelha, de folhas verdes e caule erguido, raízes agarradas á terra, respondeu: -O que vos digo? Sou vossa amiga, tanto! Acompanharam-me quando eu tinha fome de sol, com o vosso olhar tão bom, tão fraterno. Ajudaram-me a não morrer!
  • 14.
  • 15. Os sapos sorriram – que os sapos sabem sorrir. E disseram-lhe: -Obrigados também. Tu foste a nossa esperança. Vivíamos aqui sós com o sangue da noite na nossa pele e com o verde dos limos nas águas paradas.
  • 16.
  • 17. E a flor sorriu abrindo o vermelho nítido das pétalas, o verde nítido nas folhas - que as flores também podem sorrir.
  • 18.
  • 19. E então, viu-se uma criança que, caminhava pela madrugada. Sobre a terra que o sol ia tocando. Vinha descalça com a música dos passos mansos dos pés descalços. E olhou a flor. -É tão linda! Vou leva-la a minha mãe! A flor vermelha, desde que tivera a cor que o sol lhe havia dado, começara breve a vida, a sua verdadeira vida ligada à terra. E em vida sorriu. Vida breve de flor que em breve iria morrer. Mas continuaria.
  • 20.
  • 21. A amizade dos sapos, a mão do menino que a queria levar à mãe - tudo era muito. Os próprios sapos lhe disseram: - Vai … Depois nos encontraremos… Seremos homens ou cavalos alados… Ela, apesar de tudo, vivera porque esperara – tanto! – o sol, com o amor irmão dos sapos. E se deixara cortar para viva continuar. Pela mão de uma criança, filha dos homens, separou-se da terra, partiu.
  • 22.
  • 23. A mãe recebeu a flor da mão do filho e sorriu: - Sabes que esta flor tem milhões de irmãos? – perguntou-lhe. Ela vivia tão só, no charco dos sapos… - observou a criança. - Onde estão eles, os irmãos? - Vem ver…
  • 24.
  • 25. E a mãe deu-lhe a mão direita muito suave e segura enquanto a esquerda prendia a flor. E ambos caminhavam pelas ruas. Na rua havia flores vermelhas por toda a parte. No peito das mulheres, dos homens, nos olhos das crianças, nos canos silenciosos das espingardas. Não era uma guerra, nem uma festa. Era um mundo de coração aberto.
  • 26.
  • 27. O menino, espantado, olhava tudo e todos, e sua mãe. O menino que fugira pela madrugada diferente para encontrar a flor solitária. E viu que a mãe chorava. De alegria. E com a sua mão de seda pura limpou-lhe as lágrimas transparentes. Ambos haviam entendido a alegria única das flores cortadas. No peito de toda a gente. E continuaram a caminhar pelas ruas húmidas de alegria. Rios livres a correrem para o mar.
  • 28.
  • 29. Numa esquina encontraram o pai, com uma flor ao peito. Abraçaram-se os três, sorrindo. Como se abraçassem o mundo inteiro. E continuaram a caminhar.