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MUNDO NÁUTICO MAQUETES: O CONSTRUTOR DE PEQUENAS JOIAS 
R$ 15,90  Ano 08  nº 38  2013  www.perfilnautico.com.br 
PESCA ESPORTIVA 
HOBBY, LAZER 
OU ESPORTE UM BOM BARCO, E BEM EQUIPADO, 
PODE FAZER TODA A DIFERENÇA 
PERFIL EVOLVE 
A REVOLUÇÃO DE UMA MARCA 
MANUTENÇÃO 
GUARDAR O BARCO REQUER 
CUIDADOS ESPECIAIS 
E MAIS, NA SEÇÃO PERFIL, NOVIDADES E BARCOS CONSAGRADOS: 
VALENT 210 BAYLINER 350 SE PORTOFINO FLY 35 AZIMUT 70
DO MAIOR ESTALEIRO DA AMÉRICA LATINA, 
OS MAIORES LANÇAMENTOS DE 2013 
Representante exclusivo Ferrettigroup Brasil. 
Shopping Cidade Jardim - 3º piso 
Avenida Magalhães de Castro, 12.000 
São Paulo - SP - Tel: (11) 3552-4000 
toolsandtoys.com.br - ferrettibrasil.com.br 
870 A EXCLUSIVIDADE DO MAIOR 
BARCO DE FIBRA PRODUZIDO 
EM SÉRIE NA AMÉRICA LATINA 
800 TODO O CONFORTO DE UM 
PROJETO ÚNICO COM LAYOUT 
EXCLUSIVO NO BRASIL
720 
PERFEITO PARA QUEM 
APRECIA UM DESIGN 
AGRESSIVO E INOVADOR 
/ferrettigroupbrasil /ferrettibrasil
EDITORIAL 
REUNIÃO, UNIÃO E 
HISTÓRIAS NA ÁGUA 
S 
aímos para uma boa pescaria enquanto preparávamos a edição 
38 da Perfil Náutico. Verão, férias e calor chamam para a água, 
e nada mais agradável que reunir a família e os amigos no 
barco para um bom dia de pesca. A atividade é uma das mais 
antigas da humanidade, representa sustento e sobrevivência 
para alguns, hobby e lazer para outros, e é também uma 
prática esportiva com direito a competições acirradas, nas 
quais o peixe, depois de capturado, é devolvido para a vida. Um bom e 
bem equipado barco pode fazer grande diferença num dia de pescaria. 
Apresentamos alguns modelos disponíveis no Brasil e no exterior, com os 
recursos necessários para você não deixar o peixe escapar. 
Nas próximas páginas trazemos, como de costume, os barcos da seção 
Perfil. Lançamentos, histórias, novidades e barcos consagrados são 
apresentados. Nesta edição: Valent 210, Bayliner 350 SE, Portofino 35 
Fly, Azimut 70 e o Estaleiro Ocean Life, que produz as lanchas Evolve. 
Como as possibilidades de atividades na água são enormes, não 
ficamos apenas na pescaria ou conhecendo barcos. Mergulhamos nas 
Bahamas, no buraco azul mais profundo do planeta e fomos tirar uns dias 
de descanso em Arraial d´Ajuda, no litoral da Bahia, um lugar cheio de 
encantos que reúne paz, tradição, cultura e baladas agitadas. 
Ainda no Nordeste, fomos conferir uma dessas baladas – o Lopana 
Phoenix Fest em Alagoas, com direito a catamarã elétrico, música e 
mais de 500 barcos. No Mundo Náutico fomos conhecer belas histórias 
de vida, como a da família Portela, que deu a volta ao mundo durante 
três anos a bordo do veleiro Bravo, e a do maquetista Carlos Eduardo 
Mariano, que nos revelou sua paixão por barcos, em tamanho real ou em 
formatos menores – verdadeiras joias. 
Depois do verão, muitos deixam seus barcos guardados, que serão 
utilizados novamente somente em alguns fins de semana ou feriados 
prolongados. A manutenção da embarcação é importante para que ela 
esteja pronta para o próximo passeio. Saiba como escolher a marina ideal 
para guardar o seu guerreiro. 
Notícias, esportes, estilo de vida, gastronomia, meio ambiente, dicas 
de livros, construção de barcos, decoração, equipamentos e acessórios 
náuticos também estão a seguir. S 
8 PERFILNÁUTICO 
Aldo Alfredo Malucelli 
Carlos Alberto Gomes 
José “Juca” Kolling 
Luiz Alfredo Malucelli 
EDITOR E JORNALISTA RESPONSÁVEL 
EDIÇÃO DE ARTE E PROJETO GRÁFICO 
REVISÃO 
aldo@grupocanal.com.br 
carlos@grupocanal.com.br 
jose.juca@grupocanal.com.br 
luiz@grupocanal.com.br 
Marcelo Fabiani (Buda) 
marcelo.buda@grupocanal.com.br 
DRT-PR/ 6633 
Eduardo Zuchowski 
João Batista Ribeiro 
COLABORAM NESTA EDIÇÃO 
Adriana Freitas Brandão, Angelo Sfair, Amanda Kasecker, 
Carolina Schrappe, Guilherme Aquino, Jorge Nasseh, 
Leonardo Suzuki, Luiz Alfredo Malucelli, Rafaella 
Malucelli, Thaís Zago 
IMPRESSÃO E ACABAMENTO 
Gráfica Coan 
DISTRIBUIÇÃO EXCLUSIVA 
FC Comercial Distribuidora Ltda. 
COMERCIAL 
José “Juca” Kolling 
comercial@perfilnautico.com.br 
(41) 3331 8300 
jose.juca@grupocanal.com.br 
(41) 8446 5341 
Rua Jorge Cury Brahim, 712, Pilarzinho, 
82.110-040, Curitiba – PR. 
Fone (41) 3331 8300 
Fax (41) 3331 8305 
Revista Perfil Náutico 
Rádio Mix Curitiba - 91,3 MHz 
91 Rock Web www.91rock.com.br 
Artigos assinados não representam 
necessariamente a opinião da revista. 
As imagens sem créditos foram 
fornecidas para divulgação. 
Revista Perfil Náutico, ano 8, n° 38, é uma publicação 
da Editora CANAL/mid, divisão de mídia 
do Grupo CANAL/com. Todos os direitos reservados. 
FALE COM A GENTE 
redacao@perfilnautico.com.br 
CANAL TÉCNICO 
Envie sua pergunta para 
canaltecnico@perfilnautico.com.br 
ASSINATURA 
assinatura@perfilnautico.com.br 
PERFIL NÁUTICO NA INTERNET 
www.perfilnautico.com.br 
Boa leitura 
MARCELO BUDA 
CONSELHO DIRETOR 
DEPTO. DE JORNALISMO 
CENTRAL DE PUBLICIDADE
10 PERFILNÁUTICO 
CAPA 
36 PESCA ESPORTIVA 
Seja por hobby, esporte ou lazer, 
uma atividade saudável que reúne 
a família e os amigos no barco 
PERFIL 
85 
93 
101 
109 
117 
VALENT 210 
Para quem busca uma 
embarcação pequena, mas que 
tenha grandes qualidades 
BAYLINER 350 SE 
No mar ou em água doce, uma 
lancha para a família e para a 
prática de esportes 
PORTOFINO FLY 35 
Inspirada no design de um carro 
esportivo, destaque também para 
o flybridge 
AZIMUT 70 
Para brasileiros de bom gosto: 
luxo em alto-mar com direito 
a quatro suítes 
OCEAN LIFE 
Conheça a história do estaleiro 
responsável pela evolução de uma 
marca: Evolve 
ÍNDICE 
CANAL 
12 
62 
78 
80 
MUNDO NÁUTICO 
20 
26 
32 
NESTA EDIÇÃO 
14 
72 
126 
128 
132 
140 
148 
150 
DO LEITOR 
NÁUTICO 
CONSTRUTOR 
DÉCOR 
VELEIRO BRAVO 
A volta ao mundo da família 
Portela 
MAQUETES 
O construtor de pequenas joias 
LOPANA PHOENIX FEST 
Um dia de festa em Alagoas 
NEWS 
Notícias fresquinhas 
do segmento náutico 
MANUTENÇÃO 
Escolha uma boa marina 
para guardar seu barco 
ESTILO 
Novidades com personalidade 
e bom gosto 
ESPORTES 
Competições na água 
esquentaram o início do ano 
MERGULHO 
Nas Bahamas, no buraco 
azul mais profundo do planeta 
TURISMO - ARRAIAL D´AJUDA 
Um lugar para curtir e 
descansar, e querer ficar 
CULTURA 
Dicas para uma boa leitura, 
em terra ou a bordo 
GOURMET 
Dourado com Finas Ervas
12 PERFILNÁUTICO Canal do Leitor 
Canal Esporte 
CAPA 
Nas minhas férias 
comprei a edição 
da revista e achei 
muito contagiante a 
matéria de capa. É 
quase um dicionário 
para os aventureiros 
de plantão. As 
dicas e precauções 
para cada esporte 
estavam muito 
bem apresentadas 
e inspiraram-me a 
ter a minha primeira 
experiência com o 
wakeboard. 
Alessandro Sussin 
Ao contrário de outras 
revistas de segmento, a 
Perfil Náutico tem um 
diferencial que eu admiro 
muito: a linguagem 
é acessível a todos os 
públicos e você não 
precisa ter um barco para 
comprá-la. Basta ser 
apaixonado pelo mar, pelo 
sol e pela vida. 
Victor Nunes da Luz 
FALE CONOSCO 
Adoro ler sobre as 
tendências do mundo 
náutico nas seções de 
decoração e estilo da 
revista. Sempre tem algum 
produto que me interessa e 
eu acabo comprando. 
Tatiane Steil 
Sou fissurada na decoração 
de barcos. Meus pais têm 
uma lancha de 28 pés 
e eu sou a responsável 
por investir nos itens 
decorativos para melhorar 
nossas acomodações. 
Fiquei fascinada com o 
design e o luxo da CS4. 
Ana Dainez 
Sempre que vou navegar, 
levo comigo exemplares 
da Perfil Náutico. Gosto 
de me informar sobre os 
lançamentos do mundo 
náutico e ler sobre os 
melhores equipamentos 
para a embarcação. 
Lucas Pazolini 
Fascinante a diversidade 
de modelos de barcos que 
estavam em exposição no 
Salão de Gênova. Fotos 
impressionantes que 
me fizeram viajar por 
instantes. S 
Bernardo Malonane 
Para falar com a Perfil Náutico, mande e-mail para: redacao@perfilnautico.com.br ou canaltecnico@perfilnautico.com.br. 
As mensagens devem ser enviadas à redação e à equipe técnica com identificação do autor, endereço e telefone. Em virtude do espaço 
disponível, os textos podem ser resumidos ou editados. A revista reserva-se o direito de publicar ou não as colaborações.
PERFORMANCE 
SOFISTICAÇÃO  
Viva as melhores emoções e desfrute do melhor desempenho. 
www.venturamarine.com 
betônico
Test drives serão realizados no Cabanga Iate Clube 
14 PERFILNÁUTICO 
CanaNl Esepowrtes 
ADVENTURE 
SPORTS FAIR 2013 
O maior evento de esportes 
e turismo de aventura 
da América do Sul, o 
Adventure Sports Fair, 
acontece de 1º a 5 de maio, 
no pavilhão da Bienal no 
Ibirapuera, em São Paulo. 
A 15ª edição deve reforçar 
a intenção de gerar novos 
negócios. Além de empresas 
de equipamentos, agora 
operadores de turismo, 
agência, hotéis e destinos 
ligados à aventura terão 
um espaço de reuniões 
para atender clientes em 
potencial. 
j 
Mais informações no site 
www.adventuresportsfair.com.br 
Ao todo, cerca de cem 
expositores nacionais e 
internacionais estarão 
reunidos no 1º Nordeste 
MotorShow, o salão 
internacional de veículos 
de duas e de quatro rodas, 
que será realizado no 
Centro de Convenções de 
Pernambuco, em Olinda, 
de 25 a 28 de abril. 
O setor náutico também 
terá seu espaço. Além de 
ocupar o pavilhão com 
os últimos lançamentos 
do setor, oferecerá aos 
visitantes a oportunidade 
de realizar test drives nos 
barcos que ficarão expostos 
no Cabanga Iate Clube. 
Com um crescimento 
médio de 80 embarcações 
por mês, segundo 
informações da Capitania 
dos Portos, Pernambuco 
é atualmente um dos 
estados promissores 
para o mercado náutico, 
também por conta de 
sua privilegiada posição 
geográfica e de sua 
extensão litorânea. 
A organização e 
a realização do 1º 
Nordeste MotorShow 
são da Reed Exhibitions 
Alcantara Machado, 
uma multinacional do 
segmento de feiras de 
negócios. 
1º NORDESTE 
MOTORSHOW 
Evento acontece no pavilhão da Bienal no Ibirapuera
Escolhido pela ISAF para os Jogos de 2016 
CATAMARÃ OLÍMPICO 
16 PERFILNÁUTICO 
CaNneawl Essporte 
A nova página na 
internet da Acatmar 
(Associação Catarinense 
de Marinas, Garagens 
Náuticas e Afins) já está 
no ar. O site é direcionado 
aos associados e aos 
empresários do mundo 
náutico. A plataforma 
está mais interativa e 
dinâmica, de acordo 
com os desenvolvedores. 
Todas as informações 
sobre a associação estão 
interligadas com o site e 
as redes sociais. j 
Acesse: www.acatmar.com.br 
A XSB Esportes fechou uma 
parceria com a empresa 
holandesa Nacra Sports 
and Funs Catamarans 
e agora é distribuidora 
exclusiva dos cataramãs 
da marca no Brasil. O 
Nacra 17, escolhido pela 
Federação Internacional 
de Vela (ISAF) para ser 
o novo barco olímpico a 
partir dos Jogos de 2016, 
no Rio de Janeiro, é o 
destaque que virá para o 
mercado nacional. Além 
do Nacra 17, a XSB também 
importará os catamarãs 
F16, F18 e Nacra 500 Fun. 
NOVO SITE 
DA ACATMAR 
SCHAEFER 800 
O estaleiro catarinense Schaefer 
Yachts acaba de realizar os 
primeiros testes de seu mais 
ousado projeto, o Schaefer 800. O 
superiate de 80 pés tem capacidade 
para 23 pessoas, incluindo a 
tripulação. Nas primeiras avaliações 
realizadas, o barco mostrou-se 
rápido, esportivo e equipado com 
o que há de mais moderno na 
tecnologia náutica.
VOLVO OCEAN RACE 2014-15: 
MAIS BRASILEIRA DO QUE NUNCA 
18 PERFILNÁUTICO 
CaNneawl Essporte 
Em 2014, o Brasil terá 
duas paradas ao longo do 
percurso da maior regata 
de volta ao mundo, a 12ª 
edição da Volvo Ocean 
Race. Itajaí (SC) será 
novamente cidade-sede 
e, dessa vez, dividirá as 
atenções com Recife (PE). 
A cidade catarinense 
será um ponto estratégico 
para a Volvo Ocean Race 
TECNOLOGIA 
QUE LEVA 
LONGE 
Paradas em Itajaí (SC) e Recife (PE) 
O blog de viagem 
Sundaycooks.com dá 
dicas de como se virar 
mundo afora utilizando as 
novidades em aplicativos, 
gadgets, sites, internet 
e muito mais. Aprenda 
como fazer ligações 
internacionais mais 
baratas, como planejar 
uma viagem com o Google 
Maps ou descubra que 
aplicativo ou gadget 
pode salvá-lo de uma 
enrascada em qualquer 
parte do mundo. Acesse 
sundaycooks.com e 
viaje o mundo com o seu 
smartphone! S 
CRUZEIRO COSTA SUL 2013 
A largada do Cruzeiro 
Costa Sul 2013 será no 
dia 2 de março no Rio 
de Janeiro com chegada 
prevista para 18 de março 
em Florianópolis. Em um 
cruzeiro em flotilha, veleiros 
de comandantes iniciantes, 
integrados aos profissionais, 
saem do Rio de Janeiro, 
passam por Ubatuba, 
Ilhabela, Santos, Canal do 
Varadouro, Paranaguá, São 
Francisco do Sul, Joinville, 
Itajaí e Jurerê. O programa 
é organizado pela ABVC 
(Associação Brasileira de 
Velejadores de Cruzeiro). 
2014-15 sendo a primeira 
parada depois da passagem 
pelo temido e desgastante 
Cabo Horn, no Oceano 
Antártico. “A perna que 
cruza o Oceano Antártico 
e contorna o Cabo Horn 
tradicionalmente termina 
no Brasil e na edição 
passada foi decisiva”, 
ressaltou o chefe de 
operações da Volvo Ocean 
Race, Tom Touber. 
A parada de Itajaí 
rendeu ao município 
o prêmio de melhor 
Stopover Sustentável da 
edição 2011-2012 da Volvo 
Ocean Race. Reuniu 290 
mil pessoas e cerca de 60 
mil assistiram às chegadas 
e partidas dos molhes e das 
praias de Itajaí. O evento 
representou um impacto 
financeiro de mais de R$ 
28 milhões para Santa 
Catarina, além de R$ 1 
milhão restante do Brasil, 
gerando um impacto 
positivo de mais de R$ 30 
milhões.
MUNDO NÁUTICO VELEIRO BRAVO 
VOLTA AO 
MUNDO EM 
FAMÍLIA 
REUNIR A FAMÍLIA PARA UMA BOA 
VELEJADA SEMPRE É UM ÓTIMO 
PROGRAMA. E SE ESTE PASSEIO DURAR 
TRÊS ANOS COM PASSAGEM POR 
MAIS DE 50 PAÍSES? FOI EXATAMENTE 
ESTE O ROTEIRO ESCOLHIDO PELA 
FAMÍLIA PORTELA POR ANGELO SFAIR 
bordo do veleiro Bravo, uma família 
curitibana: Ricardo e Claudia Portela, os 
três filhos do casal (Lygia, Giovanna e 
Ricardinho), além do Dudu – o cãozinho 
Yorkshire que acompanhou a família 
durante a viagem. “Desde que comecei 
a namorar o Ricardo, já sabia que um dia 
faríamos essa viagem, pois era um sonho 
dele”, conta Claudia. Velejador desde 
A 
os 16 anos, Ricardo já estava envolvido com a vela antes 
mesmo de conhecer a esposa. Quando os filhos vieram, 
todos partilhavam este estilo de vida. Logo começaram a 
planejar uma volta ao mundo. 
20 PERFILNÁUTICO 
j
PERFPILENRÁFUILTNICÁOU T2ICO1 21
A liberdade de estar junto à natureza 
22 PERFILNÁUTICO 
Casal Portela, Claudia e Ricardo 
PREPARAÇÃO 
Uma circum-navegação exige muito mais do que apenas 
vontade. A preparação foi intensa e teve o apoio de amigos 
e familiares. “Desde 1999 já realizávamos pequenas 
travessias para Florianópolis e Angra dos Reis com um 
Cal 9.2”, conta Ricardo. Para a volta ao mundo, a família 
optou por adquirir um catamarã de 44 pés: o veleiro 
Bravo, com o qual foi feita uma viagem experimental 
para Fernando de Noronha com toda a família, incluindo 
os pais de Claudia. A certeza de que o Bravo oferecia a 
segurança e o conforto necessários para uma circum 
-navegação encorajou a família Portela. 
A segurança era a principal preocupação do casal. 
“Como estávamos viajando com crianças, ela deveria estar 
sempre em primeiro lugar”, comenta Claudia. “Então 
combinamos que nunca arriscaríamos sair sem conferir a 
previsão do tempo ou navegar fora da área de segurança.” 
Com o barco testado e a rota estipulada, faltavam 
detalhes para que o Bravo iniciasse sua velejada pelos 
sete mares. Ricardo, engenheiro civil, deixou seu pai 
responsável pela empresa que administra. Com o auxílio 
da internet, continuaria acompanhando o trabalho, além 
de poder voltar periodicamente ao Brasil. 
ROTEIRO 
Após a viagem pelo nordeste brasileiro, o barco ficou no 
estaleiro por oito meses. Foi preparado para a circum 
-navegação e recebeu uma grande reforma para adaptar-se 
ao objetivo da família, que neste período aproveitou 
para estudar o roteiro. “Não há muito como variar na 
questão de roteiro; saída pelo litoral brasileiro rumo norte 
até o Caribe, onde tínhamos previamente definido passar 
a temporada de furacões nos Estados Unidos”, explica 
Ricardo. “Daí em diante era cruzar o Canal do Panamá e 
seguir rumo oeste.” 
Claudia, porém, diz que pouco restou do roteiro 
original. Mudanças ocorreram por várias vezes e pelas 
mais diversas razões. Os desejos e preferências dos 
tripulantes também influenciaram na programação e 
no tempo em que o Bravo permaneceria ancorado. O 
cronograma era a questão menos flexível: o combinado 
era que a viagem duraria no máximo quatro anos, quando 
Lygia, a filha mais velha casal, faria o vestibular. 
HORA DE ZARPAR 
O início não foi fácil, mas desistir nunca passou pela cabeça 
da família Portela. “Assim que saímos do Brasil, pegamos 
tempestades e ficamos cinco dias sentados no chão do 
barco”, conta Claudia. “Chegou a passar pela nossa cabeça 
que iria ser assim o tempo todo, mas jamais pensamos em 
voltar! Queríamos ir... queríamos viver essa aventura.” 
Ricardo explica que o desconforto inicial dura pouco e que 
a recompensa é a sensação de liberdade, de estar junto à 
MUNDO NÁUTICO VELEIRO BRAVO
PERFILNÁUTICO 23 
Passatempo a bordo e companhia do veleiro Phoenix 
NAS TRAVESSIAS A CONVIVÊNCIA 
ERA OBRIGATÓRIA E A ÚNICA 
OPÇÃO ERA APRENDER A 
RESPEITAR AS DIFERENÇAS 
natureza. O ponto alto de cada travessia eram as chegadas, 
que normalmente aconteciam em lugares paradisíacos. 
A convivência também fez crescer o respeito mútuo 
a bordo do Bravo. Giovanna, que iniciou esta volta ao 
mundo com apenas 13 anos, brinca: “Quando alguém 
nos desagrada, a tendência é o afastamento e isso gera 
problemas de relacionamento entre muitas famílias. Em 
um espaço limitado como um barco isso não era uma 
opção. Tínhamos que lidar com o problema ou pular da 
prancha. Principalmente nas travessias a convivência era 
obrigatória e a única opção era aprender a respeitar as 
diferenças de cada um.” 
PERIGO À VISTA! 
Uma viagem de volta ao mundo também oferece grandes 
riscos, que não se resumem aos imprevistos climáticos 
ou mares revoltos. Desde os anos 90, a pirataria é uma 
realidade na costa leste africana, principalmente na região 
conhecida como Chifre da África. A passagem pela região 
da Somália foi o maior perigo enfrentado. “Nós, mulheres, 
tivemos que nos esconder no interior do barco por 
duas vezes por causa da abordagem de piratas”, lembra 
j 
Com direito a uma boa pescaria
Claudia. “Apesar de termos feito uma rota mais segura 
– desviando da região da Somália (passaram colados ao 
Iêmen) –, mesmo assim tivemos que viajar pela noite, o 
mais rápido possível e com todas as luzes apagadas.” 
Para ter mais segurança, a tripulação tentou velejar em 
comboio, tática nem sempre possível, por diferença de 
velocidade, rotas e objetivos. O Bravo só teve a companhia 
do veleiro Phoenix, que esteve presente desde quando 
partiram da Tailândia. 
MELHORES LEMBRANÇAS 
Em uma viagem tão grande e com tantos destinos – ao 
todo a família visitou 56 países –, cada um tem uma 
recordação particular. No entanto, dois países são 
unanimidade para a família Portela quando se trata de 
lugares inesquecíveis: a Indonésia, pelos mergulhos e 
animais exóticos, e a Tailândia, que marcou pela cultura 
e pelas amizades que surgiram neste país. Claudia revela 
que a passagem pelo Sri Lanka também foi inesquecível 
e cativante por sua cultura e culinária exótica e 
proporcionou uma rica experiência para os Portelas. 
Giovanna apontou os países árabes entre as suas melhores 
recordações. “A diferença gritante de costumes, cores e 
sabores do Oriente acaba se tornando uma experiência 
inesquecível”, destaca. “Foi um choque de cultura, com 
novas coisas para ver, aprender e se surpreender em cada 
ancoragem.” 
A VOLTA E O LIVRO 
Como previsto antes da partida, o retorno ao Brasil 
aconteceu no período em que Lygia iria prestar o 
vestibular, e o foco das crianças estava nos estudos. 
Claudia preocupava-se em retomar a carreira na área de 
psicopedagogia. “Levei um ano para me reorganizar.” 
Ricardo relembra o momento da chegada em tom mais 
24 PERFILNÁUTICO 
do que saudosista. “É uma sensação maravilhosa por ter 
conseguido alcançar os objetivos da viagem. Cada vez que 
recordo essa aventura dá uma vontade de quero mais.” 
Para relembrar com detalhes desta rica experiência, 
um livro foi lançado. A intenção inicial não era publicá-lo, 
mas, com a insistência de familiares, amigos e até de 
editores, a história foi compartilhada com todos. Claudia 
foi quem transformou tudo em palavras: “Durante os três 
anos que viajamos, escrevi tudo em um diário, colei os 
panfletos que recebemos pelo caminho e fiz pesquisas nos 
guias e livros que tínhamos a bordo. Foi muito gratificante 
ver a aceitação que o livro teve depois do lançamento.” S 
Diferentes culturas e paisagens paradisíacas 
Comidas exóticas no cardápio 
SERVIÇO 
SITE: www.veleirobravo.com.br 
E-MAIL: claudia@veleiros.com.br 
MUNDO NÁUTICO VELEIRO BRAVO
MUNDO NÁUTICO MAQUETES 
O CONSTRUTOR 
DE PEQUENAS JOIAS 
ELE ALIOU A PAIXÃO COM A EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL E, 
COM AS MAQUETES, VEM ETERNIZANDO EMBARCAÇÕES PARA VÁRIOS 
ESTALEIROS NACIONAIS POR LEO SUZUKI 
26 PERFILNÁUTICO
udo começou há 19 anos, em Angra dos 
Reis, região oeste do Rio de Janeiro. O 
fascínio pelo mar e por barcos foi o que 
impulsionou Carlos Eduardo Mariano a 
começar sua carreira como maquetista. 
Há 20 anos, então com 27 anos de idade, 
Mariano, com formação técnica na 
área metalúrgica, já era considerado 
um ferramenteiro experiente. Hoje 
ele domina a arte das maquetes de embarcações. Seu 
início na profissão está relacionado com um mestre 
que lhe ensinou as primeiras técnicas para desenvolver 
as maquetes. Ele se chamava Laurent Aumonier, era 
arquiteto naval, morava num veleiro e viajava o mundo. 
“Com ele comecei a compreender de forma mais técnica 
a construção naval, pois a ideia sempre foi fazer um barco 
em tamanho real.” Um ano após Aumonier ter partido, 
Mariano criou o Atelier Naval Maquetes de Barcos, hoje 
situado na cidade de Rio Claro, São Paulo, onde mora. 
PERFILNÁUTICO 27 
T 
j 
Muita dedicação para se chegar a uma peça perfeita
MUNDO NÁUTICO MAQUETES 
Capricho nos detalhes do interior 
28 PERFILNÁUTICO 
OS CLIENTES DE MARIANO 
SÃO ESTALEIROS, ESCRITÓRIOS 
DE ARQUITETURA NAVAL E 
COLECIONADORES 
DISCIPLINA E COMPROMETIMENTO 
O trabalho minucioso e impecável é fruto de muito 
estudo, que o levou a compreender a arte das maquetes. 
Nesta época, ele conta que teve de aprender francês, 
pois todos os livros em que buscava subsídios estavam 
neste idioma. No entanto, o caminho que o levou à 
credibilidade que tem hoje perante o mercado foi longo 
e difícil. “De forma geral (o maquetista) é visto como 
aquela pessoa simples, sem cultura, e que faz barquinhos 
de madeira para lojinhas de artesanato”, comenta 
Mariano. “Encontrar público com nível cultural 
elevado e com condições financeiras para investir nesta 
atividade não foi fácil.” 
Um veleiro com dimensões exatas
PERFILNÁUTICO 29 
Muitos perguntam se ele é miniaturista e ele 
responde: “Sou um construtor de barcos pequenos.” 
Hoje Mariano está satisfeito com o trabalho e a 
respeitabilidade que adquiriu durante esses longos 
anos. Ele sempre almejou trabalhar para estaleiros, 
escritórios de arquitetura naval e com colecionadores. 
O maquetista já desenvolveu trabalhos para os estaleiros 
RioStar, Proboat, Aguz Marine, Colunna Yatchs, Locar 
Guindastes, Multivácuo, Catarina Yatchs, Zonda Boats, 
Intermarine, além de algumas empresas e indústrias. 
PRIMEIRO CONTRATO 
Em 2003 Mariano realizou o primeiro trabalho para o 
RioStar, localizado no Rio de Janeiro, para a confecção 
das maquetes dos modelos de 55 e de 120 pés, que 
atualmente estão em fase de produção. Na época os 
projetos das embarcações foram desenvolvidos pelo 
arquiteto naval Fernando de Almeida, que se tornou 
amigo de Mariano após a parceria. Na sequência, por 
indicação de Almeida, ele fez as maquetes dos catamarãs 
do estaleiro Proboat, de Angra dos Reis, que obtiveram 
grande repercussão em boat shows. 
Um trabalho que exige muita concentração 
Outros trabalhos de destaque em sua carreira foram 
para o Intermarine, de São Paulo. O estaleiro solicitou 
a reprodução de vários modelos de lanchas para 
apresentar no São Paulo Boat Show de 2010. “A lancha 
Inter 75 foi um desafio bem interessante. Ela mede 
2,75 metros de comprimento. Vários barcos reais 
possuem essa dimensão.” Para o Intermarine, ele 
também executou todas as peças de metal dos modelos 
de 55 e de 60 pés. A última maquete desenvolvida foi 
do modelo Intermarine 95, que mede 3,70 metros e foi 
apresentada no último São Paulo Boat Show, em 2012. 
Como seu sonho sempre foi construir uma 
embarcação em tamanho real; em 2009, ele o realizou. 
Com base no Panga 25, um barco com motor de popa 
e feito de compensado, Mariano e o engenheiro naval 
Alvaro Guidotti trabalharam no desenvolvimento de 
todo o processo de execução, incluindo montagem, 
laminação e acabamento do casco. 
EXPERIÊNCIA E DEDICAÇÃO 
Mariano sempre valorizou a precisão nas dimensões, 
formas e acabamento dos trabalhos. Foram mais de j
MUNDO NÁUTICO MAQUETES 
As peças são feitas com resina de poliuretano e os detalhes são cortados a laser 
70 maquetes construídas nesse tempo. Ele utiliza a 
plataforma gráfica CAD e o software Rhinoceros para o 
desenvolvimento dos modelos. As peças, como casco, 
convés e superestrutura, são feitas com resina de 
poliuretano pelo processo de usinagem CNC. Alguns 
detalhes, como janelas e piso, são cortados a laser. As 
ferragens são feitas de latão ou aço inoxidável. 
30 PERFILNÁUTICO 
Quando o cliente solicita uma série de maquetes 
iguais, ele desenvolve formas de fibra de vidro, 
laminadas com resina epóxi, para executar as 
reproduções. Os modelos de barcos antigos geralmente 
são produzidos em madeira com cascos ou até mesmo 
em cavernas – o mesmo processo da construção 
tradicional. 
Nos últimos anos, o uso de maquetes em salões 
náuticos brasileiros vem se tornando comum. Mariano 
destaca: “É a melhor forma de mostrar um produto 
ao mercado, pois permite uma visualização clara dos 
contornos e detalhes, além de despertar grande atenção 
do público.” S 
SERVIÇO 
FALE COM O MARIANO 
E-MAIL: atelier_naval@yahoo.com 
A MAQUETE DESPERTA A 
ATENÇÃO DO PÚBLICO E PERMITE 
UMA VISUALIZAÇÃO CLARA DOS 
CONTORNOS E DETALHES
MUNDO NÁUTICO LOPANA PHOENIX FEST 
AGITO NO LITORAL DE ALAGOAS 
EVENTO PROMOVIDO PELO ESTALEIRO PHOENIX É OPORTUNIDADE DE VENDAS E 
FIDELIZAÇÃO DO CLIENTE POR RAFAELLA MALUCELLI 
Estaleiro Phoenix faz a festa na barraca de praia Lopana 
32 PERFILNÁUTICO
PERFILNÁUTICO 33 
O que era uma confraternização se tornou um grande evento 
m catamarã elétrico, muito axé e mais 500 
barcos. Uma grande festa para amigos, 
parceiros, clientes do estaleiro Phoenix em 
parceria com a melhor barraca de praia de 
Maceió, a Lopana. No dia 12 de janeiro, 540 
barcos reuniram-se em frente às marinas 
localizadas na Barra de São Miguel e navegaram cerca de 
30 minutos até a famosa Praia do Gunga, considerada 
uma das dez praias mais bonitas do Brasil. 
Essa foi a quinta edição do evento que no início tinha 
como objetivo apenas confraternizar com os clientes 
Phoenix. Porém, outras oportunidades surgiram. “O 
Lopana Phoenix Fest já entrou para o calendário de 
eventos náuticos no Nordeste”, conta Edvan Moraes 
Junior, diretor do Estaleiro Phoenix. “O que começou 
como uma confraternização entre proprietários de 
lanchas Phoenix se transformou numa festa de grandes 
proporções, com a participação de centenas de barcos, 
jets e até mesmo de pessoas que acompanham da praia.” 
Além disso, é uma grande oportunidade de novos 
negócios e fidelização. “Temos observado cada vez mais 
nesse evento que de fato a compra por impulso existe”, 
comenta Edvan. “O pessoal compra barco só para a 
j 
O LOPANA PHOENIX 
FEST JÁ ENTROU PARA O 
CALENDÁRIO DE EVENTOS 
NÁUTICOS NO NORDESTE 
Barcos navegaram até a famosa Praia do Gunga 
U
MUNDO NÁUTICO LOPANA PHOENIX FEST 
Mais de 500 barcos participaram da festa 
O OBJETIVO DOS 
ORGANIZADORES É TORNAR 
O EVENTO ITINERANTE, 
A CADA DOIS MESES EM UMA 
PRAIA DIFERENTE 
34 PERFILNÁUTICO 
festa. Este ano antecipamos a divulgação e 
isso motivou a venda de 20 lanchas, número 
maior do que no ano passado.” 
Foi criado um ambiente para que o cliente 
veja todas as lanchas. “É uma oportunidade 
única para o cliente poder avaliar 14 modelos 
ao mesmo tempo na água e já visualizar a 
próxima lancha que ele quer comprar”, 
comenta Pedro Senna, marketing da 
Phoenix. “A reunião dos clientes Phoenix 
cria um espírito de grupo no proprietário, 
que se sente parte da marca e mais confiante 
no produto que possui.” 
Com tanto sucesso, o objetivo dos 
organizadores é tornar o evento itinerante 
e a cada dois meses realizá-lo em uma praia 
diferente. Segundo Pedro Senna, João Pessoa 
e São Luís são cidades potenciais para 
receber o evento. “É uma alegria muito grande 
para nós da Phoenix ver que a festa funciona como 
um termômetro do que nossos clientes pensam dos 
nossos produtos e perceber de que maneira interagem 
com eles”, aponta Edvan Moares. “Mais que uma 
simples confraternização, é uma oportunidade de 
aperfeiçoarmos nossas lanchas, vendo de perto e ao 
mesmo tempo todos os nossos modelos na água. Temos 
uma equipe que faz isso, tomando notas e observando 
como podemos melhorar. Em 2014 temos certeza de que 
a festa será ainda maior.” S 
A reunião dos clientes Phoenix cria um espírito de grupo e gera fidelização da marca
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CaPa PESCA ESPORTIVA 
Peixe 
à vista. 
Dá linha 
36 3P6ER FPILENRÁFUILTNICÁOUTICO
PERFPILENRÁFUILTNICÁOU T3ICO7 37 
Quando a cadeira 
de combate é tão ou 
mais importante que 
a do timoneiro da 
embarcação, pelo 
menos do ponto 
de vista do pescador 
Por Guilherme AQuino
CaPa PESCA ESPORTIVA 
Iate de pesca esportiva: condições favoráveis para uma boa pescaria 
38 PERFILNÁUTICO 
luta do homem 
contra a 
natureza 
está melhor 
representada 
nas páginas do 
livro O Velho e o 
Mar, do escritor Ernest Hemingway, 
um clássico da literatura. O pescador 
Santiago sobe a bordo da sua canoa 
disposto à redenção depois de uma 
maré alta de azar, sem fisgar nada 
por meses a fio. Sua tenacidade 
oferece como prêmio uma batalha 
épica entre o personagem literário e 
um grande espadarte. 
Dificilmente o final da história 
seria o mesmo se a embarcação 
simples de Santiago fosse um 
moderno iate de pesca esportiva 
oceânica. Com certeza seria outra 
história. Como tantas, de pescador 
ou não, que são contadas em verso 
prosa e imagens – através das 
fotografias e das gravações amadoras 
das câmeras e telecâmeras instaladas 
no celular ou no tablet, sempre a 
bordo – nas mesas dos bares e dos 
restaurantes dos clubes, das marinas 
ou dentro do próprio iate de pesca 
esportiva. Este tipo de embarcação 
faz parte de uma categoria náutica 
que se distingue das demais não 
apenas pela missão de proporcionar 
condições favoráveis para uma 
boa pescaria, mas também pela 
versatilidade, pelo design e por ser 
capaz de se adaptar aos diferentes 
aspectos e necessidades desta 
modalidade de pesca e transformar 
em realidade os sonhos de uma 
aventura inesquecível. Esse iate 
deve ser robusto, confortável, veloz 
e preparado para navegar nos mares 
em busca de espécies que colocam 
à prova extrema a habilidade, 
a paciência e a resistência do 
pescador. 
a
PERFILNÁUTICO 39 
Santiago “consumiu” três dias e 
cerca de cem páginas para domar 
o seu espadarte, de 5 metros de 
comprimento e 700 quilos, reduzido 
a uma longa e leve espinha devido 
ao ataque dos tubarões durante o 
retorno à casa. Eram outros tempos 
e condições. 
cAdA PescAdor no seu bArco 
Hoje, mesmo com toda a tecnologia 
e a segurança à disposição, ainda 
é o fator humano que regula a 
intensidade física e emotiva de 
uma boa pescaria, em companhia 
dos amigos, ou da família, ou 
sozinho; é a chamada pescaria 
“hardcore”, na qual o mar se 
transforma numa verdadeira 
arena. E até a escolha do tipo de 
pescaria – um programa de família 
aos domingos ou uma “caçada” ao 
limite da obsessão, enfim... uma 
recreativa e outra desportiva – pode 
influenciar na decisão de optar por 
um específico iate. 
AindA é o 
fAtor humAno 
Que reGulA A 
intensidAde 
físicA e 
emotivA 
de umA boA 
PescAriA 
Alguns fatores devem pesar 
na decisão de embarcar neste ou 
naquele barco. A começar pela 
existência de um flybridge, pelas 
dimensões e divisões do deque 
de popa, pela presença ou não de 
uma torre de observação instalada 
a bordo, pela localização do 
cockpit e de seu acesso, isolado 
ou escamoteável, à cozinha. Estes 
podem ser detalhes pequenos, mas 
que, ao final, podem fazer uma 
grande diferença entre o paraíso e o 
limbo purgatório, para não escrever 
sobre o inferno de uma pescaria. j 
PERFILNÁUTICO 39
CaPa PESCA ESPORTIVA 
Um Vicem 57, um Hatteras GT 
63 e um Bertram 80 são alguns 
exemplos, em ordem de grandeza, 
de barcos de pesca esportiva 
fabricados fora do país, criados para 
os diferentes tipos de pescarias. E 
eles são os meios que justificam os 
fins. O primeiro foi concebido sob 
medida para transformar a pescaria 
num agradável, casual e divertido 
passeio de confraternização para os 
amigos e os parentes. Na dúvida, 
o peixe já foi até embarcado no 
frigorífico e a grelha acendida com 
antecipação. O segundo representa 
um iate de “batalha”, quase 
espartano na aparência agressiva, 
mas que não abre mão da elegância 
AlGuns 
fAtores 
devem PesAr 
nA decisão 
de embArcAr 
neste ou 
nAQuele 
bArco 
da decoração interna aliada às 
necessidades dos pescadores 
competitivos, os “anglers”, ou 
seja, os homens de mar que vão à 
caça e não voltam de mãos vazias. 
Já terceiro é ideal para os adeptos 
da pesca tradicional oceânica e, ao 
mesmo tempo, amantes de todo o 
luxo à disposição. 
o homem e o Peixe 
É necessário lembrar que o peixe 
está no seu meio ambiente natural. 
O homem é um intruso e precisa 
equipar-se bem para entrar no 
“jogo”. O raciocínio é simples, mas 
não pode ser dado por descontado. A 
batalha para levar um determinado 
peixe para a panela pode atravessar 
uma madrugada ou um dia 
ensolarado, durando horas a fio, 
40 PERFILNÁUTICO 
j
PERFPILENRÁFUILTNICÁOU T4ICO1 41
CaPa PESCA ESPORTIVA 
sob um manto estrelado ou debaixo 
de um sol forte. É um jogo de gato e 
rato, em alto-mar. Em muitos casos 
ele provoca a exaustão dos dois 
adversários, o homem e o peixe. 
Poucas emoções se comparam 
àquela de fisgar um grande marlim 
-azul e sentir o carretel do molinete 
42 PERFILNÁUTICO 
girar fortemente, os puxões e 
os esticões que o peixe provoca 
na linha, como se enviasse uma 
mensagem em código a ser decifrada 
pela sensibilidade do pescador, 
determinando a sua estratégia para 
não perdê-lo e trazê-lo a bordo, 
inteiro, ainda vivo apenas em tempo 
de admirar nos olhos a coragem de 
tanta valentia alimentada pelo seu 
instinto de sobrevivência, que o faz 
lutar até conseguir romper a linha 
ou ser içado para o barco. 
Se pensar que um espadarte 
pode nadar a mais de 600 metros 
de profundidade... tem que 
dar linha e suor para capturar 
este “agulhão” que, entre os 
“indivíduos” de sua espécie, 
apresenta a maior tolerância às 
diferenças de temperatura na água, 
dos 5 aos 27 graus centígrados, e é 
encontrado, principalmente, nas 
costas das Regiões Sul e Sudeste 
do Brasil, além de ser muito 
“cosmopolita” e, por isso mesmo, 
presente nas águas tropicais e 
temperadas de todos os oceanos. 
eQuiPAmentos e Acessórios 
Ao contrário dos tantos Santiagos 
de hoje, frequentadores assíduos 
ou esporádicos dos iate clubes 
espalhados pelo mundo, o 
personagem de Heingway tinha 
Salão principal da Bertram 80, para pescadores e convidados 
42 PERFILNÁUTICO
bertrAm 80, PArA os AdePtos 
dA PescA oceânicA e AmAntes de todo 
o luxo à disPosição 
PERFILNÁUTICO 43 
apenas a astúcia, a determinação e 
a força dos braços para combater 
contra o vento, as ondas, a corrente 
marinha, os predadores da sua presa 
e, principalmente, a resistência 
do peixe arrastando a canoa para 
longe da costa. 
Hoje os donos de iates contam 
com um vasto arsenal para regular 
o tempo de batalha entre os dois 
adversários, como por exemplo os 
poderosos motores que, engrenados 
à frente ou em marcha à ré, podem 
aumentar o cansaço do marlim 
-azul, do peixe-espada, do atum e 
de outros peixes duros na queda. Os 
barcos também estão equipados com 
aparelhos sofisticados, semelhantes 
ao sonar, de alta precisão e que 
ajudam a localizar as presas, estejam 
elas em cardumes ou isoladas, no 
caso dos preciosos pelágicos, como o 
peixe-espada. 
Fazem a diferença os tipos de 
caniços, as carretilhas, as linhas 
de multifilamentos ou fios de aço, 
as iscas artificiais ou naturais e, 
principalmente, na popa, os espaços 
destinados a estes acessórios e a 
outros, como as caixas, fixas ou 
móveis, para guardar os peixes, 
além dos chuveiros de água doce 
e salgada para os diversos usos. 
Isso sem falar do conforto a bordo 
e das possibilidades logísticas de 
locomoção dentro de um campo de 
pesca pré-estabelecido, ou seja, em 
águas profundas ou não, com fundo 
de pedra ou de areia, longe ou perto 
da costa, com ou sem a terra à vista. 
Ao fim, entre um mar de opções, 
vence aquela que privilegia a 
personalidade de cada pescador, 
mais inclinado ou menos disponível 
ao sacrifício de duelar com um 
peixe tão valente. Uma batalha que 
pode beirar as raias de uma incrível 
invenção literária, ou história de 
pescador, mas encontra respaldo 
em relatos de testemunhas e de lutas 
documentadas de cinco, seis horas 
contra um espadarte. Claro, isso 
sempre que a pesca for de superfície. 
Pois a caça submarina requer outros 
requisitos, como um bom fôlego 
para os mergulhos em apneia em 
profundidade e todas as facilidades 
Cozinha equipada para o preparo do peixe fisgado 
j
44 PERFILNÁUTICO 
hAtterAs Gt 
63, PArA os 
homens de 
mAr Que vão 
à cAçA e não 
voltAm de 
mãos vAziAs 
a bordo para exercê-la da melhor 
maneira, como a presença de 
um bom tênder para transportar 
a ação para o mais perto possível 
da toca da garoupa. 
Põe o cinto 
“Coloca o cinto nele”... é a frase 
que revela o início de uma batalha 
do pescador com o pescado ainda 
embaixo da água e distante do 
barco. A adrenalina sobe a bordo. 
Ajeita-se a cadeira de combate, 
neste caso tão ou mais importante 
que a do timoneiro da embarcação, 
pelo menos do ponto de vista 
do pescador. A vara enverga e 
testa a flexibilidade do molinete. 
A preparação física e mental do 
pescador, as condições do mar e 
a força do peixe são as principais 
variáveis que influenciam o 
resultado deste duelo. Os olhos 
perlustram o horizonte em busca 
de um sinal do adversário, um salto 
furtivo de uma desafiante e corajosa 
apresentação, diante de um destino 
do qual dificilmente a presa escapará 
com vida. Dependendo do peixe e 
do uso do motor do iate - para 
cansá-lo ou recolhê-lo quando 
afunda, esgotado e sem forças devido 
ao esforço – um duelo pode levar 
minutos ou horas intermináveis. 
Cada instante desta batalha é capaz 
de dilatar o tempo ao infinito. Esta é 
uma das razões pelas quais um iate 
desenhado para a pesca esportiva 
precisa ter como acessórios de 
série alguns equipamentos que são 
apenas opcionais em outros tipos de 
embarcações criadas somente para o 
CaPa PESCA ESPORTIVA
PERFILNÁUTICO 45 
lazer, como as cadeiras giratórias de 
combate, os locais para o apoio dos 
molinetes, por exemplo. O espaço 
amplo e a divisão do poço de popa 
também são fundamentais para 
proporcionar a melhor fluidez nas 
atividades de pesca, assim como as 
amuradas concebidas para receber 
os molinetes. A captura de um 
grande exemplar de uma espécie 
pelágica (um agulhão, para 
citar apenas um) provoca uma 
movimentação frenética a bordo, 
principalmente no instante de 
içá-lo. Todas estas operações exigem 
muita energia e, por isso mesmo, não 
se pode abrir mão do conforto para 
recuperá-las depois. 
O ideal é usar um iate “híbrido”, 
capaz de realizar atividades 
esportivas e de ser muito prático, 
ágil, sem dar por descontadas as 
exigências de uma embarcação 
de lazer, com toda a comodidade 
possível. As instalações precisam 
ter tudo para transformar a estadia 
Um iate de batalha, mas que não abre mão da elegância da decoração interna 
de um ou vários dias em uma 
experiência inesquecível. Já que 
a boa comida – o peixe fresco – é 
praticamente uma garantia após 
a clássica fotografia do “troféu” 
da pescaria. As salas de jantar e 
as cozinhas bem aparelhadas e 
de fácil circulação são condições 
primordiais para uma conclusão, da 
melhor maneira possível, de uma 
viagem de pesca. 
Os salões com grandes vidraças 
devem ser elementos integrantes do j
projeto do barco de pesca esportiva. 
E não somente por uma questão 
estética e funcional – a iluminação 
natural do ambiente interno –, 
mas também como uma espécie de 
cenário interativo, entre quem está 
no palco das atividades de pesca e 
a plateia a bordo. Luzes especiais 
para a pescaria noturna também 
devem estar presentes. As bases de 
apoio para a preparação das iscas, 
além de locais para armazenar 
o pescado são importantes para 
potencializar ao máximo as ações 
da pescaria, do começo ao fim. 
O bem-estar a bordo também 
46 PERFILNÁUTICO 
depende de alguns equipamentos de 
ponta, como sistemas automáticos 
de estabilizadores baseados no 
giroscópio mecânico, que minimizam 
as eventuais sensações de enjoo ou de 
cansaço com o iate a baixa velocidade 
ou em manobras de ancoragem, 
principalmente sob impacto de 
grandes ondas de um mar agitado. 
Estes aparelhos variam de 
barco para barco e representam 
a nova aplicação para uma velha 
tecnologia conhecida desde a virada 
do século 19 para o 20. Para os iates 
em movimento em mares fortes, 
as alhetas hidrodinâmicas são 
suficientes para diminuir o balanço 
e proporcionar uma navegação 
mais “estática” e estável. O ideal é 
combinação dos dois sistemas para 
a produção dos melhores resultados 
em termos de estabilidade. 
PescAriA consciente 
Os atuais iates de pesca esportiva 
nada têm a ver ou pouco têm em 
comum com os seus ancestrais... 
canoas (os primeiros achados 
arqueológicos datam de 9 mil anos 
atrás) e jangadas, pirogas e caiaques 
que moviam-se apenas com as 
correntes, as remadas e o sopro dos 
CaPa PESCA ESPORTIVA
A evolução dAs embArcAções seGue 
os PAssos e As necessidAdes do homem, 
básicAs ou suPérfluAs 
PERFILNÁUTICO 47 
ventos. A evolução das embarcações 
segue acompanhando os passos 
e as necessidades do homem, 
básicas ou supérfluas. A tecnologia 
transformou-se numa faca de dois 
gumes. Dependendo da forma como 
é utilizada, o pescador pode ameaçar 
uma espécie de extinção. A luta entre 
o homem e o peixe está cada vez mais 
desigual. Por isso, antes de partir para 
uma pescaria em alto-mar, é preciso 
se informar sobre as regras que foram 
criadas para limitar os danos ao 
meio ambiente, como os períodos de 
desova, os tamanhos mínimos para a 
captura de uma determinada espécie 
e, assim mesmo, para o consumo 
próprio. Somente desta forma os 
pescadores e os pescados podem 
continuar a conviver e a fazer parte 
da mesma cadeia alimentar. 
A história da pesca esportiva 
nasceu no começo de 1800. E para 
ela continuar é preciso preservar.j 
Bonito e preparado para navegar em busca do melhor peixe
CaPa PESCA ESPORTIVA 
hobby e lazer, 
subsistênCia e 
Profissão 
A PescA é umA dAs AtividAdes ProdutivAs 
mAis AntiGAs dA humAnidAde. hoje é tAmbém 
umA PráticA de lAzer recomendável, em áGuA 
doce ou sAlGAdA Por AmAndA KAsecKer e mArcelo budA 
48 PERFILNÁUTICO 
48 PERFILNÁUTICO
j 
PERFILNÁUTICO 49 
PERFILNÁUTICO 49 
e acordo com 
o Ministério 
da Pesca e 
Aquicultura, 
os recursos 
pesqueiros 
marítimos, 
costeiros e continentais constituem 
importante fonte de renda, geração 
de trabalho e alimento e têm 
contribuído para a permanência 
do homem no seu local de origem. 
Dentro desse contexto, a pesca pode 
ser dividida em três categorias: 
artesanal, industrial e amadora. 
PescA ArtesAnAl 
O pescador artesanal é aquele 
profissional que, devidamente 
licenciado pelo Ministério da Pesca 
e Aquicultura, exerce a pesca com 
fins comerciais, de forma autônoma 
ou em regime de economia familiar, 
com meios de produção próprios 
ou mediante contrato de parcerias, 
desembarcada ou com embarcações 
de pequeno porte. Para a maior parte 
deles, o conhecimento é passado 
de pai para filho ou pelas pessoas 
mais velhas e experientes de suas 
comunidades. Do total de cerca de 
970 mil pescadores registrados, 957 
mil são pescadores e pescadoras 
artesanais, segundo dados de 
setembro de 2011. São produzidos 
no Brasil 1 milhão e 240 mil quilos de 
pescado por ano, sendo cerca de 45% 
dessa produção oriunda da pesca 
artesanal. 
PescA industriAl 
Trata-se de uma atividade de base, 
fornecedora de matéria-prima para 
as grandes indústrias de centros 
de distribuição de alimentos. A 
pesca industrial caracteriza-se 
D
CaPa PESCA ESPORTIVA 
Pesca artesanal: fins comerciais ou em regime de economia familiar 
em função do tipo de embarcação 
empregada (médio e grande 
porte) e da relação de trabalho dos 
pescadores que, diferentemente 
do segmento artesanal, possuem 
vínculo empregatício com o 
armador de pesca (responsável pela 
embarcação). A pesca industrial 
é composta por cerca de 5 mil 
50 PERFILNÁUTICO 
embarcações, envolvendo 40 mil 
trabalhadores somente no setor de 
captura. Os principais portos de 
desembarque estão localizados nos 
municípios de Belém (PA), Camocim 
(CE), Natal (RN), Vitória (ES), Rio 
de Janeiro e Niterói (RJ), Santos e 
Guarujá (SP), Itajaí e Navegantes 
(SC) e Rio Grande (RS). 
PescA AmAdorA 
A pesca amadora, também 
conhecida como pesca de lazer, 
segundo portaria do Ibama, 
refere-se a um esporte, é praticada 
por pessoas que não dependam 
dela economicamente e pode ser 
considerada como um hobby. 
O Brasil tem as condições 
mais propícias para se tornar um 
dos principais destinos da pesca 
amadora em todo o mundo, já que 
conta com mais de 12% de toda 
a água doce do mundo e 8 mil 
quilômetros de costa. Para praticá 
-la é necessário que o pescador 
tenha ao menos uma vara, contando 
ainda com o uso de carretilhas ou 
molinetes, linha de pesca e anzol. 
Este material pode ser utilizado 
em água doce, salgada ou salobra, 
com o auxílio de iscas. 
PescA esPortivA 
Dentro da categoria de pesca 
amadora está a pesca esportiva, 
que consiste na prática do “pesque 
e solte”. Para praticá-la de forma 
regular, é necessário que se tenha 
uma licença. Este documento 
não está vinculado ao lugar em 
que se deseja pescar, podendo ser 
pesqueiros, rios, mares, lagos ou 
manguezais. Caso você não tenha 
a documentação exigida para esta 
Pesca industrial: matéria-prima para as grandes indústrias
j 
A multA PArA Quem não tem licençA 
PArA PrAticAr A PescA esPortivA Pode 
vAriAr de r$ 500 A r$ 2 mil 
PERFILNÁUTICO 51 
atividade, estará sujeito uma multa 
que pode variar de R$ 500, a R$ 2 
mil. Dentre os estilos ainda de pesca 
amadora estão a pesca de arremessos 
(com carretilha), com mosca (tipo 
de isca), de barranco (no barranco), 
de praia (na praia) e embarcada 
(com barco). 
Na pescaria com embarcações, 
o pescador vai em busca do peixe, 
podendo alcançar cardumes e uma 
variedade de espécies e de tamanhos. 
Para encontrar um bom ponto de 
pesca, é fundamental estar bem 
equipado, e isso quer dizer também 
estar bem embarcado. Para a pesca 
de fundo, por exemplo, o ideal é 
ancorar sobre parcéis, naufrágios 
ou cascalhos. É importante ter um 
GPS, sonar ou fishfinder, aparelho 
desenvolvido especialmente para 
detectar cardumes. Dicas com os 
pescadores da região também podem 
facilitar bastante. 
A segurança como sempre deve 
ter atenção especial, e não somente 
com os equipamentos de salvatagem. 
A primeira providência é consultar 
as condições meteorológicas, pois 
nunca se deve navegar em condições 
adversas. Lembre-se de que a 
quantidade suficiente de cabo para 
o ferro ou âncora deve ser no 
mínimo três vezes a profundidade do 
local de pesca, o combustível deve 
ser calculado para navegar 
pelo menos 50% a mais do que 
percurso planejado e a água potável 
deve ser suficiente para vários dias, 
mesmo que a pescaria dure 
apenas uma tarde. 
Verifique se tudo está 
funcionando perfeitamente na 
embarcação, especialmente o rádio 
VHF para comunicação com outras 
embarcações e com quem está em 
terra. Nas próximas páginas, a 
Perfil Náutico apresenta algumas 
embarcações disponíveis no 
mercado brasileiro. 
LICENÇA PARA PESCA ESPORTIVA 
Para quem gosta de passar o tempo em alto-mar, nada mais aconselhável 
do que um bom dia de pesca. A pesca esportiva é uma modalidade de lazer ou esporte, 
na qual os peixes capturados são devolvidos à água. É permitida apenas a utilização 
de iscas artificiais. A prática, como qualquer outra de pescaria, só pode ser exercida 
mediante uma licença emitida pelo Ministério da Pesca e Aquicultura. A licença varia 
conforme a categoria: 
A (desembarcada): pescaria em beira de rios, pontes, etc. 
B (embarcada): pescaria em embarcações 
C (subaquática): pescaria dentro d’água 
Mais informações no site: www.mpa.gov.br.
CaPa PESCA ESPORTIVA 
APesAr dA “mAturidAde”, A cArbrAsmAr 
41 está lonGe de ser APosentAdA ou se 
tornAr obsoletA 
52 PERFILNÁUTICO
A Carbrasmar 41 é uma prova de que modelos antigos resistem ao tempo e podem continuar sendo competitivos. Projetada 
pelo renomado Joaquim Kuster, começou a ser comercializada em 1986 e tornou-se um ícone para a pesca oceânica esportiva. 
Adequada às características da costa brasileira, pelo que tudo indica, apesar da “maturidade”, a Carbrasmar 41 está longe de 
ser aposentada ou se tornar obsoleta. Para manter-se atual, vem passando por algumas modernizações, como no projeto 
estrutural – todo em Divinycell e resinas nobres — nos materiais de construção e na iluminação. 
O estaleiro Carbrasmar tem acompanhado as tendências da indústria e conseguiu, ao longo dos anos, adequar-se às 
necessidades de levar a família a bordo. O modelo 41, por exemplo, é um sportfischerman na hora da competição e uma cruiser 
quando a bordo a família. j 
PERFILNÁUTICO 53
CaPa PESCA ESPORTIVA 
A Sedna XF 335 é um barco de pesca esportiva compacto, robusto e de navegabilidade surpreendente, projetado para oferecer o 
melhor em desempenho e acomodações para o seu tamanho. Os engenheiros da Sedna trabalharam junto com o estúdio Donald 
L. Blount and Associates Inc. para chegar a uma sportfisher com excelente desempenho e que encara condições adversas de 
mar. O acabamento do interior da cabine é de alto padrão. 
O posto de comando, localizado a estibordo sobre uma plataforma elevada, proporciona os melhores ângulos de visão para 
quem está em busca de um bom peixe. Centro de preparação de iscas, tanque de isca viva com água circulante, caixas de peixe 
de grande capacidade e com isolamento térmico, gabinetes equipados com caixas e gavetas, porta-varas bem posicionados, 
porta-Crocs, porta-bicheiro, entre outros equipamentos, fornecem todos os recursos para muito conforto no cockpit. j 
54 PERFILNÁUTICO
A sednA xf 335 é umA sPortfisher 
com excelente desemPenho e Que encArA 
condições AdversAs de mAr 
PERFILNÁUTICO 55
CaPa PESCA ESPORTIVA 
os dois modelos dA flóridA, A 270 e 
A 330 oceAn, são ideAis PArA PescA em 
Alto-mAr e PAsseios em fAmíliA 
56 PERFILNÁUTICO
A Flórida 270 é uma lancha de console central, com belo design e belo acabamento, ideal para pesca em 
alto-mar e passeios em família. Seus moldes são totalmente usinados em CNC, garantindo o acabamento perfeito, 
com alta precisão nos detalhes. Foi lançada oficialmente em janeiro de 2012. 
A Flórida 330 Ocean lançada em 2010, do estaleiro Flórida Marine, é uma lancha pesqueira, cabinada, que une 
espaço e conforto ao prazer da pesca e dos passeios em família. A proposta é oferecer uma excelente navegação com 
seu “V” profundo no casco e um espaço amplo tanto externo como interno. Possui cabine equipada com sofá em U, 
cama de casal, banheiro fechado e cozinha. j 
PERFILNÁUTICO 57
CaPa PESCA ESPORTIVA 
Lançada no Brasil em julho de 2012, a Oceania 30WA é um barco para pesca esportiva. Comporta até quatro pescadores em 
seu casco com “V” acentuado na proa – adequado para o uso em águas agitadas e de estilo walk-around – que permite a livre 
circulação ao redor. Diversos itens de série tornam a lancha bastante completa, com conforto para passeios em até 11 pessoas. O 
barco, desenvolvido pelo estaleiro Oceano Yachts, da Espanha, em parceria com a Sailor Brasil, é fabricado na China e tem versões 
diferenciadas para Espanha, Noruega, Rússia, Nova Zelândia, Austrália e Brasil, sendo a brasileira a mais completa de todas. j 
58 PERFILNÁUTICO
diversos itens de série tornAm 
A oceAniA 30WA umA lAnchA comPletA, 
com conforto PArA Até 11 PessoAs 
PERFILNÁUTICO 59
CaPa PESCA ESPORTIVA 
A F39 Saint-Tropez do estaleiro Fishing é um bom exemplo de um barco que pode ser utilizado tanto para pesca como 
para um passeio de fim de semana em família. O projeto, assinado pelos estúdios Donald Blount e Paulo Marques Yacht Design, 
traz uma ampla cabine reversível na proa e um solário na parte de cima que acomoda até seis pessoas. 
Acessórios para propiciar momentos agradáveis a bordo não faltam: TV digital, DVD player, geladeira duplex, fogão de duas 
bocas, churrasqueira e mesa de centro de teca com levantador elétrico. As duas cabines internas acomodam quatro pessoas 
confortavelmente, tornando a embarcação ideal para um casal com dois filhos, ou até para dois casais. 
60 PERFILNÁUTICO
Catamarãs são barcos versáteis, adaptáveis para passeio, turismo, lazer e esportes, como a pesca. É o caso dos modelos 
W 260 e W 300 do estaleiro Vom Wasser. Corte macio sobre as ondas, suave grau de impacto, estabilidade, velocidade e ótimo 
aproveitamento de espaço são algumas das características. 
As embarcações Vom Wasser são produzidas de acordo com as normas da ABNT, utilizando tecnologia da Barracuda 
Advanced Composites em materiais compostos com núcleo de Divinycell, que confere ao laminado altíssima resistência com 
baixo peso. Os barcos são homologados para mar aberto, são excelentes para navegar em águas desabrigadas e têm autonomia 
suficiente. O espaço e o conforto proporcionados em modelos catamarãs são maiores do que os encontrados em monocascos 
convencionais. Um catamarã de 40 pés, por exemplo, tem espaço comparado ao de um monocasco de 50 pés. S 
PERFILNÁUTICO 61
Ferretti 960: cinco cabines, sendo a do armador no deque principal 
62 PERFILNÁUTICO 
Canal NCanáalu Estpiocrteo 
O novo iate Ferretti 
960 é a prova concreta 
de como é possível 
encaixar um colosso de 
96 pés em apenas 23,98 
metros. O segredo está 
na diferença entre o 
comprimento “fuori 
tutto” e o efetivamente 
construído. O resultado é 
que a embarcação pode ser 
conduzida por um piloto 
não profissional. O iate 
tem cinco cabines, sendo 
uma do armador – pela 
primeira vez, no deque 
principal – e outras quatro 
suítes, rigorosamente 
iguais. A zona do flybridge 
é um grande spa. Uma 
das principais novidades 
é a garagem de popa que 
pode ser alagada sem 
comprometer a função 
original de estiva. Ali 
também está a “praia”, 
instalada sobre uma 
plataforma móvel que 
facilita o acesso ao mar em 
diferentes profundidades. 
www.ferrettibrasil.com.br 
SILENCIOSO E ECONÔMICO 
A nova Tradition Supreme 
108 (BK001), do estaleiro 
Benetti, segue o caminho 
de sucesso da Tradition 
105. Com design de 
Stefano Righini, os 32,98 
metros da embarcação 
têm uma estrutura 
complexa, e pela primeira 
vez na história da frota 
Benetti Class deque solar, 
roll–bar e hard top foram 
construídos usando fibras 
de carbono e de vidro. 
Os três deques dão um 
aumento considerável 
nas áreas de convivência 
e ainda mais conforto a 
bordo. Entre as várias 
vantagens do design 
estão as varandas laterais, 
amplo sky lounge e 
imenso sun-deck, criados 
para proporcionar ao 
proprietário e seus 
convidados total 
aproveitamento da 
vida em alto-mar. Dez 
convidados poderão 
ser confortavelmente 
acomodados em cinco 
cabines: uma suíte para 
os proprietários no deque 
principal e quatro cabines 
para hóspedes no deque 
inferior. 
www.benettiyachts.it 
PRIMEIRA 
APARIÇÃO 
A nova Tradition Supreme: design de Stefano Righini 
j
VISITE-NOS NO 
RIO BOAT 
SHOW 
2013 
de 25 de abril a 01 de maio 
stand: P3-9
PARCERIA 
DE CLASSE 
A Silver Arrows Marine 
Granturismo é uma 
lancha de luxo cheia 
de estilo. O projeto é 
o resultado da parceria 
entre a Silver Arrows 
Marine e a Mercedes- 
Benz. O modelo, ainda 
camuflado, passou pelos 
primeiros testes no mar. 
O desenho do casco é 
inovador e altamente 
tecnológico. Nos testes 
foi utilizado o sistema 
de telemetria da Fórmula 
1 para registros de dados. 
Equipamentos como 
aceleradores e giroscópios, 
junto com posicionamento 
de GPS, permitem 
uma boa avaliação das 
habilidade do barco. 
www.silverarrowsmarine.com 
ESTILO 
LIMUSINE 
Fabricado pelo estaleiro 
norte-americano 
Hodgdon Yachts, o 
modelo Hull 414 Yacht 
Tender foi projetado pela 
Michael Peters Yacht 
Design, de Sarasota, 
Flórida, para ser barco 
de apoio de um superiate 
de um estaleiro de renome 
da Europa. O barco no 
estilo limusine tem 10.5 
metros de comprimento, 
capacidade para 12 pessoas 
sentadas e é impulsionado 
por um motor Volvo 
D6-370, podendo chegar 
a uma velocidade 
estimada de 32 nós. 
64 PERFILNÁUTICO 
CaCnaanl Nalá Eustpicoorte 
j 
www.hodgdonyachts.com 
Projeto feito em conjunto pela Silver Arrows Marine e pela Mercedes-Benz 
Hull 414 Yacht, da Hodgdon Yachts: barco de apoio de um superiate
66 PERFILNÁUTICO 
CaCnaanl Nalá Eustpicoorte 
A integração do novo 
motor N67 500 com o 
inovador sistema de 
propulsão da ZF permite 
aos motores da Série 
NEF da FPT, com seis 
cilindros e common rail 
eletrônico, estender sua 
gama de aplicações. O 
sistema compacto e leve 
POD Drive ZF assegura 
maior velocidade de 
cruzeiro, consumo de 
combustível reduzido 
em até 15%, emissões de 
poluentes menores em até 
30% e menores custos de 
manutenção. j 
www.fptindustrial.com 
O lançamento da 
Kawasaki oferece conforto 
e desempenho na medida 
certa. O jet ski Ultra 
LX 2013 tem espaço 
para o condutor e mais 
duas pessoas. O tanque 
de combustível tem 
capacidade para 18 litros 
e o motor de 16 válvulas, 
com comando duplo 
no cabeçote, esbanja 
aceleração rápida, suave 
e precisa. O Ultra LX 
faz parte da série 300 da 
Kawasaki. 
www.kawasakibrasil.com 
ULTRA LX 2013 
SISTEMA 
INOVADOR 
Novo jet da Kawasaki 
VOLVO PENTA PREMIADO 
REMIADO 
O motor de rabeta, movido a gasolina, 
é destaque no mercado náutico por 
proporcionar melhor aceleração, 
excelente resposta em baixas rotações, 
operação silenciosa e redução de até 
15% no consumo de combustível. O V8- 
380 foi premiado pelo Ibex Innovation 
Award – o mais importante prêmio da 
área de motores marítimos de lazer. 
www.volvo.com.br
NOVA GERAÇÃO DE ELEVADORES 
68 PERFILNÁUTICO 
CaCnaanl Nalá Eustpicoorte 
O PierPlas EVO, 
lançamento da NTC Moldes 
e Plásticos, permite a 
criação de plataformas 
para atracação de barcos 
e jet skis, embarque e 
desembarque, apoio à 
prática de esportes entre 
outras aplicações de forma 
ágil e intuitiva. O píer é o 
único no mundo fabricado 
por injeção de plástico, o 
que agrega ao produto um 
acabamento preciso, leve e 
resistente. j 
www.pierplas.com.br 
O V-Lift é o primeiro 
elevador de barco de 
flutuação livre para se 
encaixar em um espaço 
mínimo de três metros de 
largura e pode ser instalado 
em profundidades entre 3 
e 10 pés. Com um simples 
acionar de controle 
remoto, e com opção de 
bateria solar, o V-Lift 
pode ser atracado à doca, 
dispensando o uso de 
defensas, e pode lançar o 
barco na água em até 75 
segundos e levantá-lo em 
até dois minutos. 
www.lojadebarco.com.br 
LEVE E 
RESISTENTE 
V-Lift, para profundidades entre 3 e 10 pés 
NAVEGAÇÃO MAIS SEGURA 
Visando maior comodidade, comunicação e 
segurança durante a navegação, a Raymarine 
lançou a linha a-Series touchscreen. São displays 
de 5,7 polegadas com processador dual core, 
“zoom” instantâneo da carta, sonda digital interna 
de segunda geração, antena de GPS interna de 
50 canais, tela de LED, entrada para antena de 
radar digital, interface para exibição dos painéis de 
motores e comando remoto sem fios por Bluetooth. 
www.marinexpress.com.br
DESIGN 
E CONFORTO 
Cadeira Seagull: dois braços para joystick e controle 
70 PERFILNÁUTICO 
CaCnaanl Nalá Eustpicoorte 
Para os pilotos mais exigentes, a 
marca italiana Besenzoni lançou a 
cadeira Seagull. O modelo oferece 
diversas opções de personalização de 
acabamento, tapeçaria e bordados. Os 
dois braços grandes são projetados para 
acomodar um joystick e controle de 
manetes. A cadeira é ideal para viagens 
longas, proporcionando o máximo de 
conforto para o piloto. 
www.besenzoni.it 
O Grupo Unicoba, 
fabricante e fornecedor de 
equipamentos eletrônicos 
e soluções em energia, 
apresentou a linha Marine, 
com produtos da marca 
Alpine especialmente 
feitos para embarcações. 
A qualidade sonora tão 
apreciada dentro dos 
mais luxuosos carros é 
estendida também para 
os barcos. A linha Marine 
passa por rigorosos 
testes de resistência à 
corrosão e à infiltração 
de água, características 
que a tornam ideal para a 
utilização marítima. S 
www.unicoba.com.br 
SOM NÁUTICO
PERFILNÁUTICO 157
MANUTENÇÃO: 
REPOUSO DO GUERREIRO 
No período pós 
-férias, deixe seu 
barco seguro e bem 
cuidado. Saiba como 
escolher uma marina 
para hospedar sua 
embarcação 
POR LEO SUZUKI 
72 PERFILNÁUTICO 
CaCnaanl Nalá Eustpicoorte 
Algumas marinas oferecem opções de vagas secas e molhadas 
A alta temporada de verão 
está terminando, é hora de 
guardar o barco. Para que 
ele esteja perfeito e com 
excelente navegabilidade 
para os próximos passeios, 
serviços de manutenção 
devem ser realizados, 
mesmo quando o barco 
vai ficar parado. Por isso 
a escolha de uma boa 
marina é importante. 
Independentemente da 
Carlos Henrique Nóbrega, 
responsável pela Marina 
Baiti, de Itapoá (SC), uma 
espuma macia com xampu 
náutico biodegradável 
é utilizada para não 
danificar a base de resina 
gelcoat e minimizar os 
danos ao meio ambiente. 
“Solicite à marina as 
especificações técnicas do 
produto com a respectiva 
certificação e saiba quem 
é o engenheiro químico 
responsável para evitar 
o uso de produtos sem a 
devida garantia”, alerta. 
Em relação à limpeza 
interna, para as 
embarcações cabinadas e 
com mobiliário, verifique 
SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO DEVEM 
SER REALIZADOS MESMO QUANDO O BARCO 
FICA PARADO 
hospedagem, em vaga seca 
ou molhada, a limpeza do 
interior e do exterior, a 
manutenção periódica do 
casco, a necessidade de 
repintura e o check 
-up do porão são alguns 
procedimentos primordiais 
para assegurar o seu 
conforto e a vida útil de seu 
barco. Por isso fique atento 
aos principais quesitos para 
fechar o negócio. 
LIMPEZA: DENTRO E FORA 
Sempre que a embarcação 
retornar do mar, é 
necessário efetuar a 
limpeza externa e, 
quando estacionada na 
marina, a lavagem deve 
ser executada uma vez 
ao mês. De acordo com
PERFILNÁUTICO 73 
Canal Náutico 
j 
A lavagem externa do barco deve ser realizada uma vez ao mês 
o tipo de produto a ser 
utilizado conforme os 
materiais de acabamento 
interno. Nas embarcações 
sem mobiliário, usa-se o 
próprio xampu náutico 
diluído em água. Para 
evitar fungos e mofo, 
é aconselhável expor o 
barco e os estofados ao 
O PORÃO DA EMBARCAÇÃO 
Segundo Nóbrega, o que 
normalmente é esquecido 
durante o processo 
de limpeza é o porão 
da embarcação. “No 
recebimento de novas 
embarcações é comum 
encontrarmos porões 
em estado deplorável, 
assim como infestadosde 
baratas.” O porão deve ser 
dedetizado anualmente. 
E na hora de fechar o 
negócio, confira se a marina 
executa este tipo de serviço. 
MANUTENÇÃO DO CASCO 
Se a embarcação 
permanece em vaga 
molhada, é necessária a 
manutenção periódica do 
casco. A incrustação de 
cracas, limo e manchas 
está diretamente ligada 
às características da água. 
De acordo com Adrian 
Fuhrhausser, proprietário 
do Hotel Marina Canoa 
de São Sebastião (SP), 
embarcação que navega 
em água doce demanda 
menos manutenção. 
“Na água doce 
geralmente cresce limo, 
que não necessita de 
sol para que a secagem 
seja completa. É ideal 
conferir se a marina tem 
espaço físico para tal 
procedimento. 
Lubrificação do trim, do motor e engraxamento do eixo do hélice
Estrutura de embarque e desembarque 
74 PERFILNÁUTICO 
CaCnaanl Nalá Eustpicoorte 
procedimentos especiais. 
Basta borrifar cloro para 
ele sair.” 
Carlos Henrique 
Nóbrega comenta que com 
a água salgada a tendência 
é que as incrustações 
evoluam mais 
rapidamente e, quando 
há constatação de danos 
ao gelcoat, é necessária a 
repintura da embarcação. 
“A tinta recomendável 
é a anti-incrustante, 
também conhecida 
como ‘envenenada’. A 
periodicidade da pintura 
depende da velocidade e 
intensidade de incrustação 
no casco.” 
E MAIS... 
Além da forma de 
executar os serviços, 
da periodicidade e dos 
produtos utilizados, fique 
atento aos principais 
procedimentos que 
envolvem a colocação e 
a retirada da embarcação 
do mar. Alguns detalhes 
técnicos asseguram o 
seu conforto durante a 
navegação! 
MOTOR 
É necessário fazer o 
adoçamento do motor 
sempre que a embarcação 
volta do mar. O 
procedimento deve ser 
realizado semanalmente, 
pois o funcionamento do 
motor neste prazo evita 
o entupimento dos bicos 
injetores. 
Observe os 
procedimentos 
de pulverização e 
lubrificação do motor 
e do trim (motor com 
inclinação) para evitar 
riscos de emperramento. 
Adoçamento do motor, depois que a embarcação volta do mar
PERFILNÁUTICO 75 
Canal Náutico 
Alguns barcos ficam guardados mais tempo em vaga seca 
Veja o engraxamento 
das velas, dos polos da 
bateria e da suspensão da 
carreta. A pulverização do 
motor, segundo Nóbrega, 
deverá ser executada 
com lubrificantes sem 
petróleo, como vaselina 
líquida ou silicone, para 
evitar o ressecamento 
das borrachas. Este 
procedimento deve ser 
realizado bimestralmente, 
protegendo o motor 
de arranque e a área 
de injeção durante a 
execução. “Constate se 
as velas dos motores, 
os polos das baterias e 
o eixo do hélice foram 
engraxados com graxa 
náutica branca para evitar 
a oxidação”, recomenda 
Nóbrega. “O hélice, não 
engraxado, pode grudar 
no eixo, impossibilitando 
sua retirada, caso haja 
necessidade de troca.” 
As carretas 
também são itens que 
demandam cuidados. Os 
equipamentos possuem 
peças metálicas que estão 
em constante contato 
com a água e devem ser 
lavadas com água doce e 
engraxadas. 
ABASTECIMENTO 
Primeiramente, verifique 
se a marina possui a 
licença ambiental e o 
certificado de Posto 
Revendedor da Agência 
Nacional de Petróleo 
(ANP). Certifique-se 
da procedência do 
combustível, pois o 
prazo de validade se 
esgota após três meses – 
perdendo a octanagem 
e produzindo uma borra 
FIQUE ATENTO AOS PROCEDIMENTOS 
DE COLOCAÇÃO E RETIRADA DA 
EMBARCAÇÃO DO MAR 
j
76 PERFILNÁUTICO 
CaCnaanl Nalá Eustpicoorte 
que compromete o 
funcionamento do motor. 
NA HORA DE FECHAR 
O NEGÓCIO... 
Carlos Henrique Nóbrega 
alerta sobre a importância 
dos documentos para 
formalizar os serviços 
da marina. “A marina 
deve ter prontuário das 
embarcações onde são 
registrados todos os 
serviços efetuados, e 
estes são encaminhados 
mensalmente ao 
proprietário junto com o 
boleto de pagamento. 
” Ele ainda ressalta a 
atenção ao contrato e 
ao regimento interno 
para verificar se consta a 
totalidade dos benefícios 
propostos. 
Quando for escolher a 
marina ideal para deixar 
sua embarcação, Adrian 
Fuhrhausser sugere um 
local que combine com sua 
personalidade. “Se gosta 
de pescar, hospede seu 
barco em uma marina onde 
haja maior concentração 
de pescadores. Se é 
empresário, tem vida 
agitada e gosta de um 
passeio rápido com 
amigos e família, procure 
uma marina que tenha 
clientes com o seu 
perfil.” No entanto, 
independentemente da 
marina, procure por 
profissionais que deem o 
suporte e o direcionamento 
corretos para a navegação. 
Isso o deixará seguro 
para aproveitar todas 
as sensações que o mar 
oferece. 
Visite pessoalmente 
algumas marinas para 
conhecer a infraestrutura, 
os profissionais e os 
serviços disponíveis. Saiba 
se é legalizada perante 
os órgãos ambientais, 
capitania dos portos e 
prefeitura, e cronometre 
o tempo para chegar até 
o local. Com a certeza 
de que seu barco está 
protegido e bem 
cuidado, aproveite 
todos os prazeres da 
vida a bordo! S 
A MARINA DEVE ENCAMINHAR O PRONTUÁRIO 
DA EMBARCAÇÃO MENSALMENTE AO 
PROPRIETÁRIO 
SERVIÇO 
BAITI 
Localizada na Baía de 
Babitonga, entre as cidades 
de São Francisco do Sul e 
Joinville, Santa Catarina. 
SITE: www.baiti.com.br 
CANOA 
Localizada na Barra do Una, 
em São Sebastião, litoral 
norte de São Paulo. 
SITE: www.canoa.com.br 
A escolha da marina ideal depende da personalidade do proprietário do barco
78 PERFILNÁUTICO Canal do Construtor 
Canal Esporte 
A maioria dos barcos é construída em sistema sandwich 
COLANDO A VÁCUO PARTE 1 
Barcos construídos 
em sistema sandwich 
têm costado, convés 
ou qualquer outra 
parte plana do casco 
mais rígidos 
POR JORGE NASSEH 
JÁ FOI O TEMPO EM QUE ERA ACEITÁVEL TER 
UM BARCO CONSTRUÍDO COM FIBRA SÓLIDA E 
QUE TIVESSE UM COSTADO FLEXÍVEL 
Uma as principais 
preocupações para quem 
compra e usa barcos é com 
a rigidez do casco. Já se 
sabe que um casco flexível 
gera vibração, ruído e, 
no final, também navega 
mal. Já foi o tempo em que 
era aceitável ter um barco 
construído com fibra sólida 
e que tivesse um costado 
flexível. Você aperta e ele 
flete facilmente, talvez não 
quebre, mas, enquanto o 
barco estiver navegando 
e colidindo com ondas, 
vai oscilar e vibrar. Isto 
é construída em sistema 
sandwich, o que permite 
aumentar a rigidez do 
costado, do convés ou de 
qualquer outra parte plana 
do casco sem aumento 
de peso relevante. As 
espessuras das espumas 
sandiwch nestas áreas 
variam entre 10 mm e 
75 mm, dependendo do 
comprimento do barco e 
de alguns outros fatores. 
Para garantir a colagem 
da espuma sobre o 
laminado, normalmente 
o fabricante emprega 
um sistema manual para 
compactar as placas de 
também acontece muito 
nas partes planas do 
convés sujeitas a tráfego 
de pessoas. Algumas delas 
são tão finas que fletem 
quando alguém passa. 
Talvez não quebrem, 
mas a sensação não é 
boa e quem navega sabe 
que mais cedo ou mais 
tarde aquela flexibilidade 
excessiva vai gerar algum 
outro problema. A maioria 
dos barcos, atualmente,
PERFILNÁUTICO 79 
Canal do Construtor 
Jorge Nasseh 
As espessuras das espumas sandwich variam dependendo do barco 
O MÉTODO DE COLAGEM A VÁCUO É 
O ÚNICO 100% EFICIENTE PARA LAMINADO 
RÍGIDO PELO RESTO DA VIDA 
usada tanto pelo amador 
quanto pelo profissional. 
O princípio da técnica é 
simples: consiste apenas 
de uma bolsa plástica 
selada no perímetro do 
molde de onde o ar é 
retirado por uma bomba 
de vácuo. A diferença 
de pressão nas duas 
faces do filme plástico 
cria uma força externa 
ao longo do laminado 
sobre o molde, em que 
o objetivo principal é 
aumentar a adesão do 
material sandwich sobre 
as faces de fibra e evitar 
espaços vazios na linha de 
colagem. 
O método requer 
a utilização de alguns 
produtos descartáveis 
para poder compactar 
perfeitamente o 
laminado. Estes produtos 
normalmente não devem 
ser reutilizados, o que 
implica em um custo 
adicional para se construir 
um laminado a vácuo, mas 
o benefício de redução de 
peso, o menor consumo de 
resina e a alta resistência 
do laminado compensam. 
Na próxima edição 
falaremos sobre a seleção 
dos materiais para a 
laminação. S 
espuma sobre o adesivo e a 
camada externa no casco, 
a infusão a vácuo ou um 
sistema de pressão que 
pressione constantemente 
o material sandwich 
contra um laminado já 
curado através de um 
adesivo à base de resina 
poliéster ou epóxi. 
Estes são os melhores 
sistemas de colagem 
que podem existir. 
Uma pequena falha de 
laminação, uma camada 
de adesivo não curada, 
uma colagem mal ajustada 
ou uma adesão instável 
podem ocasionar um 
problema estrutural em 
um barco. É claro que 
muitos destes problemas 
podem não acontecer se a 
frequência de uso for baixa 
ou quando usado apenas 
em águas abrigadas. Mas 
se este não for o caso? E 
se um dia uma situação 
climática inesperada 
acontecer? Quem estaria 
disposto a pagar para ver? 
Embora a laminação 
manual ofereça boa 
resistência ao laminado, 
a etapa de colagem do 
material sandwich do 
casco, das anteparas, do 
convés ou de qualquer 
outra parte estrutural 
é bem mais crítica. 
Certamente o método de 
colagem a vácuo é o único 
que irá produzir uma 
colagem 100% eficiente e 
um laminado rígido pelo 
resto da vida. 
O modo mais eficiente 
de aplicar a pressão sobre 
um laminado e o mais 
comum em projetos de 
construção de barcos é 
o uso da bolsa de vácuo, 
técnica que pode ser
CANAL DÉCOR DECORAÇÃO NÁUTICA E SOFISTICAÇÃO A BORDO 
PALOMA CHRISTIANSEN 
80 PERFILNÁUTICO 
CanaCal nDal Eéspcoroter 
Os acessórios dão charme à decoração, independentemente do estilo 
Desde pequena Paloma 
Christiansen, hoje com 
22 anos, procurou a 
independência. Além da 
fotografia como hobby, 
cursou Publicidade, Design 
de Produtos e encontrou 
sua grande paixão no 
design de interiores. 
Paloma tem um blog 
chamado Tips and Secrets, 
no qual compartilha 
suas criações, dá dicas 
da Perfil Náutico decorar o 
seu barco. “Os acessórios 
são os responsáveis 
por dar o charme a 
mais na decoração 
de sua embarcação, 
independentemente do 
seu estilo”, comenta. “Não 
podem faltar quadros, 
almofadas e objetos que 
remetam ao mar, fazendo 
o link do ambiente 
externo com o interno. 
É o caso de artefatos 
com corais, conchas, 
NO BLOG TIPS AND SECRETS, PALOMA DÁ 
DICAS DE DECORAÇÃO E INTERAGE COM OS 
INTERNAUTAS 
de decoração e interage 
com os internautas. Em 
sua descrição, ela revela 
bem sua personalidade: 
“Gosto da mudança, do 
único, do louco, do novo. 
Desde pequena picotando, 
pintando e inovando.” 
Paloma Christiansen, deu 
dicas preciosas para o leitor 
Ideias 
contemporâneas, 
cheias de estilo e 
bom gosto
PERFILNÁUTICO 81 
Canal Décor 
Ambiente harmônico e aconchegante 
barquinhos, entre 
outros.” De acordo com 
a designer, é importante 
sempre prezar por um 
ambiente harmônico e 
aconchegante, que alie 
leveza, tranquilidade, 
conforto, vida e alegria. 
Fique atento para não 
cometer erros em sua 
decoração. Os mais 
frequentes, segundo 
Paloma, são as misturas 
de cores extravagantes e 
materiais pesados. “Muita 
informação acaba tirando 
a leveza e o luxo do 
ambiente.” j 
SERVIÇO 
E-MAIL: paloma@ferrettibrasil.com.br 
BLOG: www.tipsandsecrets.com.br 
FACEBOOK: Tips  Secrets
DESIGN, ESTILO 
E CONFORTO X 
O pufe Shell é um dos 
novos lançamentos da 
designer italiana Paola 
Lenti. Disponíveis em mais 
de 60 opções de cores e 
combinações, as peças são 
feitas para quem gosta de 
desfrutar de um ambiente 
estiloso, alegre e confortável. 
Os pufes são acessórios 
exclusivos na decoração dos 
iates Ferretti. 
www.toolsandtoys.com.br 
82 PERFILNÁUTICO 
CaCnaanla Dl éEcspoor rte 
CORES E 
MATERIAIS Y 
Toda a decoração da 
Portofino 35 Fly foi planejada 
pela Estilo a Bordo. A empresa 
da designer de interiores 
de iates Isabella Angeloni 
conseguiu harmonia entre 
cores e materiais. As cores 
fortes seguem as tendências 
internacionais, dando um ar 
moderno e leve ao mesmo 
tempo. A cozinha é equipada 
com tampa e pia de Corian, 
da DuPont, um material 
levíssimo e resistente. S 
www.estiloabordo.com 
TECIDOS RUBELLI Y 
Na Azimut 70, tão magnífico 
quanto a visão que se tem 
para o mar é o acabamento 
do salão principal. Os 
revestimentos dos assentos 
e sofás trazem a elegância 
de uma das mais sofisticadas 
marcas de tecidos do 
mundo – a italiana Rubelli. 
A empresa, que nasceu em 
Veneza em 1858, produz 
tecidos para decoração 
de altíssimo padrão e dita 
tendências para o design 
textil mundial. 
www.rubelli.com 
A NATUREZA E 
SEU DESIGN W 
A mesa de centro “Dois 
Irmãos”, da Arte Floresta, é 
uma obra da natureza que 
prestigia as formas orgânicas 
do lenho. Elaborada com 
madeira vinhático, a elegante 
decoração proporciona 
excelentes composições de 
ambientes. Pode-se usar 
como uma mesa ou como 
dois práticos bancos. 
www.artefloresta.com.br
ALGUM DESSES PODE SER O S EU PRÓXIMO BARCO 
ÍNDICE 
No último mês conversamos com cinco estaleiros para preparar a seção 
Perfil desta edição. Com eles buscamos informações sobre alguns barcos que 
nos chamaram a atenção por ter algum diferencial, ser um lançamento ou 
uma embarcação consagrada. De Santa Catarina, apresentamos a história 
da Ocean Life e a linha de produção das lanchas Evolve. Os Perfis da Valent 
210, da Bayliner 350 SE, da Portofino Fly 35 e da Azimut 70 também estão 
traçados nas próximas páginas. Confira! 
84 PERFILNÁUTICO 
VALENT 210 
Para quem busca uma embarcação pequena, 
mas que tenha grandes qualidades 
BAYLINER 350 SE 
No mar ou em água doce, uma lancha para a 
família e para a prática de esportes 
PORTOFINO FLY 35 
Inspirada no design de um carro esportivo, 
destaque também para o flybridge 
AZIMUT 70 
Para brasileiros de bom gosto: luxo em alto-mar 
com direito a quatro suítes 
OCEAN LIFE 
Conheça a história do estaleiro responsável 
pela evolução de uma marca: Evolve 
85 
93 
101 
109 
117
PERFIL VALENT 210 
A CAÇULA PRODÍGIO 
A VALENT TRAZ AO BRASIL A 210 PARA ACABAR COM OS 
PROBLEMAS DE QUEM QUER UMA EMBARCAÇÃO PEQUENA 
E COM MUITA QUALIDADE POR AMANDA KASECKER 
PERFILNÁUTICO 85 
www.valentboats.com.br 
j 
Apesar de pequena, a Valent 210 tem diversos pontos fortes
PERFIL VALENT 210 
86 PERFILNÁUTICO
PERFILNÁUTICO 87 
er uma embarcação menor implica 
perder qualidade de acabamentos e 
menos funcionalidade? Não mais. Se 
antes isso era um problema, agora 
não é mais. A Valent surgiu no Brasil 
para atender um nicho que era um 
tanto subestimado. 
T 
Segundo Eslei Giarolla, country manager da Valent, 
a proposta do estaleiro é exatamente resolver esses 
problemas. “Percebemos um nicho mal atendido no 
mercado brasileiro: o segmento de embarcações de 
j 
UM BARCO DE LINHAS 
ESPORTIVAS E 
ARROJADAS, QUE SE 
AJUSTA PARA O USO 
COM TODA A FAMÍLIA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS 
BOCA: 2,5 m 
88 PERFILNÁUTICO 
luxo ou de alto nível de acabamento, mas de 
tamanho pequeno, pequeno-médio, entre 21 
e 26 pés”, afirma. “Em nosso mercado não 
existia nada com o acabamento e o cuidado 
das lanchas importadas de alto padrão.” 
Ainda de acordo com Giarolla, mesmo 
no caso das lanchas neste tamanho 
importadas, havia uma falha importante: 
“Os importadores tinham o know-how 
para importar e vender lanchas aqui a 
preços altíssimos, mas não traziam para cá o 
atendimento a cliente nem a atenção com o 
consumidor que existem lá fora.” 
Dentro dessa proposta, a Valent 
apresentou ao público três modelos no São 
Paulo Boat Show, em outubro de 2012: a 
Valent 210, Valent 230 e Valent 250. Dentre 
PERFIL VALENT 210 
Plataforma de popa e porta-objetos da 210 
COMPRIMENTO TOTAL: 6,6 m 
COMPRIMENTO TOTAL: 6,6 m BOCA: 2,5 m PESO: 1.406 kg 
TANQUE DE COMBUSTÍVEL: 136 L TANQUE DE ÁGUA: 37,8 L
A VALENT SURGIU NO BRASIL PARA ATENDER 
UM NICHO QUE ERA UM TANTO SUBESTIMADO 
PERFILNÁUTICO 89 
elas, a caçula da linha de produtos chega ao Brasil com 
porte, desempenho e equipamentos para botar medo em 
muitas lanchas que se dizem maiores. 
“É um barco de linhas esportivas e arrojadas, que 
chama a atenção por tudo isso, mas que se ajusta 
muitíssimo bem quando o cliente busca usar seu barco 
com toda a família, sem perder o conforto”, descreve o 
country manager. 
LUXO E INTELIGÊNCIA EM 21 PÉS 
Apesar de pequena, a Valent 210 tem diversos pontos 
fortes. Um deles está no design do projeto, não só do 
ponto de vista da beleza das linhas do barco, como 
também pelo aproveitamento interno. Pela inteligência 
com que tudo é disposto, o barco parece ter medidas 
generosas para um 21 pés – 6,6 metros de comprimento e 
2,5 de boca – e acaba parecendo ainda maior. 
De acordo com a Valent, o projeto da 210 traz uma 
novidade ao mercado brasileiro: a completa utilização 
de todas as áreas do barco. Um bom exemplo disso é a 
mesa para o lounge no cockpit: sua inédita base curva 
faz com que o barco seja utilizado sem que se perceba 
que ele está preparado para esse item. Quando a mesa 
está desmontada, o suporte é preso em seu escaninho e 
fica ali fixo. Navegando não se vê e nem se ouve nada, ou 
seja, é como se ele simplesmente não existisse. O mesmo 
vale para o tampo da mesa que fica guardado numa caixa 
acarpetada fixa, dentro do paiol de meia-nau. Detalhes 
que definitivamente fazem toda a diferença. 
Outros itens ainda saltam aos olhos de qualquer um. 
Sentados em volta da mesa, no cockpit, até seis adultos 
se acomodam confortavelmente nas duas poltronas, 
ambas giratórias e com controle de distância. Os demais 
se instalam no amplo sofá, anatômico e bem desenhado, 
com apoio para as costas, inclusive nas laterais internas. 
Sob ele se encontra a caixa térmica que vem de série. 
A funcionalidade da caçula 210 também é 
exemplificada quando se nota que mesmo ela, a menor j
da linha, conta com solário de proa, onde existem duas 
caixas de som que podem ser controladas por controle 
remoto exclusivo para aquele setor da embarcação. Ali 
ainda existe um espaço para acondicionar bebidas com 
gelo e pode haver, segundo o desejo do proprietário, uma 
escada de proa que fica encaixada no mesmo espaço da 
caixa de âncora. Tudo isso faz com que mesmo a proa da 
21 possa ser uma área considerada completa, com tudo 
que os passageiros da embarcação poderiam precisar. 
Os itens de conforto completam-se com um 
inteligente solário de popa extensível, que conta com 
uma passagem por onde se entra e se sai do barco sem 
ter de pisar nas almofadas do sofá ou do solário, algo raro 
para uma embarcação de 21 pés, mesmo fora do país. 
Na parte tecnológica, destaque para o sistema de 
som. Trata-se de um original Fusion, uma marca de 
equipamentos de som especificamente produzidos 
para equipar embarcações. “O sistema é extremamente 
confiável e resistente em função de ser absolutamente 
apropriado para as condições náuticas e conta com som 
potente e cristalino”, assegura Giarolla. E o melhor: todas 
Modelo 230, ideal para a prática de wakeborad 
90 PERFILNÁUTICO 
as embarcações da Valent vêm equipadas com sistemas 
Fusion como item de série. 
Os sistemas contam com quatro alto-falantes, 
aparelhos de som da linha 600i de 280 Watts e são 
compatíveis com iPod e iPhone, que são colocados 
dentro do rádio deixando todas as funcionalidades de 
som disponíveis e os equipamentos completamente 
protegidos dentro dos Fusions, que são à prova d’água. 
POTÊNCIA COM ECONOMIA 
Mas não é só de beleza que a Valent 210 está bem servida. 
O projeto otimizado dos cascos das embarcações, por 
exemplo, permite mais precisão nas curvas fechadas e 
planeio mesmo em velocidades mais baixas, mostrando 
que também se pensou no quesito potência. 
O modelo 210 ainda chega a 46 milhas de top, entra 
em planeio em 3,6 segundos e chega a 30 milhas em 8,7 
segundos. Números bastante expressivos para uma 21 
pés, que seca pesa 406 kg. 
Para chegar a essa potência, a 210 consome cerca de 
34 litros de gasolina por hora num cruzeiro de 35 milhas 
por hora. (Fonte: Boating USA). Todos esses números 
levam a crer que num cruzeiro mais baixo, por volta 
das 30 milhas, o consumo da 210 será mais baixo que j 
PERFIL VALENT 210
PERFILNÁUTICO 91 
Valent 250, versátil e espaçosa
PERFIL VALENT 210 
UMA VALENT APRESENTA 
UM GRANDE PACOTE 
DE ITENS, COM A 
CONVENIÊNCIA DE JÁ VIR 
ASSIM DE FÁBRICA 
30 litros por hora, um número bastante reduzido em 
comparação com outros. 
PARA OS EXIGENTES 
Outro grande problema quando se fala em embarcações é 
o preço. Porém, o fabricante garante que um dos grandes 
atributos da Valent também está no custo-benefício. “Em 
comparação com as demais nacionais, as embarcações da 
Valent são muito mais equipadas, e se o cliente for colocar 
tudo que vem nelas, com a mesma qualidade, além do 
tempo que gastará importando esses itens para ter o 
mesmo resultado final, terá que investir provavelmente 
muito mais pelo pacote”, garante Eslei. “Com o mesmo 
pacote de itens, uma Valent acaba sendo até mais barata 
que as concorrentes, com a conveniência de já vir assim 
de fábrica.” Os barcos são produzidos em Manaus e de lá 
distribuídos para todo o Brasil. 
O perfil do consumidor das lanchas Valent são aqueles 
que desejam embarcações de apelo esportivo, com 
92 PERFILNÁUTICO 
elevado nível de acabamento e serviços em embarcações 
de 21 a 26 pés. A Valent não revela quantos barcos já 
foram vendidos desde sua apresentação, em outubro de 
2012, no São Paulo Boat Show, mas garante que a procura 
tem sido grande após o evento. 
Em paralelo a isso, está selecionando concessionários 
e oficinas especializadas ao longo do Brasil. “O processo 
de nomeação das concessionárias está sendo longo e 
criterioso já que será apenas um concessionário para 
cada estado e um máximo de dez abertos nos próximos 
24 meses”, revela Eslei. Além das concessionárias, a 
rede de serviços vai ser ainda maior contando não só 
com os pontos de vendas, como também com pontos 
especializados nos maiores pontos de concentração 
náutica do mercado brasileiro. 
AS IRMÃS MAIORES 
Além da 210, a Valent também comercializa outras duas 
embarcações: a 230 e a 250, respectivamente com 23 e 25 
pés. A linha 230 possui amplas áreas na popa e na proa, 
solário posterior expansível e ergonomia planejada para 
quem quer ter um barco para ter sempre companhia. 
A 250 é um verdadeiro objeto de desejo. Com medidas 
mais generosas – 7,32 metros de comprimento –, ela alia 
design, espaço e performance. S 
SERVIÇO 
SITE: www.valentboats.com.br 
TELEFONE: (11) 986 720 347 
Espaço confortável para passageiros na proa da 250
PERFIL PORTOFINO 35 FLY 
PROJETO INOVADOR, 
SEM IGUAL 
A PORTOFINO FLY 35 FOI INSPIRADA NAS LINHAS DA 
LAMBORGHINI AVENTADOR. ESPORTIVIDADE E LUXO EM UM 
IATE DE PRIMEIRA LINHA POR ANGELO SFAIR 
PERFILNÁUTICO 101 
www.portofinoyachts.com.br 
j 
Para quem gosta de luxo e velocidade
PERFIL PORTOFINO 35 FLY 
110022 PPEERRFFIILLNNÁÁUUTTIICCOO
PERFILNÁUTICO 103 
A ssim como um carro esportivo, 
a Portofino 35 Fly com certeza 
irá chamar a atenção pelos 
mares por onde navegar. A 
comparação não é uma mera 
coincidência: seu design foi 
inspirado nos superesportivos 
italianos de quatro rodas, como 
a Lamborghini Aventador. As semelhanças não se 
limitam apenas ao visual. A Portofino 35 Fly comporta 
-se como um verdadeiro velocista. j 
POR FORA, 
ALÉM DO DESIGN 
ESPORTIVO, 
O DESTAQUE É 
O FLYBRIDGE
PERFIL PORTOFINO 35 FLY 
Banheiro: espaço e bom gosto 
104 PERFILNÁUTICO 
Durante a noite, é possível abrigar cinco pessoas com o 
máximo de conforto. A Fly 35 é uma embarcação projetada 
para quem quer um iate top de linha, mas não abre mão 
de um desenho agressivo e inovador, sem se esquecer do 
conforto nem da segurança. “É por isso que nos inspiramos 
nas linhas da Lamborghini Aventador”, explica Dupont. 
“Queremos atrair os amantes de linhas esportivas aliadas 
ao luxo de um iate de primeira linha.” 
Quando se observa o design arrojado e a esportividade 
do modelo, logo se pensa que a inclinação da proa poderia 
ser maior. Embora isso pudesse fazer com que o barco 
cortasse melhor as ondas e ganhasse em estética, a opção 
por uma inclinação menor tem explicação: prioridade 
para o espaço interno. Isso, porém, não significa que 
a navegação foi prejudicada, já que há diversos outros 
fatores que fazem da Portofino 35 Fly um barco navegador. 
CASCO STEP V 
O primeiro fator é o casco tecnológico. Uma das 
características mais marcantes da Portofino 35 Fly não 
é visível para quem a observa navegando, já que está 
submersa. Construído com a tecnologia Step V, o casco 
Cozinha compacta e equipada 
Para este grandioso projeto, dois escritórios de yacht 
design estiveram envolvidos, além da equipe de desgin 
da Portofino Yachts. Um dos parceiros é a Duncan  
Lopes Yachts Design, do Brasil, o outro é um escritório de 
yacht design na Inglaterra. “Como dizem: duas cabeças 
pensam melhor que uma”, comenta Jean Dupont, diretor 
de Marketing e Design da Portofino Yachts e também 
projetista da embarcação. “Neste caso, utilizamos cerca de 
25 cabeças que trabalharam exclusivamente para se chegar 
ao projeto final da Portofino Fly 35.” 
Externamente, o que mais se destaca além do design 
esportivo é o flybridge. Com seu projeto partindo do zero, 
a embarcação do estaleiro brasileiro conseguiu inovar 
e sair dos padrões de uma embarcação de 35 pés. “A 
Portofino 35 é hoje a sensação do mercado e a única 35 pés 
com flybridge na sua categoria”, destaca Dupont. 
Por vezes este modelo também nos surpreende pelo 
seu aproveitamento de espaços. Tanto externamente 
quanto internamente é possível confundir este 35 pés 
com um barco de 40 ou mais pés. Os espaços são amplos, 
o pé-direito é confortável e doze pessoas podem ser 
confortavelmente instaladas para um passeio. 
No comprimento, são quase 11 metros para se aproveitar 
da popa à proa. A boca é grande, com quase quatro metros, 
e ajuda a aumentar o espaço interno das duas cabines. 
j 
TODA A DECORAÇÃO FOI FEITA PELA DESIGNER DE INTERIORES 
ISABELLA ANGELONI, DA EMPRESA ESTILO A BORDO
PPPEEERRRFFFIIILLLNNNÁÁÁUUUTTTIIICCCOOO 111000555 
Salão com um sofá em L, mesa regulável e cabine do proprietário
PERFIL PORTOFINO 35 FLY 
torna a embarcação hidrodinâmica, já que o atrito do 
casco com a água é diminuído consideravelmente. Além 
de colaborar com o velocidade final, com a estabilidade na 
navegação e com conforto da pilotagem, esta tecnologia 
faz a Portofino 35 ganhar mais autonomia e economia, já 
que diminui o consumo de combustível. 
“O sistema de Step são os famosos degraus 
debaixo do casco utilizados normalmente pelas 
offshores de alta performance”, explica Dupont. “Se 
mal projetados, eles mais atrapalham do que ajudam, 
por isso utilizamos softwares de ponta, os quais são 
dominados completamente pelo escritório de Yacht 
Design Duncan  Lopes.” 
FLYBRIDGE 
Sem dúvidas o flybridge é o ponto alto da embarcação. 
Olhando pela primeira vez, é difícil acreditar que seu 
tamanho não prejudique o equilíbrio do barco e sua 
navegabilidade. A dúvida é explicada pelo próprio Jean 
Dupont, que é um dos grandes responsáveis pelo projeto 
da embarcação. “O flybridge foi projetado com bastante 
critério, levando em consideração a estabilidade da 
embarcação. O que ajuda o barco a se manter estável com 
este enorme flybridge é a largura (boca) do casco (3,7 m), 
106 PERFILNÁUTICO 
que desce quase que paralelamente até a linha d’água, 
dando sustentação e apoio para o barco.” 
O layout interno do fly é espaçoso, podendo acomodar 
oito passageiros confortavelmente. Ele conta com um 
assento para o comandante, grande solário, sofá em 
formato de L, pia e geleira com uma mesinha retrátil de 
acrílico. É o espaço ideal para aproveitar com a família ou 
com os amigos um belo dia de sol. 
CABINES 
O conforto interno segue a impressão deixada pelo lado 
de fora, parecendo estar em um barco de maior porte. 
De acordo com Dupont, as cabines podem ser facilmente 
comparadas com as de embarcações com mais de 40 pés. 
As cabines são amplas, espaçosas, pé-direito alto, 
bem ventiladas e muito confortáveis. “Toda a decoração 
foi feita pela Estilo a Bordo, empresa da designer de 
interiores de iates Isabella Angeloni”, revela Dupont. “Foi 
realmente surpreendente o resultado que ela conseguiu 
unir com ótima harmonia entre cores e materiais sem 
pesar muito. Conseguimos agradar a todos os públicos e 
recebemos bastantes elogios em todos os eventos de que a 
Portofino 35 Fly participa.” As cores são fortes, seguindo 
as tendências internacionais do design de interiores, dando 
um ar moderno sem perder a harmonia. 
São dois camarotes, o de proa e um na meia-nau, e 
dois banheiros. A opção por oferecer dois banheiros em 
uma embarcação de 35 pés aumenta e muito a privacidade 
do proprietário no caso de receber visitas ou ter um 
marinheiro. Já o salão é igualmente espaçoso, com um sofá 
em formato de L e mesa com altura regulável ideal para 
acomodar confortavelmente quatro pessoas. A cozinha 
é completa e equipada com tampa e pia de Corian, da 
DuPont, um material levíssimo e resistente. 
O espaço interno é todo muito agradável, desde 
as cabines até o salão e os banheiros. As janelas bem 
projetadas proporcionam uma excelente iluminação 
interna, enquanto o grande pé-direito oferece 
tranquilidade de sobra para transitar dentro do barco. 
ÁREA EXTERNA 
Além do gigantesco flybridge, ainda há muito espaço para 
ser aproveitado na área externa da Portofino 35 Fly em 
dois ambientes: a praça de popa e o solário de proa. Na 
praça de popa, encontram-se um sofá central para três 
pessoas e duas passagens laterais para a plataforma de 
popa. O destaque desse ambiente é o espaço gourmet com 
cozinha completa (pia e tampo de Corian DuPont, fogão 
vetrocerâmico, micro-ondas e frigobar de 80 L). 
Seguindo para proa, encontramos um solário que 
comporta duas pessoas. O acesso se dá através dos j 
Detalhe do painel de instrumentos 
TANTO POR DENTRO COMO POR FORA, A IMPRESSÃO 
É DE QUE O BARCO É DE MAIOR PORTE
PPEERRFFIILLNNÁÁUUTTIICCOO 110077 
Cabine com pé-direito alto e praça de popa com sofá central e espaço gourmet
Mundo Náutico MaquetesO documento trata sobre a edição 38 da revista Perfil Náutico, que traz matérias sobre pesca esportiva, manutenção de barcos, lançamentos de modelos, além de uma reportagem sobre maquetes de barcos
Mundo Náutico MaquetesO documento trata sobre a edição 38 da revista Perfil Náutico, que traz matérias sobre pesca esportiva, manutenção de barcos, lançamentos de modelos, além de uma reportagem sobre maquetes de barcos
Mundo Náutico MaquetesO documento trata sobre a edição 38 da revista Perfil Náutico, que traz matérias sobre pesca esportiva, manutenção de barcos, lançamentos de modelos, além de uma reportagem sobre maquetes de barcos
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  • 1. MUNDO NÁUTICO MAQUETES: O CONSTRUTOR DE PEQUENAS JOIAS R$ 15,90 Ano 08 nº 38 2013 www.perfilnautico.com.br PESCA ESPORTIVA HOBBY, LAZER OU ESPORTE UM BOM BARCO, E BEM EQUIPADO, PODE FAZER TODA A DIFERENÇA PERFIL EVOLVE A REVOLUÇÃO DE UMA MARCA MANUTENÇÃO GUARDAR O BARCO REQUER CUIDADOS ESPECIAIS E MAIS, NA SEÇÃO PERFIL, NOVIDADES E BARCOS CONSAGRADOS: VALENT 210 BAYLINER 350 SE PORTOFINO FLY 35 AZIMUT 70
  • 2. DO MAIOR ESTALEIRO DA AMÉRICA LATINA, OS MAIORES LANÇAMENTOS DE 2013 Representante exclusivo Ferrettigroup Brasil. Shopping Cidade Jardim - 3º piso Avenida Magalhães de Castro, 12.000 São Paulo - SP - Tel: (11) 3552-4000 toolsandtoys.com.br - ferrettibrasil.com.br 870 A EXCLUSIVIDADE DO MAIOR BARCO DE FIBRA PRODUZIDO EM SÉRIE NA AMÉRICA LATINA 800 TODO O CONFORTO DE UM PROJETO ÚNICO COM LAYOUT EXCLUSIVO NO BRASIL
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  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8. EDITORIAL REUNIÃO, UNIÃO E HISTÓRIAS NA ÁGUA S aímos para uma boa pescaria enquanto preparávamos a edição 38 da Perfil Náutico. Verão, férias e calor chamam para a água, e nada mais agradável que reunir a família e os amigos no barco para um bom dia de pesca. A atividade é uma das mais antigas da humanidade, representa sustento e sobrevivência para alguns, hobby e lazer para outros, e é também uma prática esportiva com direito a competições acirradas, nas quais o peixe, depois de capturado, é devolvido para a vida. Um bom e bem equipado barco pode fazer grande diferença num dia de pescaria. Apresentamos alguns modelos disponíveis no Brasil e no exterior, com os recursos necessários para você não deixar o peixe escapar. Nas próximas páginas trazemos, como de costume, os barcos da seção Perfil. Lançamentos, histórias, novidades e barcos consagrados são apresentados. Nesta edição: Valent 210, Bayliner 350 SE, Portofino 35 Fly, Azimut 70 e o Estaleiro Ocean Life, que produz as lanchas Evolve. Como as possibilidades de atividades na água são enormes, não ficamos apenas na pescaria ou conhecendo barcos. Mergulhamos nas Bahamas, no buraco azul mais profundo do planeta e fomos tirar uns dias de descanso em Arraial d´Ajuda, no litoral da Bahia, um lugar cheio de encantos que reúne paz, tradição, cultura e baladas agitadas. Ainda no Nordeste, fomos conferir uma dessas baladas – o Lopana Phoenix Fest em Alagoas, com direito a catamarã elétrico, música e mais de 500 barcos. No Mundo Náutico fomos conhecer belas histórias de vida, como a da família Portela, que deu a volta ao mundo durante três anos a bordo do veleiro Bravo, e a do maquetista Carlos Eduardo Mariano, que nos revelou sua paixão por barcos, em tamanho real ou em formatos menores – verdadeiras joias. Depois do verão, muitos deixam seus barcos guardados, que serão utilizados novamente somente em alguns fins de semana ou feriados prolongados. A manutenção da embarcação é importante para que ela esteja pronta para o próximo passeio. Saiba como escolher a marina ideal para guardar o seu guerreiro. Notícias, esportes, estilo de vida, gastronomia, meio ambiente, dicas de livros, construção de barcos, decoração, equipamentos e acessórios náuticos também estão a seguir. S 8 PERFILNÁUTICO Aldo Alfredo Malucelli Carlos Alberto Gomes José “Juca” Kolling Luiz Alfredo Malucelli EDITOR E JORNALISTA RESPONSÁVEL EDIÇÃO DE ARTE E PROJETO GRÁFICO REVISÃO aldo@grupocanal.com.br carlos@grupocanal.com.br jose.juca@grupocanal.com.br luiz@grupocanal.com.br Marcelo Fabiani (Buda) marcelo.buda@grupocanal.com.br DRT-PR/ 6633 Eduardo Zuchowski João Batista Ribeiro COLABORAM NESTA EDIÇÃO Adriana Freitas Brandão, Angelo Sfair, Amanda Kasecker, Carolina Schrappe, Guilherme Aquino, Jorge Nasseh, Leonardo Suzuki, Luiz Alfredo Malucelli, Rafaella Malucelli, Thaís Zago IMPRESSÃO E ACABAMENTO Gráfica Coan DISTRIBUIÇÃO EXCLUSIVA FC Comercial Distribuidora Ltda. COMERCIAL José “Juca” Kolling comercial@perfilnautico.com.br (41) 3331 8300 jose.juca@grupocanal.com.br (41) 8446 5341 Rua Jorge Cury Brahim, 712, Pilarzinho, 82.110-040, Curitiba – PR. Fone (41) 3331 8300 Fax (41) 3331 8305 Revista Perfil Náutico Rádio Mix Curitiba - 91,3 MHz 91 Rock Web www.91rock.com.br Artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. As imagens sem créditos foram fornecidas para divulgação. Revista Perfil Náutico, ano 8, n° 38, é uma publicação da Editora CANAL/mid, divisão de mídia do Grupo CANAL/com. Todos os direitos reservados. FALE COM A GENTE redacao@perfilnautico.com.br CANAL TÉCNICO Envie sua pergunta para canaltecnico@perfilnautico.com.br ASSINATURA assinatura@perfilnautico.com.br PERFIL NÁUTICO NA INTERNET www.perfilnautico.com.br Boa leitura MARCELO BUDA CONSELHO DIRETOR DEPTO. DE JORNALISMO CENTRAL DE PUBLICIDADE
  • 9.
  • 10. 10 PERFILNÁUTICO CAPA 36 PESCA ESPORTIVA Seja por hobby, esporte ou lazer, uma atividade saudável que reúne a família e os amigos no barco PERFIL 85 93 101 109 117 VALENT 210 Para quem busca uma embarcação pequena, mas que tenha grandes qualidades BAYLINER 350 SE No mar ou em água doce, uma lancha para a família e para a prática de esportes PORTOFINO FLY 35 Inspirada no design de um carro esportivo, destaque também para o flybridge AZIMUT 70 Para brasileiros de bom gosto: luxo em alto-mar com direito a quatro suítes OCEAN LIFE Conheça a história do estaleiro responsável pela evolução de uma marca: Evolve ÍNDICE CANAL 12 62 78 80 MUNDO NÁUTICO 20 26 32 NESTA EDIÇÃO 14 72 126 128 132 140 148 150 DO LEITOR NÁUTICO CONSTRUTOR DÉCOR VELEIRO BRAVO A volta ao mundo da família Portela MAQUETES O construtor de pequenas joias LOPANA PHOENIX FEST Um dia de festa em Alagoas NEWS Notícias fresquinhas do segmento náutico MANUTENÇÃO Escolha uma boa marina para guardar seu barco ESTILO Novidades com personalidade e bom gosto ESPORTES Competições na água esquentaram o início do ano MERGULHO Nas Bahamas, no buraco azul mais profundo do planeta TURISMO - ARRAIAL D´AJUDA Um lugar para curtir e descansar, e querer ficar CULTURA Dicas para uma boa leitura, em terra ou a bordo GOURMET Dourado com Finas Ervas
  • 11.
  • 12. 12 PERFILNÁUTICO Canal do Leitor Canal Esporte CAPA Nas minhas férias comprei a edição da revista e achei muito contagiante a matéria de capa. É quase um dicionário para os aventureiros de plantão. As dicas e precauções para cada esporte estavam muito bem apresentadas e inspiraram-me a ter a minha primeira experiência com o wakeboard. Alessandro Sussin Ao contrário de outras revistas de segmento, a Perfil Náutico tem um diferencial que eu admiro muito: a linguagem é acessível a todos os públicos e você não precisa ter um barco para comprá-la. Basta ser apaixonado pelo mar, pelo sol e pela vida. Victor Nunes da Luz FALE CONOSCO Adoro ler sobre as tendências do mundo náutico nas seções de decoração e estilo da revista. Sempre tem algum produto que me interessa e eu acabo comprando. Tatiane Steil Sou fissurada na decoração de barcos. Meus pais têm uma lancha de 28 pés e eu sou a responsável por investir nos itens decorativos para melhorar nossas acomodações. Fiquei fascinada com o design e o luxo da CS4. Ana Dainez Sempre que vou navegar, levo comigo exemplares da Perfil Náutico. Gosto de me informar sobre os lançamentos do mundo náutico e ler sobre os melhores equipamentos para a embarcação. Lucas Pazolini Fascinante a diversidade de modelos de barcos que estavam em exposição no Salão de Gênova. Fotos impressionantes que me fizeram viajar por instantes. S Bernardo Malonane Para falar com a Perfil Náutico, mande e-mail para: redacao@perfilnautico.com.br ou canaltecnico@perfilnautico.com.br. As mensagens devem ser enviadas à redação e à equipe técnica com identificação do autor, endereço e telefone. Em virtude do espaço disponível, os textos podem ser resumidos ou editados. A revista reserva-se o direito de publicar ou não as colaborações.
  • 13. PERFORMANCE SOFISTICAÇÃO Viva as melhores emoções e desfrute do melhor desempenho. www.venturamarine.com betônico
  • 14. Test drives serão realizados no Cabanga Iate Clube 14 PERFILNÁUTICO CanaNl Esepowrtes ADVENTURE SPORTS FAIR 2013 O maior evento de esportes e turismo de aventura da América do Sul, o Adventure Sports Fair, acontece de 1º a 5 de maio, no pavilhão da Bienal no Ibirapuera, em São Paulo. A 15ª edição deve reforçar a intenção de gerar novos negócios. Além de empresas de equipamentos, agora operadores de turismo, agência, hotéis e destinos ligados à aventura terão um espaço de reuniões para atender clientes em potencial. j Mais informações no site www.adventuresportsfair.com.br Ao todo, cerca de cem expositores nacionais e internacionais estarão reunidos no 1º Nordeste MotorShow, o salão internacional de veículos de duas e de quatro rodas, que será realizado no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, de 25 a 28 de abril. O setor náutico também terá seu espaço. Além de ocupar o pavilhão com os últimos lançamentos do setor, oferecerá aos visitantes a oportunidade de realizar test drives nos barcos que ficarão expostos no Cabanga Iate Clube. Com um crescimento médio de 80 embarcações por mês, segundo informações da Capitania dos Portos, Pernambuco é atualmente um dos estados promissores para o mercado náutico, também por conta de sua privilegiada posição geográfica e de sua extensão litorânea. A organização e a realização do 1º Nordeste MotorShow são da Reed Exhibitions Alcantara Machado, uma multinacional do segmento de feiras de negócios. 1º NORDESTE MOTORSHOW Evento acontece no pavilhão da Bienal no Ibirapuera
  • 15.
  • 16. Escolhido pela ISAF para os Jogos de 2016 CATAMARÃ OLÍMPICO 16 PERFILNÁUTICO CaNneawl Essporte A nova página na internet da Acatmar (Associação Catarinense de Marinas, Garagens Náuticas e Afins) já está no ar. O site é direcionado aos associados e aos empresários do mundo náutico. A plataforma está mais interativa e dinâmica, de acordo com os desenvolvedores. Todas as informações sobre a associação estão interligadas com o site e as redes sociais. j Acesse: www.acatmar.com.br A XSB Esportes fechou uma parceria com a empresa holandesa Nacra Sports and Funs Catamarans e agora é distribuidora exclusiva dos cataramãs da marca no Brasil. O Nacra 17, escolhido pela Federação Internacional de Vela (ISAF) para ser o novo barco olímpico a partir dos Jogos de 2016, no Rio de Janeiro, é o destaque que virá para o mercado nacional. Além do Nacra 17, a XSB também importará os catamarãs F16, F18 e Nacra 500 Fun. NOVO SITE DA ACATMAR SCHAEFER 800 O estaleiro catarinense Schaefer Yachts acaba de realizar os primeiros testes de seu mais ousado projeto, o Schaefer 800. O superiate de 80 pés tem capacidade para 23 pessoas, incluindo a tripulação. Nas primeiras avaliações realizadas, o barco mostrou-se rápido, esportivo e equipado com o que há de mais moderno na tecnologia náutica.
  • 17.
  • 18. VOLVO OCEAN RACE 2014-15: MAIS BRASILEIRA DO QUE NUNCA 18 PERFILNÁUTICO CaNneawl Essporte Em 2014, o Brasil terá duas paradas ao longo do percurso da maior regata de volta ao mundo, a 12ª edição da Volvo Ocean Race. Itajaí (SC) será novamente cidade-sede e, dessa vez, dividirá as atenções com Recife (PE). A cidade catarinense será um ponto estratégico para a Volvo Ocean Race TECNOLOGIA QUE LEVA LONGE Paradas em Itajaí (SC) e Recife (PE) O blog de viagem Sundaycooks.com dá dicas de como se virar mundo afora utilizando as novidades em aplicativos, gadgets, sites, internet e muito mais. Aprenda como fazer ligações internacionais mais baratas, como planejar uma viagem com o Google Maps ou descubra que aplicativo ou gadget pode salvá-lo de uma enrascada em qualquer parte do mundo. Acesse sundaycooks.com e viaje o mundo com o seu smartphone! S CRUZEIRO COSTA SUL 2013 A largada do Cruzeiro Costa Sul 2013 será no dia 2 de março no Rio de Janeiro com chegada prevista para 18 de março em Florianópolis. Em um cruzeiro em flotilha, veleiros de comandantes iniciantes, integrados aos profissionais, saem do Rio de Janeiro, passam por Ubatuba, Ilhabela, Santos, Canal do Varadouro, Paranaguá, São Francisco do Sul, Joinville, Itajaí e Jurerê. O programa é organizado pela ABVC (Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro). 2014-15 sendo a primeira parada depois da passagem pelo temido e desgastante Cabo Horn, no Oceano Antártico. “A perna que cruza o Oceano Antártico e contorna o Cabo Horn tradicionalmente termina no Brasil e na edição passada foi decisiva”, ressaltou o chefe de operações da Volvo Ocean Race, Tom Touber. A parada de Itajaí rendeu ao município o prêmio de melhor Stopover Sustentável da edição 2011-2012 da Volvo Ocean Race. Reuniu 290 mil pessoas e cerca de 60 mil assistiram às chegadas e partidas dos molhes e das praias de Itajaí. O evento representou um impacto financeiro de mais de R$ 28 milhões para Santa Catarina, além de R$ 1 milhão restante do Brasil, gerando um impacto positivo de mais de R$ 30 milhões.
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  • 20. MUNDO NÁUTICO VELEIRO BRAVO VOLTA AO MUNDO EM FAMÍLIA REUNIR A FAMÍLIA PARA UMA BOA VELEJADA SEMPRE É UM ÓTIMO PROGRAMA. E SE ESTE PASSEIO DURAR TRÊS ANOS COM PASSAGEM POR MAIS DE 50 PAÍSES? FOI EXATAMENTE ESTE O ROTEIRO ESCOLHIDO PELA FAMÍLIA PORTELA POR ANGELO SFAIR bordo do veleiro Bravo, uma família curitibana: Ricardo e Claudia Portela, os três filhos do casal (Lygia, Giovanna e Ricardinho), além do Dudu – o cãozinho Yorkshire que acompanhou a família durante a viagem. “Desde que comecei a namorar o Ricardo, já sabia que um dia faríamos essa viagem, pois era um sonho dele”, conta Claudia. Velejador desde A os 16 anos, Ricardo já estava envolvido com a vela antes mesmo de conhecer a esposa. Quando os filhos vieram, todos partilhavam este estilo de vida. Logo começaram a planejar uma volta ao mundo. 20 PERFILNÁUTICO j
  • 22. A liberdade de estar junto à natureza 22 PERFILNÁUTICO Casal Portela, Claudia e Ricardo PREPARAÇÃO Uma circum-navegação exige muito mais do que apenas vontade. A preparação foi intensa e teve o apoio de amigos e familiares. “Desde 1999 já realizávamos pequenas travessias para Florianópolis e Angra dos Reis com um Cal 9.2”, conta Ricardo. Para a volta ao mundo, a família optou por adquirir um catamarã de 44 pés: o veleiro Bravo, com o qual foi feita uma viagem experimental para Fernando de Noronha com toda a família, incluindo os pais de Claudia. A certeza de que o Bravo oferecia a segurança e o conforto necessários para uma circum -navegação encorajou a família Portela. A segurança era a principal preocupação do casal. “Como estávamos viajando com crianças, ela deveria estar sempre em primeiro lugar”, comenta Claudia. “Então combinamos que nunca arriscaríamos sair sem conferir a previsão do tempo ou navegar fora da área de segurança.” Com o barco testado e a rota estipulada, faltavam detalhes para que o Bravo iniciasse sua velejada pelos sete mares. Ricardo, engenheiro civil, deixou seu pai responsável pela empresa que administra. Com o auxílio da internet, continuaria acompanhando o trabalho, além de poder voltar periodicamente ao Brasil. ROTEIRO Após a viagem pelo nordeste brasileiro, o barco ficou no estaleiro por oito meses. Foi preparado para a circum -navegação e recebeu uma grande reforma para adaptar-se ao objetivo da família, que neste período aproveitou para estudar o roteiro. “Não há muito como variar na questão de roteiro; saída pelo litoral brasileiro rumo norte até o Caribe, onde tínhamos previamente definido passar a temporada de furacões nos Estados Unidos”, explica Ricardo. “Daí em diante era cruzar o Canal do Panamá e seguir rumo oeste.” Claudia, porém, diz que pouco restou do roteiro original. Mudanças ocorreram por várias vezes e pelas mais diversas razões. Os desejos e preferências dos tripulantes também influenciaram na programação e no tempo em que o Bravo permaneceria ancorado. O cronograma era a questão menos flexível: o combinado era que a viagem duraria no máximo quatro anos, quando Lygia, a filha mais velha casal, faria o vestibular. HORA DE ZARPAR O início não foi fácil, mas desistir nunca passou pela cabeça da família Portela. “Assim que saímos do Brasil, pegamos tempestades e ficamos cinco dias sentados no chão do barco”, conta Claudia. “Chegou a passar pela nossa cabeça que iria ser assim o tempo todo, mas jamais pensamos em voltar! Queríamos ir... queríamos viver essa aventura.” Ricardo explica que o desconforto inicial dura pouco e que a recompensa é a sensação de liberdade, de estar junto à MUNDO NÁUTICO VELEIRO BRAVO
  • 23. PERFILNÁUTICO 23 Passatempo a bordo e companhia do veleiro Phoenix NAS TRAVESSIAS A CONVIVÊNCIA ERA OBRIGATÓRIA E A ÚNICA OPÇÃO ERA APRENDER A RESPEITAR AS DIFERENÇAS natureza. O ponto alto de cada travessia eram as chegadas, que normalmente aconteciam em lugares paradisíacos. A convivência também fez crescer o respeito mútuo a bordo do Bravo. Giovanna, que iniciou esta volta ao mundo com apenas 13 anos, brinca: “Quando alguém nos desagrada, a tendência é o afastamento e isso gera problemas de relacionamento entre muitas famílias. Em um espaço limitado como um barco isso não era uma opção. Tínhamos que lidar com o problema ou pular da prancha. Principalmente nas travessias a convivência era obrigatória e a única opção era aprender a respeitar as diferenças de cada um.” PERIGO À VISTA! Uma viagem de volta ao mundo também oferece grandes riscos, que não se resumem aos imprevistos climáticos ou mares revoltos. Desde os anos 90, a pirataria é uma realidade na costa leste africana, principalmente na região conhecida como Chifre da África. A passagem pela região da Somália foi o maior perigo enfrentado. “Nós, mulheres, tivemos que nos esconder no interior do barco por duas vezes por causa da abordagem de piratas”, lembra j Com direito a uma boa pescaria
  • 24. Claudia. “Apesar de termos feito uma rota mais segura – desviando da região da Somália (passaram colados ao Iêmen) –, mesmo assim tivemos que viajar pela noite, o mais rápido possível e com todas as luzes apagadas.” Para ter mais segurança, a tripulação tentou velejar em comboio, tática nem sempre possível, por diferença de velocidade, rotas e objetivos. O Bravo só teve a companhia do veleiro Phoenix, que esteve presente desde quando partiram da Tailândia. MELHORES LEMBRANÇAS Em uma viagem tão grande e com tantos destinos – ao todo a família visitou 56 países –, cada um tem uma recordação particular. No entanto, dois países são unanimidade para a família Portela quando se trata de lugares inesquecíveis: a Indonésia, pelos mergulhos e animais exóticos, e a Tailândia, que marcou pela cultura e pelas amizades que surgiram neste país. Claudia revela que a passagem pelo Sri Lanka também foi inesquecível e cativante por sua cultura e culinária exótica e proporcionou uma rica experiência para os Portelas. Giovanna apontou os países árabes entre as suas melhores recordações. “A diferença gritante de costumes, cores e sabores do Oriente acaba se tornando uma experiência inesquecível”, destaca. “Foi um choque de cultura, com novas coisas para ver, aprender e se surpreender em cada ancoragem.” A VOLTA E O LIVRO Como previsto antes da partida, o retorno ao Brasil aconteceu no período em que Lygia iria prestar o vestibular, e o foco das crianças estava nos estudos. Claudia preocupava-se em retomar a carreira na área de psicopedagogia. “Levei um ano para me reorganizar.” Ricardo relembra o momento da chegada em tom mais 24 PERFILNÁUTICO do que saudosista. “É uma sensação maravilhosa por ter conseguido alcançar os objetivos da viagem. Cada vez que recordo essa aventura dá uma vontade de quero mais.” Para relembrar com detalhes desta rica experiência, um livro foi lançado. A intenção inicial não era publicá-lo, mas, com a insistência de familiares, amigos e até de editores, a história foi compartilhada com todos. Claudia foi quem transformou tudo em palavras: “Durante os três anos que viajamos, escrevi tudo em um diário, colei os panfletos que recebemos pelo caminho e fiz pesquisas nos guias e livros que tínhamos a bordo. Foi muito gratificante ver a aceitação que o livro teve depois do lançamento.” S Diferentes culturas e paisagens paradisíacas Comidas exóticas no cardápio SERVIÇO SITE: www.veleirobravo.com.br E-MAIL: claudia@veleiros.com.br MUNDO NÁUTICO VELEIRO BRAVO
  • 25.
  • 26. MUNDO NÁUTICO MAQUETES O CONSTRUTOR DE PEQUENAS JOIAS ELE ALIOU A PAIXÃO COM A EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL E, COM AS MAQUETES, VEM ETERNIZANDO EMBARCAÇÕES PARA VÁRIOS ESTALEIROS NACIONAIS POR LEO SUZUKI 26 PERFILNÁUTICO
  • 27. udo começou há 19 anos, em Angra dos Reis, região oeste do Rio de Janeiro. O fascínio pelo mar e por barcos foi o que impulsionou Carlos Eduardo Mariano a começar sua carreira como maquetista. Há 20 anos, então com 27 anos de idade, Mariano, com formação técnica na área metalúrgica, já era considerado um ferramenteiro experiente. Hoje ele domina a arte das maquetes de embarcações. Seu início na profissão está relacionado com um mestre que lhe ensinou as primeiras técnicas para desenvolver as maquetes. Ele se chamava Laurent Aumonier, era arquiteto naval, morava num veleiro e viajava o mundo. “Com ele comecei a compreender de forma mais técnica a construção naval, pois a ideia sempre foi fazer um barco em tamanho real.” Um ano após Aumonier ter partido, Mariano criou o Atelier Naval Maquetes de Barcos, hoje situado na cidade de Rio Claro, São Paulo, onde mora. PERFILNÁUTICO 27 T j Muita dedicação para se chegar a uma peça perfeita
  • 28. MUNDO NÁUTICO MAQUETES Capricho nos detalhes do interior 28 PERFILNÁUTICO OS CLIENTES DE MARIANO SÃO ESTALEIROS, ESCRITÓRIOS DE ARQUITETURA NAVAL E COLECIONADORES DISCIPLINA E COMPROMETIMENTO O trabalho minucioso e impecável é fruto de muito estudo, que o levou a compreender a arte das maquetes. Nesta época, ele conta que teve de aprender francês, pois todos os livros em que buscava subsídios estavam neste idioma. No entanto, o caminho que o levou à credibilidade que tem hoje perante o mercado foi longo e difícil. “De forma geral (o maquetista) é visto como aquela pessoa simples, sem cultura, e que faz barquinhos de madeira para lojinhas de artesanato”, comenta Mariano. “Encontrar público com nível cultural elevado e com condições financeiras para investir nesta atividade não foi fácil.” Um veleiro com dimensões exatas
  • 29. PERFILNÁUTICO 29 Muitos perguntam se ele é miniaturista e ele responde: “Sou um construtor de barcos pequenos.” Hoje Mariano está satisfeito com o trabalho e a respeitabilidade que adquiriu durante esses longos anos. Ele sempre almejou trabalhar para estaleiros, escritórios de arquitetura naval e com colecionadores. O maquetista já desenvolveu trabalhos para os estaleiros RioStar, Proboat, Aguz Marine, Colunna Yatchs, Locar Guindastes, Multivácuo, Catarina Yatchs, Zonda Boats, Intermarine, além de algumas empresas e indústrias. PRIMEIRO CONTRATO Em 2003 Mariano realizou o primeiro trabalho para o RioStar, localizado no Rio de Janeiro, para a confecção das maquetes dos modelos de 55 e de 120 pés, que atualmente estão em fase de produção. Na época os projetos das embarcações foram desenvolvidos pelo arquiteto naval Fernando de Almeida, que se tornou amigo de Mariano após a parceria. Na sequência, por indicação de Almeida, ele fez as maquetes dos catamarãs do estaleiro Proboat, de Angra dos Reis, que obtiveram grande repercussão em boat shows. Um trabalho que exige muita concentração Outros trabalhos de destaque em sua carreira foram para o Intermarine, de São Paulo. O estaleiro solicitou a reprodução de vários modelos de lanchas para apresentar no São Paulo Boat Show de 2010. “A lancha Inter 75 foi um desafio bem interessante. Ela mede 2,75 metros de comprimento. Vários barcos reais possuem essa dimensão.” Para o Intermarine, ele também executou todas as peças de metal dos modelos de 55 e de 60 pés. A última maquete desenvolvida foi do modelo Intermarine 95, que mede 3,70 metros e foi apresentada no último São Paulo Boat Show, em 2012. Como seu sonho sempre foi construir uma embarcação em tamanho real; em 2009, ele o realizou. Com base no Panga 25, um barco com motor de popa e feito de compensado, Mariano e o engenheiro naval Alvaro Guidotti trabalharam no desenvolvimento de todo o processo de execução, incluindo montagem, laminação e acabamento do casco. EXPERIÊNCIA E DEDICAÇÃO Mariano sempre valorizou a precisão nas dimensões, formas e acabamento dos trabalhos. Foram mais de j
  • 30. MUNDO NÁUTICO MAQUETES As peças são feitas com resina de poliuretano e os detalhes são cortados a laser 70 maquetes construídas nesse tempo. Ele utiliza a plataforma gráfica CAD e o software Rhinoceros para o desenvolvimento dos modelos. As peças, como casco, convés e superestrutura, são feitas com resina de poliuretano pelo processo de usinagem CNC. Alguns detalhes, como janelas e piso, são cortados a laser. As ferragens são feitas de latão ou aço inoxidável. 30 PERFILNÁUTICO Quando o cliente solicita uma série de maquetes iguais, ele desenvolve formas de fibra de vidro, laminadas com resina epóxi, para executar as reproduções. Os modelos de barcos antigos geralmente são produzidos em madeira com cascos ou até mesmo em cavernas – o mesmo processo da construção tradicional. Nos últimos anos, o uso de maquetes em salões náuticos brasileiros vem se tornando comum. Mariano destaca: “É a melhor forma de mostrar um produto ao mercado, pois permite uma visualização clara dos contornos e detalhes, além de despertar grande atenção do público.” S SERVIÇO FALE COM O MARIANO E-MAIL: atelier_naval@yahoo.com A MAQUETE DESPERTA A ATENÇÃO DO PÚBLICO E PERMITE UMA VISUALIZAÇÃO CLARA DOS CONTORNOS E DETALHES
  • 31.
  • 32. MUNDO NÁUTICO LOPANA PHOENIX FEST AGITO NO LITORAL DE ALAGOAS EVENTO PROMOVIDO PELO ESTALEIRO PHOENIX É OPORTUNIDADE DE VENDAS E FIDELIZAÇÃO DO CLIENTE POR RAFAELLA MALUCELLI Estaleiro Phoenix faz a festa na barraca de praia Lopana 32 PERFILNÁUTICO
  • 33. PERFILNÁUTICO 33 O que era uma confraternização se tornou um grande evento m catamarã elétrico, muito axé e mais 500 barcos. Uma grande festa para amigos, parceiros, clientes do estaleiro Phoenix em parceria com a melhor barraca de praia de Maceió, a Lopana. No dia 12 de janeiro, 540 barcos reuniram-se em frente às marinas localizadas na Barra de São Miguel e navegaram cerca de 30 minutos até a famosa Praia do Gunga, considerada uma das dez praias mais bonitas do Brasil. Essa foi a quinta edição do evento que no início tinha como objetivo apenas confraternizar com os clientes Phoenix. Porém, outras oportunidades surgiram. “O Lopana Phoenix Fest já entrou para o calendário de eventos náuticos no Nordeste”, conta Edvan Moraes Junior, diretor do Estaleiro Phoenix. “O que começou como uma confraternização entre proprietários de lanchas Phoenix se transformou numa festa de grandes proporções, com a participação de centenas de barcos, jets e até mesmo de pessoas que acompanham da praia.” Além disso, é uma grande oportunidade de novos negócios e fidelização. “Temos observado cada vez mais nesse evento que de fato a compra por impulso existe”, comenta Edvan. “O pessoal compra barco só para a j O LOPANA PHOENIX FEST JÁ ENTROU PARA O CALENDÁRIO DE EVENTOS NÁUTICOS NO NORDESTE Barcos navegaram até a famosa Praia do Gunga U
  • 34. MUNDO NÁUTICO LOPANA PHOENIX FEST Mais de 500 barcos participaram da festa O OBJETIVO DOS ORGANIZADORES É TORNAR O EVENTO ITINERANTE, A CADA DOIS MESES EM UMA PRAIA DIFERENTE 34 PERFILNÁUTICO festa. Este ano antecipamos a divulgação e isso motivou a venda de 20 lanchas, número maior do que no ano passado.” Foi criado um ambiente para que o cliente veja todas as lanchas. “É uma oportunidade única para o cliente poder avaliar 14 modelos ao mesmo tempo na água e já visualizar a próxima lancha que ele quer comprar”, comenta Pedro Senna, marketing da Phoenix. “A reunião dos clientes Phoenix cria um espírito de grupo no proprietário, que se sente parte da marca e mais confiante no produto que possui.” Com tanto sucesso, o objetivo dos organizadores é tornar o evento itinerante e a cada dois meses realizá-lo em uma praia diferente. Segundo Pedro Senna, João Pessoa e São Luís são cidades potenciais para receber o evento. “É uma alegria muito grande para nós da Phoenix ver que a festa funciona como um termômetro do que nossos clientes pensam dos nossos produtos e perceber de que maneira interagem com eles”, aponta Edvan Moares. “Mais que uma simples confraternização, é uma oportunidade de aperfeiçoarmos nossas lanchas, vendo de perto e ao mesmo tempo todos os nossos modelos na água. Temos uma equipe que faz isso, tomando notas e observando como podemos melhorar. Em 2014 temos certeza de que a festa será ainda maior.” S A reunião dos clientes Phoenix cria um espírito de grupo e gera fidelização da marca
  • 35. QUANDO VOCÊ TEM TODO O RESPEITO QUE MERECE NÃO DÁ MAIS PARA FICAR SEM. Respeito é a sua família ter a melhor Banda Larga do Brasil com até 100 Mega, sem limite de download e upload e ter a certeza de que está recebendo a velocidade contratada. É ter um plano de Telefonia Fixa para falar com quem quiser e quando quiser, podendo ligar à vontade para fixo e até de graça para celular. É ter uma TV por Assinatura com HD em todos os pacotes, o melhor da programação para a família inteira e recursos Smart, como On Demand, Outra Chance e acesso às redes sociais sem pagar mais por isso. É contar com o atendimento que foi eleito o melhor do Brasil. Para a GVT, o futuro é inovar para levar muito mais diversão e fazer a sua família se sentir sempre respeitada. LIGUE www.vocenofuturohoje.com.br 103 25 TV POR ASSINATURA BANDA LARGA TELEFONE FIXO RESPEITO VERIFIQUE SE OS SERVIÇOS ESTÃO DISPONÍVEIS NA SUA LOCALIDADE. A VELOCIDADE SOLICITADA ESTÁ SUJEITA A VERIFICAÇÃO NO ATO DA INSTALAÇÃO. ELEITA A MELHOR BANDA LARGA DO BRASIL PELO PRÊMIO INOVAÇÃO 2009, 2010, 2011 E 2012 DA REVISTA INFO. Franquia ilimitada para fixo e ligações para 2 celulares cadastrados no plano GVT Ilimitado Local (PAS 042/POS/Local) e GVT Ilimitado Total (PAS 043/POS/Local) sob condições promocionais. Para melhor usufruir os serviços de HD, recomenda-se a utilização de uma TV de alta definição. Conteúdo On Demand HD disponível apenas para clientes que possuem pacote de TV com Banda Larga a partir de 10 Mega. Acesso a Twitter, Instagran e YouTube. Outra Chance disponível somente nos pacotes SUPER, ULTRA E ULTIMATE. Melhor atendimento em Telefonia Fixa e Banda Larga, de acordo com as Pesquisas Ranking IBRC/Revista Exame 2012, Gallup maio/2012 Pesquisa CVA Solutions 2012. Consulte os termos no portal www.gvt.com.br. Para mais informações, ligue central de atendimento GVT TV: 106 25.
  • 36. CaPa PESCA ESPORTIVA Peixe à vista. Dá linha 36 3P6ER FPILENRÁFUILTNICÁOUTICO
  • 37. PERFPILENRÁFUILTNICÁOU T3ICO7 37 Quando a cadeira de combate é tão ou mais importante que a do timoneiro da embarcação, pelo menos do ponto de vista do pescador Por Guilherme AQuino
  • 38. CaPa PESCA ESPORTIVA Iate de pesca esportiva: condições favoráveis para uma boa pescaria 38 PERFILNÁUTICO luta do homem contra a natureza está melhor representada nas páginas do livro O Velho e o Mar, do escritor Ernest Hemingway, um clássico da literatura. O pescador Santiago sobe a bordo da sua canoa disposto à redenção depois de uma maré alta de azar, sem fisgar nada por meses a fio. Sua tenacidade oferece como prêmio uma batalha épica entre o personagem literário e um grande espadarte. Dificilmente o final da história seria o mesmo se a embarcação simples de Santiago fosse um moderno iate de pesca esportiva oceânica. Com certeza seria outra história. Como tantas, de pescador ou não, que são contadas em verso prosa e imagens – através das fotografias e das gravações amadoras das câmeras e telecâmeras instaladas no celular ou no tablet, sempre a bordo – nas mesas dos bares e dos restaurantes dos clubes, das marinas ou dentro do próprio iate de pesca esportiva. Este tipo de embarcação faz parte de uma categoria náutica que se distingue das demais não apenas pela missão de proporcionar condições favoráveis para uma boa pescaria, mas também pela versatilidade, pelo design e por ser capaz de se adaptar aos diferentes aspectos e necessidades desta modalidade de pesca e transformar em realidade os sonhos de uma aventura inesquecível. Esse iate deve ser robusto, confortável, veloz e preparado para navegar nos mares em busca de espécies que colocam à prova extrema a habilidade, a paciência e a resistência do pescador. a
  • 39. PERFILNÁUTICO 39 Santiago “consumiu” três dias e cerca de cem páginas para domar o seu espadarte, de 5 metros de comprimento e 700 quilos, reduzido a uma longa e leve espinha devido ao ataque dos tubarões durante o retorno à casa. Eram outros tempos e condições. cAdA PescAdor no seu bArco Hoje, mesmo com toda a tecnologia e a segurança à disposição, ainda é o fator humano que regula a intensidade física e emotiva de uma boa pescaria, em companhia dos amigos, ou da família, ou sozinho; é a chamada pescaria “hardcore”, na qual o mar se transforma numa verdadeira arena. E até a escolha do tipo de pescaria – um programa de família aos domingos ou uma “caçada” ao limite da obsessão, enfim... uma recreativa e outra desportiva – pode influenciar na decisão de optar por um específico iate. AindA é o fAtor humAno Que reGulA A intensidAde físicA e emotivA de umA boA PescAriA Alguns fatores devem pesar na decisão de embarcar neste ou naquele barco. A começar pela existência de um flybridge, pelas dimensões e divisões do deque de popa, pela presença ou não de uma torre de observação instalada a bordo, pela localização do cockpit e de seu acesso, isolado ou escamoteável, à cozinha. Estes podem ser detalhes pequenos, mas que, ao final, podem fazer uma grande diferença entre o paraíso e o limbo purgatório, para não escrever sobre o inferno de uma pescaria. j PERFILNÁUTICO 39
  • 40. CaPa PESCA ESPORTIVA Um Vicem 57, um Hatteras GT 63 e um Bertram 80 são alguns exemplos, em ordem de grandeza, de barcos de pesca esportiva fabricados fora do país, criados para os diferentes tipos de pescarias. E eles são os meios que justificam os fins. O primeiro foi concebido sob medida para transformar a pescaria num agradável, casual e divertido passeio de confraternização para os amigos e os parentes. Na dúvida, o peixe já foi até embarcado no frigorífico e a grelha acendida com antecipação. O segundo representa um iate de “batalha”, quase espartano na aparência agressiva, mas que não abre mão da elegância AlGuns fAtores devem PesAr nA decisão de embArcAr neste ou nAQuele bArco da decoração interna aliada às necessidades dos pescadores competitivos, os “anglers”, ou seja, os homens de mar que vão à caça e não voltam de mãos vazias. Já terceiro é ideal para os adeptos da pesca tradicional oceânica e, ao mesmo tempo, amantes de todo o luxo à disposição. o homem e o Peixe É necessário lembrar que o peixe está no seu meio ambiente natural. O homem é um intruso e precisa equipar-se bem para entrar no “jogo”. O raciocínio é simples, mas não pode ser dado por descontado. A batalha para levar um determinado peixe para a panela pode atravessar uma madrugada ou um dia ensolarado, durando horas a fio, 40 PERFILNÁUTICO j
  • 42. CaPa PESCA ESPORTIVA sob um manto estrelado ou debaixo de um sol forte. É um jogo de gato e rato, em alto-mar. Em muitos casos ele provoca a exaustão dos dois adversários, o homem e o peixe. Poucas emoções se comparam àquela de fisgar um grande marlim -azul e sentir o carretel do molinete 42 PERFILNÁUTICO girar fortemente, os puxões e os esticões que o peixe provoca na linha, como se enviasse uma mensagem em código a ser decifrada pela sensibilidade do pescador, determinando a sua estratégia para não perdê-lo e trazê-lo a bordo, inteiro, ainda vivo apenas em tempo de admirar nos olhos a coragem de tanta valentia alimentada pelo seu instinto de sobrevivência, que o faz lutar até conseguir romper a linha ou ser içado para o barco. Se pensar que um espadarte pode nadar a mais de 600 metros de profundidade... tem que dar linha e suor para capturar este “agulhão” que, entre os “indivíduos” de sua espécie, apresenta a maior tolerância às diferenças de temperatura na água, dos 5 aos 27 graus centígrados, e é encontrado, principalmente, nas costas das Regiões Sul e Sudeste do Brasil, além de ser muito “cosmopolita” e, por isso mesmo, presente nas águas tropicais e temperadas de todos os oceanos. eQuiPAmentos e Acessórios Ao contrário dos tantos Santiagos de hoje, frequentadores assíduos ou esporádicos dos iate clubes espalhados pelo mundo, o personagem de Heingway tinha Salão principal da Bertram 80, para pescadores e convidados 42 PERFILNÁUTICO
  • 43. bertrAm 80, PArA os AdePtos dA PescA oceânicA e AmAntes de todo o luxo à disPosição PERFILNÁUTICO 43 apenas a astúcia, a determinação e a força dos braços para combater contra o vento, as ondas, a corrente marinha, os predadores da sua presa e, principalmente, a resistência do peixe arrastando a canoa para longe da costa. Hoje os donos de iates contam com um vasto arsenal para regular o tempo de batalha entre os dois adversários, como por exemplo os poderosos motores que, engrenados à frente ou em marcha à ré, podem aumentar o cansaço do marlim -azul, do peixe-espada, do atum e de outros peixes duros na queda. Os barcos também estão equipados com aparelhos sofisticados, semelhantes ao sonar, de alta precisão e que ajudam a localizar as presas, estejam elas em cardumes ou isoladas, no caso dos preciosos pelágicos, como o peixe-espada. Fazem a diferença os tipos de caniços, as carretilhas, as linhas de multifilamentos ou fios de aço, as iscas artificiais ou naturais e, principalmente, na popa, os espaços destinados a estes acessórios e a outros, como as caixas, fixas ou móveis, para guardar os peixes, além dos chuveiros de água doce e salgada para os diversos usos. Isso sem falar do conforto a bordo e das possibilidades logísticas de locomoção dentro de um campo de pesca pré-estabelecido, ou seja, em águas profundas ou não, com fundo de pedra ou de areia, longe ou perto da costa, com ou sem a terra à vista. Ao fim, entre um mar de opções, vence aquela que privilegia a personalidade de cada pescador, mais inclinado ou menos disponível ao sacrifício de duelar com um peixe tão valente. Uma batalha que pode beirar as raias de uma incrível invenção literária, ou história de pescador, mas encontra respaldo em relatos de testemunhas e de lutas documentadas de cinco, seis horas contra um espadarte. Claro, isso sempre que a pesca for de superfície. Pois a caça submarina requer outros requisitos, como um bom fôlego para os mergulhos em apneia em profundidade e todas as facilidades Cozinha equipada para o preparo do peixe fisgado j
  • 44. 44 PERFILNÁUTICO hAtterAs Gt 63, PArA os homens de mAr Que vão à cAçA e não voltAm de mãos vAziAs a bordo para exercê-la da melhor maneira, como a presença de um bom tênder para transportar a ação para o mais perto possível da toca da garoupa. Põe o cinto “Coloca o cinto nele”... é a frase que revela o início de uma batalha do pescador com o pescado ainda embaixo da água e distante do barco. A adrenalina sobe a bordo. Ajeita-se a cadeira de combate, neste caso tão ou mais importante que a do timoneiro da embarcação, pelo menos do ponto de vista do pescador. A vara enverga e testa a flexibilidade do molinete. A preparação física e mental do pescador, as condições do mar e a força do peixe são as principais variáveis que influenciam o resultado deste duelo. Os olhos perlustram o horizonte em busca de um sinal do adversário, um salto furtivo de uma desafiante e corajosa apresentação, diante de um destino do qual dificilmente a presa escapará com vida. Dependendo do peixe e do uso do motor do iate - para cansá-lo ou recolhê-lo quando afunda, esgotado e sem forças devido ao esforço – um duelo pode levar minutos ou horas intermináveis. Cada instante desta batalha é capaz de dilatar o tempo ao infinito. Esta é uma das razões pelas quais um iate desenhado para a pesca esportiva precisa ter como acessórios de série alguns equipamentos que são apenas opcionais em outros tipos de embarcações criadas somente para o CaPa PESCA ESPORTIVA
  • 45. PERFILNÁUTICO 45 lazer, como as cadeiras giratórias de combate, os locais para o apoio dos molinetes, por exemplo. O espaço amplo e a divisão do poço de popa também são fundamentais para proporcionar a melhor fluidez nas atividades de pesca, assim como as amuradas concebidas para receber os molinetes. A captura de um grande exemplar de uma espécie pelágica (um agulhão, para citar apenas um) provoca uma movimentação frenética a bordo, principalmente no instante de içá-lo. Todas estas operações exigem muita energia e, por isso mesmo, não se pode abrir mão do conforto para recuperá-las depois. O ideal é usar um iate “híbrido”, capaz de realizar atividades esportivas e de ser muito prático, ágil, sem dar por descontadas as exigências de uma embarcação de lazer, com toda a comodidade possível. As instalações precisam ter tudo para transformar a estadia Um iate de batalha, mas que não abre mão da elegância da decoração interna de um ou vários dias em uma experiência inesquecível. Já que a boa comida – o peixe fresco – é praticamente uma garantia após a clássica fotografia do “troféu” da pescaria. As salas de jantar e as cozinhas bem aparelhadas e de fácil circulação são condições primordiais para uma conclusão, da melhor maneira possível, de uma viagem de pesca. Os salões com grandes vidraças devem ser elementos integrantes do j
  • 46. projeto do barco de pesca esportiva. E não somente por uma questão estética e funcional – a iluminação natural do ambiente interno –, mas também como uma espécie de cenário interativo, entre quem está no palco das atividades de pesca e a plateia a bordo. Luzes especiais para a pescaria noturna também devem estar presentes. As bases de apoio para a preparação das iscas, além de locais para armazenar o pescado são importantes para potencializar ao máximo as ações da pescaria, do começo ao fim. O bem-estar a bordo também 46 PERFILNÁUTICO depende de alguns equipamentos de ponta, como sistemas automáticos de estabilizadores baseados no giroscópio mecânico, que minimizam as eventuais sensações de enjoo ou de cansaço com o iate a baixa velocidade ou em manobras de ancoragem, principalmente sob impacto de grandes ondas de um mar agitado. Estes aparelhos variam de barco para barco e representam a nova aplicação para uma velha tecnologia conhecida desde a virada do século 19 para o 20. Para os iates em movimento em mares fortes, as alhetas hidrodinâmicas são suficientes para diminuir o balanço e proporcionar uma navegação mais “estática” e estável. O ideal é combinação dos dois sistemas para a produção dos melhores resultados em termos de estabilidade. PescAriA consciente Os atuais iates de pesca esportiva nada têm a ver ou pouco têm em comum com os seus ancestrais... canoas (os primeiros achados arqueológicos datam de 9 mil anos atrás) e jangadas, pirogas e caiaques que moviam-se apenas com as correntes, as remadas e o sopro dos CaPa PESCA ESPORTIVA
  • 47. A evolução dAs embArcAções seGue os PAssos e As necessidAdes do homem, básicAs ou suPérfluAs PERFILNÁUTICO 47 ventos. A evolução das embarcações segue acompanhando os passos e as necessidades do homem, básicas ou supérfluas. A tecnologia transformou-se numa faca de dois gumes. Dependendo da forma como é utilizada, o pescador pode ameaçar uma espécie de extinção. A luta entre o homem e o peixe está cada vez mais desigual. Por isso, antes de partir para uma pescaria em alto-mar, é preciso se informar sobre as regras que foram criadas para limitar os danos ao meio ambiente, como os períodos de desova, os tamanhos mínimos para a captura de uma determinada espécie e, assim mesmo, para o consumo próprio. Somente desta forma os pescadores e os pescados podem continuar a conviver e a fazer parte da mesma cadeia alimentar. A história da pesca esportiva nasceu no começo de 1800. E para ela continuar é preciso preservar.j Bonito e preparado para navegar em busca do melhor peixe
  • 48. CaPa PESCA ESPORTIVA hobby e lazer, subsistênCia e Profissão A PescA é umA dAs AtividAdes ProdutivAs mAis AntiGAs dA humAnidAde. hoje é tAmbém umA PráticA de lAzer recomendável, em áGuA doce ou sAlGAdA Por AmAndA KAsecKer e mArcelo budA 48 PERFILNÁUTICO 48 PERFILNÁUTICO
  • 49. j PERFILNÁUTICO 49 PERFILNÁUTICO 49 e acordo com o Ministério da Pesca e Aquicultura, os recursos pesqueiros marítimos, costeiros e continentais constituem importante fonte de renda, geração de trabalho e alimento e têm contribuído para a permanência do homem no seu local de origem. Dentro desse contexto, a pesca pode ser dividida em três categorias: artesanal, industrial e amadora. PescA ArtesAnAl O pescador artesanal é aquele profissional que, devidamente licenciado pelo Ministério da Pesca e Aquicultura, exerce a pesca com fins comerciais, de forma autônoma ou em regime de economia familiar, com meios de produção próprios ou mediante contrato de parcerias, desembarcada ou com embarcações de pequeno porte. Para a maior parte deles, o conhecimento é passado de pai para filho ou pelas pessoas mais velhas e experientes de suas comunidades. Do total de cerca de 970 mil pescadores registrados, 957 mil são pescadores e pescadoras artesanais, segundo dados de setembro de 2011. São produzidos no Brasil 1 milhão e 240 mil quilos de pescado por ano, sendo cerca de 45% dessa produção oriunda da pesca artesanal. PescA industriAl Trata-se de uma atividade de base, fornecedora de matéria-prima para as grandes indústrias de centros de distribuição de alimentos. A pesca industrial caracteriza-se D
  • 50. CaPa PESCA ESPORTIVA Pesca artesanal: fins comerciais ou em regime de economia familiar em função do tipo de embarcação empregada (médio e grande porte) e da relação de trabalho dos pescadores que, diferentemente do segmento artesanal, possuem vínculo empregatício com o armador de pesca (responsável pela embarcação). A pesca industrial é composta por cerca de 5 mil 50 PERFILNÁUTICO embarcações, envolvendo 40 mil trabalhadores somente no setor de captura. Os principais portos de desembarque estão localizados nos municípios de Belém (PA), Camocim (CE), Natal (RN), Vitória (ES), Rio de Janeiro e Niterói (RJ), Santos e Guarujá (SP), Itajaí e Navegantes (SC) e Rio Grande (RS). PescA AmAdorA A pesca amadora, também conhecida como pesca de lazer, segundo portaria do Ibama, refere-se a um esporte, é praticada por pessoas que não dependam dela economicamente e pode ser considerada como um hobby. O Brasil tem as condições mais propícias para se tornar um dos principais destinos da pesca amadora em todo o mundo, já que conta com mais de 12% de toda a água doce do mundo e 8 mil quilômetros de costa. Para praticá -la é necessário que o pescador tenha ao menos uma vara, contando ainda com o uso de carretilhas ou molinetes, linha de pesca e anzol. Este material pode ser utilizado em água doce, salgada ou salobra, com o auxílio de iscas. PescA esPortivA Dentro da categoria de pesca amadora está a pesca esportiva, que consiste na prática do “pesque e solte”. Para praticá-la de forma regular, é necessário que se tenha uma licença. Este documento não está vinculado ao lugar em que se deseja pescar, podendo ser pesqueiros, rios, mares, lagos ou manguezais. Caso você não tenha a documentação exigida para esta Pesca industrial: matéria-prima para as grandes indústrias
  • 51. j A multA PArA Quem não tem licençA PArA PrAticAr A PescA esPortivA Pode vAriAr de r$ 500 A r$ 2 mil PERFILNÁUTICO 51 atividade, estará sujeito uma multa que pode variar de R$ 500, a R$ 2 mil. Dentre os estilos ainda de pesca amadora estão a pesca de arremessos (com carretilha), com mosca (tipo de isca), de barranco (no barranco), de praia (na praia) e embarcada (com barco). Na pescaria com embarcações, o pescador vai em busca do peixe, podendo alcançar cardumes e uma variedade de espécies e de tamanhos. Para encontrar um bom ponto de pesca, é fundamental estar bem equipado, e isso quer dizer também estar bem embarcado. Para a pesca de fundo, por exemplo, o ideal é ancorar sobre parcéis, naufrágios ou cascalhos. É importante ter um GPS, sonar ou fishfinder, aparelho desenvolvido especialmente para detectar cardumes. Dicas com os pescadores da região também podem facilitar bastante. A segurança como sempre deve ter atenção especial, e não somente com os equipamentos de salvatagem. A primeira providência é consultar as condições meteorológicas, pois nunca se deve navegar em condições adversas. Lembre-se de que a quantidade suficiente de cabo para o ferro ou âncora deve ser no mínimo três vezes a profundidade do local de pesca, o combustível deve ser calculado para navegar pelo menos 50% a mais do que percurso planejado e a água potável deve ser suficiente para vários dias, mesmo que a pescaria dure apenas uma tarde. Verifique se tudo está funcionando perfeitamente na embarcação, especialmente o rádio VHF para comunicação com outras embarcações e com quem está em terra. Nas próximas páginas, a Perfil Náutico apresenta algumas embarcações disponíveis no mercado brasileiro. LICENÇA PARA PESCA ESPORTIVA Para quem gosta de passar o tempo em alto-mar, nada mais aconselhável do que um bom dia de pesca. A pesca esportiva é uma modalidade de lazer ou esporte, na qual os peixes capturados são devolvidos à água. É permitida apenas a utilização de iscas artificiais. A prática, como qualquer outra de pescaria, só pode ser exercida mediante uma licença emitida pelo Ministério da Pesca e Aquicultura. A licença varia conforme a categoria: A (desembarcada): pescaria em beira de rios, pontes, etc. B (embarcada): pescaria em embarcações C (subaquática): pescaria dentro d’água Mais informações no site: www.mpa.gov.br.
  • 52. CaPa PESCA ESPORTIVA APesAr dA “mAturidAde”, A cArbrAsmAr 41 está lonGe de ser APosentAdA ou se tornAr obsoletA 52 PERFILNÁUTICO
  • 53. A Carbrasmar 41 é uma prova de que modelos antigos resistem ao tempo e podem continuar sendo competitivos. Projetada pelo renomado Joaquim Kuster, começou a ser comercializada em 1986 e tornou-se um ícone para a pesca oceânica esportiva. Adequada às características da costa brasileira, pelo que tudo indica, apesar da “maturidade”, a Carbrasmar 41 está longe de ser aposentada ou se tornar obsoleta. Para manter-se atual, vem passando por algumas modernizações, como no projeto estrutural – todo em Divinycell e resinas nobres — nos materiais de construção e na iluminação. O estaleiro Carbrasmar tem acompanhado as tendências da indústria e conseguiu, ao longo dos anos, adequar-se às necessidades de levar a família a bordo. O modelo 41, por exemplo, é um sportfischerman na hora da competição e uma cruiser quando a bordo a família. j PERFILNÁUTICO 53
  • 54. CaPa PESCA ESPORTIVA A Sedna XF 335 é um barco de pesca esportiva compacto, robusto e de navegabilidade surpreendente, projetado para oferecer o melhor em desempenho e acomodações para o seu tamanho. Os engenheiros da Sedna trabalharam junto com o estúdio Donald L. Blount and Associates Inc. para chegar a uma sportfisher com excelente desempenho e que encara condições adversas de mar. O acabamento do interior da cabine é de alto padrão. O posto de comando, localizado a estibordo sobre uma plataforma elevada, proporciona os melhores ângulos de visão para quem está em busca de um bom peixe. Centro de preparação de iscas, tanque de isca viva com água circulante, caixas de peixe de grande capacidade e com isolamento térmico, gabinetes equipados com caixas e gavetas, porta-varas bem posicionados, porta-Crocs, porta-bicheiro, entre outros equipamentos, fornecem todos os recursos para muito conforto no cockpit. j 54 PERFILNÁUTICO
  • 55. A sednA xf 335 é umA sPortfisher com excelente desemPenho e Que encArA condições AdversAs de mAr PERFILNÁUTICO 55
  • 56. CaPa PESCA ESPORTIVA os dois modelos dA flóridA, A 270 e A 330 oceAn, são ideAis PArA PescA em Alto-mAr e PAsseios em fAmíliA 56 PERFILNÁUTICO
  • 57. A Flórida 270 é uma lancha de console central, com belo design e belo acabamento, ideal para pesca em alto-mar e passeios em família. Seus moldes são totalmente usinados em CNC, garantindo o acabamento perfeito, com alta precisão nos detalhes. Foi lançada oficialmente em janeiro de 2012. A Flórida 330 Ocean lançada em 2010, do estaleiro Flórida Marine, é uma lancha pesqueira, cabinada, que une espaço e conforto ao prazer da pesca e dos passeios em família. A proposta é oferecer uma excelente navegação com seu “V” profundo no casco e um espaço amplo tanto externo como interno. Possui cabine equipada com sofá em U, cama de casal, banheiro fechado e cozinha. j PERFILNÁUTICO 57
  • 58. CaPa PESCA ESPORTIVA Lançada no Brasil em julho de 2012, a Oceania 30WA é um barco para pesca esportiva. Comporta até quatro pescadores em seu casco com “V” acentuado na proa – adequado para o uso em águas agitadas e de estilo walk-around – que permite a livre circulação ao redor. Diversos itens de série tornam a lancha bastante completa, com conforto para passeios em até 11 pessoas. O barco, desenvolvido pelo estaleiro Oceano Yachts, da Espanha, em parceria com a Sailor Brasil, é fabricado na China e tem versões diferenciadas para Espanha, Noruega, Rússia, Nova Zelândia, Austrália e Brasil, sendo a brasileira a mais completa de todas. j 58 PERFILNÁUTICO
  • 59. diversos itens de série tornAm A oceAniA 30WA umA lAnchA comPletA, com conforto PArA Até 11 PessoAs PERFILNÁUTICO 59
  • 60. CaPa PESCA ESPORTIVA A F39 Saint-Tropez do estaleiro Fishing é um bom exemplo de um barco que pode ser utilizado tanto para pesca como para um passeio de fim de semana em família. O projeto, assinado pelos estúdios Donald Blount e Paulo Marques Yacht Design, traz uma ampla cabine reversível na proa e um solário na parte de cima que acomoda até seis pessoas. Acessórios para propiciar momentos agradáveis a bordo não faltam: TV digital, DVD player, geladeira duplex, fogão de duas bocas, churrasqueira e mesa de centro de teca com levantador elétrico. As duas cabines internas acomodam quatro pessoas confortavelmente, tornando a embarcação ideal para um casal com dois filhos, ou até para dois casais. 60 PERFILNÁUTICO
  • 61. Catamarãs são barcos versáteis, adaptáveis para passeio, turismo, lazer e esportes, como a pesca. É o caso dos modelos W 260 e W 300 do estaleiro Vom Wasser. Corte macio sobre as ondas, suave grau de impacto, estabilidade, velocidade e ótimo aproveitamento de espaço são algumas das características. As embarcações Vom Wasser são produzidas de acordo com as normas da ABNT, utilizando tecnologia da Barracuda Advanced Composites em materiais compostos com núcleo de Divinycell, que confere ao laminado altíssima resistência com baixo peso. Os barcos são homologados para mar aberto, são excelentes para navegar em águas desabrigadas e têm autonomia suficiente. O espaço e o conforto proporcionados em modelos catamarãs são maiores do que os encontrados em monocascos convencionais. Um catamarã de 40 pés, por exemplo, tem espaço comparado ao de um monocasco de 50 pés. S PERFILNÁUTICO 61
  • 62. Ferretti 960: cinco cabines, sendo a do armador no deque principal 62 PERFILNÁUTICO Canal NCanáalu Estpiocrteo O novo iate Ferretti 960 é a prova concreta de como é possível encaixar um colosso de 96 pés em apenas 23,98 metros. O segredo está na diferença entre o comprimento “fuori tutto” e o efetivamente construído. O resultado é que a embarcação pode ser conduzida por um piloto não profissional. O iate tem cinco cabines, sendo uma do armador – pela primeira vez, no deque principal – e outras quatro suítes, rigorosamente iguais. A zona do flybridge é um grande spa. Uma das principais novidades é a garagem de popa que pode ser alagada sem comprometer a função original de estiva. Ali também está a “praia”, instalada sobre uma plataforma móvel que facilita o acesso ao mar em diferentes profundidades. www.ferrettibrasil.com.br SILENCIOSO E ECONÔMICO A nova Tradition Supreme 108 (BK001), do estaleiro Benetti, segue o caminho de sucesso da Tradition 105. Com design de Stefano Righini, os 32,98 metros da embarcação têm uma estrutura complexa, e pela primeira vez na história da frota Benetti Class deque solar, roll–bar e hard top foram construídos usando fibras de carbono e de vidro. Os três deques dão um aumento considerável nas áreas de convivência e ainda mais conforto a bordo. Entre as várias vantagens do design estão as varandas laterais, amplo sky lounge e imenso sun-deck, criados para proporcionar ao proprietário e seus convidados total aproveitamento da vida em alto-mar. Dez convidados poderão ser confortavelmente acomodados em cinco cabines: uma suíte para os proprietários no deque principal e quatro cabines para hóspedes no deque inferior. www.benettiyachts.it PRIMEIRA APARIÇÃO A nova Tradition Supreme: design de Stefano Righini j
  • 63. VISITE-NOS NO RIO BOAT SHOW 2013 de 25 de abril a 01 de maio stand: P3-9
  • 64. PARCERIA DE CLASSE A Silver Arrows Marine Granturismo é uma lancha de luxo cheia de estilo. O projeto é o resultado da parceria entre a Silver Arrows Marine e a Mercedes- Benz. O modelo, ainda camuflado, passou pelos primeiros testes no mar. O desenho do casco é inovador e altamente tecnológico. Nos testes foi utilizado o sistema de telemetria da Fórmula 1 para registros de dados. Equipamentos como aceleradores e giroscópios, junto com posicionamento de GPS, permitem uma boa avaliação das habilidade do barco. www.silverarrowsmarine.com ESTILO LIMUSINE Fabricado pelo estaleiro norte-americano Hodgdon Yachts, o modelo Hull 414 Yacht Tender foi projetado pela Michael Peters Yacht Design, de Sarasota, Flórida, para ser barco de apoio de um superiate de um estaleiro de renome da Europa. O barco no estilo limusine tem 10.5 metros de comprimento, capacidade para 12 pessoas sentadas e é impulsionado por um motor Volvo D6-370, podendo chegar a uma velocidade estimada de 32 nós. 64 PERFILNÁUTICO CaCnaanl Nalá Eustpicoorte j www.hodgdonyachts.com Projeto feito em conjunto pela Silver Arrows Marine e pela Mercedes-Benz Hull 414 Yacht, da Hodgdon Yachts: barco de apoio de um superiate
  • 65.
  • 66. 66 PERFILNÁUTICO CaCnaanl Nalá Eustpicoorte A integração do novo motor N67 500 com o inovador sistema de propulsão da ZF permite aos motores da Série NEF da FPT, com seis cilindros e common rail eletrônico, estender sua gama de aplicações. O sistema compacto e leve POD Drive ZF assegura maior velocidade de cruzeiro, consumo de combustível reduzido em até 15%, emissões de poluentes menores em até 30% e menores custos de manutenção. j www.fptindustrial.com O lançamento da Kawasaki oferece conforto e desempenho na medida certa. O jet ski Ultra LX 2013 tem espaço para o condutor e mais duas pessoas. O tanque de combustível tem capacidade para 18 litros e o motor de 16 válvulas, com comando duplo no cabeçote, esbanja aceleração rápida, suave e precisa. O Ultra LX faz parte da série 300 da Kawasaki. www.kawasakibrasil.com ULTRA LX 2013 SISTEMA INOVADOR Novo jet da Kawasaki VOLVO PENTA PREMIADO REMIADO O motor de rabeta, movido a gasolina, é destaque no mercado náutico por proporcionar melhor aceleração, excelente resposta em baixas rotações, operação silenciosa e redução de até 15% no consumo de combustível. O V8- 380 foi premiado pelo Ibex Innovation Award – o mais importante prêmio da área de motores marítimos de lazer. www.volvo.com.br
  • 67.
  • 68. NOVA GERAÇÃO DE ELEVADORES 68 PERFILNÁUTICO CaCnaanl Nalá Eustpicoorte O PierPlas EVO, lançamento da NTC Moldes e Plásticos, permite a criação de plataformas para atracação de barcos e jet skis, embarque e desembarque, apoio à prática de esportes entre outras aplicações de forma ágil e intuitiva. O píer é o único no mundo fabricado por injeção de plástico, o que agrega ao produto um acabamento preciso, leve e resistente. j www.pierplas.com.br O V-Lift é o primeiro elevador de barco de flutuação livre para se encaixar em um espaço mínimo de três metros de largura e pode ser instalado em profundidades entre 3 e 10 pés. Com um simples acionar de controle remoto, e com opção de bateria solar, o V-Lift pode ser atracado à doca, dispensando o uso de defensas, e pode lançar o barco na água em até 75 segundos e levantá-lo em até dois minutos. www.lojadebarco.com.br LEVE E RESISTENTE V-Lift, para profundidades entre 3 e 10 pés NAVEGAÇÃO MAIS SEGURA Visando maior comodidade, comunicação e segurança durante a navegação, a Raymarine lançou a linha a-Series touchscreen. São displays de 5,7 polegadas com processador dual core, “zoom” instantâneo da carta, sonda digital interna de segunda geração, antena de GPS interna de 50 canais, tela de LED, entrada para antena de radar digital, interface para exibição dos painéis de motores e comando remoto sem fios por Bluetooth. www.marinexpress.com.br
  • 69.
  • 70. DESIGN E CONFORTO Cadeira Seagull: dois braços para joystick e controle 70 PERFILNÁUTICO CaCnaanl Nalá Eustpicoorte Para os pilotos mais exigentes, a marca italiana Besenzoni lançou a cadeira Seagull. O modelo oferece diversas opções de personalização de acabamento, tapeçaria e bordados. Os dois braços grandes são projetados para acomodar um joystick e controle de manetes. A cadeira é ideal para viagens longas, proporcionando o máximo de conforto para o piloto. www.besenzoni.it O Grupo Unicoba, fabricante e fornecedor de equipamentos eletrônicos e soluções em energia, apresentou a linha Marine, com produtos da marca Alpine especialmente feitos para embarcações. A qualidade sonora tão apreciada dentro dos mais luxuosos carros é estendida também para os barcos. A linha Marine passa por rigorosos testes de resistência à corrosão e à infiltração de água, características que a tornam ideal para a utilização marítima. S www.unicoba.com.br SOM NÁUTICO
  • 72. MANUTENÇÃO: REPOUSO DO GUERREIRO No período pós -férias, deixe seu barco seguro e bem cuidado. Saiba como escolher uma marina para hospedar sua embarcação POR LEO SUZUKI 72 PERFILNÁUTICO CaCnaanl Nalá Eustpicoorte Algumas marinas oferecem opções de vagas secas e molhadas A alta temporada de verão está terminando, é hora de guardar o barco. Para que ele esteja perfeito e com excelente navegabilidade para os próximos passeios, serviços de manutenção devem ser realizados, mesmo quando o barco vai ficar parado. Por isso a escolha de uma boa marina é importante. Independentemente da Carlos Henrique Nóbrega, responsável pela Marina Baiti, de Itapoá (SC), uma espuma macia com xampu náutico biodegradável é utilizada para não danificar a base de resina gelcoat e minimizar os danos ao meio ambiente. “Solicite à marina as especificações técnicas do produto com a respectiva certificação e saiba quem é o engenheiro químico responsável para evitar o uso de produtos sem a devida garantia”, alerta. Em relação à limpeza interna, para as embarcações cabinadas e com mobiliário, verifique SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO DEVEM SER REALIZADOS MESMO QUANDO O BARCO FICA PARADO hospedagem, em vaga seca ou molhada, a limpeza do interior e do exterior, a manutenção periódica do casco, a necessidade de repintura e o check -up do porão são alguns procedimentos primordiais para assegurar o seu conforto e a vida útil de seu barco. Por isso fique atento aos principais quesitos para fechar o negócio. LIMPEZA: DENTRO E FORA Sempre que a embarcação retornar do mar, é necessário efetuar a limpeza externa e, quando estacionada na marina, a lavagem deve ser executada uma vez ao mês. De acordo com
  • 73. PERFILNÁUTICO 73 Canal Náutico j A lavagem externa do barco deve ser realizada uma vez ao mês o tipo de produto a ser utilizado conforme os materiais de acabamento interno. Nas embarcações sem mobiliário, usa-se o próprio xampu náutico diluído em água. Para evitar fungos e mofo, é aconselhável expor o barco e os estofados ao O PORÃO DA EMBARCAÇÃO Segundo Nóbrega, o que normalmente é esquecido durante o processo de limpeza é o porão da embarcação. “No recebimento de novas embarcações é comum encontrarmos porões em estado deplorável, assim como infestadosde baratas.” O porão deve ser dedetizado anualmente. E na hora de fechar o negócio, confira se a marina executa este tipo de serviço. MANUTENÇÃO DO CASCO Se a embarcação permanece em vaga molhada, é necessária a manutenção periódica do casco. A incrustação de cracas, limo e manchas está diretamente ligada às características da água. De acordo com Adrian Fuhrhausser, proprietário do Hotel Marina Canoa de São Sebastião (SP), embarcação que navega em água doce demanda menos manutenção. “Na água doce geralmente cresce limo, que não necessita de sol para que a secagem seja completa. É ideal conferir se a marina tem espaço físico para tal procedimento. Lubrificação do trim, do motor e engraxamento do eixo do hélice
  • 74. Estrutura de embarque e desembarque 74 PERFILNÁUTICO CaCnaanl Nalá Eustpicoorte procedimentos especiais. Basta borrifar cloro para ele sair.” Carlos Henrique Nóbrega comenta que com a água salgada a tendência é que as incrustações evoluam mais rapidamente e, quando há constatação de danos ao gelcoat, é necessária a repintura da embarcação. “A tinta recomendável é a anti-incrustante, também conhecida como ‘envenenada’. A periodicidade da pintura depende da velocidade e intensidade de incrustação no casco.” E MAIS... Além da forma de executar os serviços, da periodicidade e dos produtos utilizados, fique atento aos principais procedimentos que envolvem a colocação e a retirada da embarcação do mar. Alguns detalhes técnicos asseguram o seu conforto durante a navegação! MOTOR É necessário fazer o adoçamento do motor sempre que a embarcação volta do mar. O procedimento deve ser realizado semanalmente, pois o funcionamento do motor neste prazo evita o entupimento dos bicos injetores. Observe os procedimentos de pulverização e lubrificação do motor e do trim (motor com inclinação) para evitar riscos de emperramento. Adoçamento do motor, depois que a embarcação volta do mar
  • 75. PERFILNÁUTICO 75 Canal Náutico Alguns barcos ficam guardados mais tempo em vaga seca Veja o engraxamento das velas, dos polos da bateria e da suspensão da carreta. A pulverização do motor, segundo Nóbrega, deverá ser executada com lubrificantes sem petróleo, como vaselina líquida ou silicone, para evitar o ressecamento das borrachas. Este procedimento deve ser realizado bimestralmente, protegendo o motor de arranque e a área de injeção durante a execução. “Constate se as velas dos motores, os polos das baterias e o eixo do hélice foram engraxados com graxa náutica branca para evitar a oxidação”, recomenda Nóbrega. “O hélice, não engraxado, pode grudar no eixo, impossibilitando sua retirada, caso haja necessidade de troca.” As carretas também são itens que demandam cuidados. Os equipamentos possuem peças metálicas que estão em constante contato com a água e devem ser lavadas com água doce e engraxadas. ABASTECIMENTO Primeiramente, verifique se a marina possui a licença ambiental e o certificado de Posto Revendedor da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Certifique-se da procedência do combustível, pois o prazo de validade se esgota após três meses – perdendo a octanagem e produzindo uma borra FIQUE ATENTO AOS PROCEDIMENTOS DE COLOCAÇÃO E RETIRADA DA EMBARCAÇÃO DO MAR j
  • 76. 76 PERFILNÁUTICO CaCnaanl Nalá Eustpicoorte que compromete o funcionamento do motor. NA HORA DE FECHAR O NEGÓCIO... Carlos Henrique Nóbrega alerta sobre a importância dos documentos para formalizar os serviços da marina. “A marina deve ter prontuário das embarcações onde são registrados todos os serviços efetuados, e estes são encaminhados mensalmente ao proprietário junto com o boleto de pagamento. ” Ele ainda ressalta a atenção ao contrato e ao regimento interno para verificar se consta a totalidade dos benefícios propostos. Quando for escolher a marina ideal para deixar sua embarcação, Adrian Fuhrhausser sugere um local que combine com sua personalidade. “Se gosta de pescar, hospede seu barco em uma marina onde haja maior concentração de pescadores. Se é empresário, tem vida agitada e gosta de um passeio rápido com amigos e família, procure uma marina que tenha clientes com o seu perfil.” No entanto, independentemente da marina, procure por profissionais que deem o suporte e o direcionamento corretos para a navegação. Isso o deixará seguro para aproveitar todas as sensações que o mar oferece. Visite pessoalmente algumas marinas para conhecer a infraestrutura, os profissionais e os serviços disponíveis. Saiba se é legalizada perante os órgãos ambientais, capitania dos portos e prefeitura, e cronometre o tempo para chegar até o local. Com a certeza de que seu barco está protegido e bem cuidado, aproveite todos os prazeres da vida a bordo! S A MARINA DEVE ENCAMINHAR O PRONTUÁRIO DA EMBARCAÇÃO MENSALMENTE AO PROPRIETÁRIO SERVIÇO BAITI Localizada na Baía de Babitonga, entre as cidades de São Francisco do Sul e Joinville, Santa Catarina. SITE: www.baiti.com.br CANOA Localizada na Barra do Una, em São Sebastião, litoral norte de São Paulo. SITE: www.canoa.com.br A escolha da marina ideal depende da personalidade do proprietário do barco
  • 77.
  • 78. 78 PERFILNÁUTICO Canal do Construtor Canal Esporte A maioria dos barcos é construída em sistema sandwich COLANDO A VÁCUO PARTE 1 Barcos construídos em sistema sandwich têm costado, convés ou qualquer outra parte plana do casco mais rígidos POR JORGE NASSEH JÁ FOI O TEMPO EM QUE ERA ACEITÁVEL TER UM BARCO CONSTRUÍDO COM FIBRA SÓLIDA E QUE TIVESSE UM COSTADO FLEXÍVEL Uma as principais preocupações para quem compra e usa barcos é com a rigidez do casco. Já se sabe que um casco flexível gera vibração, ruído e, no final, também navega mal. Já foi o tempo em que era aceitável ter um barco construído com fibra sólida e que tivesse um costado flexível. Você aperta e ele flete facilmente, talvez não quebre, mas, enquanto o barco estiver navegando e colidindo com ondas, vai oscilar e vibrar. Isto é construída em sistema sandwich, o que permite aumentar a rigidez do costado, do convés ou de qualquer outra parte plana do casco sem aumento de peso relevante. As espessuras das espumas sandiwch nestas áreas variam entre 10 mm e 75 mm, dependendo do comprimento do barco e de alguns outros fatores. Para garantir a colagem da espuma sobre o laminado, normalmente o fabricante emprega um sistema manual para compactar as placas de também acontece muito nas partes planas do convés sujeitas a tráfego de pessoas. Algumas delas são tão finas que fletem quando alguém passa. Talvez não quebrem, mas a sensação não é boa e quem navega sabe que mais cedo ou mais tarde aquela flexibilidade excessiva vai gerar algum outro problema. A maioria dos barcos, atualmente,
  • 79. PERFILNÁUTICO 79 Canal do Construtor Jorge Nasseh As espessuras das espumas sandwich variam dependendo do barco O MÉTODO DE COLAGEM A VÁCUO É O ÚNICO 100% EFICIENTE PARA LAMINADO RÍGIDO PELO RESTO DA VIDA usada tanto pelo amador quanto pelo profissional. O princípio da técnica é simples: consiste apenas de uma bolsa plástica selada no perímetro do molde de onde o ar é retirado por uma bomba de vácuo. A diferença de pressão nas duas faces do filme plástico cria uma força externa ao longo do laminado sobre o molde, em que o objetivo principal é aumentar a adesão do material sandwich sobre as faces de fibra e evitar espaços vazios na linha de colagem. O método requer a utilização de alguns produtos descartáveis para poder compactar perfeitamente o laminado. Estes produtos normalmente não devem ser reutilizados, o que implica em um custo adicional para se construir um laminado a vácuo, mas o benefício de redução de peso, o menor consumo de resina e a alta resistência do laminado compensam. Na próxima edição falaremos sobre a seleção dos materiais para a laminação. S espuma sobre o adesivo e a camada externa no casco, a infusão a vácuo ou um sistema de pressão que pressione constantemente o material sandwich contra um laminado já curado através de um adesivo à base de resina poliéster ou epóxi. Estes são os melhores sistemas de colagem que podem existir. Uma pequena falha de laminação, uma camada de adesivo não curada, uma colagem mal ajustada ou uma adesão instável podem ocasionar um problema estrutural em um barco. É claro que muitos destes problemas podem não acontecer se a frequência de uso for baixa ou quando usado apenas em águas abrigadas. Mas se este não for o caso? E se um dia uma situação climática inesperada acontecer? Quem estaria disposto a pagar para ver? Embora a laminação manual ofereça boa resistência ao laminado, a etapa de colagem do material sandwich do casco, das anteparas, do convés ou de qualquer outra parte estrutural é bem mais crítica. Certamente o método de colagem a vácuo é o único que irá produzir uma colagem 100% eficiente e um laminado rígido pelo resto da vida. O modo mais eficiente de aplicar a pressão sobre um laminado e o mais comum em projetos de construção de barcos é o uso da bolsa de vácuo, técnica que pode ser
  • 80. CANAL DÉCOR DECORAÇÃO NÁUTICA E SOFISTICAÇÃO A BORDO PALOMA CHRISTIANSEN 80 PERFILNÁUTICO CanaCal nDal Eéspcoroter Os acessórios dão charme à decoração, independentemente do estilo Desde pequena Paloma Christiansen, hoje com 22 anos, procurou a independência. Além da fotografia como hobby, cursou Publicidade, Design de Produtos e encontrou sua grande paixão no design de interiores. Paloma tem um blog chamado Tips and Secrets, no qual compartilha suas criações, dá dicas da Perfil Náutico decorar o seu barco. “Os acessórios são os responsáveis por dar o charme a mais na decoração de sua embarcação, independentemente do seu estilo”, comenta. “Não podem faltar quadros, almofadas e objetos que remetam ao mar, fazendo o link do ambiente externo com o interno. É o caso de artefatos com corais, conchas, NO BLOG TIPS AND SECRETS, PALOMA DÁ DICAS DE DECORAÇÃO E INTERAGE COM OS INTERNAUTAS de decoração e interage com os internautas. Em sua descrição, ela revela bem sua personalidade: “Gosto da mudança, do único, do louco, do novo. Desde pequena picotando, pintando e inovando.” Paloma Christiansen, deu dicas preciosas para o leitor Ideias contemporâneas, cheias de estilo e bom gosto
  • 81. PERFILNÁUTICO 81 Canal Décor Ambiente harmônico e aconchegante barquinhos, entre outros.” De acordo com a designer, é importante sempre prezar por um ambiente harmônico e aconchegante, que alie leveza, tranquilidade, conforto, vida e alegria. Fique atento para não cometer erros em sua decoração. Os mais frequentes, segundo Paloma, são as misturas de cores extravagantes e materiais pesados. “Muita informação acaba tirando a leveza e o luxo do ambiente.” j SERVIÇO E-MAIL: paloma@ferrettibrasil.com.br BLOG: www.tipsandsecrets.com.br FACEBOOK: Tips Secrets
  • 82. DESIGN, ESTILO E CONFORTO X O pufe Shell é um dos novos lançamentos da designer italiana Paola Lenti. Disponíveis em mais de 60 opções de cores e combinações, as peças são feitas para quem gosta de desfrutar de um ambiente estiloso, alegre e confortável. Os pufes são acessórios exclusivos na decoração dos iates Ferretti. www.toolsandtoys.com.br 82 PERFILNÁUTICO CaCnaanla Dl éEcspoor rte CORES E MATERIAIS Y Toda a decoração da Portofino 35 Fly foi planejada pela Estilo a Bordo. A empresa da designer de interiores de iates Isabella Angeloni conseguiu harmonia entre cores e materiais. As cores fortes seguem as tendências internacionais, dando um ar moderno e leve ao mesmo tempo. A cozinha é equipada com tampa e pia de Corian, da DuPont, um material levíssimo e resistente. S www.estiloabordo.com TECIDOS RUBELLI Y Na Azimut 70, tão magnífico quanto a visão que se tem para o mar é o acabamento do salão principal. Os revestimentos dos assentos e sofás trazem a elegância de uma das mais sofisticadas marcas de tecidos do mundo – a italiana Rubelli. A empresa, que nasceu em Veneza em 1858, produz tecidos para decoração de altíssimo padrão e dita tendências para o design textil mundial. www.rubelli.com A NATUREZA E SEU DESIGN W A mesa de centro “Dois Irmãos”, da Arte Floresta, é uma obra da natureza que prestigia as formas orgânicas do lenho. Elaborada com madeira vinhático, a elegante decoração proporciona excelentes composições de ambientes. Pode-se usar como uma mesa ou como dois práticos bancos. www.artefloresta.com.br
  • 83.
  • 84. ALGUM DESSES PODE SER O S EU PRÓXIMO BARCO ÍNDICE No último mês conversamos com cinco estaleiros para preparar a seção Perfil desta edição. Com eles buscamos informações sobre alguns barcos que nos chamaram a atenção por ter algum diferencial, ser um lançamento ou uma embarcação consagrada. De Santa Catarina, apresentamos a história da Ocean Life e a linha de produção das lanchas Evolve. Os Perfis da Valent 210, da Bayliner 350 SE, da Portofino Fly 35 e da Azimut 70 também estão traçados nas próximas páginas. Confira! 84 PERFILNÁUTICO VALENT 210 Para quem busca uma embarcação pequena, mas que tenha grandes qualidades BAYLINER 350 SE No mar ou em água doce, uma lancha para a família e para a prática de esportes PORTOFINO FLY 35 Inspirada no design de um carro esportivo, destaque também para o flybridge AZIMUT 70 Para brasileiros de bom gosto: luxo em alto-mar com direito a quatro suítes OCEAN LIFE Conheça a história do estaleiro responsável pela evolução de uma marca: Evolve 85 93 101 109 117
  • 85. PERFIL VALENT 210 A CAÇULA PRODÍGIO A VALENT TRAZ AO BRASIL A 210 PARA ACABAR COM OS PROBLEMAS DE QUEM QUER UMA EMBARCAÇÃO PEQUENA E COM MUITA QUALIDADE POR AMANDA KASECKER PERFILNÁUTICO 85 www.valentboats.com.br j Apesar de pequena, a Valent 210 tem diversos pontos fortes
  • 86. PERFIL VALENT 210 86 PERFILNÁUTICO
  • 87. PERFILNÁUTICO 87 er uma embarcação menor implica perder qualidade de acabamentos e menos funcionalidade? Não mais. Se antes isso era um problema, agora não é mais. A Valent surgiu no Brasil para atender um nicho que era um tanto subestimado. T Segundo Eslei Giarolla, country manager da Valent, a proposta do estaleiro é exatamente resolver esses problemas. “Percebemos um nicho mal atendido no mercado brasileiro: o segmento de embarcações de j UM BARCO DE LINHAS ESPORTIVAS E ARROJADAS, QUE SE AJUSTA PARA O USO COM TODA A FAMÍLIA
  • 88. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS BOCA: 2,5 m 88 PERFILNÁUTICO luxo ou de alto nível de acabamento, mas de tamanho pequeno, pequeno-médio, entre 21 e 26 pés”, afirma. “Em nosso mercado não existia nada com o acabamento e o cuidado das lanchas importadas de alto padrão.” Ainda de acordo com Giarolla, mesmo no caso das lanchas neste tamanho importadas, havia uma falha importante: “Os importadores tinham o know-how para importar e vender lanchas aqui a preços altíssimos, mas não traziam para cá o atendimento a cliente nem a atenção com o consumidor que existem lá fora.” Dentro dessa proposta, a Valent apresentou ao público três modelos no São Paulo Boat Show, em outubro de 2012: a Valent 210, Valent 230 e Valent 250. Dentre PERFIL VALENT 210 Plataforma de popa e porta-objetos da 210 COMPRIMENTO TOTAL: 6,6 m COMPRIMENTO TOTAL: 6,6 m BOCA: 2,5 m PESO: 1.406 kg TANQUE DE COMBUSTÍVEL: 136 L TANQUE DE ÁGUA: 37,8 L
  • 89. A VALENT SURGIU NO BRASIL PARA ATENDER UM NICHO QUE ERA UM TANTO SUBESTIMADO PERFILNÁUTICO 89 elas, a caçula da linha de produtos chega ao Brasil com porte, desempenho e equipamentos para botar medo em muitas lanchas que se dizem maiores. “É um barco de linhas esportivas e arrojadas, que chama a atenção por tudo isso, mas que se ajusta muitíssimo bem quando o cliente busca usar seu barco com toda a família, sem perder o conforto”, descreve o country manager. LUXO E INTELIGÊNCIA EM 21 PÉS Apesar de pequena, a Valent 210 tem diversos pontos fortes. Um deles está no design do projeto, não só do ponto de vista da beleza das linhas do barco, como também pelo aproveitamento interno. Pela inteligência com que tudo é disposto, o barco parece ter medidas generosas para um 21 pés – 6,6 metros de comprimento e 2,5 de boca – e acaba parecendo ainda maior. De acordo com a Valent, o projeto da 210 traz uma novidade ao mercado brasileiro: a completa utilização de todas as áreas do barco. Um bom exemplo disso é a mesa para o lounge no cockpit: sua inédita base curva faz com que o barco seja utilizado sem que se perceba que ele está preparado para esse item. Quando a mesa está desmontada, o suporte é preso em seu escaninho e fica ali fixo. Navegando não se vê e nem se ouve nada, ou seja, é como se ele simplesmente não existisse. O mesmo vale para o tampo da mesa que fica guardado numa caixa acarpetada fixa, dentro do paiol de meia-nau. Detalhes que definitivamente fazem toda a diferença. Outros itens ainda saltam aos olhos de qualquer um. Sentados em volta da mesa, no cockpit, até seis adultos se acomodam confortavelmente nas duas poltronas, ambas giratórias e com controle de distância. Os demais se instalam no amplo sofá, anatômico e bem desenhado, com apoio para as costas, inclusive nas laterais internas. Sob ele se encontra a caixa térmica que vem de série. A funcionalidade da caçula 210 também é exemplificada quando se nota que mesmo ela, a menor j
  • 90. da linha, conta com solário de proa, onde existem duas caixas de som que podem ser controladas por controle remoto exclusivo para aquele setor da embarcação. Ali ainda existe um espaço para acondicionar bebidas com gelo e pode haver, segundo o desejo do proprietário, uma escada de proa que fica encaixada no mesmo espaço da caixa de âncora. Tudo isso faz com que mesmo a proa da 21 possa ser uma área considerada completa, com tudo que os passageiros da embarcação poderiam precisar. Os itens de conforto completam-se com um inteligente solário de popa extensível, que conta com uma passagem por onde se entra e se sai do barco sem ter de pisar nas almofadas do sofá ou do solário, algo raro para uma embarcação de 21 pés, mesmo fora do país. Na parte tecnológica, destaque para o sistema de som. Trata-se de um original Fusion, uma marca de equipamentos de som especificamente produzidos para equipar embarcações. “O sistema é extremamente confiável e resistente em função de ser absolutamente apropriado para as condições náuticas e conta com som potente e cristalino”, assegura Giarolla. E o melhor: todas Modelo 230, ideal para a prática de wakeborad 90 PERFILNÁUTICO as embarcações da Valent vêm equipadas com sistemas Fusion como item de série. Os sistemas contam com quatro alto-falantes, aparelhos de som da linha 600i de 280 Watts e são compatíveis com iPod e iPhone, que são colocados dentro do rádio deixando todas as funcionalidades de som disponíveis e os equipamentos completamente protegidos dentro dos Fusions, que são à prova d’água. POTÊNCIA COM ECONOMIA Mas não é só de beleza que a Valent 210 está bem servida. O projeto otimizado dos cascos das embarcações, por exemplo, permite mais precisão nas curvas fechadas e planeio mesmo em velocidades mais baixas, mostrando que também se pensou no quesito potência. O modelo 210 ainda chega a 46 milhas de top, entra em planeio em 3,6 segundos e chega a 30 milhas em 8,7 segundos. Números bastante expressivos para uma 21 pés, que seca pesa 406 kg. Para chegar a essa potência, a 210 consome cerca de 34 litros de gasolina por hora num cruzeiro de 35 milhas por hora. (Fonte: Boating USA). Todos esses números levam a crer que num cruzeiro mais baixo, por volta das 30 milhas, o consumo da 210 será mais baixo que j PERFIL VALENT 210
  • 91. PERFILNÁUTICO 91 Valent 250, versátil e espaçosa
  • 92. PERFIL VALENT 210 UMA VALENT APRESENTA UM GRANDE PACOTE DE ITENS, COM A CONVENIÊNCIA DE JÁ VIR ASSIM DE FÁBRICA 30 litros por hora, um número bastante reduzido em comparação com outros. PARA OS EXIGENTES Outro grande problema quando se fala em embarcações é o preço. Porém, o fabricante garante que um dos grandes atributos da Valent também está no custo-benefício. “Em comparação com as demais nacionais, as embarcações da Valent são muito mais equipadas, e se o cliente for colocar tudo que vem nelas, com a mesma qualidade, além do tempo que gastará importando esses itens para ter o mesmo resultado final, terá que investir provavelmente muito mais pelo pacote”, garante Eslei. “Com o mesmo pacote de itens, uma Valent acaba sendo até mais barata que as concorrentes, com a conveniência de já vir assim de fábrica.” Os barcos são produzidos em Manaus e de lá distribuídos para todo o Brasil. O perfil do consumidor das lanchas Valent são aqueles que desejam embarcações de apelo esportivo, com 92 PERFILNÁUTICO elevado nível de acabamento e serviços em embarcações de 21 a 26 pés. A Valent não revela quantos barcos já foram vendidos desde sua apresentação, em outubro de 2012, no São Paulo Boat Show, mas garante que a procura tem sido grande após o evento. Em paralelo a isso, está selecionando concessionários e oficinas especializadas ao longo do Brasil. “O processo de nomeação das concessionárias está sendo longo e criterioso já que será apenas um concessionário para cada estado e um máximo de dez abertos nos próximos 24 meses”, revela Eslei. Além das concessionárias, a rede de serviços vai ser ainda maior contando não só com os pontos de vendas, como também com pontos especializados nos maiores pontos de concentração náutica do mercado brasileiro. AS IRMÃS MAIORES Além da 210, a Valent também comercializa outras duas embarcações: a 230 e a 250, respectivamente com 23 e 25 pés. A linha 230 possui amplas áreas na popa e na proa, solário posterior expansível e ergonomia planejada para quem quer ter um barco para ter sempre companhia. A 250 é um verdadeiro objeto de desejo. Com medidas mais generosas – 7,32 metros de comprimento –, ela alia design, espaço e performance. S SERVIÇO SITE: www.valentboats.com.br TELEFONE: (11) 986 720 347 Espaço confortável para passageiros na proa da 250
  • 93. PERFIL PORTOFINO 35 FLY PROJETO INOVADOR, SEM IGUAL A PORTOFINO FLY 35 FOI INSPIRADA NAS LINHAS DA LAMBORGHINI AVENTADOR. ESPORTIVIDADE E LUXO EM UM IATE DE PRIMEIRA LINHA POR ANGELO SFAIR PERFILNÁUTICO 101 www.portofinoyachts.com.br j Para quem gosta de luxo e velocidade
  • 94. PERFIL PORTOFINO 35 FLY 110022 PPEERRFFIILLNNÁÁUUTTIICCOO
  • 95. PERFILNÁUTICO 103 A ssim como um carro esportivo, a Portofino 35 Fly com certeza irá chamar a atenção pelos mares por onde navegar. A comparação não é uma mera coincidência: seu design foi inspirado nos superesportivos italianos de quatro rodas, como a Lamborghini Aventador. As semelhanças não se limitam apenas ao visual. A Portofino 35 Fly comporta -se como um verdadeiro velocista. j POR FORA, ALÉM DO DESIGN ESPORTIVO, O DESTAQUE É O FLYBRIDGE
  • 96. PERFIL PORTOFINO 35 FLY Banheiro: espaço e bom gosto 104 PERFILNÁUTICO Durante a noite, é possível abrigar cinco pessoas com o máximo de conforto. A Fly 35 é uma embarcação projetada para quem quer um iate top de linha, mas não abre mão de um desenho agressivo e inovador, sem se esquecer do conforto nem da segurança. “É por isso que nos inspiramos nas linhas da Lamborghini Aventador”, explica Dupont. “Queremos atrair os amantes de linhas esportivas aliadas ao luxo de um iate de primeira linha.” Quando se observa o design arrojado e a esportividade do modelo, logo se pensa que a inclinação da proa poderia ser maior. Embora isso pudesse fazer com que o barco cortasse melhor as ondas e ganhasse em estética, a opção por uma inclinação menor tem explicação: prioridade para o espaço interno. Isso, porém, não significa que a navegação foi prejudicada, já que há diversos outros fatores que fazem da Portofino 35 Fly um barco navegador. CASCO STEP V O primeiro fator é o casco tecnológico. Uma das características mais marcantes da Portofino 35 Fly não é visível para quem a observa navegando, já que está submersa. Construído com a tecnologia Step V, o casco Cozinha compacta e equipada Para este grandioso projeto, dois escritórios de yacht design estiveram envolvidos, além da equipe de desgin da Portofino Yachts. Um dos parceiros é a Duncan Lopes Yachts Design, do Brasil, o outro é um escritório de yacht design na Inglaterra. “Como dizem: duas cabeças pensam melhor que uma”, comenta Jean Dupont, diretor de Marketing e Design da Portofino Yachts e também projetista da embarcação. “Neste caso, utilizamos cerca de 25 cabeças que trabalharam exclusivamente para se chegar ao projeto final da Portofino Fly 35.” Externamente, o que mais se destaca além do design esportivo é o flybridge. Com seu projeto partindo do zero, a embarcação do estaleiro brasileiro conseguiu inovar e sair dos padrões de uma embarcação de 35 pés. “A Portofino 35 é hoje a sensação do mercado e a única 35 pés com flybridge na sua categoria”, destaca Dupont. Por vezes este modelo também nos surpreende pelo seu aproveitamento de espaços. Tanto externamente quanto internamente é possível confundir este 35 pés com um barco de 40 ou mais pés. Os espaços são amplos, o pé-direito é confortável e doze pessoas podem ser confortavelmente instaladas para um passeio. No comprimento, são quase 11 metros para se aproveitar da popa à proa. A boca é grande, com quase quatro metros, e ajuda a aumentar o espaço interno das duas cabines. j TODA A DECORAÇÃO FOI FEITA PELA DESIGNER DE INTERIORES ISABELLA ANGELONI, DA EMPRESA ESTILO A BORDO
  • 97. PPPEEERRRFFFIIILLLNNNÁÁÁUUUTTTIIICCCOOO 111000555 Salão com um sofá em L, mesa regulável e cabine do proprietário
  • 98. PERFIL PORTOFINO 35 FLY torna a embarcação hidrodinâmica, já que o atrito do casco com a água é diminuído consideravelmente. Além de colaborar com o velocidade final, com a estabilidade na navegação e com conforto da pilotagem, esta tecnologia faz a Portofino 35 ganhar mais autonomia e economia, já que diminui o consumo de combustível. “O sistema de Step são os famosos degraus debaixo do casco utilizados normalmente pelas offshores de alta performance”, explica Dupont. “Se mal projetados, eles mais atrapalham do que ajudam, por isso utilizamos softwares de ponta, os quais são dominados completamente pelo escritório de Yacht Design Duncan Lopes.” FLYBRIDGE Sem dúvidas o flybridge é o ponto alto da embarcação. Olhando pela primeira vez, é difícil acreditar que seu tamanho não prejudique o equilíbrio do barco e sua navegabilidade. A dúvida é explicada pelo próprio Jean Dupont, que é um dos grandes responsáveis pelo projeto da embarcação. “O flybridge foi projetado com bastante critério, levando em consideração a estabilidade da embarcação. O que ajuda o barco a se manter estável com este enorme flybridge é a largura (boca) do casco (3,7 m), 106 PERFILNÁUTICO que desce quase que paralelamente até a linha d’água, dando sustentação e apoio para o barco.” O layout interno do fly é espaçoso, podendo acomodar oito passageiros confortavelmente. Ele conta com um assento para o comandante, grande solário, sofá em formato de L, pia e geleira com uma mesinha retrátil de acrílico. É o espaço ideal para aproveitar com a família ou com os amigos um belo dia de sol. CABINES O conforto interno segue a impressão deixada pelo lado de fora, parecendo estar em um barco de maior porte. De acordo com Dupont, as cabines podem ser facilmente comparadas com as de embarcações com mais de 40 pés. As cabines são amplas, espaçosas, pé-direito alto, bem ventiladas e muito confortáveis. “Toda a decoração foi feita pela Estilo a Bordo, empresa da designer de interiores de iates Isabella Angeloni”, revela Dupont. “Foi realmente surpreendente o resultado que ela conseguiu unir com ótima harmonia entre cores e materiais sem pesar muito. Conseguimos agradar a todos os públicos e recebemos bastantes elogios em todos os eventos de que a Portofino 35 Fly participa.” As cores são fortes, seguindo as tendências internacionais do design de interiores, dando um ar moderno sem perder a harmonia. São dois camarotes, o de proa e um na meia-nau, e dois banheiros. A opção por oferecer dois banheiros em uma embarcação de 35 pés aumenta e muito a privacidade do proprietário no caso de receber visitas ou ter um marinheiro. Já o salão é igualmente espaçoso, com um sofá em formato de L e mesa com altura regulável ideal para acomodar confortavelmente quatro pessoas. A cozinha é completa e equipada com tampa e pia de Corian, da DuPont, um material levíssimo e resistente. O espaço interno é todo muito agradável, desde as cabines até o salão e os banheiros. As janelas bem projetadas proporcionam uma excelente iluminação interna, enquanto o grande pé-direito oferece tranquilidade de sobra para transitar dentro do barco. ÁREA EXTERNA Além do gigantesco flybridge, ainda há muito espaço para ser aproveitado na área externa da Portofino 35 Fly em dois ambientes: a praça de popa e o solário de proa. Na praça de popa, encontram-se um sofá central para três pessoas e duas passagens laterais para a plataforma de popa. O destaque desse ambiente é o espaço gourmet com cozinha completa (pia e tampo de Corian DuPont, fogão vetrocerâmico, micro-ondas e frigobar de 80 L). Seguindo para proa, encontramos um solário que comporta duas pessoas. O acesso se dá através dos j Detalhe do painel de instrumentos TANTO POR DENTRO COMO POR FORA, A IMPRESSÃO É DE QUE O BARCO É DE MAIOR PORTE
  • 99. PPEERRFFIILLNNÁÁUUTTIICCOO 110077 Cabine com pé-direito alto e praça de popa com sofá central e espaço gourmet