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MUNDO NÁUTICO: Linha IPS da Volvo Penta. Potência e tecnologia para seu barco

R$ 14,00 · Ano 07 · nº 32 · 2012 · www.perfilnautico.com.br

Da praticidade ao luxo

VELEJAR
Mais que um
estilo de vida
6 veleiros
de 30 a 55 pés

Perfil
Estaleiro

Phoenix Boats.
Por que
vende tanto?

Volvo Ocean Race

Itajaí STOPOVER 2012
E MAIS! Escolha a embarcação que tem o seu perfil:

Intermarine 65

Beneteau Flyer Gran Turismo 49

Triton 295

Pirelli Pzero 1100
Nova Intermarine 53.

A nova dimensão do espaço e design.

Dealers Oficiais
sP Marine - www.spmarine.com.br
angra dos reis, rJ: (24) 3361.2527 - Balneário camboriú, sc: (47) 3361.6139
curitiba, Pr: (41) 3233.3636 - Guarujá, sP: (13) 3305.1500 / 3305.1594
são Paulo, sP: (11) 3581.4646 - caraguatatuba, sP: (12) 3887.1786
salvador, Ba: (71) 3321.8653

interyachts - www.interyachts.com.br
angra dos reis, rJ: (24) 3377.4785 - curitiba, Pr: (41) 9973.5462
florianópolis, sc: (48) 4141.2151 - Guarujá, sP: (13) 3354.5861
são Paulo, sP: (11) 3071.2252 - rio de Janeiro, rJ: (21) 3282.5225

NovA LiNhA iNtermAriNe
www.intermarine.com.br
C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K
Revista Perfil Náutico ed 32
Revista Perfil Náutico ed 32
Uma incrível
aventura

Todos a bordo do barco Perfil Náutico

N

os últimos dois meses enfrentei uma desafiadora e gratificante
missão, assumir o comando do barco Perfil Náutico enquanto seu
capitão estava em merecidas férias. Apesar de já ser uma tripulante
desde o primeiro ano da revista, estar no timão de uma grande
embarcação é de extrema responsabilidade. Como não se navega um barco
desses sozinha, não chegaria ao destino sem a ajuda de uma competente
tripulação. Agradeço quem esteve ao meu lado nos dias de mar agitado e
que também agora aprecia a calmaria: a edição 32 da Perfil Náutico!
Abordando a arte de velejar, produzimos duas matérias especiais
sobre vela, escritas pelo jornalista Antonio Alonso Junior que divide sua
experiência de tantos anos cobrindo. Em “Seis Veleiros e um Planeta”,
entramos no agitado mundo da Volvo Ocean Race, a maior competição
de volta ao mundo, que aporta em Itajaí em abril. Na matéria de capa,
“Ao Sabor do Vento”, falamos dos diferentes tipos de velejadores e
apresentamos seis veleiros: do mais luxuoso ao mais prático.
Amanda Kasecker e Thaís Zago trazem o Perfil das novidades do mercado.
Conheça a Intermarine 65, a Beneteau Flyer Gran Turismo 49, a Triton 295
e o bote Pirelli PZero 1100. Na seção Perfil Estaleiro fomos descobrir por
que a Phoenix Boats é líder de vendas no país. Angelo Sfair nos mostra um
empreendimento em Balneário Camboriú que une duas paixões: iate e golfe.
Ainda em Santa Catarina fomos conhecer a região chamada Costa Verde
& Mar que vai de Itajaí a Porto Belo, trazendo dicas para quem vai curtir a
Itajaí Stopover da Volvo Ocean Race. Mergulhamos com Carol Schrappe
e Kadu Pinheiro nas ilhas do sul da Colômbia e embarcamos no stand up
paddle de Roberta Borsari em Galápagos para redescobrir as maravilhas
desse arquipélago que encantou Darwin.
Vela, motor, natureza, esporte e muito estilo você encontra nas
próximas páginas da sua Perfil Náutico. Divirta-se! S

www.sessamarine.com.br

Editorial

Conselho Diretor
Aldo Alfredo Malucelli aldo@grupocanal.com.br
Carlos Alberto Gomes carlos@grupocanal.com.br
José “Juca” Kolling jose.juca@grupocanal.com.br
Luiz Alfredo Malucelli luiz@grupocanal.com.br
Depto. de Jornalismo
Editora e Jornalista Responsável
Rafaella Malucelli rafaella.malucelli@grupocanal.com.br
DRT-PR 7146
Revisão
João Batista Ribeiro
Colaboram nesta Edição Amanda Kasecker,
Angelo Sfair, Antonio Alonso Junior,
Carolina Schrappe, Jorge Nasseh,
Kadu Pinheiro, Luiz Alfredo Malucelli,
Roberta Borsari e Thaís Zago
Edição de Arte e Projeto Gráfico
Eduardo Zuchowski

É TEMPO DE VIVER

Impressão e Acabamento
Gráfica Capital
Distribuição Exclusiva
FC Comercial Distribuidora Ltda.
Central de Publicidade
Comercial (41) 3331-8300
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82.110-040, Curitiba – PR.
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Revista Perfil Náutico
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Artigos assinados não representam
necessariamente a opinião da revista.
As imagens sem créditos foram
fornecidas para divulgação.
Revista Perfil Náutico, ano 7, n° 32, é uma publicação da
Editora Canal/mid, divisão de mídia
do Grupo CANAL/com.Todos os direitos reservados.
Fale com a gente
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Beijos,

Rafaella Malucelli
(ou Rafinha, se preferir!)

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C BO RG E S BOAT S : M A N AU S - w w w.cborge s.com.br - se s s a ma naus @ hotmail.com - ( 92 ) 8112 6 029
R EG AT TA YAC HT S : BA H I A | M I N AS G E R A I S | S ÃO PAU LO | R I O D E JA N E I RO - w w w.re gat tayachts.com.br - se s s a @ re gat tayachts.com.br - (11) 5538 3434
S C YAC HT S : PA R A N Á | S A NTA CATA R I N A | R I O G R A N D E D O S U L - w w w.scma r ine.com.br - scma r ine @ scma r ine.com.br - (48 ) 3222 0 052
V I LL A N ÁUTI CA : B R AS Í LI A | GO I ÁS - w w w.v illa nau tic a.com.br - ate ndime nto @ v illa nau tic a.com.br - ( 61) 3223 0201 ( 62 ) 3225 8576
SESSA MARINE BR ASIL - São José SC - brasil @ sessamarine.com

10  PERFILNÁUTICO

LINHA YACHT C68 - C54 - FLY54 - C48 - FLY45 - C44 |

LINHA CRUISER C40 - C36 | LINHA KEY LARGO KL36 - KL30 - KL28 Sole - KL27
PERFILNÁUTICO 

11 
Índice
Canal
Leitor
News
Construtor
Náutico
Decor
Estilo
Esporte
Planeta Água
Gourmet
Cultura
Click

14
16
116
118
124
126
152
156
158
160
162

22 A arte de velejar e mais seis opções
de veleiros de 30 a 55 pés

Tudo sobre a maior regata de
volta ao mundo que faz sua
parada brasileira em Itajaí (SC)
Itajaí StopOver
Os detalhes sobre a
construção da Race Village
Costa Verde & Mar
Dicas de turismo sobre a
região que vai abrigar a
Volvo Ocean Race

Capa

Ao sabor do vento

Especial
Volvo
Ocean Race

44

34
38

M

Y

CM

Perfil
Estaleiro
Phoenix
Boats

MY

CY

CMY

K

O maior do país em
unidades fabricadas
e vendidas

Nesta Edição

C

100
Intermarine 65

68

Perfil Marina
Os 20 anos da Marlin Azul

110

Design e sofisticação da terceira
maior embarcação do estaleiro

Mundo Náutico
Volvo IPS — a revolução
dos sistemas de propulsão

112

Flyer Grand Turismo 49

76

Triton 295

84

92

Do luxo à tecnologia. A nova 49 da
Beneteau inspirada nos carros italianos

Expedição Galápagos
De stand up paddle
com Roberta Borsari

128

Mergulho
Gorgona e Malpelo,
as ilhas sul-colombianas

136

A novidade já é a mais
vendida da Triton

Residencial Marine
Um empreendimento
que une iate e golfe

150

Pirelli PZero 1100

12  PERFILNÁUTICO

O incrível bote inflável
cabinado da Pirelli

Imagem de capa: veleiro Jenneau 57. Divulgação

PERFILNÁUTICO 

13 
Canal Esporte
Canal do Leitor

Consórcio

O início do mercado dos consórcios
náuticos é mais uma prova do bom
momento do país. Vivemos em
um tempo promissor e temos que
aproveitar.

| 38o | 4oo | 421 | 45o | 5oo | 56o | 62o |

Cést La Vie!

Linha Lagoon 2012

Lagoon: O número 1 no mundo em catamarãs,
oferece 7 modelos com interior minuciosamente
projetado pela Nauta Yachts Design (Itália).
Projeto de casco por Van Peteghem e
Lauriot Prévost. Conforto, performance
e muita qualidade de vida no mar você
encontra na Linha Lagoon no Brasil e em
mais de 70 distribuidores ao redor do mundo.

Rene Vicente Brito

Capa

Jangadeiros

Muito bom ver o Clube dos
Jangadeiros estampado na Perfil
Náutico. Realmente lá é a casa
da vela no Rio Grande do Sul.
Medalhistas olímpicos saíram de lá
e a geração que está por vir é ótima!

Decidi comprar a
última edição por
causa da capa que
me chamou muito
a atenção. Show de
bola! Parabéns, a
Perfil está cada vez
melhor!
Marlon Kaminski

Proa aberta

Patagônia

A matéria de capa está muito
variada e com conteúdo muito
abrangente. Sou proprietário de
um desses modelos e fã de proa
aberta. Tenho aproveitado muito o
verão com a minha esposa.
Josué de Almeida

Lagoon 560

Renier Alfredo Welk

Linda a viagem à fantástica região
da Patagônia. Gostei muito das
duas matérias e fiquei louco para
fazer um cruzeiro e conhecer de
perto as riquezas de lá.
Amadeu Junior

Mergulho

Novo layout

Mariana Ferreira dos Santos

Joana Fagundes de Paiva

As páginas da Perfil dedicadas ao
mergulho são sempre deliciosas,
mas nesta última edição vocês se
superaram. Conheci Curaçau na
minha lua de mel e posso afirmar
que aquela ilha é mágica!

Eu e meu marido gostamos muito
da Perfil Náutico e confesso que
levei um susto quando me deparei
com esse novo layout. Muito bem
pensado e caprichado. Está cada
vez mais gostoso ler a revista.

Fale Conosco
Para falar com a Perfil Náutico, mande e-mail para: redação@perfilnautico.com.br ou canaltecnico@perfilnautico.com.br.
As mensagens devem ser enviadas à redação e à equipe técnica com identificação do autor, endereço e telefone. Em virtude do espaço
disponível, os textos podem ser resumidos ou editados. A revista reserva-se o direito de publicar ou não as colaborações.

14  PERFILNÁUTICO

RIO BOAT
SHOW
2012

Lagoon 560

Lançamento no Brasil durante o Rio Boat Show.
12-18 - Abril - 2012

Distribuidor exclusivo no Brasil
Tel.(21) 3154.9999

www.sailingims.com.br

PERFILNÁUTICO 

15 
Canal News

Canal Esporte
Canal News
Como uma bala rasgando o mar, o TNT46 Corsa da Metamarine chega a 85 nós e logo estará em águas brasileiras

A ATC&ATS, que desde 2009
representa o Grupo Metameccanica,
está trazendo para o Brasil todo
o glamour e a esportividade do
Estaleiro Metamarine. Os barcos
serão produzidos na Itália, com
a supervisão de Marco Pennesi,
proprietário do Grupo. O estaleiro
conta com os modelos TNT46 Corsa,
TNT48 Replica e TNT48 Montecarlo,
além do MPatrol – barco para fins
militares e de patrulhamento que
está em desenvolvimento.
Os modelos da Metamarine são
exclusivos e de produção limitada,

com o acabamento luxuoso e
sofisticado característico dos
estaleiros italianos. Os barcos
são os mais velozes do mercado,
podendo atingir incríveis 85 nós
autolimitados.
O primeiro barco a chegar ao
Brasil será o TNT48 Montecarlo.
“A previsão é que o TNT48 chegue
ainda no primeiro semestre
deste ano”, explica Paolo
Pascoli, consultor da ATC&ATS
e representante exclusivo da
Metamarine no Brasil. “O barco
ficará em Balneário Camboriú, mas

também será exposto em
São Paulo, em uma loja de carros
de luxo, mas ainda não sabemos
ao certo as datas”, conclui.

PowerBoats GP

- © Roldan - Jeanneau

Metamarine no Brasil
Navegar é puro prazer.

O Grupo Metameccanica
também engloba a equipe
esportiva Metamarine Corse.
Criada em 2004, já coleciona três
títulos mundiais de PowerBoats
nas categorias Supersport e
Evolution além de diversas
conquistas em campeonatos
italianos e europeus. j

LANÇAMENTO : NC11
Já imaginou uma nova forma de aproveitar
o prazer de estar no mar ?
Desfrute de cada momento de liberdade.
Viva sensações mais fortes e mais intensas.
Compartilhe emoções.
Navegue Jeanneau !

Holandesa é a mais jovem a realizar a volta ao mundo
A jovem Laura Dekker (foto), que completou 16 anos durante o percurso, foi a
velejadora mais jovem a completar sozinha a volta ao mundo. A holandesa iniciou
a viagem em 20 de janeiro de 2011 e completou-a no dia 21 de janeiro deste ano.
Laura nasceu a bordo de um barco, começou a velejar aos seis anos e estava
decidida a realizar a volta ao mundo desde os 10 anos de idade. O Guinness World
Records, porém, anunciou que não irá reconhecer a façanha para não incentivar
outros jovens a realizar este perigoso feito.

16  PERFILNÁUTICO

NOVIDADE : NC9 - NC11

www.jeanneau.com

MD-BALLY MARDIESEL
Iate Clube do Rio de Janeiro
Tel. +55 (21) 2543 1131
jorgebally@md-bally.com.br
www.md-bally.com.br

LE’MON GROUP DO BRASIL
Iate Clube de Santos
Tel. +55 (11) 7308 7549
brasil@le-mon-group.com
www.le-mon-group.com

PERFILNÁUTICO 

17 
Canal News

Canal News
Canal Esporte

Beneteau leva o prêmio
Yacht Trawler 2012

Novo 46 pés disponível em duas versões

Bavaria Yachts
lança o Vision 46

O 44 da Beneteau herdou o título de seus antecessores 52 e 34

O Swift Trawler 44, mostrado pela primeira vez no Festival de Cannes em
2010, foi premiado no Motor Boat of the Year Awards 2012 na categoria
“Yacht Trawler”. A cerimônia foi realizada no dia 9 de janeiro, no Hotel
Savoy, em Londres. O título é concedido por jornalistas das revistas Motor
Boat & Yachting e Motor Boats Monthly e leva em conta o design e a
qualidade. Vale ressaltar que os dois antecessores do Swift Trawler 44 (os
Swift Trawler 52 e 34) também foram eleitos os barcos do ano (em 2009 e
2010) na mesma categoria.

A Bavaria Yachts lançou, no Boat
Show de Düsseldorf, na Alemanha,
o veleiro Vision 46, disponível em
versões com duas ou três cabines
(ambas com a opção entre um
ou dois banheiros). O barco foi
projetado e desenvolvido com o
foco em três aspectos: elegância,
conforto e fácil navegação. As
generosas janelas permitiram a
criação de um grande salão que
flui do interior para a área externa,
formando uma única área de lazer
e entretenimento. Desenhado pelo
designer Mark Tucker, o Vision
46 aposta em linhas limpas e
modernas, que proporcionam uma
atmosfera elegante e dão um ar
acolhedor para as áreas internas. j

A Volta ao mundo mais rápida da história
O capitão francês Loick Peyron e sua tripulação de 13 homens bateram o recorde
mundial de circum-navegação a vela. A bordo do trimarã Banque Populaire,
realizaram o percurso em 45 dias, 13 horas, 42 minutos e 53 segundos. A marca
anterior, estabelecida em março de 2010, foi diminuída em 2 dias, 18 horas, 1
minuto e 59 segundos. Durante o percurso, o trimarã manteve uma velocidade
média superior a 26 nós (48 km/h). O novo recorde foi estabelecido durante o
Troféu Júlio Verne.

18  PERFILNÁUTICO

PERFILNÁUTICO 

19 
Canal News
Canal Esporte

Endurance
recebe prêmio
na Europa

O barco Endurance 30, do estaleiro Cranchi, recebeu o
Prêmio Power Boat of the Year 2012 na categoria de 25 a 35
pés. O anúncio foi feito durante o Salão de Düsseldorf, na
Alemanha, e o júri foi formado por representantes da Boote
e de outras importantes revistas europeias do segmento
náutico. No Brasil, a Endurance será lançada pela Cruiser
Marine no segundo semestre de 2012 e promete ditar a
moda no que se trata de power boats.

SEU LUGAR AO MAR.
Modelo da Cranchi ganhou de outras cinco fortes concorrentes

Nautimax
inaugura nova
loja em Curitiba
Atuante no mercado náutico de
Curitiba e região desde 2008, a
Nautimax mudou-se para uma
nova sede. O novo espaço está em

20  PERFILNÁUTICO

uma localização nobre da capital
paranaense e tem uma área de
900 m² que permite oferecer
aos clientes oficina de motores
e montagem de embarcações,
grande showroom com 500 m² e
estacionamento. A Nautimax é uma
loja autorizada da Volvo Penta na
venda de peças, serviços e motores,
além de ser revendedora dos
eletrônicos Garmin e dos estaleiros
Princess Yachts, Ventura Boats,
Crunchi e Malibu. Dispondo dessa
grande variedade de serviços,
a loja pode fazer com facilidade
a montagem de casco, motor e
acessórios com um preço muito
competitivo, além de oferecer um
excelente atendimento pós-venda. S

Cimitarra lança
modelo 380HT
Desde 1999 o estaleiro Cimitarra
lança uma nova embarcação por
ano e agora em 2012 a história não
é diferente. A Cimitarra 380HT tem
um design moderno, pé-direito de
2,30 metros, duas suítes e abriga
até cinco pessoas para pernoite.
O ponto forte da embarcação é a
navegabilidade, sustentada por
dois motores V6 de 225 HP que
proporcionam um cruzeiro de 26
nós, velocidade máxima de 40 nós
e consumo total de 40 L/hora. A
Cimitarra será apresentada no Rio
Boat Show, previsto para abril.

!

new

www.tritonboats.com.br
PERFILNÁUTICO 

21 
ESPECIAL

Volvo Ocean Race

Seis
veleiros e
um planeta
A Volvo Ocean Race é a mais badalada
regata de volta ao mundo. Em abril
deste ano, a cidade catarinense de Itajaí
receberá, pela primeira vez, seis dos veleiros
mais rápidos do planeta. Ou pelo menos
aqueles que resitirem até o fim
Por Antonio Alonso Jr. • Fotos Volvo Ocean Race

22   PERFILNÁUTICO
22 PERFILNÁUTICO

N

o início de abril, a cidade catarinense de
Itajaí vai assistir à chegada dos veleiros
da lendária Volvo Ocean Race, a regata
de volta ao mundo mais famosa deste
planeta. Nesta edição 2011-2012, seis
barcos de 70 pés com 11 tripulantes vão
passar quase nove meses competindo
apenas pela honra de levantar um dos
troféus mais difíceis em disputa pelo homem. Não há
prêmio em dinheiro, mas todas as equipes investem
dezenas de milhões de dólares em projetos que não são
apenas esportivos, mas também eficientes ferramentas
de marketing de alcance global.
A regata passa por dez cidades, entre elas Itajaí, em
Santa Catarina. O percurso de 37 mil milhas náuticas
começou em outubro em Alicante, na Espanha, e
termina em Galway, na Irlanda, em julho. Na última
edição 2008-2009, o Ericsson 4, barco comandado
pelo brasileiro Torben Grael, ficou com o título.
Neste ano, apenas um brasileiro está velejando,
Joca Signorini, um dos timoneiros a bordo do barco
espanhol Telefónica. Em terra, Horácio Carabelli é
outro brasileiro fundamental na equipe espanhola.
Como diretor técnico, ele foi o grande responsável pelo
desenvolvimento do projeto que levou o Telefónica a
começar a regata de forma arrasadora.
Os seis veleiros participantes largaram de Alicante
no dia 30 de outubro do ano passado para a volta ao
mundo. Mas a ação mesmo começou um dia antes, j

PERFILNÁUTICO 
PERFILNÁUTICO 

23  
23
ESPECIAL

Volvo Ocean Race

Veleiros riscam o mar rumo a nove meses de regata

com uma regata curta, disputada perto do porto da
cidade espanhola. Para aproximar a regata do público,
a organização incluiu dez dessas regatas curtas no
calendário, uma em cada parada. Elas valem apenas
um quinto dos pontos de uma perna longa, mas são
transmitidas ao vivo por TVs do mundo inteiro e são

a menina dos olhos dos patrocinadores de uma regata
que — assumidamente — trocou a antiga postura de
aventureira apaixonada, para se transformar em um
evento de marketing mundial movido pelos mais
radicais monocascos de oceano do planeta.
Ironicamente, os espanhóis assistiram ao vivo pela
TV ao maior fracasso do veleiro Telefónica. Logo na
regata costeira de estreia, em casa, eles terminaram
em último. Um balde de água fria para um time que era
considerado favorito. Mas a sorte muda de lado muito
rápido nesta regata. No dia seguinte, menos de cinco
horas depois da largada, o barco Abu Dhabi, vencedor
da regata costeira, tinha um mastro quebrado e voltava
para a terra. No mesmo dia, o Team Sanya bateu em
um objeto flutuante não identificado e, com um rombo
no casco, também abandonou a etapa entre Alicante
e a Cidade do Cabo, na África do Sul. Num trecho que
deveria durar um mês, dois competidores já estavam
fora logo no primeiro dia.
Mas azar mesmo teve a tripulação do Puma, que
sofreu uma quebra de mastro depois de 15 desgastantes
dias de trabalho duro e comida sem gosto. “Neste
barco velejam os 11 homens mais tristes do planeta”,
escreveu o comandante americano Ken Read depois
da quebra. Eles estavam literalmente no meio do
nada, sem combustível para chegar à Ilha de Tristão
da Cunha, o vilarejo mais remoto do planeta, que
fica no meio do caminho entre o Brasil e a África do

Regata In-Port acirrada. Groupama trabalha duro enquanto Telefónica confirma liderança

Sul. A operação de resgate foi gigantesca. Depois de
receber combustível de um navio pesqueiro, o Puma
demorou seis dias para chegar a Tristão da Cunha e
duas semanas e meia para chegar à Cidade do Cabo,
onde ainda precisava trocar o mastro por um novo.
Com três competidores fora da etapa, os três veleiros
remanescentes dispararam na tabela.

Piratas no caminho
O time Abu Dhabi quebrou na primeira perna, porém se recuperou em seguida, vencendo o trecho entre Abu Dabi e Sharjah

24  PERFILNÁUTICO

A segunda etapa da Volvo Ocean Race, entre a Cidade
do Cabo e Abu Dabi, no Oriente Médio, também teve

quebras, mas foi marcada pela ameaça dos piratas.
Só no ano passado, mais de 1.100 embarcações foram
sequestradas na costa da Somália, desde veleiros de
cruzeiristas a navios cargueiros gigantescos. A ameaça é
tão séria que a ONU criou uma força internacional para
patrulhar a região, mas nem assim conseguiram eliminar
o problema. Por isso a organização da Volvo Ocean Race
tomou uma medida inédita e radical: dividiu a etapa em
duas. Na primeira, os veleiros saíram da Cidade do Cabo
e foram até as Maldivas. Ali, foram embarcados em um
navio com segurança armada e desembarcados no Porto j
PERFILNÁUTICO 

25 
ESPECIAL

Volvo Ocean Race

de Sharjah, na costa leste dos Emirados Árabes. Dali, os
veleiros disputaram a segunda parte da etapa, um sprint
de apenas 150 quilômetros, valendo 20% dos pontos
totais da perna. O Telefónica venceu a primeira parte e
o Groupama venceu a segunda. Na soma, os espanhóis
levaram a melhor.
Na saída para a terceira perna, entre Abu Dabi e
Sanya, uma ilha chinesa com clima tropical, a operação
antipirataria se repetiu. No trecho curto entre Abu Dabi
e Sharjah, o Abu Dhabi venceu. No trecho longo, entre
as Maldivas e Sanya, o Telefónica chegou a ficar em
último, depois que a code zero — uma vela importante
— rasgou e levou quatro dias para ser consertada. Mas os
espanhóis retomaram a liderança e depois sobreviveram
aos perigos do Estreito de Malaca, região de tráfego
intenso de barcos pesqueiros, embarcações comerciais e
com muito lixo na água. Na soma das duas partes desta
etapa, o Telefónica venceu de novo e ampliou ainda
mais sua liderança.

Uma volta ao mundo diferente

A primeira edição da Regata Volta ao Mundo
aconteceu em 1973, ainda com o nome de Withbread
Race. Só em 2001, a Volvo assumiu o patrocínio e
o nome. Desde então, o trajeto era basicamente o
mesmo: Europa, África do Sul, Oceania, América do
Sul, EUA e Europa de novo. Mas, na edição passada,
o dinheiro injetado por Índia, Singapura e China fez a
regata mudar de percurso. O fim da longa perna entre a
África e a Oceania, numa região de ventos muito fortes
e favoráveis à quebra de recordes, foi criticado por
amantes da aventura. Nesta edição, os árabes entraram
no jogo, pela primeira vez, e levaram o percurso para
Abu Dabi. Até o fechamento dessa edição, os veleiros
haviam chegado à China e já seguiam para a Nova
Zelândia e então vem a maior de todas as pernas, 6.700
milhas (12.400 km) até Itajaí, no litoral catarinense.
Depois os veleiros ainda passam por Miami, Lisboa,
Lorient e a regata termina em Galway, na Irlanda.

SUPERBARCOS

j

Mar agitado e tempo oscilante são desafios constantes das tripulações
Os veleiros sofreram mudanças da edição anterior para a atual
Os veleiros usados na Volvo Ocean Race são as máquinas
de regata mais velozes do planeta entre os monocascos.
No mar aberto, até hoje apenas os supertrimarãs e
catamarãs foram mais velozes que os Volvo 70. Na
edição passada, o Ericsson 4, comandado por Torben
Grael, estabeleceu um novo recorde de singradura para
monocascos, percorrendo 596,6 milhas náuticas em
24 horas. Os seis veleiros são bastante parecidos, mas
estão longe de serem iguais. Nesta regata, os projetistas
precisam obedecer a uma fórmula geral. Ela determina,

26  PERFILNÁUTICO

por exemplo, o peso máximo do bulbo de chumbo da
quilha, mas não determina o formato desse bulbo, nem
a distribuição do peso no casco e convés. Os projetistas
também podem optar por cascos mais arredondados,
ou com “chines” (quinas). Tudo isso tem uma diferença
enorme no desempenho. Nas duas últimas edições,
os barcos do projetista argentino Juan Kouyoumdjian
dominaram a regata. Desta vez, ele assina três projetos:
Telefónica, Puma e Groupama. A julgar pelos resultados
até aqui, ele tem boas chances de repetir a dose.

Essa edição mais equilibrada da Volvo Ocean Race. A maioria
das equipes têm chances reais de vitória
A mais equilibrada

Esta é a Volvo Ocean Race mais equilibrada já
disputada. Com exceção do Sanya, que corre com
barco usado e orçamento reduzido, todas as outras
equipes têm chances reais de vitória. Nas últimas

duas edições, as equipes campeãs eram claramente
superiores desde a primeira etapa. Desta vez, a única
certeza é que muita água vai rolar sob os cascos
desses seis barcos. Conheça cada uma das equipes nas
próximas páginas. j
PERFILNÁUTICO 

27 
ESPECIAL

Volvo Ocean Race Equipes

À moda brasileira

Em busca do tempo perdido

Sob o comando de Horácio Carabelli, os espanhóis finalmente
encontraram o caminho da vitória

Os americanos começaram como favoritos, mas uma quebra no meio
do oceano deixou a situação muito complicada para o Puma

Team Telefónica

Puma Ocean Racing

Ponto forte: Horácio Carabelli

Favoritos, seguem na liderança

E

m sua terceira participação, o Team Telefónica é o veterano da
Volvo Ocean Race. Eles sempre começaram como favoritos, mas
não é exagero dizer que a sorte nunca andou ao lado deles. Em 2006,
com nome Movistar, afundou na travessia entre EUA e Europa e os
velejadores tiveram de ser socorridos por outro concorrente. Em 2009, o
Telefónica Azul bateu a quilha duas vezes em etapas decisivas (chegou a
ficar horas encalhado na última delas). Agora, o cenário é bem diferente.
Sob a batuta do diretor técnico brasileiro Horácio Carabelli foram três
vitórias nas três primeiras etapas. O time tem ainda o único velejador
brasileiro nesta regata, o carioca Joca Signorini, que é timoneiro e chefe de
turno. Graças a um projeto bem montado, os espanhóis nunca estiveram
tão bem no rumo da vitória

28  PERFILNÁUTICO

Ponto forte: Experiência

Nascido no Uruguai e naturalizado
brasileiro há mais de 20 anos,
Horácio Carabelli faz parte de uma
família de velejadores e projetistas.
Em 2004 foi chamado para fazer
parte da equipe de apoio do Brasil 1,
mas seu conhecimento do barco era
tão grande, que ele acabou escalado
para velejar. Na edição passada, mais
uma vez foi tripulante de Torben
Grael, dessa vez no Ericsson 4. Agora,
ele é o diretor técnico de todo o
projeto do Telefónica e está dando
aos espanhóis sua melhor chance de
vitória na Volvo Ocean Race.

A equipe Puma estreou na edição
passada, já cheia de moral.
Chegaram a vir ao Brasil para treinar
e quebraram um recorde de duas
décadas da Regata Buenos Aires–Rio.
Com uma preparação afiada e um
barco bom, terminaram em segundo
lugar na última Volvo Ocean Race.
Nada é novidade para o time do
sempre tranquilo comandante Ken
Read. E só um time com a cabeça fria
e com a experiência do Puma para
reverter o quadro depois da quebra
na primeira etapa.

País: Espanha
Nome do barco: Telefónica
Comandante: Íker Martinez (ESP)
Tripulação: 7 espanhóis, 2
australianos, 1 britânico, 1 brasileiro
Projetista: Juan Kouyoumdjian
Construtor: King Marine (ESP)
Ano: 2011

Avaliação:
Barco
Tripulação
Comandante
Equipe/estrutura
Avaliação geral

15 pontos

O time é forte, mas precisa focar na recuperação

O

Puma começou esta regata com um objetivo: o título. A equipe
reuniu um time de velejadores experientes, um patrocinador forte
e o projetista mais badalado, o argentino Juan Kouyoumdjian. Com
tudo isso, eles só não contavam com o imprevisível. Na primeira
perna, após mais de 15 dias de regata, no meio do oceano, o mastro
quebrou de uma vez, sem dar sinais de fadiga. Sem velas, sem combustível
e sem nenhum porto por perto, eles levaram semanas até conseguir que
um navio fosse buscá-los na remota Ilha de Tristão da Cunha. Os pontos
perdidos na primeira perna estão fazendo falta, e a tarefa do Puma agora
é fazer uma regata de recuperação, tentando aos poucos tirar a grande
vantagem que os líderes abriram em relação a eles. j

País: Estados Unidos
Nome do barco: Mare Mostro
Comandante: Ken Read (EUA)
Tripulação: 3 americanos,
3 australianos, 3 neozelandeses,
1 alemão e 1 sul-africano
Projetista: Juan Kouyoumdjian
Construtor: New England Boat (EUA)
Ano: 2011

Avaliação:
Barco
Tripulação
Comandante
Equipe/estrutura
Avaliação geral

16 pontos

PERFILNÁUTICO 

29 
ESPECIAL

Volvo Ocean Race Equipes

Da cor do petróleo

A revelação

O primeiro participante árabe na Volvo Ocean Race veio com tanta
moral que até fez a regata mudar de percurso

Sem muito alarde, uma marca de calçados espanhola aliou-se à mais
respeitada escola de oceano do mundo. E deu certo

Team Abu Dhabi

Camper/Team New Zealand

Ponto forte: Petrodólares
Azzam é a palavra árabe para
“determinado”. E os árabes
entraram nesta regatas determinados
a fazer história, custe o que custar.
Não importa que o país não tenha
tradição nenhuma em regatas
de oceano, os árabes contrataram
um skipper britânico, um projetista
neozelandês, um estaleiro italiano
e, com tripulantes de seis países
diferentes, são o time mais
internacional desta regata.

Investimento pesado e a primeira parada árabe da história da competição

N

enhuma equipe nesta regata dispõe de tantos recursos como o Team
Abu Dhabi. Além de reunir uma equipe competitiva, os árabes
conseguiram mudar a rota da Volvo Ocean Race, que nunca tinha
passado pelo Oriente Médio. E não foi tarefa simples. Para fugir dos
piratas que infestam a costa da Somália, os veleiros tiveram de pegar carona
em um navio durante parte do percurso, numa operação que aumentou
muito os custos da regata. Mas, além de um ótimo orçamento, o Team Abu
Dhabi mostrou também coragem. Eles apostaram alto ao “ressucitar” o
designer neozelandês Bruce Farr, que tinha sido deixado de lado depois da
lavada que levou dos projetos do argentino Juan Kouyoumdjian nas duas
últimas edições desta regata. O barco já provou que é bom, mas eles ainda
estão pagando caro por uma quebra que tirou o Azzam da primeira etapa.

30  PERFILNÁUTICO

Ponto forte: Tripulação
O nome Team New Zealand é
provavelmente a marca no cenário
mundial da vela hoje. Uma história
que remonta ao lendário Peter Blake.
Vencedor da Regata Volta ao Mundo
(quando ainda se chamava Whitbread),
da America’s Cup e recordista da volta
ao mundo a vela sem escalas, Peter
Blake deixou um legado que ainda deve
perdurar por algumas gerações. Nesta
Volvo Ocean Race, por exemplo, todos os
times têm velejadores neozelandeses a
bordo, mas nenhum tem tantos quanto
o Camper. Essa experiência e a defesa
da tradição do nome Team New Zealand
são os grandes trunfos do Camper.

País: Emirados Árabes
Nome do barco: Azzam
Comandante: Ian Walker (GBR)
Tripulação: 4 britânicos, 2
americanos, 2 neozelandeses, 1
australiano, 1 irlandês e 1 árabe
Projetista: Bruce Farr
Construtor: Persico S.p.A (Itália)
Ano: 2011

O

Avaliação:
Barco
Tripulação
Comandante
Equipe/estrutura
Avaliação geral

Com tripulação ícone se mantém regular e sem quebras

14 pontos

projeto do Camper tinha tudo para ser apenas mais um estreante
cumprindo tabela na Volvo Ocean Race. Mas esse quadro mudou
radicalmente com a associação da marca com o Team New
Zealand, uma escola de velejadores de oceano que fez história
na America’s Cup e é respeitada até hoje em todo o mundo. O Camper
passou muito bem pelo teste de resistência das primeiras provas, com uma
regularidade valiosa nessa regata e — o mais importante — sem quebras.
O projetista, Marcelo Botín, também é exclusivo do Camper. Uma aposta
ousada, mas que deu certo. Até agora, graças a um projeto bem montado,
o Camper tem sido a revelação da Volvo Ocean Race. j

País: Nova Zelândia
Nome do barco: Camper (ESP/NZL)
Comandante: Chris Nicholson (AUS)
Tripulação: 6 neozelandeses, 2
australianos, 1 sul-africano, 1 espanhol
Projetista: Marcelino Botín
Construtor: Cookson Boats (NZL)
Ano: 2011

Avaliação:
Barco
Tripulação
Comandante
Equipe/estrutura
Avaliação geral

14 pontos

PERFILNÁUTICO 

31 
ESPECIAL

Volvo Ocean Race Equipes

Por novas águas

Não quebrar já é uma vitória

Mestres na arte de navegar trimarãs gigantes, os franceses do
Groupama aceitaram o desafio de recomeçar a bordo de um monocasco

Com um barco usado, chineses só querem promover a cidade de Sanya.
Se possível, sem fazer muito feio

Groupama Sailing Team

Team Sanya

Ponto forte: Escola francesa

Ponto forte: O comandante
Mike Sanderson

Diferentemente dos neozelandeses,
que ficaram famosos nas regatas de
curto e médio percurso, os franceses
são fanáticos por longas travessias.
Franck Cammas, o comandante do
Groupama, já foi o mais rápido a dar
a volta ao mundo a vela sem escalas
e também já venceu a Transat, regata
entre a França e o Brasil, sempre
a bordo de multicascos. Sim, a
experiência a bordo de monocascos
ainda é novidade para eles, mas
os franceses já mostraram que
aprendem rápido. Especialmente
quando o assunto é vela.

Equipe recordista a bordo de trimarãs, quer fazer história também em um Volvo 70

G

roupama 4 é o primeiro monocasco construído pelos franceses do
Groupama. Mas engana-se quem pensa que eles são novatos. A
equipe comandada por Franck Cammas é uma colecionadora de
recordes oceânicos a bordo dos trimarãs mais rápidos do planeta.
O próprio recorde da volta ao mundo sem escalas era do Groupama até
o começo deste ano (foi batido por outra equipe francesa, a Banque
Populaire). Com toda a moral que merecem, os franceses cometeram um
erro tático na primeira etapa e acabaram ficando para trás. Agora, correm
para recuperar o terreno perdido. Muita gente acredita que eles ainda têm
várias cartas escondidas na manga para mostrar.

32  PERFILNÁUTICO

País: França
Nome do barco: Groupama 4
Comandante: Franck Cammas
Tripulação: 6 franceses, 2 suecos, 1
neozelandês, 1 irlandês e 1 australiano
Projetista: Juan Kouyoumdjian
Construtor: Multiplast (França)
Ano: 2011

Avaliação:
Barco
Tripulação
Comandante
Equipe/estrutura
Avaliação geral

15 pontos

Em 2006, o neozelandês Mike
Sanderson deu uma lavada nos
adversários a bordo do ABN Amro 1.
Hoje, no comando do Sanya, sua
missão é bem diferente: evitar as
quebras e não fazer feio. Mas ele já
mostrou que, se tiver a chance, vai
tentar incomodar. Na segunda perna,
chegou a liderar graças a uma tática
arriscada, mas quebrou no caminho.

Mesmo com bons velejadores a bordo, o foco é o marketing esportivo

N

ão é a primeira vez que um patrocinador de última hora decide
resgatar um barco usado da edição anterior só para dar visibilidade
a sua marca, mesmo sabendo que não tem chance nenhuma de
vitória. O que a equipe chinesa Team Sanya fez de diferente foi
chamar um skipper de primeira linha para comandar um barco de segunda
mão. O barco comandado pelo neozelandês Sanderson é o antigo Telefónica
Azul, construído em 2007 e usado na edição passada. Como qualquer
projeto de carro que saiu de linha, o Sanya Lan tem um design ultrapassado
em comparação com seus adversários, que são as mais modernas máquinas
de regata do planeta. O barco chinês enfrenta outro problema: as quebras.
Eles não terminaram nenhuma das duas primeiras etapas da competição.
Já trocaram a mastreação e até a proa do barco, depois de uma batida.
Definitivamente, este não será o ano do dragão. j

País: China
Nome do barco: Sanya Lan
Comandante: Mike Sanderson (NZL)
Tripulação: 7 neozelandeses,
1 noruegês, 1 belga, 1 chinês e
1 espanhol
Projetista: Bruce Farr
Construtor: King Marine/Hamble Yacht
Ano: 2007

Avaliação:
Barco
Tripulação
Comandante
Equipe/estrutura
Avaliação geral

10 pontos

PERFILNÁUTICO 

33 
ESPECIAL

Volvo Ocean Race

De Itajaí
para o mundo

M

uito em breve os olhos do mundo náutico
estarão voltados para a tranquila cidade
portuária de Itajaí, em Santa Catarina. O
município entrou para o mapa mundial da
vela há dois anos, quando foi anunciada
como parada sul-americana da regata.
Para isso, Itajaí venceu uma disputa contra cidades de
quatro países: Chile, Argentina, Uruguai e também do
Brasil, justamente onde ela encontrou seus adversários
mais fortes, como a capital do estado, Florianópolis,

34  PERFILNÁUTICO

e concorrentes tradicionais, como São Sebastião, no
litoral paulista, e a favoritíssima Rio de Janeiro.
Com pouco mais de 170 mil habitantes, o tamanho
da cidade não é visto como um problema pela
organização da regata. “O sucesso da parada em
Galway, na Irlanda, nos ensinou que cidades com
população relativamente pequena também podem
ter uma capacidade enorme de atrair espectadores”,
contou o CEO da Volvo Ocean Race, o norueguês Knut
Frostad. Itajaí é vizinha das cidades de Navegantes,

Balneário Camboríú, Blumenau e tem acesso fácil a
partir de diversas outras localidades catarinenses.
Além disso, apesar de ter pouca tradição na vela,
Itajaí tem uma inegável vocação náutica. A cidade,
importante centro pesqueiro, desenvolveu-se às
margens do Rio Itajaí-Açu, onde fica o segundo maior
porto do país em movimento de contêineres. “A
boa infraestrutura portuária e também de apoio às
embarcações pesou na escolha”, completa João Luiz
Demantova, do comitê organizador da regata. j

ronaldo silva jr.

Itajaí será a capital mundial da vela durante
duas semanas em abril

Obras em Itajaí já estão a todo vapor

PERFILNÁUTICO 

35 
Volvo Ocean Race

A Race Village de Itajaí — área que vai concentrar as
atividades do Stopover — será aberta no dia 3 de abril,
quando devem chegar os primeiros barcos. Depois de
duas semanas de manutenção, as equipes disputam
a Regata Pro-Am, no dia 20, a Regata In-Port, no dia
seguinte, e largam no dia 22 em direção a Miami. Em
todos esses eventos, os Volvo 70, com 4,5 metros de
calado, vão entrar e sair do Rio Itajaí-Açu graças ao
profundo canal para o trânsito de navios. Na regata
Pro-Am, que envolve convidados vips e velejadores
profissionais, todo o percurso será dentro do rio, para
que a população possa acompanhar de perto a disputa.

No mar e em terra

Em função da dureza do trecho entre a Nova Zelândia e
o Brasil, a movimentação em terra será grande também
nos boxes das equipes. Veleiros e velejadores chegarão
por aqui precisando de manutenção e descanso. Por
isso é importante contar com uma cidade que disponha
de mão de obra qualificada e de acesso à ferramentas

e materiais que possam ser necessários (embora as
equipes tragam boa parte desse material consigo).
Enquanto as equipes trabalham nos bastidores, a
regata abre as portas para o público. “A programação
na Race Village vai contar com shows musicais locais
e nacionais, atividades infantis e ações ligadas à
sustentabilidade”, explica João Luiz Demantova.
Algumas equipes também devem montar galpões para
receber a imprensa, amigos e clientes vips. A Puma, por
exemplo, deve levar convidados para assistir à regata
costeira e à largada de perto, a bordo de um hospitality
boat com capacidade para centenas de pessoas.

Feira náutica

Uma das novidades que Itajaí está trazendo à
regata é uma feira náutica. A Expo Náutica Brasil
será uma vitrine não só de barcos, mas também de
equipamentos, roupas e acessórios ligados ao iatismo.
Durante a feira, será lançado também o Polo Náutico
Catarinense. Uma das intenções do comitê organizador

“A Estrutura que o Porto de Itajaí está edificando
para ser a Race Village recebe investimentos de cerca
de três milhões de reais.” João Luiz Demantova

ronaldo silva jr.

ESPECIAL

O projeto para receber a regata é parte da revitalização da margem do Rio Itajaí-Açu

Simulação 3D da Race Village Itajaí Stopover

36  PERFILNÁUTICO

é justamente deixar um legado que sobreviva após a
passagem da regata por aqui.
“A estrutura que o Porto de Itajaí está edificando
para ser a Race Village recebe investimentos de cerca
de R$ 3 milhões e não será utilizada somente para a
regata. Passará a ser mais uma área de lazer para a
comunidade de Itajaí e, posteriormente, vai abrigar o
Centro Comercial Portuário, como parte do projeto de
revitalização da margem do Rio Itajaí-Açu”, explica
João Demantova.
Itajaí e Santa Catarina como um todo esperam ter
uma excelente oportunidade de desenvolver negócios e
impulsionar o turismo durante a regata. “Os municípios
que sediaram paradas obtiveram significativos
incrementos na economia local e regional”, fala João
Demantova. “Exemplo disso ocorreu em Galway, na
Irlanda, em 2009, onde o impacto econômico positivo
foi de U$ 58,8 milhões”, anima-se o membro do comitê
organizador, que vê muitas semelhanças entre as
realidades de Galway e Itajaí.

Além da área da Race Village, anexa ao
Centreventos Itajaí, na margem direita do rio, a regata
também poderá ser acompanhada de diversos outros
pontos do município, a exemplo dos molhes sul e
norte (em Itajaí e Navegantes, respectivamente),
praias do Atalaia, Cabeçudas e Geremias. O Morro
da Cruz, a 180 metros de altitude e com um mirante
voltado para a foz do rio, deve ser um dos locais mais
disputados da cidade nos dias de regata. j

Marque na agenda
Chegada: prevista para 4 de abril
Regata Pro-Am: 20 de abril
Regata costeira: 21 de abril
Largada para Miami: 22 de abril
PERFILNÁUTICO 

37 
ESPECIAL

Volvo Ocean Race

Costa Verde & Mar

Marcello sokal

Um lugar fascinante, com praias belíssimas e muitos atrativos turísticos
Por Thais Zago
“Em todos os segmentos, fazemos tudo com a alma
e o coração. Assim acolhemos todos os turistas,
independentemente do seu interesse.” As palavras
do governador João Raimundo Colombo confirmam a
hospitalidade do povo catarinense e a diversidade de
atrativos turísticos, motivos de sobra para quem estiver
no evento aproveitar melhor a região.

Para quem está viajando com a família, as praias
indicadas para passar o dia são as que têm águas
tranquilas para banho e estrutura de serviços e
restaurantes, como Cabeçudas em Itajaí ou praia
Central e Laranjeiras em Balneário Camboriú. Quem
gosta de tranquilidade não pode deixar de visitar
as praias de Taquaras e Taquarinhas em Balneário

juan Pablo Carnevalle

Praias para todos os gostos

Marcello sokal

O

cenário escolhido para sediar a etapa da Volvo
Ocean Race no Brasil não poderia ser melhor.
Águas claras, areia branca, rios, montanhas,
muito verde e o jeitinho açoriano facilmente
percebido nas canoas coloridas, na arquitetura
das cidades, na gastronomia e principalmente
no sotaque das pessoas. Itajaí está localizada no coração
de uma região conhecida como Costa Verde & Mar,
centro-norte de Santa Catarina, que também abrange os
municípios de Balneário Camboriú, Balneário Piçarras,
Bombinhas, Camboriú, Ilhota, Itapema, Luís Alves,
Navegantes, Penha e Porto Belo.
São mais de 80 praias, diversos parques naturais
e temáticos, grande concentração de lojas, agitado
circuito de festas, boa infraestrutura náutica e portuária
e requintadas opções de gastronomia e hospedagem.

Lindas praias com diversas opções de lazer. Para quem gosta de agito e de relaxar

joão Scharf

O maior serviço de infraestrutura náutica está concentrado
em Balneário Camboriú e Porto Belo, embora Bombinhas,
Itapema e Piçarras possuam marinas e iates clubes

Porto de Itajaí recebe vários navios cruzeiros de todo o mundo

38  PERFILNÁUTICO

Camboriú, e as praias da Tainha e da Costeira de
Zimbros em Bombinhas.
Em contrapartida, quem procura badalação
pode desfrutar do sol e do mar ouvindo boa música
eletrônica em clubes de praia, como o Parador
Beach Club no Estaleirinho (Balneário Camboriú) e
o Rakenne na Praia Brava de Itajaí. As melhores
opções para a prática de esportes náuticos estão em
Porto Belo e Itapema. Bombinhas possui escolas de
mergulho e operadoras especializadas com barcos e
lanchas equipados e profissionais qualificados.
Para os surfistas, as praias que têm as melhores
condições de surfe são Atalaia e Praia Brava em

Itajaí; Mariscal e Quatro Ilhas em Bombinhas; Praia
Central em Navegantes.

Parques naturais e temáticos

Para os aventureiros, a região apresenta muitos parques
naturais e opções de esporte ao ar livre. Um circuito de
cicloturismo percorre os 11 municípios num total de 270
km, possibilitando pedaladas em áreas urbanas e rurais,
com estradas sinuosas e paisagens à beira-mar. Em
Porto Belo, o Condomínio Aeronáutico oferece amplo
espaço de lazer, escola de pilotos e de paraquedismo. Na
Praia Vermelha (Penha), no Morro do Careca (Balneário
Camboriú) e em Bombinhas é possível praticar voo j
PERFILNÁUTICO 

39 
ESPECIAL

Volvo Ocean Race

Infraestrutura de primeira na Tedesco Marina. Para os baladeiros, a terceira maior casa de música eletrônica do mundo, a Green Valley

livre, salto duplo de parapente e sobrevoar as praias da
região. Camboriú, Luís Alves e Ilhota oferecem parques
aquáticos e pesque-pagues com tobogãs, piscinas,
quadras esportivas, paredões de escalada, tirolesas,
passeios a cavalo, trilhas para prática de motocross e
belas cachoeiras.
Para passeios em família, uma boa pedida são os
parques temáticos. Balneário Camboriú dispõe do
único teleférico do mundo que interliga duas praias,
o Parque Unipraias, um complexo de lazer em que
é possível praticar arvorismo, observar paisagens,
fazer compras e se aventurar no trenó de montanha,
uma descida de 700 metros a 60 km/h. Em Penha
está localizado o Beto Carrero World, o quinto maior
parque temático do mundo, que possui zoológico
com mais de 700 animais, parque de diversões com
brinquedos para todas as idades e shows temáticos.

40  PERFILNÁUTICO

Grande concentração de lojas

Aqueles que gostam de fazer compras encontram na
região um prato cheio! Ilhota concentra o maior número
de lojas de moda praia e moda íntima de Santa Catarina.
As marcas locais apresentam as últimas tendências da
moda com excelente relação custo-benefício, pois o
estado de Santa Catarina abriga um dos maiores polos
têxteis do Brasil. Já o comércio de Balneário Camboriú é o
mais diversificado da região, com mais de 5 mil lojas que
oferecem produtos de grifes nacionais e internacionais,
distribuídas no centro da cidade e nos shopping centers,
funcionando inclusive aos sábados, domingos e feriados.

Agitado circuito de festas

Em Balnerário Camboriú a vida noturna é bastante
agitada. Além de bares e boates para todos os estilos
musicais, é lá onde fica a terceira maior casa de música

O teleférico do Parque Unipraias permite um vista aérea única e liga a praia da Barra à de Laranjeiras em Balneário Camboriú

A Costa Verde & Mar é composta por 80 praias que oferecem
infraestrutura turística, além da hospitalidade catarinense
eletrônica do mundo, a Green Valley. Estaleirinho
e Praia Brava são palcos para festas em Beach Clubs
que começam no fim da tarde e vão até o amanhecer,
quando os baladeiros param para contemplar o nascer
do sol em um dos mais belos cenários da região. Em
Porto Belo, a badalação acontece em casas noturnas e
bares com música ao vivo.

Boa infraestrutura náutica e portuária

Embora Bombinhas, Itapema e Piçarras ofereçam
marinas, as maiores concentrações do serviço estão
em Balneário Camboriú e Porto Belo. Em Balneário, as
marinas estão localizadas na Barra Sul e ao longo do

Rio Camboriú, com destaque para a Tedesco Marina
Garden Plaza — com capacidade de abrigar até 500
embarcações, infraestrutura completa e equipamentos
de alta tecnologia. Além de marinas, Porto Belo possui
também um centro náutico e um iate clube. No setor de
cruzeiros marítimos, Itajaí e Porto Belo investem sem
cessar em infraestrutura e acolhimento, prova disso são
os novos píeres turísticos inaugurados em 2011. Itajaí é
uma das principais escalas das companhias e tem como
diferencial a realização de embarque e desembarque
de passageiros para a costa brasileira e Mercosul. Porto
Belo destaca-se pela capacidade de atracar mais de um
navio transatlântico por dia. j
PERFILNÁUTICO 

41 
Volvo Ocean Race

Tacca neto

ESPECIAL

O hotel Infinity Blue e a bela vista do Bistro La Table

Requintadas opções
de gastronomia e hospedagem

A Costa Verde & Mar possui uma gastronomia variada
que atende a diferentes públicos, tendo como ponto
forte uma infinidade de restaurantes à base de frutos
do mar. Itajaí traz excelentes opções ao longo da Via
Gastronômica, como o sofisticado restaurante de
cozinha internacional Chez Raymond, na praia de
Cabeçudas. Em Bombinhas, Itapema e Porto Belo, o
destaque fica para restaurantes que oferecem petiscos
como o bolinho de bacalhau e a casquinha de siri,
comumente acompanhados de pirão de farinha de
mandioca e frutos do mar.

Balneário Camboriú, além de oferecer a maior
variedade de restaurantes de frutos do mar e petiscos,
fast foods, pizzarias e churrascarias, possui requintados
restaurantes temáticos e de especialidades, como cafés,
bistrôs, enotecas e fusion cuisine. Há também bares
e restaurantes com música ao vivo por toda a orla.
No quesito acomodação, a Costa Verde & Mar oferece
excelentes opções em diferentes formatos, desde resorts
e spas a hotéis, pousadas com boa infraestrutura à
beira-mar em praias badaladas e acomodações menores
em praias mais isoladas ou em refúgios naturais, opções
para famílias com crianças, jovens interessados em
badalação ou casais procurando mais privacidade. S

Serviço
O Aeroporto Internacional Victor Konder, em
Navegantes, é o mais próximo da Costa Verde & Mar,
localizado a 7 km de distância de Itajaí.
Onde ficar:
Infinity Blue Resort & Spa:
www.infinityblue.com.br
Parador Estaleiro Hotel:
www.paradorestaleirohotel.com.br
Onde comer:
La Table: www.bistrolatable.com.br
Chez Raymond: (47) 3348-7032

Atum ao molho de jabuticaba do La Table, único
restaurante de comida contemporânea de Santa Catarina,
segundo o Guia Quatro Rodas 2012

42  PERFILNÁUTICO

INFORMAÇÕES:
Costa Verde & Mar: www.costaverdemar.com.br
Iate Clube Porto Belo: www.iateclubeportobelo.com.br
Santa Catarina Turismo: www.santur.sc.gov.br
Tedesco Marina: www.tedescomarina.com.br

PERFILNÁUTICO 

43 
CAPA Veleiros

Ao sabor
do vento

Velejar é uma opção diferente e
cheia de estilo para curtir o mar.
Descubra o velejador que
há dentro de você!

Gilles MARTIN-RAGET

Por Antonio Alonso Jr.

44   PERFILNÁUTICO
44 PERFILNÁUTICO

PERFILNÁUTICO 
PERFILNÁUTICO 

45  
45
P
CAPA Veleiros

aixão. Essa é explicação para
milhares de navegantes deixarem
de lado a praticidade e o conforto
dos motores para navegar só
com a força do vento, como se
fazia há séculos. Esportistas,
aventureiros, celebridades, reis,
milionários e espíritos livres
pelo mundo não deixam dúvida:
veleiros são barcos movidos a
vento e paixão. Nas próximas páginas, a Perfil Náutico
apresenta um pouco desse mundo tão próximo e tão
pouco compreendido. Ao longo de muitos séculos, os

veleiros desempenharam o papel que hoje é de naves
espaciais, aviões, navios e até das lanchas. Esse tempo
passou, ficou a elegância e o charme de um estilo de
vida que seduziu até Albert Einstein.

Quem são eles?

Navegar sem poluir, sem limite de autonomia, sem
barulho ou cheiro de combustível queimando. Além
de um esporte, é um estilo de vida. Ou melhor, vários.
Sim, a vela também tem suas várias tribos. As duas
mais fáceis de reconhecer são a dos cruzeiristas e a dos
regatistas. Enquanto uns sonham em morar no barco
e dar a volta ao mundo, os outros querem “apenas”
ganhar a America’s Cup.
A Meca dos cruzeiristas no Brasil é Angra dos Reis,
mais especificamente a Marina Brachuy. É uma das
poucas marinas no Brasil onde os veleiros ainda são

Semana de Vela de Ilhabela é o ponto de encontro dos regatistas. Reúne 150 veleiros a cada edição

mais numerosos que as lanchas. Muitos deles moram
ou planejam morar em seus barcos. Viajar está sempre
nos planos, mesmo que seja apenas no circuito AngraParaty. Quando saem de Angra, vão para longe:
Fernando de Noronha, Caribe ou as milhares de ilhas
tropicais de águas azul-turquesa do Pacífico.
Já os regatistas se espalham por iate clubes de
todo o país onde exista um calendário regular de
competições. Mas no inverno todos se encontram
na Semana de Vela de Ilhabela, no Yacht Clube de
Ilhabela, litoral paulista. Os mais jovens costumam
correr regatas de monotipos, barcos esportivos e que

Barco-escola Mistralis. Expedições pelo Brasil ensinando qualidade de vida

46  PERFILNÁUTICO

exigem excelente forma física. Os mais experientes
disputam regatas de oceano, em barcos maiores e com
tripulação, no qual o trabalho em equipe vale mais que
o esforço físico.
Porém, as fronteiras não são rígidas e as duas tribos
se encontram em vários eventos. Os cruzeiristas
adoram usar a Regata Recife-Noronha como uma boa
desculpa para visitar Fernando de Noronha. “Mesmo
que muitos fiquem com preguiça no caminho e liguem
os motores, abandonando a competição para chegar
logo e aproveitar a ilha”, conta Ricardo Amatucci,
cruzeirista apaixonado. j

Paixão é a explicação para que navegantes
troquem a praticidade e o conforto dos
motores pela força dos ventos
PERFILNÁUTICO 

47 
A velejadora

CAPA Veleiros

A

os 10 anos, a paulista Mariana Peccicacco
resolveu sair com o pai para ver como era
velejar e não parou mais. Hoje, com 28, ela
já velejou de Oceano, Optimist, 420, Snipe,
Match Race e virou até professora de vela. As mulheres
ainda são minoria na vela brasileira, por isso não
faltam convites para ela participar de regatas. “Não
dá para apontar uma coisa que me atrai na vela. É um
conjunto. É o trabalho em equipe, que você leva para

a vida toda, é o clima de amizade e as comemorações
nos campeonatos e é também o contato com a
natureza, só você, o barco e o vento.” Mariana acha
que todo mundo deveria experimentar a vela pelo
menos uma vez na vida e que todos podem aprender,
até quem tem medo de água. “Eu não consigo imaginar
outro esporte em que eu consiga competir ao lado
do meu pai, que é um gordinho simpático, mas nada
atlético”, brinca. j

O que atrai Mariana é um conjunto que só a vela
pode proporcionar: o trabalho em equipe, o
clima de amizade e o contato com a natureza

Alex Juk veleja na classe Snipe há 12 anos e acaba de se tornar campeão brasileiro da categoria

O regatista

O

engenheiro paranaense Alex Juk, de 29 anos,
aprendeu a velejar aos 11, no barco do pai. Aos 17
ele conheceu a classe Snipe, um dos monotipos
mais populares do Brasil. Já se passaram 12
anos e ele continua na ativa. Acaba de se sagrar campeão
brasileiro máster de Snipe. Alex não abandonou a vela de
oceano, mas confessa que sua paixão são os monotipos.

Como muitos velejadores, ele gosta de lanchas, mas acha
que não dá para comparar. “A lancha é mais um meio de
transporte, enquanto no veleiro eu curto o caminho.” Já
na regata é diferente. “Uso cada velejada para aprimorar
minha técnica em todos os tipos de vento. Nunca vou ser
tão rápido quanto uma lancha, mas meu objetivo é ser
mais rápido do que os adversários.”

“A lancha é mais um meio de
transporte, enquanto no veleiro
eu curto o caminho.” Alex juk
48  PERFILNÁUTICO

Mariana foi apresentada à vela pelo pai e hoje, além de competir, também dá aulas

PERFILNÁUTICO 

49 
CAPA Veleiros

O Professor

A

os 66 anos, o campineiro Fábio Reis é uma
referência para lancheiros e velejadores do
Brasil. Físico de profissão, já foi diretor do
Instituto de Física da Unicamp e hoje é autor
de livros e cursos de navegação. Foi quando comprou
um pequeno veleiro, de 23 pés, aos 32 anos, que ele
se encantou. Logo dominou a complicada navegação
pelas estrelas. Numa época em que não havia GPS, ele
saía sozinho para mergulhar ou fazer caça submarina
e, se fosse preciso, sabia refazer o caminho baseado
nas estrelas ou no sol. Não demorou para aparecerem
amigos querendo aprender o básico para fazer o curso de
arrais ou até a navegação astronômica, para dar a volta
ao mundo. “Eu gosto de velejar, mas com expectativa
de chegar a algum lugar. Hoje estou em Angra. Se me

chamarem para ir agora para Florianópolis, eu topo.
Agora, sair e ficar dando voltinhas por aí, não é comigo.”
Ultimamente ele anda fã dos catamarãs, pelo conforto
que eles oferecem mesmo com o mar batido.

Na época de Fábio Reis
não existia GPS. Com
o auxílio do Sol e das
estrelas, o físico saía
para mergulhar e caçar

Cruzeiros pelo Brasil ao lado da esposa e da filha renderam dois livros e um DVD

O Cruzeirista

O

paulista Ricardo Amatucci, 48 anos, começou a
velejar procurando um esporte, mas encontrou
muito mais do que isso e virou um cruzeirista
tão inveterado que chegou a presidir e faz parte
da Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro, a
ABVC. “Um dia eu estava assistindo à TV com minha
mulher e comentei como nós éramos ativos e estávamos
nos tornando sedentários.” A sugestão de experimentar
partiu da mulher, Diana, que comentou que o avô tinha

O físico, que já escreveu livros e cursos de navegação, prefere hoje o conforto dos catamarãs

50  PERFILNÁUTICO

velejado na Guarapiranga até os 85 anos e só parou
depois que uma tempestade afundou seu veleiro. “Hoje
já temos no currículo uma viagem até Santa Catarina e
outra a Salvador em nosso 30 pés. Viajamos apenas nós
três: ela, eu e nossa filha.” Toda essa aventura virou
literatura. Nos livros “Uma Família pela Costa Sul” e
“Uma Família pela Costa Leste” (também em DVD),
Ricardo e Diana contam em detalhes como foi essa
mudança em suas vidas. j

Amatucci começou na vela para sair do
sedentarismo, e se apaixonou pelo esporte. Foi
presidente e hoje é membro atuante da ABVC
PERFILNÁUTICO 

51 
CAPA Veleiros
O que é o quê em um veleiro

O comprimento
do casco na
linha d’água está
diretamente
relacionado com a
velocidade máxima
do veleiro. Quanto
maior, mais veloz.
Cascos mais
largos permitem
um interior mais
confortável e
maior estabilidade,
os cascos mais
estreitos são mais
velozes e instáveis.

W Mastro
A altura do mastro
vai definir a área
vélica que o veleiro
pode suportar.
Mastros muito
altos precisam
também de quilhas
muito profundas
e pesadas para
contrabalancear a
força lateral que o
vento faz no barco.

E Estais
Eles “prendem” o
mastro ao barco.
Servem para
equilibrar as forças
exercidas pelas
velas. Se um deles
quebra, o mastro
pode vir abaixo logo
em seguida.

R Quilha

T Vela mestra
ou grande
Reponsável pela
maior parte da
propulsão.

Y Vela de proa

Um barco
normalmente tem
uma série de opções
para usar como vela
de proa, cada uma
indicada para ventos
de força e ângulos
diferentes. Enquanto
a vela mestra só é
trocada em caso
de avaria, a vela
de proa pode ser
trocada várias vezes
em uma regata,
dependendo das
mudanças do vento.

U Leme
Deve ser forte
o suficiente para
suportar uma grande
pressão da água.

O Escotas

Cada vela tem
suas escotas, que
são cabos usados
para posicionar as
velas de acordo
com o desejo dos
velejadores.

P Adriças
São os cabos usados
para içar e baixar as
velas. Normalmente
correm por dentro
ou junto ao mastro e
não ficam aparentes
no barco.

{ Burro
É ele que mantém
a retranca na
horizontal e evita
que sua ponta seja
levantada pela
pressão na vela
mestra.

W

T

Como o veleiro navega?

Y

E

A favor do vento
A situação mais fácil de entender é quando o vento
simplesmente empurra a vela e, por consequência, o
veleiro. Esse evento é o famoso “vento de popa” que,
apesar da expressão popular, não é a melhor condição
para o velejador.

I

O

Os veleiros podem
ter uma bolina
(móvel) ou quilha
fixa. Pense nela
como um “trilho”.
Ela não deixa o barco
derivar lateralmente,
como uma canoa
faria, e nem tombar
quando o vento
atinge as velas
lateralmente.

P
{
Q
R
U

52  PERFILNÁUTICO

E

I Retranca
Está ligada
horizontalmente
ao mastro e à parte
inferior da vela,
chamada esteira.
É essencial no
controle da vela
mestra.

Ao contrário do que muita gente pensa, velejar recreativamente não é difícil. Além das centenas de iate clubes espelhados pelo Brasil, há várias escolas especializadas em cursos de vela em represas, lagos e rios. Um
curso básico padrão tem cerca de cinco aulas, entre teoria e prática, que já permitem fazer um barco simples
velejar. O Rio Yacht Club, em Niterói, e o Yacht Club
Santo Amaro (YCSA), em São Paulo, são dois dos mais
vitoriosos clubes de vela do mundo todo. Em lugares
como esses, encontram-se velejadores de vários níveis
e entusiastas do esporte dispostos a trocar ideias sobre
materiais, técnicas, manutenção e de regatas e passeios que você não pode perder na sua região. Alguns
segredos, no entanto, você só vai aprender depois de
muita tentativa e observação. Portanto, não há melhor
escola de vela do que velejar.
“Um dos segredos de uma velejada gostosa é a boa
companhia. Se você está se divertindo entre amigos,
até o tempo melhora.” A dica de Fábio Reis é baseada
nas “roubadas” em que já entrou em viagens longas.
“E o pior é que não dá para pular do barco e sair fora”,
brinca. “A saída é velejar o melhor possível para chegar logo no destino.”

João Amadeu Vieira

Q Casco

Quem pode?

Contra o vento
Embora alguns veleiros modernos consigam velejar em
ângulos muito pequenos contra o vento, é impossível
navegar diretamente contra o vento, mas é possível
velejar nessa direção fazendo um zigue-zague com o
vento atingindo as velas lateralmente ou “de través”.
Por mais surpreendente que pareça, nessa situação
alguns veleiros conseguem velejar mais rápido do que
o vento. A quilha desempenha um papel fundamental
nessa situação. Simplificando muito, podemos dizer
que, sem ela, o vento lateral arrastaria o barco. Como
ela impede esse arrasto lateral, a força do vento nas
velas mais a força de resistência da quilha criam uma
força resultante, que impulsiona o veleiro para a frente.
Orça máxima é o ângulo mínimo que o veleiro
consegue navegar contra o vento.

A ARTE DE VELEJAR

Por mais diferentes que sejam entre si, todos os veleiros
são máquinas de transformar a força do vento em movimento. Para conseguir isso, eles podem ser extremamente simples, com apenas uma vela e um cabo para
controlá-la, ou muito complexos, quando são necessários dezenas de tripulantes para fazê-los velejar.
Na primeira vez que se vai a bordo de um veleiro,
tem-se impressão de estar entre um amontoado de
cordas, rodinhas e ferragens de vários tipos. É perfeitamente possível velejar um barco sem saber exatamente como ele se movimenta e quais forças atuam
sobre ele. Mas saber como ele funciona vai permitir
que se tire o melhor desempenho do veleiro.
Existem coleções inteiras de livros sobre a arte de
velejar. Agora, se você quer mesmo aprender, vai ter
de trocar os livros por velas, por cabos e pelo timão. j

Dica de Leitura
Para sonhar:
Sozinho ao Redor do Mundo, por Joshua Slocum
O Longo Caminho, por Bernard Moitessier
Aventuras no Mar — Andanças e Peripécias de um Velejador
Boa-Praça, por Hélio Setti Jr. 
Para aprender:
Código da Vela, por Fábio Reis (www.escolanautica.com.br)
Regulagem de Velas - Manual Ilustrado, por Ivar Dedekan
Guia Prático de Manobra, por Erick Tabarly

PERFILNÁUTICO 

53 
CAPA Veleiros

Seis veleiros
de 30 a 55 pés

Fizemos uma seleção de modernos
veleiros que não deixam de lado
o estilo clássico de velejar
Por Angelo sfair

54  PERFILNÁUTICO

PERFILNÁUTICO 

55 
CAPA Veleiros BENETEAU

Sense 55

C

om o Sense 55, lançado no Salão Náutico de
Paris de 2011, o estaleiro francês Beneteau
superou e deu origem a uma pequena
revolução no mundo dos veleiros. O
modelo alcançou um luxo antes exclusivo
dos superiates, oferecendo uma série de
atributos que também estão presentes nos luxuosos
iates construídos pela Construction Navale Bourdeaux
— subsidiária do grupo Beneteau.
O conceito do Sense 55 resume-se em combinar
a privacidade e o prazer de convivência. Os espaços
interiores são independentes, mas todos sutilmente
ligados. A suíte máster é grande e aberta, com um
banheiro confortável, gabinete e vários armários. As
outras duas cabines mantêm o nível de conforto e
também apresentam chuveiros privados. O acabamento
das áreas internas em madeira lacada com iluminação
indireta dá um charme especial ao interior deste veleiro.
As opções de personalização são grandes, desde a cor do
casco aos estofamentos da mobília.
O Sense 55 também é um barco que navega de
forma eficiente e confortável. O casco tem uma rigidez
excelente e uma vela equilibrada, o que garante

O modelo alcançou um
luxo antes exclusivos
dos superiates. O
conceito combina
privacidade e o prazer
da convivência a bordo
velocidades surpreendentes. O cockpit pode ser fechado
para garantir mais segurança e tem um grande painel
de instrumentos no posto de comando. Os assentos do
timoneiro podem ser levantados para liberar o acesso
ao banheiro. Já os assentos da cabine de estibordo têm
forma de “U” e proporcionam uma grande vista.
O barco é equipado com um motor a diesel de 120
HP de potência. Também está incluso o sistema Dock
& Go — que, além de trazer confiança e poder de
manuseio, proporciona um conforto extra ao reduzir
vibrações e deixar a viagem mais silenciosa.j

O casco rígido e a vela equilibrada fazem o Sense 55 alcançar grandes velocidades

Especificações técnicas

Boca: 4,97 m

Comprimento total: 17,20 m

Linha d’água:
15,93 m
Calado:
1,84 m – 2,35 m
Área vélica:
152,5 m²

O acabamento interno em madeira lacada realça o luxo e a beleza. A suíte principal é espaçosa e confortável

56  PERFILNÁUTICO

PERFILNÁUTICO 

57 
CAPA Veleiros JEANNEAU

Sun Odyssey 509

F

abricando com o que há de mais novo
em tecnologia de arquitetura naval,
aliado ao desgin assinado pelo renomado
projetista Philippe Briand, o Sun
Odyssey 509 é a materialização do ideal
Jeanneau. O veleiro é o carro-chefe da
linha Sun Odyssey — que engloba os modelos 409 e
439 — e combina conforto, design e navegabilidade.
Equipado com mastro de enrolar e um plano vélico
de alta performance, o barco permite a utilização
de uma grande variedade de velas, entre elas buja
autocambante, genoa, code zero e outras.
O layout pode ser escolhido entre cinco versões. As
opções incluem modelos com três, quatro ou cinco
cabines. Além do layout, ainda há outras opções de
personalização como o plano vélico, a quilha e os
tecidos utilizados na decoração.
O interior é luxuoso e tem um excelente
acabamento de marcenaria. A iluminação interna
é boa graças ao generoso tamanho das janelas, e a
iluminação artificial é toda feita com LED. Há vários
armários, o que é essencial para quem pretende fazer
cruzeiros com familiares e amigos.

O modelo 509 é o carrochefe da linha Sun
Odyssey. Um dos atrativos
é a personalização: cinco
opções de layout e grande
variedade de velas
O trabalho do designer Philippe Briand é o destaque
do Sun Odyssey 509. O casco, moderno e equilibrado,
combina uma linha d’água longa com um “chine”
acentuado para melhor velocidade e conforto no
mar. O convés é clean, seguro e ergonômico, com
gaiutas e cabos embutidos. Há dois lemes e o cockpit
é confortável, com uma grande mesa e espaço para
iluminação, frigobar e para o 360 Docking – sistema
operacional da Jeanneau que auxilia na hora de atracar
o veleiro. j

O design assinado por Philippe Briand combina desempenho e conforto a bordo

Especificações técnicas

Boca: 4,79 m

Comprimento total: 15,38 m

Linha d’água:
13,92 m
Calado:
1,73 m – 2,28 m
Deslocamento:
13.900 kg
Área vélica:
134 m²

O Sun Odyssey possui boa área de convivência no cockpit com mesa e espaço para frigobar. A cabine é iluminada por janelas amplas

58  PERFILNÁUTICO

PERFILNÁUTICO 

59 
CAPA Veleiros DELphia yachts

Delphia 47

E

leito o “Barco Croata de 2009” e
indicado para o prêmio “Iate Europeu
de 2009/2010”, o Delphia 47 é um
veleiro que garante alto desempenho
e segurança em alto-mar. É um barco
confortável, atraente, bem construído e
está disponível em duas versões: a Owner, com três
cabines másteres e chuveiro individual; e a Charter,
com cinco cabines duplas, quatro delas acompanham
chuveiros.
O veleiro Delphia 47 tem um interior elegante e
moderno. A marcenaria é trabalhada com capricho, as
portas são de madeira maciça e o acabamento é feito
de mogno envernizado, contrastando com os tons
claros. A combinação destes aspectos com a luz natural
que provém das amplas portas cria um ambiente
aconchegante, luminoso e arejado. A cozinha em
formato de “L” é equipada com bancadas de Corian,
um fogão de quatro bocas e as pias são de aço inox. O
salão é espaçoso, acolhedor e contém uma mesa de
cartas de bom tamanho com assentos confortáveis,
e tem a vantagem de não oferecer dificuldades para
entrar ou sair quando o tempo está chuvoso.

O Delphia 47 é reconhecido
internacionalmente. Foi
escolhido o “Barco Croata
de 2009” e indicado para o
“Iate Europeu 2009/10”
O cockpit do Delphia 47 é muito espaçoso e contém
dois lemes. Ao contrário de alguns veleiros de leme
duplo, a navegação é bem suave e mal se pode sentir
o atrito extra da segunda estação. O veleiro pode ser
facilmente navegado por uma só pessoa graças ao
enrolador de velas que permite ao tripulante diminuir
a área vélica rapidamente quando o vento aumentar.
O deque também tem uma grande área onde é possível
permanecer várias pessoas ao mesmo tempo para
tomar sol ou dar um mergulho. O Delphia 47 é um
barco motorizado e vem equipado com um Volvo
Penta de 57 cavalos. j

O veleiro é de encher os olhos. Além de atraente, o barco tem construção sólida e esbanja conforto

Especificações técnicas

Boca: 4,48 m

Comprimento total: 14,48 m

Linha d’água:
14,07 m
Calado:
1,80 m – 2,30 m
Deslocamento:
13.300 kg
Área vélica:
94 m²

O 47 da Delphia Yachts está disponível em duas versões Owner e Charter, variando de três a cinco cabines

60  PERFILNÁUTICO

PERFILNÁUTICO 

61 
CAPA Veleiros delta yachts

Delta 41

O

Delta 41 é um veleiro da Delta Yachts
no qual podemos observar algumas das
características marcantes do estaleiro
gaúcho. Com design assinado por Nestor
Volker, são perceptíveis o esmero e a
sofisticação tanto no acabamento interno
como na mastreação e na escolha das ferragens.
O espaço interno é confortável, disponível em duas
ou três cabines, e nas duas versões há dois banheiros
com box separado. A iluminação interna é eficaz e
moderna, a maioria das luminárias é de LED. Todo
o interior é construído em cedro com compensados
multilaminados e acabamentos em verniz semibrilho.
Já as ferragens, dobradiças, trincos e pias são todos de
aço inoxidável.
O espaço do convés também é muito bem
aproveitado. O cockpit é espaçoso e confortável, com
quase quatro metros de boca, onde se encontram dois
lemes construídos em fibra de vidro e poliéster.

o 41 traz o dna
marcante da delta
yachts. sofisticação
no interior e no
exterior
O Delta 41 é motorizado com um Yanmar 4JH
com rabeta modelo SD-50 de 54 HP. O sistema é
controlado por um comando lateral no cockpit e
conta com alternador de 80 AH, isolamento térmico e
acústico, hélice fixo de bronze com três pás, sistema
de alimentação e anti-incêndio. j

O Delta 41 foi desenhado por Nestor Volker e sua boca tem quase quatro metros. O veleiro é equipado com motor Yanmar de 54 HP

Especificações técnicas

Boca: 3,95 m

Comprimento total: 12,60 m

Linha d’água:
11,00 m
Calado:
1,55 m – 1,95 m
Deslocamento:
7.780 kg
Área vélica:
78,38 m²

Convés amplo e cockpit com dois lemes. O interior destaca-se pela iluminação toda em LED

62  PERFILNÁUTICO

PERFILNÁUTICO 

63 
CAPA Veleiros bavaria yachts

Cruiser 36

R

esultado da aliança entre germânicos
e norte-americanos, o Cruiser 36, da
Bavaria Yachts, é um veleiro que navega
muito bem. Construído para atender a
todos os quesitos do Germanischer Lloyd
Certification, é um barco robusto e com a
borda muito alta, o que aumenta o seu volume interno
e externo, além de passar a impressão de que ele é
maior do que um 36 pés. O veleiro ainda apresenta
uma extensa lista de itens opcionais, como sistema
de enrolar a vela principal, água quente, guinchos
elétricos e outros recursos.
A boa navegabilidade não é surpresa, tendo em
vista que o projeto foi arquitetado pela Farr Yachts
Design. Internamente, o veleiro tem opções de layout
com duas ou três cabines. O Cruiser 36 é espaçoso,
tem um bom pé-direito e um salão com espaço
muito bem aproveitado. A cozinha é bem localizada,
repleta de gavetas e armários e está equipada com
uma geladeira tipo “arca”, com grande capacidade de
armazenamento.
O aproveitamento dos espaços é uma das
características marcantes desse barco. A mesa de

O veleiro da Bavaria
Yachts destaca-se
pelas linhas robustas e
sólidas. É o barco mais
pesado da categoria
jantar tem uma “asa” dobrável, permitindo que
ela seja confortável quando está aberta e, quando
fechada, otimiza a circulação interna. Os sofás são
grandes o suficiente para permitir que um adulto
durma tranquilamente. O mais destacável, porém,
é a plataforma de popa — grande vantagem da linha
Cruiser — que aumenta consideravelmente o espaço
de circulação na área externa. Outro diferencial é o
peso do veleiro, que é muito superior aos modelos
de tamanho similar e comprova a qualidade da
construção desse barco. j

O veleiro tem as bordas muito altas, aumentando o seu volume interno e externo. A impressão é de que o veleiro tem mais de 36 pés

Especificações técnicas

Boca: 3,67 m

Comprimento total: 11,30 m

Linha d’água:
9,90 m
Calado:
1,63 m – 1,95 m
Deslocamento:
7.000 kg
Área vélica:
69 m²

Cruiser 36 foi projetado pela Farr Yachts. A navegabilidade é excelente e o espaço interno é espaçoso, com pé-direito alto

64  PERFILNÁUTICO

PERFILNÁUTICO 

65 
CAPA Veleiros skipper

Skipper 30

F

abricado no Rio Grande do Sul, assim
como seus antecessores 21 e 25, o veleiro
Skipper 30 é resultado de um projeto
construtivo de última geração, com
linhas elegantes e qualidade impecável.
O barco é extremamente seguro e está
disponível em três versões de quilha para diferentes
tipos de velejadas: longa (1,80 m), curta (1,55 m) e
retrátil (1,00 m – 1,80 m).
O grande diferencial do Skipper 30 é o fato de se
ajustar perfeitamente para cruzeiros e regatas. Para as
velejadas em família, o veleiro oferece todo o conforto
necessário para um cruzeiro agradável. Há duas
grandes cabines de casal — uma de proa e uma de popa
—, e acomoda até mais duas pessoas na sala central
para pernoite. Possui banheiro com um confortável
pé-direito, água pressurizada em todo o sistema
hidráulico, possibilidade de instalar água quente,
cozinha completa (com fogão, forno e geladeira),
vários armários e roupeiros.
Nas regatas, o Skipper 30 destaca-se em todos
os eventos de que participa. Segundo o estaleiro, o

O Skipper 30 oferece
todo o conforto
necessário para um
cruzeiro e é muito
veloz, por esse motivo
também procurado por
regatistas
veleiro é o barco de cruzeiro mais veloz do mercado, o
que permite que em um dia ele possa estar velejando
de cruzeiro com a família e no outro estar participando
de competições. O barco pode perfeitamente ser
conduzido por até uma pessoa, já que seus comandos
são de fácil acesso. Outro diferencial do Skipper 30
é adernar menos contra os ventos, fato que também
agrada às mulheres e às crianças. S

O barco está disponível em três versões de quilha, uma para cada tipo de velejada: longa, curta e retrátil

Especificações técnicas

Boca: 3,20 m

Comprimento total: 9,15 m

Linha d’água:
8,00 m
Calado:
1,00 m – 1,80 m
Deslocamento:
3.100 kg
Área vélica:
47,42 m

Apesar do tamanho, o veleiro é espaçoso, possui duas cabines confortáveis e ainda pode acomodar pessoas na sala central

66  PERFILNÁUTICO

PERFILNÁUTICO 

67 
PERFIL

Intermarine 65
www.intermarine.com.br

Um barco
` altura dos
A
seus sonhos
Com quatro cabines, muito conforto e excelente
performance, a nova Intermarine 65 enche os olhos
dos apaixonados por barcos Por Amanda Kasecker
68  PERFILNÁUTICO

L

A 65 pés da Intermarine oferece duas luxuosas suítes e dois quartos de solteiro. Comporta 23 pessoas em passeio

ançada em outubro de 2011, a nova
Intermarine 65 é uma embarcação
capaz de encher os olhos de qualquer
apaixonado por barcos. Segundo o
estaleiro, trata-se da única embarcação
da categoria no mundo a oferecer quatro
cabines, sem beliches.
Com capacidade de levar 23 pessoas em passeio, a
65 é um barco ideal para quem gosta de receber amigos
e família a bordo, mas também valoriza a privacidade.
Ela acomoda 15 pessoas no flybridge e 16 pessoas no
salão. Para o pernoite, comporta oito pessoas em duas
luxuosas suítes e dois camarotes, além de cabine para

dois tripulantes. O design do exterior e do interior fica
por conta do estúdio Luiz de Basto Designs, profissional
com mais de 30 anos de experiência no design de iates
de luxo. Outro destaque da Intermarine 65 é a opção
de decorar o interior com os luxuosos enxovais da
grife italiana Missoni Home, que, em parceria com a
Intermarine e com ambientação dos espaços de Karol
de Paula, oferece seus produtos como um opcional para
quem deseja ainda mais glamour a bordo.
E não para por aí. Além de muito espaço, design
original e interior sofisticado, a Intermarine 65
também é conhecida pela excelente performance, que
pode chegar a 34 nós de velocidade máxima e a 30
PERFILNÁUTICO 

69 
PERFIL

Intermarine 65

nós de velocidade de cruzeiro. A nova linha de iates
Intermarine, que vão de 42 a 85 pés, mostra a excelência
do estaleiro na fabricação de embarcações de luxo
nacionais. Além do estúdio Luiz de Basto Designs, foram
fechadas parcerias com a BMW Group DesignworksUSA
e com Fernando de Almeida Yacht Design. “Esta nova
realidade nos deu liberdade de trazer o futuro para
o presente”, diz Suzana Costa, CEO da Intermarine.
“A linha inteiramente nova tem como referência o
cliente e seu lazer; e especialmente o modo pelo qual os
brasileiros usam seus barcos e o que esperam deles.”
A Intermarine com seus iates de luxo seduz um
público-alvo requintado, que viaja, consome os
melhores produtos e ama o mar. Ao que tudo indica,
após conhecer a 65, eles também passarão a amar esta
embarcação, que promete estar à altura dos sonhos de
qualquer um.

Entre e sinta-se em casa

A Intermarine 65 possui tantos diferenciais de
design que fica difícil descrever todos. No quesito
sofisticação, dois nomes ganham destaque. O estúdio
Luiz de Basto Designs, que projetou o exterior e o
interior do novo modelo e a grife italiana Missoni, que
em parceria com a Intermarine colocou na embarcação
seus requintados itens de decoração.
O design do renomado Luiz de Basto explora
grandes áreas envidraçadas que trazem muita luz
natural ao interior do barco. O designer ainda mescla
a suavidade das linhas orgânicas das amplas janelas a
detalhes que expressam toda a força da embarcação,

As cabines de solteiro possuem duas camas confortáveis

O banheiro da máster se destaca pelo tamanho e privacidade.
Na cabine de comando conforto e tecnologia, equipada com
GPS, carta náutica 3D, display multifunção de 9”, entre outros

como as esportivas entradas de ar em aço inox e a
targa do flybridge. A decoração de Karol de Paula com
produtos Missoni dá o um toque colorido a roupas de
cama, almofadas, toalhas de mesa, jogos de banho e
louças. Tudo ao alcance do cliente, que pode escolher
quais desses detalhes quer adquirir junto com a sua 65.
“Escolhemos as empresas que atenderam aos
nossos padrões de modernidade, requinte, conforto
e qualidade; são designers com trabalhos diferentes e
premiados”, explica Suzana em relação à escolha dos
parceiros da nova linha Intermarine.
Internamente, o conforto fica por conta das quatro
cabines da embarcação. Segundo o estaleiro, trata-se
da única embarcação da categoria no mundo a oferecer
quatro cabines, sem beliches. São duas suítes – uma
máster e uma vip – e dois camarotes de hóspedes, que
totalizam oito lugares para pernoite. j

“Escolhemos empresas que atenderam nossos padrões
de modernidade, requinte, conforto e qualidade, são
designers com trabalhos diferentes e premiados.”
70  PERFILNÁUTICO

O design de Luiz de Basto explora amplas janelas e portas envidraçadas para trazer mais luz natural aos ambientes internos

PERFILNÁUTICO 

71 
Intermarine 65

Especificações técnicas

Boca: 5,20 m

PERFIL

Comprimento total (com PÚLPITO): 21,1 m

Calado máximo: 1,60 m
Altura acima da linha d´água: 4,99 m
Deslocamento carregado: 38 t
Velocidade máxima: 34 nós
Velocidade de cruzeiro: 30 nós
Tanque de combustível: 3.740 L
Tanque de água: 1.000 L
Motorização: 2 x 1.200 HP
Capacidade máxima de passageiros: 23
Cabines: 4 + 1 Leitos: 8 + 2

O colorido dos produtos Missoni dão um toque especial às áreas externas da Intermarine 65: são dois solários e um grande flybridge

Plataforma
submergível favorece
o banho de mar

A suíte máster
ocupa toda a largura da
embarcação, tem cama
queen size, grandes janelas
e um banheiro especial,
com vaso sanitário em
uma área isolada e boxe
separado e fechado. A suíte
vip fica na proa, possui
cama de casal, amplas
janelas com vista para o
mar e banheiro com box
fechado. Os dois camarotes
possuem duas camas de
solteiro cada. Para os

marinheiros, a cabine tem acesso pela popa, acomoda
dois tripulantes e possui banheiro privativo.
O salão da nova 65 divide-se em sala de estar, sala
de jantar, cozinha (com vista para o mar) e posto de
comando. As amplas janelas tornam o ambiente iluminado
e proporcionam perfeita integração com o oceano.
A 65 conta com um grande flybridge, dois solários,
um confortável sofá e mesa para refeições. Outro
solário para três pessoas pode ser desfrutado na proa.
Na plataforma da popa, uma prática churrasqueira
mostra como a embarcação foi pensada para o uso do
brasileiro. E, para que não falte lugar para ninguém, a
praça de popa também conta com um confortável sofá,
mesa para refeições, cooler e diversos compartimentos
para armazenagem.

A churrasqueira na praça de popa dá um toque
bem brasileiro à embarcação
72  PERFILNÁUTICO

PERFILNÁUTICO 

73 
PERFIL

Intermarine 65

A 65 é a terceira maior embarcação da nova linha Intermarine, lançada no ano passado e composta por seis modelos de 42 a 85 pés
C

M

Y

Praia particular a bordo

Além de ter amplo espaço interno e conforto acima do
comum, a Intermarine reservou para os amantes de
barco alguns diferenciais de performance e tecnologia.
A 65 vem equipada com dois motores de 1.200 HP
cada, que levam a embarcação a 34 nós de velocidade
máxima e a 30 nós de velocidade de cruzeiro.
O comprimento também chama a atenção. Com 21,1
metros, atualmente a 65 é a terceira maior embarcação
da Intermarine. Ela ainda tem altura acima da linha
d’água de 4,99 metros.
Além disso, a 65 tem praticamente uma praia
particular a bordo. Sua plataforma de popa, que
possui dois metros de comprimento, é equipada com
passarela de desembarque, lift hidráulico, que a leva
abaixo do nível da água deixando acessível para os
tripulantes se refrescarem ou para que o bote ou o jet
ski sejam içados com facilidade.

São dois motores de
1.200 HP cada que fazem
o barco chegar a 34 nós
de velocidade máxima
74  PERFILNÁUTICO

Nova fase, nova linha

CM

Foi em 2011 que o estaleiro Intermarine lançou os
primeiros barcos de sua linha completamente nova
de lanchas e iates. Nesta nova fase, a Intermarine tem
como parceiros renomados estúdios internacionais
de design que projetam as novas embarcações sob
suas especificações. A 65 faz parte desta leva, que
ainda conta com outros seis modelos: Intermarine
42, Intermarine 53, Intermarine 55, Intermarine 60,
Intermarine 75 e Intermarine 85.
Essas embarcações são fabricadas nas instalações
da Intermarine, que ocupam 50 mil m² na região
metropolitana de São Paulo. Quem quiser adquirir a
65 tem duas opções: os representantes Interyachts e
SP Marine, que mantêm escritórios em 17 locais das
regiões Sul, Sudeste e Nordeste. A assistência técnica
está disponível em todo o país.
De acordo com a CEO da Intermarine,
a nova linha tem sido bem aceita. “É um tempo
de desafios e oportunidades, e nós estamos superando
com competência e inovação”, afirma Suzana Costa.
“A aceitação do mercado está sendo total
com nossa nova linha.” S
MY

CY

CMY

K

Serviço
Intermarine: www.intermarine.com.br; Interyachts:
www.interyachts.com.br; SP Marine: www.spmarine.com.br

PERFILNÁUTICO 

75 
PERFIL

Flyer Grand Turismo 49
ww w .benet eau.com .b r

A francesa
com alma
italiana
O estaleiro francês Beneteau apresenta a Flyer
Grand Turismo 49, inspirada na paixão italiana
por carros de luxo Por Amanda Kasecker · Fotos Jérôme ké Lagopian

O

centenário estaleiro francês Beneteau a cada lançamento mostra que
vanguarda é um dos seus grandes diferenciais há 120 anos. Prova disso
é a Flyer Grand Turismo 49, inspirada no mundo italiano de carros
de luxo e alta performance, que surpreende em todos os sentidos.
Desenhada pelo renomado designer italiano P. Andreani, mentor
de marcas como Maserati e motos Guzzi, o novo modelo da linha de
lanchas day cruisers da Beneteau vem substituir sua precedente, a
Monte Carlo 47, e promete ser uma das lanchas de melhor desempenho em navegação,
conforto e elegância. Com motorização Volvo IPS 600, radar digital, piloto automático
e VHF AIS, a Grand Turismo 49 conta ainda com móveis de acabamento italiano
exclusivo, cabines espaçosas, plataforma hidráulica submergível e até uma garagem
para botes motorizados.
Esta requintada embarcação foi lançada no Brasil no final de 2011, logo após sua
apresentação mundial na feira de Cannes, na França, no mesmo ano. O diretorcomercial da Beneteau, Márcio Evangelista, conta que a produção do estaleiro está
ajustada para atender com rapidez os pedidos dos apaixonados por essa novidade, que, a
julgar pela apresentação desta luxuosa lancha, deverão ser muitos. j

76  PERFILNÁUTICO

PERFILNÁUTICO 

77 
PERFIL

Flyer Grand Turismo 49

Novo padrão: luxo, conforto e
praticidade

A nova Flyer Grand Turismo 49 estabelece um novo
padrão de luxo, conforto e praticidade. Através de seus
designers, o estaleiro lança anualmente cores de tecidos
e madeiras com tendências mundiais. E assim foi com a
novidade da Beneteau. Em parceria com uma empresa

Todo o interior possui
janelas panorâmicas
com vista ao nível
do mar
italiana, o estaleiro desenvolveu um acabamento
de móveis exclusivo, chamado de sistema Alpi, que
padroniza os cortes e as cores das madeiras. Os tecidos
utilizados na lancha também são importados e únicos.
“O couro Alcântara é proveniente de uma tecnologia
alemã e é utilizado somente em requintados ambientes
das embarcações”, conta Evangelista.
Além do sofisticado design de interior, o conforto
também é uma das prioridades desse modelo. O espaço
interno conta com um pé-direito médio de dois metros,
o que torna tranquila a integração na navegação. Para
garantir um bom descanso, a Grand Turismo vem com
três cabines, sendo duas suítes com camas king size,
iluminação de LED e banheiro com box individual. Para
a terceira cabine há a opção de transformá-la em sala
ou em um terceiro quarto com
cama de casal, aumentando
ainda mais a capacidade de
pernoite da lancha.
Todo o interior possui janelas
panorâmicas que aumentam a
iluminação natural e oferecem
vista ao nível do mar. Além
disso, a cabine máster possui a
mesma largura da boca (4,3 m)
com duas janelas panorâmicas
enormes na linha d’água.
A praticidade fica por conta
dos dois espaços gourmets
na lancha. O interno tem a
acabamento
luminosidade das amplas
italiano em
madeira
vidraças no teto da embarcação
com espaço para todo tipo de j

78  PERFILNÁUTICO

Sofisticação e tecnologia. Na suíte máster espaço e
luz natural. Sistema de som Bose e iluminação LED
em todos os ambientes, na cabine de comando um
painel comparável aos de aeronaves

O pé-direito de dois metros permite convivência confortável nos ambientes que contam com farta iluminação natural

PERFILNÁUTICO 

79 
Flyer Grand Turismo 49

Especificações técnicas
Altura: 5,10 m
Calado: 0,70 m
Deslocamento: 12.500 kg
Motor: 2 x 435 CV (IPS 600)
Combustível: 1.300 L
Capacidade de água doce: 640 L
Potência total: 2 x 435 HP
Motorização máxima: 2 x 435 HP
Capacidade: de 14 a 16 passageiros

Boca 4,3 m

PERFIL

Comprimento total (com a popa): 15,60 m

A Flyer Gran Turismo é feita sob encomenda e personalizada de acordo com o gosto de cada cliente

equipamentos eletrodomésticos, utensílios e lixeira
com separação de detritos orgânicos e recicláveis. O
espaço gourmet externo fica localizado na popa do
barco e conta com grill, geladeira e pia. “Esses espaços
chamam a atenção pela quantidade de utilidades
disponíveis, como a geladeira de 270 litros integrada
com um freezer” , destaca Evangelista.
Outra surpresa é reservada no espaço abaixo da
escada de acesso para as cabines: uma completa préinstalação para colocar uma máquina de lavar roupa.
Já na popa, a Grand Turismo 49 conta com uma ampla
plataforma submergível e ainda uma garagem com
abertura automática para guardar um bote motorizado.

Desempenho e Tecnologia

Mesmo com todo o luxo e potência, a performance do
lançamento da Beneteau consegue ser econômica. O
design do casco foi desenvolvido para obter o melhor
resultado no desempenho do sistema IPS 600, que
ainda proporciona navegação confortável e aprovada
pela Volvo. No comando, o painel com acabamento
em couro e tinta antirreflexiva vem equipado com
duas telas E120W multifuncionais, touch screen,
com joystick, radar digital, piloto automático
e VHF AIS, um moderno sistema de segurança.
“Trata-se de um sistema de segurança e localização
similar aos utilizados nas aeronaves, que através do

Design do casco permite melhor performance do
sistema IPS 600 da Volvo o que resulta em economia
80  PERFILNÁUTICO

PERFILNÁUTICO 

81 
PERFIL

Flyer Grand Turismo 49

C

Plataforma de popa hidráulica e submergível garante diversão a bordo

M

Y

CM

GPS e satélites pode obter informações de outras
embarcações próximas, seus rumos e localizações”,
explica Márcio Evangelista, ressaltando ainda que
os comandos estão disponíveis tanto no comando
principal como no flybridge.

A 49 ainda vem equipada com plataforma de popa
hidráulica, mesas elétricas no cockpit e salão e sistema
exclusivo Bose independente em todos ambientes, que
proporciona fidelidade no som e na imagem em toda a
embarcação.

MY

CY

CMY

K

A sua Grand Turismo exclusiva

Para adquirir essa lancha, é necessário se programar.
“Esta é uma embarcação vendida sob encomenda para
atender o perfil de cada cliente em suas necessidades
e expectativas”, informa Evangelista. Para isso o
estaleiro possui uma programação de produção, pois
desta forma o proprietário pode personalizar seu barco
escolhendo alguns itens como cor do casco, tecidos
dos estofamentos e alguns opcionais eletrônicos.
A Beneteau é hoje uma das líderes mundiais em
pleasure boats. Em 2011, o estaleiro francês teve mais
de oito mil unidades vendidas no mundo. No Brasil,
segundo Evangelista, a projeção é otimista. “A Beneteau
cresce diariamente em número de unidades vendidas
no país. Estimamos comercializar oito unidades da Flyer
Grand Turismo 49 apenas neste ano.” S

Garagem com comando automático tem espaço
para bote motorizado

82  PERFILNÁUTICO

Serviço
Beneteau: www.beneteau.com.br
(21) 2443 1010

PERFILNÁUTICO 

83 
PERFIL

TRITON 295
www.tritonboats.com.br

A novidade
que conquistou
os mares
Mais espaçosa interna e externamente, a nova
Triton foi criada para levar a família com conforto
e segurança ao alto-mar Por Thais Zago
84  PERFILNÁUTICO

A

Com mais espaço no convés e no solário, a 295 já é a mais vendida da Triton

nova Triton 295 é a lancha de passeio
da Way Brasil que mais vende desde
outubro de 2011, quando foi lançada
no São Paulo Boat Show. O aumento
de espaço no convés e no solário de
popa, o melhoramento do casco,
os acabamentos mais requintados e a
possibilidade de utilizar um ou dois motores ao mesmo
tempo são alguns dos pontos fortes do barco. O projeto,
assinado pelo próprio dono do estaleiro, José Maria
Cechelero Junior, é uma melhoria da extinta Triton 280,
trazendo toda a qualidade, a segurança e o conforto já
conhecidos das embarcações Way Brasil.

A linha de lanchas de passeio Triton é o carro-chefe
do estaleiro paranaense Way Brasil, conhecido por suas
embarcações robustas, com amplo espaço interno, bem
projetadas interiormente e com um design inovador.
Em 2005, a linha recebeu o certificado de qualidade
europeu e hoje é exportada para vários países, como
Noruega, Holanda e Espanha. Em 2011, “a necessidade
de atender os clientes com uma nova disposição de
solário, que fez muito sucesso na Triton 275, motivou
a criação da Triton 295”, declarou o proprietário do
estaleiro, José Maria Cechelero Junior.
Com características de um barco para a família,
“oferece duas camas de casal, com uma cabine de j
PERFILNÁUTICO 

85 
PERFIL

TRITON 295

Para o novo modelo, a parte traseira foi remodelada e teve seus espaços sociais ampliados

meia-nau muito confortável para um barco deste
porte”, conta. “Além do novo solário que é muito
espaçoso, aumentamos o casco — o que produziu uma
melhora no desempenho do barco, tanto no planeio
mais rápido quanto na velocidade final e na economia
de combustível. Toda a parte traseira foi remodelada,
deixando-o mais harmonioso e o solário com um
design mais bonito.”
Desde o seu lançamento em outubro do ano passado,
a Triton 295 é a mais vendida da linha. “Mesmo antes
do lançamento oficial, o estaleiro já tinha 14 pedidos.
No São Paulo Boat Show, vendeu 12 unidades. E,
desde então, mais 33 (até o final de janeiro de 2012).”
Segundo o empresário, a excelente aceitação da nova

Triton não é por acaso: “É o melhor custo-benefício da
categoria. Nela temos um padrão de qualidade muito
alto, comparado às melhores marcas importadas, com
um preço justo e competitivo. Além disso, o estaleiro
Way Brasil preza por uma boa relação com seus clientes,
permitindo um nível de personalização muito alto.”

Mais espaçosa e equipada

As ampliações dos espaços sociais são algumas das
melhorias presentes na nova Triton 295. A cabine de proa
acomoda até quatro pessoas no pernoite. Além da cama
de casal, há um sofá em “U” para quatro pessoas, que —
rebaixando a mesa de centro — pode ser convertido em
cama de casal. A proa também é equipada com j

“Aumentamos o casco, o que produziu uma
melhora no desempenho do barco.”
86  PERFILNÁUTICO

PERFILNÁUTICO 

87 
PERFIL

TRITON 295

Especificações técnicas
Comprimento total: 9 m

PESO (casco): 2.100 kg
Capacidade: 10/04 pessoas

Boca: 2,75 m

MOTORIZAÇÃO: 1 ou 2 motores
Gasolina: 1x 260 HP a 380 HP
2x 220 HP a 260 HP
Diesel: 1x 270 HP a 350 HP
2x 170 HP a 220 HP
COMBUSTÍVEL / ÁGUA DOCE:

235 L / 115 L

cama de casal é revestida com tecido, já o estofamento
do sofá é em corvin antimofo ou tecido camurça,
conforme escolha do cliente.
Na cabine de comando, destaque para os detalhes de
madeira e o para-brisa de alumínio e vidro temperado.
Tanto no interior como no exterior do barco, as
lâmpadas utilizadas são de LED, garantindo baixo

consumo de energia, alta durabilidade e elegância na
iluminação. Da mesma forma, todas as ferragens são
de aço inoxidável 316, um material nobre, altamente
sofisticado e mais resistente.
O barco tem uma laminação especial feita em gel
coat — material de melhor qualidade e durabilidade
que protege a superfície contra a ação das j

Na cabine de comando, o painel possui detalhes de madeira e o banco do comandante é duplo

banheiro fechado que possui sanitário com descarga
elétrica de série, ducha higiênica e armário. Há também
na proa espaço para micro-ondas e armário com pia.
A praça de popa tem capacidade para até cinco
pessoas. O solário rebatível incorporado permite a
utilização do mesmo assento por duas pessoas deitadas
ou até quatro sentadas. Possui mesa de centro com
apoio para copos e pia com armário.
Na cabine de comando, o banco do comandante
é duplo e comporta ao lado uma charmosa chaise
longue. A lancha vem equipada com sistema de som
e caixas marinizadas. No entanto, a escolha de todos
os acessórios complementares como, por exemplo,

aparelho de som, geladeira, cooler, forno elétrico,
micro-ondas, tipos de capota, entre outros é feita de
acordo com o gosto do cliente.

Qualidade no acabamento

A qualidade dos materiais utilizados e o requinte
dos mobiliários escolhidos dão um toque especial ao
acabamento da Triton 295.
Na cabine de proa, destaque para os acabamentos
de madeira utilizados na escada, na mesa de centro e
na bancada próxima à pia. O tampo da pia é feito de
magicstone, um material importado mais resistente
à umidade e à maresia, e a cuba agora é de inox. A

Melhoramentos realizados no casco fazem
com que a Triton 295 apresente uma navegação
confortável e segura
88  PERFILNÁUTICO

O espaço gourmet e uma charmosa chaise longue compõem a praça de popa para até cinco pessoas

PERFILNÁUTICO 

89 
PERFIL

TRITON 295

O cliente pode escolher a cor da faixa do casco e também entre usar um ou dois motores

C

M

Y

intempéries e do meio ambiente, além de dar às peças
um acabamento liso, brilhante e colorido.
O layout externo tem design moderno, com a
possibilidade de o cliente escolher a cor da faixa,
do casco ou mesmo do barco inteiro, conforme sua
vontade, dentro das cores disponíveis.

CM

MY

CY

CMY

K

navegação confortável e segura
Ao adquirir essa lancha, o proprietário tem a
possibilidade de escolha entre utilizar um motor
ou dois ao mesmo tempo, aumentando assim
a performance do barco.
Melhoramentos realizados no casco fazem
com que a Triton 295 apresente uma navegação
confortável e segura, com melhor desempenho
do que sua antecessora, a Triton 280. “Estabilizadores
laterais decorrentes do próprio design do casco dão
um maior conforto quando o barco está parado e
uma maior estabilidade em curvas”, declara José
Maria Cechelero Junior. S

Revendas
Cabine de proa com acabamento de madeira e
tampo da pia em magicstone

90  PERFILNÁUTICO

As revendas Triton estão presentes em todo o Brasil.
Para encontrar a mais próxima de você é só acessar
o site da empresa: www.tritonboats.com.br.
PERFILNÁUTICO 

91 
Revista Perfil Náutico ed 32
Revista Perfil Náutico ed 32
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ÓLEO E GÁS:-PLANO DE NEGÓCIOS 2014-2020-SETOR NAVAL
 

Revista Perfil Náutico ed 32

  • 1. MUNDO NÁUTICO: Linha IPS da Volvo Penta. Potência e tecnologia para seu barco R$ 14,00 · Ano 07 · nº 32 · 2012 · www.perfilnautico.com.br Da praticidade ao luxo VELEJAR Mais que um estilo de vida 6 veleiros de 30 a 55 pés Perfil Estaleiro Phoenix Boats. Por que vende tanto? Volvo Ocean Race Itajaí STOPOVER 2012 E MAIS! Escolha a embarcação que tem o seu perfil: Intermarine 65 Beneteau Flyer Gran Turismo 49 Triton 295 Pirelli Pzero 1100
  • 2. Nova Intermarine 53. A nova dimensão do espaço e design. Dealers Oficiais sP Marine - www.spmarine.com.br angra dos reis, rJ: (24) 3361.2527 - Balneário camboriú, sc: (47) 3361.6139 curitiba, Pr: (41) 3233.3636 - Guarujá, sP: (13) 3305.1500 / 3305.1594 são Paulo, sP: (11) 3581.4646 - caraguatatuba, sP: (12) 3887.1786 salvador, Ba: (71) 3321.8653 interyachts - www.interyachts.com.br angra dos reis, rJ: (24) 3377.4785 - curitiba, Pr: (41) 9973.5462 florianópolis, sc: (48) 4141.2151 - Guarujá, sP: (13) 3354.5861 são Paulo, sP: (11) 3071.2252 - rio de Janeiro, rJ: (21) 3282.5225 NovA LiNhA iNtermAriNe www.intermarine.com.br
  • 6. Uma incrível aventura Todos a bordo do barco Perfil Náutico N os últimos dois meses enfrentei uma desafiadora e gratificante missão, assumir o comando do barco Perfil Náutico enquanto seu capitão estava em merecidas férias. Apesar de já ser uma tripulante desde o primeiro ano da revista, estar no timão de uma grande embarcação é de extrema responsabilidade. Como não se navega um barco desses sozinha, não chegaria ao destino sem a ajuda de uma competente tripulação. Agradeço quem esteve ao meu lado nos dias de mar agitado e que também agora aprecia a calmaria: a edição 32 da Perfil Náutico! Abordando a arte de velejar, produzimos duas matérias especiais sobre vela, escritas pelo jornalista Antonio Alonso Junior que divide sua experiência de tantos anos cobrindo. Em “Seis Veleiros e um Planeta”, entramos no agitado mundo da Volvo Ocean Race, a maior competição de volta ao mundo, que aporta em Itajaí em abril. Na matéria de capa, “Ao Sabor do Vento”, falamos dos diferentes tipos de velejadores e apresentamos seis veleiros: do mais luxuoso ao mais prático. Amanda Kasecker e Thaís Zago trazem o Perfil das novidades do mercado. Conheça a Intermarine 65, a Beneteau Flyer Gran Turismo 49, a Triton 295 e o bote Pirelli PZero 1100. Na seção Perfil Estaleiro fomos descobrir por que a Phoenix Boats é líder de vendas no país. Angelo Sfair nos mostra um empreendimento em Balneário Camboriú que une duas paixões: iate e golfe. Ainda em Santa Catarina fomos conhecer a região chamada Costa Verde & Mar que vai de Itajaí a Porto Belo, trazendo dicas para quem vai curtir a Itajaí Stopover da Volvo Ocean Race. Mergulhamos com Carol Schrappe e Kadu Pinheiro nas ilhas do sul da Colômbia e embarcamos no stand up paddle de Roberta Borsari em Galápagos para redescobrir as maravilhas desse arquipélago que encantou Darwin. Vela, motor, natureza, esporte e muito estilo você encontra nas próximas páginas da sua Perfil Náutico. Divirta-se! S www.sessamarine.com.br Editorial Conselho Diretor Aldo Alfredo Malucelli aldo@grupocanal.com.br Carlos Alberto Gomes carlos@grupocanal.com.br José “Juca” Kolling jose.juca@grupocanal.com.br Luiz Alfredo Malucelli luiz@grupocanal.com.br Depto. de Jornalismo Editora e Jornalista Responsável Rafaella Malucelli rafaella.malucelli@grupocanal.com.br DRT-PR 7146 Revisão João Batista Ribeiro Colaboram nesta Edição Amanda Kasecker, Angelo Sfair, Antonio Alonso Junior, Carolina Schrappe, Jorge Nasseh, Kadu Pinheiro, Luiz Alfredo Malucelli, Roberta Borsari e Thaís Zago Edição de Arte e Projeto Gráfico Eduardo Zuchowski É TEMPO DE VIVER Impressão e Acabamento Gráfica Capital Distribuição Exclusiva FC Comercial Distribuidora Ltda. Central de Publicidade Comercial (41) 3331-8300 comercial@perfilnautico.com.br José “Juca” Kolling (41) 8446-5341 jose.juca@grupocanal.com.br Rua Jorge Cury Brahim, 712, Pilarzinho, 82.110-040, Curitiba – PR. Fone (41) 3331-8300 Fax (41) 3331-8305 Revista Perfil Náutico Rádio Mix Curitiba - 91,3 MHz 91 Rock Web www.91rock.com.br Artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. As imagens sem créditos foram fornecidas para divulgação. Revista Perfil Náutico, ano 7, n° 32, é uma publicação da Editora Canal/mid, divisão de mídia do Grupo CANAL/com.Todos os direitos reservados. Fale com a gente Redação redacao@perfilnautico.com.br Beijos, Rafaella Malucelli (ou Rafinha, se preferir!) Canal Técnico Envie sua pergunta para canaltecnico@perfilnautico.com.br Assinatura assinatura@perfilnautico.com.br Perfil Náutico na Internet www.perfilnautico.com.br C BO RG E S BOAT S : M A N AU S - w w w.cborge s.com.br - se s s a ma naus @ hotmail.com - ( 92 ) 8112 6 029 R EG AT TA YAC HT S : BA H I A | M I N AS G E R A I S | S ÃO PAU LO | R I O D E JA N E I RO - w w w.re gat tayachts.com.br - se s s a @ re gat tayachts.com.br - (11) 5538 3434 S C YAC HT S : PA R A N Á | S A NTA CATA R I N A | R I O G R A N D E D O S U L - w w w.scma r ine.com.br - scma r ine @ scma r ine.com.br - (48 ) 3222 0 052 V I LL A N ÁUTI CA : B R AS Í LI A | GO I ÁS - w w w.v illa nau tic a.com.br - ate ndime nto @ v illa nau tic a.com.br - ( 61) 3223 0201 ( 62 ) 3225 8576 SESSA MARINE BR ASIL - São José SC - brasil @ sessamarine.com 10  PERFILNÁUTICO LINHA YACHT C68 - C54 - FLY54 - C48 - FLY45 - C44 | LINHA CRUISER C40 - C36 | LINHA KEY LARGO KL36 - KL30 - KL28 Sole - KL27 PERFILNÁUTICO  11 
  • 7. Índice Canal Leitor News Construtor Náutico Decor Estilo Esporte Planeta Água Gourmet Cultura Click 14 16 116 118 124 126 152 156 158 160 162 22 A arte de velejar e mais seis opções de veleiros de 30 a 55 pés Tudo sobre a maior regata de volta ao mundo que faz sua parada brasileira em Itajaí (SC) Itajaí StopOver Os detalhes sobre a construção da Race Village Costa Verde & Mar Dicas de turismo sobre a região que vai abrigar a Volvo Ocean Race Capa Ao sabor do vento Especial Volvo Ocean Race 44 34 38 M Y CM Perfil Estaleiro Phoenix Boats MY CY CMY K O maior do país em unidades fabricadas e vendidas Nesta Edição C 100 Intermarine 65 68 Perfil Marina Os 20 anos da Marlin Azul 110 Design e sofisticação da terceira maior embarcação do estaleiro Mundo Náutico Volvo IPS — a revolução dos sistemas de propulsão 112 Flyer Grand Turismo 49 76 Triton 295 84 92 Do luxo à tecnologia. A nova 49 da Beneteau inspirada nos carros italianos Expedição Galápagos De stand up paddle com Roberta Borsari 128 Mergulho Gorgona e Malpelo, as ilhas sul-colombianas 136 A novidade já é a mais vendida da Triton Residencial Marine Um empreendimento que une iate e golfe 150 Pirelli PZero 1100 12  PERFILNÁUTICO O incrível bote inflável cabinado da Pirelli Imagem de capa: veleiro Jenneau 57. Divulgação PERFILNÁUTICO  13 
  • 8. Canal Esporte Canal do Leitor Consórcio O início do mercado dos consórcios náuticos é mais uma prova do bom momento do país. Vivemos em um tempo promissor e temos que aproveitar. | 38o | 4oo | 421 | 45o | 5oo | 56o | 62o | Cést La Vie! Linha Lagoon 2012 Lagoon: O número 1 no mundo em catamarãs, oferece 7 modelos com interior minuciosamente projetado pela Nauta Yachts Design (Itália). Projeto de casco por Van Peteghem e Lauriot Prévost. Conforto, performance e muita qualidade de vida no mar você encontra na Linha Lagoon no Brasil e em mais de 70 distribuidores ao redor do mundo. Rene Vicente Brito Capa Jangadeiros Muito bom ver o Clube dos Jangadeiros estampado na Perfil Náutico. Realmente lá é a casa da vela no Rio Grande do Sul. Medalhistas olímpicos saíram de lá e a geração que está por vir é ótima! Decidi comprar a última edição por causa da capa que me chamou muito a atenção. Show de bola! Parabéns, a Perfil está cada vez melhor! Marlon Kaminski Proa aberta Patagônia A matéria de capa está muito variada e com conteúdo muito abrangente. Sou proprietário de um desses modelos e fã de proa aberta. Tenho aproveitado muito o verão com a minha esposa. Josué de Almeida Lagoon 560 Renier Alfredo Welk Linda a viagem à fantástica região da Patagônia. Gostei muito das duas matérias e fiquei louco para fazer um cruzeiro e conhecer de perto as riquezas de lá. Amadeu Junior Mergulho Novo layout Mariana Ferreira dos Santos Joana Fagundes de Paiva As páginas da Perfil dedicadas ao mergulho são sempre deliciosas, mas nesta última edição vocês se superaram. Conheci Curaçau na minha lua de mel e posso afirmar que aquela ilha é mágica! Eu e meu marido gostamos muito da Perfil Náutico e confesso que levei um susto quando me deparei com esse novo layout. Muito bem pensado e caprichado. Está cada vez mais gostoso ler a revista. Fale Conosco Para falar com a Perfil Náutico, mande e-mail para: redação@perfilnautico.com.br ou canaltecnico@perfilnautico.com.br. As mensagens devem ser enviadas à redação e à equipe técnica com identificação do autor, endereço e telefone. Em virtude do espaço disponível, os textos podem ser resumidos ou editados. A revista reserva-se o direito de publicar ou não as colaborações. 14  PERFILNÁUTICO RIO BOAT SHOW 2012 Lagoon 560 Lançamento no Brasil durante o Rio Boat Show. 12-18 - Abril - 2012 Distribuidor exclusivo no Brasil Tel.(21) 3154.9999 www.sailingims.com.br PERFILNÁUTICO  15 
  • 9. Canal News Canal Esporte Canal News Como uma bala rasgando o mar, o TNT46 Corsa da Metamarine chega a 85 nós e logo estará em águas brasileiras A ATC&ATS, que desde 2009 representa o Grupo Metameccanica, está trazendo para o Brasil todo o glamour e a esportividade do Estaleiro Metamarine. Os barcos serão produzidos na Itália, com a supervisão de Marco Pennesi, proprietário do Grupo. O estaleiro conta com os modelos TNT46 Corsa, TNT48 Replica e TNT48 Montecarlo, além do MPatrol – barco para fins militares e de patrulhamento que está em desenvolvimento. Os modelos da Metamarine são exclusivos e de produção limitada, com o acabamento luxuoso e sofisticado característico dos estaleiros italianos. Os barcos são os mais velozes do mercado, podendo atingir incríveis 85 nós autolimitados. O primeiro barco a chegar ao Brasil será o TNT48 Montecarlo. “A previsão é que o TNT48 chegue ainda no primeiro semestre deste ano”, explica Paolo Pascoli, consultor da ATC&ATS e representante exclusivo da Metamarine no Brasil. “O barco ficará em Balneário Camboriú, mas também será exposto em São Paulo, em uma loja de carros de luxo, mas ainda não sabemos ao certo as datas”, conclui. PowerBoats GP - © Roldan - Jeanneau Metamarine no Brasil Navegar é puro prazer. O Grupo Metameccanica também engloba a equipe esportiva Metamarine Corse. Criada em 2004, já coleciona três títulos mundiais de PowerBoats nas categorias Supersport e Evolution além de diversas conquistas em campeonatos italianos e europeus. j LANÇAMENTO : NC11 Já imaginou uma nova forma de aproveitar o prazer de estar no mar ? Desfrute de cada momento de liberdade. Viva sensações mais fortes e mais intensas. Compartilhe emoções. Navegue Jeanneau ! Holandesa é a mais jovem a realizar a volta ao mundo A jovem Laura Dekker (foto), que completou 16 anos durante o percurso, foi a velejadora mais jovem a completar sozinha a volta ao mundo. A holandesa iniciou a viagem em 20 de janeiro de 2011 e completou-a no dia 21 de janeiro deste ano. Laura nasceu a bordo de um barco, começou a velejar aos seis anos e estava decidida a realizar a volta ao mundo desde os 10 anos de idade. O Guinness World Records, porém, anunciou que não irá reconhecer a façanha para não incentivar outros jovens a realizar este perigoso feito. 16  PERFILNÁUTICO NOVIDADE : NC9 - NC11 www.jeanneau.com MD-BALLY MARDIESEL Iate Clube do Rio de Janeiro Tel. +55 (21) 2543 1131 jorgebally@md-bally.com.br www.md-bally.com.br LE’MON GROUP DO BRASIL Iate Clube de Santos Tel. +55 (11) 7308 7549 brasil@le-mon-group.com www.le-mon-group.com PERFILNÁUTICO  17 
  • 10. Canal News Canal News Canal Esporte Beneteau leva o prêmio Yacht Trawler 2012 Novo 46 pés disponível em duas versões Bavaria Yachts lança o Vision 46 O 44 da Beneteau herdou o título de seus antecessores 52 e 34 O Swift Trawler 44, mostrado pela primeira vez no Festival de Cannes em 2010, foi premiado no Motor Boat of the Year Awards 2012 na categoria “Yacht Trawler”. A cerimônia foi realizada no dia 9 de janeiro, no Hotel Savoy, em Londres. O título é concedido por jornalistas das revistas Motor Boat & Yachting e Motor Boats Monthly e leva em conta o design e a qualidade. Vale ressaltar que os dois antecessores do Swift Trawler 44 (os Swift Trawler 52 e 34) também foram eleitos os barcos do ano (em 2009 e 2010) na mesma categoria. A Bavaria Yachts lançou, no Boat Show de Düsseldorf, na Alemanha, o veleiro Vision 46, disponível em versões com duas ou três cabines (ambas com a opção entre um ou dois banheiros). O barco foi projetado e desenvolvido com o foco em três aspectos: elegância, conforto e fácil navegação. As generosas janelas permitiram a criação de um grande salão que flui do interior para a área externa, formando uma única área de lazer e entretenimento. Desenhado pelo designer Mark Tucker, o Vision 46 aposta em linhas limpas e modernas, que proporcionam uma atmosfera elegante e dão um ar acolhedor para as áreas internas. j A Volta ao mundo mais rápida da história O capitão francês Loick Peyron e sua tripulação de 13 homens bateram o recorde mundial de circum-navegação a vela. A bordo do trimarã Banque Populaire, realizaram o percurso em 45 dias, 13 horas, 42 minutos e 53 segundos. A marca anterior, estabelecida em março de 2010, foi diminuída em 2 dias, 18 horas, 1 minuto e 59 segundos. Durante o percurso, o trimarã manteve uma velocidade média superior a 26 nós (48 km/h). O novo recorde foi estabelecido durante o Troféu Júlio Verne. 18  PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO  19 
  • 11. Canal News Canal Esporte Endurance recebe prêmio na Europa O barco Endurance 30, do estaleiro Cranchi, recebeu o Prêmio Power Boat of the Year 2012 na categoria de 25 a 35 pés. O anúncio foi feito durante o Salão de Düsseldorf, na Alemanha, e o júri foi formado por representantes da Boote e de outras importantes revistas europeias do segmento náutico. No Brasil, a Endurance será lançada pela Cruiser Marine no segundo semestre de 2012 e promete ditar a moda no que se trata de power boats. SEU LUGAR AO MAR. Modelo da Cranchi ganhou de outras cinco fortes concorrentes Nautimax inaugura nova loja em Curitiba Atuante no mercado náutico de Curitiba e região desde 2008, a Nautimax mudou-se para uma nova sede. O novo espaço está em 20  PERFILNÁUTICO uma localização nobre da capital paranaense e tem uma área de 900 m² que permite oferecer aos clientes oficina de motores e montagem de embarcações, grande showroom com 500 m² e estacionamento. A Nautimax é uma loja autorizada da Volvo Penta na venda de peças, serviços e motores, além de ser revendedora dos eletrônicos Garmin e dos estaleiros Princess Yachts, Ventura Boats, Crunchi e Malibu. Dispondo dessa grande variedade de serviços, a loja pode fazer com facilidade a montagem de casco, motor e acessórios com um preço muito competitivo, além de oferecer um excelente atendimento pós-venda. S Cimitarra lança modelo 380HT Desde 1999 o estaleiro Cimitarra lança uma nova embarcação por ano e agora em 2012 a história não é diferente. A Cimitarra 380HT tem um design moderno, pé-direito de 2,30 metros, duas suítes e abriga até cinco pessoas para pernoite. O ponto forte da embarcação é a navegabilidade, sustentada por dois motores V6 de 225 HP que proporcionam um cruzeiro de 26 nós, velocidade máxima de 40 nós e consumo total de 40 L/hora. A Cimitarra será apresentada no Rio Boat Show, previsto para abril. ! new www.tritonboats.com.br PERFILNÁUTICO  21 
  • 12. ESPECIAL Volvo Ocean Race Seis veleiros e um planeta A Volvo Ocean Race é a mais badalada regata de volta ao mundo. Em abril deste ano, a cidade catarinense de Itajaí receberá, pela primeira vez, seis dos veleiros mais rápidos do planeta. Ou pelo menos aqueles que resitirem até o fim Por Antonio Alonso Jr. • Fotos Volvo Ocean Race 22   PERFILNÁUTICO 22 PERFILNÁUTICO N o início de abril, a cidade catarinense de Itajaí vai assistir à chegada dos veleiros da lendária Volvo Ocean Race, a regata de volta ao mundo mais famosa deste planeta. Nesta edição 2011-2012, seis barcos de 70 pés com 11 tripulantes vão passar quase nove meses competindo apenas pela honra de levantar um dos troféus mais difíceis em disputa pelo homem. Não há prêmio em dinheiro, mas todas as equipes investem dezenas de milhões de dólares em projetos que não são apenas esportivos, mas também eficientes ferramentas de marketing de alcance global. A regata passa por dez cidades, entre elas Itajaí, em Santa Catarina. O percurso de 37 mil milhas náuticas começou em outubro em Alicante, na Espanha, e termina em Galway, na Irlanda, em julho. Na última edição 2008-2009, o Ericsson 4, barco comandado pelo brasileiro Torben Grael, ficou com o título. Neste ano, apenas um brasileiro está velejando, Joca Signorini, um dos timoneiros a bordo do barco espanhol Telefónica. Em terra, Horácio Carabelli é outro brasileiro fundamental na equipe espanhola. Como diretor técnico, ele foi o grande responsável pelo desenvolvimento do projeto que levou o Telefónica a começar a regata de forma arrasadora. Os seis veleiros participantes largaram de Alicante no dia 30 de outubro do ano passado para a volta ao mundo. Mas a ação mesmo começou um dia antes, j PERFILNÁUTICO  PERFILNÁUTICO  23   23
  • 13. ESPECIAL Volvo Ocean Race Veleiros riscam o mar rumo a nove meses de regata com uma regata curta, disputada perto do porto da cidade espanhola. Para aproximar a regata do público, a organização incluiu dez dessas regatas curtas no calendário, uma em cada parada. Elas valem apenas um quinto dos pontos de uma perna longa, mas são transmitidas ao vivo por TVs do mundo inteiro e são a menina dos olhos dos patrocinadores de uma regata que — assumidamente — trocou a antiga postura de aventureira apaixonada, para se transformar em um evento de marketing mundial movido pelos mais radicais monocascos de oceano do planeta. Ironicamente, os espanhóis assistiram ao vivo pela TV ao maior fracasso do veleiro Telefónica. Logo na regata costeira de estreia, em casa, eles terminaram em último. Um balde de água fria para um time que era considerado favorito. Mas a sorte muda de lado muito rápido nesta regata. No dia seguinte, menos de cinco horas depois da largada, o barco Abu Dhabi, vencedor da regata costeira, tinha um mastro quebrado e voltava para a terra. No mesmo dia, o Team Sanya bateu em um objeto flutuante não identificado e, com um rombo no casco, também abandonou a etapa entre Alicante e a Cidade do Cabo, na África do Sul. Num trecho que deveria durar um mês, dois competidores já estavam fora logo no primeiro dia. Mas azar mesmo teve a tripulação do Puma, que sofreu uma quebra de mastro depois de 15 desgastantes dias de trabalho duro e comida sem gosto. “Neste barco velejam os 11 homens mais tristes do planeta”, escreveu o comandante americano Ken Read depois da quebra. Eles estavam literalmente no meio do nada, sem combustível para chegar à Ilha de Tristão da Cunha, o vilarejo mais remoto do planeta, que fica no meio do caminho entre o Brasil e a África do Regata In-Port acirrada. Groupama trabalha duro enquanto Telefónica confirma liderança Sul. A operação de resgate foi gigantesca. Depois de receber combustível de um navio pesqueiro, o Puma demorou seis dias para chegar a Tristão da Cunha e duas semanas e meia para chegar à Cidade do Cabo, onde ainda precisava trocar o mastro por um novo. Com três competidores fora da etapa, os três veleiros remanescentes dispararam na tabela. Piratas no caminho O time Abu Dhabi quebrou na primeira perna, porém se recuperou em seguida, vencendo o trecho entre Abu Dabi e Sharjah 24  PERFILNÁUTICO A segunda etapa da Volvo Ocean Race, entre a Cidade do Cabo e Abu Dabi, no Oriente Médio, também teve quebras, mas foi marcada pela ameaça dos piratas. Só no ano passado, mais de 1.100 embarcações foram sequestradas na costa da Somália, desde veleiros de cruzeiristas a navios cargueiros gigantescos. A ameaça é tão séria que a ONU criou uma força internacional para patrulhar a região, mas nem assim conseguiram eliminar o problema. Por isso a organização da Volvo Ocean Race tomou uma medida inédita e radical: dividiu a etapa em duas. Na primeira, os veleiros saíram da Cidade do Cabo e foram até as Maldivas. Ali, foram embarcados em um navio com segurança armada e desembarcados no Porto j PERFILNÁUTICO  25 
  • 14. ESPECIAL Volvo Ocean Race de Sharjah, na costa leste dos Emirados Árabes. Dali, os veleiros disputaram a segunda parte da etapa, um sprint de apenas 150 quilômetros, valendo 20% dos pontos totais da perna. O Telefónica venceu a primeira parte e o Groupama venceu a segunda. Na soma, os espanhóis levaram a melhor. Na saída para a terceira perna, entre Abu Dabi e Sanya, uma ilha chinesa com clima tropical, a operação antipirataria se repetiu. No trecho curto entre Abu Dabi e Sharjah, o Abu Dhabi venceu. No trecho longo, entre as Maldivas e Sanya, o Telefónica chegou a ficar em último, depois que a code zero — uma vela importante — rasgou e levou quatro dias para ser consertada. Mas os espanhóis retomaram a liderança e depois sobreviveram aos perigos do Estreito de Malaca, região de tráfego intenso de barcos pesqueiros, embarcações comerciais e com muito lixo na água. Na soma das duas partes desta etapa, o Telefónica venceu de novo e ampliou ainda mais sua liderança. Uma volta ao mundo diferente A primeira edição da Regata Volta ao Mundo aconteceu em 1973, ainda com o nome de Withbread Race. Só em 2001, a Volvo assumiu o patrocínio e o nome. Desde então, o trajeto era basicamente o mesmo: Europa, África do Sul, Oceania, América do Sul, EUA e Europa de novo. Mas, na edição passada, o dinheiro injetado por Índia, Singapura e China fez a regata mudar de percurso. O fim da longa perna entre a África e a Oceania, numa região de ventos muito fortes e favoráveis à quebra de recordes, foi criticado por amantes da aventura. Nesta edição, os árabes entraram no jogo, pela primeira vez, e levaram o percurso para Abu Dabi. Até o fechamento dessa edição, os veleiros haviam chegado à China e já seguiam para a Nova Zelândia e então vem a maior de todas as pernas, 6.700 milhas (12.400 km) até Itajaí, no litoral catarinense. Depois os veleiros ainda passam por Miami, Lisboa, Lorient e a regata termina em Galway, na Irlanda. SUPERBARCOS j Mar agitado e tempo oscilante são desafios constantes das tripulações Os veleiros sofreram mudanças da edição anterior para a atual Os veleiros usados na Volvo Ocean Race são as máquinas de regata mais velozes do planeta entre os monocascos. No mar aberto, até hoje apenas os supertrimarãs e catamarãs foram mais velozes que os Volvo 70. Na edição passada, o Ericsson 4, comandado por Torben Grael, estabeleceu um novo recorde de singradura para monocascos, percorrendo 596,6 milhas náuticas em 24 horas. Os seis veleiros são bastante parecidos, mas estão longe de serem iguais. Nesta regata, os projetistas precisam obedecer a uma fórmula geral. Ela determina, 26  PERFILNÁUTICO por exemplo, o peso máximo do bulbo de chumbo da quilha, mas não determina o formato desse bulbo, nem a distribuição do peso no casco e convés. Os projetistas também podem optar por cascos mais arredondados, ou com “chines” (quinas). Tudo isso tem uma diferença enorme no desempenho. Nas duas últimas edições, os barcos do projetista argentino Juan Kouyoumdjian dominaram a regata. Desta vez, ele assina três projetos: Telefónica, Puma e Groupama. A julgar pelos resultados até aqui, ele tem boas chances de repetir a dose. Essa edição mais equilibrada da Volvo Ocean Race. A maioria das equipes têm chances reais de vitória A mais equilibrada Esta é a Volvo Ocean Race mais equilibrada já disputada. Com exceção do Sanya, que corre com barco usado e orçamento reduzido, todas as outras equipes têm chances reais de vitória. Nas últimas duas edições, as equipes campeãs eram claramente superiores desde a primeira etapa. Desta vez, a única certeza é que muita água vai rolar sob os cascos desses seis barcos. Conheça cada uma das equipes nas próximas páginas. j PERFILNÁUTICO  27 
  • 15. ESPECIAL Volvo Ocean Race Equipes À moda brasileira Em busca do tempo perdido Sob o comando de Horácio Carabelli, os espanhóis finalmente encontraram o caminho da vitória Os americanos começaram como favoritos, mas uma quebra no meio do oceano deixou a situação muito complicada para o Puma Team Telefónica Puma Ocean Racing Ponto forte: Horácio Carabelli Favoritos, seguem na liderança E m sua terceira participação, o Team Telefónica é o veterano da Volvo Ocean Race. Eles sempre começaram como favoritos, mas não é exagero dizer que a sorte nunca andou ao lado deles. Em 2006, com nome Movistar, afundou na travessia entre EUA e Europa e os velejadores tiveram de ser socorridos por outro concorrente. Em 2009, o Telefónica Azul bateu a quilha duas vezes em etapas decisivas (chegou a ficar horas encalhado na última delas). Agora, o cenário é bem diferente. Sob a batuta do diretor técnico brasileiro Horácio Carabelli foram três vitórias nas três primeiras etapas. O time tem ainda o único velejador brasileiro nesta regata, o carioca Joca Signorini, que é timoneiro e chefe de turno. Graças a um projeto bem montado, os espanhóis nunca estiveram tão bem no rumo da vitória 28  PERFILNÁUTICO Ponto forte: Experiência Nascido no Uruguai e naturalizado brasileiro há mais de 20 anos, Horácio Carabelli faz parte de uma família de velejadores e projetistas. Em 2004 foi chamado para fazer parte da equipe de apoio do Brasil 1, mas seu conhecimento do barco era tão grande, que ele acabou escalado para velejar. Na edição passada, mais uma vez foi tripulante de Torben Grael, dessa vez no Ericsson 4. Agora, ele é o diretor técnico de todo o projeto do Telefónica e está dando aos espanhóis sua melhor chance de vitória na Volvo Ocean Race. A equipe Puma estreou na edição passada, já cheia de moral. Chegaram a vir ao Brasil para treinar e quebraram um recorde de duas décadas da Regata Buenos Aires–Rio. Com uma preparação afiada e um barco bom, terminaram em segundo lugar na última Volvo Ocean Race. Nada é novidade para o time do sempre tranquilo comandante Ken Read. E só um time com a cabeça fria e com a experiência do Puma para reverter o quadro depois da quebra na primeira etapa. País: Espanha Nome do barco: Telefónica Comandante: Íker Martinez (ESP) Tripulação: 7 espanhóis, 2 australianos, 1 britânico, 1 brasileiro Projetista: Juan Kouyoumdjian Construtor: King Marine (ESP) Ano: 2011 Avaliação: Barco Tripulação Comandante Equipe/estrutura Avaliação geral 15 pontos O time é forte, mas precisa focar na recuperação O Puma começou esta regata com um objetivo: o título. A equipe reuniu um time de velejadores experientes, um patrocinador forte e o projetista mais badalado, o argentino Juan Kouyoumdjian. Com tudo isso, eles só não contavam com o imprevisível. Na primeira perna, após mais de 15 dias de regata, no meio do oceano, o mastro quebrou de uma vez, sem dar sinais de fadiga. Sem velas, sem combustível e sem nenhum porto por perto, eles levaram semanas até conseguir que um navio fosse buscá-los na remota Ilha de Tristão da Cunha. Os pontos perdidos na primeira perna estão fazendo falta, e a tarefa do Puma agora é fazer uma regata de recuperação, tentando aos poucos tirar a grande vantagem que os líderes abriram em relação a eles. j País: Estados Unidos Nome do barco: Mare Mostro Comandante: Ken Read (EUA) Tripulação: 3 americanos, 3 australianos, 3 neozelandeses, 1 alemão e 1 sul-africano Projetista: Juan Kouyoumdjian Construtor: New England Boat (EUA) Ano: 2011 Avaliação: Barco Tripulação Comandante Equipe/estrutura Avaliação geral 16 pontos PERFILNÁUTICO  29 
  • 16. ESPECIAL Volvo Ocean Race Equipes Da cor do petróleo A revelação O primeiro participante árabe na Volvo Ocean Race veio com tanta moral que até fez a regata mudar de percurso Sem muito alarde, uma marca de calçados espanhola aliou-se à mais respeitada escola de oceano do mundo. E deu certo Team Abu Dhabi Camper/Team New Zealand Ponto forte: Petrodólares Azzam é a palavra árabe para “determinado”. E os árabes entraram nesta regatas determinados a fazer história, custe o que custar. Não importa que o país não tenha tradição nenhuma em regatas de oceano, os árabes contrataram um skipper britânico, um projetista neozelandês, um estaleiro italiano e, com tripulantes de seis países diferentes, são o time mais internacional desta regata. Investimento pesado e a primeira parada árabe da história da competição N enhuma equipe nesta regata dispõe de tantos recursos como o Team Abu Dhabi. Além de reunir uma equipe competitiva, os árabes conseguiram mudar a rota da Volvo Ocean Race, que nunca tinha passado pelo Oriente Médio. E não foi tarefa simples. Para fugir dos piratas que infestam a costa da Somália, os veleiros tiveram de pegar carona em um navio durante parte do percurso, numa operação que aumentou muito os custos da regata. Mas, além de um ótimo orçamento, o Team Abu Dhabi mostrou também coragem. Eles apostaram alto ao “ressucitar” o designer neozelandês Bruce Farr, que tinha sido deixado de lado depois da lavada que levou dos projetos do argentino Juan Kouyoumdjian nas duas últimas edições desta regata. O barco já provou que é bom, mas eles ainda estão pagando caro por uma quebra que tirou o Azzam da primeira etapa. 30  PERFILNÁUTICO Ponto forte: Tripulação O nome Team New Zealand é provavelmente a marca no cenário mundial da vela hoje. Uma história que remonta ao lendário Peter Blake. Vencedor da Regata Volta ao Mundo (quando ainda se chamava Whitbread), da America’s Cup e recordista da volta ao mundo a vela sem escalas, Peter Blake deixou um legado que ainda deve perdurar por algumas gerações. Nesta Volvo Ocean Race, por exemplo, todos os times têm velejadores neozelandeses a bordo, mas nenhum tem tantos quanto o Camper. Essa experiência e a defesa da tradição do nome Team New Zealand são os grandes trunfos do Camper. País: Emirados Árabes Nome do barco: Azzam Comandante: Ian Walker (GBR) Tripulação: 4 britânicos, 2 americanos, 2 neozelandeses, 1 australiano, 1 irlandês e 1 árabe Projetista: Bruce Farr Construtor: Persico S.p.A (Itália) Ano: 2011 O Avaliação: Barco Tripulação Comandante Equipe/estrutura Avaliação geral Com tripulação ícone se mantém regular e sem quebras 14 pontos projeto do Camper tinha tudo para ser apenas mais um estreante cumprindo tabela na Volvo Ocean Race. Mas esse quadro mudou radicalmente com a associação da marca com o Team New Zealand, uma escola de velejadores de oceano que fez história na America’s Cup e é respeitada até hoje em todo o mundo. O Camper passou muito bem pelo teste de resistência das primeiras provas, com uma regularidade valiosa nessa regata e — o mais importante — sem quebras. O projetista, Marcelo Botín, também é exclusivo do Camper. Uma aposta ousada, mas que deu certo. Até agora, graças a um projeto bem montado, o Camper tem sido a revelação da Volvo Ocean Race. j País: Nova Zelândia Nome do barco: Camper (ESP/NZL) Comandante: Chris Nicholson (AUS) Tripulação: 6 neozelandeses, 2 australianos, 1 sul-africano, 1 espanhol Projetista: Marcelino Botín Construtor: Cookson Boats (NZL) Ano: 2011 Avaliação: Barco Tripulação Comandante Equipe/estrutura Avaliação geral 14 pontos PERFILNÁUTICO  31 
  • 17. ESPECIAL Volvo Ocean Race Equipes Por novas águas Não quebrar já é uma vitória Mestres na arte de navegar trimarãs gigantes, os franceses do Groupama aceitaram o desafio de recomeçar a bordo de um monocasco Com um barco usado, chineses só querem promover a cidade de Sanya. Se possível, sem fazer muito feio Groupama Sailing Team Team Sanya Ponto forte: Escola francesa Ponto forte: O comandante Mike Sanderson Diferentemente dos neozelandeses, que ficaram famosos nas regatas de curto e médio percurso, os franceses são fanáticos por longas travessias. Franck Cammas, o comandante do Groupama, já foi o mais rápido a dar a volta ao mundo a vela sem escalas e também já venceu a Transat, regata entre a França e o Brasil, sempre a bordo de multicascos. Sim, a experiência a bordo de monocascos ainda é novidade para eles, mas os franceses já mostraram que aprendem rápido. Especialmente quando o assunto é vela. Equipe recordista a bordo de trimarãs, quer fazer história também em um Volvo 70 G roupama 4 é o primeiro monocasco construído pelos franceses do Groupama. Mas engana-se quem pensa que eles são novatos. A equipe comandada por Franck Cammas é uma colecionadora de recordes oceânicos a bordo dos trimarãs mais rápidos do planeta. O próprio recorde da volta ao mundo sem escalas era do Groupama até o começo deste ano (foi batido por outra equipe francesa, a Banque Populaire). Com toda a moral que merecem, os franceses cometeram um erro tático na primeira etapa e acabaram ficando para trás. Agora, correm para recuperar o terreno perdido. Muita gente acredita que eles ainda têm várias cartas escondidas na manga para mostrar. 32  PERFILNÁUTICO País: França Nome do barco: Groupama 4 Comandante: Franck Cammas Tripulação: 6 franceses, 2 suecos, 1 neozelandês, 1 irlandês e 1 australiano Projetista: Juan Kouyoumdjian Construtor: Multiplast (França) Ano: 2011 Avaliação: Barco Tripulação Comandante Equipe/estrutura Avaliação geral 15 pontos Em 2006, o neozelandês Mike Sanderson deu uma lavada nos adversários a bordo do ABN Amro 1. Hoje, no comando do Sanya, sua missão é bem diferente: evitar as quebras e não fazer feio. Mas ele já mostrou que, se tiver a chance, vai tentar incomodar. Na segunda perna, chegou a liderar graças a uma tática arriscada, mas quebrou no caminho. Mesmo com bons velejadores a bordo, o foco é o marketing esportivo N ão é a primeira vez que um patrocinador de última hora decide resgatar um barco usado da edição anterior só para dar visibilidade a sua marca, mesmo sabendo que não tem chance nenhuma de vitória. O que a equipe chinesa Team Sanya fez de diferente foi chamar um skipper de primeira linha para comandar um barco de segunda mão. O barco comandado pelo neozelandês Sanderson é o antigo Telefónica Azul, construído em 2007 e usado na edição passada. Como qualquer projeto de carro que saiu de linha, o Sanya Lan tem um design ultrapassado em comparação com seus adversários, que são as mais modernas máquinas de regata do planeta. O barco chinês enfrenta outro problema: as quebras. Eles não terminaram nenhuma das duas primeiras etapas da competição. Já trocaram a mastreação e até a proa do barco, depois de uma batida. Definitivamente, este não será o ano do dragão. j País: China Nome do barco: Sanya Lan Comandante: Mike Sanderson (NZL) Tripulação: 7 neozelandeses, 1 noruegês, 1 belga, 1 chinês e 1 espanhol Projetista: Bruce Farr Construtor: King Marine/Hamble Yacht Ano: 2007 Avaliação: Barco Tripulação Comandante Equipe/estrutura Avaliação geral 10 pontos PERFILNÁUTICO  33 
  • 18. ESPECIAL Volvo Ocean Race De Itajaí para o mundo M uito em breve os olhos do mundo náutico estarão voltados para a tranquila cidade portuária de Itajaí, em Santa Catarina. O município entrou para o mapa mundial da vela há dois anos, quando foi anunciada como parada sul-americana da regata. Para isso, Itajaí venceu uma disputa contra cidades de quatro países: Chile, Argentina, Uruguai e também do Brasil, justamente onde ela encontrou seus adversários mais fortes, como a capital do estado, Florianópolis, 34  PERFILNÁUTICO e concorrentes tradicionais, como São Sebastião, no litoral paulista, e a favoritíssima Rio de Janeiro. Com pouco mais de 170 mil habitantes, o tamanho da cidade não é visto como um problema pela organização da regata. “O sucesso da parada em Galway, na Irlanda, nos ensinou que cidades com população relativamente pequena também podem ter uma capacidade enorme de atrair espectadores”, contou o CEO da Volvo Ocean Race, o norueguês Knut Frostad. Itajaí é vizinha das cidades de Navegantes, Balneário Camboríú, Blumenau e tem acesso fácil a partir de diversas outras localidades catarinenses. Além disso, apesar de ter pouca tradição na vela, Itajaí tem uma inegável vocação náutica. A cidade, importante centro pesqueiro, desenvolveu-se às margens do Rio Itajaí-Açu, onde fica o segundo maior porto do país em movimento de contêineres. “A boa infraestrutura portuária e também de apoio às embarcações pesou na escolha”, completa João Luiz Demantova, do comitê organizador da regata. j ronaldo silva jr. Itajaí será a capital mundial da vela durante duas semanas em abril Obras em Itajaí já estão a todo vapor PERFILNÁUTICO  35 
  • 19. Volvo Ocean Race A Race Village de Itajaí — área que vai concentrar as atividades do Stopover — será aberta no dia 3 de abril, quando devem chegar os primeiros barcos. Depois de duas semanas de manutenção, as equipes disputam a Regata Pro-Am, no dia 20, a Regata In-Port, no dia seguinte, e largam no dia 22 em direção a Miami. Em todos esses eventos, os Volvo 70, com 4,5 metros de calado, vão entrar e sair do Rio Itajaí-Açu graças ao profundo canal para o trânsito de navios. Na regata Pro-Am, que envolve convidados vips e velejadores profissionais, todo o percurso será dentro do rio, para que a população possa acompanhar de perto a disputa. No mar e em terra Em função da dureza do trecho entre a Nova Zelândia e o Brasil, a movimentação em terra será grande também nos boxes das equipes. Veleiros e velejadores chegarão por aqui precisando de manutenção e descanso. Por isso é importante contar com uma cidade que disponha de mão de obra qualificada e de acesso à ferramentas e materiais que possam ser necessários (embora as equipes tragam boa parte desse material consigo). Enquanto as equipes trabalham nos bastidores, a regata abre as portas para o público. “A programação na Race Village vai contar com shows musicais locais e nacionais, atividades infantis e ações ligadas à sustentabilidade”, explica João Luiz Demantova. Algumas equipes também devem montar galpões para receber a imprensa, amigos e clientes vips. A Puma, por exemplo, deve levar convidados para assistir à regata costeira e à largada de perto, a bordo de um hospitality boat com capacidade para centenas de pessoas. Feira náutica Uma das novidades que Itajaí está trazendo à regata é uma feira náutica. A Expo Náutica Brasil será uma vitrine não só de barcos, mas também de equipamentos, roupas e acessórios ligados ao iatismo. Durante a feira, será lançado também o Polo Náutico Catarinense. Uma das intenções do comitê organizador “A Estrutura que o Porto de Itajaí está edificando para ser a Race Village recebe investimentos de cerca de três milhões de reais.” João Luiz Demantova ronaldo silva jr. ESPECIAL O projeto para receber a regata é parte da revitalização da margem do Rio Itajaí-Açu Simulação 3D da Race Village Itajaí Stopover 36  PERFILNÁUTICO é justamente deixar um legado que sobreviva após a passagem da regata por aqui. “A estrutura que o Porto de Itajaí está edificando para ser a Race Village recebe investimentos de cerca de R$ 3 milhões e não será utilizada somente para a regata. Passará a ser mais uma área de lazer para a comunidade de Itajaí e, posteriormente, vai abrigar o Centro Comercial Portuário, como parte do projeto de revitalização da margem do Rio Itajaí-Açu”, explica João Demantova. Itajaí e Santa Catarina como um todo esperam ter uma excelente oportunidade de desenvolver negócios e impulsionar o turismo durante a regata. “Os municípios que sediaram paradas obtiveram significativos incrementos na economia local e regional”, fala João Demantova. “Exemplo disso ocorreu em Galway, na Irlanda, em 2009, onde o impacto econômico positivo foi de U$ 58,8 milhões”, anima-se o membro do comitê organizador, que vê muitas semelhanças entre as realidades de Galway e Itajaí. Além da área da Race Village, anexa ao Centreventos Itajaí, na margem direita do rio, a regata também poderá ser acompanhada de diversos outros pontos do município, a exemplo dos molhes sul e norte (em Itajaí e Navegantes, respectivamente), praias do Atalaia, Cabeçudas e Geremias. O Morro da Cruz, a 180 metros de altitude e com um mirante voltado para a foz do rio, deve ser um dos locais mais disputados da cidade nos dias de regata. j Marque na agenda Chegada: prevista para 4 de abril Regata Pro-Am: 20 de abril Regata costeira: 21 de abril Largada para Miami: 22 de abril PERFILNÁUTICO  37 
  • 20. ESPECIAL Volvo Ocean Race Costa Verde & Mar Marcello sokal Um lugar fascinante, com praias belíssimas e muitos atrativos turísticos Por Thais Zago “Em todos os segmentos, fazemos tudo com a alma e o coração. Assim acolhemos todos os turistas, independentemente do seu interesse.” As palavras do governador João Raimundo Colombo confirmam a hospitalidade do povo catarinense e a diversidade de atrativos turísticos, motivos de sobra para quem estiver no evento aproveitar melhor a região. Para quem está viajando com a família, as praias indicadas para passar o dia são as que têm águas tranquilas para banho e estrutura de serviços e restaurantes, como Cabeçudas em Itajaí ou praia Central e Laranjeiras em Balneário Camboriú. Quem gosta de tranquilidade não pode deixar de visitar as praias de Taquaras e Taquarinhas em Balneário juan Pablo Carnevalle Praias para todos os gostos Marcello sokal O cenário escolhido para sediar a etapa da Volvo Ocean Race no Brasil não poderia ser melhor. Águas claras, areia branca, rios, montanhas, muito verde e o jeitinho açoriano facilmente percebido nas canoas coloridas, na arquitetura das cidades, na gastronomia e principalmente no sotaque das pessoas. Itajaí está localizada no coração de uma região conhecida como Costa Verde & Mar, centro-norte de Santa Catarina, que também abrange os municípios de Balneário Camboriú, Balneário Piçarras, Bombinhas, Camboriú, Ilhota, Itapema, Luís Alves, Navegantes, Penha e Porto Belo. São mais de 80 praias, diversos parques naturais e temáticos, grande concentração de lojas, agitado circuito de festas, boa infraestrutura náutica e portuária e requintadas opções de gastronomia e hospedagem. Lindas praias com diversas opções de lazer. Para quem gosta de agito e de relaxar joão Scharf O maior serviço de infraestrutura náutica está concentrado em Balneário Camboriú e Porto Belo, embora Bombinhas, Itapema e Piçarras possuam marinas e iates clubes Porto de Itajaí recebe vários navios cruzeiros de todo o mundo 38  PERFILNÁUTICO Camboriú, e as praias da Tainha e da Costeira de Zimbros em Bombinhas. Em contrapartida, quem procura badalação pode desfrutar do sol e do mar ouvindo boa música eletrônica em clubes de praia, como o Parador Beach Club no Estaleirinho (Balneário Camboriú) e o Rakenne na Praia Brava de Itajaí. As melhores opções para a prática de esportes náuticos estão em Porto Belo e Itapema. Bombinhas possui escolas de mergulho e operadoras especializadas com barcos e lanchas equipados e profissionais qualificados. Para os surfistas, as praias que têm as melhores condições de surfe são Atalaia e Praia Brava em Itajaí; Mariscal e Quatro Ilhas em Bombinhas; Praia Central em Navegantes. Parques naturais e temáticos Para os aventureiros, a região apresenta muitos parques naturais e opções de esporte ao ar livre. Um circuito de cicloturismo percorre os 11 municípios num total de 270 km, possibilitando pedaladas em áreas urbanas e rurais, com estradas sinuosas e paisagens à beira-mar. Em Porto Belo, o Condomínio Aeronáutico oferece amplo espaço de lazer, escola de pilotos e de paraquedismo. Na Praia Vermelha (Penha), no Morro do Careca (Balneário Camboriú) e em Bombinhas é possível praticar voo j PERFILNÁUTICO  39 
  • 21. ESPECIAL Volvo Ocean Race Infraestrutura de primeira na Tedesco Marina. Para os baladeiros, a terceira maior casa de música eletrônica do mundo, a Green Valley livre, salto duplo de parapente e sobrevoar as praias da região. Camboriú, Luís Alves e Ilhota oferecem parques aquáticos e pesque-pagues com tobogãs, piscinas, quadras esportivas, paredões de escalada, tirolesas, passeios a cavalo, trilhas para prática de motocross e belas cachoeiras. Para passeios em família, uma boa pedida são os parques temáticos. Balneário Camboriú dispõe do único teleférico do mundo que interliga duas praias, o Parque Unipraias, um complexo de lazer em que é possível praticar arvorismo, observar paisagens, fazer compras e se aventurar no trenó de montanha, uma descida de 700 metros a 60 km/h. Em Penha está localizado o Beto Carrero World, o quinto maior parque temático do mundo, que possui zoológico com mais de 700 animais, parque de diversões com brinquedos para todas as idades e shows temáticos. 40  PERFILNÁUTICO Grande concentração de lojas Aqueles que gostam de fazer compras encontram na região um prato cheio! Ilhota concentra o maior número de lojas de moda praia e moda íntima de Santa Catarina. As marcas locais apresentam as últimas tendências da moda com excelente relação custo-benefício, pois o estado de Santa Catarina abriga um dos maiores polos têxteis do Brasil. Já o comércio de Balneário Camboriú é o mais diversificado da região, com mais de 5 mil lojas que oferecem produtos de grifes nacionais e internacionais, distribuídas no centro da cidade e nos shopping centers, funcionando inclusive aos sábados, domingos e feriados. Agitado circuito de festas Em Balnerário Camboriú a vida noturna é bastante agitada. Além de bares e boates para todos os estilos musicais, é lá onde fica a terceira maior casa de música O teleférico do Parque Unipraias permite um vista aérea única e liga a praia da Barra à de Laranjeiras em Balneário Camboriú A Costa Verde & Mar é composta por 80 praias que oferecem infraestrutura turística, além da hospitalidade catarinense eletrônica do mundo, a Green Valley. Estaleirinho e Praia Brava são palcos para festas em Beach Clubs que começam no fim da tarde e vão até o amanhecer, quando os baladeiros param para contemplar o nascer do sol em um dos mais belos cenários da região. Em Porto Belo, a badalação acontece em casas noturnas e bares com música ao vivo. Boa infraestrutura náutica e portuária Embora Bombinhas, Itapema e Piçarras ofereçam marinas, as maiores concentrações do serviço estão em Balneário Camboriú e Porto Belo. Em Balneário, as marinas estão localizadas na Barra Sul e ao longo do Rio Camboriú, com destaque para a Tedesco Marina Garden Plaza — com capacidade de abrigar até 500 embarcações, infraestrutura completa e equipamentos de alta tecnologia. Além de marinas, Porto Belo possui também um centro náutico e um iate clube. No setor de cruzeiros marítimos, Itajaí e Porto Belo investem sem cessar em infraestrutura e acolhimento, prova disso são os novos píeres turísticos inaugurados em 2011. Itajaí é uma das principais escalas das companhias e tem como diferencial a realização de embarque e desembarque de passageiros para a costa brasileira e Mercosul. Porto Belo destaca-se pela capacidade de atracar mais de um navio transatlântico por dia. j PERFILNÁUTICO  41 
  • 22. Volvo Ocean Race Tacca neto ESPECIAL O hotel Infinity Blue e a bela vista do Bistro La Table Requintadas opções de gastronomia e hospedagem A Costa Verde & Mar possui uma gastronomia variada que atende a diferentes públicos, tendo como ponto forte uma infinidade de restaurantes à base de frutos do mar. Itajaí traz excelentes opções ao longo da Via Gastronômica, como o sofisticado restaurante de cozinha internacional Chez Raymond, na praia de Cabeçudas. Em Bombinhas, Itapema e Porto Belo, o destaque fica para restaurantes que oferecem petiscos como o bolinho de bacalhau e a casquinha de siri, comumente acompanhados de pirão de farinha de mandioca e frutos do mar. Balneário Camboriú, além de oferecer a maior variedade de restaurantes de frutos do mar e petiscos, fast foods, pizzarias e churrascarias, possui requintados restaurantes temáticos e de especialidades, como cafés, bistrôs, enotecas e fusion cuisine. Há também bares e restaurantes com música ao vivo por toda a orla. No quesito acomodação, a Costa Verde & Mar oferece excelentes opções em diferentes formatos, desde resorts e spas a hotéis, pousadas com boa infraestrutura à beira-mar em praias badaladas e acomodações menores em praias mais isoladas ou em refúgios naturais, opções para famílias com crianças, jovens interessados em badalação ou casais procurando mais privacidade. S Serviço O Aeroporto Internacional Victor Konder, em Navegantes, é o mais próximo da Costa Verde & Mar, localizado a 7 km de distância de Itajaí. Onde ficar: Infinity Blue Resort & Spa: www.infinityblue.com.br Parador Estaleiro Hotel: www.paradorestaleirohotel.com.br Onde comer: La Table: www.bistrolatable.com.br Chez Raymond: (47) 3348-7032 Atum ao molho de jabuticaba do La Table, único restaurante de comida contemporânea de Santa Catarina, segundo o Guia Quatro Rodas 2012 42  PERFILNÁUTICO INFORMAÇÕES: Costa Verde & Mar: www.costaverdemar.com.br Iate Clube Porto Belo: www.iateclubeportobelo.com.br Santa Catarina Turismo: www.santur.sc.gov.br Tedesco Marina: www.tedescomarina.com.br PERFILNÁUTICO  43 
  • 23. CAPA Veleiros Ao sabor do vento Velejar é uma opção diferente e cheia de estilo para curtir o mar. Descubra o velejador que há dentro de você! Gilles MARTIN-RAGET Por Antonio Alonso Jr. 44   PERFILNÁUTICO 44 PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO  PERFILNÁUTICO  45   45
  • 24. P CAPA Veleiros aixão. Essa é explicação para milhares de navegantes deixarem de lado a praticidade e o conforto dos motores para navegar só com a força do vento, como se fazia há séculos. Esportistas, aventureiros, celebridades, reis, milionários e espíritos livres pelo mundo não deixam dúvida: veleiros são barcos movidos a vento e paixão. Nas próximas páginas, a Perfil Náutico apresenta um pouco desse mundo tão próximo e tão pouco compreendido. Ao longo de muitos séculos, os veleiros desempenharam o papel que hoje é de naves espaciais, aviões, navios e até das lanchas. Esse tempo passou, ficou a elegância e o charme de um estilo de vida que seduziu até Albert Einstein. Quem são eles? Navegar sem poluir, sem limite de autonomia, sem barulho ou cheiro de combustível queimando. Além de um esporte, é um estilo de vida. Ou melhor, vários. Sim, a vela também tem suas várias tribos. As duas mais fáceis de reconhecer são a dos cruzeiristas e a dos regatistas. Enquanto uns sonham em morar no barco e dar a volta ao mundo, os outros querem “apenas” ganhar a America’s Cup. A Meca dos cruzeiristas no Brasil é Angra dos Reis, mais especificamente a Marina Brachuy. É uma das poucas marinas no Brasil onde os veleiros ainda são Semana de Vela de Ilhabela é o ponto de encontro dos regatistas. Reúne 150 veleiros a cada edição mais numerosos que as lanchas. Muitos deles moram ou planejam morar em seus barcos. Viajar está sempre nos planos, mesmo que seja apenas no circuito AngraParaty. Quando saem de Angra, vão para longe: Fernando de Noronha, Caribe ou as milhares de ilhas tropicais de águas azul-turquesa do Pacífico. Já os regatistas se espalham por iate clubes de todo o país onde exista um calendário regular de competições. Mas no inverno todos se encontram na Semana de Vela de Ilhabela, no Yacht Clube de Ilhabela, litoral paulista. Os mais jovens costumam correr regatas de monotipos, barcos esportivos e que Barco-escola Mistralis. Expedições pelo Brasil ensinando qualidade de vida 46  PERFILNÁUTICO exigem excelente forma física. Os mais experientes disputam regatas de oceano, em barcos maiores e com tripulação, no qual o trabalho em equipe vale mais que o esforço físico. Porém, as fronteiras não são rígidas e as duas tribos se encontram em vários eventos. Os cruzeiristas adoram usar a Regata Recife-Noronha como uma boa desculpa para visitar Fernando de Noronha. “Mesmo que muitos fiquem com preguiça no caminho e liguem os motores, abandonando a competição para chegar logo e aproveitar a ilha”, conta Ricardo Amatucci, cruzeirista apaixonado. j Paixão é a explicação para que navegantes troquem a praticidade e o conforto dos motores pela força dos ventos PERFILNÁUTICO  47 
  • 25. A velejadora CAPA Veleiros A os 10 anos, a paulista Mariana Peccicacco resolveu sair com o pai para ver como era velejar e não parou mais. Hoje, com 28, ela já velejou de Oceano, Optimist, 420, Snipe, Match Race e virou até professora de vela. As mulheres ainda são minoria na vela brasileira, por isso não faltam convites para ela participar de regatas. “Não dá para apontar uma coisa que me atrai na vela. É um conjunto. É o trabalho em equipe, que você leva para a vida toda, é o clima de amizade e as comemorações nos campeonatos e é também o contato com a natureza, só você, o barco e o vento.” Mariana acha que todo mundo deveria experimentar a vela pelo menos uma vez na vida e que todos podem aprender, até quem tem medo de água. “Eu não consigo imaginar outro esporte em que eu consiga competir ao lado do meu pai, que é um gordinho simpático, mas nada atlético”, brinca. j O que atrai Mariana é um conjunto que só a vela pode proporcionar: o trabalho em equipe, o clima de amizade e o contato com a natureza Alex Juk veleja na classe Snipe há 12 anos e acaba de se tornar campeão brasileiro da categoria O regatista O engenheiro paranaense Alex Juk, de 29 anos, aprendeu a velejar aos 11, no barco do pai. Aos 17 ele conheceu a classe Snipe, um dos monotipos mais populares do Brasil. Já se passaram 12 anos e ele continua na ativa. Acaba de se sagrar campeão brasileiro máster de Snipe. Alex não abandonou a vela de oceano, mas confessa que sua paixão são os monotipos. Como muitos velejadores, ele gosta de lanchas, mas acha que não dá para comparar. “A lancha é mais um meio de transporte, enquanto no veleiro eu curto o caminho.” Já na regata é diferente. “Uso cada velejada para aprimorar minha técnica em todos os tipos de vento. Nunca vou ser tão rápido quanto uma lancha, mas meu objetivo é ser mais rápido do que os adversários.” “A lancha é mais um meio de transporte, enquanto no veleiro eu curto o caminho.” Alex juk 48  PERFILNÁUTICO Mariana foi apresentada à vela pelo pai e hoje, além de competir, também dá aulas PERFILNÁUTICO  49 
  • 26. CAPA Veleiros O Professor A os 66 anos, o campineiro Fábio Reis é uma referência para lancheiros e velejadores do Brasil. Físico de profissão, já foi diretor do Instituto de Física da Unicamp e hoje é autor de livros e cursos de navegação. Foi quando comprou um pequeno veleiro, de 23 pés, aos 32 anos, que ele se encantou. Logo dominou a complicada navegação pelas estrelas. Numa época em que não havia GPS, ele saía sozinho para mergulhar ou fazer caça submarina e, se fosse preciso, sabia refazer o caminho baseado nas estrelas ou no sol. Não demorou para aparecerem amigos querendo aprender o básico para fazer o curso de arrais ou até a navegação astronômica, para dar a volta ao mundo. “Eu gosto de velejar, mas com expectativa de chegar a algum lugar. Hoje estou em Angra. Se me chamarem para ir agora para Florianópolis, eu topo. Agora, sair e ficar dando voltinhas por aí, não é comigo.” Ultimamente ele anda fã dos catamarãs, pelo conforto que eles oferecem mesmo com o mar batido. Na época de Fábio Reis não existia GPS. Com o auxílio do Sol e das estrelas, o físico saía para mergulhar e caçar Cruzeiros pelo Brasil ao lado da esposa e da filha renderam dois livros e um DVD O Cruzeirista O paulista Ricardo Amatucci, 48 anos, começou a velejar procurando um esporte, mas encontrou muito mais do que isso e virou um cruzeirista tão inveterado que chegou a presidir e faz parte da Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro, a ABVC. “Um dia eu estava assistindo à TV com minha mulher e comentei como nós éramos ativos e estávamos nos tornando sedentários.” A sugestão de experimentar partiu da mulher, Diana, que comentou que o avô tinha O físico, que já escreveu livros e cursos de navegação, prefere hoje o conforto dos catamarãs 50  PERFILNÁUTICO velejado na Guarapiranga até os 85 anos e só parou depois que uma tempestade afundou seu veleiro. “Hoje já temos no currículo uma viagem até Santa Catarina e outra a Salvador em nosso 30 pés. Viajamos apenas nós três: ela, eu e nossa filha.” Toda essa aventura virou literatura. Nos livros “Uma Família pela Costa Sul” e “Uma Família pela Costa Leste” (também em DVD), Ricardo e Diana contam em detalhes como foi essa mudança em suas vidas. j Amatucci começou na vela para sair do sedentarismo, e se apaixonou pelo esporte. Foi presidente e hoje é membro atuante da ABVC PERFILNÁUTICO  51 
  • 27. CAPA Veleiros O que é o quê em um veleiro O comprimento do casco na linha d’água está diretamente relacionado com a velocidade máxima do veleiro. Quanto maior, mais veloz. Cascos mais largos permitem um interior mais confortável e maior estabilidade, os cascos mais estreitos são mais velozes e instáveis. W Mastro A altura do mastro vai definir a área vélica que o veleiro pode suportar. Mastros muito altos precisam também de quilhas muito profundas e pesadas para contrabalancear a força lateral que o vento faz no barco. E Estais Eles “prendem” o mastro ao barco. Servem para equilibrar as forças exercidas pelas velas. Se um deles quebra, o mastro pode vir abaixo logo em seguida. R Quilha T Vela mestra ou grande Reponsável pela maior parte da propulsão. Y Vela de proa Um barco normalmente tem uma série de opções para usar como vela de proa, cada uma indicada para ventos de força e ângulos diferentes. Enquanto a vela mestra só é trocada em caso de avaria, a vela de proa pode ser trocada várias vezes em uma regata, dependendo das mudanças do vento. U Leme Deve ser forte o suficiente para suportar uma grande pressão da água. O Escotas Cada vela tem suas escotas, que são cabos usados para posicionar as velas de acordo com o desejo dos velejadores. P Adriças São os cabos usados para içar e baixar as velas. Normalmente correm por dentro ou junto ao mastro e não ficam aparentes no barco. { Burro É ele que mantém a retranca na horizontal e evita que sua ponta seja levantada pela pressão na vela mestra. W T Como o veleiro navega? Y E A favor do vento A situação mais fácil de entender é quando o vento simplesmente empurra a vela e, por consequência, o veleiro. Esse evento é o famoso “vento de popa” que, apesar da expressão popular, não é a melhor condição para o velejador. I O Os veleiros podem ter uma bolina (móvel) ou quilha fixa. Pense nela como um “trilho”. Ela não deixa o barco derivar lateralmente, como uma canoa faria, e nem tombar quando o vento atinge as velas lateralmente. P { Q R U 52  PERFILNÁUTICO E I Retranca Está ligada horizontalmente ao mastro e à parte inferior da vela, chamada esteira. É essencial no controle da vela mestra. Ao contrário do que muita gente pensa, velejar recreativamente não é difícil. Além das centenas de iate clubes espelhados pelo Brasil, há várias escolas especializadas em cursos de vela em represas, lagos e rios. Um curso básico padrão tem cerca de cinco aulas, entre teoria e prática, que já permitem fazer um barco simples velejar. O Rio Yacht Club, em Niterói, e o Yacht Club Santo Amaro (YCSA), em São Paulo, são dois dos mais vitoriosos clubes de vela do mundo todo. Em lugares como esses, encontram-se velejadores de vários níveis e entusiastas do esporte dispostos a trocar ideias sobre materiais, técnicas, manutenção e de regatas e passeios que você não pode perder na sua região. Alguns segredos, no entanto, você só vai aprender depois de muita tentativa e observação. Portanto, não há melhor escola de vela do que velejar. “Um dos segredos de uma velejada gostosa é a boa companhia. Se você está se divertindo entre amigos, até o tempo melhora.” A dica de Fábio Reis é baseada nas “roubadas” em que já entrou em viagens longas. “E o pior é que não dá para pular do barco e sair fora”, brinca. “A saída é velejar o melhor possível para chegar logo no destino.” João Amadeu Vieira Q Casco Quem pode? Contra o vento Embora alguns veleiros modernos consigam velejar em ângulos muito pequenos contra o vento, é impossível navegar diretamente contra o vento, mas é possível velejar nessa direção fazendo um zigue-zague com o vento atingindo as velas lateralmente ou “de través”. Por mais surpreendente que pareça, nessa situação alguns veleiros conseguem velejar mais rápido do que o vento. A quilha desempenha um papel fundamental nessa situação. Simplificando muito, podemos dizer que, sem ela, o vento lateral arrastaria o barco. Como ela impede esse arrasto lateral, a força do vento nas velas mais a força de resistência da quilha criam uma força resultante, que impulsiona o veleiro para a frente. Orça máxima é o ângulo mínimo que o veleiro consegue navegar contra o vento. A ARTE DE VELEJAR Por mais diferentes que sejam entre si, todos os veleiros são máquinas de transformar a força do vento em movimento. Para conseguir isso, eles podem ser extremamente simples, com apenas uma vela e um cabo para controlá-la, ou muito complexos, quando são necessários dezenas de tripulantes para fazê-los velejar. Na primeira vez que se vai a bordo de um veleiro, tem-se impressão de estar entre um amontoado de cordas, rodinhas e ferragens de vários tipos. É perfeitamente possível velejar um barco sem saber exatamente como ele se movimenta e quais forças atuam sobre ele. Mas saber como ele funciona vai permitir que se tire o melhor desempenho do veleiro. Existem coleções inteiras de livros sobre a arte de velejar. Agora, se você quer mesmo aprender, vai ter de trocar os livros por velas, por cabos e pelo timão. j Dica de Leitura Para sonhar: Sozinho ao Redor do Mundo, por Joshua Slocum O Longo Caminho, por Bernard Moitessier Aventuras no Mar — Andanças e Peripécias de um Velejador Boa-Praça, por Hélio Setti Jr.  Para aprender: Código da Vela, por Fábio Reis (www.escolanautica.com.br) Regulagem de Velas - Manual Ilustrado, por Ivar Dedekan Guia Prático de Manobra, por Erick Tabarly PERFILNÁUTICO  53 
  • 28. CAPA Veleiros Seis veleiros de 30 a 55 pés Fizemos uma seleção de modernos veleiros que não deixam de lado o estilo clássico de velejar Por Angelo sfair 54  PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO  55 
  • 29. CAPA Veleiros BENETEAU Sense 55 C om o Sense 55, lançado no Salão Náutico de Paris de 2011, o estaleiro francês Beneteau superou e deu origem a uma pequena revolução no mundo dos veleiros. O modelo alcançou um luxo antes exclusivo dos superiates, oferecendo uma série de atributos que também estão presentes nos luxuosos iates construídos pela Construction Navale Bourdeaux — subsidiária do grupo Beneteau. O conceito do Sense 55 resume-se em combinar a privacidade e o prazer de convivência. Os espaços interiores são independentes, mas todos sutilmente ligados. A suíte máster é grande e aberta, com um banheiro confortável, gabinete e vários armários. As outras duas cabines mantêm o nível de conforto e também apresentam chuveiros privados. O acabamento das áreas internas em madeira lacada com iluminação indireta dá um charme especial ao interior deste veleiro. As opções de personalização são grandes, desde a cor do casco aos estofamentos da mobília. O Sense 55 também é um barco que navega de forma eficiente e confortável. O casco tem uma rigidez excelente e uma vela equilibrada, o que garante O modelo alcançou um luxo antes exclusivos dos superiates. O conceito combina privacidade e o prazer da convivência a bordo velocidades surpreendentes. O cockpit pode ser fechado para garantir mais segurança e tem um grande painel de instrumentos no posto de comando. Os assentos do timoneiro podem ser levantados para liberar o acesso ao banheiro. Já os assentos da cabine de estibordo têm forma de “U” e proporcionam uma grande vista. O barco é equipado com um motor a diesel de 120 HP de potência. Também está incluso o sistema Dock & Go — que, além de trazer confiança e poder de manuseio, proporciona um conforto extra ao reduzir vibrações e deixar a viagem mais silenciosa.j O casco rígido e a vela equilibrada fazem o Sense 55 alcançar grandes velocidades Especificações técnicas Boca: 4,97 m Comprimento total: 17,20 m Linha d’água: 15,93 m Calado: 1,84 m – 2,35 m Área vélica: 152,5 m² O acabamento interno em madeira lacada realça o luxo e a beleza. A suíte principal é espaçosa e confortável 56  PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO  57 
  • 30. CAPA Veleiros JEANNEAU Sun Odyssey 509 F abricando com o que há de mais novo em tecnologia de arquitetura naval, aliado ao desgin assinado pelo renomado projetista Philippe Briand, o Sun Odyssey 509 é a materialização do ideal Jeanneau. O veleiro é o carro-chefe da linha Sun Odyssey — que engloba os modelos 409 e 439 — e combina conforto, design e navegabilidade. Equipado com mastro de enrolar e um plano vélico de alta performance, o barco permite a utilização de uma grande variedade de velas, entre elas buja autocambante, genoa, code zero e outras. O layout pode ser escolhido entre cinco versões. As opções incluem modelos com três, quatro ou cinco cabines. Além do layout, ainda há outras opções de personalização como o plano vélico, a quilha e os tecidos utilizados na decoração. O interior é luxuoso e tem um excelente acabamento de marcenaria. A iluminação interna é boa graças ao generoso tamanho das janelas, e a iluminação artificial é toda feita com LED. Há vários armários, o que é essencial para quem pretende fazer cruzeiros com familiares e amigos. O modelo 509 é o carrochefe da linha Sun Odyssey. Um dos atrativos é a personalização: cinco opções de layout e grande variedade de velas O trabalho do designer Philippe Briand é o destaque do Sun Odyssey 509. O casco, moderno e equilibrado, combina uma linha d’água longa com um “chine” acentuado para melhor velocidade e conforto no mar. O convés é clean, seguro e ergonômico, com gaiutas e cabos embutidos. Há dois lemes e o cockpit é confortável, com uma grande mesa e espaço para iluminação, frigobar e para o 360 Docking – sistema operacional da Jeanneau que auxilia na hora de atracar o veleiro. j O design assinado por Philippe Briand combina desempenho e conforto a bordo Especificações técnicas Boca: 4,79 m Comprimento total: 15,38 m Linha d’água: 13,92 m Calado: 1,73 m – 2,28 m Deslocamento: 13.900 kg Área vélica: 134 m² O Sun Odyssey possui boa área de convivência no cockpit com mesa e espaço para frigobar. A cabine é iluminada por janelas amplas 58  PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO  59 
  • 31. CAPA Veleiros DELphia yachts Delphia 47 E leito o “Barco Croata de 2009” e indicado para o prêmio “Iate Europeu de 2009/2010”, o Delphia 47 é um veleiro que garante alto desempenho e segurança em alto-mar. É um barco confortável, atraente, bem construído e está disponível em duas versões: a Owner, com três cabines másteres e chuveiro individual; e a Charter, com cinco cabines duplas, quatro delas acompanham chuveiros. O veleiro Delphia 47 tem um interior elegante e moderno. A marcenaria é trabalhada com capricho, as portas são de madeira maciça e o acabamento é feito de mogno envernizado, contrastando com os tons claros. A combinação destes aspectos com a luz natural que provém das amplas portas cria um ambiente aconchegante, luminoso e arejado. A cozinha em formato de “L” é equipada com bancadas de Corian, um fogão de quatro bocas e as pias são de aço inox. O salão é espaçoso, acolhedor e contém uma mesa de cartas de bom tamanho com assentos confortáveis, e tem a vantagem de não oferecer dificuldades para entrar ou sair quando o tempo está chuvoso. O Delphia 47 é reconhecido internacionalmente. Foi escolhido o “Barco Croata de 2009” e indicado para o “Iate Europeu 2009/10” O cockpit do Delphia 47 é muito espaçoso e contém dois lemes. Ao contrário de alguns veleiros de leme duplo, a navegação é bem suave e mal se pode sentir o atrito extra da segunda estação. O veleiro pode ser facilmente navegado por uma só pessoa graças ao enrolador de velas que permite ao tripulante diminuir a área vélica rapidamente quando o vento aumentar. O deque também tem uma grande área onde é possível permanecer várias pessoas ao mesmo tempo para tomar sol ou dar um mergulho. O Delphia 47 é um barco motorizado e vem equipado com um Volvo Penta de 57 cavalos. j O veleiro é de encher os olhos. Além de atraente, o barco tem construção sólida e esbanja conforto Especificações técnicas Boca: 4,48 m Comprimento total: 14,48 m Linha d’água: 14,07 m Calado: 1,80 m – 2,30 m Deslocamento: 13.300 kg Área vélica: 94 m² O 47 da Delphia Yachts está disponível em duas versões Owner e Charter, variando de três a cinco cabines 60  PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO  61 
  • 32. CAPA Veleiros delta yachts Delta 41 O Delta 41 é um veleiro da Delta Yachts no qual podemos observar algumas das características marcantes do estaleiro gaúcho. Com design assinado por Nestor Volker, são perceptíveis o esmero e a sofisticação tanto no acabamento interno como na mastreação e na escolha das ferragens. O espaço interno é confortável, disponível em duas ou três cabines, e nas duas versões há dois banheiros com box separado. A iluminação interna é eficaz e moderna, a maioria das luminárias é de LED. Todo o interior é construído em cedro com compensados multilaminados e acabamentos em verniz semibrilho. Já as ferragens, dobradiças, trincos e pias são todos de aço inoxidável. O espaço do convés também é muito bem aproveitado. O cockpit é espaçoso e confortável, com quase quatro metros de boca, onde se encontram dois lemes construídos em fibra de vidro e poliéster. o 41 traz o dna marcante da delta yachts. sofisticação no interior e no exterior O Delta 41 é motorizado com um Yanmar 4JH com rabeta modelo SD-50 de 54 HP. O sistema é controlado por um comando lateral no cockpit e conta com alternador de 80 AH, isolamento térmico e acústico, hélice fixo de bronze com três pás, sistema de alimentação e anti-incêndio. j O Delta 41 foi desenhado por Nestor Volker e sua boca tem quase quatro metros. O veleiro é equipado com motor Yanmar de 54 HP Especificações técnicas Boca: 3,95 m Comprimento total: 12,60 m Linha d’água: 11,00 m Calado: 1,55 m – 1,95 m Deslocamento: 7.780 kg Área vélica: 78,38 m² Convés amplo e cockpit com dois lemes. O interior destaca-se pela iluminação toda em LED 62  PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO  63 
  • 33. CAPA Veleiros bavaria yachts Cruiser 36 R esultado da aliança entre germânicos e norte-americanos, o Cruiser 36, da Bavaria Yachts, é um veleiro que navega muito bem. Construído para atender a todos os quesitos do Germanischer Lloyd Certification, é um barco robusto e com a borda muito alta, o que aumenta o seu volume interno e externo, além de passar a impressão de que ele é maior do que um 36 pés. O veleiro ainda apresenta uma extensa lista de itens opcionais, como sistema de enrolar a vela principal, água quente, guinchos elétricos e outros recursos. A boa navegabilidade não é surpresa, tendo em vista que o projeto foi arquitetado pela Farr Yachts Design. Internamente, o veleiro tem opções de layout com duas ou três cabines. O Cruiser 36 é espaçoso, tem um bom pé-direito e um salão com espaço muito bem aproveitado. A cozinha é bem localizada, repleta de gavetas e armários e está equipada com uma geladeira tipo “arca”, com grande capacidade de armazenamento. O aproveitamento dos espaços é uma das características marcantes desse barco. A mesa de O veleiro da Bavaria Yachts destaca-se pelas linhas robustas e sólidas. É o barco mais pesado da categoria jantar tem uma “asa” dobrável, permitindo que ela seja confortável quando está aberta e, quando fechada, otimiza a circulação interna. Os sofás são grandes o suficiente para permitir que um adulto durma tranquilamente. O mais destacável, porém, é a plataforma de popa — grande vantagem da linha Cruiser — que aumenta consideravelmente o espaço de circulação na área externa. Outro diferencial é o peso do veleiro, que é muito superior aos modelos de tamanho similar e comprova a qualidade da construção desse barco. j O veleiro tem as bordas muito altas, aumentando o seu volume interno e externo. A impressão é de que o veleiro tem mais de 36 pés Especificações técnicas Boca: 3,67 m Comprimento total: 11,30 m Linha d’água: 9,90 m Calado: 1,63 m – 1,95 m Deslocamento: 7.000 kg Área vélica: 69 m² Cruiser 36 foi projetado pela Farr Yachts. A navegabilidade é excelente e o espaço interno é espaçoso, com pé-direito alto 64  PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO  65 
  • 34. CAPA Veleiros skipper Skipper 30 F abricado no Rio Grande do Sul, assim como seus antecessores 21 e 25, o veleiro Skipper 30 é resultado de um projeto construtivo de última geração, com linhas elegantes e qualidade impecável. O barco é extremamente seguro e está disponível em três versões de quilha para diferentes tipos de velejadas: longa (1,80 m), curta (1,55 m) e retrátil (1,00 m – 1,80 m). O grande diferencial do Skipper 30 é o fato de se ajustar perfeitamente para cruzeiros e regatas. Para as velejadas em família, o veleiro oferece todo o conforto necessário para um cruzeiro agradável. Há duas grandes cabines de casal — uma de proa e uma de popa —, e acomoda até mais duas pessoas na sala central para pernoite. Possui banheiro com um confortável pé-direito, água pressurizada em todo o sistema hidráulico, possibilidade de instalar água quente, cozinha completa (com fogão, forno e geladeira), vários armários e roupeiros. Nas regatas, o Skipper 30 destaca-se em todos os eventos de que participa. Segundo o estaleiro, o O Skipper 30 oferece todo o conforto necessário para um cruzeiro e é muito veloz, por esse motivo também procurado por regatistas veleiro é o barco de cruzeiro mais veloz do mercado, o que permite que em um dia ele possa estar velejando de cruzeiro com a família e no outro estar participando de competições. O barco pode perfeitamente ser conduzido por até uma pessoa, já que seus comandos são de fácil acesso. Outro diferencial do Skipper 30 é adernar menos contra os ventos, fato que também agrada às mulheres e às crianças. S O barco está disponível em três versões de quilha, uma para cada tipo de velejada: longa, curta e retrátil Especificações técnicas Boca: 3,20 m Comprimento total: 9,15 m Linha d’água: 8,00 m Calado: 1,00 m – 1,80 m Deslocamento: 3.100 kg Área vélica: 47,42 m Apesar do tamanho, o veleiro é espaçoso, possui duas cabines confortáveis e ainda pode acomodar pessoas na sala central 66  PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO  67 
  • 35. PERFIL Intermarine 65 www.intermarine.com.br Um barco ` altura dos A seus sonhos Com quatro cabines, muito conforto e excelente performance, a nova Intermarine 65 enche os olhos dos apaixonados por barcos Por Amanda Kasecker 68  PERFILNÁUTICO L A 65 pés da Intermarine oferece duas luxuosas suítes e dois quartos de solteiro. Comporta 23 pessoas em passeio ançada em outubro de 2011, a nova Intermarine 65 é uma embarcação capaz de encher os olhos de qualquer apaixonado por barcos. Segundo o estaleiro, trata-se da única embarcação da categoria no mundo a oferecer quatro cabines, sem beliches. Com capacidade de levar 23 pessoas em passeio, a 65 é um barco ideal para quem gosta de receber amigos e família a bordo, mas também valoriza a privacidade. Ela acomoda 15 pessoas no flybridge e 16 pessoas no salão. Para o pernoite, comporta oito pessoas em duas luxuosas suítes e dois camarotes, além de cabine para dois tripulantes. O design do exterior e do interior fica por conta do estúdio Luiz de Basto Designs, profissional com mais de 30 anos de experiência no design de iates de luxo. Outro destaque da Intermarine 65 é a opção de decorar o interior com os luxuosos enxovais da grife italiana Missoni Home, que, em parceria com a Intermarine e com ambientação dos espaços de Karol de Paula, oferece seus produtos como um opcional para quem deseja ainda mais glamour a bordo. E não para por aí. Além de muito espaço, design original e interior sofisticado, a Intermarine 65 também é conhecida pela excelente performance, que pode chegar a 34 nós de velocidade máxima e a 30 PERFILNÁUTICO  69 
  • 36. PERFIL Intermarine 65 nós de velocidade de cruzeiro. A nova linha de iates Intermarine, que vão de 42 a 85 pés, mostra a excelência do estaleiro na fabricação de embarcações de luxo nacionais. Além do estúdio Luiz de Basto Designs, foram fechadas parcerias com a BMW Group DesignworksUSA e com Fernando de Almeida Yacht Design. “Esta nova realidade nos deu liberdade de trazer o futuro para o presente”, diz Suzana Costa, CEO da Intermarine. “A linha inteiramente nova tem como referência o cliente e seu lazer; e especialmente o modo pelo qual os brasileiros usam seus barcos e o que esperam deles.” A Intermarine com seus iates de luxo seduz um público-alvo requintado, que viaja, consome os melhores produtos e ama o mar. Ao que tudo indica, após conhecer a 65, eles também passarão a amar esta embarcação, que promete estar à altura dos sonhos de qualquer um. Entre e sinta-se em casa A Intermarine 65 possui tantos diferenciais de design que fica difícil descrever todos. No quesito sofisticação, dois nomes ganham destaque. O estúdio Luiz de Basto Designs, que projetou o exterior e o interior do novo modelo e a grife italiana Missoni, que em parceria com a Intermarine colocou na embarcação seus requintados itens de decoração. O design do renomado Luiz de Basto explora grandes áreas envidraçadas que trazem muita luz natural ao interior do barco. O designer ainda mescla a suavidade das linhas orgânicas das amplas janelas a detalhes que expressam toda a força da embarcação, As cabines de solteiro possuem duas camas confortáveis O banheiro da máster se destaca pelo tamanho e privacidade. Na cabine de comando conforto e tecnologia, equipada com GPS, carta náutica 3D, display multifunção de 9”, entre outros como as esportivas entradas de ar em aço inox e a targa do flybridge. A decoração de Karol de Paula com produtos Missoni dá o um toque colorido a roupas de cama, almofadas, toalhas de mesa, jogos de banho e louças. Tudo ao alcance do cliente, que pode escolher quais desses detalhes quer adquirir junto com a sua 65. “Escolhemos as empresas que atenderam aos nossos padrões de modernidade, requinte, conforto e qualidade; são designers com trabalhos diferentes e premiados”, explica Suzana em relação à escolha dos parceiros da nova linha Intermarine. Internamente, o conforto fica por conta das quatro cabines da embarcação. Segundo o estaleiro, trata-se da única embarcação da categoria no mundo a oferecer quatro cabines, sem beliches. São duas suítes – uma máster e uma vip – e dois camarotes de hóspedes, que totalizam oito lugares para pernoite. j “Escolhemos empresas que atenderam nossos padrões de modernidade, requinte, conforto e qualidade, são designers com trabalhos diferentes e premiados.” 70  PERFILNÁUTICO O design de Luiz de Basto explora amplas janelas e portas envidraçadas para trazer mais luz natural aos ambientes internos PERFILNÁUTICO  71 
  • 37. Intermarine 65 Especificações técnicas Boca: 5,20 m PERFIL Comprimento total (com PÚLPITO): 21,1 m Calado máximo: 1,60 m Altura acima da linha d´água: 4,99 m Deslocamento carregado: 38 t Velocidade máxima: 34 nós Velocidade de cruzeiro: 30 nós Tanque de combustível: 3.740 L Tanque de água: 1.000 L Motorização: 2 x 1.200 HP Capacidade máxima de passageiros: 23 Cabines: 4 + 1 Leitos: 8 + 2 O colorido dos produtos Missoni dão um toque especial às áreas externas da Intermarine 65: são dois solários e um grande flybridge Plataforma submergível favorece o banho de mar A suíte máster ocupa toda a largura da embarcação, tem cama queen size, grandes janelas e um banheiro especial, com vaso sanitário em uma área isolada e boxe separado e fechado. A suíte vip fica na proa, possui cama de casal, amplas janelas com vista para o mar e banheiro com box fechado. Os dois camarotes possuem duas camas de solteiro cada. Para os marinheiros, a cabine tem acesso pela popa, acomoda dois tripulantes e possui banheiro privativo. O salão da nova 65 divide-se em sala de estar, sala de jantar, cozinha (com vista para o mar) e posto de comando. As amplas janelas tornam o ambiente iluminado e proporcionam perfeita integração com o oceano. A 65 conta com um grande flybridge, dois solários, um confortável sofá e mesa para refeições. Outro solário para três pessoas pode ser desfrutado na proa. Na plataforma da popa, uma prática churrasqueira mostra como a embarcação foi pensada para o uso do brasileiro. E, para que não falte lugar para ninguém, a praça de popa também conta com um confortável sofá, mesa para refeições, cooler e diversos compartimentos para armazenagem. A churrasqueira na praça de popa dá um toque bem brasileiro à embarcação 72  PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO  73 
  • 38. PERFIL Intermarine 65 A 65 é a terceira maior embarcação da nova linha Intermarine, lançada no ano passado e composta por seis modelos de 42 a 85 pés C M Y Praia particular a bordo Além de ter amplo espaço interno e conforto acima do comum, a Intermarine reservou para os amantes de barco alguns diferenciais de performance e tecnologia. A 65 vem equipada com dois motores de 1.200 HP cada, que levam a embarcação a 34 nós de velocidade máxima e a 30 nós de velocidade de cruzeiro. O comprimento também chama a atenção. Com 21,1 metros, atualmente a 65 é a terceira maior embarcação da Intermarine. Ela ainda tem altura acima da linha d’água de 4,99 metros. Além disso, a 65 tem praticamente uma praia particular a bordo. Sua plataforma de popa, que possui dois metros de comprimento, é equipada com passarela de desembarque, lift hidráulico, que a leva abaixo do nível da água deixando acessível para os tripulantes se refrescarem ou para que o bote ou o jet ski sejam içados com facilidade. São dois motores de 1.200 HP cada que fazem o barco chegar a 34 nós de velocidade máxima 74  PERFILNÁUTICO Nova fase, nova linha CM Foi em 2011 que o estaleiro Intermarine lançou os primeiros barcos de sua linha completamente nova de lanchas e iates. Nesta nova fase, a Intermarine tem como parceiros renomados estúdios internacionais de design que projetam as novas embarcações sob suas especificações. A 65 faz parte desta leva, que ainda conta com outros seis modelos: Intermarine 42, Intermarine 53, Intermarine 55, Intermarine 60, Intermarine 75 e Intermarine 85. Essas embarcações são fabricadas nas instalações da Intermarine, que ocupam 50 mil m² na região metropolitana de São Paulo. Quem quiser adquirir a 65 tem duas opções: os representantes Interyachts e SP Marine, que mantêm escritórios em 17 locais das regiões Sul, Sudeste e Nordeste. A assistência técnica está disponível em todo o país. De acordo com a CEO da Intermarine, a nova linha tem sido bem aceita. “É um tempo de desafios e oportunidades, e nós estamos superando com competência e inovação”, afirma Suzana Costa. “A aceitação do mercado está sendo total com nossa nova linha.” S MY CY CMY K Serviço Intermarine: www.intermarine.com.br; Interyachts: www.interyachts.com.br; SP Marine: www.spmarine.com.br PERFILNÁUTICO  75 
  • 39. PERFIL Flyer Grand Turismo 49 ww w .benet eau.com .b r A francesa com alma italiana O estaleiro francês Beneteau apresenta a Flyer Grand Turismo 49, inspirada na paixão italiana por carros de luxo Por Amanda Kasecker · Fotos Jérôme ké Lagopian O centenário estaleiro francês Beneteau a cada lançamento mostra que vanguarda é um dos seus grandes diferenciais há 120 anos. Prova disso é a Flyer Grand Turismo 49, inspirada no mundo italiano de carros de luxo e alta performance, que surpreende em todos os sentidos. Desenhada pelo renomado designer italiano P. Andreani, mentor de marcas como Maserati e motos Guzzi, o novo modelo da linha de lanchas day cruisers da Beneteau vem substituir sua precedente, a Monte Carlo 47, e promete ser uma das lanchas de melhor desempenho em navegação, conforto e elegância. Com motorização Volvo IPS 600, radar digital, piloto automático e VHF AIS, a Grand Turismo 49 conta ainda com móveis de acabamento italiano exclusivo, cabines espaçosas, plataforma hidráulica submergível e até uma garagem para botes motorizados. Esta requintada embarcação foi lançada no Brasil no final de 2011, logo após sua apresentação mundial na feira de Cannes, na França, no mesmo ano. O diretorcomercial da Beneteau, Márcio Evangelista, conta que a produção do estaleiro está ajustada para atender com rapidez os pedidos dos apaixonados por essa novidade, que, a julgar pela apresentação desta luxuosa lancha, deverão ser muitos. j 76  PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO  77 
  • 40. PERFIL Flyer Grand Turismo 49 Novo padrão: luxo, conforto e praticidade A nova Flyer Grand Turismo 49 estabelece um novo padrão de luxo, conforto e praticidade. Através de seus designers, o estaleiro lança anualmente cores de tecidos e madeiras com tendências mundiais. E assim foi com a novidade da Beneteau. Em parceria com uma empresa Todo o interior possui janelas panorâmicas com vista ao nível do mar italiana, o estaleiro desenvolveu um acabamento de móveis exclusivo, chamado de sistema Alpi, que padroniza os cortes e as cores das madeiras. Os tecidos utilizados na lancha também são importados e únicos. “O couro Alcântara é proveniente de uma tecnologia alemã e é utilizado somente em requintados ambientes das embarcações”, conta Evangelista. Além do sofisticado design de interior, o conforto também é uma das prioridades desse modelo. O espaço interno conta com um pé-direito médio de dois metros, o que torna tranquila a integração na navegação. Para garantir um bom descanso, a Grand Turismo vem com três cabines, sendo duas suítes com camas king size, iluminação de LED e banheiro com box individual. Para a terceira cabine há a opção de transformá-la em sala ou em um terceiro quarto com cama de casal, aumentando ainda mais a capacidade de pernoite da lancha. Todo o interior possui janelas panorâmicas que aumentam a iluminação natural e oferecem vista ao nível do mar. Além disso, a cabine máster possui a mesma largura da boca (4,3 m) com duas janelas panorâmicas enormes na linha d’água. A praticidade fica por conta dos dois espaços gourmets na lancha. O interno tem a acabamento luminosidade das amplas italiano em madeira vidraças no teto da embarcação com espaço para todo tipo de j 78  PERFILNÁUTICO Sofisticação e tecnologia. Na suíte máster espaço e luz natural. Sistema de som Bose e iluminação LED em todos os ambientes, na cabine de comando um painel comparável aos de aeronaves O pé-direito de dois metros permite convivência confortável nos ambientes que contam com farta iluminação natural PERFILNÁUTICO  79 
  • 41. Flyer Grand Turismo 49 Especificações técnicas Altura: 5,10 m Calado: 0,70 m Deslocamento: 12.500 kg Motor: 2 x 435 CV (IPS 600) Combustível: 1.300 L Capacidade de água doce: 640 L Potência total: 2 x 435 HP Motorização máxima: 2 x 435 HP Capacidade: de 14 a 16 passageiros Boca 4,3 m PERFIL Comprimento total (com a popa): 15,60 m A Flyer Gran Turismo é feita sob encomenda e personalizada de acordo com o gosto de cada cliente equipamentos eletrodomésticos, utensílios e lixeira com separação de detritos orgânicos e recicláveis. O espaço gourmet externo fica localizado na popa do barco e conta com grill, geladeira e pia. “Esses espaços chamam a atenção pela quantidade de utilidades disponíveis, como a geladeira de 270 litros integrada com um freezer” , destaca Evangelista. Outra surpresa é reservada no espaço abaixo da escada de acesso para as cabines: uma completa préinstalação para colocar uma máquina de lavar roupa. Já na popa, a Grand Turismo 49 conta com uma ampla plataforma submergível e ainda uma garagem com abertura automática para guardar um bote motorizado. Desempenho e Tecnologia Mesmo com todo o luxo e potência, a performance do lançamento da Beneteau consegue ser econômica. O design do casco foi desenvolvido para obter o melhor resultado no desempenho do sistema IPS 600, que ainda proporciona navegação confortável e aprovada pela Volvo. No comando, o painel com acabamento em couro e tinta antirreflexiva vem equipado com duas telas E120W multifuncionais, touch screen, com joystick, radar digital, piloto automático e VHF AIS, um moderno sistema de segurança. “Trata-se de um sistema de segurança e localização similar aos utilizados nas aeronaves, que através do Design do casco permite melhor performance do sistema IPS 600 da Volvo o que resulta em economia 80  PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO  81 
  • 42. PERFIL Flyer Grand Turismo 49 C Plataforma de popa hidráulica e submergível garante diversão a bordo M Y CM GPS e satélites pode obter informações de outras embarcações próximas, seus rumos e localizações”, explica Márcio Evangelista, ressaltando ainda que os comandos estão disponíveis tanto no comando principal como no flybridge. A 49 ainda vem equipada com plataforma de popa hidráulica, mesas elétricas no cockpit e salão e sistema exclusivo Bose independente em todos ambientes, que proporciona fidelidade no som e na imagem em toda a embarcação. MY CY CMY K A sua Grand Turismo exclusiva Para adquirir essa lancha, é necessário se programar. “Esta é uma embarcação vendida sob encomenda para atender o perfil de cada cliente em suas necessidades e expectativas”, informa Evangelista. Para isso o estaleiro possui uma programação de produção, pois desta forma o proprietário pode personalizar seu barco escolhendo alguns itens como cor do casco, tecidos dos estofamentos e alguns opcionais eletrônicos. A Beneteau é hoje uma das líderes mundiais em pleasure boats. Em 2011, o estaleiro francês teve mais de oito mil unidades vendidas no mundo. No Brasil, segundo Evangelista, a projeção é otimista. “A Beneteau cresce diariamente em número de unidades vendidas no país. Estimamos comercializar oito unidades da Flyer Grand Turismo 49 apenas neste ano.” S Garagem com comando automático tem espaço para bote motorizado 82  PERFILNÁUTICO Serviço Beneteau: www.beneteau.com.br (21) 2443 1010 PERFILNÁUTICO  83 
  • 43. PERFIL TRITON 295 www.tritonboats.com.br A novidade que conquistou os mares Mais espaçosa interna e externamente, a nova Triton foi criada para levar a família com conforto e segurança ao alto-mar Por Thais Zago 84  PERFILNÁUTICO A Com mais espaço no convés e no solário, a 295 já é a mais vendida da Triton nova Triton 295 é a lancha de passeio da Way Brasil que mais vende desde outubro de 2011, quando foi lançada no São Paulo Boat Show. O aumento de espaço no convés e no solário de popa, o melhoramento do casco, os acabamentos mais requintados e a possibilidade de utilizar um ou dois motores ao mesmo tempo são alguns dos pontos fortes do barco. O projeto, assinado pelo próprio dono do estaleiro, José Maria Cechelero Junior, é uma melhoria da extinta Triton 280, trazendo toda a qualidade, a segurança e o conforto já conhecidos das embarcações Way Brasil. A linha de lanchas de passeio Triton é o carro-chefe do estaleiro paranaense Way Brasil, conhecido por suas embarcações robustas, com amplo espaço interno, bem projetadas interiormente e com um design inovador. Em 2005, a linha recebeu o certificado de qualidade europeu e hoje é exportada para vários países, como Noruega, Holanda e Espanha. Em 2011, “a necessidade de atender os clientes com uma nova disposição de solário, que fez muito sucesso na Triton 275, motivou a criação da Triton 295”, declarou o proprietário do estaleiro, José Maria Cechelero Junior. Com características de um barco para a família, “oferece duas camas de casal, com uma cabine de j PERFILNÁUTICO  85 
  • 44. PERFIL TRITON 295 Para o novo modelo, a parte traseira foi remodelada e teve seus espaços sociais ampliados meia-nau muito confortável para um barco deste porte”, conta. “Além do novo solário que é muito espaçoso, aumentamos o casco — o que produziu uma melhora no desempenho do barco, tanto no planeio mais rápido quanto na velocidade final e na economia de combustível. Toda a parte traseira foi remodelada, deixando-o mais harmonioso e o solário com um design mais bonito.” Desde o seu lançamento em outubro do ano passado, a Triton 295 é a mais vendida da linha. “Mesmo antes do lançamento oficial, o estaleiro já tinha 14 pedidos. No São Paulo Boat Show, vendeu 12 unidades. E, desde então, mais 33 (até o final de janeiro de 2012).” Segundo o empresário, a excelente aceitação da nova Triton não é por acaso: “É o melhor custo-benefício da categoria. Nela temos um padrão de qualidade muito alto, comparado às melhores marcas importadas, com um preço justo e competitivo. Além disso, o estaleiro Way Brasil preza por uma boa relação com seus clientes, permitindo um nível de personalização muito alto.” Mais espaçosa e equipada As ampliações dos espaços sociais são algumas das melhorias presentes na nova Triton 295. A cabine de proa acomoda até quatro pessoas no pernoite. Além da cama de casal, há um sofá em “U” para quatro pessoas, que — rebaixando a mesa de centro — pode ser convertido em cama de casal. A proa também é equipada com j “Aumentamos o casco, o que produziu uma melhora no desempenho do barco.” 86  PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO  87 
  • 45. PERFIL TRITON 295 Especificações técnicas Comprimento total: 9 m PESO (casco): 2.100 kg Capacidade: 10/04 pessoas Boca: 2,75 m MOTORIZAÇÃO: 1 ou 2 motores Gasolina: 1x 260 HP a 380 HP 2x 220 HP a 260 HP Diesel: 1x 270 HP a 350 HP 2x 170 HP a 220 HP COMBUSTÍVEL / ÁGUA DOCE: 235 L / 115 L cama de casal é revestida com tecido, já o estofamento do sofá é em corvin antimofo ou tecido camurça, conforme escolha do cliente. Na cabine de comando, destaque para os detalhes de madeira e o para-brisa de alumínio e vidro temperado. Tanto no interior como no exterior do barco, as lâmpadas utilizadas são de LED, garantindo baixo consumo de energia, alta durabilidade e elegância na iluminação. Da mesma forma, todas as ferragens são de aço inoxidável 316, um material nobre, altamente sofisticado e mais resistente. O barco tem uma laminação especial feita em gel coat — material de melhor qualidade e durabilidade que protege a superfície contra a ação das j Na cabine de comando, o painel possui detalhes de madeira e o banco do comandante é duplo banheiro fechado que possui sanitário com descarga elétrica de série, ducha higiênica e armário. Há também na proa espaço para micro-ondas e armário com pia. A praça de popa tem capacidade para até cinco pessoas. O solário rebatível incorporado permite a utilização do mesmo assento por duas pessoas deitadas ou até quatro sentadas. Possui mesa de centro com apoio para copos e pia com armário. Na cabine de comando, o banco do comandante é duplo e comporta ao lado uma charmosa chaise longue. A lancha vem equipada com sistema de som e caixas marinizadas. No entanto, a escolha de todos os acessórios complementares como, por exemplo, aparelho de som, geladeira, cooler, forno elétrico, micro-ondas, tipos de capota, entre outros é feita de acordo com o gosto do cliente. Qualidade no acabamento A qualidade dos materiais utilizados e o requinte dos mobiliários escolhidos dão um toque especial ao acabamento da Triton 295. Na cabine de proa, destaque para os acabamentos de madeira utilizados na escada, na mesa de centro e na bancada próxima à pia. O tampo da pia é feito de magicstone, um material importado mais resistente à umidade e à maresia, e a cuba agora é de inox. A Melhoramentos realizados no casco fazem com que a Triton 295 apresente uma navegação confortável e segura 88  PERFILNÁUTICO O espaço gourmet e uma charmosa chaise longue compõem a praça de popa para até cinco pessoas PERFILNÁUTICO  89 
  • 46. PERFIL TRITON 295 O cliente pode escolher a cor da faixa do casco e também entre usar um ou dois motores C M Y intempéries e do meio ambiente, além de dar às peças um acabamento liso, brilhante e colorido. O layout externo tem design moderno, com a possibilidade de o cliente escolher a cor da faixa, do casco ou mesmo do barco inteiro, conforme sua vontade, dentro das cores disponíveis. CM MY CY CMY K navegação confortável e segura Ao adquirir essa lancha, o proprietário tem a possibilidade de escolha entre utilizar um motor ou dois ao mesmo tempo, aumentando assim a performance do barco. Melhoramentos realizados no casco fazem com que a Triton 295 apresente uma navegação confortável e segura, com melhor desempenho do que sua antecessora, a Triton 280. “Estabilizadores laterais decorrentes do próprio design do casco dão um maior conforto quando o barco está parado e uma maior estabilidade em curvas”, declara José Maria Cechelero Junior. S Revendas Cabine de proa com acabamento de madeira e tampo da pia em magicstone 90  PERFILNÁUTICO As revendas Triton estão presentes em todo o Brasil. Para encontrar a mais próxima de você é só acessar o site da empresa: www.tritonboats.com.br. PERFILNÁUTICO  91