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A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM

A Política Agrícola Comum (PAC) é a mais antiga e
mais integrada das políticas comuns, tendo chegado a
   constituir cerca de metade do orçamento geral.
  Constitui um sistema de subsídios à agricultura e
   programas de desenvolvimento em áreas afins.



   Foi criada em 1962, tendo como objetivos principais
     assegurar o abastecimento regular de géneros
 alimentícios e garantir aos agricultores um rendimento
em conformidade com os seus desempenhos. Visa ainda
 garantir a segurança dos abastecimentos, e a obtenção
         de preços razoáveis para os agricultores.
A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM

         Para alcançar estes objetivos, a PAC baseou-
         se em três princípios fundamentais:
         • o mercado único — em que existe livre
         circulação de produtos agrícolas entre todos os
         Estados-membros;
         • a preferência comunitária — que protege os
         produtos agrícolas da UE, uma vez que estes
         têm preferência em relação aos que vêm do
         exterior, sendo colocados no mercado europeu
         a preços competitivos (mais baixos);
         • a solidariedade financeira — que cria uma
         unicidade nos preços, sendo as despesas
         suportadas pelo orçamento comunitário.



         Em termos de despesa, a Política Agrícola Comum
             (PAC) é a política mais importante da UE.
A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM
 Quando foi concretizada, em 1962, a política agrícola teve
 como objetivo central aumentar a produtividade da agricultura
 europeia que, à data produzia apenas 80% do que era então
 consumido.

Houve, por isso, necessidade de dar um total apoio à produção
agrícola para que o seu desenvolvimento reduzisse a dependência
alimentar externa.

Este apoio foi formalizado pela política de ajudas específicas
concedidas pelo Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola
(FEOGA), fundo criado para suportar as despesas comuns da PAC.
FEOGA-Orientação: financia os programas e projetos destinados a melhorar as estruturas
agrícolas ( construção de infra- estruturas agrícolas, redimensionamento das explorações,
etc.); FEOGA- Garantia: financia as despesas de regulação dos preços e dos mercados
(apoio direto aos agricultores, despesas de armazenamento, etc.)


Estes apoios permitiram o desenvolvimento da agricultura dos países
membros que passaram a produzir três vezes mais, com um número
cada vez menor de pessoas ligadas à atividade.
A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM
A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM
                      Reforma da PAC – 1992




Nota
Set-aside: retirada de 15%(posteriormente reduzidos para 5%) da área de
produção de cereais em explorações que ultrapassavam as 92 toneladas
por ano.
A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM

Na definição de medidas para melhorar os
sistemas de produção, de modo a torná-los
mais amigos do ambiente, ainda se incentivou:

●o  pousio temporário
● a silvicultura
● o desenvolvimento da pluriatividade e
● a orientação para novas produções industriais
ou energéticas.
A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM
A criação de um subsídio direto, ou ajuda direta aos agricultores, em
função da dimensão da exploração, previa sobretudo a
compensação dos agricultores por perdas de rendimento
decorrentes do alinhamento dos países da U. E. com os preços
mundiais
          A reforma de 1992 teve alguns resultados positivos.
                 Contudo, mantiveram-se problemas

 Ineficiência
 na aplicação                                          Acentuar de
 dos apoios                                            diferenças de
                                                       rendimento
                                                       entre
 Intensificação                                        agricultores.
 dos
 problemas
 ambientais
A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM




Na perspetiva do alargamento da UE foi incluída na

  Agenda 2000 (*), uma outra revisão da PAC que

  reforçou as alterações introduzidas em 1992, e deu

  prioridade ao desenvolvimento rural, à segurança

  alimentar, ao bem-estar animal, à melhoria do

  ambiente e à promoção de uma agricultura

  sustentável                     NOVA PAC
         (*)Documento da Comissão Europeia sobre um conjunto de
       questões/propostas que se colocaram à U E, no âmbito do alargamento
       a Leste, das reformas políticas da União e perspetivas financeiras para
       2000-2006.
A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM

  Ainda assim permaneceram problemas como:

• Falta de competitividade no mercado mundial;

• Desigualdade na repartição dos apoios entre os
   produtores e entre regiões

• Pressão ambiental resultante dos sistemas
  intensivos
A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM


• Neste contexto surge uma Nova Reforma da
  PAC, em 2003, que aprofunda as metas da
  Agenda 2000 e reforça a política de
  desenvolvimento rural.

• Dá-se uma profunda alteração na forma como a
  União Europeia apoia a agricultura comunitária.

• É mais orientada para os consumidores, dando
  maior liberdade aos agricultores e maior
  flexibilidade aos Estados-membros.
A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM
   Principais elementos da Nova reforma da PAC (2003)
► Pagamento único por exploração:

 deixou de haver ajudas diretas e passou a ser concedido um
pagamento único por exploração, independentemente do que
produzem e do volume de produção, dando aos agricultores a
liberdade de adaptarem a sua produção ao mercado. Assim os
agricultores podem diversificar a sua produção, adaptando-se às
necessidades do mercado, tornando-se mais competitivos.
A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM

              Assim os agricultores
              podem diversificar a sua
              produção, adaptando-se às
              necessidades do mercado,
              tornando-se mais
              competitivos. Foram dados
              novos incentivos à
              qualidade, incluindo a
              certificação e promoção de
              produtos, apoios para o
              cumprimento de normas
              em matéria do ambiente,
              saúde pública e bem estar
              animal.
A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM
  Principais elementos da Nova reforma da PAC




► Princípio da condicionalidade:

Esse pagamento está sujeito ao respeito das normas
ambientais, de segurança alimentar, da sanidade
animal, da fotossanilidade, do bem-estar animal e da
exigência de manter todas as superfícies agrícolas
em boas condições agronómicas e ambientais
A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM
                   Principais elementos da Nova reforma da PAC

  ► Modulação:
     Redução dos pagamentos diretos superiores a 5000€, no caso das
     explorações de maiores dimensões, para financiar a nova política de
     desenvolvimento rural.



                     Regime de Pagamento Único:
   Consulte a Listagem de entidades recetoras aprovadas para a
                           campanha 2007/2008
    O Regime de Pagamento Único (RPU) é um regime de apoio aos
agricultores, que tem por princípio básico o desligamento total ou parcial
   da produção e que substitui total ou parcialmente os apoios diretos
 anteriormente concedidos ao abrigo de vários regimes, nomeadamente
  ajuda às culturas arvenses, arroz, leguminosas para grão, forragens
secas, lúpulo, extensificação, bovinos machos, abate de bovinos adultos,
   ovinos e caprinos e prémios complementares desde 2005, azeite e
azeitona de mesa, tabaco, algodão e açúcar desde 2006, e a partir desta
                         campanha, leite e banana.
A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM
      Principais elementos da Nova Reforma da PAC
► Disciplina Financeira:

Assegura o cumprimento do orçamento agrícola fixado até 2013
A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM
• Para a concretização dos 2 objetivos principais
  da Nova PAC ( aumento da competitividade dos
  agricultores e garantia de estabilidade dos seus
  rendimentos) é fundamental a utilização de um
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A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM

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  • 1. A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM A Política Agrícola Comum (PAC) é a mais antiga e mais integrada das políticas comuns, tendo chegado a constituir cerca de metade do orçamento geral. Constitui um sistema de subsídios à agricultura e programas de desenvolvimento em áreas afins. Foi criada em 1962, tendo como objetivos principais assegurar o abastecimento regular de géneros alimentícios e garantir aos agricultores um rendimento em conformidade com os seus desempenhos. Visa ainda garantir a segurança dos abastecimentos, e a obtenção de preços razoáveis para os agricultores.
  • 2. A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM Para alcançar estes objetivos, a PAC baseou- se em três princípios fundamentais: • o mercado único — em que existe livre circulação de produtos agrícolas entre todos os Estados-membros; • a preferência comunitária — que protege os produtos agrícolas da UE, uma vez que estes têm preferência em relação aos que vêm do exterior, sendo colocados no mercado europeu a preços competitivos (mais baixos); • a solidariedade financeira — que cria uma unicidade nos preços, sendo as despesas suportadas pelo orçamento comunitário. Em termos de despesa, a Política Agrícola Comum (PAC) é a política mais importante da UE.
  • 3. A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM Quando foi concretizada, em 1962, a política agrícola teve como objetivo central aumentar a produtividade da agricultura europeia que, à data produzia apenas 80% do que era então consumido. Houve, por isso, necessidade de dar um total apoio à produção agrícola para que o seu desenvolvimento reduzisse a dependência alimentar externa. Este apoio foi formalizado pela política de ajudas específicas concedidas pelo Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola (FEOGA), fundo criado para suportar as despesas comuns da PAC. FEOGA-Orientação: financia os programas e projetos destinados a melhorar as estruturas agrícolas ( construção de infra- estruturas agrícolas, redimensionamento das explorações, etc.); FEOGA- Garantia: financia as despesas de regulação dos preços e dos mercados (apoio direto aos agricultores, despesas de armazenamento, etc.) Estes apoios permitiram o desenvolvimento da agricultura dos países membros que passaram a produzir três vezes mais, com um número cada vez menor de pessoas ligadas à atividade.
  • 5. A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM Reforma da PAC – 1992 Nota Set-aside: retirada de 15%(posteriormente reduzidos para 5%) da área de produção de cereais em explorações que ultrapassavam as 92 toneladas por ano.
  • 6. A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM Na definição de medidas para melhorar os sistemas de produção, de modo a torná-los mais amigos do ambiente, ainda se incentivou: ●o pousio temporário ● a silvicultura ● o desenvolvimento da pluriatividade e ● a orientação para novas produções industriais ou energéticas.
  • 7. A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM A criação de um subsídio direto, ou ajuda direta aos agricultores, em função da dimensão da exploração, previa sobretudo a compensação dos agricultores por perdas de rendimento decorrentes do alinhamento dos países da U. E. com os preços mundiais A reforma de 1992 teve alguns resultados positivos. Contudo, mantiveram-se problemas Ineficiência na aplicação Acentuar de dos apoios diferenças de rendimento entre Intensificação agricultores. dos problemas ambientais
  • 8. A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM Na perspetiva do alargamento da UE foi incluída na Agenda 2000 (*), uma outra revisão da PAC que reforçou as alterações introduzidas em 1992, e deu prioridade ao desenvolvimento rural, à segurança alimentar, ao bem-estar animal, à melhoria do ambiente e à promoção de uma agricultura sustentável NOVA PAC (*)Documento da Comissão Europeia sobre um conjunto de questões/propostas que se colocaram à U E, no âmbito do alargamento a Leste, das reformas políticas da União e perspetivas financeiras para 2000-2006.
  • 9. A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM Ainda assim permaneceram problemas como: • Falta de competitividade no mercado mundial; • Desigualdade na repartição dos apoios entre os produtores e entre regiões • Pressão ambiental resultante dos sistemas intensivos
  • 10. A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM • Neste contexto surge uma Nova Reforma da PAC, em 2003, que aprofunda as metas da Agenda 2000 e reforça a política de desenvolvimento rural. • Dá-se uma profunda alteração na forma como a União Europeia apoia a agricultura comunitária. • É mais orientada para os consumidores, dando maior liberdade aos agricultores e maior flexibilidade aos Estados-membros.
  • 11. A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM Principais elementos da Nova reforma da PAC (2003) ► Pagamento único por exploração: deixou de haver ajudas diretas e passou a ser concedido um pagamento único por exploração, independentemente do que produzem e do volume de produção, dando aos agricultores a liberdade de adaptarem a sua produção ao mercado. Assim os agricultores podem diversificar a sua produção, adaptando-se às necessidades do mercado, tornando-se mais competitivos.
  • 12. A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM Assim os agricultores podem diversificar a sua produção, adaptando-se às necessidades do mercado, tornando-se mais competitivos. Foram dados novos incentivos à qualidade, incluindo a certificação e promoção de produtos, apoios para o cumprimento de normas em matéria do ambiente, saúde pública e bem estar animal.
  • 13. A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM Principais elementos da Nova reforma da PAC ► Princípio da condicionalidade: Esse pagamento está sujeito ao respeito das normas ambientais, de segurança alimentar, da sanidade animal, da fotossanilidade, do bem-estar animal e da exigência de manter todas as superfícies agrícolas em boas condições agronómicas e ambientais
  • 14. A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM Principais elementos da Nova reforma da PAC ► Modulação: Redução dos pagamentos diretos superiores a 5000€, no caso das explorações de maiores dimensões, para financiar a nova política de desenvolvimento rural. Regime de Pagamento Único: Consulte a Listagem de entidades recetoras aprovadas para a campanha 2007/2008 O Regime de Pagamento Único (RPU) é um regime de apoio aos agricultores, que tem por princípio básico o desligamento total ou parcial da produção e que substitui total ou parcialmente os apoios diretos anteriormente concedidos ao abrigo de vários regimes, nomeadamente ajuda às culturas arvenses, arroz, leguminosas para grão, forragens secas, lúpulo, extensificação, bovinos machos, abate de bovinos adultos, ovinos e caprinos e prémios complementares desde 2005, azeite e azeitona de mesa, tabaco, algodão e açúcar desde 2006, e a partir desta campanha, leite e banana.
  • 15. A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM Principais elementos da Nova Reforma da PAC ► Disciplina Financeira: Assegura o cumprimento do orçamento agrícola fixado até 2013
  • 16. A POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM • Para a concretização dos 2 objetivos principais da Nova PAC ( aumento da competitividade dos agricultores e garantia de estabilidade dos seus rendimentos) é fundamental a utilização de um instrumento responsável pelo financiamento e pela programação da política de desenvolvimento rural: o FEADER