SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 86
Departamento de Engenharia Química
Faculdade de Ciências e Tecnologia
Universidade de Coimbra
F. J. Antunes PereiraF. J. Antunes Pereira
Professor Catedrático
Universidade de Aveiro, Aveiro, Portugal
antunes@dao.ua.pt 20 Novembro 200220 Novembro 2002
Plano da palestra:
1-Importância da incineração1-Importância da incineração
2-Origem das emissões poluentes2-Origem das emissões poluentes
3-Tecnologias de incineração3-Tecnologias de incineração
4-Impactos no ambiente4-Impactos no ambiente
5-Impactos na saúde pública5-Impactos na saúde pública
6-Perspectivas futuras6-Perspectivas futuras
7-Co-incineração7-Co-incineração
CONCLUSÕES
Importância da incineraçãoImportância da incineração
2-Origem das emissões poluentes
3-Tecnologias de incineração
4-Impactos no ambiente
5-Impactos na saúde pública
6-Perspectivas futuras
7-Co-incineração
CONCLUSÕES
Plano da palestra:
O que distingue a Incineração dos outros
processos?...
 Reduz a massa (em 70%) e o volume (em 90%) dos
resíduos, a cinzas e escórias
 Estabiliza os resíduos: toxicidade, patogenicidade
 Desvia os resíduos dos aterros
 Recupera (produz) energia: calor + electricidade
Por que é actualmente tão importante a incineração?
 A nova Directiva Comunitária de aterros sanitários
(1999/31/CE) impõe uma redução em 75% na matéria
orgânica para aterro, até 2015
 A regra dos RRR (reduzir, reutilizar, reciclar) não está a ser
implementada
 A necessidade dos governos europeus implementarem o 6º
PACA (Programa Comunitário de Acção para o
Ambiente): “descorrelacionar a utilização de recursos
naturais com o desenvolvimento económico, através duma
melhor gestão desses recursos”
Qual a composição típica dos RSU nacionais ?
 30% são
inorgânicos:
podem ser
reciclados
 70% são
orgânicos:
podem ser
incinerados ou
fermentados
 São portanto
possíveis muitas
combinações de
tratamentos
Quais são então as opções de gestão na UE ?
 Aterro(60%)  Incineração(20%)
1-Importância da incineração
 Origem das emissões poluentesOrigem das emissões poluentes
3-Tecnologias de incineração
4-Impactos no ambiente
5-Impactos na saúde pública
6-Perspectivas futuras
7-Co-incineração
CONCLUSÕES
Plano da palestra:
Mas...
...antes de continuar, recordemos que a incineração
produz dois grandes tipos de emissões tóxicas:
 Gases de combustão
 Resíduos sólidos (cinzas)
...que portanto têm de ser tratados antes de largados
no ambiente...
Origem das emissões
Componentes precursores dos contaminates produzidos:Componentes precursores dos contaminates produzidos:
 Não esquecer a matéria orgânica !!!…Não esquecer a matéria orgânica !!!…
Origem das emissões
Ilustração da degradaçãoIlustração da degradação
térmica da matéria orgânicatérmica da matéria orgânica
complexa:complexa:
Formação dosFormação dos PCIsPCIs
(produtos de combustão(produtos de combustão
jncompleta)jncompleta)
Sequência de processos durante a
combustão:
SecagemSecagem

PirólisePirólise

CombustãoCombustão
Origem das emissões
Sequência de processos durante a combustão:Sequência de processos durante a combustão:
Origem das emissões
Na fase sólidaNa fase sólida
(cinzas)
Na fase vaporesNa fase vapores Na fase de gasesNa fase de gases
1-Compostos
metálicos
(Pb, Cd, Ni,
Cr, As…)
1-Metais
(Hg, Se)
2-Compostos
metálicos
(Hg,Se, Cd, Pb, Zn,
Ni, Cr, As, Tl, Sb…)
3-COVs:
*PCDD/Fs
*HPAs
*PCBs, PCTs…
1-Gases ácidos:
*HCl, HF, HBr
*SOx (SO2 + SO3)
*NOx (NO + NO2)
2-Gases de estufa:
*CO2
*N2O
*CH4
HPA = Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos
PCDD/F = Dioxinas e furanos (policlorodibenzodioxinas; poiclorodibenzofuranos)
PCB = Policlorobifenil
Origem das emissões
Origem das emissões
 A toxicidade é maior para as posições 2,3,7,8 (A toxicidade é maior para as posições 2,3,7,8 (TCCsTCCs ee TCDFsTCDFs))
 Apenas 17 congéneres são tóxicos (8Apenas 17 congéneres são tóxicos (8 PCCDDsPCCDDs ; 9; 9 PCDFsPCDFs))
PCDD
Policloro dibenzo dioxina
PCDF
Policloro dibenzo furano|
|
|
|
|
|
-BioacumulaçãoBioacumulação
-Biomagnificação-Biomagnificação
Origem das emissões
Origem das emissões
Mecanismo “de novo”:Mecanismo “de novo”:
 Temperaturas: 200-400 ºC (velocidade máx. a 350ºC)
 Espécies envolvidas (nos poros das cinzas):
 Matéria orgânica
 Oxigénio
 Cloro (Cl deNaCl; ou Cl2 de HCl/Deacon)
 Emissões independentes de conc. de Cl na alimentação
Origem das emissões
Controlo das emissões de dioxinas/furanos:Controlo das emissões de dioxinas/furanos:
 Têmpera rápida dos gases (na zona 400 200ºC)
 Combustão completa (>750ºC); evitar matéria orgânica na
zona de pós-combustão
Tempo de residência dos gases a mais de 850ºC maior que
2 segundos
Municipal TóxicosMunicipal Tóxicos
1-Importância da incineração
2-Origem das emissões poluentes
 Tecnologias de incineraçãoTecnologias de incineração
4-Impactos no ambiente
5-Impactos na saúde pública
6-Perspectivas futuras
7-Co-incineração
CONCLUSÕES
Plano da palestra:
Tecnologias de incineração
Tecnologias de incineração
Tecnologias de incineração
Tecnologias de incineração
Circuito do vaporCircuito do vapor
EQUIPAMENTO EXEMPLO POLUENTES
TRATADOS
DESPOEIRADORES
Filtros (de sacos)
Ciclones
PPE (Precip. Electrost.)
Poeiras
E indirectamente todos os
adsorvidos:
-Metais pesados
-Orgânicos voláteis
LAVADORES
Adsorventes alcalinos
[CaO; Ca(OH)2;etc]
Carvão activado
Gases ácidos:
[HCl, HF, HBr, SO2]
Metais (Hg)
Orgnicos voláteis
(COVs):
-Dioxinas/Furanos
-PCBs, PCTs
-HPAs
REDUÇÃO QUÍMICA
SCR
(Selective Catalytic
Reduction)
SNCR
(Selective Non Catalytic
Reduction)
NOx (NO + NO2)
Dioxinas/Furanos
INERTIZAÇÃO
Solidificação
(cimento; polímeros)
Vitrificação
(plasma)
Cinzas (volantes)
RTG
(Resíduos do Tratamento
de Gases)
ControloControlo
dede
PoluiçãoPoluição
AtmosféricaAtmosférica
Tecnologias de incineração
Tecnologias de incineração
Tecnologias de incineração
FILTRO DE SACOSFILTRO DE SACOS
Tecnologias de incineração
Desnitrificação catalítica (SCR – Selective Catalytic Reduction)Desnitrificação catalítica (SCR – Selective Catalytic Reduction)
Tecnologias de incineração
Tecnologias de incineração
Inertização dasInertização das
cinzascinzas
(vitrificação)(vitrificação)
Tecnologias de incineração
Inertização dasInertização das
cinzascinzas
(solidificação)(solidificação)
Tecnologias de incineração
Aproveitamento energético:Aproveitamento energético:
ciclo combinado (electricidade + calor)ciclo combinado (electricidade + calor)
Tecnologias de incineração
O que se pode fazer só com o calor !…O que se pode fazer só com o calor !…
Tecnologias de incineração
 A MONTANTE:A MONTANTE:
Remoção selectiva dos componentes potencialmente tóxicos !...
 DENTRO DA FORNALHA:DENTRO DA FORNALHA:
Aumentar eficiência da combustão: controlo e monitorização do
processo
 A JUZANTE:A JUZANTE:
Usar “end-of-pipe technology.”
Controlo da poluição:
Tecnologias de incineração
 Incineração de resíduos é regulamentada pela Directiva
Europeia 2000/76/EC
 Crítica: regulamentação baseada na “melhor
tecnologia” existente, e não só em dados de saúde
humana
 Exemplo de limites de emissão: ver slide seguinte...
A legislação: como está protegida a saúde pública…A legislação: como está protegida a saúde pública…
Tecnologias de incineração
Limites das emissões gasosas:Limites das emissões gasosas:
Poluente Média
24 h
Média
30 min
(100%)
Média
30 min
(97%)
Média
6-8 h
Frequência de
amostragem
Partículas totais (mg.m-3
) 10 30 10 Contínuo
TOC (mg.m-3
) 10 20 10 Contínuo
HCl (mg.m-3
) 10 60 10 Contínuo
HF (mg.m-3
) 1 4 2 Contínuo
SO2 (mg.m-3
) 50 200 50 Contínuo
NOx (mg.m-3
) 200 400 200 Contínuo
Cd + Tl (mg.m-3
) 0.05 0.1 2 vezes por ano
Hg (mg.m-3
) 0.05 0.1 2 vezes por ano
Sb + As + Pb + Cr + Co + Cu
+ Mn + Ni + V (mg.m-3
)
0.5 1 2 vezes por ano
Dioxinas e furanos (ng.m-3
) 0.1 2 vezes por ano
CO (mg.m-3
) 50 100 150 Contínuo
Temp. (°C) 850 Contínuo
Tecnologias de incineração
Limites de emissão nos efluentes líquidos:Limites de emissão nos efluentes líquidos:
Poluente Valor limite expresso em concentração
mássica para amostras não-filtradas
Sólidos suspensos totais (mg.l-1
) 30 (95%) 45 (100%)
Hg (mg.l-1
) 0,03
Cd (mg.l-1
) 0,05
Tl (mg.l-1
) 0,05
As (mg.l-1
) 0,15
Pb (mg.l-1
) 0,2
Cr (mg.l-1
) 0,5
Cu (mg.l-1
) 0,5
Ni (mg.l-1
) 0,5
Zn (mg.l-1
) 1,5
Dioxinas e Furanos 0,3
1-Importância da incineração
2-Origem das emissões poluentes
3-Tecnologias de incineração
 Impactos no ambienteImpactos no ambiente
5-Impactos na saúde pública
6-Perspectivas futuras
7-Co-incineração
CONCLUSÕES
Plano da palestra:
Impactos no ambiente
Categorias de impacto:Categorias de impacto:
Impactos no ambiente
Categorias de impacto:Categorias de impacto:
Impactos no ambiente
 Ruido (operação da instalação; tráfico
rodoviário)
 Estética
 Desvalorização da propriedade
 Aquecimento global (CO2, N2O, CH4...)
 Acidificação (HCl, HF, NOx...)
 Smog (NOx + hidrocarbonetos)
1-Importância da incineração
2-Origem das emissões poluentes
3-Tecnologias de incineração
4-Impactos no ambiente
 Impactos na saúde públicaImpactos na saúde pública
6-Perspectivas futuras
7-Co-incineração
CONCLUSÕES
Plano da palestra:
Impactos na Saúde Pública
Como os poluentes emitidos se dispersam no ambiente:Como os poluentes emitidos se dispersam no ambiente:
Impactos na Saúde Pública
 Respiratórios e cardíacos (via inalação):
poeiras
gases ácidos
metais (compostos)
 Câncer (via ingestão):
 metais (Cr, Cd, As)
 dioxinas, furanos, PCBs, HPAs
 Neurofisiológicos (vias inalação e ingestão):
 metais (Pb, Hg)
 Sistema reprodutor (via ingestão):
 dioxinas e furanos
Impactos na Saúde Pública
 Conhecem-se as emissões e os seus efeitos possíveis: mas será que as
concentrações efectivamente verificadas na prática são suficientes par
causar alterações na saúde? A resposta está, entre outros, nos estudos
epidemiológicos.
 Estudo epidemiológico: realização de testes de hipóteses para
verificação de correlação entre factores ambientais e alterações na
saúde.
 Exemplo.
Prevalência (ou incidência) de cancro por exposição adulta a 2,3,7,8-
PCDD/Fs de poluição atmosférica a juzante da pluma dum incinerador
de RSU (via inalação).
Estudos Epidemiológicos
Impactos na Saúde Pública
Tipos de efeitos na saúde pesquisados:Tipos de efeitos na saúde pesquisados:
Crianças Adultos
Sistema
reprodutor
(xenobióticos)
• Nados-mortos
• Defict de peso corporal
• Prematuros
• Anomalias congénitas
• Anomalias cromossomáticas
• Anomalias da
quantidade e
mobilidade do
esperma
• Infertilidade
• Abortos
Sistema respiratório: asma, deficiências respiratórias
Sistema neurológico: neurologias degenerativas
Sistema endócrino: diabetes, leucemia, cancro)
Sistema imunitário: patogénicos, doenças infecciosas
Impactos na Saúde Pública
CONCLUSÕES:CONCLUSÕES:
 Dados recolhidos nãonão são suficientes para se concluirsão suficientes para se concluir
sobre um impacto negativo da incineração na saúdesobre um impacto negativo da incineração na saúde de
residentes na vizinhança; os efeitos, se existirem, devem ser
de tal forma subtis que escapam aos métodos de detecção
 Causa principal: impossibilidade de se ter realizado uma
avaliação de exposição fiável, por desconhecimento de:
•Composição dos RSU
•Taxas de emissão de poluentes
•Rotas de exposição (transporte atmosférico e hídrico)
•Vias de exposição dos receptores
Impactos na Saúde Pública
Impactos na Saúde Pública
CONCLUSÕES:CONCLUSÕES:
 Uma correlação positiva (mesmo que estatísticamente significativa)
entre um agente ambiental e uma doença, não constitui necessáriamente
prova de causalidade
 Para isso seria necessário a causa preceder o efeito, e a correlação ser
consistente, reprodutível, previsível, plausível e coerente
 Relação causa-efeito também prejudicada por:
•Efeitos de muitos poluentes levarem muitos anos a fazer-se sentir
(caso do câncer)
•Variabilidade da amostra: idade, sexo
•Interferência de agentes externos (“confounding factors”): tabaco,
droga, álcool, produtos farmacêuticos, ambiente de fundo
(“background”)
•Falta de dados toxicológicos para muitos poluentes ambientais
Impactos na Saúde Pública
CONCLUSÕES:CONCLUSÕES:
 Nestas condições, a ausência de prova de impacto
não pode ser tomada como prova da ausência do
mesmo
 Consequentemente é recomendável a aderência estrita
ao Princípio da Precaução e às normas de correcta
gestão integrada de RSU
1-Importância da incineração
2-Origem das emissões poluentes
3-Tecnologias de incineração
4-Impactos no ambiente
5-Impactos na saúde pública
 Perspectivas futurasPerspectivas futuras
7-Co-incineração
CONCLUSÕES
Plano da palestra:
Perspectivas futuras
COMBUSTÃO EM LEITO FLUIDIZADOCOMBUSTÃO EM LEITO FLUIDIZADO
PLASMAPLASMA
Perspectivas futuras
PLASMA; VITRIFICAÇÃOPLASMA; VITRIFICAÇÃO
PIRÓLISEPIRÓLISE
11-Importância da incineração
2-Origem das emissões poluentes
3-Tecnologias de incineração
4-Impactos no ambiente
5-Impactos na saúde pública
6-Perspectivas futuras
 Co-incineraçãoCo-incineração
CONCLUSÕES
Plano da palestra:
Co-incineração
FABRICO DO CIMENTOFABRICO DO CIMENTO
Gás:Gás:
2000ºC2000ºC
Clinquer:Clinquer:
1500ºC1500ºC
Co-incineração
Co-incineração
Co-incineração
Co-incineração
Co-incineração
Medições em grande número de instalações (> 100) não mostra correlaçãoMedições em grande número de instalações (> 100) não mostra correlação
entre emissões de dioxinas/furanos e teor em cloro dos resíduosentre emissões de dioxinas/furanos e teor em cloro dos resíduos
Co-incineração
Conclusões sobre as emissões de dioxinas e furanos em co-
incineração nas cimenteiras:
 As emissões de D/F não são correlacionáveis com o teor em
cloro dos resíduos; nuns casos há aumentos, noutros
diminuições
 Qualquer efeito do teor em cloro é devido à variabilidade da
técnica operatória (tipo de fornalha, sistema de amostragem
dos gases, condições de operação, etc)
 Não há razão para haver emissões acrescidas, desde que
evitadas as condições de formação “de novo”
1-Importância da incineração
2-Origem das emissões poluentes
3-Tecnologias de incineração
4-Impactos no ambiente
5-Impactos na saúde pública
6-A co-incineração
7-Perspectivas futuras
CONCLUSÕESCONCLUSÕES
Plano da palestra:
CONCLUSÕES
 Emissões dos incineradores contêm um conjunto de poluentes, que são
potencialmente nocivos à súde (dioxinas/furanos; metais pesados)
 Os estudos de impacto realizados (estudos epidemiológicos; estudos de
análise de risco) não permitem concluir sobre um impacto negativo
sobre o ambiente e a saúde
 É de esperar que um incinerador “estado-da-arte” não ofereça riscos
significativos
CONCLUSÕES
 Contudo em situações particulares podem ocorrer perturbações na
saúde, como p.ex. nos seguintes casos:
– Indivíduos particularmente sensíveis a determinadas substâncias
– Dispersão atmosférica desfavorável
– Má operação da tecnologia
 Estes riscos tendem a ser minorados no futuro, devido a:
Melhoramento da eficiência de queima
Legislação de emissões mais restritiva
Introdução de reciclagem a montante do incinerador (removendo
os componentes críticos mais perigosos: metais pesados,
organoclorados, etc)
CONCLUSÕES
 A nova legislação europeia favorece uma maior
disseminação da incineração (restrição de deposição em
aterros)
 A incineração continuará contudo a ser uma opção
controversa, em virtude dos possíveis impactos sócio-
económicos, psicossociais e ambientais
Planning and siting an incinerator
Scientificc TOOLS
Use quantitative scientific tools:
• GIS (Geographic Information Systems)
• Operation Research methods: Linear and
Dynamic Programming, Multicriteria decision
tools (AHP-Analytitic Hierarquic Process...)
Topic 6-Planning and siting an incinerator
Application to a ficticious case: the Geneva case
1 - Define the multi-criteria decision analysis methodology
Topic 6-Planning and siting an incinerator
Application to a ficticious case: the Geneva case
2 - Map of the region served by the plant
Topic 6-Planning and siting an incinerator
Application to a ficticious case: the Geneva case
3 - Population density
Topic 6-Planning and siting an incinerator
Application to a ficticious case: the Geneva case
4 - Yearly volume of waste produced in all of the communes
Topic 6-Planning and siting an incinerator
Application to a ficticious case: the Geneva case
5-Identify admissible zones for the plant location (industrial, more than 2ha lots,
publicly owned); they are Cheneviers, Bois de Bay, Z.I. Meyza, Velodrome, and
Les Rupiers
Topic 6-Planning and siting an incinerator
Application to a ficticious case: the Geneva case
6-Identify the main roads from each commune center to each of the admissible sites, and
calculate the optimum (shortest distance) using the Simplex Method (e.g.,Céligny)
Topic 6-Planning and siting an incinerator
Application to a ficticious case: the Geneva case
7-Calculate the ”nuisance corridor” for each optimized route (a 100 m buffer zone
for each side of the road, representing the noise buffer zone) and a 1Km
“nuisance circle” (representing the visual and noise impact around each
admissible site); for each case the number of affected people is calculated, by
superimposing with the population map
Topic 6-Planning and siting an incinerator
Application to a ficticious case: the Geneva case
8-Cumulative “nuisance “buffer zones” for transport, visual and noise impact
Topic 6-Planning and siting an incinerator
Application to a ficticious case: the Geneva case
9-Use a Gaussian atmospheric pollution dispersion model to calculate the stack
plume intersection with the ground, giving the NOx concentration profiles at the
ground, and calculate the number of people affected
Topic 6-Planning and siting an incinerator
Application to a ficticious case: the Geneva case
10-Use of the AHP method to determine which of the 5
admissible sites is less affected by the incinerator plant; Z.I.
Meysa has the highest score and is therefore the definite choice
for siting the incinerator plant.
See next slide...
...and the winner is: Z.I. ZIMEYZA

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Was ist angesagt? (8)

Apost405 2006 final
Apost405 2006 finalApost405 2006 final
Apost405 2006 final
 
Apresentação luiz di bernardo 2 - seminário cianobactérias
Apresentação   luiz di bernardo 2 - seminário cianobactériasApresentação   luiz di bernardo 2 - seminário cianobactérias
Apresentação luiz di bernardo 2 - seminário cianobactérias
 
Aula 04 - Interpretação de analises e elaboração de laudos
Aula 04 - Interpretação de analises e elaboração de laudosAula 04 - Interpretação de analises e elaboração de laudos
Aula 04 - Interpretação de analises e elaboração de laudos
 
Leis ponderais 2
Leis ponderais 2Leis ponderais 2
Leis ponderais 2
 
Al 1.2 química
Al 1.2   químicaAl 1.2   química
Al 1.2 química
 
Rios (2)
Rios (2)Rios (2)
Rios (2)
 
378
378378
378
 
A química verde e o tratamento de resíduos de cr xperiencia 10 peq
A química verde e o tratamento de resíduos de cr xperiencia 10 peqA química verde e o tratamento de resíduos de cr xperiencia 10 peq
A química verde e o tratamento de resíduos de cr xperiencia 10 peq
 

Andere mochten auch

Proposta de trabalho ficha nº2
Proposta de trabalho ficha nº2Proposta de trabalho ficha nº2
Proposta de trabalho ficha nº2turmab
 
Trabalho sobre ruralidade e urbanidade carmo e elvira
Trabalho sobre ruralidade e urbanidade carmo e elviraTrabalho sobre ruralidade e urbanidade carmo e elvira
Trabalho sobre ruralidade e urbanidade carmo e elviraCarmo Santos
 
Atmoeclula 110817113019-phpapp01
Atmoeclula 110817113019-phpapp01Atmoeclula 110817113019-phpapp01
Atmoeclula 110817113019-phpapp01Pelo Siro
 
ficha elaborada na disciplina de STC
ficha elaborada na disciplina de STCficha elaborada na disciplina de STC
ficha elaborada na disciplina de STCmariajoao500
 
S.T.C. 7 - Todos diferentes/Todos iguais
S.T.C. 7 - Todos diferentes/Todos iguaisS.T.C. 7 - Todos diferentes/Todos iguais
S.T.C. 7 - Todos diferentes/Todos iguaisI.Braz Slideshares
 
S.T.C. 7 - Processos e métodos científicos – doc. 2
S.T.C. 7 - Processos e métodos científicos – doc. 2S.T.C. 7 - Processos e métodos científicos – doc. 2
S.T.C. 7 - Processos e métodos científicos – doc. 2I.Braz Slideshares
 

Andere mochten auch (13)

1704
17041704
1704
 
1696
16961696
1696
 
1700
17001700
1700
 
1695
16951695
1695
 
Proposta de trabalho ficha nº2
Proposta de trabalho ficha nº2Proposta de trabalho ficha nº2
Proposta de trabalho ficha nº2
 
Trabalho sobre ruralidade e urbanidade carmo e elvira
Trabalho sobre ruralidade e urbanidade carmo e elviraTrabalho sobre ruralidade e urbanidade carmo e elvira
Trabalho sobre ruralidade e urbanidade carmo e elvira
 
Atmoeclula 110817113019-phpapp01
Atmoeclula 110817113019-phpapp01Atmoeclula 110817113019-phpapp01
Atmoeclula 110817113019-phpapp01
 
Ng7 2
Ng7   2Ng7   2
Ng7 2
 
STC7
STC7STC7
STC7
 
ficha elaborada na disciplina de STC
ficha elaborada na disciplina de STCficha elaborada na disciplina de STC
ficha elaborada na disciplina de STC
 
Ng7 Dr2
Ng7 Dr2Ng7 Dr2
Ng7 Dr2
 
S.T.C. 7 - Todos diferentes/Todos iguais
S.T.C. 7 - Todos diferentes/Todos iguaisS.T.C. 7 - Todos diferentes/Todos iguais
S.T.C. 7 - Todos diferentes/Todos iguais
 
S.T.C. 7 - Processos e métodos científicos – doc. 2
S.T.C. 7 - Processos e métodos científicos – doc. 2S.T.C. 7 - Processos e métodos científicos – doc. 2
S.T.C. 7 - Processos e métodos científicos – doc. 2
 

Ähnlich wie 1703

Atmosfera.smog fotoquímico e chuva ácida.aula.nº3
Atmosfera.smog fotoquímico e chuva ácida.aula.nº3Atmosfera.smog fotoquímico e chuva ácida.aula.nº3
Atmosfera.smog fotoquímico e chuva ácida.aula.nº3Hamilton Hermes de Oliveira
 
Poluição do Ar - Frei João
Poluição do Ar - Frei JoãoPoluição do Ar - Frei João
Poluição do Ar - Frei Joãomalex86
 
Incineracao
IncineracaoIncineracao
Incineracaozetec10
 
Os catalisadores automotivos
Os catalisadores automotivosOs catalisadores automotivos
Os catalisadores automotivosPaulo Correia
 
Aula química geral experimental 1_parte 2
Aula química geral experimental 1_parte 2Aula química geral experimental 1_parte 2
Aula química geral experimental 1_parte 2ProfessorHelioQueiroz
 
Visão Ambiental sobre sistemas a gás natural
Visão Ambiental sobre sistemas a gás naturalVisão Ambiental sobre sistemas a gás natural
Visão Ambiental sobre sistemas a gás naturalSulgás
 
Processos Produtivos I UD II
Processos Produtivos I   UD IIProcessos Produtivos I   UD II
Processos Produtivos I UD IIPaulo Santos
 
Resumo Químcia Geral
Resumo Químcia GeralResumo Químcia Geral
Resumo Químcia GeralTaysSeidel2
 
Aula 5 caracterização dos esgotos
Aula 5   caracterização dos esgotosAula 5   caracterização dos esgotos
Aula 5 caracterização dos esgotosBruna Sampaio
 
Desastres ambientais
Desastres ambientaisDesastres ambientais
Desastres ambientaisPré Absoluto
 
Tratamento de efluentes industriais
Tratamento de efluentes industriaisTratamento de efluentes industriais
Tratamento de efluentes industriaisEdir Leite Freire
 
Aula-6-Química-da-Atmosfera-Parte-2-1-2o-sem-2019-Final.pdf
Aula-6-Química-da-Atmosfera-Parte-2-1-2o-sem-2019-Final.pdfAula-6-Química-da-Atmosfera-Parte-2-1-2o-sem-2019-Final.pdf
Aula-6-Química-da-Atmosfera-Parte-2-1-2o-sem-2019-Final.pdfDiegoMontes72
 
Poluentes atmosféricos
Poluentes atmosféricosPoluentes atmosféricos
Poluentes atmosféricosEldimar Paes
 

Ähnlich wie 1703 (20)

Desequilibrios ambientais
Desequilibrios ambientaisDesequilibrios ambientais
Desequilibrios ambientais
 
Atmosfera.smog fotoquímico e chuva ácida.aula.nº3
Atmosfera.smog fotoquímico e chuva ácida.aula.nº3Atmosfera.smog fotoquímico e chuva ácida.aula.nº3
Atmosfera.smog fotoquímico e chuva ácida.aula.nº3
 
Poluição do Ar - Frei João
Poluição do Ar - Frei JoãoPoluição do Ar - Frei João
Poluição do Ar - Frei João
 
Incineracao
IncineracaoIncineracao
Incineracao
 
Os catalisadores automotivos
Os catalisadores automotivosOs catalisadores automotivos
Os catalisadores automotivos
 
Poluiçao do ar
Poluiçao do arPoluiçao do ar
Poluiçao do ar
 
Aula química geral experimental 1_parte 2
Aula química geral experimental 1_parte 2Aula química geral experimental 1_parte 2
Aula química geral experimental 1_parte 2
 
Visão Ambiental sobre sistemas a gás natural
Visão Ambiental sobre sistemas a gás naturalVisão Ambiental sobre sistemas a gás natural
Visão Ambiental sobre sistemas a gás natural
 
Processos Produtivos I UD II
Processos Produtivos I   UD IIProcessos Produtivos I   UD II
Processos Produtivos I UD II
 
Resumo Químcia Geral
Resumo Químcia GeralResumo Químcia Geral
Resumo Químcia Geral
 
175 cap16
175 cap16175 cap16
175 cap16
 
Aula 5 caracterização dos esgotos
Aula 5   caracterização dos esgotosAula 5   caracterização dos esgotos
Aula 5 caracterização dos esgotos
 
Desastres ambientais
Desastres ambientaisDesastres ambientais
Desastres ambientais
 
Aula quimica atmosferica
Aula quimica atmosfericaAula quimica atmosferica
Aula quimica atmosferica
 
Rohs2 a
Rohs2 aRohs2 a
Rohs2 a
 
Tratamento de efluentes industriais
Tratamento de efluentes industriaisTratamento de efluentes industriais
Tratamento de efluentes industriais
 
Aula-6-Química-da-Atmosfera-Parte-2-1-2o-sem-2019-Final.pdf
Aula-6-Química-da-Atmosfera-Parte-2-1-2o-sem-2019-Final.pdfAula-6-Química-da-Atmosfera-Parte-2-1-2o-sem-2019-Final.pdf
Aula-6-Química-da-Atmosfera-Parte-2-1-2o-sem-2019-Final.pdf
 
Poluentes atmosféricos
Poluentes atmosféricosPoluentes atmosféricos
Poluentes atmosféricos
 
Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09
Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09
Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09
 
5a Serie PoluiçãO Ar
5a Serie   PoluiçãO Ar5a Serie   PoluiçãO Ar
5a Serie PoluiçãO Ar
 

Mehr von Pelo Siro

Mehr von Pelo Siro (20)

1195593414 substancias quimicas
1195593414 substancias quimicas1195593414 substancias quimicas
1195593414 substancias quimicas
 
11955889 121.derrames 1
11955889 121.derrames 111955889 121.derrames 1
11955889 121.derrames 1
 
1196259117 primeiros socorros
1196259117 primeiros socorros1196259117 primeiros socorros
1196259117 primeiros socorros
 
1199995673 riscos profissionais
1199995673 riscos profissionais1199995673 riscos profissionais
1199995673 riscos profissionais
 
119625756 motsser2
119625756 motsser2119625756 motsser2
119625756 motsser2
 
119999888 revisoes
119999888 revisoes119999888 revisoes
119999888 revisoes
 
119558341 123.avaliacao de_riscos
119558341 123.avaliacao de_riscos119558341 123.avaliacao de_riscos
119558341 123.avaliacao de_riscos
 
2146
21462146
2146
 
2079
20792079
2079
 
2080
20802080
2080
 
2064
20642064
2064
 
2061
20612061
2061
 
2060
20602060
2060
 
2032
20322032
2032
 
2031
20312031
2031
 
2019
20192019
2019
 
2018
20182018
2018
 
2017
20172017
2017
 
2015
20152015
2015
 
2014
20142014
2014
 

1703

  • 1. Departamento de Engenharia Química Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade de Coimbra F. J. Antunes PereiraF. J. Antunes Pereira Professor Catedrático Universidade de Aveiro, Aveiro, Portugal antunes@dao.ua.pt 20 Novembro 200220 Novembro 2002
  • 2. Plano da palestra: 1-Importância da incineração1-Importância da incineração 2-Origem das emissões poluentes2-Origem das emissões poluentes 3-Tecnologias de incineração3-Tecnologias de incineração 4-Impactos no ambiente4-Impactos no ambiente 5-Impactos na saúde pública5-Impactos na saúde pública 6-Perspectivas futuras6-Perspectivas futuras 7-Co-incineração7-Co-incineração CONCLUSÕES
  • 3. Importância da incineraçãoImportância da incineração 2-Origem das emissões poluentes 3-Tecnologias de incineração 4-Impactos no ambiente 5-Impactos na saúde pública 6-Perspectivas futuras 7-Co-incineração CONCLUSÕES Plano da palestra:
  • 4. O que distingue a Incineração dos outros processos?...  Reduz a massa (em 70%) e o volume (em 90%) dos resíduos, a cinzas e escórias  Estabiliza os resíduos: toxicidade, patogenicidade  Desvia os resíduos dos aterros  Recupera (produz) energia: calor + electricidade
  • 5. Por que é actualmente tão importante a incineração?  A nova Directiva Comunitária de aterros sanitários (1999/31/CE) impõe uma redução em 75% na matéria orgânica para aterro, até 2015  A regra dos RRR (reduzir, reutilizar, reciclar) não está a ser implementada  A necessidade dos governos europeus implementarem o 6º PACA (Programa Comunitário de Acção para o Ambiente): “descorrelacionar a utilização de recursos naturais com o desenvolvimento económico, através duma melhor gestão desses recursos”
  • 6. Qual a composição típica dos RSU nacionais ?  30% são inorgânicos: podem ser reciclados  70% são orgânicos: podem ser incinerados ou fermentados  São portanto possíveis muitas combinações de tratamentos
  • 7. Quais são então as opções de gestão na UE ?  Aterro(60%)  Incineração(20%)
  • 8. 1-Importância da incineração  Origem das emissões poluentesOrigem das emissões poluentes 3-Tecnologias de incineração 4-Impactos no ambiente 5-Impactos na saúde pública 6-Perspectivas futuras 7-Co-incineração CONCLUSÕES Plano da palestra:
  • 9. Mas... ...antes de continuar, recordemos que a incineração produz dois grandes tipos de emissões tóxicas:  Gases de combustão  Resíduos sólidos (cinzas) ...que portanto têm de ser tratados antes de largados no ambiente...
  • 10. Origem das emissões Componentes precursores dos contaminates produzidos:Componentes precursores dos contaminates produzidos:  Não esquecer a matéria orgânica !!!…Não esquecer a matéria orgânica !!!…
  • 11. Origem das emissões Ilustração da degradaçãoIlustração da degradação térmica da matéria orgânicatérmica da matéria orgânica complexa:complexa: Formação dosFormação dos PCIsPCIs (produtos de combustão(produtos de combustão jncompleta)jncompleta) Sequência de processos durante a combustão: SecagemSecagem  PirólisePirólise  CombustãoCombustão
  • 13. Sequência de processos durante a combustão:Sequência de processos durante a combustão:
  • 14. Origem das emissões Na fase sólidaNa fase sólida (cinzas) Na fase vaporesNa fase vapores Na fase de gasesNa fase de gases 1-Compostos metálicos (Pb, Cd, Ni, Cr, As…) 1-Metais (Hg, Se) 2-Compostos metálicos (Hg,Se, Cd, Pb, Zn, Ni, Cr, As, Tl, Sb…) 3-COVs: *PCDD/Fs *HPAs *PCBs, PCTs… 1-Gases ácidos: *HCl, HF, HBr *SOx (SO2 + SO3) *NOx (NO + NO2) 2-Gases de estufa: *CO2 *N2O *CH4 HPA = Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos PCDD/F = Dioxinas e furanos (policlorodibenzodioxinas; poiclorodibenzofuranos) PCB = Policlorobifenil
  • 16. Origem das emissões  A toxicidade é maior para as posições 2,3,7,8 (A toxicidade é maior para as posições 2,3,7,8 (TCCsTCCs ee TCDFsTCDFs))  Apenas 17 congéneres são tóxicos (8Apenas 17 congéneres são tóxicos (8 PCCDDsPCCDDs ; 9; 9 PCDFsPCDFs)) PCDD Policloro dibenzo dioxina PCDF Policloro dibenzo furano| | | | | |
  • 19. Origem das emissões Mecanismo “de novo”:Mecanismo “de novo”:  Temperaturas: 200-400 ºC (velocidade máx. a 350ºC)  Espécies envolvidas (nos poros das cinzas):  Matéria orgânica  Oxigénio  Cloro (Cl deNaCl; ou Cl2 de HCl/Deacon)  Emissões independentes de conc. de Cl na alimentação
  • 20. Origem das emissões Controlo das emissões de dioxinas/furanos:Controlo das emissões de dioxinas/furanos:  Têmpera rápida dos gases (na zona 400 200ºC)  Combustão completa (>750ºC); evitar matéria orgânica na zona de pós-combustão Tempo de residência dos gases a mais de 850ºC maior que 2 segundos
  • 21.
  • 23. 1-Importância da incineração 2-Origem das emissões poluentes  Tecnologias de incineraçãoTecnologias de incineração 4-Impactos no ambiente 5-Impactos na saúde pública 6-Perspectivas futuras 7-Co-incineração CONCLUSÕES Plano da palestra:
  • 25.
  • 28. Tecnologias de incineração Circuito do vaporCircuito do vapor
  • 29. EQUIPAMENTO EXEMPLO POLUENTES TRATADOS DESPOEIRADORES Filtros (de sacos) Ciclones PPE (Precip. Electrost.) Poeiras E indirectamente todos os adsorvidos: -Metais pesados -Orgânicos voláteis LAVADORES Adsorventes alcalinos [CaO; Ca(OH)2;etc] Carvão activado Gases ácidos: [HCl, HF, HBr, SO2] Metais (Hg) Orgnicos voláteis (COVs): -Dioxinas/Furanos -PCBs, PCTs -HPAs REDUÇÃO QUÍMICA SCR (Selective Catalytic Reduction) SNCR (Selective Non Catalytic Reduction) NOx (NO + NO2) Dioxinas/Furanos INERTIZAÇÃO Solidificação (cimento; polímeros) Vitrificação (plasma) Cinzas (volantes) RTG (Resíduos do Tratamento de Gases) ControloControlo dede PoluiçãoPoluição AtmosféricaAtmosférica
  • 32. Tecnologias de incineração FILTRO DE SACOSFILTRO DE SACOS
  • 33. Tecnologias de incineração Desnitrificação catalítica (SCR – Selective Catalytic Reduction)Desnitrificação catalítica (SCR – Selective Catalytic Reduction)
  • 35. Tecnologias de incineração Inertização dasInertização das cinzascinzas (vitrificação)(vitrificação)
  • 36. Tecnologias de incineração Inertização dasInertização das cinzascinzas (solidificação)(solidificação)
  • 37. Tecnologias de incineração Aproveitamento energético:Aproveitamento energético: ciclo combinado (electricidade + calor)ciclo combinado (electricidade + calor)
  • 38. Tecnologias de incineração O que se pode fazer só com o calor !…O que se pode fazer só com o calor !…
  • 39. Tecnologias de incineração  A MONTANTE:A MONTANTE: Remoção selectiva dos componentes potencialmente tóxicos !...  DENTRO DA FORNALHA:DENTRO DA FORNALHA: Aumentar eficiência da combustão: controlo e monitorização do processo  A JUZANTE:A JUZANTE: Usar “end-of-pipe technology.” Controlo da poluição:
  • 40. Tecnologias de incineração  Incineração de resíduos é regulamentada pela Directiva Europeia 2000/76/EC  Crítica: regulamentação baseada na “melhor tecnologia” existente, e não só em dados de saúde humana  Exemplo de limites de emissão: ver slide seguinte... A legislação: como está protegida a saúde pública…A legislação: como está protegida a saúde pública…
  • 41. Tecnologias de incineração Limites das emissões gasosas:Limites das emissões gasosas: Poluente Média 24 h Média 30 min (100%) Média 30 min (97%) Média 6-8 h Frequência de amostragem Partículas totais (mg.m-3 ) 10 30 10 Contínuo TOC (mg.m-3 ) 10 20 10 Contínuo HCl (mg.m-3 ) 10 60 10 Contínuo HF (mg.m-3 ) 1 4 2 Contínuo SO2 (mg.m-3 ) 50 200 50 Contínuo NOx (mg.m-3 ) 200 400 200 Contínuo Cd + Tl (mg.m-3 ) 0.05 0.1 2 vezes por ano Hg (mg.m-3 ) 0.05 0.1 2 vezes por ano Sb + As + Pb + Cr + Co + Cu + Mn + Ni + V (mg.m-3 ) 0.5 1 2 vezes por ano Dioxinas e furanos (ng.m-3 ) 0.1 2 vezes por ano CO (mg.m-3 ) 50 100 150 Contínuo Temp. (°C) 850 Contínuo
  • 42. Tecnologias de incineração Limites de emissão nos efluentes líquidos:Limites de emissão nos efluentes líquidos: Poluente Valor limite expresso em concentração mássica para amostras não-filtradas Sólidos suspensos totais (mg.l-1 ) 30 (95%) 45 (100%) Hg (mg.l-1 ) 0,03 Cd (mg.l-1 ) 0,05 Tl (mg.l-1 ) 0,05 As (mg.l-1 ) 0,15 Pb (mg.l-1 ) 0,2 Cr (mg.l-1 ) 0,5 Cu (mg.l-1 ) 0,5 Ni (mg.l-1 ) 0,5 Zn (mg.l-1 ) 1,5 Dioxinas e Furanos 0,3
  • 43. 1-Importância da incineração 2-Origem das emissões poluentes 3-Tecnologias de incineração  Impactos no ambienteImpactos no ambiente 5-Impactos na saúde pública 6-Perspectivas futuras 7-Co-incineração CONCLUSÕES Plano da palestra:
  • 44. Impactos no ambiente Categorias de impacto:Categorias de impacto:
  • 45. Impactos no ambiente Categorias de impacto:Categorias de impacto:
  • 46. Impactos no ambiente  Ruido (operação da instalação; tráfico rodoviário)  Estética  Desvalorização da propriedade  Aquecimento global (CO2, N2O, CH4...)  Acidificação (HCl, HF, NOx...)  Smog (NOx + hidrocarbonetos)
  • 47. 1-Importância da incineração 2-Origem das emissões poluentes 3-Tecnologias de incineração 4-Impactos no ambiente  Impactos na saúde públicaImpactos na saúde pública 6-Perspectivas futuras 7-Co-incineração CONCLUSÕES Plano da palestra:
  • 48. Impactos na Saúde Pública Como os poluentes emitidos se dispersam no ambiente:Como os poluentes emitidos se dispersam no ambiente:
  • 49. Impactos na Saúde Pública  Respiratórios e cardíacos (via inalação): poeiras gases ácidos metais (compostos)  Câncer (via ingestão):  metais (Cr, Cd, As)  dioxinas, furanos, PCBs, HPAs  Neurofisiológicos (vias inalação e ingestão):  metais (Pb, Hg)  Sistema reprodutor (via ingestão):  dioxinas e furanos
  • 50. Impactos na Saúde Pública  Conhecem-se as emissões e os seus efeitos possíveis: mas será que as concentrações efectivamente verificadas na prática são suficientes par causar alterações na saúde? A resposta está, entre outros, nos estudos epidemiológicos.  Estudo epidemiológico: realização de testes de hipóteses para verificação de correlação entre factores ambientais e alterações na saúde.  Exemplo. Prevalência (ou incidência) de cancro por exposição adulta a 2,3,7,8- PCDD/Fs de poluição atmosférica a juzante da pluma dum incinerador de RSU (via inalação). Estudos Epidemiológicos
  • 51. Impactos na Saúde Pública Tipos de efeitos na saúde pesquisados:Tipos de efeitos na saúde pesquisados: Crianças Adultos Sistema reprodutor (xenobióticos) • Nados-mortos • Defict de peso corporal • Prematuros • Anomalias congénitas • Anomalias cromossomáticas • Anomalias da quantidade e mobilidade do esperma • Infertilidade • Abortos Sistema respiratório: asma, deficiências respiratórias Sistema neurológico: neurologias degenerativas Sistema endócrino: diabetes, leucemia, cancro) Sistema imunitário: patogénicos, doenças infecciosas
  • 52. Impactos na Saúde Pública CONCLUSÕES:CONCLUSÕES:  Dados recolhidos nãonão são suficientes para se concluirsão suficientes para se concluir sobre um impacto negativo da incineração na saúdesobre um impacto negativo da incineração na saúde de residentes na vizinhança; os efeitos, se existirem, devem ser de tal forma subtis que escapam aos métodos de detecção  Causa principal: impossibilidade de se ter realizado uma avaliação de exposição fiável, por desconhecimento de: •Composição dos RSU •Taxas de emissão de poluentes •Rotas de exposição (transporte atmosférico e hídrico) •Vias de exposição dos receptores
  • 53. Impactos na Saúde Pública
  • 54. Impactos na Saúde Pública CONCLUSÕES:CONCLUSÕES:  Uma correlação positiva (mesmo que estatísticamente significativa) entre um agente ambiental e uma doença, não constitui necessáriamente prova de causalidade  Para isso seria necessário a causa preceder o efeito, e a correlação ser consistente, reprodutível, previsível, plausível e coerente  Relação causa-efeito também prejudicada por: •Efeitos de muitos poluentes levarem muitos anos a fazer-se sentir (caso do câncer) •Variabilidade da amostra: idade, sexo •Interferência de agentes externos (“confounding factors”): tabaco, droga, álcool, produtos farmacêuticos, ambiente de fundo (“background”) •Falta de dados toxicológicos para muitos poluentes ambientais
  • 55. Impactos na Saúde Pública CONCLUSÕES:CONCLUSÕES:  Nestas condições, a ausência de prova de impacto não pode ser tomada como prova da ausência do mesmo  Consequentemente é recomendável a aderência estrita ao Princípio da Precaução e às normas de correcta gestão integrada de RSU
  • 56. 1-Importância da incineração 2-Origem das emissões poluentes 3-Tecnologias de incineração 4-Impactos no ambiente 5-Impactos na saúde pública  Perspectivas futurasPerspectivas futuras 7-Co-incineração CONCLUSÕES Plano da palestra:
  • 57. Perspectivas futuras COMBUSTÃO EM LEITO FLUIDIZADOCOMBUSTÃO EM LEITO FLUIDIZADO
  • 60.
  • 62. 11-Importância da incineração 2-Origem das emissões poluentes 3-Tecnologias de incineração 4-Impactos no ambiente 5-Impactos na saúde pública 6-Perspectivas futuras  Co-incineraçãoCo-incineração CONCLUSÕES Plano da palestra:
  • 63. Co-incineração FABRICO DO CIMENTOFABRICO DO CIMENTO Gás:Gás: 2000ºC2000ºC Clinquer:Clinquer: 1500ºC1500ºC
  • 68. Co-incineração Medições em grande número de instalações (> 100) não mostra correlaçãoMedições em grande número de instalações (> 100) não mostra correlação entre emissões de dioxinas/furanos e teor em cloro dos resíduosentre emissões de dioxinas/furanos e teor em cloro dos resíduos
  • 69. Co-incineração Conclusões sobre as emissões de dioxinas e furanos em co- incineração nas cimenteiras:  As emissões de D/F não são correlacionáveis com o teor em cloro dos resíduos; nuns casos há aumentos, noutros diminuições  Qualquer efeito do teor em cloro é devido à variabilidade da técnica operatória (tipo de fornalha, sistema de amostragem dos gases, condições de operação, etc)  Não há razão para haver emissões acrescidas, desde que evitadas as condições de formação “de novo”
  • 70. 1-Importância da incineração 2-Origem das emissões poluentes 3-Tecnologias de incineração 4-Impactos no ambiente 5-Impactos na saúde pública 6-A co-incineração 7-Perspectivas futuras CONCLUSÕESCONCLUSÕES Plano da palestra:
  • 71. CONCLUSÕES  Emissões dos incineradores contêm um conjunto de poluentes, que são potencialmente nocivos à súde (dioxinas/furanos; metais pesados)  Os estudos de impacto realizados (estudos epidemiológicos; estudos de análise de risco) não permitem concluir sobre um impacto negativo sobre o ambiente e a saúde  É de esperar que um incinerador “estado-da-arte” não ofereça riscos significativos
  • 72. CONCLUSÕES  Contudo em situações particulares podem ocorrer perturbações na saúde, como p.ex. nos seguintes casos: – Indivíduos particularmente sensíveis a determinadas substâncias – Dispersão atmosférica desfavorável – Má operação da tecnologia  Estes riscos tendem a ser minorados no futuro, devido a: Melhoramento da eficiência de queima Legislação de emissões mais restritiva Introdução de reciclagem a montante do incinerador (removendo os componentes críticos mais perigosos: metais pesados, organoclorados, etc)
  • 73. CONCLUSÕES  A nova legislação europeia favorece uma maior disseminação da incineração (restrição de deposição em aterros)  A incineração continuará contudo a ser uma opção controversa, em virtude dos possíveis impactos sócio- económicos, psicossociais e ambientais
  • 74.
  • 75. Planning and siting an incinerator Scientificc TOOLS Use quantitative scientific tools: • GIS (Geographic Information Systems) • Operation Research methods: Linear and Dynamic Programming, Multicriteria decision tools (AHP-Analytitic Hierarquic Process...)
  • 76. Topic 6-Planning and siting an incinerator Application to a ficticious case: the Geneva case 1 - Define the multi-criteria decision analysis methodology
  • 77. Topic 6-Planning and siting an incinerator Application to a ficticious case: the Geneva case 2 - Map of the region served by the plant
  • 78. Topic 6-Planning and siting an incinerator Application to a ficticious case: the Geneva case 3 - Population density
  • 79. Topic 6-Planning and siting an incinerator Application to a ficticious case: the Geneva case 4 - Yearly volume of waste produced in all of the communes
  • 80. Topic 6-Planning and siting an incinerator Application to a ficticious case: the Geneva case 5-Identify admissible zones for the plant location (industrial, more than 2ha lots, publicly owned); they are Cheneviers, Bois de Bay, Z.I. Meyza, Velodrome, and Les Rupiers
  • 81. Topic 6-Planning and siting an incinerator Application to a ficticious case: the Geneva case 6-Identify the main roads from each commune center to each of the admissible sites, and calculate the optimum (shortest distance) using the Simplex Method (e.g.,Céligny)
  • 82. Topic 6-Planning and siting an incinerator Application to a ficticious case: the Geneva case 7-Calculate the ”nuisance corridor” for each optimized route (a 100 m buffer zone for each side of the road, representing the noise buffer zone) and a 1Km “nuisance circle” (representing the visual and noise impact around each admissible site); for each case the number of affected people is calculated, by superimposing with the population map
  • 83. Topic 6-Planning and siting an incinerator Application to a ficticious case: the Geneva case 8-Cumulative “nuisance “buffer zones” for transport, visual and noise impact
  • 84. Topic 6-Planning and siting an incinerator Application to a ficticious case: the Geneva case 9-Use a Gaussian atmospheric pollution dispersion model to calculate the stack plume intersection with the ground, giving the NOx concentration profiles at the ground, and calculate the number of people affected
  • 85. Topic 6-Planning and siting an incinerator Application to a ficticious case: the Geneva case 10-Use of the AHP method to determine which of the 5 admissible sites is less affected by the incinerator plant; Z.I. Meysa has the highest score and is therefore the definite choice for siting the incinerator plant. See next slide...
  • 86. ...and the winner is: Z.I. ZIMEYZA

Hinweis der Redaktion

  1. dsuyhrsk