2. 1. Noção de acidente de trabalho, perigo e risco.
2. Actuação do membro dinamizador de risco no SU.
3. Números no SU
4. Actuação em caso de acidente
Nuno Loureiro 2009
3. Acidente de trabalho – O que diz a lei?
Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho …
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte,
a perda ou redução da capacidade para o trabalho, permanente ou
temporária...”
Considera-se também acidente de trabalho :
No trajecto de ida e de regresso entre o local de residência e o local de
trabalho;
No local de trabalho, quando em frequência de curso de formação
profissional ou, fora, quando exista autorização da entidade empregadora
Nuno Loureiro 2009
4. Nuno Loureiro 2009
Acidente de trabalho – O que diz a lei?
Descaracterização do acidente de trabalho
Incumprimento de norma legal ou estabelecida pela entidade empregadora
Negligência grosseira
Uso inadequado dos materiais
Acto fora da experiência profissional, usos e costumes da profissão
5. Nuno Loureiro 2009
Doenças Profissionais
Doença profissional é aquela que resulta directamente das condições de
trabalho, consta da Lista de Doenças Profissionais (Decreto Regulamentar
n.º 76/2007, de 17 de Julho) e causa incapacidade para o exercício da
profissão ou morte.
A Lei também considera que a lesão corporal, a perturbação funcional ou a
doença não incluídas na lista serão indemnizáveis, desde que se provem
serem consequência, necessária e directa, da actividade exercida e não
representem normal desgaste do organismo (Código do Trabalho, n.º 2 do
art. 310).
6. Perigo - A noção de perigo é a propriedade de um componente
potencialmente causadora de danos
Agulhas – picada
Lamina de Bisturi – cortes
Risco - é a probabilidade do potencial danificador, é a probabilidade de
ocorrência de um dano ligada também à gravidade desse dano.
Actuação – Diminuir o Perigo e o Risco
Nuno Loureiro 2009
7. Nuno Loureiro 2009
É feita por quatro processos:
1- Limitar / Eliminar o risco
2- Envolver o risco
3- Afastar o homem
4- Proteger o homem
PROTECÇÃO FUNDAMENTAL
8. 1.Riscos Biológicos
2.Riscos de natureza física
3.Riscos de natureza química
4.Risco de natureza ergonómica
5. Riscos de natureza psicossocial
Nuno Loureiro 2009
9. Riscos Biológicos
Os riscos biológicos aos quais estão expostos os profissionais de saúde e
em particular os de enfermagem são as infecções causadas por
microrganismos :
•tuberculose pulmonar
•citomegalovirus
•vírus da imunodeficiência humana – VIH
•hepatites virais
•meningites
•constipações, gripes, e pneumonias
Nuno Loureiro 2009
10. Riscos de natureza física
Os riscos de natureza física no ambiente hospitalar estão
representados pelas radiações ionizantes (raios X, raios gama, beta),
não ionizantes (ultravioleta, infravermelho, microondas e raio laser),
ruídos, vibrações, pressões anormais, temperaturas, electricidade e
iluminação.
Nuno Loureiro 2009
11. Riscos de natureza química
Os riscos químicos estão relacionados com a manipulação de um leque
variado de substâncias químicas, bem como com a preparação e
administração de medicamentos, os quais podem provocar desde simples
alergias até neoplasias.
Alguns dos factores de risco químico referenciados a nível internacional
devem-se: à manipulação de drogas citostáticas, exposição a gases
anestésicos, exposição a vapores e gases esterilizantes, agentes químicos
em geral, manipulação de antibióticos.
Nuno Loureiro 2009
12. Risco de natureza ergonómica
Os riscos de natureza ergonómica no trabalho de enfermagem estão
associados à movimentação e ao transporte de pacientes, ao
manuseamento de equipamentos e materiais, às posturas prolongadas e
inadequadas nos diferentes postos de trabalho.
Tudo isso contribui para aumentar de forma exponencial a ocorrência de
lesões que afectam os ossos, os músculos e os tendões, devido à sobrecarga
ou má utilização dessas estruturas do nosso organismo.
Nuno Loureiro 2009
13. Riscos de natureza psicossocial
Este tipo de riscos provém sobretudo dos tipos de stress a que o
profissional de enfermagem está sujeito, nomeadamente a sobrecarga de
trabalho associado à pressão no tempo, o contacto constante com o
sofrimento, a morte, e o trabalho por turnos.
Face ao stress o indivíduo pode mostrar inicialmente um aumento
da produtividade, no entanto a partir de determinado nível ou tempo de
duração o stress passará a prejudicá-lo, reduzindo sua produtividade e
aumentando o número de erros.
Nuno Loureiro 2009
14. Diminuição do Risco no SU – Algumas medidas
Cateteres anti-picada
Macas com ajuste em altura, suportes fixos, pegas de condução
Nuno Loureiro 2009
15. Diminuição do Risco no SU – Algumas medidas
Ajuste da Iluminação na sala de trabalho junto à sala aberta
Marquesas reguláveis em altura
Vigilância de estado e adequação de contentores de perfuro-cortantes
Vigilância e avaliação de risco dos postos de trabalho
Nuno Loureiro 2009
16. Nuno Loureiro 2009
Diminuição do Risco – Uso de EPI em enfermeiros
Olhos – Óculos de protecção em situação de trauma
Vias Respiratórias – Máscaras de protecção
Mãos – Luvas , preferir sempre látex ao vinil
Corpo e pés – Farda adequada e calçado fechado
Aventais em situação de risco acrescido
17. Nuno Loureiro 2009
CAUSAS
Humanas Materiais
• Má preparação profissional
• Não cumprimento das
instruções
• Imprevidência
• Fadiga
ferramentas defeituosas
falta de protecção das
máquinas
más condições de trabalho e
falta de condições de higiene
75 % | 25 %
18. Nuno Loureiro 2009
Acidentes por local de lesão
Cabeça – 6.6%
Tronco –12.9%
Pés – 11.7 %
Olhos-12.7 %
Pernas – 11.1%
Mãos -27.6%
Braços – 9.2%
19. Luvas Latex Vs Luvas Vinil
Tipo de Teste Latex
Taxa de Falhas
Vinil
Taxa de Falhas
Esforço contínuo em
UCI
4.1% 53 %
Dois Pares de luvas 3.8% 19.7%
Nuno Loureiro 2009
20. Acidentes de trabalho nos enfermeiros
• Primeiros estudos na década de 70 – Brasil - 1971 ocorreram 4468
acidentes de trabalho nos hospitais Brasileiros
As principais causas foram:
1.cortes por fragmentos de vidro proveniente das ampolas e dos
instrumentos cirúrgicos
2. queimaduras provocadas pelos autoclaves e estufas
3. fracturas devido a quedas e colisões
Nuno Loureiro 2009
21. Acidentes de trabalho nos enfermeiros
Portugal – 2 estudos do extinto Departamento de Recursos Humanos da
Saúde
• 1º Estudo – 1989 – Incide sobre as diferentes classes de profissionais de
saúde
→ 926 acidentes, nas Instituições dependentes do Ministério da Saúde
→ Os agentes “mecânicos” corresponderam 44% do total dos acidentes.
Aqui incluem-se as picadas de agulha, cortes por bisturis, instrumentos
cirúrgicos e outras lesões provocadas por máquinas ou instrumentos.
Seguindo-se a categoria dos acidentes associados às “quedas/esforços” que
corresponderam a 40% do total dos acidentes
Nuno Loureiro 2009
22. Acidentes de trabalho nos enfermeiros
Portugal – 2 estudos do extinto Departamento de Recursos Humanos da
Saúde
• 2º Estudo – 1991 – Incide sobre as diferentes classes de profissionais
de saúde
→1.188 acidentes
→ Os agentes “mecânicos” corresponderam 44,8% do total dos acidentes.
Aqui incluem-se as picadas de agulha, cortes por bisturis, instrumentos
cirúrgicos e outras lesões provocadas por máquinas ou instrumentos.
Seguindo-se a categoria dos acidentes às “quedas/esforços” que
corresponderam a 41% do total dos acidentes
Nuno Loureiro 2009
23. Acidentes de trabalho nos enfermeiros
Estudos Internacionais
• USA – 1991 – Estudo que englobou 230 hospitais e incidiu particularmente
sobre a enfermagem, constatou que 53% dos acidentes de trabalho que
afectaram os profissionais de enfermagem eram devidos a picadas por
agulha
•OMS, 2001 - Até 1999 registaram-se cerca de 55 casos confirmados de HIV
devido a exposição ocupacional entre trabalhadores da saúde, com material
perfurante e cortante (agulhas ou material cirúrgico) contaminado,
manipulação, acondicionamento, ou administração de sangue e seus
derivados e pelo contacto com material proveniente de pacientes infectados.
Nuno Loureiro 2009
24. Acidentes - Números no SU
Período entre 2004 – Março de 2009
Total – 48 Participações
• 20 - Lesão Músculo-esquelética
• 14 - Picada
• 10 – Agressão
• 4 - Contacto com produtos biológicos
Nuno Loureiro 2009
26. Picadas
Total – 14Participações
• 3 - Mandril de CVP – último em 2006
• 3 - Lancetas ou agulha em pesquisa de glicémia
• 3 – Agulhas em contentor
• 2 - Agulhas simples
• 2 – Buterfly
• 1 – Agulha em Kit de sutura
Nuno Loureiro 2009
27. Incidentes - Números no SU
Período entre 2004 – Março de 2009
Total – 13 Participações
• 3 – Abandono de doente
• 3 - Roubos
• 1 – Danos
• 6 - Outros
Nuno Loureiro 2009
28. Nuno Loureiro 2009
Participação do Acidente
• Comunicação nas 48 horas seguintes ao acidente, sob a forma escrita ou
verbal, à entidade empregadora.
• Se o estado do sinistrado não permitir o cumprimento do disposto
anteriormente, o prazo contar-se-á a partir da cessação do impedimento
• Se a lesão se revelar ou for reconhecida em data posterior ao acidente, o
prazo conta-se a partir da data da revelação ou reconhecimento
• A entidade empregadora deve, logo que tenha conhecimento,
assegurar os imediatos e indispensáveis médicos e farmacêuticos ao
sinistrado.