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AsAs desigualdadesdesigualdades nosnos
níveis deníveis de
DesenvolvimentoDesenvolvimento
I-2
 O mundo em que vivemos é feito de
contrastes e está em permanente mudança.
 Temos países muito ricos, com vastos
recursos naturais e/ou humanos e em que a
população tem uma boa qualidade de vida.
Contrastes de
Desenvolvimento
 Temos países muito pobres em que a
maior parte da população não tem, por
exemplo, acesso a água potável e a
cuidados de saúde.
I-3
CONTRASTES NO:
- CRESCIMENTO;
-
DESENVOLVIMENTO
E NA:
- QUALIDADE DE
VIDA
I-4
RIQUEZA MAL
REPARTIDA
 A nível económico subsistem muitas
desigualdades, que são evidenciadas por
indicadores como o Produto Interno Bruto
por habitante e a contribuição de cada um
dos sectores de actividade para a sua
formação.
I-5
RIQUEZA MAL
REPARTIDA
 Indique, com base no mapa da Fig. 6,
regiões onde o PIB por habitante é:
 superior a 20 mil dólares
 Norte da América do Norte
 Europa Ocidental
 Austrália
 Japão.
I-6
RIQUEZA MAL
REPARTIDA
 Indique, com base no mapa da Fig. 6,
regiões onde o PIB por habitante é:
 inferior a 5 mil dólares
 Países da costa ocidental da América do Sul
 África
 Ásia.
I-7
RIQUEZA MAL
REPARTIDA
 Identifique, no gráfico da Fig. 6, os dois
países para cujo PIB mais contribuiu:
 a agricultura
 Etiópia
 Uganda.
I-8
RIQUEZA MAL REPARTIDA
 Identifique, no gráfico da Fig. 6, os dois
países para cujo PIB mais contribuiu:
 a indústria
 China
 Malásia.
I-9
RIQUEZA MAL
REPARTIDA
 Identifique, no gráfico da Fig. 6, os dois
países para cujo PIB mais contribuiu:
 o sector dos serviços
 França
 Estados Unidos da América.
I-10
RIQUEZA MAL
REPARTIDA
 Explique as diferenças encontradas ao
responder à questão anterior
 Nos países pouco desenvolvidos o sector de
actividade que mais contribui para a formação
do PIB por habitante é a agricultura
 Nos países em franco desenvolvimento o sector
de actividade que mais contribui para a
formação do PIB por habitante é a indústria
 Nos países desenvolvidos o sector de
actividade que mais contribui para a formação
do PIB por habitante é o dos serviços.
I-11
RIQUEZA MAL
REPARTIDA
 É nos países da América do Norte, da
Europa Ocidental e ainda no Japão e na
Austrália que se registam os valores mais
elevados de PIB por habitante, enquanto
os mais baixos se verificam na África
Subsariana e na Ásia do Sul e do Sudeste
 Num número significativo de países, o PIB
por habitante é inferior a 5 mil dólares, o
que realça o facto de grande parte da
riqueza mundial beneficiar apenas uma
pequena parcela da população.
I-12
RIQUEZA MAL
REPARTIDA
 O nível de desenvolvimento dos países está
directamente relacionado com a importância
relativa dos diferentes sectores de actividade,
sendo mais elevado quanto menor for a
importância da agricultura e maior a do sector
dos serviços
 Assim, nos países desenvolvidos, predominam
as actividades económicas ligadas aos serviços,
cada vez mais importantes e qualificadas,
enquanto nos países de industrialização mais
recente, a indústria é já um sector muito
importante e, nos menos desenvolvidos, ainda
predomina a agricultura.
I-13
RIQUEZA MAL
REPARTIDA
 Nos últimos anos, o crescimento económico,
em termos percentuais, em muitos países em
desenvolvimento tem sido maior do que nos
países desenvolvidos, como o demonstra a
diferente evolução do Produto Nacional Bruto —
PNB
 Produto Nacional Bruto (PNB) • valor de todos os
bens e serviços produzidos por agentes económicos
de um país, dentro e fora das suas fronteiras, num
dado período, geralmente um ano
 PNB por habitante (PNB/hab.)• valor do PNB a
dividir pelo total de habitantes.
I-14
RIQUEZA MAL
REPARTIDA
 O crescimento económico é muito
importante, mas, para que haja
desenvolvimento, a riqueza gerada tem
de contribuir para elevar o nível de vida da
população, o que implica a criação de
infra-estruturas e condições de acesso à
habitação, à saúde, à educação, etc.
I-15
RIQUEZA MAL
REPARTIDA
 Para avaliar o nível de desenvolvimento dos países é
necessário ter em conta também indicadores de carácter
social, como os relativos à saúde e à educação
 É assim que a ONU calcula o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH), que varia entre 0 e 1.
I-16
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 Factores de desigualdadeFactores de desigualdade
 Na maior parte dos países desenvolvidos,
a fase de maior crescimento demográfico
coincidiu com o desenvolvimento da indústria
 Assim, o aumento demográfico foi
acompanhado de um crescimento económico
que permitiu fazer face às maiores
necessidades da população.
I-17
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 Factores de desigualdadeFactores de desigualdade
 Em muitos países em desenvolvimento,
a economia ainda é baseada numa
agricultura pouco produtiva ou na exportação
de matérias-primas
 A explosão demográfica da segunda metade
do século XX ocorreu sem que se tenha
verificado um crescimento económico
significativo, pelo que as diferenças e a
dependência face aos países desenvolvidos
tornaram-se ainda maiores.
I-18
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 Factores de desigualdadeFactores de desigualdade
 Contudo, enquanto muitos países em
desenvolvimento ainda se podem considerar
não industrializados, devido à inexistente ou à
fraca implantação da indústria, outros há cuja
industrialização se iniciou nas últimas
décadas
 São, assim, designados por novos países
industrializados — NPI — e localizam-se,
principalmente, na América Latina, na Ásia
Oriental e no Sudeste da Ásia.
I-19
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 Factores de desigualdadeFactores de desigualdade
 Os NPI com um crescimento económico mais
significativo são os da Ásia, destacando-se a
China e os chamados Dragões — Coreia do
Sul, Taiwan, Singapura e Hong Kong — e
Tigres — Indonésia, Malásia, Filipinas e
Tailândia
 Estes NPI apresentam já uma grande
capacidade de competir a nível mundial.
I-20
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 Factores deFactores de
desigualdadedesigualdade
 A industrialização dos NPI
começou por se basear na
deslocalização da indústria
mais antiga dos países
desenvolvidos para onde
existe abundância de mão-
de-obra barata e sem
exigências sociais
 Os próprios governos,
incluindo os de outros
países em
desenvolvimento,
incentivaram o investimento
estrangeiro.
I-21
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 Factores de desigualdadeFactores de desigualdade
 Apesar de, na generalidade das situações, serem os investidores
estrangeiros a controlar a produção e a comercialização dos produtos,
beneficiando dos respectivos lucros, a industrialização permitiu o
crescimento económico, o aumento do emprego e alguma melhoria no
nível de vida da população
 Favoreceu também o aumento do investimento interno e o
aparecimento de núcleos de indústria moderna, cujos produtos são
cada vez mais vendidos em todo o mundo.
I-22
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 Factores de desigualdadeFactores de desigualdade
 A deslocalização da indústria para muitos países em
desenvolvimento teve também alguns aspectos negativos
 Muitos dos problemas de poluição industrial foram transferidos
para países pobres, onde ainda não existem sistemas de
controlo nem de tratamento de resíduos
 A nível social, colocam-se problemas como o reduzido nível
salarial dos trabalhadores e a utilização de mão-de-obra infantil.
I-23
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 Factores de crescimento económicoFactores de crescimento económico
 Existem factores que favorecem o
crescimento económico e outros que o
dificultam
 De um modo geral, nos países desenvolvidos,
os factores favoráveis suplantam os
desfavoráveis, acontecendo o contrário nos
países em desenvolvimento.
I-24
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 Factores de desenvolvimento económico
 Nos países desenvolvidos destacam-se
como factores que permitem a manutenção
do crescimento económico e,
simultaneamente, garantem um bom nível de
vida à maioria da população:
 a riqueza acumulada, que gera disponibilidade de
capitais para realizar investimentos, tanto internos
como externos;
I-25
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 Factores de desenvolvimento económico
 Nos países desenvolvidos destacam-se
como factores que permitem a manutenção
do crescimento económico e,
simultaneamente, garantem um bom nível de
vida à maioria da população:
 a grande produtividade das actividades agrícola e
industrial, que garante um forte dinamismo das
exportações;
I-26
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 Factores de desenvolvimento económico
 Nos países desenvolvidos destacam-se
como factores que permitem a manutenção
do crescimento económico e,
simultaneamente, garantem um bom nível de
vida à maioria da população:
 a expansão dos serviços, que tem permitido o
aparecimento de um grande número de novas
actividades geradoras de emprego e de riqueza;
I-27
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 Factores de desenvolvimento económico
 Nos países desenvolvidos destacam-se
como factores que permitem a manutenção
do crescimento económico e,
simultaneamente, garantem um bom nível de
vida à maioria da população:
 a existência de recursos humanos de elevado
nível de instrução e qualificação profissional, que
garantem a produtividade e a inovação;
I-28
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 Factores de desenvolvimento económico
 Nos países desenvolvidos destacam-se
como factores que permitem a manutenção
do crescimento económico e,
simultaneamente, garantem um bom nível de
vida à maioria da população:
 o grande investimento no sector da investigação
científica e tecnológica, que permite a manutenção
da competitividade e do domínio da economia
mundial;
I-29
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 Factores de desenvolvimento económico
 Nos países desenvolvidos destacam-se
como factores que permitem a manutenção
do crescimento económico e,
simultaneamente, garantem um bom nível de
vida à maioria da população:
 a crescente utilização de técnicas de marketing,
que desperta novas necessidades de consumo,
tanto nos mercados nacionais como
internacionais.
I-30
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 Factores de desenvolvimento económico
 Porém, os progressos tecnológicos e o crescimento
económico nos países desenvolvidos não têm
conseguido evitar problemas como
 O agravamento das desigualdades entre regiões
 O desemprego
 A exclusão social
 Simultaneamente, verifica-se uma maior pressão
sobre os recursos naturais e um aumento da
produção de resíduos e da contaminação ambiental.
I-31
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 Factores de desenvolvimento económico
 Nos países em desenvolvimento, a
grande juventude da população e a
abundância de matérias-primas poderiam
contribuir para o crescimento económico, mas
há factores que impedem a sua total
potencialização, podendo salientar-se os
seguintes:
 a falta de capitais, que obriga os países em
desenvolvimento a contraírem empréstimos no
estrangeiro, aumentando a sua dívida externa;
I-32
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 Factores de desenvolvimento económico
 Nos países em desenvolvimento, a
grande juventude da população e a
abundância de matérias-primas poderiam
contribuir para o crescimento económico, mas
há factores que impedem a sua total
potencialização, podendo salientar-se os
seguintes:
 os gastos excessivos na compra de armas, na
importação de bens de luxo e em projectos de
desenvolvimento ineficazes;
I-33
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 Factores de desenvolvimento económico
 Nos países em desenvolvimento, a
grande juventude da população e a
abundância de matérias-primas poderiam
contribuir para o crescimento económico, mas
há factores que impedem a sua total
potencialização, podendo salientar-se os
seguintes:
 a dependência económica face aos investidores
estrangeiros, que permite que os lucros da
produção saiam para o exterior;
I-34
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 Factores de desenvolvimento económico
 Nos países em desenvolvimento, a
grande juventude da população e a
abundância de matérias-primas poderiam
contribuir para o crescimento económico, mas
há factores que impedem a sua total
potencialização, podendo salientar-se os
seguintes:
 a fraca produtividade agrícola e das restantes
actividades, que obriga a elevadas importações;
I-35
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 Factores de desenvolvimento económico
 Nos países em desenvolvimento, a
grande juventude da população e a
abundância de matérias-primas poderiam
contribuir para o crescimento económico, mas
há factores que impedem a sua total
potencialização, podendo salientar-se os
seguintes:
 os baixos níveis de instrução e a falta de mão-de-
obra qualificada, que contribuem para a fraca
produtividade das actividades económicas;
I-36
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 Factores de desenvolvimento económico
 Nos países em desenvolvimento, a
grande juventude da população e a
abundância de matérias-primas poderiam
contribuir para o crescimento económico, mas
há factores que impedem a sua total
potencialização, podendo salientar-se os
seguintes:
 a instabilidade política e os frequentes conflitos
armados, como os que se verificam em África
(Doc. 5).
I-37
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 Factores de desenvolvimento económico
 No entanto, os países em desenvolvimento que fazem parte do
grupo dos novos países industrializados reúnem
condições favoráveis ao seu crescimento económico como:
 o aumento da disponibilidade de capitais internos, que permite o
investimento de uma maior percentagem dos lucros da produção no
próprio país;
 o crescimento da procura interna, que dinamiza o mercado e a
economia;
 a existência de mão-de-obra abundante, que começa a tornar-se
mais instruída e qualificada;
 o dinamismo económico e social, que gradualmente aproxima os
padrões de vida aos dos países desenvolvidos;
 a modernização da indústria, que aumenta a capacidade de
concorrência no mercado mundial e, consequentemente, as
exportações.
I-38
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 Factores de desenvolvimento económico
I-39
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 A cooperação internacional
 Apesar do recente crescimento económico de
muitos países em desenvolvimento,
principalmente dos NPI, as desigualdades
têm vindo aumentar a nível mundial.
I-40
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 A cooperação internacional
 O aumento das desigualdades é preocupante, tanto para os países
mais pobres como para os mais ricos, uma vez que estes precisam de
alargar os seus mercados e o grande crescimento populacional nos
países em desenvolvimento, associado à falta de condições de vida,
incentiva a emigração para os países desenvolvidos
 Por outro lado, é cada vez mais consensual que o acesso a condições
de vida dignas é um direito humano do qual todos as pessoas devem
usufruir
 Assim, a cooperação internacional para o desenvolvimento global
assume uma importância crescente
 Existem várias formas de cooperação internacional, traduzindo-se
umas em fluxos de capitais, outras em serviços prestados por membros
de organizações internacionais e outras ainda em bens enviados para
os países mais pobres.
I-41
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 A cooperação internacional
 O investimento estrangeiro
 Nos países em desenvolvimento, o investimento estrangeiro gera
emprego e, ao mesmo tempo, promove o progresso tecnológico e
potencia o desenvolvimento social, uma vez que indirectamente,
favorece a elevação dos níveis de instrução e de qualificação
profissional
 Todavia, também tem inconvenientes como a sobreexploração dos
recursos naturais, o envio de grande parte dos lucros para os
países desenvolvidos e o aumento da dependência dos países em
desenvolvimento
 Entre os maiores beneficiários do investimento estrangeiro
encontram-se alguns NPI, onde o baixo custo da mão-de-obra e os
benefícios concedidos às empresas multinacionais proporcionam
elevados lucros aos investidores.
I-42
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 A cooperação internacional
 A ajuda ao desenvolvimento
 A ajuda ao desenvolvimento assume um carácter menos
lucrativo e inclui a ajuda monetária e a ajuda
humanitária prestadas por governos e organizações
internacionais
 Organização das Nações Unidas (ONU)
 Fundo Monetário Internacional (FMI)
 Organizações não governamentais (ONG)
 A ajuda monetária prestada por governos e por outros
organismos públicos é feita tanto através de doações como
de empréstimos, destinando-se sobretudo a investimentos
que promovem o desenvolvimento através da construção de
infra-estruturas e da criação de empresas de interesse
público.
I-43
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 A cooperação internacional
 A ajuda ao desenvolvimento
 Descreva, com base na Fig. 16, a evolução da ajuda pública ao
desenvolvimento
 Comente os fluxos da ajuda pública ao desenvolvimento, referindo
um aspecto positivo e um negativo para os países beneficiários.
I-44
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 A cooperação internacional
 A ajuda ao desenvolvimento
 Contudo, a ajuda monetária, quando é prestada através de
empréstimos, aumenta a dívida externa dos países beneficiários e
os respectivos juros
 Por outro lado, muitas vezes é mal gerida, chegando mesmo a ser
aplicada em favor pessoal ou de uma determinada facção política e
a não cumprir o seu objectivo inicial (Doc. 7)
 As organizações não governamentais também contribuem para a
ajuda ao desenvolvimento através da angariação de fundos junto da
população dos países desenvolvidos
 Porém, a sua acção mais importante passa pela ajuda directa à
população carenciada através da distribuição de bens e da
prestação de serviços como a assistência médica, a alfabetização,
etc.
I-45
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 Quebrar o ciclo da pobreza
 Todas as formas de ajuda deveriam promover o
desenvolvimento sustentado dos países em
desenvolvimento, ou seja, criar condições para que
os próprios países pudessem desenvolver-se sem
dependerem da ajuda externa
 Para tal, será necessário ultrapassar dois grandes
entraves:
 o elevado crescimento demográfico, pois ainda que
exista crescimento económico significativo, como as
despesas com a população aumentam a um ritmo superior,
não é possível a constituição de poupanças e excedentes;
 a dívida externa que absorve grande parte dos
rendimentos, não podendo estes ser aplicados na melhoria
das condições de vida da população.
I-46
RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA
 Quebrar o ciclo da pobreza
 É um ciclo difícil de quebrar
 Só com o empenhamento da comunidade internacional será
possível definir estratégias de cooperação e de ajuda
internacional, nomeadamente no que se refere à resolução do
problema da dívida externa.

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1255978428 riqueza mal_repartida

  • 1. AsAs desigualdadesdesigualdades nosnos níveis deníveis de DesenvolvimentoDesenvolvimento
  • 2. I-2  O mundo em que vivemos é feito de contrastes e está em permanente mudança.  Temos países muito ricos, com vastos recursos naturais e/ou humanos e em que a população tem uma boa qualidade de vida. Contrastes de Desenvolvimento  Temos países muito pobres em que a maior parte da população não tem, por exemplo, acesso a água potável e a cuidados de saúde.
  • 4. I-4 RIQUEZA MAL REPARTIDA  A nível económico subsistem muitas desigualdades, que são evidenciadas por indicadores como o Produto Interno Bruto por habitante e a contribuição de cada um dos sectores de actividade para a sua formação.
  • 5. I-5 RIQUEZA MAL REPARTIDA  Indique, com base no mapa da Fig. 6, regiões onde o PIB por habitante é:  superior a 20 mil dólares  Norte da América do Norte  Europa Ocidental  Austrália  Japão.
  • 6. I-6 RIQUEZA MAL REPARTIDA  Indique, com base no mapa da Fig. 6, regiões onde o PIB por habitante é:  inferior a 5 mil dólares  Países da costa ocidental da América do Sul  África  Ásia.
  • 7. I-7 RIQUEZA MAL REPARTIDA  Identifique, no gráfico da Fig. 6, os dois países para cujo PIB mais contribuiu:  a agricultura  Etiópia  Uganda.
  • 8. I-8 RIQUEZA MAL REPARTIDA  Identifique, no gráfico da Fig. 6, os dois países para cujo PIB mais contribuiu:  a indústria  China  Malásia.
  • 9. I-9 RIQUEZA MAL REPARTIDA  Identifique, no gráfico da Fig. 6, os dois países para cujo PIB mais contribuiu:  o sector dos serviços  França  Estados Unidos da América.
  • 10. I-10 RIQUEZA MAL REPARTIDA  Explique as diferenças encontradas ao responder à questão anterior  Nos países pouco desenvolvidos o sector de actividade que mais contribui para a formação do PIB por habitante é a agricultura  Nos países em franco desenvolvimento o sector de actividade que mais contribui para a formação do PIB por habitante é a indústria  Nos países desenvolvidos o sector de actividade que mais contribui para a formação do PIB por habitante é o dos serviços.
  • 11. I-11 RIQUEZA MAL REPARTIDA  É nos países da América do Norte, da Europa Ocidental e ainda no Japão e na Austrália que se registam os valores mais elevados de PIB por habitante, enquanto os mais baixos se verificam na África Subsariana e na Ásia do Sul e do Sudeste  Num número significativo de países, o PIB por habitante é inferior a 5 mil dólares, o que realça o facto de grande parte da riqueza mundial beneficiar apenas uma pequena parcela da população.
  • 12. I-12 RIQUEZA MAL REPARTIDA  O nível de desenvolvimento dos países está directamente relacionado com a importância relativa dos diferentes sectores de actividade, sendo mais elevado quanto menor for a importância da agricultura e maior a do sector dos serviços  Assim, nos países desenvolvidos, predominam as actividades económicas ligadas aos serviços, cada vez mais importantes e qualificadas, enquanto nos países de industrialização mais recente, a indústria é já um sector muito importante e, nos menos desenvolvidos, ainda predomina a agricultura.
  • 13. I-13 RIQUEZA MAL REPARTIDA  Nos últimos anos, o crescimento económico, em termos percentuais, em muitos países em desenvolvimento tem sido maior do que nos países desenvolvidos, como o demonstra a diferente evolução do Produto Nacional Bruto — PNB  Produto Nacional Bruto (PNB) • valor de todos os bens e serviços produzidos por agentes económicos de um país, dentro e fora das suas fronteiras, num dado período, geralmente um ano  PNB por habitante (PNB/hab.)• valor do PNB a dividir pelo total de habitantes.
  • 14. I-14 RIQUEZA MAL REPARTIDA  O crescimento económico é muito importante, mas, para que haja desenvolvimento, a riqueza gerada tem de contribuir para elevar o nível de vida da população, o que implica a criação de infra-estruturas e condições de acesso à habitação, à saúde, à educação, etc.
  • 15. I-15 RIQUEZA MAL REPARTIDA  Para avaliar o nível de desenvolvimento dos países é necessário ter em conta também indicadores de carácter social, como os relativos à saúde e à educação  É assim que a ONU calcula o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que varia entre 0 e 1.
  • 16. I-16 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  Factores de desigualdadeFactores de desigualdade  Na maior parte dos países desenvolvidos, a fase de maior crescimento demográfico coincidiu com o desenvolvimento da indústria  Assim, o aumento demográfico foi acompanhado de um crescimento económico que permitiu fazer face às maiores necessidades da população.
  • 17. I-17 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  Factores de desigualdadeFactores de desigualdade  Em muitos países em desenvolvimento, a economia ainda é baseada numa agricultura pouco produtiva ou na exportação de matérias-primas  A explosão demográfica da segunda metade do século XX ocorreu sem que se tenha verificado um crescimento económico significativo, pelo que as diferenças e a dependência face aos países desenvolvidos tornaram-se ainda maiores.
  • 18. I-18 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  Factores de desigualdadeFactores de desigualdade  Contudo, enquanto muitos países em desenvolvimento ainda se podem considerar não industrializados, devido à inexistente ou à fraca implantação da indústria, outros há cuja industrialização se iniciou nas últimas décadas  São, assim, designados por novos países industrializados — NPI — e localizam-se, principalmente, na América Latina, na Ásia Oriental e no Sudeste da Ásia.
  • 19. I-19 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  Factores de desigualdadeFactores de desigualdade  Os NPI com um crescimento económico mais significativo são os da Ásia, destacando-se a China e os chamados Dragões — Coreia do Sul, Taiwan, Singapura e Hong Kong — e Tigres — Indonésia, Malásia, Filipinas e Tailândia  Estes NPI apresentam já uma grande capacidade de competir a nível mundial.
  • 20. I-20 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  Factores deFactores de desigualdadedesigualdade  A industrialização dos NPI começou por se basear na deslocalização da indústria mais antiga dos países desenvolvidos para onde existe abundância de mão- de-obra barata e sem exigências sociais  Os próprios governos, incluindo os de outros países em desenvolvimento, incentivaram o investimento estrangeiro.
  • 21. I-21 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  Factores de desigualdadeFactores de desigualdade  Apesar de, na generalidade das situações, serem os investidores estrangeiros a controlar a produção e a comercialização dos produtos, beneficiando dos respectivos lucros, a industrialização permitiu o crescimento económico, o aumento do emprego e alguma melhoria no nível de vida da população  Favoreceu também o aumento do investimento interno e o aparecimento de núcleos de indústria moderna, cujos produtos são cada vez mais vendidos em todo o mundo.
  • 22. I-22 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  Factores de desigualdadeFactores de desigualdade  A deslocalização da indústria para muitos países em desenvolvimento teve também alguns aspectos negativos  Muitos dos problemas de poluição industrial foram transferidos para países pobres, onde ainda não existem sistemas de controlo nem de tratamento de resíduos  A nível social, colocam-se problemas como o reduzido nível salarial dos trabalhadores e a utilização de mão-de-obra infantil.
  • 23. I-23 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  Factores de crescimento económicoFactores de crescimento económico  Existem factores que favorecem o crescimento económico e outros que o dificultam  De um modo geral, nos países desenvolvidos, os factores favoráveis suplantam os desfavoráveis, acontecendo o contrário nos países em desenvolvimento.
  • 24. I-24 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  Factores de desenvolvimento económico  Nos países desenvolvidos destacam-se como factores que permitem a manutenção do crescimento económico e, simultaneamente, garantem um bom nível de vida à maioria da população:  a riqueza acumulada, que gera disponibilidade de capitais para realizar investimentos, tanto internos como externos;
  • 25. I-25 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  Factores de desenvolvimento económico  Nos países desenvolvidos destacam-se como factores que permitem a manutenção do crescimento económico e, simultaneamente, garantem um bom nível de vida à maioria da população:  a grande produtividade das actividades agrícola e industrial, que garante um forte dinamismo das exportações;
  • 26. I-26 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  Factores de desenvolvimento económico  Nos países desenvolvidos destacam-se como factores que permitem a manutenção do crescimento económico e, simultaneamente, garantem um bom nível de vida à maioria da população:  a expansão dos serviços, que tem permitido o aparecimento de um grande número de novas actividades geradoras de emprego e de riqueza;
  • 27. I-27 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  Factores de desenvolvimento económico  Nos países desenvolvidos destacam-se como factores que permitem a manutenção do crescimento económico e, simultaneamente, garantem um bom nível de vida à maioria da população:  a existência de recursos humanos de elevado nível de instrução e qualificação profissional, que garantem a produtividade e a inovação;
  • 28. I-28 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  Factores de desenvolvimento económico  Nos países desenvolvidos destacam-se como factores que permitem a manutenção do crescimento económico e, simultaneamente, garantem um bom nível de vida à maioria da população:  o grande investimento no sector da investigação científica e tecnológica, que permite a manutenção da competitividade e do domínio da economia mundial;
  • 29. I-29 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  Factores de desenvolvimento económico  Nos países desenvolvidos destacam-se como factores que permitem a manutenção do crescimento económico e, simultaneamente, garantem um bom nível de vida à maioria da população:  a crescente utilização de técnicas de marketing, que desperta novas necessidades de consumo, tanto nos mercados nacionais como internacionais.
  • 30. I-30 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  Factores de desenvolvimento económico  Porém, os progressos tecnológicos e o crescimento económico nos países desenvolvidos não têm conseguido evitar problemas como  O agravamento das desigualdades entre regiões  O desemprego  A exclusão social  Simultaneamente, verifica-se uma maior pressão sobre os recursos naturais e um aumento da produção de resíduos e da contaminação ambiental.
  • 31. I-31 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  Factores de desenvolvimento económico  Nos países em desenvolvimento, a grande juventude da população e a abundância de matérias-primas poderiam contribuir para o crescimento económico, mas há factores que impedem a sua total potencialização, podendo salientar-se os seguintes:  a falta de capitais, que obriga os países em desenvolvimento a contraírem empréstimos no estrangeiro, aumentando a sua dívida externa;
  • 32. I-32 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  Factores de desenvolvimento económico  Nos países em desenvolvimento, a grande juventude da população e a abundância de matérias-primas poderiam contribuir para o crescimento económico, mas há factores que impedem a sua total potencialização, podendo salientar-se os seguintes:  os gastos excessivos na compra de armas, na importação de bens de luxo e em projectos de desenvolvimento ineficazes;
  • 33. I-33 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  Factores de desenvolvimento económico  Nos países em desenvolvimento, a grande juventude da população e a abundância de matérias-primas poderiam contribuir para o crescimento económico, mas há factores que impedem a sua total potencialização, podendo salientar-se os seguintes:  a dependência económica face aos investidores estrangeiros, que permite que os lucros da produção saiam para o exterior;
  • 34. I-34 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  Factores de desenvolvimento económico  Nos países em desenvolvimento, a grande juventude da população e a abundância de matérias-primas poderiam contribuir para o crescimento económico, mas há factores que impedem a sua total potencialização, podendo salientar-se os seguintes:  a fraca produtividade agrícola e das restantes actividades, que obriga a elevadas importações;
  • 35. I-35 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  Factores de desenvolvimento económico  Nos países em desenvolvimento, a grande juventude da população e a abundância de matérias-primas poderiam contribuir para o crescimento económico, mas há factores que impedem a sua total potencialização, podendo salientar-se os seguintes:  os baixos níveis de instrução e a falta de mão-de- obra qualificada, que contribuem para a fraca produtividade das actividades económicas;
  • 36. I-36 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  Factores de desenvolvimento económico  Nos países em desenvolvimento, a grande juventude da população e a abundância de matérias-primas poderiam contribuir para o crescimento económico, mas há factores que impedem a sua total potencialização, podendo salientar-se os seguintes:  a instabilidade política e os frequentes conflitos armados, como os que se verificam em África (Doc. 5).
  • 37. I-37 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  Factores de desenvolvimento económico  No entanto, os países em desenvolvimento que fazem parte do grupo dos novos países industrializados reúnem condições favoráveis ao seu crescimento económico como:  o aumento da disponibilidade de capitais internos, que permite o investimento de uma maior percentagem dos lucros da produção no próprio país;  o crescimento da procura interna, que dinamiza o mercado e a economia;  a existência de mão-de-obra abundante, que começa a tornar-se mais instruída e qualificada;  o dinamismo económico e social, que gradualmente aproxima os padrões de vida aos dos países desenvolvidos;  a modernização da indústria, que aumenta a capacidade de concorrência no mercado mundial e, consequentemente, as exportações.
  • 38. I-38 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  Factores de desenvolvimento económico
  • 39. I-39 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  A cooperação internacional  Apesar do recente crescimento económico de muitos países em desenvolvimento, principalmente dos NPI, as desigualdades têm vindo aumentar a nível mundial.
  • 40. I-40 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  A cooperação internacional  O aumento das desigualdades é preocupante, tanto para os países mais pobres como para os mais ricos, uma vez que estes precisam de alargar os seus mercados e o grande crescimento populacional nos países em desenvolvimento, associado à falta de condições de vida, incentiva a emigração para os países desenvolvidos  Por outro lado, é cada vez mais consensual que o acesso a condições de vida dignas é um direito humano do qual todos as pessoas devem usufruir  Assim, a cooperação internacional para o desenvolvimento global assume uma importância crescente  Existem várias formas de cooperação internacional, traduzindo-se umas em fluxos de capitais, outras em serviços prestados por membros de organizações internacionais e outras ainda em bens enviados para os países mais pobres.
  • 41. I-41 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  A cooperação internacional  O investimento estrangeiro  Nos países em desenvolvimento, o investimento estrangeiro gera emprego e, ao mesmo tempo, promove o progresso tecnológico e potencia o desenvolvimento social, uma vez que indirectamente, favorece a elevação dos níveis de instrução e de qualificação profissional  Todavia, também tem inconvenientes como a sobreexploração dos recursos naturais, o envio de grande parte dos lucros para os países desenvolvidos e o aumento da dependência dos países em desenvolvimento  Entre os maiores beneficiários do investimento estrangeiro encontram-se alguns NPI, onde o baixo custo da mão-de-obra e os benefícios concedidos às empresas multinacionais proporcionam elevados lucros aos investidores.
  • 42. I-42 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  A cooperação internacional  A ajuda ao desenvolvimento  A ajuda ao desenvolvimento assume um carácter menos lucrativo e inclui a ajuda monetária e a ajuda humanitária prestadas por governos e organizações internacionais  Organização das Nações Unidas (ONU)  Fundo Monetário Internacional (FMI)  Organizações não governamentais (ONG)  A ajuda monetária prestada por governos e por outros organismos públicos é feita tanto através de doações como de empréstimos, destinando-se sobretudo a investimentos que promovem o desenvolvimento através da construção de infra-estruturas e da criação de empresas de interesse público.
  • 43. I-43 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  A cooperação internacional  A ajuda ao desenvolvimento  Descreva, com base na Fig. 16, a evolução da ajuda pública ao desenvolvimento  Comente os fluxos da ajuda pública ao desenvolvimento, referindo um aspecto positivo e um negativo para os países beneficiários.
  • 44. I-44 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  A cooperação internacional  A ajuda ao desenvolvimento  Contudo, a ajuda monetária, quando é prestada através de empréstimos, aumenta a dívida externa dos países beneficiários e os respectivos juros  Por outro lado, muitas vezes é mal gerida, chegando mesmo a ser aplicada em favor pessoal ou de uma determinada facção política e a não cumprir o seu objectivo inicial (Doc. 7)  As organizações não governamentais também contribuem para a ajuda ao desenvolvimento através da angariação de fundos junto da população dos países desenvolvidos  Porém, a sua acção mais importante passa pela ajuda directa à população carenciada através da distribuição de bens e da prestação de serviços como a assistência médica, a alfabetização, etc.
  • 45. I-45 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  Quebrar o ciclo da pobreza  Todas as formas de ajuda deveriam promover o desenvolvimento sustentado dos países em desenvolvimento, ou seja, criar condições para que os próprios países pudessem desenvolver-se sem dependerem da ajuda externa  Para tal, será necessário ultrapassar dois grandes entraves:  o elevado crescimento demográfico, pois ainda que exista crescimento económico significativo, como as despesas com a população aumentam a um ritmo superior, não é possível a constituição de poupanças e excedentes;  a dívida externa que absorve grande parte dos rendimentos, não podendo estes ser aplicados na melhoria das condições de vida da população.
  • 46. I-46 RIQUEZA MAL REPARTIDARIQUEZA MAL REPARTIDA  Quebrar o ciclo da pobreza  É um ciclo difícil de quebrar  Só com o empenhamento da comunidade internacional será possível definir estratégias de cooperação e de ajuda internacional, nomeadamente no que se refere à resolução do problema da dívida externa.